1tal3542013parte3
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TAL 354- TECNOLOGIA DE ALIMENTOS:
Conservação de produtos de origem Vegetal
Parte 3: Processamento de geleias
Marcos Roberto Moacir Ribeiro Pinto
Orientador: prof. Dr. Afonso Mota Ramos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
22/03/2013 14:52 Marcos R. M. R. Pinto 1
22/03/2013 14:52 Marcos R. M. R. Pinto 2
O preparo de geleias e doces, em geral, é uma das formas
de conservação de frutas, pois são trabalhados, além do
uso do calor, também o aumento da concentração de
açúcar, com alteração da pressão osmótica e, com isso,
aumentando o tempo de vida útil do produto (KROLOW,
2005; MARTINS, 2006).
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Aspectos da legislação brasileira
Resolução Normativa nº 12 de 1978 e Resolução Normativa nº 15 de 1978 – para Geleias (Revogadas )
Resolução Normativa nº 12 de 1978 tratou-se do
padrão de identidade e qualidade especificamente
para geleias de frutas na qual incluíam “definição;
designação; classificação; características gerais;
características organoléticas; características físicas
e químicas; características microbiológicas;
características microscópicas e rotulagem.”
A Resolução Normativa nº 15 de 1978 (BRASIL,
1978b), continha a tabela de aditivos para geleias de
frutas.
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Aspectos da legislação brasileira
Resolução de Diretoria Colegiada nº 272 de 2005
De acordo com a Resolução de Diretoria Colegiada nº
272 de 2005 (BRASIL, 2005) doces em massa e geleias
foram enquadrados como Produtos de Frutas
Resolução - RDC no 65, de 4 de outubro de 2007
Essa resolução dispõe sobre o uso de aditivos
alimentares para geleias e outras providências. Sendo
assim, reautorizou o uso da pectina em quantum satis
(apenas na quantidade suficiente para se obter o efeito
tecnológico desejado) entre outros aditivos (BRASIL,
2007).
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Aspectos da legislação brasileira
Resolução - RDC Nº 28, DE 26 de maio de 2009
Esta resolução aprovou a lista de aditivos alimentares
com suas respectivas funções e limites máximos para
geleias . em substituição ao Anexo da Resolução RDC
Nº 65 de 4 de outubro de 2007
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : FRUTAS Frutas devem ser sadias e limpas, ou seja, livres de
podridões, larvas de insetos, manchas, terra, detritos de animais ou vegetais
Colhidas no estado ótimo de maturação, quando apresentam seu melhor sabor, cor, aroma.
As frutas muito verdes, além de apresentarem deficiência em açúcar, cor e aroma, podem desenvolver cor castanha no produto final
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : FRUTAS Conforme a fruta amadurece, a pectina decompõe-se em ácido
péctico, assim, frutas levemente verdes têm maior rendimento de pectina que as supermaduras (JACKIX, 1988).
Caso as frutas estejam muito maduras, é aconselhável fazer
uma mistura com frutas menos maduras (maior teor de pectina) para melhor formação do gel
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : FRUTAS As frutas mais indicadas para a produção de geleias e doces em
massa são as ricas em pectina e ácido orgânicos com destaque ao ácido cítrico, ácido málico e ácido tartárico responsáveis pela acidez nas frutas. as frutas deficientes em um desses componentes a correção
pode ser realizada pela complementação com aditivos de acordo com a RDC Nº 65, de 4 de outubro de 2007.
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : FRUTAS
Rica em pectina e rica em
acidez
Ameixa-do-japão amarela, ameixa-do-japão vermelha, laranja-baía,
laranja pera, limão-cidra, limão siciliano, manga espadão, manga santa
alexandrina, groselha.
Rica em pectina e média
em acidez
Goiaba vermelha “de vez” e madura, maçã ohio beauty, maçã são joão “de
vez” e madura, marmelo, manga-maçã, pera kiefer.
Rica em pectina e pobre
em acidez
Abóbora, figo verde e “de vez”.
Média em pectina e rica
em acidez
Jabuticaba sabará (com casca), manga-espada, pitanga, uva-isabel, uva
niágara, nêspera.
Média em pectina e
média em acidez
nenhuma
Média em pectina e
pobre em acidez
Banana nanica, maçã ácida (argentina)
Pobre em pectina e rica
em acidez
Abacaxi, jabuticaba ponhema, uva empire state, uvaia.
Pobre em pectina e
media em acidez
Carambola ácida, caju, jabuticaba comum, morango.
Pobre em pectina e pobre
em acidez
Caqui, figo maduro, mamão, pera d’água madura, pêssego maduro (rei da
conserva).
