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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA ELISSANDRA CASTRO DOS REIS CAPACITAÇÃO PARA O CUIDADO CONTÍNUO DE PACIENTES COM SEQUELAS DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO SANTARÉM - PARÁ 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁCURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA

ELISSANDRA CASTRO DOS REIS

CAPACITAÇÃO PARA O CUIDADO CONTÍNUO DE PACIENTES COM SEQUELAS DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

SANTARÉM - PARÁ2018

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ELISSANDRA CASTRO DOS REIS

CAPACITAÇÃO PARA O CUIDADO CONTÍNUO DE PACIENTES COM SEQUELAS DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Saúde da Família, Universidade Federal do Pará, para obtenção do Certificado de Especialista

Orientador: Denise da Silva Pinto

SANTARÉM - PARÁ2018

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ELISSANDRA CASTRO DOS REIS

CAPACITAÇÃO PARA O CUIDADO CONTÍNUO DE PACIENTES COM SEQUELAS DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Banca examinadora

Professor Denise da Silva Pinto (orientadora)

Profª Drª Maria Tereza Sanches Figueiredo - UFPA

Aprovado em Santarém, em ___ de ____________ de 2019.

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DEDICATÓRIA

Primeiramente, agradeço à Deus por esta grande realização.

Agradeço а minha orientadora, a qual me proporcionou os meios

necessários para concluir o trabalho.

A minha mãe, irmãs, esposo e meus que, cоm muita paciência e

dedicação me impulsionaram para que еu pudesse concluir mais

uma etapa de minha carreira.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à universidade que proporcionou acesso ilimitado ao

seu acervo bibliográfico.

Agradeço aos companheiros de curso, pelo apoio mútuo e

trocas de experiências que me guiaram neste tempos tão

difíceis. .

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“Não confunda jamais conhecimento com sabedoria. Um o

ajuda a ganhar a vida; o outro a construir uma vida.” (Sandra

Carey)

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RESUMO

A magnitude da correlação entre necessidade de aumentar a quantidade de

profissionais para atender a crescente população, está vinculada com o aumento

dos casos de sequelas evitáveis. Buscou-se mostrar neste trabalho, por meio de

revisão bibliográfica, pesquisa de campo e análise de dados obtidos na comunidade,

a necessidade de aumentar a quantidade e aprimorar os profissionais da unidade de

saúde para que sejam capazes de identificar e intervir nas situações em que

doenças consideradas de simples resolução não se tornem incapacitantes.

Inicialmente foram medidos os conhecimentos básicos retidos pelos profissionais da

unidade, bem como sua capacidade de reconhecer e acionar os serviços

necessários para cada caso em particular. Posteriormente se avaliou a necessidade

de identificar na área de abrangência os pacientes pertencentes ao grupo de

doenças consideradas de baixo risco. Por fim, distinguir os fatores de risco, hábitos e

adesão ao tratamento, bem como a falta de seguimento ou não destes pacientes por

parte dos profissionais da unidade. Concluiu-se que o aumento do quadro de

funcionários e indispensável, porém não é o único meio para a prevenção das

sequelas da população alvo, devendo ser ressaltada a necessidade da capacitação

destes profissionais, para que sejam capazes de identificar as causas do problema.

Palavras-chave: Sequelas evitáveis. Quantidade de profissionais, Profissionalizar, Doenças de baixo risco, Capacitação. Terra Santa.

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ABSTRACT

The magnitude of the correlation between the need to increase the number of

professionals to meet the growing population is linked to the increase in cases of

preventable sequelae. The aim of this study was to present, through a bibliographical

review, field research and data analysis obtained in the community, the need to

increase the quantity and professionalize the professionals of the health unit so that

they are able to identify and intervene in situations where diseases that are

considered as simple solutions do not become incapacitating. Initially, the basic

knowledge retained by the unit's professionals was measured, as well as their ability

to recognize and trigger the services required for each particular case. Subsequently,

it was evaluated the need to identify in the area of coverage the patients belonging to

the group of diseases considered low risk. Finally, to distinguish the risk factors,

habits and adherence to the treatment, as well as the lack of follow-up or not of these

patients by the professionals of the unit. It was concluded that the increase in the

number of staff is indispensable, but it is not the only means to prevent the sequelae

of the target population, emphasizing the need to train these professionals to be able

to identify the causes of the problem.

