aulas_de_pcp_i__bimestre_i_eng._produção.pdf

50
1 FACULDADE CAMPO REAL ENGENHARIA DE PRODUÇÃO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP) I PRIMEIRO BIMESTRE Prof. Maico Jeferson de Oliveira [email protected] GUARAPUAVA, 2014

Upload: jackson-pires

Post on 17-Dec-2015

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 1

    FACULDADE CAMPO REAL

    ENGENHARIA DE PRODUO

    PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUO (PCP) I

    PRIMEIRO BIMESTRE

    Prof. Maico Jeferson de Oliveira

    [email protected]

    GUARAPUAVA, 2014

  • 2

    ENTENDENDO O PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUO (PCP)

    OBJETIVOS: Compreender as atividades de PCP e os conceitos bsicos sobre PCP.

    PCP Planejamento e Controle da Produo.

    Conceito de planejamento Planejar projetar o futuro, que diferente do

    passado, por causas sobre as quais se tem controle.

    Horizonte de planejamento o tamanho do tempo futuro sobre o qual se

    tenha interesse em desenvolver uma viso.

    O conceito de planejamento hierrquico As decises tm diferentes inrcias

    (demora at que aquilo que foi decidido efetivamente ocorra), necessrio que

    se tenha sub-horizontes dentro do horizonte de planejamento, onde as decises

    de maior inrcia restringem as de menor inrcia.

    As decises de maior inrcia envolvem maior emprego de recursos e so mais

    difceis de serem resolvidas.

    Estrutura do planejamento hierrquico:

    o Longo prazo Famlias de produtos (agregado);

    o Mdio prazo Produtos individuais;

    o Curto prazo Componentes.

    O conceito de PCP - O planejamento da produo, em linhas gerais, a

    inteno de produzir ou comprar que monitorado ao longo do tempo

    pelas atividades de controle. Ambos existem para responder a demanda

    do mercado, obtendo recursos e fabricando contra pedido ou produzindo

    para estoque, no decorrer do tempo, com predomnio das aes de

    planejamento no longo e mdio prazo e aes de controle no curto

    prazo.

    Trs nveis principais de atividades de PCP:

    I. Estratgico - Planejamento de Vendas e Operaes (SOP- Sales Operational

    Planning) ou Plano de Produo, ou ainda conhecido como Planejamento

    Estratgico de Produo;

    II. Ttico - Planejamento Mestre da Produo (MPS- Master Production Schedule)

    ou Programa Mestre da Produo;

    III. Operacional - Programao e Controle da Produo.

  • 3

    No desenvolvimento de sistemas de PCP, abordam-se duas questes principais:

    o A primeira de carter sistmico envolve a determinao das estruturas

    de informao e processamento adequadas aos diferentes tipos de

    empreendimentos, compreende o modelo de sistema de administrao da

    produo;

    o A segunda, que tem sua origem na pesquisa operacional, prope, para

    cada elemento dessa estrutura, modelos e frmulas que sistematizam,

    tanto quando possvel, os procedimentos decisrios.

    O PCP da empresa ser realizado por meio de um sistema de administrao

    da produo.

    Um sistema de administrao da produo serve de apoio s decises sobre:

    o O que produzir e comprar;

    o Quanto produzir e comprar;

    o Quando produzir e comprar;

    o Com que recursos produzir.

    Existem trs principais tcnicas de PCP:

    o Ossistemas MRP II/ERP (Manufacturing Resource Planning /

    Enterprise Resource Planning);

    o Just in time;

    o Sistemas de programao com capacidade finita (baseados em

    simulao computacional).

    O que se espera de um PCP da organizao:

    o Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva;

    o Planejar os materiais comprados;

    o Planejar os nveis de estoques;

    o Fornecer informaes sobre o curso da produo;

    o Prometer os menores prazos e cumpri-los;

    o Ser capaz de reagir eficazmente s variaes.

  • 4

    A estrutura de um sistema de PCP:

    Planejamento de vendas

    e operaes

    Programao mestre da

    produo

    Planejamento detalhado

    de materiais

    Plano detalhado de

    materiais e capacidade

    Sistemas de cho-de-

    fbrica

    Gerenciamento da

    demanda

    Planejamento de

    recursos

    Planejamento detalhado

    de capacidade

    Sistemas dos

    fornecedores

  • 5

    O PCP nas organizaes

    Termos e definies em PCP

    Set-up- tempo compreendido entre a paralisao de produo de uma

    mquina, a troca do seu ferramental e a volta de sua produo.

