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5/24/2018 RCP - LACCIC
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Acadmicos: Franciele S.
Bernardo Tiago B. B. Ribeiro
RESSUCITAOCARDIOPULMONAR
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOUNEMAT
DEPARTAMENTO DE MEDICINALIGA ACADMICA DE CARDIOLOGIA E CIRURGIA
CARDIOVASCULAR
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Roteiro Conceitos ......................................................................... ............3 Suporte Bsico de Vida ......................................................................5
ABCDE do trauma ...........................................................................6
Cadeia de sobrevivncia do ACE ...........................................................7
SBV: As etapas do ABCD primrio ........................................................8
Nova sequncia: CAB ........................................................................9
Qualidade da reanimao cardiorrespiratria..........................................12
Otimizar a PPC durante a RCP ...........................................................13
Vdeo ..........................................................................................15
Etapa Final RCP: Mecanismo de parada.................................................16
PCRs...........................................................................................17
Desfibrilao..................................................................................25
Tratamento ps-RCE........................................................................26 Consideraes especiais.....................................................................28
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Conceitos
Parada Cardiorrespiratria - Cessao sbita,inesperada e catastrfica da circulao sistmica,atividade ventricular til e ventilatria.
Reanimao Cardiopulmonar Conjunto demanobras realizadas aps uma PCR comobjetivo de manter artificialmente o fluxo arterial
ao crebro e outros rgos vitais, at que ocorrao retorno da circulao espontnea melhorchance de restaurao da funo cardiopulmonare cerebral das vtimas de PCR.
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Conceitos
Emergncia toda situao que envolve riscode vida
Urgncia uma situao sem risco de vidaeminente
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Suporte Bsico de Vida
So aes crticas em relao sobrevivncia davtima realizadas durante os minutos iniciais deatendimento a uma emergncia.
Por mais adequado e eficiente que seja umsuporte avanado, se as aes iniciais no foremrealizadas adequadamente, a possibilidade de
sobrevivncia de vtima de PCR serextremamente baixa.
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ABCDE do trauma
Avaliao e assistncia:
A - (airway) vias areas com proteo da colunacervical.
B - (breathing) respirao e ventilao.
C - (circulation) circulao com controle da
hemorragia. D - (desability) incapacidade, estado neurolgico.
E - (exposition) exposio e controle ambiental.
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a e a e so rev v nc a oAtendimento Cardiovascular deEmergncia (ACE)
1. Reconhecimento imediato da PCR eacionamento do servio de emergncia/urgncia
2. RCP precoce com nfase nas compressestorcicas
3. Rpida desfibrilao
4. Suporte avanado de vida eficaz
5. Cuidados ps-PCR integrados
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SBV: As etapas do ABCDprimrio
Procedimentos bsicos de emergncia
Atendimento inicial da vtima de PCR
Sequncia de atendimento ABCD sofreumodificaes de acordo com as ltimas diretrizesda Aliana Internacional dos Comits de
Ressucitao (ILCOR Internacional LiaisonCommittee on Resuscitation, onde a sequnciaABC foi alterada para CAB
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Nova sequncia: CAB Abordagem inicial e imediata: Observar
simultaneamente nvel de conscincia erespirao da vtima
Avaliao do nvel de conscincia: Chamar avtima em elevado tom de voz e contat-lavigorosamente pelos ombros
Avaliao da respirao: O padro respiratrioefetivo avaliado pela elevao do trax
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Nova sequncia: CAB Caso o paciente no responda aos estmulos e
no possua respirao, solicita-se ajuda,acionando-se o SAMU pelo nmero 192- para seobter o desfibrilador externo automtico o mais
rpido possvel
Caso em ambiente hospitalar, acionar o cdigoazul
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Nova sequncia: CAB Verificar pulso central em ate 10s, palpando o