Keywords: Avoidable sequelae. Quantity of professionals, Professionalize, Low-risk

diseases, Training. Terra Santa.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABS Atenção Básica à Saúde

APS Atenção Primária à Saúde

DM Diabetes melito (Diabetes mellitus)

ESF Estratégia Saúde da Família

ESF Equipe de Saúde da Família

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

MS Ministério da Saúde

PSF Programa Saúde da Família

UBS Unidade Básica de Saúde

AVE Acidente Vascular Encefálico

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1- Classificação de prioridade para os problemas identificados no

diagnóstico da comunidade adscrita à equipe de Saúde Aparecida, Unidade

Básica de Saúde Irany Guimarães D’Antona, município de Terra Santa,

estado de Pará.

16

Quadro 2 – Operações sobre o “Material Educativo” relacionado ao problema

“Falta de capacitação dos profissionais da UBS”, na população sob

responsabilidade da Equipe de Saúde da Família da Aparecida, do município

de Terra Santa, estado do Pará.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 12

1.1 Aspectos gerais do município 12

1.2 Aspectos da comunidade 12

1.3 O sistema municipal de saúde 131.4 A Unidade Básica de Saúde Irany Guimarães D’Antona 131.5 A Equipe de Saúde da Família Aparecida, da Unidade Básica de

Saúde Irany Guimarães D’Antona14

1.6 O funcionamento da Unidade de Saúde da Equipe Aparecida 15

1.7 O dia a dia da equipe Aparecida 15

1.8 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade (primeiro passo)

15

1.9 Priorização dos problemas – a seleção do problema para plano de intervenção (segundo passo)

16

2 JUSTIFICATIVA 17

3 OBJETIVOS 18

3.1 Objetivo geral 18

3.2 Objetivos específicos 18

4 METODOLOGIA 19

5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 20

5.1 Reabilitação da pessoa com Acidente Vascular Encefálico 20

5.2 Rotinas para atencao ao AVE 21

5.3 Diretrizes para a Diabetes Mellitus tipo 2 21

5.4 Diabetes mellitus 22

6 PLANO DE INTERVENÇÃO 23

6.1 Descrição do problema selecionado (terceiro passo) 23

6.2 Explicação do problema (quarto passo) 23

6.3 Seleção dos nós críticos (quinto passo) 24

6.4 Desenho das operações (sexto passo) 24

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 26

REFERÊNCIAS 27

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2INTRODUÇÃO

1.1 Aspectos gerais do município

A cidade de Terra Santa é um município brasileiro do estado do Pará, pertencente

à Mesorregião do Baixo Amazonas, estando a uma altitude de 18 metros acima do

nível do mar. O município foi elevado à categoria de cidade em 1993. Atualmente

possui uma população de aproximadamente 18 mil habitantes distribuídos em

1 896 km² de extensão territorial, segundo o IBGE (2016).

A cidade faz divisa com os municípios de Faro, Nhamundá, Oriximiná e Parintins.

Está dividida oficialmente em 4 Bairros e suas respectivas unidades básica de

Saúde: Cidade Nova, São Francisco, Aparecida e Juvenil. Além disso há 1 (um)

hospital municipal onde ocorrem atendimentos de emergência, cirurgias de pequena

complexidade e realização dos partos. As necessidades de referências são enviadas

a Santarém – Para, cidade polo.

1.2 Aspectos da comunidade

O bairro do Aparecida se localiza na Zona Oeste do Município, próximo a zona

portuária que dá acesso a outros municípios vizinhos. No mesmo bairro se

encontram, uma escola municipal de ensino fundamental para crianças de 4 anos

em diante, uma escola municipal de ensino Médio e a estação portuária do

município, Unidade do NASF e o Centro de Reabilitacãoo e Fisioterapia.