    Assemble toorder - S fabricado por encomenda.

    Maketoorder - fabricao conforme pedido.

    Maketo stock- fabricao contra previso de demanda.

    Back Order - Pedido em atraso.

    Backlog- Pedido pendente.

    ERP - Enterprise Resource Planning ou Planejamento dos Recursos do

    Negcio.

    FEFO - First-Expire,First-Out ou Primeiro que Vence o Primeiro que Sai.

    Serve para gerenciar a arrumao e expedio das mercadorias do estoque

    de acordo com o prazo de validade.

    FIFO - First-In, First-Out ou Primeiro que Entra o Primeiro que Sai

    (PEPS).

    Just-in-Time ou JIT - atender ao cliente interno ou externo no momento

    exato de sua necessidade, com as quantidades necessrias para a

  • 6

    operao/produo, evitando-se assim a manuteno de maiores

    estoques.

    Kanban - tcnica japonesa com cartes, que proporciona uma reduo de

    estoque, otimizao do fluxo de produo, reduo das perdas e aumento

    da flexibilidade.

    Lead Time - Tempo compreendido entre a primeira atividade at a ltima

    de um processo de vrias atividades.

    Lean Manufacturing - Produo Enxuta ou manufatura enxuta.

    MPS - Planejamento-Mestre da Produo

    MRP - Material Requirements Planning ou Planejamento das Necessidades

    de Materiais.

    MRP II -Manufacturing Resources Planning ouPlanejamento dos Recursos

    da Manufatura.

    WIP -Work in process.

    VERIFICAO

    1. Por que o nome planejamento hierrquico da produo?

    2. Explique o conceito de planejamento e controle da produo (PCP):

    3. Explique como o PCP pode ajudar a melhorar a competitividade de uma

    organizao planejando os nveis de estoques:

  • 7

    O PCP E OS SISTEMAS PRODUTIVOS

    OBJETIVOS: Entender como as atividades de PCP so influenciadas pelo tipo de produo, entender como a estratgia de operaes interfere na

    competitividade da empresa.

    Um sistema de produo envolve a transformao de insumos e matrias

    primas atravs dos recursos de produo, em produtos ou servios de maior

    valor agregado, de forma sistematizada.

    Os sistemas de produo nas organizaes eram vistos como um custo

    necessrio.

    Na dcada de setenta, a entrada das indstrias asiticas no mercado americano

    motivou o interesse estratgico, principalmente na manufatura.

    A qualidade, flexibilidade, a prestao de servios e a entrega passaram a

    fazer parte das decises nos sistemas de produo, no sentido de contribuir

    para a competitividade da organizao.

    Nas ltimas dcadas, trs grandes mudanas na gesto da produo se

    destacam:

    o Tornou-se mais estratgica;

    o Ampliou sua rea de atuao atravs dos servios, qualidade e

    flexibilidade de entrega;

    o Estendeu seu horizonte de preocupaes de unidade fabril para as

    reder de suprimentos (Supply Chain Management SCM).

    As atividades de produo so alteradas pelas caractersticas dos sistemas produtivos

    conforme abaixo.

  • 8

    Sistema de

    Produo

    Caractersticas Esquema de Produo Foco PCP

    Estratgico

    Foco PCP

    Ttico

    Foco PCP

    Operacional Contnuo No h como

    identificar

    produtos individuais. Alta

    uniformidade na

    produo e demanda. Alta

    automao e baixa

    flexibilidade. Lead time e custos

    baixos.

    Equipamentos especializados

    (pouco flexveis)

    Reduo de

    custos.

    Regular o fluxo.

    Necessidades de

    materiais.

    No h

    necessidade de

    sequenciamento.

    Controle de fluxo.

    Sistemas em

    massa

    Geralmente

    processos de

    manufatura. Alta

    uniformidade na produo e

    demanda.

    Variao dos produtos em

    termos de

    montagem final. . Lead time e custos

    baixos. Uso

    intensivo de mo-de-obra.

