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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA ENGENHARIA E TECNOLOGIA COORDENAÇÃO DE ENSINO DE ENGENHARIA CIVIL JAQUELINE DE PAULA SAGA GOMES AJUSTE DE POLIGONAL FECHADA EM “LOOP” PELO MMQ COM VARIAÇÃO DAS PRECISÕES DAS OBSERVAÇÕES CUIABÁ MATO GROSSO 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ARQUITETURA ENGENHARIA E TECNOLOGIA

COORDENAÇÃO DE ENSINO DE ENGENHARIA CIVIL

JAQUELINE DE PAULA SAGA GOMES

AJUSTE DE POLIGONAL FECHADA EM “LOOP” PELO MMQ COM VARIAÇÃO

DAS PRECISÕES DAS OBSERVAÇÕES

CUIABÁ – MATO GROSSO

2014

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JAQUELINE DE PAULA SAGA GOMES

AJUSTE DE POLIGONAL FECHADA EM “LOOP” PELO MMQ COM VARIAÇÃO

DAS PRECISÕES DAS OBSERVAÇÕES

Trabalho de Graduação submetido ao Corpo

Docente da Faculdade de Arquitetura, Engenharia

e Tecnologia da UFMT como requisito parcial

para obtenção do título de Bacharel em

Engenharia Civil

Orientador: Edson Pereira Lima

Cuiabá – Mato Grosso

2014

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Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

G633a Paula Saga Gomes, Jaqueline de.AJUSTE DE POLIGONAL FECHADA EM “LOOP” PELO

MMQ COM VARIAÇÃO DAS PRECISÕES DASOBSERVAÇÕES / Jaqueline de Paula Saga Gomes. -- 2014

107 f. : il. color. ; 30 cm.

Orientadora: Edson Pereira Lima.TCC (graduação em Engenharia Civil) - Universidade Federal

de Mato Grosso, Faculdade de Arquitetura, Engenharia eTecnologia, Cuiabá, 2014.

Inclui bibliografia.

1. MMQ. 2. Precisão. 3. Elipse dos Erros. I. Título.

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais, pelas preocupações que passaram

por minha causa, pelo amor, carinho e estímulo que me

ofereceram, dedico-lhes essa conquista como gratidão.

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AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus pela força e coragem que me

proporcionou durante esta longa caminhada.

Agradeço aos familiares e amigos, pelo carinho,

paciência, pelas alegrias, tristezas e dores compartilhadas

e pela capacidade de me trazerem paz e esperança na

correria de cada semestre.

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RESUMO

Este trabalho de graduação visa analisar o ajustamento de uma poligonal fechada em

“loop”, localizada no campus da Universidade Federal de Mato Grosso, utilizando duas

técnicas distintas para estabelecer as precisões das observações coletadas em campo. Ajustar

pelo método dos mínimos quadrados as observações, determinar as coordenadas ajustadas dos

pontos e comparar as suas precisões. Uma vez coletados os dados de campo, e para a

verificação da qualidade dos mesmos, após o ajustamento pelo método dos mínimos

quadrados usam-se as estimações por ponto onde as formulações tidas como elipse dos erros,

a elipse de confiança irá permitir a verificação desta qualidade. O trabalho é concluído

analisando e comparando os resultados obtidos utilizando a precisão nominal da estação total

e a precisão da média das observações, verificando e sugerindo através de comparativos qual

das precisões fornece um resultado mais exato.

Palavras-chave: MMQ, Precisão, Elipse dos Erros.

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ABSTRACT

This work aims to analyze the degree of adjustment in a closed polygonal "loop",

located at the Federal University of Mato Grosso campus, using two different techniques to

establish the precision of the observations collected in the field. Adjust the method of least

squares the observations, determine the adjusted coordinates of points and compare their

accuracy. Once collected field data, and the verification of their quality, after adjustment by

the least squares method are used for the estimations point where the formulations taken as

ellipse of errors, the confidence ellipse will allow verification of this quality. The work is

done by analyzing and comparing the results obtained using the nominal accuracy of the total

station and accuracy average of observations, checking and suggesting through comparative

accuracies which provides a more accurate result.

Keywords: MLS, Accuracy, Ellipse of Errors.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Gráfico de Ângulos Ajustados pelo MMQ ......................................................................... 99

Gráfico 2 – Gráfico das Precisões Angulares Ajustadas pelo MMQ .................................................. 100

Gráfico 3 - Gráfico das Distâncias Horizontais Ajustadas pelo MMQ ............................................... 100

Gráfico 4 - Gráfico das Precisões das Distâncias Horizontais Ajustadas pelo MMQ ......................... 101

Gráfico 5 - Gráfico das Coordenadas Topográficas “X” Ajustadas pelo MMQ ................................. 101

Gráfico 6 - Gráfico da Precisão das Coordenadas Topográficas “X” Ajustadas pelo MMQ .............. 102

Gráfico 7 – Gráfico das Coordenadas Topográficas “Y” Ajustadas pelo MMQ ................................ 102

Gráfico 8 - Gráfico da Precisão das Coordenadas Topográficas “Y” Ajustadas pelo MMQ .............. 103

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Definição dos elementos da elipse deo erro ou de confiança ............................................... 26

Figura 2 - Alguns padrões das elipses de erro padrão. .......................................................................... 27

Figura 3 - Estação total Topcon GTS-203............................................................................................. 30

Figura 4 - GPS Topcon. ........................................................................................................................ 30

Figura 5 - Distâncias, Ângulos e Azimutes no plano ............................................................................ 37

Figura 6 - Procedimento esquemático de Ajustamento pelo MMQ ...................................................... 38

Figura 7 – Cálculo para o nível de significância a 1% .......................................................................... 59

Figura 8 – Cálculo para o nível de significância a 5% .......................................................................... 60

Figura 9 – Teste Bilateral com nível de significância a 5% .................................................................. 72

Figura 10 – Teste Unilateral com nível de significância a 5% .............................................................. 73

Figura 11 – Estatística do teste .............................................................................................................. 78

Figura 12 – Cálculo para o nível de significância a 1% ........................................................................ 82

Figura 13 – Cálculo para o nível de significância a 5% ........................................................................ 82

Figura 14 – Teste bilateral para o nível de significância a 1% .............................................................. 89

Figura 15 – Teste unilateral para o nível de significância a 1% ............................................................ 90

Figura 16 – Estatística do teste .............................................................................................................. 95

Figura 17 – Poligonal com as elipses de confiança ............................................................................... 98

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Planilha de experimentos ................................................................................................... 55

Quadro 2 – Planilha de experimentos continuação ............................................................................... 56

Quadro 3 – Valores observados e calculados ........................................................................................ 61

Quadro 4 – Coeficientes (Pontos a Vante) ............................................................................................ 62

Quadro 5 – Valores observados e calculados (1ª iteração).................................................................... 65

Quadro 6 – Valores de Vante ................................................................................................................ 66

Quadro 7 – Valores observados e calculados ........................................................................................ 69

Quadro 8 – Valores de vante ................................................................................................................. 69

Quadro 9 – Valores observados e calculados ........................................................................................ 70

Quadro 10 – Valores de Vante .............................................................................................................. 71

Quadro 11 – Precisão Nominal ............................................................................................................. 76

Quadro 12 – Elipses dos Erros Padrão .................................................................................................. 78

Quadro 13 – Elipses de confiança pontual ............................................................................................ 79

Quadro 14 – Valores observados e calculados ...................................................................................... 83

Quadro 15 – Coeficientes (Pontos a vante) ........................................................................................... 83

Quadro 16 – Valores observados e calculados ...................................................................................... 85

Quadro 17 – Valores de vante ............................................................................................................... 85

Quadro 18 – Valores observados e calculados ...................................................................................... 86

Quadro 19- Valores de vante ................................................................................................................. 87

Quadro 20 – Valores observados e calculados ...................................................................................... 88

Quadro 21 – Valores de vante ............................................................................................................... 88

Quadro 22 – Precisão da média das observações .................................................................................. 93

Quadro 23 – Elipses dos Erros Padrão .................................................................................................. 95

Quadro 24 – Elipse de Confiança Pontual ............................................................................................ 96

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 13

2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 14

2.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................................. 14

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................ 14

2.3 OBJETO ................................................................................................................................ 15

2.3.1 Problema ............................................................................................................................... 15

2.3.2 Hipóteses ............................................................................................................................... 15

3 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 16

3.1 AJUSTAMENTO PELO MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS ................................ 16

3.1.1 Ajustamento paramétrico ................................................................................................... 17

3.1.1.1 Método de ajustamento paramétrico linear ............................................................................ 18

3.1.1.2 Método de ajustamento paramétrico não linear ..................................................................... 19

3.1.1.3 Estimativa da precisão dos parâmetros e dos resíduos estimados ......................................... 20

3.2 MATRIZ DOS PESOS .......................................................................................................... 21

3.3 VETOR DAS OBSERVAÇÕES APROXIMADAS ............................................................. 21

3.4 VETOR DAS DIFERENÇAS ............................................................................................... 22

3.5 MATRIZ A ............................................................................................................................ 22

3.6 TESTE BILATERAL ............................................................................................................ 22

3.7 TESTE UNILATERAL ......................................................................................................... 23

3.8 TESTE “DATA SNOOPING” ............................................................................................... 24

3.9 ELIPSES DE ERRO .............................................................................................................. 25

4 MÉTODOS E MATERIAIS ............................................................................................... 29

4.1 MATERIAL DE CAMPO ..................................................................................................... 29

4.2 MATERIAL DE ESCRITÓRIO ............................................................................................ 30

4.3 METODOLOGIA .................................................................................................................. 31

4.4 APLICAÇÃO DO TESTE QUI-QUADRADO DA FORMA QUADRÁTICA DO ERRO DE

FECHAMENTO .................................................................................................................... 32

4.4.1 Matrizes variância-covariância (MVC) ............................................................................. 33

4.4.2 MVC das Distâncias ............................................................................................................ 33

4.4.3 MVC dos Azimutes .............................................................................................................. 34

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4.4.4 MVC das Distâncias e Azimutes ......................................................................................... 35

4.4.5 MVC das coordenadas do ultimo ponto ............................................................................ 35

4.4.6 Aplicação final do teste ........................................................................................................ 36

4.5 AJUSTAMENTO PELO MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS (MMQ) .................. 37

4.5.1 Modelo Matemático ............................................................................................................. 38

4.5.1.1 Equações de observações para a distância ............................................................................. 39

4.5.1.2 Equação de observação para o Azimute Aij ........................................................................... 39

4.5.1.3 Equação de observação para o Azimute Aik .......................................................................... 40

4.5.1.4 Equação de observação para o Ângulo akij ............................................................................. 40

4.5.1.5 Equações de observações para a distância com resíduo ........................................................ 40

4.5.1.6 Equações de observações para o Ângulo com resíduo .......................................................... 42

4.5.2 Coordenadas aproximadas - parâmetros (Xo) ................................................................... 44

4.5.3 Matriz dos Peso (P) .............................................................................................................. 44

4.5.4 Vetor das observações aproximadas (Lo) ........................................................................... 45

4.5.5 Vetor dos termos independentes (L) .................................................................................. 46

4.5.6 Matriz A ................................................................................................................................ 46

4.5.7 Resolução do sistema de equações de normais .................................................................. 48

4.5.8 Cálculo dos Parâmetros Ajustados .................................................................................... 48

4.5.9 Cálculo do Vetor dos Resíduos (V) ..................................................................................... 49

4.5.10 Teste Global da Variância “a Posteriori” (2ˆo ) ................................................................. 49

4.5.11 Cálculo das MVC: dos parâmetros ajustados, observações ajustadas e resíduos.......... 50

4.6 QUALIDADE DO AJUSTAMENTO ................................................................................... 50

4.6.1 Precisão e Elipses de Erro ................................................................................................... 51

4.6.2 Detecção de “Outlier” e localização de erros grosseiros ................................................... 52

4.6.2.1 Teste “Data Snooping” .......................................................................................................... 52

5 EXPERIMENTAÇÃO E RESULTADOS ......................................................................... 54

5.1 EXPERIMENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS COM A PRECISÃO NOMINAL

DA ESTAÇÃO TOTAL ........................................................................................................ 57

5.1.1 Teste Qui-quadrado da forma quadrática do erro de fechamento ................................. 57

5.1.1.1 Matriz Variância-Covariância das distâncias e ângulos ........................................................ 57

5.1.1.2 Matriz Variancia-Covariância das distancias e azimutes ....................................................... 58

5.1.1.3 Matriz Vriancia-Covariancia das coordenadas dos últimos pontos ....................................... 58

5.1.1.4 Aplicação do teste .................................................................................................................. 59

5.1.2 Ajustamento pelo Método dos Mínimos Quadrados ........................................................ 60

5.1.2.1 Matriz A ................................................................................................................................. 61

5.1.2.2 Comparação da variância da unidade peso “a priori” com a variância da unidade peso “a

posteriori” ............................................................................................................................. 64

5.1.2.3 Iterações ................................................................................................................................. 65

5.1.2.3.1 Primeira iteração ................................................................................................................... 65

5.1.2.3.2 Segunda iteração ................................................................................................................... 69

5.1.2.3.3 Terceira iteração ................................................................................................................... 70

5.1.3 Localização de erros nas observações pelo teste “Data Snooping” de Baarda ............... 77

5.1.4 Parâmetros da Elípse dos Erros e Elípse de Confiança .................................................... 78

5.2 EXPERIMENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS COM A PRECISÃO DA MÉDIA

DAS OBSERVAÇÕES ......................................................................................................... 79

5.2.1 Teste Qui-quadrado da forma quadrática do erro de fechamento ................................. 79

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5.2.1.1 Matriz variância-covariância das distancias e ângulos .......................................................... 80

5.2.1.2 Matriz variância-covariancia das distancias e azimutes ........................................................ 80

5.2.1.3 Matriz variância-covariância das Coordenadas dos últimos pontos ...................................... 81

5.2.1.4 Aplicação do teste .................................................................................................................. 81

5.2.2 Ajustamento pelo Método dos Mínimos Quadrados ........................................................ 83

5.2.2.1 Iterações ................................................................................................................................. 84

5.2.2.1.1 Primeira iteração ................................................................................................................... 85

5.2.2.1.2 Segunda iteração ................................................................................................................... 86

5.2.2.1.3 Terceira iteração ................................................................................................................... 88

5.2.3 Localização de erros nas observações pelo teste “Data Snooping” de Baarda ............... 94

5.2.4 Parâmetros da Elipse dos Erros e Elipse de Confiança .................................................... 95

5.3 ANÁLISE CONJUNTA DOS RESULTADOS .................................................................... 97

6 CONCLUSÃO .................................................................................................................... 104

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................ 105

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1 INTRODUÇÃO

O trabalho visa analisar o ajustamento de uma poligonal fechada em “loop”, localizada

no campus da Universidade Federal de Mato Grosso, utilizando duas técnicas distintas para

estabelecer as precisões das observações coletadas em campo. Ajustar pelo método dos

mínimos quadrados, MMQ, as observações, determinar as coordenadas ajustadas dos pontos

e comparar as suas precisões.

Sem muito retroceder no tempo, até poucos anos, os controles de qualidade de

levantamentos topográficos e geodésicos estavam baseados em expressões matemáticas

documentadas na NBR 13133/1994 além de especificações de caráter pratico adotadas por

técnicos da área.

Estes profissionais de topografia até então usam da compensação dos erros de

distância (erro linear) e erro nos ângulos (erro angular). Esta técnica realiza inicialmente a

distribuição do erro angular de fechamento entre os vértices da poligonal e prossegue

distribuindo o erro linear no plano cartesiano. No entanto, tratando estes erros separadamente,

haverá sempre o problema do fechamento. No ajustamento realizado pelo MMQ, os ângulos e

distâncias são trabalhados em conjunto em um processo de iteração até que ocorra uma

estabilização dos valores dos parâmetros, no caso as coordenadas plano-retangulares do

levantamento.

Com os avanços tecnológicos, novos instrumentos cada vez mais sofisticados e

precisos estão vindo suprir o mercado da geomensura percebe-se a exigência da adoção em

paralelo de técnicas estatísticas apuradas para o controle de qualidade de um levantamento

topográfico. Desta forma, este fato leva a uma exigência elevada da acurácia.