Atualmente o bairro está em constante crescimento devido ao êxodo rural e

imigrantes de outros estados e municípios vizinhos, motivo pelo qual está em

execução a construção de uma creche. A única UBS do Bairro é o PSF do Bairro da

Aparecida (Unidade Irany Guimarães D’Antona).

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1.3 O sistema municipal de saúde

A atenção primária é realizada pelas 4 Unidade Básicas de Saúde existentes no

município, onde cada Unidade conta com 1 (um) médico, todos participantes do

Programa Mais Médicos (PMM).

A atenção especializada fica a cargo do Hospital Municipal, onde são executadas

cirurgias ambulatoriais e de pequena complexidade, além dos exames de imagem

como a Ultrassonografia e Radiografia. A atenção de urgência e emergência

também ocorre no hospital, que conta com o apoio diagnóstico do laboratório e de

imaginologia disponíveis no hospital.

A assistência farmacêutica se realiza por meio da dispensa de medicações das

farmácias das UBS e do Hospital Municipal. A vigilância da saúde é de

responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde e Vigilância Sanitária Municipal.

Os pontos de atenção interagem conforme o nível de atenção necessária (básica,

intermediária ou complexa). A atenção básica se inicia nas UBS, uma vez

identificada situações que demandem maior especialização, se referenciam os casos

ao hospital municipal. Os acionamentos de serviços de saúde externos ao município

são de responsabilidade da unidade hospitalária, onde casos graves são

referenciados ao município polo da região, no caso a cidade de Santarém no Pará,

por meio dos recursos disponibilizados pelo SUS.

O consórcio de saúde é realizado com as cidades de Santarém e Belém, ambas

no Estado do Pará. O modelo de atenção desenvolvido na UBS segue as bases do

SUS, uma forma mesclada entre um modelo de atenção com características Liberal

Privatista e Sanitarismo Campanista ao mesmo tempo, onde o sistema de saúde é

ainda fortemente centrado em médicos e hospitais.

1.4A Unidade Básica de Saúde Irany Guimarães D’Antona

A UBS Irany Guimarães D’Antona, localizada no Bairro da Aparecida, às

margens do Rio que passa pelo município foi construída em 30 de Outubro de 2009.

Fisicamente consta de uma recepção, com uma recepcionista e onde estão

arquivados os prontuários. Uma sala de triagem, onde atua uma técnica de

enfermagem e uma sala de vacinas onde atua uma técnica de enfermagem, local no

qual também está o refrigerador para armazenar as vacinas. Um consultório médico,

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com negatoscópio, maca, armário para armazenamento dos insumos médicos. Um

consultório de enfermagem, uma sala de odontologia, uma farmácia, dois banheiros,

sendo um para os funcionários e outro para os usuários da UBS. Uma cozinha, uma

sala para materiais de limpeza, um auditório e uma sala de reuniões.

1.5 A Equipe de Saúde da Família da Aparecida, da Unidade Básica de Saúde Irany

Guimarães D’Antona

A equipe é formada por 1 médica, 1 enfermeira, 5 ACS’s, 1 recepcionista, 2

Técnicas de enfermagem, 1 auxiliar de limpeza.

Elissandra Castro, 34 anos, casada, Médica. Recém-formado, primeiro emprego. Não é natural do município, porém é do mesmo estado, o que facilita em algumas situações.

Jamila Lima, 29 anos, solteira, Enfermeira. Responsável pela unidade de saúde. Rosenilda Cavalcante, 46 anos, casada, Técnica de Enfermagem. É a responsável

pela triagem e curativos. Leane Duarte, casada, Técnica de Enfermagem. Responsável pelas vacinas e

administração de injetáveis. Maria do Carmo, 28 anos, união estável. É a recepcionista da unidade, formada em

auxiliar administrativo. É a responsável pelos agendamentos das consultas, retirada dos prontuários.