    Reduo de

    custos. Tempo

    de ciclo (TC).

    TC=TD/D TD: Tempo

    disponvel.

    D: Demanda.

    Velocidade de

    fluxo.

    Abastecimento

    e entregas.

    Balanceamento de

    linha

    (sequenciamento).

    Sistemas em

    lotes

    repetitivos (discretos)

    Volumes mdios

    padronizados em

    lotes. Cada lote segue um roteiro

    que precisa ser

    programado. Flexvel ao mix e

    as flutuaes.

    Equipamentos pouco

    especializados. A quantidade no

    justifica a

    massificao. Lotes econmicos

    para amenizar os

    custos. Baixa sincronizao

    entre as

    operaes.

    Desempenho de

    entrega e

    flexibilidade.

    Mix de

    produo e

    prazos de entrega.

    Seqenciamento

    das ordens

    (Ordem de produo-OP,

    ordem de

    montagem - OM).

    Reduo de

    estoques e lead time.

    Programao

    empurrada ou

    puxada.

    Uso do Kanban.

    Sistemas sob

    encomenda

    (projeto)

    Atender

    necessidades

    especifica dos

    clientes.

    Alta

    flexibilidade

    (ociosidade).

    Contratos, projetos.

    Prazos de

    entregas.

    Cronogramas

    Tradicionalmente a produo era vista como algo operacional reativa;

    Atualmente a estratgia operacional est pautada no desempenho da

    produo (operao) e baseia-se em variveis de desempenho em:

    o Qualidade;

    o Custos;

    o Flexibilidade;

    o Velocidade;

    o Confiabilidade atender prazos e quantidades, entrega perfeita.

    Estoque MP

    Estoque PA

    Processo

    Estoque MP

    Estoque PA

    E

    s

    t

    o

    q

    u

    e

    s

  • 9

    O termo trade-offs utilizado para identificar conflitos entre as variveis de

    desempenho, por exemplo, custo e velocidade podem ser inversamente

    proporcionais, a organizao dever priorizar em sua estratgia.

    Dependendo do ambiente competitivo as variveis de desempenho (critrios)

    podem ser classificadas como:

    o Ganhadores de pedidos definem a escolha dos clientes;

    o Qualificadores exigncias mnimas, sem as quais a empresa estaria

    fora do mercado;

    o Pouco relevantes geralmente no influenciam as decises de

    compra.

    VERIFICAO

    4. Estudo de caso

    INDICADORES DE DESEMPENHO COMO ESTRATGIA OPERACIONAL:

    ESTUDO DE CASO EM UMA INDSTRIA DE CAF

    AUTORES

    LUCIEL HENRIQUE DE OLIVEIRA

    Faculdade Cenecista de Varginha - MG

    [email protected]

    ALESSANDRA APARECIDA FRANCO TOSTES

    FTM - Faculdade Tringulo Mineiro

    [email protected]

    THAS VILELA COELHO FERREIRA DE MELO

    Faculdade Tringulo Mineiro

    [email protected]

    ESTRATGIA OPERACIONAL E PRIORIDADES COMPETITIVAS

    O termo world classmanufacturing, foi cunhado por Hayes e Wheelwright (1984), e passou a ser referncia na formulao e anlise das estratgias competitivas de operao.

    Asempresas de classe mundial esto sempre em busca dos melhores processos e tcnicasoperacionais (bestpractices) a fim de que possam competir nas dimenses

    competitivas de custo,qualidade, confiabilidade, flexibilidade e rapidez de entrega (Slack,

    1993).

    O trabalho desenvolvido por Hayes e Wheelwright (1984) no campo da

    estratgiaoperacional relevante porque os autores descreveram a necessidade das

    empresasdesenvolverem um conjunto de prticas que possibilitasse a obteno de um

    desempenhosuperior ao de seus concorrentes. Estas prticas constituram um novo

    paradigma para aestratgia de operaes, e podem ser sintetizadas nas seguintes dimenses:

    (a) Perfil da fora detrabalho e capacidades organizacionais; (b) Gerenciamento da

    competncia tcnica; (c)Competio atravs da qualidade; (d) Participao da fora de

    trabalho; (e) Reconstruo daengenharia industrial (reviso de mtodos e equipamentos); (f)

    Abordagem do processo demelhoria contnua. Uma vez determinada a estratgia

    operacional, so desenvolvidas asprioridades competitivas derivadas ou capabilidades que a empresa deve possuir para atender ademanda do mercado, Corra e Corra (2004).