Uma vez coletados os dados de campo, e para a verificação da qualidade dos mesmos,

após o ajustamento pelo método dos mínimos quadrados usam-se as estimações por ponto

onde as formulações tidas como elipse dos erros, a elipse de confiança irá permitir a

verificação desta qualidade.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Ajustar pelo método dos mínimos quadrados as coordenadas (XY) dos vértices de uma

poligonal fechada em “loop”, considerando as precisões, nominais da estação total e as

precisões obtidas por repetições na mensuração dos ângulos e distâncias avaliando a precisão

dos parâmetros ajustados.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

São os seguintes:

a) materializar com marco identificável na área de estudo as coordenadas

planialtimétricas de dois pontos referenciados a uma única origem (Sistema

Geodésico Brasileiro – SGB) com uso de GPS, sendo que, um dos pontos será

integrante da poligonal fechada e usado como ponto de controle;

b) processar as observações coletadas da poligonal (Ângulos e distâncias)

considerando suas precisões, referenciadas as repetições de leituras e às máximas

estipuladas pelo fabricante da estação total a ser utilizada na coleta de dados;

c) realizar um controle de pré-ajustamento, utilizando o teste qui-quadrado da forma

quadrática do erro de fechamento para verificar a aceitação ou não das observações

coletadas;

d) realizar o ajustamento das observações pela técnica do Método dos Mínimos

Quadrados (MMQ) na forma paramétrica;

e) adotar duas matrizes distintas de Peso no ajustamento das observações. Uma

considerando os elementos de peso como sendo o inverso das precisões obtidas por

repetições das observações, e a outra o inverso das precisões nominais da estação

total;

f) verificar a qualidade do levantamento topográfico após o ajustamento através das

estimações por ponto das elipses, dos erros e de confiança e

g) a partir dos valores das precisões ajustadas para as coordenadas dos pontos da

poligonal, proceder a uma análise de diferença entre elas e comparar os resultados

obtidos.

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15

2.3 OBJETO

2.3.1 Problema

De que maneira é possível obter parâmetros ajustados, coordenadas retangulares (XY),

de uma poligonal fechada percorrida em “loop” com precisão, aplicando as técnicas do

Método dos Mínimos Quadrados na sua forma paramétrica?

2.3.2 Hipóteses

São as seguintes:

a) as precisões médias das observações obtidas por repetições quando vinculadas ao

processo de ajustamento pelo MMQ proporciona parâmetros ajustados com maior

precisão;

b) se o erro de fechamento testado no pre-ajustamento passar no teste qui-quadrado

da forma quadrática do erro de fechamento, não serão necessários, caso precise,

mais do que três iterações para obter um bom ajuste;

c) trabalhando com as precisões das observações obtidas por repetições, chegam-se

aos parâmetros ajustados cujas precisões serão melhores do que às máximas

estabelecidas para estação total e

d) os semi-eixos das elipses de confiança apresentam maiores dimensões nos pontos

mais afastados do ponto de controle.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

Na sequencia desse trabalho, será apresentada de forma cronológica tópicos relativos

ao tema da pesquisa que será desenvolvida.

3.1 AJUSTAMENTO PELO MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS

Utilizando as equações de observação expressas por variação de coordenadas, o

ajustamento pelo método dos mínimos quadrados permite obter coordenadas finais dos

vértices mediante as correções dxi e dyi que são adicionadas as coordenadas provisórias.

Segundo Mikhail e Ackermann (1976), Leick (1995, 2004), o modelo matemático

funcional é um componente importante do ajustamento por mínimos quadrados.

No modelo matemático, de acordo com Leick (2004) são descritas matematicamente

as relações entre observações e parâmetros. A realidade física existente é expressa de maneira

simplificada. Coordenadas e alturas são consideradas como parâmetros. As distâncias e

ângulos, as diferenças de coordenadas ou de alturas são consideradas como observações.

De acordo com Krakiwsky (1975) e Leick (2004), são três os modelos matemáticos de

ajustamento: F(Xa,La) = 0, F(La) = 0 e La = F(Xa), que correspondem respectivamente ao

método de ajustamento combinado, correlato e paramétrico, que serão sucintamente

demonstrados, com exceção do paramétrico que será utilizado neste trabalho.

No método de ajustamento combinado, uma função não explícita relaciona as

observações e os parâmetros, no sistema de equações não é possível isolar os parâmetros dos

valores observados:

0),( aa LXF (1)

onde:

a: indicação de que os parâmetros e observações são ajustados;

La: um vetor (nx1) das observações ajustadas;

Xa (ux1): é um vetor que contém os parâmetros ajustados;

n: número de observações;

u : número de parâmetros.

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17

As observações ajustadas pelo método de ajustamento correlato são ligadas por N

equações de condição, onde só aparecem valores medidos, que são os valores observados

ajustados (incógnitas) e nenhum parâmetro:

0)( aLF (2)

No método das equações de observações ou método de ajustamento paramétrico, os

valores observados ajustados são expressos como função dos parâmetros ajustados:

)( aa XFL (3)

Gemael (1994) descreve técnicas matemáticas desenvolvidas por Gauss e Legendre

que adotam como melhor estimativa de uma grandeza X (valor verdadeiro), aquela que a

soma dos quadrados dos resíduos seja mínima:

mínimoVV T (4)

Uma matriz quadrada de pesos é adicionada a equação, pois as observações não

apresentam o mesmo grau de confiança. Dessa maneira a Equação (4) se expressa pela

Equação (5):

mínimoVPV T (5)

onde:

V: vetor dos resíduos das observações;

P : matriz dos pesos;

3.1.1 Ajustamento paramétrico

Considerando a necessidade de se obter uma estimativa única para os parâmetros,

coordenadas de uma poligonal fechada, bem como suas precisões, será utilizado o método dos

mínimos quadrados sob a forma de um ajuste paramétrico para o ajustamento das

observações.

Segundo Dalmolin (2004) o método paramétrico pode ser linear ou não linear, essa

determinação dependerá da função F. Será paramétrico linear se F for linear, caso contrário,

será não linear.

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3.1.1.1 Método de ajustamento paramétrico linear

Sendo linear o funcional F da equação )( aa XFL , as observações ajustadas serão

expressas da seguinte maneira:

a

uun

a

n XAL 11 (6)

onde:

a

n L1 : vetor (nx1) dos valores observados ajustados, onde n é o número de observações;

un A : matriz dos coeficientes das incógnitas ou matriz projeto de dimensão (n x u);

a

u X1 : vetor (u x 1) dos parâmetros ajustados.

A Equação (6) é inconsistente devido aos inevitáveis erros de observação que

acontecem pela disposição somente de observações brutas e pela inexistência, “a priori”, dos

valores observados ajustados. Devido a essa inconsistência, é introduzido um vetor de

discrepâncias entre os valores observados e ajustados, denominado vetor dos resíduos.

Acrescentando o vetor dos resíduos na Equação (6) temos:

a

uunn

b

n XAVL 111 (7)

ou:

b

n

a

uunn LXAV 111 (8)

Desenvolvendo o procedimento acima, a inconsistência será retirada, porém surge um

novo problema, pois a nova Equação (7) ou (8) contém mais incógnitas (u + n > n) do que

observações (n). Aplica-se a Equação (5), do critério de mínimos quadrados, na Equação (8)

para contornar o problema. O resultado encontrado dessa aplicação é o sistema de equações

normais, Equação (9), que tem como solução admitindo inversa ordinária a Equação (10) em

que os parâmetros ajustados são fornecidos diretamente do paramétrico linear.

111 0unuuu UXN (9)

b

nnn

T

ununnn

T

un

a

u LPAAPAX 1

1

1 )())(( (10)

onde:

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19

uu N =1))((

unnn

T

un APA : matriz dos coeficientes das equações normais;

1Unb

nnn

T

un LPA 1)( : vetor dos termos independentes;

a

u X1 : vetor dos parâmetros ajustados no caso do modelo funcional ser linear.

A expressão da matriz simétrica dos pesos, indicando as flutuações probabilísticas das

observações, é:

12

0

LBP (11)

onde:

2

0 : fator de variância “a priori”, geralmente arbitrado e igualado a 1;

1 Lb : MVC das observações.

A variância “a priori”, segundo Gemael (1994), não tem influencia no vetor solução

dos parâmetros estimados na matriz dos coeficientes das equações normais N.

É necessário o conhecimento da matriz das derivadas parciais das equações de

observações em relação aos parâmetros para estimar o vetor dos parâmetros ajustados da

Equação (10).

Utilizando os valores da Equação (10) na Equação (8), é possível calcular os valores

dos resíduos. Dessa forma, os valores das observações ajustadas são:

111 VLL n

b

n

a

n (12)

3.1.1.2 Método de ajustamento paramétrico não linear

É necessário linearizar o modelo matemático funcional F de La = F(Xa) quando ele é

não linear. Para linearizar o modelo funcional, emprega-se a fórmula de Taylor, dessa maneira

as aproximações são introduzidas e as iterações são requeridas tornando o modelo linearizado

da seguinte forma:

1

0

111 XALVL uunnn

b

n (13)

)( 1

0

111

b

nnuunn LLXAV (14)

onde:

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20

L0: é o vetor (nx1) das observações aproximadas, calculadas a partir dos parâmetros

aproximados, ou seja, L0 = F(X0);

L: é o vetor dos termos independentes (nx1), ou discrepâncias, calculados a partir dos valores

dos parâmetros observados menos os valores observados aproximados sendo dado por

)( 1

0

11

b

nnn LLL ;

uδX1: é o vetor das correções a serem aplicadas aos parâmetros aproximados.

O vetor solução uδX1 (correções aos parâmetros aproximados), considerando ATPA, é

dado pela equação abaixo:

LPAAPAX nnn

T

ununnn

T

unu

1

1 )( (15)

É possível obter as coordenadas ajustadas pela equação abaixo:

1

0

11 XXX uu

a

u (16)

Pode-se obter o vetor observações ajustadas e dos resíduos com as Equações (13) e

(14) respectivamente.

3.1.1.3 Estimativa da precisão dos parâmetros e dos resíduos estimados

É possível obter as estimativas da qualidade dos parâmetros estimados, das

observações, e dos resíduos por meio da MVC.

Segundo Lugnani (1983) e Dalmolin (2004) pode-se obter a representação (X,∑x) dos

parâmetros e sua precisão a partir da utilização do método paramétrico, onde mede-se Lb e

estima-se ∑x.

Pode-se gerar a MVC das correções aos parâmetros ajustados Equação (17) aplicando-

se a lei de propagação de covariâncias na Equação (16). De acordo com Wells (1971),

Mikhail (1976), Leick (1995), Leick (2004), Gemael (1994) e Dalmolin (2004) essas

correções são constantes, então a mesma equação pode fornecer a MVC dos parâmetros

estimados.

12

0

NX a

(17)

A MVC dos valores observados ajustados é dada pela Equação (18) abaixo:

T

La AAN 12

0

(18)

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21

A MVC dos resíduos das observações é dada pela Equação (19) abaixo:

LaLbV (19)

Pela equação expressa abaixo pode-se obter a variância “a posteriori”:

un

PVV T

2

0

(20)

onde:

n − u: Nº de graus de liberdade do sistema de equações.

3.2 MATRIZ DOS PESOS

Para montar a matriz dos pesos dada pela Equação (11), é necessário que sejam

conhecidas as precisões com que foram obtidas as observações (ângulos e distâncias).

Considerando que não existem correlações entre as observações, a matriz será

trabalhada de maneira diagonal.

O fator de variância “a posteriori”, ou o sigma zero “a priori” 2

0 pode ser arbitrário,

geralmente ele é considerado com o valor igual à unidade. A MVC das observações é formada

de acordo com os valores da precisão de cada observação e caso haja correlação entre as

observações, sendo a variância e covariância respectivamente.

3.3 VETOR DAS OBSERVAÇÕES APROXIMADAS

Partindo de estações genéricas (k, i, j), cujo o ponto (i) considera-se um ponto de

instalação do instrumento medidor de ângulos e distâncias, (k) um ponto situado atrás e (j) um

ponto situado a frente, pode-se trabalhar as equações de observações necessárias ao MMQ.

Desta forma, (Sik) caracteriza a distância do ponto de instalação (i) ao ponto situado atrás (k) e

(Sij), a distância do ponto de instalação (i) ao ponto situado a frente (j). O ângulo horizontal

horário formado entre os três pontos (kij) é obtido pela diferença entre o azimute a vante (Aij)

e o azimute atrás (Aik)

Assim, para determinar o vetor das observações aproximadas expresso pela Equação

(3) é necessário substituir os vetores aproximados obtidos Xa pelo método dos mínimos

quadrados nas equações de observações expressas abaixo:

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22

ik

ik

j

j

ikijkijYY

XXa

YiY

XiXaAzAz tantan (21)

ij

ij

ijY

XaAz tan e

ik

ikik

Y

XaAz tan (22)

21

22

ijijij YYXXd e 21

22

ikikik YYXXd (23)

3.4 VETOR DAS DIFERENÇAS

L é o vetor dos termos independentes (nx1), ou discrepâncias, calculados a partir dos

valores dos parâmetros observados menos os valores observados aproximados sendo dado

por:

)( 1

0

11

b

nnn LLL (24)

3.5 MATRIZ A

Chamamos de matriz A (n x u) a matriz das derivadas parciais da função F, ou seja, a

matriz A é montada a partir das derivadas parciais das equações de observações em relação

aos parâmetros ajustados no ponto aproximado. É expressa pela Equação (25):

0XXaaX

FA

. (25)

3.6 TESTE BILATERAL

Na aplicação do teste bilateral, primeiramente são estabelecidas a hipótese básica ou

nula (H0) e a hipótese alternativa (Ha):

2

0

2

00 H (26)

2

0

2

0 aH (27)

A comparação entre 2

o e 2ˆo se baseia no fato de que a forma quadrática V

TPV tem

distribuição 2 com (gl = n – u) graus de liberdade e tem por finalidade verificar se

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23

estatisticamente 2

o é igual a 2ˆo , esta última é obtida do ajustamento. Assim a estatística 2

é calculada por:

glc 2

0

2

02 ˆ

, como

gl

PVV T

2

0 , 2

0

2

PVV T

c (28)

Com o auxílio de uma tabela de distribuição qui-quadrado é possível determinar os

valores teóricos. É necessário entrar com o número do grau de liberdade (gl) e o nível de

significância () chegando na Equação (29).

Se o nível de significância () estiver dentro do intervalo representado da Equação

(29), a hipótese básica não é rejeitada:

2

21,

22

2,

gl

cgl

(29)

Se o nível de significância () estiver fora do intervalo de confiança dado pela

Equação (29), a hipótese básica é rejeitada e acabamos por aceitar a hipótese alternativa.

Nos casos em que a hipótese básica é rejeitada significa que o ajustamento apresenta

problemas e as possíveis causas desses problemas devem ser investigadas.

3.7 TESTE UNILATERAL

Na aplicação do teste unilateral, presume-se que quando o teste global é usado para

detectar “outliers” a variância “a posteriori” é maior que a variância “a priori”. Sendo assim,

as hipóteses a serem testadas são as seguintes:

2

0

2

00 H (30)

2

0

2

0 Ha (31)

É necessário calcular a estatística do teste pela Equação (29) que também é utilizada

no cálculo do teste bilateral.

Se com o nível de significância () a Equação (32) for atendida, a hipótese básica não

é rejeitada:

gl

gl

calc

2

1.2

(32)

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24

De acordo com Kuang (1996), nos casos em que uma estimativa imprópria da matriz

variância-covariância resultar na rejeição da hipótese zero H0, deve-se analisar os resíduos,

pois eles obedecem a uma função de distribuição normal, com tendência de média igual a

zero, para detectar um possível erro, observa-se se alguma das observações produziu resíduos

excessivos.

Caso o teste global seja rejeitado e os resíduos se mostrarem compatíveis com a

precisão dos equipamentos utilizados nas medições, propõe-se uma nova matriz variância-

covariância, pois o motivo da rejeição pode ser pela estimativa não correta da precisão das

observações.

LbLb .ˆˆ 2

0 (33)

onde:

Lb : matriz variância-covariância das observações escalonadas.

Os testes “data snooping” de Baarda e o teste Tau de Pope são comumente aplicados

para localizar, detectar e eliminar os erros grosseiros (“outliers”). Nesse trabalho será

abordado somente o teste “data snooping” de Barda para a localização de erros grosseiros.

3.8 TESTE “DATA SNOOPING”

Baarda (1968) propôs o teste global para a detecção de “outliers” e o teste “data

snooping” para a localização de erros grosseiros.

O teste “data snooping” de Baarda consiste de um teste unidimensional que examina

apenas um resíduo de cada vez, o procedimento é repetido tantas vezes quantas fores as

observações, é utilizado para localizar as observações que possam estar abrigando erros, o

teste estabelece valores limite para aceitação das observações, a partir dos dados obtidos na

matriz variância-covariância dos resíduos.

A estatística do teste é:

il

i

ir

vw

1

(34)

onde:

vi: são os valores obtidos do vetor dos resíduos (V = A·X + L) da última iteração;

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25

ri é a redundância parcial que se obtém da diagonal da matriz.

A matriz R de redundâncias é expressa pela equação abaixo:

PR V2ˆ

1

(35)

onde:

V : é a MVC dos resíduos;

P: é a matriz dos Pesos.