Clezébia, 55 anos, casada. Responsável pelos serviços gerais. Osmar Gato, 52 anos, casado. ACS da Microárea 1, nº 147 famílias, possui o ensino

médio. Tem uma boa relação com os pacientes de sua área. Marta Guerreiro, 36 anos, solteira. ACS da Microárea 2, com 150 famílias, possui o

ensino médio. Rosa Aragão, 50 anos, casada. ACS da Microárea 3, com 136 famílias, possui o

ensino médio. Tem uma boa relação com os pacientes de sua área. Santana Marques, 51 anos. Casada, ACS da Microárea 4, com 150 famílias, possui

o ensino médio. Silvana Pantoja, 48 anos, casada. ACS da Microárea 5, com 150 famílias, possui o

ensino médio. João Paulo, 30 anos, casado. Odontologista da Unidadede.

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1.6 O funcionamento da Unidade de Saúde da Equipe Aparecida

A unidade funciona de Segunda a Sexta, das 8:00 hrs às 12:00 e das 14:00

às 18:00. Alguns usuários solicitam que houvesse atenção durante o intervalo de

almoço para os pacientes que trabalham, porém até o momento não obtivemos

respostas na Secretaria de Saúde.

1.7 O dia a dia da equipe Aparecida

Na segunda-feira ocorre a demanda espontânea durante todo o dia, tanto no

serviço de atendimento médico, como de enfermagem. Na terça-feira pela manhã,

atendimento de hiperdia e à tarde, demanda espontânea. Na quarta-feira, visita

médica na comunidade pela manhã, o que envolve enfermagem e ACS’s e pela

tarde, demanda espontânea. Na quinta-feira pela manhã, atendimento pré-natal,

tanto no serviço de atendimento médico, como de enfermagem e à tarde, demanda

espontânea de medicina e coleta de PCCU por enfermagem. Por fim, na sexta-feira

o atendimento de enfermagem por demanda espontânea. Uma vez ao mês é

realizada na unidade a reunião mensal de Hiperdia, além de reuniões mensais com

a equipe.

1.8 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade (primeiro

passo)

O acesso ao município é dificultoso, limitando-se apenas por via fluvial e em

alguns dias da semana e por via aérea somente de forma particular. O único

Hospital do município com poucos recursos e profissionais especializados, produz

um maior número de referências a outros municípios.

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1.9 Priorização dos problemas – a seleção do problema para plano de intervenção

(segundo passo)

Quadro 1 Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico da comunidade adscrita à equipe de Saúde Aparecida, Unidade Básica de Saúde Irany Guimarães D’Antona, município de Terra Santa, estado de ParáProblemas Importância* Urgência** Capacidade de

enfrentamento***

Seleção/

Priorização***

*

Incidência de novos casos

de sequelas em pacientes

já diagnosticados com

doenças crônicas de base

Alta 11 Parcial 1°

Falta de preparo técnico

da equipe

Alta 8 Parcial 2°

Alta demanda,

acarretando falta de

atenção a todos os

usuários.

Médio 6 Fora 3°

Número de componentes

da equipe insuficiente,

com insumos incapazes

de atender às

necessidades.

Média 5 Parcial 4°

Total 30

Fonte: Instrumento do pesquisador

*Alta, média ou baixa** Total dos pontos distribuídos até o máximo de 30***Total, parcial ou fora****Ordenar considerando os três itens

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2 JUSTIFICATIVA

A crescente procura de pacientes com sequelas de diversas patologias

consideradas de baixo risco chama a atenção para a falta de preparo e de um

número adequado de profissionais, incapazes de atender a tal demanda. O que

motivou realização desde trabalho.

Tendo em vista que a necessidade de um maior quadro de profissionais

treinados seria o ideal para sanar a maioria dos problemas de saúde da população,

a grande demanda acaba por deixar de lado as situações aparentemente mais

controladas, doenças que por muitas vezes passam despercebidas já que estão em

seu estágio inicial.

Assim, pacientes que estão sem acompanhamento por longos períodos de

tempo, acabam silenciosamente desenvolvendo sequelas, muitas das vezes

irreversíveis, que só chamam a atenção quando são detectadas tardiamente pelos

profissionais por sua gravidade. Como por exemplo: Sequelas após AVE (que

implicam não só em um maior uso de medicações, atenção domiciliária,

acionamento de serviços especializados como a fisioterapia, serviço social e

psicologia), Sequelas renais, cardíacas e visuais por diabetes descompensada.