    Analisando a relao entre as prioridadescompetitivas, estratgia corporativa e estratgias

    funcionais, verifica-se a importncia que assumeo papel da estratgia de operaes para que

  • 10

    as empresas possam atingir suas metas corporativas eaumentarem sua competitividade nos

    mercados nacional e internacional. Indicadores de desempenho como estratgia de produo e deciso

    Segundo Slack (1993,p.13) as empresas devem ter uma viso estratgica das suas operaes de manufatura, conceito que o prprio autor orienta para o uso de indicadores de desempenho em operaes Slack et al (2002). Foi decisivo e fundamental observar como

    a empresa assimilava e usava de tais indicadores nos seus processos, notadamente, pela

    interatividade necessria, entre os fatores (ambientes) interno e externo ou interao de

    ambincia, presente nos seus processos de manufatura.

    Na viso de Slack (1993, p.18) Fazer certo, o fato de no cometer erros, fazer produtos que realmente so o que devem ser, produtos sem erros e sempre de acordo com as

    especificaes de projeto, dando uma vantagem de qualidade para a empresa. Analisando-se mais formalmente segundo Slack(1993, p.27) a estratgia de manufatura de uma indstria o conjunto de tarefas e decises coordenadas que precisam e devem ser

    tomadas como intuito de atingir as exigncias dos objetivos competitivos da empresa. Para Slack ( 1993: 27) os cinco objetivos de desempenho qualidade , velocidade , confiabilidade , flexibilidade e custos definem o que as operaes de manufatura esto tentando atingir para ser competitivas tais objetivos abordam as relaes existentes entre os aspectos internos e externos do ambiente de negcios, conformando-se assim em

    competitividade para organizao. Influncias Socioculturais nos Processos Produtivos de Caf

    O mercado de caf, como o mercado de muitos outros produtos, caracterizado

    primeiramente pela definio dos valores do ambiente scio-cultural que segundo Kotler

    (2002, p.174) A sociedade molda nossas crenas , nossos valores e normas e Las Casas (2001, p.31) observa que: As influncias que ocasionam mudanas nas sociedades podem ser originadas por uma srie de fatores . Alm

    do grau de conhecimento , o aspecto cultural de extrema importncia nessa considerao , pois ele determina

    hbitos de compra de muitos grupos de consumidores de cada regio.

    A cultura regional brasileira, responsvel pela definio das preferncias dos consumidores,

    aquela que um bom caf deve se conformar por aroma e sabor, fortes, conhecidos tambm como encorpados. Para atender tal preferncia o processo produtivo se vale da manipulao de gros para a criao do blendque segundo a Torrefao Cooxup (2005): Mistura processo visando apurar as caractersticas de paladar da bebida final . So verdadeiras frmulas , guardadas como segredos industriais , uma vez que a conquista da fidelidade do consumidor se d ,

    principalmente pelo sabor de determinada bebida. Aps essas etapas , vem a definio do ponto de torra , de

    fundamental importncia para se obter uma bebida saborosa , processo este que determina o teor do aroma e do

    sabor do produto final na torrefao e na moagem de gros de caf.

    O blend uma frmula obtida atravs de um composto de misturas de vrios gros oriundos

    de diversas regies. Cada regio normalmente estabelece o tipo de bebida a ser apreciado,

    podendo enquadrar-se em seis escalas de valores: bebida estritamente mole, apenas mole,

    dura, riada e rio , que conforme a Torrefao Cooxup (2005) podem ser assim definidas: A bebida mole apresenta o sabor agradvel , doce e cido ; A dura apresenta gosto amargo , dando a sensao

    de secura na boca ; A riada apresenta gosto ligeiramente qumico , com sabor tpico de iodofrmico ; e a rio

    apresenta sabor inferior , com excessivo gosto qumico.

    Com a juno de diversas amostras de bebidas, apresenta-se nuanas de sabor encorpados

    e sem corpo, podendo ainda, apresentar leve acidez ctrica ou acidez actica. Dada a esta

    juno de diversas a formao do blendespecfico, o que faz diferenciar esse tipo de produto

    como elemento determinante na capacidade de despertar o desejo de consumo.