A MVC dos resíduos é dada pela Equação abaixo:

LaV P 12

0 . (36)

A média matemática esperada é zero e variância igual a 1 dos resíduos normalizados

que se ajustam a função de distribuição normal reduzida. Portanto, outra hipótese nula mais

específica é proposta abaixo:

)1,0(~:0 nwH i (37)

onde:

n(0,1): é a distribuição de densidade normal reduzida.

No teste bilateral que tem um nível de significância pré-definido a , a hipótese nula

H0 será rejeitada, ou seja, um “outlier” será detectado, se:

2

0nwi ou

21 0

nwi (38)

Nos casos em que os valores das observações que apresentarem valores excedidos aos

calculados no teste, deve-se revisar os valores ou as medições devem ser repetidas.

3.9 ELIPSES DE ERRO

De acordo com Shofield e Breach (1972), a elipse de erro é uma expressão gráfica

conveniente da incerteza posicional de um ponto, e sendo absoluta acaba por fornecer a

medida de incerteza relativa do ponto analisado em relação ao ponto fixo da rede.

Oferecer subsídios para realização de comparações de maneira visual da precisão

relativa das estações é a maior vantagem da elipse para Ghilani e Wolf (2006).

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26

Para Ghilani e Wolf (2006), pode-se comparar de maneira rápida e significativa a

visualização da forma, tamanho e orientação da elipse de vários levantamentos. Segundo

Leick (2004), através da matriz projeto e da matriz peso a forma da elipse padrão pode variar,

dependendo da geometria da rede e a interpretação geométrica pode ser avaliada se a rede e as

elipses forem apresentadas em conjunto.

A elipse de erro pode ser visualizada nas figuras abaixo:

Figura 1 - Definição dos elementos da elipse deo erro ou de confiança

Fonte: Mikhail e Gracie (1981)

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27

Figura 2 - Alguns padrões das elipses de erro padrão.

Fonte: Mikhail e Gracie (1981)

A elipse de erro em sua forma padrão possui uma região de confiança de 39,4% de

probabilidade em que a posição estimada para o ponto esteja dentro da elipse, centrada na

“posição verdadeira” e a sua construção pode ser feita calculando-se os elementos (semi-eixos

maior e menor e orientação) a partir dos dados constantes na matriz variância-covariância dos

parâmetros ajustados XX . Segundo Gemael (1994), para obtenção de uma região de

probabilidade de 95%, basta multiplicar o semi-eixo maior (a) e menor (b) por um fator de

2,477.

2

2

12

0

12

0 ).(ˆˆyyx

xyxT

XX PAAN

(39)

onde:

XX : matriz variância-covariância das coordenadas ajustadas;

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28

2

0 : variância “a posteriori”;

A: matriz dos coeficientes das equações de observação;

P: matriz dos pesos das observações;

1)( PAAT: matriz co-fatores da matriz variância-covariância das coordenadas ajustadas;

22 , yx : variância das coordenadas ajustadas X e Y, respectivamente;

xy : covariância x, y;

Os parâmetros x , y e xy , que são respectivamente o desvio padrão da coordenada

estimada x, desvio padrão da coordenada estimada y e covariância entre elas, determinam o

tamanho, a forma e a orientação das elipses dos erros padrão ().

A correlação entre x e y determina a orientação da elipse em relação ao eixo x e y, se

elas não forem correlacionadas, a elipse se torna paralela ao eixo x e y e se as duas

coordenadas x e y tiverem a mesma precisão, a elipse degenera-se em um círculo.

É necessária a análise de quadrante para calcular a orientação da elipse. A expressão

do ângulo crítico é:

22

22

YX

XYtg

(40)

Os pontos críticos, que são as raízes da Equação (40) são e º90 . O que significa

que as variâncias máxima e mínima estão em eixos ortogonais.

Os semi-eixos a e b da elipse dos erros são calculados por:

2max Xa (41)

2max Yb (42)

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29

4 MÉTODOS E MATERIAIS

O trabalho será conduzido no campus Cuiabá da Universidade Federal de Mato Grosso

(UFMT), cidade de Cuiabá-MT, em uma área próxima ao estacionamento do Departamento

de Engenharia Sanitária e Ambiental (DESA). Para isto será delimitada uma poligonal

fechada de 5 pontos. Serão a principio materializados dois marcos com coordenadas

geodésicas determinadas com GPS (Topcon), Base & Rover, cujos dados serão processados

com a RBMC Cuiabá utilizando o software Topcon Tools, gerando coordenadas seguras de 2

pontos na área de estudo. Destes pontos, um será usado como ponto de controle, para o qual

será estabelecidas coordenadas topográficas, bem como o azimute verdadeiro do alinhamento

inicial (AZv1-2).

O marco Nº 1 será materializado em cilindro de concreto a 30 cm do solo, assim como

o marco Nº 2. Os demais vértices da poligonal serão materializados com piquetes de madeira

localizados ao nível do solo.

A relação de materiais a serem utilizados neste trabalho irá constar-se de

equipamentos de campo e escritório.

4.1 MATERIAL DE CAMPO

Os materiais são os seguintes:

a) estação total marca GTS-203 (Figura 3), de fabricação Topcon, objetiva com

medição eletrônica da distância de raio infravermelho, visor, teclado, dispositivo de

ajuste, nível de bolha circular e tubular e prumo óptico;

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30

Figura 3 - Estação total Topcon GTS-203.

b) prisma refletor e bastão com nível de bolha;

c) tripé com base nivelante;

d) bipé e

e) GPS Topcon (Base & Rover), Figura 4.

Figura 4 - GPS Topcon.

4.2 MATERIAL DE ESCRITÓRIO

Os materiais são os seguintes:

a) Hardware:

- computador de mesa;

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- impressora laser;

b) Software:

- Topcon Tolls. Para processamento dos dados de GPS;

- DMAG2010. Para determinação da convergência meridiana e declinação

magnética;

- MAPGEO. Para transformação de coordenadas geodésica – UTM – coordenadas

topográficas;

- pacote de programas Office 2010 da Microsoft;

- Mathcad 15, versão Demo. Para as análises matemáticas e

- Autocad 2012. Para desenho da área levantada.

4.3 METODOLOGIA

O levantamento topográfico planimétrico será realizado com estação total pelo método

do caminhamento perimétrico ou poligonação a ser realizado no sentido anti-horário com

medição de leitura digital dos ângulos internos ao polígono e distâncias eletrônicas dos lados

do polígono. Para a poligonal a ser levantada, o ponto 1 da mesma será usado como ponto de

controle, cujas as coordenadas (XY) e o azimute verdadeiro do ponto 1 para o ponto 2 (AZv1-

2) serão inicialmente fixadas. Portanto, no total serão levantadas 10 observações, sendo 5

ângulos horizontais horários. Já as observações de distâncias horizontais totalizam 5. Deste

modo ao ser considerado os ângulos horizontais horários (5) e as distâncias horizontais (5),

terá um total de 10 observações (n).

Como as coordenadas do ponto 1 serviram como ponto de controle, estas não serão

ajustadas, ou seja, o número de incógnitas (parâmetros) a serem determinados, serão as

coordenadas X e Y dos 4 pontos restantes da poligonal, totalizando 8 parâmetros ou seja (u =

8). Assim o número de graus de liberdade (GL) será igual a 2 sendo obtido pela Equação (43):

GL n u (43)

Para minimizar os erros de índice vertical e colimação do ângulo horizontal serão

realizadas três séries de medições. Com a posição direta e invertida da luneta, para análises do

índice vertical, e três séries de ângulos duplos para a análise da colimação dos ângulos

horizontais.

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32

As medições das distâncias, inclinadas/horizontais, também serão realizadas através de

três series, considerando a posição direta e invertida da luneta.

Para todas as observações coletadas, irá trabalhar com os valores médios. E para estes

valores determinaram-se também suas respectivas precisões.

Com as medições efetuadas a campo, serão determinados os erros de fechamento da

poligonal os quais serão comparados com os limites de tolerância ou desvio padrão máximos

permitidos para ângulos e distâncias, segundo as especificações técnicas da estação total

utilizada. De acordo com o fabricante tem-se:

a) Desvio padrão para a medição de ângulos: 10”; e

b) Desvio padrão da medição de distância: 5mm + 5ppm.

Uma vez que os erros de fechamentos estejam abaixo dos limites de tolerâncias

estabelecidos, irá proceder-se com a compensação dos erros de ângulos (erro angular) e nas

distâncias (erro linear). Na compensação será realizado em primeiro lugar a distribuição do

erro angular de fechamento e a seguir será distribuído o erro linear expresso no plano

cartesiano. Uma vez compensados os erros, chegam-se as coordenadas provisórias (X,Y).

Para estabelecer o controle de aceitação do erro de fechamento da poligonal, será

aplicado o teste qui-quadrado do erro de fechamento, utilizando desta etapa em diante o

software Mathcad 15 (Versão Demo) para deduções matemáticas e Excel para processar os

dados.

4.4 APLICAÇÃO DO TESTE QUI-QUADRADO DA FORMA QUADRÁTICA DO ERRO

DE FECHAMENTO

Os dados necessários para a aplicação deste teste são:

a) ângulos horários internos de cada vértice da poligonal (akij) ;

b) distâncias observadas entre os vértices da poligonal (Sij);

c) desvio padrão ( a ) máximo para erro angular de cada observação, obtido das

especificações do instrumento e desvio padrão considerando a média das

observações;

d) desvio padrão ( s ) máximo para erro linear de cada observação, obtido das

especificações do instrumento e desvio padrão considerando a média das

observações;

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33

e) azimute provisório (Aij) com o norte verdadeiro;

f) coordenadas provisórias (XY) obtidas com os dados de campo;

g) erro de fechamento em coordenadas X ( x ) e em Y ( y ) e

h) variância do ângulo (2

a ) e da distância (2

S ).

4.4.1 Matrizes variância-covariância (MVC)

O propósito deste trabalho é ajustar as coordenadas (XY), logo tem-se uma variável

aleatória bidimensional, sendo que as componentes ‘X’ e ‘Y’ se consideradas isoladamente,

são variáveis unidimensionais com variância própria.

As variâncias 2

i e as covariâncias ij , (i ≠ j), das componentes de uma variável n-

dimensional podem ser dispostas de modo a formar uma matriz quadrada (n x n) designada

por , onde:

22

2

11 12 1

2

21 2

2

1 2

n

n

n n nn

(44)

Como as componentes da matriz são independentes entre si, as covariâncias serão

nulas e irá degenerar para uma matriz diagonal.

4.4.2 MVC das Distâncias

Será obtida usando a variância especifica da estação total, elevando o desvio padrão ao

quadrado.

12

23

, 1

2

2

2

0 0

0 0

0 0p p

S

S

Sij

S

(45)

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34

4.4.3 MVC dos Azimutes

Obtida por meio da lei de propagação das covariâncias:

T

A aG G

(46)

onde:

G: matriz das derivadas parciais da função Aij = f(ai)

12 12 12

1 2

23 23 23

1 2

1

, 1 , 1 , 1

1 2

; 1,2, , ; 1,2, ,

p

ijp

p p p p p p

p

A A A

a a a

A A AA

a a aG i p j pa

A A A

a a a

(47)

Aij: Azimute entre o vértice ocupado (i) pela estação total e o ponto visado (j), sendo:

1

( 1) 180 ; 1,2, , ; 1i

ij o kijj

A A a i i p j i

(48)

sendo:

akij: o ângulo horizontal horário observado em cada estação e Ao o azimute verdadeiro do

primeiro alinhamento da poligonal (AZv1-2).

a : MVC dos ângulos horizontais, cujos componentes são as variâncias obtidas das

especificações da estação total.

Ao efetuar o cálculo das derivadas parciais dos azimutes em relação aos ângulos

horários será obtida uma matriz quadrada, triangular inferior e adimensional (G).

1 0 0 0

1 1 0 0

1 1 1 0

1 1 1 1

G

(49)

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35

Como as medidas angulares serão obtidas pelo mesmo equipamento, as componentes

da matriz ( a ), diagonal, terão o mesmo valor (quadrado do desvio padrão máximo para o

erro angular) de acordo com as especificações da estação total.

4.4.4 MVC das Distâncias e Azimutes

Será composta pela junção das MVC das distâncias e MVC dos azimutes, resultando

em uma matriz quadrada:

,

0

0

S

S A

A

(50)

4.4.5 MVC das coordenadas do ultimo ponto

Novamente aplicando-se a lei de propagação das covariâncias para as coordenadas do

último ponto, tem-se:

, ,

T

X Y S AD D (51)

onde:

D: Matriz das derivadas parciais das funções de (X,Y) em relação a distância (Sij) e ângulo

(akij), representadas abaixo.

1 11

1 11

( )

1,2, , 1

cos( )

p

p ij iji

p

p ij iji

X X S sen A

para i p e j i

Y Y S A

(52)

Derivando as funções acima terá:

12 23 1 12 12 23 23 1 1

2

12 23 1 12 12 23 23 1 1

1 1 1cos cos cos

1 1 1cos cos cos

p p p

n

p p p

senA senA senA S A S A S A

D

A A A S senA S senA S senA

(53)

Uma vez que se tem a necessidade de transformar os valores dados em radianos para

segundos de arco, será introduzido em (2Dn) o fator de multiplicação (ρ) sendo o mesmo ρ

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36

(“/rad) = 648000/π. Nesta matriz, com já especificado o índice (n) é igual ao número de

observações, logo:

2

, 2

X XY

X Y

YX Y

(54)

4.4.6 Aplicação final do teste

A poligonal será aceita caso o valor de qui-quadrado calculado (χ2

cal) esteja dentro do

intervalo dos valores da distribuição de probabilidade qui-quadrado tabelado (valores

críticos), conforme especificação abaixo.

2 2 2

. .;0,5 . .;1 0,5G L Calc G L (55)

Os valores críticos de (χ 2

) serão obtidos para um nível de significância adotado (α =

1%) e para o número de graus de liberdade (GL) estabelecido.

Por sua vez o (χ 2

cal) será determinado através da expressão abaixo.

12

,

T

Cal X YE E

(56)

O termo 1

,( )

X Y

da Equação acima é a inversa da MVC das coordenadas do último

ponto e (E) o vetor dos erros de fechamento em abscissa x (εx) e ordenada y (εy).

xE

y

(57)

Os valores de (εx) e (εy) podem ser expressos como segue.

ˆ

ˆ

x y Y

y x X

(58)

Os valores de X e Y são as coordenadas fixas do último ponto da poligonal, enquanto

x e y são as coordenadas provisórias do último ponto da poligonal, obtida com os valores

observados.

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37

4.5 AJUSTAMENTO PELO MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS (MMQ)

Será aplicado no ajuste da poligonal fechada no plano topográfico, o modelo

paramétrico do MMQ com equações de observação desenvolvidas por variação de

coordenadas. No modelo funcional do ajustamento paramétrico por variação de coordenadas,

cada observação (medição) do levantamento corresponde uma equação de observação, com

diferentes aspectos de acordo com a natureza da grandeza observada.

No ajustamento a ser realizado, ocorrem equações relativas a distâncias, azimutes e

ângulos. No entanto, cada equação de observação irá possuir como incógnitas as correções

das coordenadas aproximadas dos pontos envolvidos e as discrepâncias entre os valores

observados e calculados a partir das coordenadas aproximadas de cada grandeza observada.

As equações de observações do levantamento são não lineares, o que torna necessário

linearizá-las por série de Taylor. As observações diretas serão os ângulos horários e distâncias

obtidas no levantamento topográfico planimétrico e os parâmetros, valores indiretos, serão as

coordenadas cartesianas (XY). A Figura 3 representa as observações que serão trabalhadas em

uma formulação matemática inicial (1ª Dedução).

Figura 5 - Distâncias, Ângulos e Azimutes no plano

Fonte: Adaptado de Moraes (1997, p.27)

Estando a poligonal aceita após aplicação do pré-ajustamento, para realização do

ajustamento pelo MMQ - caso Paramétrico será estabelecido um itinerário composto de 11

passos, representados na Figura 6.

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38

Figura 6 - Procedimento esquemático de Ajustamento pelo MMQ

4.5.1 Modelo Matemático

No 1º passo: determinar as equações matemáticas de observações que envolvem os

parâmetros:

Figura 17 – Processo de ajustamento pelo Método dos Mínimos Quadrados - MMQ

Detecção, localização e

Eliminação de “Outliers”

Cálculo das MVC

Testes: Falharam

Testes: ok! Teste Unilateral

Teste Bilateral

Observações Aproximadas

Lo = F(Xo)

Parâmetros Observados

(Xo)

2ª Dedução Forma Matricial Sij — Aij — akij

1ª Dedução Equação de:

Sij — Aij — akij

Observações Ajustadas

Parâmetros Ajustados

Resíduos

9º Passo

Parâmetros Ajustados

Xo = Xa

Se X<0,0001

Se X>0,0001

Parâmetros Ajustados Xa = X +Xo

Vetor das Correções

X=-N-1U

Vetor das Diferenças L = Lo -Lb

Modelo Matemático

La = F(Xa)

1º Passo

2º Passo

3º Passo Matriz dos

Pesos

4º Passo 5º Passo 7º Passo 6º Passo

Matriz A

8º Passo

Vetor dos Resíduos V = AX + L

10º Passo

Teste de Hipótese

11º Passo

Precisões

1ª Dedução 2ª Dedução

Precisão e Elipse dos Erros e de confiança

Teste Data Snooping

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39

( )a aL F X (59) (

Onde (La) representa o vetor das observações ajustadas e (Xa) são os parâmetros

ajustados.