Úlceras crônicas que uma vez infectadas, podem chegar ao desenvolvimento de

septicemia.

Sendo assim, a prevalência de necessitados de atenção especial e contínua

por parte dos profissionais da UBS só aumenta, fato que poderia ser menos

corriqueiro se a quantidade de profissionais de saúde condissesse com a quantidade

de usuários da área de abrangência e principalmente se tais profissionais estiverem

devidamente capacitados.

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Possibilitar uma melhor atenção para os pacientes que apresentam debilidades tanto

físicas como mentais, por meio do aumento do quadro de profissionais e uma

eficiente capacitação dos mesmos, com o intuito de melhorar a qualidade de vida

destes pacientes.

3.2 Objetivos específicos

3.2.1 - Elaborar texto base que servirá de base para a capacitação dos profissionais

e de informação para os órgãos de saúde responsáveis pelo município.

3.2.2 - Identificar a população alvo da área de abrangência.

3.2.3 - Capacitar os profissionais da UBS para que sejam hábeis em identificar os

fatores de risco dentro do público alvo.

3.2.4 - Aplicar na prática o conhecimento adquirido através das visitas domiciliarias,

com o foco não apenas no paciente, mas também dos familiares envolvidos.

Coletar os resultados e avaliar o progresso da educação em saúde.

3.2.5 – Identificar as sequelas mais prevalentes e suas principais causas.

3.2.6 – Análise dos resultados para a efetuação das mudanças necessárias.

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4 METODOLOGIA

A metodologia utilizada no trabalho tem em base um tipo de pesquisa

exploratória e descritiva. Em um primeiro momento se realizara uma análise da área,

dos tipos de pacientes e das reais necessidades que cada família. Sendo assim

realizando uma exploração do tema e de suas possíveis intervenções.

Posteriormente a pesquisa de tornara descritiva em que poderemos descrever,

analisar e aplicar método que foram necessários para o desenvolvimento do trabalho

e tanto servirá para ajudar cada paciente.

Foi utilizado o Planejamento Estratégico Situacional para a estimativa rápida

dos problemas observados e definição do problema prioritário, dos nós críticos e das

ações. Além do Planejamento e Avaliação das ações básicas de saúde (CAMPOS;

FARIAS; SANTOS, 2010) e também foi consultada a biblioteca virtual em Saúde do

Nescon e documentos de órgãos públicos como da Secretaria da Unidade, Ministério

da Saúde entre outros.

A população com sequelas apresenta incidência elevada no município de Terra

Santa- Estado de Pará- Brasil. E promover e aplicar na prática o conhecimento sobre

os fatores de riscos e suas causas, através das visitas domiciliares realizadas, com o

foco não apenas no paciente, mas também aos familiares envolvidos, no intuito do

progresso da educação em saúde, num período de tempo hábil.

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5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

5.1 Reabilitação da pessoa com Acidente Vascular Encefálico (AVE)

Segundo a OMS, o AVE consiste no desenvolvimento rápido de sinais clínicos

de distúrbios focais e/ou globais da função cerebral, com sintomas de duração igual

ou maior a 24 horas, de origem vascular, causando alterações cognitivas, sensoriais

e motordas.

O Ministério da Saúde elaborou diretrizes para a qualificação dos profissionais

da saúde para disponibilizar a reabilitação da pessoa com AVE no ambito do

Sistema Unico de Saude (SUS).

Os AVEs isquemicos são causados pela formacao de coagulos que bloqueiam

o fluxo sanguineo ao cerebro, geralmente em areas onde as arterias estao mais

estreitas. Alguns fatores de risco podem causar o AVE: fumar, tensao arterial alta

(hipertensao), obesidade, alimentacao rica em colesterol e doenças concomitantes,

como o diabetes.

Os AVEs hemorragicos ocorrem pela ruptura de um vaso sanguineo no

cerebro, causado principalmente pela tensao arterial alta, que pode enfraquecer as

arterias no cerebro e torna-las susceptiveis a ruptura.