    Outra caracterstica do consumidor na definio de sua preferncia pelo produto,

    acorrelao de racionalidade e de rentabilidade que ele faz. Essa correlao se constitui pela

    comparao entre a dose do produto necessria para o seu preparo de forma a atender o seu

    gosto, com o preo encontrado do produto disponvel nos pontos de venda. Isso faz

    vislumbrar a existncia de um novo enfoque para o produto, a partir das determinantes

    definidas pelo ambiente scio econmico. Segundo Kotler ( 2002, p.167) Para que existam

  • 11

    mercados preciso que haja pessoas e poder de compra . O poder de compra em uma

    economia depende da renda , dos preos, da poupana , do endividamento e da

    disponibilidade de crdito. A renda familiar assume dimenses significativas pela varivel custo-benefcio que o

    produto precisa oferecer. A importncia dessa varivel e outras defendida por Las Casas

    (2001), quando afirma que toda empresa atua em determinado ambiente que geralmente tem

    como caracterstica a instabilidade. As modificaes que ocorrem so freqentes e sugerem

    que os planos de marketing inicialmente propostos devem ser flexveis suficientemente para

    se adaptarem a novas situaes. O autor ainda a considera como uma das variveis

    incontrolveis as quais devem ser estudadas, analisadas e monitoradas e adaptadas por meio

    de utilizao dos fatores controlveis : o composto de marketing .

    As anlises estratgicas das empresas apresentam-se sobre o prisma de como se deve agir numa negociao e como fechar uma nova parceria, entrar num novo mercado lanar um

    novo produto, mas sempre de maneira subjetiva, no processual, Dornelas (2001, p.154). Alm disso, deve-se considerar que uma anlise estratgica deve existir um misto de

    racionalidade e subjetividade, ou seja, de se constituir um processo bsico que ajudar o

    Gestor a compreender melhor a situao atual de seu negcio para assim, projetar e

    implementar novas oportunidades e melhores alternativas para a sua sustentao e para o

    seu futuro. Tudo fundamentado no pressuposto de que somente assim conseguir imputar

    eficcia e eficincia aos meios, para ento se atingir os objetivos e metas organizacionais. Objetivos de Desempenho e Critrios Competitivos de Slack

    Para Slack et al (2002), na definio do contedo de uma estratgia de operao, a primeira

    questo que a empresa deve examinar a definio das prioridades dos seus objetivos de

    desempenho, ou seja, quais objetivos so especialmente importantes para ela. A companhia

    deve levar em considerao trs aspectos: as necessidades especficas dos grupos de

    consumidores da empresa; as atividades dos concorrentes da empresa; o estgio do ciclo de

    vida do produto no qual se encontra o produto ou servio.

    Slack (2002) observa que destes aspectos, os mais importantes esto ligados aos

    consumidores da organizao, afirmando que os consumidores so os rbitros do que

    importante. Assim, a definio de metas e de objetivos da manufatura consiste na traduo

    das necessidades dos consumidores em termos que signifiquem algo para ela. O desafio da

    manufatura consiste em determinar como os consumidores valorizam as coisas com as quais

    a manufatura deve lidar no desenvolvimento da operao.

    Todos os critrios de desempenho so importantes para os consumidores, mas diferem em

    grau de importncia entre si. Slack (2002, p.128) define a seguinte distino entre os graus

    de importncia destes critrios: 1. Critrios ganhadores de pedidos - so aqueles que direta e significativamente contribuem para o ganho de

    negcios, sendo visto pelos consumidores como fatores-chave da competitividade, e aqueles que mais

    influenciam suas decises de quantos negcios fazer com a empresa. Melhorar o desempenho em objetivos

    ganhadores de pedidos aumentam as chances da empresa em conquistar novos negcios;

    2. Critrios qualificadores - so aspectos da competitividade que, embora no sejam os principais

    determinantes do sucesso competitivo, o desempenho da operao nestes tem que estar acima de um nvel

    mnimo para que a empresa seja inicialmente considerada pelos consumidores como uma possvel fornecedora.