4.5.1.1 Equações de observações para a distância

A equação de observação da distância Sij é dada por:

2 2 2( ) ( )ij j i j iS X X Y Y (60) (

Aplicando-se a diferencial na Equação acima, terá:

c o

i ij i ij i ij j ij j ij ij Sijf k dx L dy k dx L dy S S V (61) (

onde:

cos

ij ij

ij ij

k senA

L A

(62)

(

4.5.1.2 Equação de observação para o Azimute Aij

A Equação para o azimute será dada por:

tanj i

ij

j i

X XA

Y Y

(63)

(

Diferenciando a equação acima, terá:

" " "c o

ij ij i ij j ij i ij j ij ij Aijf P dx P dx Q dy Q dy A A V (64)

(

onde:

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40

648000cos

648000

ij ij

ij

ij ij

ij

P AS

Q senAS

(65)

4.5.1.3 Equação de observação para o Azimute Aik

A Equação para o azimute será dada por:

tan k iik

k i

X XA

Y Y

(66)

Diferenciando a equação acima, terá:

" " "c o

ik ik i ik k ik i ik k ik ik Aikf P dx P dx Q dy Q dy A A V (67)

Onde,

648000cos

648000

ik ik

ik

ik ik

ik

P AS

Q senAS

(68)

4.5.1.4 Equação de observação para o Ângulo akij

Esta equação será obtida pela diferença entre as Equações (64) e (67) e será expressa

na Equação (69).

" " "

( ) ( )kij ik k ik k ik ij i ij ik i ij j ij j

c o

jik jik ajik

f P dx Q dy P P dx Q Q dy P dx Q dy

a a V

(69)

4.5.1.5 Equações de observações para a distância com resíduo

Iniciando-se com a 2ª Dedução pode-se observar a Figura 7 que mostra o esquema

geométrico para a determinação da distância observada e resíduo vinculado a mesma, que

pode ser positivo ou negativo.

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41

Figura 7 - Distância observada

Fonte: Adaptado de Moraes (1997, p.24)

Considerando o comprimento observado de cada linha (Soij) e o resíduo da observação

(VSij), Equação (70), será elaborada uma equação para cada lado da poligonal.

2 2( ) ( ) ( )o

ij Sij j i j iS V X X Y Y (70)

Com as coordenadas provisórias dos vértices ( , , , )o o o o

i i j jX Y X Y e suas respectivas

correções (dxi, dyi, dxj, dyj), valores incógnitos, que serão adicionados às coordenadas

provisórias para obter as coordenadas finais ajustadas, será obtido através da derivada parcial

da função representativa da distância observada em relação às coordenadas provisórias dos

vértices, a Equação de observação para a distância como representado abaixo.

( ) ( ) ( ) ( )o o o o o o o o

i j i j j i j i

i i j jo o o o

ij ij ij ij

c o

ij ij Sij

X X Y Y X X Y Ydx dy dx dy

S S S S

S S V

(71)

Considerando a representação matricial a equação acima pode ser representada como:

1 1 1n u u n nA X L V (72)

Onde (A) é a matriz das derivadas parciais da Função (F) em relação aos Parâmetros

aproximados (Xa).

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42

1

( ) ( ) ( ) ( )

oi

o o o o o o o oi j i j J I J I

n u a o o o o

ij ij ij ijX

X X Y Y X X Y YFA

X S S S S

(73)

O vetor das incógnitas será representado por:

1

i

i

uj

j

dx

dyX

dx

dy

(74)

O vetor dos termos independentes das equações de observações de distância por:

1

c o

n ij ijL S S (75)

E o vetor dos resíduos das distâncias observadas por:

1n SijV V (76)

4.5.1.6 Equações de observações para o Ângulo com resíduo

Dando sequência com a 2ª Dedução, a Figura 8 mostra o esquema geométrico para a

determinação do ângulo observado e o resíduo vinculado ao mesmo.

Figura 8 – Ângulo observado

Fonte: Adaptado por Moraes (1977, pg.28)

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43

O ângulo formado por dois alinhamentos ij e ik com vértice em i envolve 3 vértices i, j

e k e pode ser expresso por:

arctan arctanj i k i

kij

j i k i

Y Y Y Ya

X X X X

(77)

(

Que corresponde a equação de observação de ângulo, linearizada por Taylor:

2 2 2 2

2 2 2 2

o oo o o o o oi ji k i k i k

k k io o o o

ik ik ij ik

o o o o o oo oj i j i i j ck i

i j i kijo o o o

ij ik ij ij

o

kij kij

Y YY Y X X Y Ydx dy dx

S S S S

X X Y Y X YX Xdy dx dy a

S S S S

a Va

(78)

(

Nesta expressão os ângulos e resíduos são medidos em radianos e para converter em

segundos de arco, os coeficientes das incógnitas serão multiplicados por ρ(“/rad) = 648000/π.

Matricialmente, a expressão acima pode ser expressa por:

1 1 1n u u n nA X L V (79)

Onde (nAu) é a matriz de ordem (n x u) dos coeficientes das incógnitas dados por:

2 2 2 2 2 2

2 2

o o o oo o o o o o o oi j j ii k k i i k k i

n uo o o o o o

ik ik ij ik ij ik

o o o o

j i i j

o o

ij ij

Y Y X YY Y X X Y Y X YA

S S S S S S

X Y X X

S S

(80)

O vetor das incógnitas (uX1) pode ser representado por:

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44

1

k

k

i

ui

j

j

dx

dy

dxX

dy

dx

dy

(81)

(

O vetor dos termos independentes (nL1) de ordem (n x 1) das equações de observações

de ângulo será dado por:

0

1 kij

c

kijn aaL (82)

E o vetor dos resíduos (nV1) de ordem (n x 1) dos ângulos observadas será dado por:

1 ki jn aV V

(83)

4.5.2 Coordenadas aproximadas - parâmetros (Xo)

No 2º Passo: os valores dos parâmetros aproximados do presente trabalho serão

calculados utilizando-se das coordenadas do vértice inicial (ponto de controle) da poligonal,

do azimute inicial do 1º alinhamento (1-2), os comprimentos dos lados e os ângulos horários.

1

o

io

u o

i

XX

Y

(84)

4.5.3 Matriz dos Peso (P)

No 3º Passo: será montada a matriz dos pesos.

2 1

o LbP (85) (

Para isso é necessário que se conheça a Matriz Variância-Covariância das observações

(∑Lb), composta pelos valores das variâncias determinadas para as observações (distâncias -

2

S e ângulos - 2

a ). Neste trabalho serão elaboradas duas MVC (∑Lb) para isto, serão feitas

três séries de medidas para ângulos e distâncias, obtendo observações médias com as quais

serão determinadas as respectivas precisões e variâncias cujos valores iram compor a primeira

MVC (∑Lb). A segunda MVC (∑Lb) será composta com as variâncias oriundas das precisões

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45

nominais da estação total. Essas matrizes serão diagonais, devido a não consideração das

correlações entre as observações.

1

2

3

1

2

3

2

2

2

2

2

2

2

2

0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0

p

p

S

S

S

S

Lb

a

a

a

a

(86) (

O sigma zero “a priori” (2

o ) utilizado na multiplicação da (∑Lb) será adotado com

valor igual a unidade, embora pudesse ser utilizado outro valor.

4.5.4 Vetor das observações aproximadas (Lo)

No 4º passo: será montado o vetor das observações aproximadas. Onde:

( )o oL F X (87)

Este vetor será calculado pela substituição dos coordenadas aproximadas obtidas no

Passo 2 nas equações de observações estabelecida no Passo 1.

A expressão abaixo permite determinar a distância (Sij).

2 2( ) ( )ij j i j iS X X Y Y (88)

A expressão abaixo permite determinar o ângulo horário (akij).

arctan arctanj i k i

kij

j i k i

X X X Xa

Y Y Y Y

(89) (

Com os valores aproximados de distância e ângulo terá o vetor das observações

aproximadas (Lo).

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46

12

23

34

1

12

123

234

( 1) 1

c

c

c

c

p

o c

p

c

c

c

p p

S

S

S

SL

a

a

a

a

(90)

(

4.5.5 Vetor dos termos independentes (L)

No 5º passo: será encontrado o vetor dos termos independentes (L). Este vetor será o

resultado da diferença do vetor das observações aproximadas (Lo) obtido no 4º Passo, e o

vetor das observações (Lb).

o bL L L (91) (

O vetor das observações (Lb) é composto pelos valores das distâncias médias obtidas

no levantamento de campo, pela estação total, assim como os ângulos horários médios obtidos

pelo mesmo equipamento.

4.5.6 Matriz A

No 6º passo: será feita a montagem da matriz design ou matriz A. Esta matriz será

obtida por meio das derivadas parciais das equações de observações em relação aos

parâmetros ajustados no ponto aproximado.

a o

n u

a X X

FA

X

(92) (

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48

4.5.7 Resolução do sistema de equações de normais

No 7º passo: será desenvolvido o sistema de equações normais mediante linearização

do modelo matemático das equações de observação através de operações algébricas e

matriciais.

O modelo matemático das equações de observação linearizadas é dado pela Equação

abaixo.

A X L V (94) (

onde,

V: vetor dos resíduos das observações, obtido do ajustamento para corrigir as observações;

X: é o vetor incógnito das correções, a serem aplicadas aos parâmetros aproximados para a

obtenção dos parâmetros ajustados, ou seja, coordenadas dos pontos da poligonal ajustada.

Aplicando o princípio dos mínimos quadrados na Equação (94) e após algumas

operações algébricas e matriciais, obtêm-se os sistemas de equações normais dadas pelas

Equações (95) e (96) e a resolução do sistema de equação normal é dado pela Equação (97).

TN A P A (95)

TU A P L (96)

UNX .1 (97)

4.5.8 Cálculo dos Parâmetros Ajustados

A expressão abaixo permite determinar os parâmetros ajustados.

a oX X X (98)

No 8º passo: será determinado o vetor incógnito das correções (X) a serem aplicadas

aos parâmetros aproximados (Xo) para a obtenção dos parâmetros ajustados (Xa), ou seja,

coordenadas dos pontos da poligonal ajustada. Se os valores do vetor incógnito das correções

conterem valores que se afastam de zero, será necessário realizar um processo de iteração.

Para isto, cria-se um novo vetor de parâmetros aproximados que será exatamente igual ao

vetor incógnito das correções obtido neste passo, e volta ao 4º passo, realizando a partir daí

novo ajuste até que o os valores do vetor incógnito das correções possa ser considerado como

zero (neste trabalho será adotado por conveniência: X ≤ 0,0001). Caso o novo vetor incógnito

das correções ainda esteja alto, deve-se repetir novamente o processo de iteração.

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49

4.5.9 Cálculo do Vetor dos Resíduos (V)

V A X L (99)

No 9º passo: será determinado o vetor dos resíduos (V), que será utilizado para o

cálculo das observações ajustadas e para o cálculo do sigma zero “a posteriori”.

4.5.10 Teste Global da Variância “a Posteriori” (2ˆo )

2ˆT

o

V PV

gl (100)

No 10º passo: será aplicado o teste global da variância “a posteriori” (2ˆo ), para

detectar a existência de inconsistências do ajustamento comparando a variância “a priori”

com a variância “a posteriori” (teste bilateral). Será também aplicado o teste global na forma

do teste unilateral, com o propósito de detectar “outlier”, onde se espera que a variância “a

posteriori” seja maior que a variância “a priori”. Se houver discrepância entre as variâncias,

será aplicado o teste de hipótese que se baseia na distribuição qui-quadrado (χ2) para verificar

a significância das discrepância em relação ao nível de confiança pré-estabelecido.

Teste Bilateral:

a) Enunciação das hipóteses:

2 2

2 2

: ˆ

: ˆ

o o

o o

Ho

Ha

(101)

b) Estatística do teste:

2

2

2 2

ˆ To

calc

o o

V P Vgl

(102)

c) Teste da hipótese Ho:

2 2 2

, ,12 2

calcgl gl

(103) (

Teste Unilateral:

a) Enunciação das hipóteses:

2 2

2 2

: ˆ

: ˆ

o o

o o

Ho

Ha

(104)

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50

b) Estatística do teste:

2

2

2 2

ˆ To

calc

o o

V P Vgl

(105)

c) Teste da hipótese Ho:

2

,12 gl

calcgl

(106)

Caso seja detectada diferença estatística a certo nível de significância α, será

verificado se há problemas no ajustamento. Isto pode ocorrer devido a uma superestimação ou

subestimação dos elementos da matriz dos pesos, determinada no 3º passo, ou a erros de

cálculos. Caso não tenha erros de cálculos, será criada uma nova matriz de peso através de um

escalonamento da MVC das observações multiplicando a mesma pelo valor encontrado da

variância “a posteriori”, conforme expressão abaixo. Feito isto, retornar ao 4º passo e realizar

novo ajustamento.

2ˆ ˆLb o Lb (107) (

4.5.11 Cálculo das MVC: dos parâmetros ajustados, observações ajustadas e resíduos

No 11º passo: a matriz variância-covariância (MVC) dos parâmetros ajustados permite

determinar da precisão com que os parâmetros foram estimados. Na diagonal principal

encontram-se valores de variância e fora da diagonal, valores de covariância. O cálculo da

(MVC) dos valores observados ajustados, será importante na obtenção da (MVC) dos

resíduos, que será importante posteriormente para a aplicação do teste que aponta os erros nas

observações colhidas no campo (teste “data snooping” de Baarda).

4.6 QUALIDADE DO AJUSTAMENTO

Após o ajustamento das observações, será obtida a MVC dos parâmetros ajustados (

Xa ), Equação (108):

2 1ˆ ( )T

Xa o A P A (108) (

Na forma matricial a equação acima será representada por:

2

2

x xy

Xa

yx y

(109)

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51

Na diagonal se encontram as variâncias das coordenadas ajustadas. As raízes dessas

variâncias irão fornecer o erro médio ou precisão ( X , Y ) das coordenadas ajustadas.

Na sequência, será obtida a MVC das observações ajustadas ( La ), Equação (110):

2 1 2 1ˆ ( ) ˆT T T

La o La oA A P A A A N A (110) (

As raízes quadradas dos elementos da diagonal principal desta matriz irão fornecer a

precisão das observações ajustadas.

4.6.1 Precisão e Elipses de Erro

Contraria as precisões acima especificadas, será feita uma análise de precisão da

posição fornecida pela teoria da elipse de erros bidimensional através da qual será avaliada a

precisão em todas as direções do plano, e não somente na direção X, Y.

A partir dos dados constantes na matriz variância-covariância dos parâmetros

ajustados( Xa ) será calculado os elementos (semi-eixos maior e menor e orientação) para a

construção da elipse de erro padrão, com uma região de confiança de 39,4% de probabilidade.

Ou seja, a elipse estará delimitando a porção do plano que com esta probabilidade, contém a

posição verdadeira do ponto. Neste trabalho será estabelecida a elipse de confiança para uma

região de probabilidade de 95%, para isto, o semi-eixo maior (a) e menor (b) serão

multiplicados por um fator de 2,447.

O tamanho, a forma e a orientação das elipses dos erros padrão serão determinados

pelas distribuições dos parâmetros σx, σy e σxy, sendo respectivamente desvio padrão da

coordenada estimada X, desvio padrão da coordenada estimada Y e covariância entre elas. Já

a orientação da elipse em relação ao eixo X e Y irão depender da correlação entre X e Y.

Sendo elas não correlacionadas, a elipse torna paralela ao eixo X e Y. Se as duas coordenadas

X e Y tiverem a mesma precisão, a elipse irá degenerar em um círculo.

Extraindo a raiz quadrada positiva das variâncias das Equações (111) e (112) serão

obtidos respectivamente o semi-eixo maior (a), Equação (113) e menor (b), Equação (114) da

elipse de erro padrão.

2 2 2 2 2

2 2( )

2 4

x y x y

máx xy

(111)

2 2 2 2 2

2 2

min

( )

2 4

x y x y

xy

(112)

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52

2

máxa (113)

2

minb (114)

A orientação da elipse, ângulo entre o eixo das abscissas e semi-eixo maior será

calculado pela Equação (115):

2 2

2tan2

xy

x y

(115)

O quadrante de 2ψ será determinado por meio de análise do sinal do numerador 2σxy e

denominador ( 2 2

x y ). O ângulo (ψ) será contado a partir do eixo das abscissas no sentido

anti-horário.