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : FRUTAS
Geralmente, no Brasil, emprega-se a fruta in natura e
com menor frequência a fruta conservada em pedaços
na água ou calda rala, polpa e suco para a confecção de
geleias
O preparo da fruta fresca destinada ao processamento
de geleia e doce em massa deve seguir o
processamento de uma linha de conservas como:
lavagem, secagem, descascamento e despolpamento
(será abordado em “processamento”). Algumas frutas
podem sofrer um cozimento prévio para melhorar a
textura
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : ÁGUA A adição de água só é realizada quando os frutos necessitam de
um cozimento prévio ou para facilitar a dissolução do açúcar, sendo recomendado no máximo 20% (TORREZAN, 2003).
Adição excessiva de água pode causar: escurecimento; perda de sabor e aroma; diluição excessiva da pectina exigirá longas horas de cocção, o que irá reduzir a sua força
Se a quantidade de água for muito pequena, o extrato torna-se viscoso e turvo, de difícil clarificação.
Frutas firmes, como maçã e laranja, requerem adição de água, já frutas ricas em suco não requerem adição de água
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : AÇÚCAR Juntamente com a pectina e o ácido, determinam a formação
do gel
Age como conservante
Melhora a aparência, o sabor e o rendimento
Irá assegurar o teor de sólidos solúveis necessário para a formação do gel (65 % a 68,5 % no final da cocção)
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : AÇÚCAR
Método prático empregado em algumas indústrias para
verificar a quantidade de açúcar a ser adicionado ao
suco: cozinhar um pequeno volume do mesmo com
quantidades crescentes de açúcar, resfriar e observar
qual a proporção que forneceu o melhor gel
A quantidade de açúcar a ser adicionada depende do teor
de pectina presente na fruta.
Para sucos ou polpas ricas em pectina, a proporção de
polpa: açúcar pode ser 1:0,8 a 1:1,2. Para os sucos com
teor médio de pectina, a proporção é de 1:0,5 a 1:0,7
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : AÇÚCAR sacarose de cana de açúcar (mais usado no Brasil). Na cocção, a
sacarose sofre em meio ácido, um processo de hidrólise sendo parcialmente desdobrada em glicose e frutose, uma mistura de partes iguais chamada de açúcar invertido vantagem da presença do açúcar invertido na geleia é que
este pode diminuir ou impedir a sua cristalização que pode ocorrer durante o armazenamento (A mistura de sacarose, frutose e glicose possui melhor solubilidade que a sacarose pura (68,7 % a 20 °C))
permiti a presença de maior concentração de açúcar na geleia sem que ocorra cristalização
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : AÇÚCAR 35 % a 40 % do açúcar presente na geleia esteja sob a
forma invertida
Uma inversão excessiva da sacarose pode aumentar demais a concentração da glicose causando a sua granulação ou a formação de cristais.
o grau de inversão da sacarose deve ser controlado durante a fabricação da geleia, e depende de fatores, tais como concentração dos íons hidrogênio na mistura, ou seja, do pH; temperatura de cocção; tempo de cocção
é aconselhável substituir parte da sacarose por açúcar invertido ou xarope de glicose (deseja-se uma cocção curta para preservar a pectina, o aroma e o sabor )
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : AÇÚCAR aparência mais brilhante, retarda a cristalização, impede a
exsudação ou sinérese e ainda propicia a fabricação de produto menos doce, pelo fato da doçura da glicose ser menor que a da sacarose
Nas geleias em que parte da sacarose é substituída por xarope de glicose, observa-se um aumento na temperatura de geleificação. Assim, para manter a consistência da geleia, deve-se aumentar a quantidade de pectina
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : REGULADOR DE PH
A acidez nas frutas é variável e depende do tipo e da
quantidade de ácido presente e da presença de tampões
Quanto menor o pH, maior quantidade de íons hidrogênio
presentes
Como a formação de geleia está relacionada com a
concentração de íons hidrogênio, ou seja, o pH do suco
ou polpa de fruta, e não com a sua acidez titulável
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : REGULADOR DE PH
Relação pH e sólidos solúveis na formação do gel.