    Abaixo deste nvel mnimo, a empresa provavelmente sequer vai entrar na concorrncia. Desta forma, qualquer

    melhora adicional nos fatores qualificadores de pedidos provavelmente representar poucos benefcios

    competitivos;

    3. Critrios pouco relevantes - so relativamente menos importantes dentre os fatores de desempenho, nos quais

    os consumidores dificilmente baseiam suas decises de compra.

    A Empresa pesquisada, seus Produtos e o seu Mercado

    A empresa pesquisada atua no setor de bebidas mais especificamente na torrefao e

    moagem de gros de caf atravs da transformao dessa matria-prima em vrios tipos de

    produtos acabados. Um dos produtos, o caf Cappuccino, tm a sua produo totalmente

    terceirizada, cabendo empresa pesquisada, apenas, a revenda do produto. Trata-se de uma

    indstria fundada em 20 de maro de 1993 na cidade de Ituiutaba, Minas Gerais, por um

    empresrio que at ento era acionista de outra indstria, da Unio dos Torrefadores da Alta

  • 12

    Mogiana Caf Utam, no mercado desde 1969, hoje, uma das maiores indstrias de caf do Brasil. Como percebido o fato do empresrio, possuir o knowhowUtam, decidiu pelo desafio

    de buscar mercado, uma nova teoria de negcio, pesando em tal deciso a alta curva de sua

    experincia, no ramo. O estado de Minas Gerais foi o local escolhido por ser um plo ainda

    no to explorado para a industrializao de caf. Assim nasceu no Pontal do Tringulo, a

    principal marca da Indstria BrunelliLtda, o Caf Tijucano.

    Diante dos desafios que se apresentam diariamente para a Indstria Brunelli, torna-se

    necessrio que a empresa se situe no contexto de seu mercado de consumidores reais e

    potenciais, traando um perfil dos principais eventos e indicadores que caracterizam o setor

    da Indstria cafeeira. Sendo essencial nesse momento, para melhor compreender quais

    aes de Marketing sero mais eficientes e eficazes para a empresa, identificar as

    necessidades, desejos e demanda deste mercado, atravs de pesquisas e no somente do

    conhecimento emprico como vem sendo utilizado pela mesma.

    O produto final da Indstria Brunelli, atende hoje aos interesses de diversos segmentos de

    mercado, com perfis de clientes essencialmente concentrados nas classes B, C e D da

    pirmide scio econmica e ainda um pequeno percentual da classe A, pblico este que

    apresenta hbitos, costumes e preferncias ligados aos aspectos de qualidade, rentabilidade

    e preo. O sistema de produo da empresa estratgia competitiva

    A produo contnua evidenciada na empresa pesquisada diante de um processo onde no

    ocorrem intervenes porque o processo atende s exigncias de padres para determinados

    tipos de caf e de embalagens. A produo em lotes definida a partir da demanda existente

    em relao as embalagens de 250 e 500 gramas. A empresa vem obtendo vantagem em suas

    operaes perante o mercado, apenas pela tradio e pela inexistncia de concorrentes do

    mesmo porte.

    CONCLUSES

    Verificou-se que cada rea constituinte das operaes da empresa encontra-se totalmente

    centralizada no seu principal gestor e no apresenta objetivos estratgicos bem definidos.

    Falta, portanto, organizao em estudo a adoo da cultura do Planejamento Estratgico

    no somente para sustentar sua posio adquirida s custas de fatores poucos

    contemporneos em relao ao negcio, como tambm para melhorar a sua performance no

    sentido de construir o seu futuro.

    Os indicadores de desempenho utilizados pela Indstria Brunelli na gesto do seu processo

    produtivo, so assim configurados: (1) o custo um objetivo de desempenho importante

    para o Caf Tuiu, e menos importante em relao ao Caf Quentino e Capputtino uma vez

    que o produto lucrativo para a empresa o Caf Tijucano. Isto mostra que existe uma

    estratgia operacional, mesmo que no formalmente planejada, para que a empresa tome um

    claro posicionamento no mercado regional; (2) a qualidade critrio qualificador, ficando no mesmo nvel dos concorrentes; (3) a confiabilidade critrio ganhador de pedido determinado pelo.

    Como base no estudo de caso, como o setor de PCP pode ajudar a tornar a empresa mais

    competitiva?