4.6.2 Detecção de “Outlier” e localização de erros grosseiros

Inicialmente foi aplicado o teste global em sua forma unilateral, com o proposito de

detectar “outlier”. Se o teste acusar presença de “outlier”, torna-se necessário a verificação da

confiabilidade das observações e do modelo matemático. Logo, os resíduos das observações

ajustadas serão submetidos a testes estatísticos que buscam detectar, localizar e eliminar os

erros grosseiros. No entanto, mesmo que no teste global (unilateral) não seja detectada

“outlier”, estes testes estatísticos tem que ser aplicados, pois podem existir erros grosseiros de

pequenas magnitudes nas observações.

Para isto, será aplicado o modelo simplificado “Data Snooping” de Baarda (1968) para

analisar a relação entre um “outlier” e um erro grosseiro.

4.6.2.1 Teste “Data Snooping”

A aplicação desta técnica é um processo combinado para detecção de “outlier”,

localização e eliminação dos erros grosseiros. Para realizar tal procedimento serão

investigadas quais observações que podem contém os erros grosseiros que causaram os

“outliers” e, então as elimina-la, caso necessário, voltando a campo e coletando novas

observações.

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53

Estes valores serão obtidos pela divisão dos resíduos por seus respectivos desvios

padrão que irá resultar em uma estatística denominada, resíduo normalizado, conforme

Equação (116).

i

ii

l i

vw

r

(116)

onde:

vi: são os valores obtidos do vetor dos resíduos (V = A·X + L). Sendo a matriz (A), o vetor

(X) e o vetor (L) resultados obtidos da última iteração.

ri: são os valores de redundância parcial que se obtém da diagonal da matriz das redundâncias

R obtida através da Equação (117):

2

1

ˆV

o

R P

(117)

onde (∑V) é a MVC dos resíduos, Equação (118), e (P) a matriz dos Pesos.

2 1ˆV o LaP (118)

Na forma matricial, a matriz R será expressa conforme segue.

1 12 1 1

21 2 2 2

1 2

1 2

j n

j n

i i i in

n n nj n

r r r r

r r r r

Rr r r r

r r r r

(119)

Para o teste bilateral, a hipótese nula )1,0(~:0 nwH i será rejeitada, ou seja, um

“outlier” será detectado, se para um nível de significância pré-definido α os valores dos

resíduos normalizados estiverem abaixo ou acima dos limites críticos especificados na

Equação (120). Na expressão de Ho, n(0, 1) refere-se à distribuição normal reduzida.

12 2

in w n

(120)

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54

5 EXPERIMENTAÇÃO E RESULTADOS

Com os dados de observações levantados em campo, será calculado o erro de

fechamento angular pelo MMQ tanto com a precisão nominal da estação total quanto com a

precisão da média das observações, a fim de conseguir fazer um comparativo entre os

resultados dos cálculos com essas duas precisões.

Os valores das observações foram extraídos de uma poligonal fechada em “loop” com

5 vértices localizada na Universidade Federal de Mato Grosso. Esses valores foram

organizados em um quadro apresentado abaixo:

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55

Quadro 1 – Planilha de experimentos

Ângulo Observado

(valores médios) Compensação Ângulo Compensado

Azimute

Provisório

1 2 54º,38'41,667'' 0º,00'01,033'' 54º,38'42,700'' 29,259 166º,28'10,057''

2 3 243º,14'05,833'' 0º,00'01,033'' 243º,14'06,867'' 39,716 229º,42'15,890''

3 4 60º,55'14,667'' 0º,00'01,033'' 60º,55'15,700'' 25,231 110º,37'30,557''

4 5 116º,47'19,167'' 0º,00'01,033'' 116º,47'20,200'' 64,784 47º,24'49,724''

5 1 64º,24'33,500'' 0º,00'01,033'' 64º,24'34,533'' 51,557 291º,49'23,224''

1 5 158º,29'57,667'' 158º,29'56,633'' 111º,49'28,390''

1 M1 201º,30'51,667'' 201º,30'03,367'' 313º,20'14,890''

539º,59'54,834'' 0º,00'05,167'' 540º,00'00,000'' 210,547

-0º,00'05,167''

0º,00'01,033''

DH

(m)

Soma

E.F.A:

Correção:

EstaçãoPonto

Visado

Valores Iniciais: P1 (Xi - Yi): X = 10000,000; Y = 10000,000; AZM1→1 = 133°,19'30,7235"

1 1 1 AZi,i+1

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Quadro 2 – Planilha de experimentos continuação

6,84554 -28,44693 -0,000520 0,002065 6,84502 -28,444861 10006,84502 9971,55514 166º,28'10,057''

-30,29224 -25,68542 -0,000705 0,002804 -30,293 -25,682614 9976,55207 9945,87252 229º,42'16,924''

23,61373 -8,88792 -0,000448 0,001781 23,6133 -8,8861402 10000,16535 9936,98638 110º,37'32,624''

47,69854 43,83852 -0,001151 0,004573 47,6974 43,8430922 10047,86275 9980,82948 47º,24'52,824''

-47,86183 19,16688 -0,000916 0,003640 -47,863 19,1705231 10000,00000 10000,00000 291º,49'27,357''

111º,49'27,357''

313º,19'30,724''

0,00374 -0,01486

E.F.L. Abs.: 0,01533

E.F.L. Relat.: 1 : 13737

y X (m) Y (m)x' y' Cx Cy x

Projeções Não

CompensadasCompensação

Projeções

CompensadasCoordenadas Provisórias

Valores Iniciais: P1 (Xi - Yi): X = 10000,000; Y = 10000,000; AZM1→1 = 133°,19'30,7235"

Azimute

Compensado

AZi,i+1

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57

5.1 EXPERIMENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS COM A PRECISÃO

NOMINAL DA ESTAÇÃO TOTAL

Primeiramente serão apresentados todos os cálculos obtidos utilizando a precisão

nominal da Estação Total que comumente é utilizada 1:10.000. Segundo a NBR 14166:1998

Rede de Referência Cadastral Municipal – Procedimento, nas operações de cálculo e

ajustamento das observações, essas observações devem passar pelo ajustamento vetorial pelo

MMQ, devendo ser a precisão final na ordem de 1 ppm (1:10.000) ou superior, considerando-

se 95% de nível de confiança.

5.1.1 Teste Qui-quadrado da forma quadrática do erro de fechamento

Utilizando os dados apresentados no Quadro 1 – Planilha de experimentos, temos a

fixadas as coordenadas dos pontos iniciais X=10.000,00 m e Y=10.000,00 m, esse é o ponto

usado como ponto de controle. O azimute definido pelo ponto de controle e pelo ponto 1 é de

133°19’30,7235”.

5.1.1.1 Matriz Variância-Covariância das distâncias e ângulos

2,6E-05 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 2,7E-05 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 2,6E-05 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 2,8E-05 0 0 0 0 0 0

10Sa10 = 0 0 0 0 2,8E-05 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 100 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 100 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 100 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 100 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 100

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5.1.1.2 Matriz Variancia-Covariância das distancias e azimutes

5.1.1.3 Matriz Vriancia-Covariancia das coordenadas dos últimos pontos

Resultando:

Os desvios padrões da abscissa e da ordenada são, respectivamente:

2,6E-05 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 2,7E-05 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 2,6E-05 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 2,8E-05 0 0 0 0 0 0

10SA10 = 0 0 0 0 2,8E-05 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 100 100 100 100 100

0 0 0 0 0 100 200 200 200 200

0 0 0 0 0 100 200 300 300 300

0 0 0 0 0 100 200 300 400 400

0 0 0 0 0 100 200 300 400 500

2,34E-01 -7,63E-01 9,36E-01 7,36E-01 -9,28E-01 -1,38E-04 -1,25E-04 -4,31E-05 2,13E-04 9,29E-05

-9,72E-01 -6,47E-01 -3,52E-01 6,77E-01 3,72E-01 -3,32E-05 1,47E-04 -1,14E-04 -2,31E-04 2,32E-042D10 =

9,84E-05 2,88E-06

2,88E-06 6,32E-052(X,Y)2 =

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59

5.1.1.4 Aplicação do teste

Foi utilizado o nível de significância tanto α =1% quanto α = 5%.

Os erros de fechamento em X e em Y são:

Para o nível de significância α =1% foram encontrados os valores apresentados na

figura abaixo:

Figura 7 – Cálculo para o nível de significância a 1%

O valor de χ2 calculado está entre os valores de χ

2 teórico, portanto a poligonal é aceita

ao nível de significância de 1%.

Para o nível de significância α =5% foram encontrados os valores apresentados na

figura abaixo:

X = √9,84E-05 = 9,917E-03 m

Y = √6,32E-05 = 7,949E-03 m

0,00374

-0,01492E1 =

Para o nível de significância (%) = 1

0,5 = 0,005

2 Teórico com a = 1%

1 - 0,5 = 0,995

2 (2; 0,005) = 0,01

2 (2; 0,995) = 10,60

1% 3,69

comTeórico2

comCalculado2

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60

Figura 8 – Cálculo para o nível de significância a 5%

O valor de χ2 calculado está entre os valores de χ

2 teórico, portanto a poligonal é aceita

ao nível de significância de 5%.

5.1.2 Ajustamento pelo Método dos Mínimos Quadrados

Foi desenvolvido o ajustamento da poligonal pelo Método dos Mínimos Quadrados.

Para o nível de significância (%) = 5

0,5 = 0,025

2 Teórico com a = 5%

1 - 0,5 = 0,975

2 (2; 0,025) = 0,05

2 (2; 0,975) = 7,38

5% 3,69

comTeórico2

comCalculado2

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5.1.2.1 Matriz A

Foi desenvolvida a Matriz A de ordem 10x8 (número de equações por número de incógnitas):

Quadro 3 – Valores observados e calculados

0,233964 -0,97225 0 0 0 0 0 0

0,762721 0,64673 -0,762721395 -0,646727 0 0 0 0

0 0 -0,935901446 0,352262 0,93590145 -0,35226195 0 0

0 0 0 0 -0,7362704 -0,67668744 0,73627 0,67669

10A8 = 0 0 0 0 0 0 0,92833 -0,3718

-6853,96 -1649,35 0 0 0 0 1487,31 3713,98

10212,73 -2311,83 -3358,773821 3961,189 0 0 0 0

-3358,77 3961,19 6238,534561 3689,857 -2879,7607 -7651,04556 0 0

0 0 -2879,76074 -7651,046 725,265758 9995,245872 2154,49 -2344,2

0 0 0 0 2154,49498 -2344,20031 -3641,8 -1369,8

1 AZi,i+1

1 2 54º,38'42,700'' 54,6451944 29,259 166,469460 10006,84502 9971,55514

2 3 243º,14'06,867'' 243,235241 39,716 229,704701 9976,55207 9945,87252

3 4 60º,55'15,700'' 60,9210278 25,231 110,625729 10000,16535 9936,98638

4 5 116º,47'20,200'' 116,788944 64,784 47,414673 10047,86275 9980,82948

5 1 64º,24'34,533'' 64,4095926 51,557 291,824266 10000,00000 10000,00000

Ângulo

Observado

Azimute

Calculado

Coordendas Cartesianas

X (m) Y (m)Estação

Ponto

Visado

Ângulo

Observado

Decimal

a1

DH

Observada

(m)

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Quadro 4 – Coeficientes (Pontos a Vante)

A matriz variância-covariancia das distancias e ângulos:

1 2 0,233964 -0,972245 -6853,959432 1649,354432

2 3 -0,762721 -0,646727 -3358,773821 -3961,188958

3 4 0,935901 -0,352262 -2879,760740 7651,045559

4 5 0,736270 0,676687 2154,494982 2344,200312

5 1 -0,928328 0,371761 1487,309528 -3713,976579

Coeficientes (Pontos a Vante)

Estação

Pi

PV

Pi+1

Kiji Liji Piji Qiji

2,648E-05 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 2,703E-05 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 2,628E-05 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 2,834E-05 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 2,764E-05 0 0 0 0 0

10Lb10 = 0 0 0 0 0 100 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 100 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 100 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 100 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 100

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Matriz dos pesos:

O vetor dos termos independentes é:

37758,145 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 37002,455 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 38055,421 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 35280,681 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 36173,818 0 0 0 0 0

10P10 = 0 0 0 0 0 0,01 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0,01 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0,01 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0,01 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,01

-0,00213 m

-0,00128 m

-0,00105 m

0,002248 m

10L1 = 0,002203 m

-11,9995 "

13,32046 "

-25,8132 "

-0,86191 "

25,35419 "

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Novo vetor das coordenadas ajustadas:

5.1.2.2 Comparação da variância da unidade peso “a priori” com a variância da unidade peso

“a posteriori”

Vetor dos resíduos:

Vetor dos valores observados ajustados:

A variância de Peso “a posteriori” = 1,838811.

2,23495 10006,84502 10009,07998

0,54217 9971,555139 9972,097309

4,25669 9976,552074 9980,808759

8X1 = -1,8397 8Xo1 = 9945,872525 8Xa1 = 9944,032807

4,95252 10000,16535 10005,11788

0,01623 9936,986385 9937,002616

1,50923 10047,86275 10049,37198

3,76417 (m) 9980,829477 (m) 9984,593649 (m)

-0,00635

-0,00286

-0,00359

0,00324

10v1 = 0,00389

0,22628

0,19109

-3,95547

-1,54374

5,08183 (m)

29,2526 m

39,7131 m

25,2274 m

64,7872 m

10La1 = 51,5609 m

54,8715 "

243,426 "

56,9656 "

115,245 "

69,4914 "

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65

5.1.2.3 Iterações

Serão feitas iterações para que os valores dos parâmetros sejam estabilizados, induzindo os valores do vetor a se aproximarem de zero.

5.1.2.3.1 Primeira iteração

Quadro 5 – Valores observados e calculados (1ª iteração)

Nova

1 2 10009,080 9972,097 29,343 9,079976 -2,790E+01 1,803E+01 SE 1,620E+02 -1,254E+02 5,464E+01

2 3 9980,809 9944,033 39,836 -28,2712 -2,806E+01 4,521E+01 SW 2,252E+02 6,324E+01 2,432E+02

3 4 10005,118 9937,003 25,305 24,30912 -7,030E+00 7,387E+01 SE 1,061E+02 -1,191E+02 6,092E+01

4 5 10049,372 9984,594 64,987 44,2541 4,759E+01 4,292E+01 NE 4,292E+01 -6,321E+01 1,168E+02

5 1 10000,000 10000,000 51,720 -49,372 1,541E+01 7,267E+01 NW 2,873E+02 2,444E+02 6,441E+01

1 5 7,267E+01 SE 1,073E+02 -2,599E+01 1,540E+02

1 M1 4,667E+01 NW 3,133E+02 2,599E+01 2,060E+02

AzimuteÂngulo

Calculado

Novo Ângulo

HorárioEst Pi PV Pi+1 X (m) Y (m) DH (m)

Alinhamento Coordenadas

X Y Rumo

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66

Quadro 6 – Valores de Vante

Matriz A:

Est Pi PV Pi+1 Kiji Liji Piji Qiji

1 2 0,3094437 -0,950917776 10881,17516 -3540,906319

2 3 -0,709697 -0,704507424 -3214,207616 -3237,882526

3 4 0,9606345 -0,277815287 775,7331203 -2682,343427

4 5 0,6809668 0,732314305 3519,416427 3272,646275

5 1 -0,954603 0,297880526 -845,5010634 2709,535928

Alinhamento Radianos Arco Segundos

Valores de vante

0,309443669 -0,950917776 0 0 0 0 0 0

0,709696618 0,704507424 -0,709696618 -0,704507424 0 0 0 0

0 0 -0,960634512 0,277815287 0,960634512 -0,277815287 0 0

0 0 0 0 -0,680966783 -0,732314305 0,680966783 0,732314305

10A8 = 0 0 0 0 0 0 0,95460316 -0,297880526

10881,17516 3540,906319 0 0 0 0 -845,5010634 -2709,535928

-7666,967548 -6778,788845 -3214,207616 3237,882526 0 0 0 0

-3214,207616 3237,882526 2438,474496 -5920,225953 775,7331203 2682,343427 0 0

0 0 775,7331203 2682,343427 -4295,149547 590,3028475 3519,416427 -3272,646275

0 0 0 0 3519,416427 -3272,646275 -2673,915364 5982,182203

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67

Vetor dos termos independentes:

Novo vetor das coordenadas ajustadas:

Vetor dos resíduos:

0,083905604 m 29,342906 m 29,259 m

0,119637824 m 39,835638 m 39,716 m

0,074270741 m 25,305271 m 25,231 m

0,203169049 m 64,987169 m 64,784 m

10L1 = 0,162898732 m 10Lo1 = 51,719899 m 10Lb1 = 51,557 m

-4,49276693 " 54,643946 " 54,6451944 "

2,529232853 " 243,235943 " 243,235241 "

-5,06571833 " 60,919621 " 60,9210278 "

1,56715166 " 116,789380 " 116,788944 "

5,462100745 " 64,411110 " 64,4095926 "

-0,0265401 10009,07998 10009,05344

0,08417094 9972,097309 9972,18148

0,0575175 9980,808759 9980,866276

8X1 = 0,17067055 8Xo1 = 9944,032807 8Xa1 = 9944,203477

-0,0156136 10005,11788 10005,10226

0,1972249 9937,002616 9937,199841

-0,1518634 10049,37198 10049,22012

0,04811368 (m) 9984,593649 (m) 9984,641763 (m)

-0,00435

-0,00096

-0,00336

0,001191

10v1 = 0,003597

2,795804

3,172519

-0,46492

-4,46215

-1,04125 (m)

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68

Vetor dos valores observados ajustados:

A variância do peso “a posteriori” é igual a 1,042848.