O objetivo da diretriz e orientar as equipes multiprofissionais de Saude em

relação aos cuidados em reabilitacao, levando em conta as alteracoes fisicas,

auditivas, visuais, intelectuais e emocionais das pessoas que sofreram AVE. Para

tanto, deverao ser organizados, fortalecidos e ampliados servicos e programas

completos de reabilitacao, alem da promocao da capacitacao inicial e continuada de

profissionais e de equipes. Para que isso seja possível, deverao ser organizados,

fortalecidos e ampliados os servicos e programas de reabilitacao, alem da promocao

da capacitacao inicial e continuada de profissionais e de equipes.

No Brasil, o AVE é considerado a primeira causa de morte e incapacidade no

Pais, causando grande impacto economico e social. Dados indicaram incidencia

anual de 108 casos por 100 mil habitantes, taxa de fatalidade aos 30 dias de 18,5%

e aos 12 meses de 30,9%, sendo o indice de recorrencia apos um 1 de 15,9%.

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Tanto profissionais de saúde que estão em contato direto com os pacientes da

comunidade, como os ACS’s, como os familiares dos pacientes devem perceber

quando a pessoa apresentar sinais e sintomas como: diminuicao da sensibilidade

e/ou fraqueza que tenha comecado de forma subita na face, no braco e/ou na perna,

especialmente se unilateral; confusao mental, dificuldade para falar ou para

compreender o que e dito, que tenha comecado de forma subita; alteracoes visuais

em um ou em ambos os olhos de instalacao subita; dificuldade para andar, perda de

equilibrio e/ou da coordenacao iniciados de forma subita; dor de cabeca intensa, de

instalacao subita, sem causa conhecida, deve ser levada para atendimento

emergencial, por serem sugestivos de um AVE. (Diretrizes de Atenção, MINISTÉRIO

DA SAÚDE - BRASIL, 2013).

5.2 Rotinas para atencao ao AVE

No Manual de Rotinas pra atenção ao AVE do Ministério da Saúde, o

profissional pode contar com Protocolo de atendimento pre-hospitalar do acidente

vascular cerebral, Fluxograma de Atendimento do Acidente Vascular Cerebral

Agudo, Escala de AVE do National Institute of Health Stroke Scale (NIH), Escala de

coma de Glasgow, Escala de Hunt & Hess (Para pacientes com HSA nao traumatica,

escolha da gradacao mais apropriada), Indice de Barthel modificado, Escala de

Fisher (para hemorragia subaracnoide), Escala de Rankin (avaliacao funcional).

Assim, é possível não só saber qual conduta se adequara melhor para cada tipo de

AVE, minimizando assim ai máximo as sequelas futuras.

5.3 Diretrizes para a Diabetes Mellitus tipo 2

O continuo surgimento de novos pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2)

na atualidade atinge escalas epidêmicas, requerendo um alto custo não só

econômico quanto social. A prevenção primária, de interesse mais recente e enfoque

dessas diretrizes, tem como objetivo impedir o surgimento da doença.

A prevenção secundária tem mostrado a importância do tratamento adequado

do diabético sem complicações. Evitando assim o surgimento de sequelas

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incapacitantes que demandariam custos econômicos e tempo laboral aos

profissionais da saúde. A prevenção terciária, foco deste estudo, em que

complicações já ocorreram, é a que mais consome os recursos financeiros e de mão

de obra especializada, sendo na maioria das vezes crônica e de difícil resolução.

(SILVA, Psicologia da Diabetes. 2a Edição. Outubro de 2010)

5.4 Diabetes mellitus

Um indicador macroeconomico importante para a realidade nacional e que o

diabetes cresce mais rapidamente em paises pobres e em desenvolvimento,

impactando de forma negativa na morbimortalidade precoce, atingindo a população

em plena vida produtiva, contribuindo para a continuidade do ciclo vicioso da

pobreza e da exclusao social.

No Brasil, o diabetes junto com a hipertensao arterial, e considerada a primeira

causa de mortalidade e de hospitalizacoes. Além disso é responsável pela maioria

das amputacoes de membros inferiores e representa 62,1% dos diagnosticos

primarios em pacientes com insuficiencia renal cronica submetidos a dialise.