pulso carotdeo ou o femoral
Na ausncia de pulso, instituir imediatamente asmanobras de RCPFazer 30 compresses torcicasAbrir vias areas atravs da elevao da mandbula
e inclinao da cabeaFazer 2 ventilaes
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Qualidade da reanimaocardiorrespiratria Fator determinante isolado mais importante para
que se obtenha o retorno RCE a Presso deperfuso coronariana (PPC)
PPC resultante entre a presso diastlica daaorta e a presso de trio direito e responsvel,em ltima instncia, pela irrigao do miocrdio
Estima-se que seja necessria uma PPC mnimade 15mmHg para que ocorra a RCE
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Otimizar a PPC durante a RCPMTODO SINCRNICO Comprimir rpido e forte, frequncia de no mnimo
100 compresses/min e aplicando presso suficientepara deprimir o esterno em no mnimo 5 cm ( emadultos/ equivalente a cerca de 40kg)
*** Pediatria: Modificao das recomendaes acercada profundidade adequada das compresses
Permitir o retorno completo do trax aps cadacompresso
Minimizar as interrupes nas compresses para, nomximo, 10s: tempo suficiente para realizar duasventilaes com bolsa-valsa-mscara e qualqueroutro procedimento que seja necessrio
No hiperventilar13
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Otimizar a PPC durante a RCP
MTODO ASSINCRNICOPara pacientes com uma via area avanada
estabelecida tubo orotraqueal, mscara larngeaou combitube)
Compresses torcicas devem ser contnuas(mnimo de 100/min) e associadas a 8-10ventilao/min
Aps 5 ciclos de compresso e ventilao (oudois minutos de RCP contnua), deve-se realizar
o ritmo no monitor ou palpar pulso central14
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Vdeo
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Etapa Final de PCR: Mecanismode parada
A etapa final na sequncia diagnstica de PCR a definio da modalidade de parada, que exigemonitorao do ritmo cardaco.
Essa etapa final crucial na escolha do melhortratamento a ser efetuado de acordo com omecanismo de paradaTaquicardia ventricular sem pulsoFibrilao ventricular sem pulsoAtividade Eltrica sem pulsoAssistolia
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Taquicardia Ventricular
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a sequncia rpida de batimentos ectpicosventriculares (superior a 100bpm) chegando ausncia de pulso arterial palpvel pordeteriorao hemodinmica.
Corresponde a 5% das PCRs em UTI ECG: Complexo QRS alargados (maior que
0,12s) no precedidos de ondas P.
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Fibrilao Ventricular
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Caracteriza-se pela ausncia de atividade eltricaorganizada, com distribuio catica de complexosde vrias amplitudes
Gera contrao incoordenada do miocrdioineficincia do corao em manter a frao de ejeo
sangunea adequada. Fisiopatologicamente dividido em 3 fases:
Eltrica: corresponde aos 5 primeiros minutosmaissusceptvel desfibrilao, correlaciona com melhorprognstico.
Hemodinmicacrucial para perfuso cerebral ecoronariana, quando compresses torcicas sofundamentais para o sucesso da desfibrilao e doretorno circulao espontnea5 a 10 min aps oquadro.
Metablicadesencadeamento de citocinas
inflamatrias, radicais livres e leso celular,ocasionando alteraes miocrdicas irreversveis e
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Fibrilao Ventricular
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Raramente se recupera espontaneamente e fatal, se no for prontamente revertido.
ECG: ondas absolutamente irregulares deamplitude e variao variveis. Pode apresentar
dois padres: grosseiro (ou fibrilao de boa qualidade) -
ondas so de grande amplitude (maiores que 1mV), perfuso miocrdica satisfatria, com o choque eltrico resultando, em geral, na volta dos
batimentos cardacos espontneos. fino (ou fibrilao de m-qualidade)
ondas de baixa amplitude (menores que 1mV), perfuso miocrdica inadequada, com o choque eltrico resultando, em geral, numa AESP ou
assistolia.
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Taquicardia Ventricular eFibrilao Ventricular
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A TVSP geralmente, degenera-se em FV, e aconduta a mesma indicada para o manuseio dasegunda condio.
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Atividade Eltrica sem Pulso
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A AESP caracteriza-se pela presena de estmuloseltricos regulares no ECG, porm sem a respectivaresposta mecnica do miocrdio.