29,25465 m

39,71504 m

25,22764 m

64,78519 m

10La1 = 51,5606 m

57,441 "

246,4078 "

60,45611 "

112,3268 "

63,36834 "

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69

5.1.2.3.2 Segunda iteração

Quadro 7 – Valores observados e calculados

Quadro 8 – Valores de vante

Nova

1 2 10009,053 9972,181 29,255 9,053436226 -27,81851959 18,027290 SE 161,972710 -125,356868 54,643132

2 3 9980,866 9944,203 39,715 -28,18715983 -27,97800296 45,213366 SW 225,213366 63,240657 243,240657

3 4 10005,102 9937,200 25,228 24,23598533 -7,003636682 73,881935 SE 106,118065 -119,095301 60,904699

4 5 10049,220 9984,642 64,785 44,11785359 47,44192229 42,920796 NE 42,920796 -63,197270 116,802730

5 1 10000,000 10000,000 51,561 -49,22011532 15,35823695 72,670422 NW 287,329578 244,408782 64,408782

1 5 72,670422 SE 107,329578 -25,995623 154,004377

1 M1 46,674799 NW 313,325201 25,995623 205,995623

AzimuteÂngulo

Calculado

Novo

Ângulo

HorárioEst Pi PV Pi+1 X (m) Y (m) DH (m)

Alinhamento Coordenadas

X Y Rumo

Est Pi PV Pi+1 Kiji Liji Piji Qiji

1 2 0,309469955 -0,950909221 10880,1213 -3540,895985

2 3 -0,709735098 -0,704468659 -3213,808292 -3237,833955

3 4 0,960691669 -0,277617573 775,0573272 -2682,074879

4 5 0,680986701 0,732295783 3519,199632 3272,62317

5 1 -0,954607159 0,297867708 -845,4557317 2709,518596

Alinhamento Radianos Arco Segundos

Valores de vante

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70

Novo vetor das coordenadas ajustadas:

Variância de peso “a posteriori” é igual a 0,009280.

5.1.2.3.3 Terceira iteração

Quadro 9 – Valores observados e calculados

-0,01198 10009,05344 10009,04146

-0,00804 9972,18148 9972,173441

0,01489 9980,866276 9980,881169

8X1 = -0,03635 8Xo1 = 9944,203477 8Xa1 = 9944,167132

0,00595 10005,10226 10005,10822

-0,07823 9937,199841 9937,121606

-0,02058 10049,22012 10049,19953

-0,05503 (m) 9984,641763 (m) 9984,586733 (m)

1 2 10009,053 9972,181 29,255 9,053436226 -27,81851959 18,027290 SE 161,972710 -125,356868 54,643132

2 3 9980,866 9944,203 39,715 -28,18715983 -27,97800296 45,213366 SW 225,213366 63,240657 243,240657

3 4 10005,102 9937,200 25,228 24,23598533 -7,003636682 73,881935 SE 106,118065 -119,095301 60,904699

4 5 10049,220 9984,642 64,785 44,11785359 47,44192229 42,920796 NE 42,920796 -63,197270 116,802730

5 1 10000,000 10000,000 51,561 -49,22011532 15,35823695 72,670422 NW 287,329578 244,408782 64,408782

1 5 72,670422 SE 107,329578 -25,995623 154,004377

1 M1 46,674799 NW 313,325201 25,995623 205,995623

AzimuteÂngulo

Calculado

Novo

Ângulo

HorárioEst Pi PV Pi+1 X (m) Y (m)

Nova

DH (m)

Alinhamento Coordenadas

X Y Rumo

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Quadro 10 – Valores de Vante

Novo vetor de coordenadas ajustadas:

Variância de peso “a posteriori” é igual a 1,00.

Est Pi PV Pi+1 Kiji Liji Piji Qiji

1 2 0,309469955 -0,950909221 10880,1213 -3540,895985

2 3 -0,709735098 -0,704468659 -3213,808292 -3237,833955

3 4 0,960691669 -0,277617573 775,0573272 -2682,074879

4 5 0,680986701 0,732295783 3519,199632 3272,62317

5 1 -0,954607159 0,297867708 -845,4557317 2709,518596

Alinhamento Radianos Arco Segundos

Valores de Vante

-0,011981 10009,0534 10009,041

-0,0080392 9972,18148 9972,1734

0,014893 9980,86628 9980,8812

8X1 = -0,0363452 8Xo1 = 9944,20348 8Xa1 = 9944,1671

0,0059535 10005,1023 10005,108

-0,0782346 9937,19984 9937,1216

-0,0205838 10049,2201 10049,2

-0,0550305 (m) 9984,64176 (m) 9984,5867 (m)

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72

Fez-se o Teste Qui-Quadrado da forma quadrática dos resíduos. Para o teste Bilateral

com o nível de significância a 5%, obtiveram-se os seguintes resultados:

Figura 9 – Teste Bilateral com nível de significância a 5%

O valor de χ2 calculado está entre os valores de χ

2 teórico, portanto a hipótese H0 é

aceita ao nível de significância de 5%.

Para o teste Unilateral, obtiveram-se os seguintes resultados:

Para o nível de significância (%) = 5

0,5 = 0,025

2 Teórico com a = 5%

1 - 0,5 = 0,975

2 (2; 0,025) = 0,05

2 (2; 0,975) = 7,38

2,000

=

Hpótese Básica (Ho) Ho:

Hípótese Alternativa (H1) H1:

^ 2

0

comTeórico2

2 Calculado

2

0

2

0^ 2

0

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73

Figura 10 – Teste Unilateral com nível de significância a 5%

O valor de χ2 calculado está entre os valores de χ

2 teórico, portanto a hipótese H0 é

aceita ao nível de significância de 5%.

Para o nível de significância (%) = 5

= 0,05

2 Teórico com a = 5%

1 - = 0,95

2,000

=

>

2 (2; 0,95) = 3,00

Hpótese Básica (Ho) Ho:

Hípótese Alternativa (H1) H1:

^ 2

0

comTeórico2

2 Calculado

2

0

2

0^ 2

0

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74

MVC das Coordenadas Ajustadas:

MVC dos valores observados ajustados:

7,3051E-07 1,2273E-07 -7,117E-07 1,2614E-06 -5,677E-08 4,1299E-06 1,0505E-06 2,78759E-06

1,2273E-07 1,8141E-07 -2,345E-07 4,1156E-07 -3,582E-08 1,0489E-06 1,9919E-07 6,95729E-07

-7,117E-07 -2,345E-07 8,8494E-07 -1,307E-06 1,4672E-07 -4,254E-06 -1,017E-06 -2,8866E-06

1,2614E-06 4,1156E-07 -1,307E-06 2,5095E-06 -7,25E-08 7,6596E-06 1,856E-06 5,11982E-06

8x8 = -5,677E-08 -3,582E-08 1,4672E-07 -7,25E-08 1,9148E-07 -3,603E-07 3,1775E-08 -2,9116E-07

4,1299E-06 1,0489E-06 -4,254E-06 7,6596E-06 -3,603E-07 2,4348E-05 5,9845E-06 1,63536E-05

1,0505E-06 1,9919E-07 -1,017E-06 1,856E-06 3,1775E-08 5,9845E-06 1,6633E-06 4,03768E-06

2,7876E-06 6,9573E-07 -2,887E-06 5,1198E-06 -2,912E-07 1,6354E-05 4,0377E-06 1,10382E-05

1,6176E-07 -1,8411E-08 -6,4993E-08 2,29333E-08 6,96187E-08 5,40192E-05 6,13329E-05 -9,0223E-06 -8,6249E-05 -2,0081E-05

-1,8411E-08 2,46771E-07 -1,4241E-08 5,02503E-09 1,52545E-08 1,18364E-05 1,34389E-05 -1,9769E-06 -1,8898E-05 -4,4001E-06

-6,4993E-08 -1,4241E-08 1,93594E-07 1,77389E-08 5,38499E-08 4,17838E-05 4,74409E-05 -6,9787E-06 -6,6713E-05 -1,5533E-05

2,2933E-08 5,02503E-09 1,77389E-08 2,56786E-07 -1,9001E-08 -1,4744E-05 -1,674E-05 2,4625E-06 2,35402E-05 5,48088E-06

10La10 = 6,9619E-08 1,52545E-08 5,38499E-08 -1,9001E-08 1,98868E-07 -4,4758E-05 -5,0817E-05 7,47541E-06 7,14611E-05 1,66383E-05

5,4019E-05 1,18364E-05 4,17838E-05 -1,4744E-05 -4,4758E-05 0,70770469 -0,22503898 -0,17980795 -0,13015957 -0,17269819

6,1333E-05 1,34389E-05 4,74409E-05 -1,674E-05 -5,0817E-05 -0,22503898 0,697664224 -0,17902263 -0,12265233 -0,17095028

-9,0223E-06 -1,9769E-06 -6,9787E-06 2,4625E-06 7,47541E-06 -0,17980795 -0,17902263 0,741464601 -0,19486942 -0,1877646

-8,6249E-05 -1,8898E-05 -6,6713E-05 2,35402E-05 7,14611E-05 -0,13015957 -0,12265233 -0,19486942 0,653902365 -0,20622104

-2,0081E-05 -4,4001E-06 -1,5533E-05 5,48088E-06 1,66383E-05 -0,17269819 -0,17095028 -0,1877646 -0,20622104 0,737634126

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75

MVC dos resíduos:

8,4025E-08 1,84111E-08 6,49931E-08 -2,2933E-08 -6,9619E-08 -5,4019E-05 -6,1333E-05 9,02231E-06 8,62485E-05 2,00813E-05

1,8411E-08 4,03415E-09 1,4241E-08 -5,025E-09 -1,5254E-08 -1,1836E-05 -1,3439E-05 1,97692E-06 1,88983E-05 4,4001E-06

6,4993E-08 1,4241E-08 5,02721E-08 -1,7739E-08 -5,385E-08 -4,1784E-05 -4,7441E-05 6,97874E-06 6,67131E-05 1,55328E-05

-2,2933E-08 -5,025E-09 -1,7739E-08 6,2593E-09 1,90014E-08 1,47437E-05 1,67399E-05 -2,4625E-06 -2,354E-05 -5,4809E-06

10v10 = -6,9619E-08 -1,5254E-08 -5,385E-08 1,90014E-08 5,76824E-08 4,47575E-05 5,08172E-05 -7,4754E-06 -7,1461E-05 -1,6638E-05

-5,4019E-05 -1,1836E-05 -4,1784E-05 1,47437E-05 4,47575E-05 0,220337042 0,225038976 0,179807949 0,13015957 0,172698195

-6,1333E-05 -1,3439E-05 -4,7441E-05 1,67399E-05 5,08172E-05 0,225038976 0,230377507 0,179022631 0,122652334 0,170950284

9,0223E-06 1,97692E-06 6,97874E-06 -2,4625E-06 -7,4754E-06 0,179807949 0,179022631 0,18657713 0,194869417 0,187764604

8,6249E-05 1,88983E-05 6,67131E-05 -2,354E-05 -7,1461E-05 0,13015957 0,122652334 0,194869417 0,274139367 0,206221044

2,0081E-05 4,4001E-06 1,55328E-05 -5,4809E-06 -1,6638E-05 0,172698195 0,170950284 0,187764604 0,206221044 0,190407605

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76

Precisões:

Quadro 11 – Precisão Nominal

X1 10000 m FIXO dh1-2 29,25859 m ± 0,000402 m

Y1 10000 m FIXO dh2-3 39,71591 m ± 0,000497 m

X2 10009,041455 m ± 0,000855 m dh3-4 25,230683 m ± 0,00044 m

Y2 9972,173441 m ± 0,000426 m dh4-5 64,784112 m ± 0,000507 m

X3 9980,881169 m ± 0,000941 m dh5-1 51,55734 m ± 0,000446 m

Y3 9944,167132 m ± 0,001584 m α1-2 54°54' 31,472" ± 0,841252"

X4 10005,108215 m ± 0,000438 m α2-3 243°32' 4,093" ± 0,835263"

Y4 9937,121606 m ± 0,004934 m α3-4 60°52' 37,236" ± 0,861083"

X5 10049,199532 m ± 0,00129 m α4-5 116°22' 5,365" ± 0,808642"

Y5 9984,586733 m ± 0,003322 m α5-1 64°18' 41,834" ± 0,858856"

Pontos

Observações Ajustadas

Precisão

NominalValores

Parâmetros Ajustados

CoordenadasPontosPrecisão

Nominal

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5.1.3 Localização de erros nas observações pelo teste “Data Snooping” de Baarda

Matriz de redundâncias:

Enunciação da Hipótese Báscia Ho:

Ho: nenhum erro existe na observação li

Rejeita-se Ho se |wi| > k

k é um valor crítico conforme o nível de confiança especificado:

0,341862346 0,073407924 0,266511804 -0,087183916 -0,271364213 -5,82077E-05 -6,60885E-05 9,72187E-06 9,29361E-05 2,16383E-05

0,074907111 0,016084765 0,05839669 -0,019103289 -0,059459925 -1,27542E-05 -1,4481E-05 2,13021E-06 2,03637E-05 4,74128E-06

0,264429901 0,056780895 0,206146394 -0,0674366 -0,209899723 -4,50236E-05 -5,11194E-05 7,51985E-06 7,18859E-05 1,67372E-05

-0,093306105 -0,02003557 -0,072740326 0,023795518 0,074064716 1,58869E-05 1,80379E-05 -2,65344E-06 -2,53655E-05 -5,90585E-06

10R10 = -0,283249312 -0,06082198 -0,220817783 0,072236046 0,224838236 4,82279E-05 5,47575E-05 -8,05504E-06 -7,7002E-05 -1,79284E-05

-219,7816542 -47,1936003 -171,3391542 56,05011942 174,4587443 0,23742148 0,242487992 0,193749853 0,14025185 0,186088825

-249,537994 -53,5831637 -194,5368415 63,63877101 198,0787944 0,242487992 0,248240461 0,192903643 0,13216252 0,184205384

36,70799596 7,882288887 28,61711548 -9,361507287 -29,13815034 0,193749853 0,192903643 0,201043901 0,209979153 0,202323449

350,9093486 75,35058197 273,5647395 -89,4911405 -278,5455618 0,14025185 0,13216252 0,209979153 0,295395516 0,22221096

81,70230364 17,54389318 63,69414067 -20,83624265 -64,85382666 0,186088825 0,184205384 0,202323449 0,22221096 0,205171383

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Figura 11 – Estatística do teste

Ao nível de significância de 5% as observações não contem erros grosseiros.

Ao nível de significância de 1% as observações não contem erros grosseiros.

5.1.4 Parâmetros da Elípse dos Erros e Elípse de Confiança

Quadro 12 – Elipses dos Erros Padrão

Orientação ()

1 Fixo Fixo Fixo Fixo Fixo Fixo Fixo

2 0,447014 24°5' 7,124" 12°2' 33,562" I 0,869883 0,393983 77°57' 26,438"

3 1,608776 58°8' 7,077" 29°4' 3,539" III 1,798861 0,398195 60°55' 56,461"

4 0,029828 1°42' 30,710" 0°51' 15,355" III 4,934941 0,431408 89°8' 44,645"

5 -0,861382 - 40°44' 27,618" 159°37' 46,191" II 3,540822 0,405027 110°22' 13,809"

No quadrante

adequado

Elipses dos Erros Padrão (39,4% de probabilidade)

2tan(2)Ponto Azimute Semi-

Eixo a

Quad. de I

Maior (a)

(mm)

Menor (b)

(mm)

Semi-Eixo I

IVIII

II

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79

Quadro 13 – Elipses de confiança pontual

5.2 EXPERIMENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS COM A PRECISÃO DA

MÉDIA DAS OBSERVAÇÕES

Agora serão apresentados todos os cálculos obtidos utilizando a precisão da média das

observações.

