amebiaseimprimir
TRANSCRIPT
AMEBÍASE HUMANA
Entamoeba histolytica
Entamoeba dispar
CLASSIFICAÇÃO
REINO: PROTISTA
SUB-REINO: PROTOZOA
FAMÍLIA: ENTAMOEBIDAE
GÊNEROS: Entamoeba
Iodomoeba
Endolimax
HISTÓRICO DA AMEBIASE
Agente etiológico: Entamoeba histolytica
Reservatório: Homem
Modo de transmissão: Fecal - oral
Período de incubação: média de 2 a 4 semanas
A Entamoeba histolylica é a única ameba do trato intestinal humano à qual é atribuída uma ação patogênica.
A evolução da patogenia se dá através da invasão dos tecidos pelos trofozoítos invasivos e virulentos.
Infecção extra-intestinal: no fígado causa uma “necrose coliquativa”, pulmão, cérebro, pele, regiões anal e vaginal (períneo).
QUADRO CLÍNICO (OMS, 1969)QUADRO CLÍNICO (OMS, 1969)
Formas assintomáticasFormas sintomáticas
IntestinalIntestinalColite não disentéricaColite disentéricaApendicite amebianaEstenosesPerfuração aguda com peritonite
Extra-intestinalExtra-intestinalHepáticaCutâneaPulmonarCerebral
FORMA BRANDA
Desconforto abdominal leve ou moderado, com sangue ou muco nas dejeções.
FORMA SEVERA
Diarréia aguda e fulminante, sanguinolenta ou mucóide
Febre e calafrios.
Abcesso no fígado (com maior freqüência), nos pulmões ou no cérebro.
Quando não diagnosticadas a tempo, podem levar o paciente ao óbito.
QUADRO CLÍNICO DA AMEBÍASE
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Confundido disenteria bacilar, salmoneloses, síndrome do cólon
irritável e esquistossomose. Devido a estas dificuldades só deverá ser considerado
definitivo pelo encontro de parasitos nas fezes.
No abcesso hepático o diagnóstico é feito usando-se raios x, ultrasonografia
e tomografia computadorizada.
DIAGNÓSTICOParasitológico (laboratorial)
Fezes formadas (pesquisa de cistos)
Exame direto a fresco ou corado pelo lugol
Exame de Faust e col., HPJ, etc.
Fezes liquefeitas:
Exame a fresco ou corado com lugol ou Hematoxilina férrica.
Pesquisa da Entamoeba histolytica nos tecidos:
Biópsia retal, hepática; Colonoscopia com biópsia; Cultura, inoculação; RX de tórax, cólon; USG, tomografia, etc.
Sorologia:
IF, HI, Elisa, etc.
A expulsão dos parasitos nas fezes é irregular.
A eficiência dos exames é alterada com o uso de purgativos, antibióticos e outras drogas, especialmente amebicidas. Recomenda-se aguardar uns 10 dias para repetir o exame.
O modo mais confiável de diagnóstico consiste no exame imediato de material colhido durante o retossigmoidoscopia (esfregaço de mucosa, aspiração de úlceras).
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
TÉCNICAS DE COLETA DAS FEZES
Paciente com evacuações líquidas ou diarréicas:
As fezes podem ser colhidas em conservadores como Schaudinn, SAF, álcool polivinílico. Em seguida deve corar as formas trofozoíticas com hematoxilina férrica.
Paciente na fase crônica:
As fezes sólidas ou semi-sólidas devem ser colocadas em formol a 10%, MIF( mertiolato, iodo, e formaldeído), SAF. Se necessário faz-se a coloração pela hematoxilina férrica.
LIMITAÇÕES Inexperiência técnica Eliminação intermitente de cistos de E. histolytica
Não diferenciação morfológica com Outras amebas Leucócitos e artefatos
Não detectam parasitas rompidos Não diferenciam E. histolytica de E. dispar Baixa sensibilidade
DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO
Distribuição mundial da Amebíase
WHO, 1984: Enfermidade da pobreza e da ignorância
WHO, 1998: Determina cerca de 70.000 casos fatais/ano.
480 milhões de infectados da população mundial por ano sendo 10% infectada por E. histolytica forma invasiva
Ocorrência 50 milhões de casos invasivos/ano.
Regiões: Sul (2,5%), Sudeste (11%) e Norte (19%).
Alta prevalência em países em desenvolvimento.
México: 4o lugar dentre causa de morte
90% dos infectados eliminam cistos durante 12 meses.
Transmissão por cistos através da via fecal-oral.
Os cistos, no homem se transformam em trofozoítos.
Os cistos podem contaminar a água e alimentos.
Ocorrência associada com condições inadequadas de saneamento básico.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS
Medidas de saneamento básico.
Controle dos indivíduos que manipulam alimentos.
Lavar as mãos após uso do sanitário.
Lavagem cuidadosa dos vegetais com água potável e imersão em solução de iodo ou permanganato de potássio (15 minutos).
Evitar práticas sexuais que favoreçam o contato fecal-oral.
Investigação da fonte de infecção através de exame coproscópico .
Fiscalização dos prestadores de serviços na área de alimentos, pela vigilância sanitária.
Em pacientes internados precauções do tipo entérico com desinfecção e eliminação sanitária das fezes.
Combate a insetos (transmissão mecânica de cistos).
MEDIDAS DE CONTROLE DA AMEBÍASEMEDIDAS DE CONTROLE DA AMEBÍASE