Designa qualquer ritmo que no assistolia, FV ou TV,desprovido de pulso palpvel nas cartidas.
Freqentemente, o ritmo de baixa freqncia. Uma das formas mais graves de PCR e est associada,em geral, a um mau prognstico.
Causas: hipoxemia grave, resultante, por exemplo, de complicaes
respiratrias nos atos anestsicos-cirrgicos nas intoxicaes exgenas nos politraumatizados na assistncia ventilatria mecnica inadequada, talvez seja,
isoladamente, o principal fator desencadeante desse tipo de
PCR.
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Atividade Eltrica sem Pulso
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Ausncia de pulso mas com atividade eltricaorganizadaimpe alto grau de suspeita pelosocorrista para diagnstico.
ECG: pode apresentar variedade de ritmos
(desde normal at ao idioventricular comfrequncia baixa e ritmos taquicrdicosmorfologicamente distintos da taquicardiaventricular)
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Assistolia
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Ausncia de qualquer atividade ventricular contrtil eeltrica em pelo menos duas derivaeseletrocardiogrficas.
Modalidade mais presente em PCR intra-hospitalar. Para confirmao do diagnstico, deve ser realizado o
Protocolo da Linha Reta: Derivaes soltas No conectado ao paciente No conectado ao desfibrilador/monitor Sem energia Ganho do sinal muito baixo FV/TV sem pulso isoeltrica ou FV/TV sem pulso oculta Rotao das ps em 90 grausverificar outras derivaes ASSISTOLIA verdadeira (ausncia total de atividade eltrica
cardaca). considerado o ritmo final de todos os mecanismos de
PCR e o pior prognstico.
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Assistolia
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Pode ocorrer: Em cardiopatias graves (isqumica, chagsica etc) Intoxicao por drogas Distrbios metablicos e hidroeletrolticos.
Deve ser confirmada em duas derivaesperpendiculares.
Este cuidado deve ser tomado devido ao fato de
existirem FV finas que podem ser confundidascom assistolia em algumas derivaes.
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Desfibrilao
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As ps do desfibrilador devem ser posicionadascorretamenteproporcionar maior corrente eltricapossvel atravessando o miocrdio.
Primeira p direita, em situao infraclavicular e paraesternal
Segunda p esquerda, no pice cardaco na linha axilarmdia, evitando-se o mamilo.
*Portadores de marcapassos implantados na regioinfraclavicular direitauma p no precrdio e outra p naregio dorsal infraescapular esquerda. Variao de cargaconforme desfibrilador
Monofsicos360J Bifsicos120 a 200J
Preferncia pelos bifsicos por melhores taxas de RCEcom menor leso miocrdica.
Pacientes em AESP ou Assistolia no sebeneficiam de desfibrilao.
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Tratamento aps RCE
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A maioria das mortes aps uma reanimaoocorre nas primeiras horas ps-RCE.
1. Identificar as causas da P.C.R.;
2. Otimizar a funo crdio vascular;
3. Otimizar a perfuso cerebral;
4. Preservar a funo neurolgica;
5. Prevenir sua recorrncia;6. Transferir o paciente para U.T.I.
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Tratamento aps RCE
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Perfil de exames laboratoriais, incluindo eletrlitos emarcadores de leso miocrdica, deve ser solicitado. Nenhuma grande evidncia de benefcio do controle
glicmico no perodo ps- PCRAlgumas pesquisas sugerem benefcios deste controle
Diferentes formas de proteo neurolgica tm sidoestudadas para melhorar o prognstico do paciente: Recomendada induo de hipotermia teraputica (32 a
34 C) em todos os pacientes de PCR em FV/TV sem
pulso extra-hospitalar por 12 a 24 horas com RCEhemodinamicamente estveis, porm em coma. Hipotermia teraputica em outros ritmos e em eventos
intra-hospitalares ainda , por enquanto, consideradaopcional.
