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10/04/2012
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Taenia saginata
Taenia solium
Rita Leal Sperotto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
INSTITUTO DE BIOLOGIA
DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PARASITOLOGIA
Teniose - Cisticercose
Entidades mórbidas distintas, causadas pela mesma espécie – Taenia solium.
Considerado um problema de saúde pública em alguns países
relacionados a fatores culturais e sócio-econômicos.
A América Latina é apontada por alta prevalência.
No Brasil, a cisticercose é bastante documentada nos estados das regiões sul, sudeste e centro-oeste, Ribeirão Preto = 71,8: 100.000 hab.
O MS recomenda a implementação da notificação obrigatória.
Prevalência mundial da cisticercose
Fonte: Del Brutto, 2011
Taxonomia
Filo Platyhelminthes
Classe Cestoda
Ordem Cyclophyllidea
Família Taeniidae
Gênero Taenia
Espécies Taenia saginata
Taenia solium
Teniose - Cisticercose
Taenia saginata
Taenia solium
• Parasitos adultos
Homem Teniose
• Formas larvárias
Cysticercus bovis
Cysticercus cellulosae
Bovinos
Suínos
Homem
Cisticercose
Cysticercus bovis
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Cysticercus cellulosae
Morfologia
Adultos escólex, colo e estróbilo
Taenia saginata
1 – 2 mm
Taenia solium
0,6 – 1 mm
Morfologia
Adultos escólex, colo, estróbilo
Morfologia
Adultos escólex, colo, estróbilo
Morfologia
Adultos escólex, colo, estróbilo
Morfologia
T. saginata – + 1000 proglotes
4 a 12 m (25 m)
T. solium – 800 a 1000 proglotes
1,5 a 4 m (8 m)
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Morfologia
Ovos
Embrióforo
Oncosfera
Embrião
hexacanto
Morfologia Larvas – cisticercos (ladrária, canjica, pedra, pipoca)
(0,5 a 2,0 cm diâmetro)
Biologia
PPP = ±3 meses
PP= 10 anos
Longevidade de ovos -
±1 ano
Biologia
PPP = ±3 meses
PP= 2 anos
Longevidade de ovos= ±1 ano
Transmissão
Teniose → ingestão de carne crua ou mal cozida
contendo:
Cysticercus cellulosae
Cysticercus bovis
Transmissão
Cisticercose ingestão acidental de ovos
viáveis de Taenia solium
Heteroinfecção
Auto-infecção externa
Auto-infecção interna
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Patogenia
Teniose
Presença de mais de um espécime em cada
hospedeiro – “solitária”?
• Frequentemente assintomática
• Fenômenos alérgicos
• Focos hemorrágicos
• Tonturas, emagrecimento,
aumento do apetite,
constipação...apendicite.
Patogenia
Cisticercose
Através da fixação dos cisticercos nos tecidos:
ação mecânica
ação inflamatória
Neurocisticercose (70 – 90%)
Cisticercose ocular
Cisticercose cardíaca
Cisticercose subcutânea ou muscular
Patogenia
Neurocisticercose: sintomas dependentes do nº,
tamanho e localização dos cisticercos
Patogenia
Cisticercose ocular
Patogenia
Cisticercose subcutânea/muscular
Diagnóstico
Teniose
Clínico sintomas / encontro de proglotes
Laboratorial
Tamização
E.P.F.
Imunológico: ELISA
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Diagnóstico
Cisticercose
Clínico sintomas Visualisação de nódulos
Laboratorial
• Análise do LCR: bioquímica, citologia,
testes imunológicos
Exames por imagens
• Tomografia computadorizada,
ressonância magnética
Epidemiologia
Consumo de carnes mal cozidas/assadas
Consumo de carnes não inspecionadas
Precárias condições de higiene
Uso de fezes humanas em adubação
Ingestão de hortaliças mal lavadas
Epidemiologia
Profilaxia
Inspeção nos abatedouros com rejeição de carcaças parasitadas
(RIISPOA);
Esclarecimento da população sobre os riscos do consumo de carne
crua ou mal cozida;
Uso de privadas com fossas;
Tratamento da carne por cocção ou congelamento (-15ºC / 16 dias) para
destruição dos cisticercos;
Impedir o acesso de bovinos e suínos às fezes humanas;
Saneamento básico.