O Caderno de Atencao Basica possui um protocolo atualizado, que tem como

base as evidencias cientificas mundiais. É dirigido aos profissionais de saude da

Atencao Basica, principalmente aos das equipes Saude da Familia, que poderao

identificar grupos de risco, realizar o diagnostico precoce e a abordagem terapeutica.

Além de manter o cuidado continuado, educar e preparar portadores e familiares a

terem autonomia no auto-cuidado, monitorar o controle, prevenir complicacoes e

gerenciar o cuidado nos diferentes niveis de complexidade. (Ministério da Saúde,

Cadernos de Atencao Basica - n.o 16 Brasilia - DF 2006).

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6 PLANO DE INTERVENÇÃO

Em vista de que é cada vez mais corriqueiro o surgimento de pacientes já

diagnosticados com doenças crônicas apresentando complicações decorrentes de

suas doenças base, é primordial que seja instituída medidas não só para evitar tais

situações, como também preparar os profissionais da ubs para identificar fatores de

risco e acionar os profissionais indicados para cada situação. Para tanto é

necessário que estes profissionais estejam treinados e acompanhados dos insumos

necessários para desenvolver estas atividades.

6.1 Descrição do problema selecionado (terceiro passo)

Pela alta demanda e falta de atenção a todos os usuários, muitos acabam

agravando quadros simples e outros desenvolvem sequelas que poderiam ter sido

evitadas. Ainda que haja um dia na semana para a hiperdia e outro dia para a visita

domiciliaria, não supre a grande quantidade de pacientes sequelados na área de

abrangência.

O diagnostico tardio destes pacientes é cada vez mais frequente. Nos últimos

meses, de janeiro a julho de 2018, a quantidade de pacientes que apresentaram

AVE e complicações por diabetes, principalmente amputações por complicações

pelo pé diabético, aumentou em mais de 50%, conforme os dados do e-SUS da

UBS. O número de internações para reabilitação e curativos diários está

demandando quase a metade dos leitos do único hospital municipal. Além disso, a

falta de conhecimento da equipe frente a tais situações, só agrava ainda mais a

situação, tendo em vista a incapacidade para orientar e detectar fatores de risco

presentes no cotidiano destes pacientes e de seus familiares.

6.2 Explicação do problema selecionado (quarto passo)

Com o aumento da população da área de abrangência esta cada vez mais

difícil para os profissionais médicos e de enfermagem conseguirem dar seguimento

à pacientes já com diagnostico estabelecidos de pós-AVE, Hipertensos e Diabéticos.

A grande demanda recebida pela UBS acaba por não priorizar situações

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aparentemente mais controladas, doenças que por muitas vezes não são

diagnosticadas, seja por sua clínica inexistente inicialmente ou por falta de

qualificação dos profissionais em identificar as doenças em seu estágio inicial.

Sendo assim, pacientes desacompanhados ou sem seguimento após

diagnóstico inicial, acabam desenvolvendo sequelas, muitas das vezes irreversíveis,

que só são identificadas tardiamente, demandando mais insumos e profissionais da

UBS. A necessidade da capacitação, principalmente dos ACS’s, é essencial para

que os pacientes sejam acompanhados diariamente por profissionais capazes de

orientá-los e identificar fatores de risco que possam levar a produzir ou agravar as

sequelas, levando em conta que parte do problema é ocasionado pelos próprios

pacientes e seus familiares ao não atenderem às consultas de controle, não

seguindo as orientações farmacológicas e dietéticas. Além disso, é através desta

capacitação que será possível referenciar os pacientes aos profissionais

especializados específicos, antes que ocorram sequelas irreversíveis.

6.3 Seleção dos nós críticos (quinto passo)

A ineficiente quantidade de profissionais e a falta de capacitação dos

mesmos, impede a eficiente detecção de fatores de risco que levam as doenças

consideradas de fácil controle causarem sequelas. Sendo assim, a falta de

capacitação para identificar os fatores de risco e aumento na incidência de

sequelados, aumentam a demanda, consumindo ainda mais os insumos e tempo

dos profissionais da UBS.

6.4 Desenho das operações (sexto passo)

A operação é sobre o nó crítico relacionado ao problema na população do

município de Terra Santa-estado do Pará, que são detalhados no quadro abaixo.