5.2.1 Teste Qui-quadrado da forma quadrática do erro de fechamento

Utilizando os dados apresentados no Quadro 1 – Planilha de experimentos, tem-se

como ponto de controle, ponto 1, cujas coordenadas são fixas, X=10.000,00 m e Y=10.000,00

m. O azimute definido pelo ponto de controle e pelo ponto 1 é de 133°19’30,7235”.

Maior (a) Menor (b)

(mm) (mm)

1 FIXO FIXO FIXO

2 2,128604 0,964076 77°57' 26,438"

3 4,401813 0,974382 60°55' 56,461"

4 12,075800 1,055654 89°8' 44,645"

5 8,664392 0,991101 110°22' 13,809"

Ponto

Semi-Eixo

Azimute

Elipses de confiança pontual (95,0% de probabilidade)

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5.2.1.1 Matriz variância-covariância das distancias e ângulos

5.2.1.2 Matriz variância-covariancia das distancias e azimutes

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

10Sa10 = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 13,024881 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 27,447121 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 2,5281 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 3,861225 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 4

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

10SA10 = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 13,02488 13,02488 13,02488 13,02488 13,02488

0 0 0 0 0 13,02488 40,472 40,472 40,472 40,472

0 0 0 0 0 13,02488 40,472 43,0001 43,0001 43,0001

0 0 0 0 0 13,02488 40,472 43,0001 46,86133 46,86133

0 0 0 0 0 13,02488 40,472 43,0001 46,86133 50,86133

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5.2.1.3 Matriz variância-covariância das Coordenadas dos últimos pontos

Os desvios padrões da abscissa e da ordenada são respectivamente:

5.2.1.4 Aplicação do teste

Para o nível de significância α =1% foram encontrados os valores apresentados na figura abaixo:

0,234 -0,763 0,9359 0,7363 -0,928 -0,000138 -0,000125 -4,31E-05 0,000213 9,29E-05

-0,972 -0,647 -0,352 0,6767 0,3718 -3,32E-05 0,000147 -0,000114 -0,000231 0,0002322D10 =

1,41E-06 1,64E-07

1,64E-07 4,5E-072(X,Y)2 =

X = √1,41E-06 = 0,00119

Y = √4,5E-07 = 0,00067

0,00374

-0,014862E1 =

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Figura 12 – Cálculo para o nível de significância a 1%

O valor de χ2 calculado não está entre os valores de χ

2 teórico, portanto a poligonal não

é aceita ao nível de significância de 1%.

Para o nível de significância α =5% foram encontrados os valores apresentados na

figura abaixo:

Figura 13 – Cálculo para o nível de significância a 5%

O valor de χ2 calculado não está entre os valores de χ

2 teórico, portanto a poligonal não

é aceita ao nível de significância de 5%.

Como pode ser verificada nos cálculos acima, considerando os valores médios das

Precisões de Ângulos e Distâncias, esta poligonal não deve ser aceita para realizar o ajuste

pelo MMQ. No entanto, como a Precisão Linear Relativa obtida no pré-ajustamento

(1:13.737) alcançou um valor acima do recomendado para observações coletadas com Estação

Total (1:10.000), o ajustamento pelo MMQ será realizado.

Para o nível de significância (%) = 1

0,5 = 0,005

2 Teórico com a = 1%

1 - 0,5 = 0,995

2 (2; 0,005) = 0,01

2 (2; 0,995) = 10,60

1% 552,62

comTeórico2

comCalculado2

Para o nível de significância (%) = 5

0,5 = 0,025

2 Teórico com a = 5%

1 - 0,5 = 0,975

2 (2; 0,025) = 0,05

2 (2; 0,975) = 7,38

5% 552,62

comTeórico2

comCalculado2

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83

5.2.2 Ajustamento pelo Método dos Mínimos Quadrados

Quadro 14 – Valores observados e calculados

Quadro 15 – Coeficientes (Pontos a vante)

1 1

1 2 54º,38'42,700'' 54,64519444 29,259 166,469460 10006,84502 9971,55514

2 3 243º,14'06,867'' 243,2352407 39,716 229,704701 9976,55207 9945,87252

3 4 60º,55'15,700'' 60,92102778 25,231 110,625729 10000,16535 9936,98638

4 5 116º,47'20,200'' 116,7889444 64,784 47,414673 10047,86275 9980,82948

5 1 64º,24'34,533'' 64,40959259 51,557 291,824266 10000,00000 10000,00000

Coordendas Cartesianas

X (m) Y (m)

Azimute Calculado

AZi,i+1

EstaçãoPonto

Visado

DH Observada

(m)

Ângulo

Observado

Ângulo

Observado

Decimal

1 2 0,233964 -0,972245 -6853,959432 1649,354432

2 3 -0,762721 -0,646727 -3358,773821 -3961,188958

3 4 0,935901 -0,352262 -2879,760740 7651,045559

4 5 0,736270 0,676687 2154,494982 2344,200312

5 1 -0,928328 0,371761 1487,309528 -3713,976579

Coeficientes (Pontos a Vante)

Estação

Pi

PV

Pi+1

Kiji Liji Piji Qiji

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84

Novo vetor das coordenadas ajustadas:

A variância do peso “a posteriori” é 273,205423.

5.2.2.1 Iterações

Serão feitas iterações para que os valores dos parâmetros sejam estabilizados,

induzindo os valores do vetor a se aproximarem de zero.

5,878690945 10006,84502 10012,72371

1,414105241 9971,555139 9972,969244

11,18896103 9976,552074 9987,741035

8X1 = -4,84771955 8Xo1 = 9945,872525 8Xa1 = 9941,024805

13,026025 10000,16535 10013,19138

0,032650608 9936,986385 9937,019035

3,963333479 10047,86275 10051,82608

9,892783534 (m) 9980,829477 (m) 9990,72226 (m)

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85

5.2.2.1.1 Primeira iteração

Quadro 16 – Valores observados e calculados

Quadro 17 – Valores de vante

Nova

1 2 10012,724 9972,969 29,876 12,72371289 -27,03075601 25,206949 SE 154,793051 -125,356349 54,643651

2 3 9987,741 9941,025 40,553 -24,98267825 -31,94443868 38,027775 SW 218,027775 63,234724 243,234724

3 4 10013,191 9937,019 25,764 25,45034522 -4,005770008 81,055283 SE 98,944717 -119,083058 60,916942

4 5 10051,826 9990,722 66,156 38,63469991 53,70322511 35,731662 NE 35,731662 -63,213055 116,786945

5 1 10000,000 10000,000 52,650 -51,82607977 9,277739594 79,850600 NW 280,149400 244,417738 64,417738

1 5 79,850600 SE 100,149400 -33,175801 146,824199

1 M1 46,674799 NW 313,325201 33,175801 213,175801

AzimuteÂngulo

Calculado

Novo

Ângulo

HorárioEst Pi PV Pi+1 X (m) Y (m) DH (m)

Alinhamento Coordenadas

X Y Rumo

Est Pi PV Pi+1 Kiji Liji Piji Qiji

1 2 0,425889031 -0,904775405 7403,645812 -3484,988124

2 3 -0,616043403 -0,78771221 -4272,595665 -3341,454324

3 4 0,987838821 -0,155481393 395,6600728 -2513,795206

4 5 0,583989883 0,811760936 4685,976058 3371,14351

5 1 -0,984351615 0,176215488 -455,188232 2542,712197

Alinhamento Radianos Arco Segundos

Valores de vante

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86

Novo vetor das coordenadas ajustadas:

A variância de peso “a posteriori” é 5,117749.

5.2.2.1.2 Segunda iteração

Quadro 18 – Valores observados e calculados

-0,26848998 10012,724 10012,45522

0,55531692 9972,9692 9973,524561

0,25396575 9987,741 9987,995

8X1 = 1,20997234 8Xo1 = 9941,0248 8Xa1 = 9942,234778

-0,27419454 10013,191 10012,91719

1,28083964 9937,019 9938,299875

-1,07957964 10051,826 10050,7465

0,16965936 (m) 9990,7223 (m) 9990,89192 (m)

Nova

1 2 10012,455 9973,525 29,259 12,45522292 -26,47543909 25,194378 SE 154,805622 -125,369598 54,630402

2 3 9987,995 9942,235 39,716 -24,46022252 -31,28978326 38,015875 SW 218,015875 63,210253 243,210253

3 4 10012,917 9938,300 25,231 24,92218492 -3,934902711 81,027775 SE 98,972225 -119,043650 60,956350

4 5 10050,747 9990,892 64,784 37,82931481 52,59204483 35,727362 NE 35,727362 -63,244863 116,755137

5 1 10000,000 10000,000 51,557 -50,74650013 9,108080234 79,824780 NW 280,175220 244,447858 64,447858

1 5 79,824780 SE 100,175220 -33,149981 146,850019

1 M1 46,674799 NW 313,325201 33,149981 213,149981

AzimuteÂngulo

Calculado

Novo

Ângulo

Horário

Es

Pi

PV

Pi+1

X (m) Y (m) DH (m)

Alinhamento Coordenadas

X Y Rumo

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Quadro 19- Valores de vante

Novo vetor das coordenadas ajustadas:

A variância de peso “a posteriori” é 13,022042.

Est Pi PV Pi+1 Kiji Liji Piji Qiji

1 2 0,425690502 -0,9048688 7408,1049 -3485,1017

2 3 -0,61587979 -0,7878401 -4274,6272 -3341,6125

3 4 0,987764059 -0,1559556 397,001661 -2514,4583

4 5 0,583928958 0,81180476 4686,79308 3371,19752

5 1 -0,9842721 0,17665907 -456,48166 2543,32921

Alinhamento Radianos Arco Segundos

Valores de vante

-0,001804162 10012,45522 10012,45342

-0,001223937 9973,524561 9973,523337

-0,011087412 9987,995 9987,983913

8X1 = 0,005714173 8Xo1 = 9942,234778 8Xa1 = 9942,240492

-0,014710212 10012,91719 10012,90248

-0,01877816 9938,299875 9938,281097

-0,005622065 10050,7465 10050,74088

-0,025650448 (m) 9990,89192 (m) 9990,866269 (m)

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88

5.2.2.1.3 Terceira iteração

Quadro 20 – Valores observados e calculados

Quadro 21 – Valores de vante

Nova

1 2 10012,455 9973,525 29,259 12,45522292 -26,47543909 25,194378 SE 154,805622 -125,369598 54,630402

2 3 9987,995 9942,235 39,716 -24,46022252 -31,28978326 38,015875 SW 218,015875 63,210253 243,210253

3 4 10012,917 9938,300 25,231 24,92218492 -3,934902711 81,027775 SE 98,972225 -119,043650 60,956350

4 5 10050,747 9990,892 64,784 37,82931481 52,59204483 35,727362 NE 35,727362 -63,244863 116,755137

5 1 10000,000 10000,000 51,557 -50,74650013 9,108080234 79,824780 NW 280,175220 244,447858 64,447858

1 5 79,824780 SE 100,175220 -33,149981 146,850019

1 M1 46,674799 NW 313,325201 33,149981 213,149981

AzimuteÂngulo

Calculado

Novo Ângulo

HorárioEst

Pi

PV

Pi+1

X (m) Y (m) DH (m)

Alinhamento Coordenadas

X Y Rumo

Est Pi PV Pi+1 Kiji Liji Piji Qiji

1 2 0,425690502 -0,904868828 7408,104899 -3485,101705

2 3 -0,615879789 -0,787840139 -4274,62719 -3341,612544

3 4 0,987764059 -0,155955647 397,0016608 -2514,458306

4 5 0,583928958 0,811804762 4686,793082 3371,197518

5 1 -0,984272104 0,176659066 -456,4816578 2543,32921

Alinhamento Radianos Arco Segundos

Valores de vante

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Novo vetor das coordenadas ajustadas:

A variância de peso “a posteriori” é igual a 1,00.

O teste global será aplicado. O Teste Bilateral e Unilateral foram feitos para o nível de

significância a 1%. Segue abaixo os valores obtidos:

Figura 14 – Teste bilateral para o nível de significância a 1%

O valor de χ2 calculado está entre os valores de χ

2 teórico, portanto a hipótese H0 é

aceita ao nível de significância de 1%.

No Teste Unilateral para o nível de significância a 1%, obteve-se os valores abaixo:

-0,001804162 10012,4552 10012,45342

-0,001223937 9973,52456 9973,523337

-0,011087412 9987,995 9987,983913

8X1 = 0,005714173 8Xo1 = 9942,23478 8Xa1 = 9942,240492

-0,014710212 10012,9172 10012,90248

-0,01877816 9938,29987 9938,281097

-0,005622065 10050,7465 10050,74088

-0,025650448 (m) 9990,89192 (m) 9990,866269 (m)

Para o nível de significância (%) = 1

0,5 = 0,005

2 Teórico com a = 1%

1 - 0,5 = 0,995

2 (2; 0,005) = 0,01

2 (2; 0,995) = 10,60

2,000

=

Hpótese Básica (Ho) Ho:

Hípótese Alternativa (H1) H1:

^ 2

0

comTeórico2

2 Calculado

2

0

2

0^ 2

0

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Figura 15 – Teste unilateral para o nível de significância a 1%

O valor de χ2 calculado está entre os valores de χ

2 teórico, portanto a hipótese H0 é

aceita ao nível de significância de 1%.

Para o nível de significância (%) = 1

= 0,01

2 Teórico com a = 1%

1 - = 0,99

2,000

=

>

2 (2; 0,99) = 4,61

Hpótese Básica (Ho) Ho:

Hípótese Alternativa (H1) H1:

^ 2

0

comTeórico2

2 Calculado

2

0

2

0^ 2

0

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91

MVC das coordenadas ajustadas:

MVC das coordenadas ajustadas:

5,56508E-06 2,51173E-06 -2,27585E-06 7,19161E-06 -6,15772E-08 2,4745E-05 5,68831E-06 1,93242E-05

2,51173E-06 1,81296E-06 -1,23444E-06 4,03673E-06 -1,47056E-07 1,2473E-05 2,72722E-06 9,77705E-06

-2,2759E-06 -1,23444E-06 4,13581E-06 -4,46382E-06 2,04616E-06 -1,814E-05 -2,79416E-06 -1,41065E-05

8x8 = 7,19161E-06 4,03673E-06 -4,46382E-06 1,2351E-05 -8,55115E-07 3,9762E-05 8,41747E-06 3,10109E-05

-6,1577E-08 -1,47056E-07 2,04616E-06 -8,55115E-07 1,81982E-06 -4,634E-06 1,84958E-07 -3,66536E-06

2,47452E-05 1,24729E-05 -1,81351E-05 3,97615E-05 -4,63438E-06 0,0001411 2,92537E-05 0,000109773

5,68831E-06 2,72722E-06 -2,79416E-06 8,41747E-06 1,84958E-07 2,9254E-05 7,68419E-06 2,30184E-05

1,93242E-05 9,77705E-06 -1,41065E-05 3,10109E-05 -3,66536E-06 0,00010977 2,30184E-05 8,62509E-05

5,56508E-06 2,51173E-06 -2,27585E-06 7,19161E-06 -6,15772E-08 2,47452E-05 5,68831E-06 1,93242E-05

2,51173E-06 1,81296E-06 -1,23444E-06 4,03673E-06 -1,47056E-07 1,24729E-05 2,72722E-06 9,77705E-06

-2,27585E-06 -1,23444E-06 4,13581E-06 -4,46382E-06 2,04616E-06 -1,81351E-05 -2,79416E-06 -1,41065E-05

7,19161E-06 4,03673E-06 -4,46382E-06 1,2351E-05 -8,55115E-07 3,97615E-05 8,41747E-06 3,10109E-05

8x8 = -6,15772E-08 -1,47056E-07 2,04616E-06 -8,55115E-07 1,81982E-06 -4,63438E-06 1,84958E-07 -3,66536E-06

2,47452E-05 1,24729E-05 -1,81351E-05 3,97615E-05 -4,63438E-06 0,000141103 2,92537E-05 0,000109773

5,68831E-06 2,72722E-06 -2,79416E-06 8,41747E-06 1,84958E-07 2,92537E-05 7,68419E-06 2,30184E-05

1,93242E-05 9,77705E-06 -1,41065E-05 3,10109E-05 -3,66536E-06 0,000109773 2,30184E-05 8,62509E-05

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92

MVC dos valores observados ajustados:

MVC dos resíduos:

5,57887E-07 -1,6222E-08 -1,56931E-08 1,74935E-08 6,40837E-08 0,000321946 0,00098898 -0,0001327 -0,00074014 -0,000438135

-1,6222E-08 1,51108E-06 -1,16416E-08 1,29772E-08 4,75391E-08 0,000238829 0,00073366 -9,841E-05 -0,00054906 -0,000325021

-1,56931E-08 -1,1642E-08 5,68492E-07 1,25541E-08 4,59892E-08 0,000231043 0,00070974 -9,52E-05 -0,00053116 -0,000314424

1,74935E-08 1,29772E-08 1,25541E-08 1,43001E-06 -5,1265E-08 -0,00025755 -0,0007912 0,00010612 0,000592092 0,000350496

10La10 = 6,40837E-08 4,75391E-08 4,59892E-08 -5,12653E-08 2,13122E-06 -0,00094347 -0,0028982 0,00038875 0,002169001 0,001283967

0,000321946 0,000238829 0,000231043 -0,000257549 -0,00094347 121,4357735 -106,09002 -6,477587 -1,97956001 -6,888611043

0,000988984 0,000733656 0,000709738 -0,000791161 -0,00289825 -106,090015 119,810766 -11,766206 6,339562216 -8,294107508

-0,000132656 -9,8408E-05 -9,51997E-05 0,000106121 0,000388753 -6,47758704 -11,766206 30,4799247 -6,98918294 -5,246949108

-0,000740139 -0,00054906 -0,000531156 0,000592092 0,002169001 -1,97956001 6,33956222 -6,9891829 21,41281961 -18,78363887

-0,000438135 -0,00032502 -0,000314424 0,000350496 0,001283967 -6,88861104 -8,2941075 -5,2469491 -18,7836389 39,21330653

2,18676E-08 1,6222E-08 1,56931E-08 -1,74935E-08 -6,4084E-08 -0,000321946 -0,000988984 0,000132656 0,000740139 0,000438135

1,6222E-08 1,20339E-08 1,16416E-08 -1,29772E-08 -4,7539E-08 -0,000238829 -0,000733656 9,8408E-05 0,000549056 0,000325021

1,56931E-08 1,16416E-08 1,12621E-08 -1,25541E-08 -4,5989E-08 -0,000231043 -0,000709738 9,51997E-05 0,000531156 0,000314424

-1,7494E-08 -1,2977E-08 -1,25541E-08 1,39944E-08 5,12653E-08 0,000257549 0,000791161 -0,000106121 -0,000592092 -0,000350496

10v10 = -6,4084E-08 -4,7539E-08 -4,59892E-08 5,12653E-08 1,87799E-07 0,000943473 0,002898248 -0,000388753 -0,002169001 -0,001283967

-0,00032195 -0,00023883 -0,000231043 0,000257549 0,000943473 48,17476849 106,0900154 6,477587042 1,979560012 6,888611043

-0,00098898 -0,00073366 -0,000709738 0,000791161 0,002898248 106,0900154 237,6067847 11,7662056 -6,339562216 8,294107508

0,000132656 9,8408E-05 9,51997E-05 -0,000106121 -0,00038875 6,477587042 11,7662056 2,44109863 6,989182941 5,246949108

0,000740139 0,000549056 0,000531156 -0,000592092 -0,002169 1,979560012 -6,339562216 6,989182941 28,8682129 18,78363887

0,000438135 0,000325021 0,000314424 -0,000350496 -0,00128397 6,888611043 8,294107508 5,246949108 18,78363887 12,8748598

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Precisões:

Quadro 22 – Precisão da média das observações

X1 10000 m FIXO dh1-2 29,259209 m ± 0,000747 m

Y1 10000 m FIXO dh2-3 39,716155 m ± 0,001229 m

X2 10012,453419 m ± 0,002359 m dh3-4 25,23115 m ± 0,000754 m

Y2 9973,523337 m ± 0,001346 m dh4-5 64,783833 m ± 0,001196 m

X3 9987,983913 m ± 0,002034 m dh5-1 51,556387 m ± 0,00146 m

Y3 9942,240492 m ± 0,003514 m α1-2 51°33' 58,606" ± 11,01979"

X4 10012,902475 m ± 0,001349 m α2-3 233°46' 37,730" ± 10,94581"

Y4 9938,281097 m ± 0,011879 m α3-4 62°11' 22,835" ± 5,520863"

X5 10050,740878 m ± 0,002772 m α4-5 123°52' 2,017" ± 4,627399"

Y5 9990,866269 m ± 0,009287 m α5-1 68°35' 58,812" ± 6,262053"

Precisão da

média

Observações AjustadasParâmetros Ajustados

Pontos Coordenadas Pontos ValoresPrecisão da

média

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5.2.3 Localização de erros nas observações pelo teste “Data Snooping” de Baarda

Matriz das redundâncias:

Enunciação da Hipótese Báscia Ho:

Ho: nenhum erro existe na observação li

Rejeita-se Ho se |wi| > k

k é um valor crítico conforme o nível de confiança especificado:

0,037718738 0,010650577 0,027068606 -0,012114612 -0,027633986 -1,8981E-06 -2,76703E-06 4,02952E-06 1,472E-05 8,41141E-06

0,027980821 0,007900898 0,020080253 -0,00898696 -0,020499668 -1,4081E-06 -2,05266E-06 2,98921E-06 1,09197E-05 6,23982E-06

0,027068606 0,007643317 0,019425608 -0,008693972 -0,019831349 -1,3622E-06 -1,98574E-06 2,89176E-06 1,05637E-05 6,03639E-06

-0,03017401 -0,008520186 -0,021654183 0,009691375 0,022106472 1,51847E-06 2,21355E-06 -3,22351E-06 -1,17757E-05 -6,72891E-06

10R10 = -0,11053594 -0,031211851 -0,079325398 0,03550225 0,080982263 5,56259E-06 8,10886E-06 -1,18086E-05 -4,31376E-05 -2,46499E-05

-555,314871 -156,8033347 -398,5180855 178,3576138 406,8419089 0,284031688 0,296823743 0,196761412 0,039369916 0,13224906

-1705,86711 -481,6828518 -1224,204372 547,8952616 1249,774256 0,625491872 0,66478768 0,357407043 -0,126082578 0,159232088

228,8141924 64,60988221 164,2070088 -73,49119484 -167,6367908 0,038190946 0,032920055 0,074150144 0,139002375 0,100732076

1276,643038 360,4835674 916,1745278 -410,0358518 -935,3106103 0,011671209 -0,017737132 0,212301509 0,574137233 0,360612404

755,7247452 213,392737 542,3409213 -242,7258288 -553,6687636 0,040614286 0,023205653 0,159379891 0,373573054 0,247174372

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95

Figura 16 – Estatística do teste

Ao nível de significância de 5% as observações não contem erros grosseiros.

Ao nível de significância de 1% as observações não contem erros grosseiros.

5.2.4 Parâmetros da Elipse dos Erros e Elipse de Confiança

Quadro 23 – Elipses dos Erros Padrão

Orientação () Quad. de I

1 Fixo Fixo Fixo Fixo Fixo Fixo Fixo

2 1,338830 53°14' 35,453" 26°37' 17,727" I 2,612287 0,744310 63°22' 42,273"

3 1,086718 47°22' 46,865" 23°41' 23,432" III 3,782800 1,475557 66°18' 36,568"

4 0,066546 3°48' 25,884" 1°54' 12,942" III 11,885180 1,290653 88°5' 47,058"

5 -0,585959 - 30°22' 6,739" 164°48' 56,630" II 9,617592 1,198752 105°11' 3,370"

Elipse dos Erros Padrão (39,4% de Probabilidade)

No Quadrante

adequado

Semi-Eixo

Maior (a)

(mm)

Semi-Eixo

Menor (b)

(mm)

Azimute

Semi-Eixo aPonto tan(2) 2 I

IVIII

II I

IVIII

II

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Quadro 24 – Elipse de Confiança Pontual

1 FIXO FIXO FIXO

2 6,392267 1,821326 63°22' 42,273"

3 9,256512 3,610689 66°18' 36,568"

4 29,083035 3,158228 88°5' 47,058"

5 23,534247 2,933347 105°11' 3,370"

Elipse de Confiança Pontual: 95% de Probabilidade

AzimutePonto

Semi-Eixo

Maior (a)

(mm)

Semi-Eixo

Menor (b)

(mm)

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5.3 ANÁLISE CONJUNTA DOS RESULTADOS

Através dos valores dos eixos maior e menor encontrados para a elipse de confiança

utilizando as observações com a precisão nominal da Estação Total e posteriormente

utilizando a precisão da média das observações, com intuito comparativo, a figura abaixo

apresenta a poligonal com as elipses de confiança.

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Figura 17 – Poligonal com as elipses de confiança

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É possível observar que quanto mais se afasta do ponto de controle, maior é a sua

elipse, e quando se aproxima do ponto de controle, as elipses são menores, as observações são

mais precisas.

As elipses de confiança foram menores, ou seja, mais precisas utilizando as

observações com a precisão nominal da Estação Total do que quando foi utilizada a precisão

da média das observações.

A partir de gráficos gerados com os resultados obtidos com a precisão nominal e com

a precisão das observações, é possível fazer comparativos entre os dois métodos.

O Gráfico 1 apresenta os ângulos ajustados pelo MMQ utilizando a precisão nominal e

posteriormente a precisão das observações.

Gráfico 1 - Gráfico de Ângulos Ajustados pelo MMQ

O Gráfico 2 das precisões angulares ajustadas pelo MMQ mostra que utilizando a

precisão nominal da Estação Total, a precisão nos cinco pontos sofrem menos variância e são

menores do que utilizando a precisão das médias das observações, que sofrem oscilações

maiores de um ponto para outro e os valores da precisão angular nos pontos são maiores.

0º,00'00,000''

50º,00'00,000''

100º,00'00,000''

150º,00'00,000''

200º,00'00,000''

250º,00'00,000''

5-1-2 1-2-3 2-3-4 3-4-5 4-5-1

Ân

gulo

s H

orá

rio

s -

Inte

rno

s

Ângulos Ajustados pelo MMQ

Com Observações obtidas com a Precisão Nominal da Estação Total

Com Observações obtidas com a Precisão das Médias das Observações

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Gráfico 2 – Gráfico das Precisões Angulares Ajustadas pelo MMQ

O Gráfico 3 apresenta as distancias horizontais ajustadas pelo MMQ, podendo

verificar que as distancias entre os pontos utilizando a precisão das médias das observações

são menores do que as distancias entre os mesmos pontos utilizando a precisão nominal da

Estação Total.

Gráfico 3 - Gráfico das Distâncias Horizontais Ajustadas pelo MMQ

O Gráfico 4 mostra as precisões das distancias horizontais ajustadas pelo MMQ,

utilizando a precisão das médias das observações, as precisões são maiores em cada ponto

comparando-se com a utilização da precisão da média das observações.

0,000 ''

2,000 ''

4,000 ''

6,000 ''

8,000 ''

10,000 ''

12,000 ''

5-1-2 1-2-3 2-3-4 3-4-5 4-5-1

Pre

cisõ

es

do

s Â

ng

ulo

s

Precisões Angulares Ajustadas pelo MMQ

Com Observações obtidas com a Precisão Nominal da Estação Total

Com Observações obtidas com a Precisão das Médias das Observações

0,0000 m

10,0000 m

20,0000 m

30,0000 m

40,0000 m

50,0000 m

60,0000 m

70,0000 m

1-2 2-3 3-4 4-5 5-1

Dis

tânc

ias

Hor

izon

tais

Distâncias Horizontais Ajustadas pelo MMQ

Com Observações obtidas com a Precisão Nominal da Estação Total

Com Observações obtidas com a Precisão das Médias das Observações

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Gráfico 4 - Gráfico das Precisões das Distâncias Horizontais Ajustadas pelo MMQ

O Gráfico 5 apresenta as coordenadas topográficas “X” ajustadas pelo MMQ, em

todos os pontos as coordenadas são menores utilizando a precisão nominal da estação total.

Gráfico 5 - Gráfico das Coordenadas Topográficas “X” Ajustadas pelo MMQ

O Gráfico 6 apresenta a precisão das coordenadas topográficas “X” ajustadas pelo

MMQ, pode-se verificar que as melhores precisões alcançadas foi atingida quando o ajuste foi

realizado utilizando a precisão nominal da Estação Total.

0,000 mm

0,500 mm

1,000 mm

1,500 mm

1-2 2-3 3-4 4-5 5-1

Pre

cisõ

es

das

Dh

Precisões das Distâncias Horizontais Ajustadas pelo MMQ

Com Observações obtidas com a Precisão Nominal da Estação Total

Com Observações obtidas com a Precisão das Médias das Observações

0,0000 m

10,0000 m

20,0000 m

30,0000 m

40,0000 m

50,0000 m

60,0000 m

70,0000 m

1-2 2-3 3-4 4-5 5-1

Dis

tânc

ias

Hor

izon

tais

Distâncias Horizontais Ajustadas pelo MMQ

Com Observações obtidas com a Precisão Nominal da Estação Total

Com Observações obtidas com a Precisão das Médias das Observações

9940,0000 m

9960,0000 m

9980,0000 m

10000,0000 m

10020,0000 m

10040,0000 m

10060,0000 m

1 2 3 4 5

Co

ord

en

ad

as

X

Coordenadas Topográficas 'X' Ajustadas pelo MMQ

Com Observações obtidas com a Precisão Nominal da Estação Total

Com Observações obtidas com a Precisão das Médias das Observações

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Gráfico 6 - Gráfico da Precisão das Coordenadas Topográficas “X” Ajustadas pelo MMQ

O gráfico 7 apresenta as coordenadas topográficas “Y” ajustadas pelo MMQ, na

maioria dos pontos as coordenadas obtidas utilizando a precisão nominal da estação total são

menores do que utilizando a precisão das médias das observações.

Gráfico 7 – Gráfico das Coordenadas Topográficas “Y” Ajustadas pelo MMQ

No Gráfico 8, podemos observar que a precisão das coordenadas topográficas “Y”

ajustadas pelo MMQ, assim como para as coordenadas “X”, Gráfico 6, as melhores precisões

novamente são obtidas através dos ajuste utilizando a precisão nominal da Estação Total.

0,000 mm

0,500 mm

1,000 mm

1,500 mm

2,000 mm

2,500 mm

3,000 mm

1 2 3 4 5

Pre

cisã

o d

e X

Precisão das Coordenadas Topográficas 'X' Ajustadas pelo MMQ

Com Observações obtidas com a Precisão Nominal da Estação Total

Com Observações obtidas com a Precisão das Médias das Observações

9900,0000 m

9920,0000 m

9940,0000 m

9960,0000 m

9980,0000 m

10000,0000 m

1 2 3 4 5

Co

ord

en

ad

as

Y

Coordenadas Topográficas 'Y' Ajustadas pelo MMQ

Com Observações obtidas com a Precisão Nominal da EstaçãoTotal

Com Observações obtidas com a Precisão das Médias das Observações

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Gráfico 8 - Gráfico da Precisão das Coordenadas Topográficas “Y” Ajustadas pelo MMQ

A partir desses gráficos comparativos apresentados anteriormente, podemos verificar

que as melhores precisões alcançadas foram obtidas quando o ajuste foi realizado utilizando

as precisões nominais da Estação Total. Fato que leva a sugerir para o ajuste de poligonal

fechada a utilização destas precisões e consequentemente as variâncias que iram compor da

MVC das Observações.

0,000 mm

2,000 mm

4,000 mm

6,000 mm

8,000 mm

10,000 mm

12,000 mm

1 2 3 4 5

Pre

cisã

o d

e Y

Precisão das Coordenadas Topográficas 'Y' Ajustadas pelo MMQ

Com Observações obtidas com a Precisão Nominal da Estação Total

Com Observações obtidas com a Precisão das Médias das Observações

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6 CONCLUSÃO

O ajustamento da poligonal fechada em “loop” foi feita pelo método dos mínimos

quadrados utilizando ora as observações com a precisão nominal da Estação Nominal e ora

com a precisão da média das observações, através dos dados coletados em campo e

posteriormente processados, foi possível analisá-los. Com a coleta de dados, com o

ajustamento das observações da poligonal e por fim com a verificação da qualidade do

levantamento topográfico através das elipses de confiança, todos os objetivos do trabalho

foram alcançados.

A hipótese de que as precisões médias das observações obtidas por repetições quando

vinculadas ao processo de ajustamento pelo MMQ proporciona parâmetros ajustados com

maior precisão não foi verdadeira, pois através das analises dos dados processados,

concluímos que utilizando as observações com a precisão nominal das observações obteve-se

precisões maiores que utilizando a precisão da média das observações. A hipótese de que se o

erro de fechamento testado no pré-ajustamento passar no teste do qui-quadrado da forma

quadrática do erro de fechamento, não serão necessários, caso precise, mais do que três

iterações para obter um bom ajuste foi confirmada, pois não foi necessário aplicar mais do

que três iterações para que um ajuste bom e aceitável fosse obtido. Foi confirmada também a

hipótese de que nos pontos mais afastados do ponto de controle, os semi-eixos das elipses de

confiança apresentam maiores dimensões.

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