% de sólidos solúveis na
geleia
pH
68 a 72 3,0 a 3,3
64 a 68 2,9 a 3,1
60 a 64 2,8 a 3,0
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : REGULADOR DE PH
A rigidez da geleia também depende do pH, sendo mais dura
quando o pH é mais baixo. Porém, em pH inferior a 3,1 ocorre sinérese ou exudação
Os ácidos geralmente empregados na produção de geleias são
os ácidos orgânicos, constituintes naturais das frutas, tais como o cítrico, tartárico e málico, entre outros
A quantidade de ácido a ser adicionado deve ser suficiente para
ajustar o pH da mistura para 3,2, portanto, depende do pH inicial do suco ou polpa
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : REGULADOR DE PH
Em geral, as frutas ácidas necessitam de pouca ou nenhuma
adição de ácido, ao contrário daquelas de reduzida acidez, que requerem uma quantidade maior de acidulante
O ácido cítrico é o mais utilizado para a correção da acidez nas
geleias O ácido fosfórico possui um poder de abaixamento de pH 4
vezes superior ao do cítrico, sem conferir um sabor fortemente ácido, podendo ser empregado quando se deseja uma geleia de sabor mais suave quanto à acidez
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : REGULADOR DE PH
O ácido tartárico não deve ser adicionado em geleias de uva e
de maçã, pois estas frutas já contêm um teor relativamente alto desta substância, podendo a adição de uma pequena quantidade extra provocar a cristalização do mesmo sob a forma de tartarato de potássio
Para evitar a hidrólise da pectina, a adição do ácido deve
ocorrer ao final da fabricação da geleia, imediatamente antes do envase, principalmente no processamento a pressão atmosférica. Na concentração a pressão reduzida a adição do ácido pode ser realizada em qualquer etapa do processamento
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS
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Protopectina
(insolúvel - frutos
verdes)
Ácido pectínico
(pectina solúvel em
água - durante o
amadurecimento)
Ácido péctico (não
esterificados; não têm
a capacidade de
formar gel -
supermaturação dos
frutos).
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS
O grau da pectina representa o seu poder de geleificação
Graus “sag” que significa o número de gramas de
sacarose capaz de geleificar um grama de pectina
A quantidade a ser utilizada condiz com o percentual
necessário para se obter o efeito desejado
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS
- O grau de metoxilação relaciona-se com a quantidade de ácidos galacturônicos esterificados com grupo metanol (-O-CH3), sendo as pectinas classificadas como de baixa e de alta metoxilação. - O grau de metoxilação tem influencia direta também nas propriedades funcionais de solubilidade, capacidade de geleificação, temperatura e condições de geleificação das pectinas - determinados grupos hidroxílicos da cadeia de ácido galacturônico podem estar acetilados e amidados
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS
A proporção de 7 % de metoxilação, que se considera como sendo equivalente a 50 % de esterificação, é considerada como índice de separação entre os dois tipos de pectina: em pectina de alto teor de metoxilação (ATM) e pectina de baixo teor de metoxilação (BTM). Pectina de alto teor de metoxilação (ATM): Apresentam 50 %
ou mais de ácidos galacturônicos esterificados com
grupamentos –O-CH3
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS
*1 Pectina de geleificação lenta: grau de esterificação 60 %
a 65 %; temperatura de formação de gel de 45 °C a 60 °C.
*2 Pectina de geleificação semi rápida: grau de esterificação
66 % a 70 %; temperatura de formação do gel de 55 °C a
75 °C.
*3 Pectina de geleificação rápida: grau de esterificação
70 % a 76 %; são muito utilizadas na fabricação de geleias
contendo partículas de fruta suspensa
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS
Mecanismo de formação de gel para pectina de alta metoxilação A formação do gel durante a fabricação das geleias é um fenômeno coloidal e dependente da concentração e tipo de pectina da fruta, da concentração do ion-hidrogênio, medido pelo pH, e da quantidade de açúcar
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS
Mecanismo de formação de gel para pectina de alta metoxilação
Fonte: BOBBIO (1984) A = micela de pectina dispersa em agua B = camada de agua de hidratação C = campo elétrico com cargas negativas D = distancia entre micelas 1- (d1) = distancia A-A é muito grande e há repulsão eletrostática; 2- (d2) = distancia A-A é grande pela presença de agua de hidratação. Não ha mais repulsão eletrostática; 3- (d3) = distancia A-A é suficientemente pequena para permitir ligações de hidrogênio entre as moléculas da micela.
Figura – Formação de gel
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS
Pectina de baixo teor de metoxilação (BTM) Esta pectina apresenta 50 % ou menos de ácidos galacturônicos esterificados com grupos -O-CH3
BTM convencional
Pectina amidada
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS
- As pectinas BTM são empregadas para a elaboração de geleias de baixas calorias (com reduzido teor de açúcar) - Geleificam na presença de íons, sendo o cálcio, o mais comum - A pectina amidada apresenta algumas vantagens em relação a pectina convencional (BTM), como a formação de géis mais firmes, necessidade de menor teor de cálcio para gelificar, e maior flexibilidade à oscilações do teor de cálcio.