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Consideraes especiais
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Soco precordial- No recomendado para socorristasde suporte bsico de vida. Marcapassos/Cardio-desfibriladores implantados -
Evitar colocar as ps dos desfibriladores sobre a unidadegeradora do dispositivo implantado. pode bloquear uma parte da corrente de desfibrilao comprometer o programa desativar ou danificar o dispositivo implantado podem haver queimaduras endocrdicas que provocam
aumento do limitar do ritmo e perda de captura domarcapasso.
nenhum ajuste de energia necessrio Adesivos de Nitroglicerinaremover ou garantir que os
eletrodos de desfibrilao no toquem o adesivo - risco dequeimaduras no paciente ou de prejudicar a transmissoda corrente.
AVISAR ANTES DE CADA CHOQUE!!!Assegurar-se que
ningum est em contato com o paciente ou com a maca.
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Consideraes especiais
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ANTIARRTMICOS: Benefcio vem sendo cada vez mais questionado.
AMIODARONA: Antiarrtmico de 1 escolha. LIDOCANA: Na falta de amiodarona pode-se utilizar lidocana.
Estar atento para convulses, comprometimento respiratrio eoutros sinais de toxicidade nos pacientes que recuperam a
circulao espontnea, aps o uso de altas doses de lidocana. SULFATO DE MAGNSIO: Em grandes doses, diminui a presso
sangnea, o que, no necessariamente, compromete a pressode perfuso coronariana, porque tambm leva dilatao dasartrias coronarianas.
PROCAINAMIDA: A partir das novas diretrizes deixou de serindicada nos algoritmos de FV/TV sem pulso.
Usar apenas um dos agentes antiarrtmicos (amiodarona oulidocana) para manuteno aps retorno da circulaoespontnea.
Aps RCEDose de ataque de amiodarona somente se
durante a parada no se usou amiodarona, e dose de ataque delidocana se durante a parada, a lidocana no tiver sido
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Quando Cessar os Esforos?
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Um dos maiores dilemas do intensivista consiste nomomento de parar, ou mesmo no iniciar a RCP. Por princpio, se aplica RCP para pacientes em PCR
nos quais os procedimentos no sejam fteis.
Idealmente, cada caso internado em UTI deveria serpreviamente discutido quanto a indicao de iniciarmanobras de RCP.
Questes ticas e legais em nosso pas aindasuscitam discusso sobre este ato.
A deciso de terminar o suporte avanado de vida individualizada e muito influenciada pelas condiespr-PCR, pela qualidade do atendimento da atualPCR e at mesmo por desejos manifestados pelopaciente antes da perda de conscincia.
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Referncias
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TALLO, F; et al. Atualizao em reanimao cardiopulmonar: uma revisopara o clnico*. Revista Brasileira de Clnica Mdica. So Paulo, 2012 mai-jun;10(3):194-200
Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE.Guidelines CPR/ECC 2010
Atendimento inicial ao politraumatizado ABCDEs do trauma.Disponvel em acesso em 11/06/2014.
ARAJO, S; ARAJO, I. E. M. RESSUSCITAO CARDIORRESPIRATRIA. Feitosa, G. S; et al. Atualizao em Reanimao Cardiopulmonar: O que
Mudou com as Novas Diretrizes!Revista Brasileira de Terapia Intensiva. Vol.18 N 2, AbrilJunho, 2006.
PROTOCOLO PARA ATENDIMENTO DE PARADA CARDACA FIBRILAOVENTRICULAR / TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO / ASSISTOLIA /ATIVIDADE ELTRICA SEM PULSO.Disponvel em: acesso em 11/06/2014. A Parada cardiorespiratria em assistolia. Disponvel em:
acesso em11/06/2014.
http://www.escbm.cbmerj.rj.gov.br/documentos/RECRUTAS_EPOQS_2008/pcr_2007.pdfhttp://www.escbm.cbmerj.rj.gov.br/documentos/RECRUTAS_EPOQS_2008/pcr_2007.pdfhttp://www.escbm.cbmerj.rj.gov.br/documentos/RECRUTAS_EPOQS_2008/pcr_2007.pdfhttp://www.escbm.cbmerj.rj.gov.br/documentos/RECRUTAS_EPOQS_2008/pcr_2007.pdf