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Quadro 2 – Operações sobre o “Material Educativo” relacionado ao problema “Falta de capacitação dos profissionais da UBS”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família da Aparecida, do município de Terra Santa, estado do Pará Nó crítico 1 Falta de Capacitação dos profissionais da UBS.

Operação (operações)

Preparação do material guia para a capacitação.

Projeto Capacitação profissional

Resultados esperados

Capacitar primeiramente os ACS e demais profissionais da saúde que estão em contato com os usuários da UBS.

Produtos esperados

Curso de capacitação e atualização em saúde

Recursos necessários

Estrutural: insumos para a confecção do material de capacitação

Cognitivo: conhecimentos em conjunto do médico e enfermeira

Financeiro: impressão do manual individual

Político: intervenção da secretaria de saúde

Recursos críticos Estrutural: comprometimento dos profissionais em assimilar o conhecimento do material confeccionado

Cognitivo: fonte bibliográfica local e dados da área de abrangência.

Político: envolvimento da gestão municipal.

Financeiro: secretaria de saúde.

Controle dos recursos críticos

Secretaria de saúde, médico e enfermeira da unidade

Ações estratégicas Médico, Enfermeira e Acs se beneficiarão das mudanças implementadas, já que reduzirá a incidência das sequelas.

Prazo 6 a 12 meses, depende da contratação de novos profissionais.

Responsável (eis) pelo acompanhamento das ações

Secretaria de saúde e diretora da UBS

Processo de monitoramento e avaliação das ações

Após o treinamento, os profissionais receberão guias de anotação para observar continuamente se a população alvo modificou seus hábitos. Além disso, o médico e a enfermeira avaliarão se o conhecimento obtido pelos profissionais estão sendo aplicados e se a incidência de sequelas está em declínio.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O conhecimento que todo profissional da saúde buscará é aquele relacionado

com a infinita atualização. Não só sobre os profissionais deve pesar a

responsabilidade do conhecimento, já que se tornam essencial e passível de

funcionalidade a colaboração ativa do paciente e seu entorno familiar.

Permanecer diagnosticando sequelas é um retrocesso evitável. Faz-se

necessário a promoção continua da manutenção da saúde por meio dos órgãos

responsáveis, uma vez tais sequelas demandam insumos cada vez mais

especializados, de alto custo e por maior tempo de uso.

Portanto, através desta análise, evidencia-se que medidas educativas,

participação ativa dos gestores municipais, profissionais da UBS em harmonia com o

público da área de abrangência, reduzirá consideravelmente a chance dos pacientes

já diagnosticados com doenças crônicas, venham a ser pacientes complicados com

sequelas.

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REFERENCIAS

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cadernos de Atenção Básica - n.o 16 Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília – 2006.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Acidente Vascular Cerebral. Brasília – 2013.

SILVA, I. Psicologia da Diabetes. 2a Edição. Placebo, Editora LDA. Lisboa, Outubro de 2010.

SILVA, E. Reabilitação após o AVE. Tese de Mestrado. Universidade do Porto, Porto – Abril 2010.

ESCOBAR, Bernardo Cordoves . Proposta de intervenção para melhorar o processo de trabalho com ações de prevenção ao acidente vascular encefálico - equipe 45, Ressaca - Contagem, 2015. Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Medicina. Núcleo de Educação em Saúde Coletiva . Lagoa Santa, 2015. 32f.

SOARES, Sonia Maria; FERRAZ, Aide Ferreira . Grupos operativos de aprendizagem nos serviços de saúde: sistematização de fundamentos e metodologias. ESCOLA ANNA NERY: REVISTA DE ENFERMAGEM. , v. 11, n. 1, 2007.

TOSCANO, Cristiana M . As campanhas nacionais para detecção das doenças crônicas não-transmissíveis: diabetes e hipertensão arterial. CIÊNCIA E SAÚDE COLETIVA. Rio de Janeiro, v. 9, n. 4, p.885-895, 2008.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidades@. Brasília, [online], 2019b. Disponível em:https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/terra-santa/panorama. Acesso em: 6 janeiro. 2019.