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS
Mecanismo de formação de gel para pectina de baixa metoxilação - A geleificação é ocasionada pela formação de ligações entre íons carboxílicos e íons cálcio - Formação do gel da pectina BTM, é influenciada pelo número de grupamentos carboxílicos e pela concentração de íons cálcio
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Fatores que influenciam no processamento da geleia : SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS
Figura - Gel em pectina de baixa metoxilação – modelo “caixa de ovo”. Íons Ca2+
formando pontes iônicas entre os grupos –COO- criando uma associação entre cadeias poliméricas distintas.
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Definição e características
Produto obtido pela cocção, de frutas, inteiras ou em
pedaços, polpa ou suco de frutas, com açúcar e água e
concentrado até consistência gelatinosa RN 12 – 1978.
Segunda a Resolução Normativa nº 12 de 1978 , as
geleias de frutas são classificadas em:
comum - quando preparadas numa proporção de 40
partes de frutas frescas, ou seu equivalente, para 60
partes de açúcar.
extra - quando preparadas numa proporção de 50
partes de frutas frescas, ou seu equivalente, para 50
partes de açúcar.
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Definição e características
As geleias devem apresentar-se sob o aspecto de bases
gelatinosa, de consistência tal, que quando extraídas de
seus recipientes, sejam capazes de se manterem no
estado semi-sólido
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Processamento de geleias
Os elementos básicos na fabricação de geleia são: açúcar, pectina, ácido e água
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Processamento de geleias
Recepção da matéria-prima
Seleção/Lavagem/Sanitização
Descascamento e despolpamento
Descascamento manual ou mecânico
No processamento artesanal, as frutas são utilizadas
com casca, pois a pectina encontra-se na casca e em
regiões próximas, além das sementes. Quando se
processa frutos cítricos, faz-se remoção das sementes
e um pequeno “curtimento” para remoção do amargor
Despolpamento gera mais sólidos suspensos
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Processamento de geleias Ou Corte
As frutas descascadas ou não são picadas em pedaços
finos, de modo que a pectina possa ser extraída. Se a
polpa contém pedaços grandes, o rendimento em
pectina e sólidos solúveis será baixo, porém será pobre
em sólidos suspensos
22/03/2013 14:52 Marcos R. M. R. Pinto 41
Processamento de geleias
Cocção para extração do suco (obtenção de menos
sólidos em suspensão) adição de água para extração do suco durante a cocção
(uma quantidade mínima deve ser adicionada )
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Processamento de geleias
Prensagem
22/03/2013 14:52 Marcos R. M. R. Pinto 43
Processamento de geleias
Adição dos ingredientes
Exemplo: Geleia de goiaba
Cocção: contínua até ponto de geleia
Recomenda-se que
seja no final da
fabricação da geleia,
imediatamente antes
do envase (evitar a
hidrólise da pectina),
mas nem sempre é
realizada
(principalmente pelo
método caseiro)
A quantidade de
ácido a ser
adicionado deve ser
suficiente para
ajustar o pH da
mistura para 3,2,
portanto, depende do
pH inicial do suco ou
polpa.
22/03/2013 14:52 Marcos R. M. R. Pinto 44
Exemplo: Geleia de jabuticaba
Cocção para extração do suco (obtenção de
menos sólidos em suspensão)
22/03/2013 14:52 Marcos R. M. R. Pinto 45
Cocção
Exemplo: Geleia de jabuticaba
22/03/2013 14:52 Marcos R. M. R. Pinto 46
Determinação do ponto de geleia
Teste da colher: Método
caseiro e requer a adição de ácido antes do ponto final
Determinação pelo índice de refração que indica o teor de sólidos solúveis em ° Brix . Equipamento: refratômetro.
22/03/2013 14:52 Marcos R. M. R. Pinto 47
Envase a quente e resfriamento
Devem ser resfriadas a 85 °C, antes do envase para permitir:
- geleificação satisfatória
- distribuição homogênea das frutas se forem usadas
- minimização das variações de peso no enchimento devido
a variação de densidade
- minimização do choque térmico e consequente redução
do risco de quebra dos recipientes de vidro,
- minimização das alterações de cor e sabor, inversão e
hidrólise da pectina.
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Envase a quente e resfriamento
O super-esfriamento deve ser evitado, pois acarreta riscos
de pré geleificação.
Os vidros e os recipientes grandes podem ser resfriados
passando-os através de um túnel com ar frio, ou então
dispondo-os em local com correntes de ar frio, até que a
geleificação se complete.
As geleias enlatadas podem ser resfriadas através de
banhos de água de temperatura decrescentes, sendo a
temperatura final igual ou um pouco superior à ambiente,
a fim de facilitar a secagem das embalagens
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