  • 13

    GESTO DE ESTOQUES

    Objetivo: Entender a funo e os tipos de estoques, determinar o lote econmico

    de ressuprimento.

    Conceito: Acmulo de recursos materiais entre fases especficas de processos de

    transformao.

    Os estoques proporcionam independncia entre as fases, no sentido em que

    interrupes em uma no acarretem em interrupes da outra fase.

    Num ambiente produtivo podem existir vrios tipos de estoques reguladores:

    o Estoques de matrias primas regula taxas (variaes) de fornecimento;

    o Estoques de material semi-acabado regula taxas entre etapas;

    o Estoques de produtos acabados regula as diferenas entre as taxas de

    produo e a demanda.

    Razes para o surgimento dos estoques:

    o Falta de coordenao;

    o Incerteza;

    o Especulao;

    o Disponibilidade no canal de distribuio.

    Os itens de estoque podem ser de demanda independente ou de demanda

    dependente.

    Na demanda dependente o item solicitado conforme a necessidade de outro

    item, seguindo uma engenharia, por exemplo, uma caneta um item de demanda

    independente, j o tubo de tinta um item de demanda dependente.

    GESTO DE ESTOQUES DE ITENS DE DEMANDA INDEPENDENTE

    O problema bsico consiste em determinar quando e quanto ressuprir.

    O modelo do ponto de reposio e lote econmico

    Ao atingir o ponto de reposio (PR), ocorre o ressuprimento atravs de um lote

    econmico.

    O lote de entrega leva um determinado tempo para ser entregue, chamado Lead

    time.

    Parmetros do modelo:

    o Ponto de reposio;

  • 14

    o Tamanho do lote.

    Abordagem baseada no custo para a determinao do lote econmico:

    o Cf custo fixo de se fazer o pedido;

    o Ce - custo anual de estocagem;

    o CA custo de armazenagem

    o CP custo do pedido

    o DA demanda anual

    o L tamanho do lote

    o CT custo total

    CA = Ce.(L/2)

    CP=Cf. (DA/L)

    CT=CA+CP

    Exemplo: Custo de preparao de R$ 20,00, custo unitrio anual de se carregar estoque

    R$ 2,00 e demanda anual de 8.000 unidades.

    Cf=R$ 20,00 Ce=R$ 2,00 DA=8.000

    L CA=Ce.(L/2) CP=Cf.(DA/L) CT=CA+CP

    10

    50

    100

    150

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

  • 15

    Portanto, o LEC o tamanho de lote onde os custos totais (CT) so minimizados, ou

    seja, o custo do pedido igual ao custo de se carregar armazenagem, dai resulta a

    frmula abaixo:

    LEC=(2.Cf.DA/Ce)

  • 16

    VERIFICAO

    5. Determine o lote de ressuprimento para um item de demanda independente que

    apresenta custo de R$ 5,00 por unidade ao ano, custo de pedido de R$ 50,00 e demanda

    mensal de 700 unidades:

    6. Determine o lote de ressuprimento para um item de demanda independente que

    apresenta custo de R$ 1,00 por unidade ao ms, custo de pedido de R$ 50,00 e demanda

    anual de 5000 unidades:

  • 17

    GESTO DE ESTOQUES

    Objetivo: Dimensionar o ponto de ressuprimento e o estoque de segurana nos

    modelos de gesto de estoques baseados no ponto de reposio e lote

    econmico.

    Clculo do ponto de ressuprimento no modelo de ponto de reposio e lote

    econmico:

    o PR=D.LT+Eseg

    Onde:

    o PR ponto de ressuprimento;

    o D taxa de demanda por unidade de tempo;

    o LT lead time (mesma unidade de tempo da taxa de demanda);

    o Eseg estoque de segurana.

    EX.: Determine o ponto de ressuprimento de um item cuja demanda mensal (30

    dias) de 300 unidades, o lead time de ressuprimento de 9 dias e o estoque de

    segurana de 10 unidades.

    Como definir o estoque de segurana?

    Determinao do estoque de segurana atravs da abordagem probabilstica.

    Se baseia nas variaes, considera um nvel de incerteza, para isso necessrio

    se conhecer as caractersticas das variaes passadas.

    Abaixo a demanda histrica de 40 semanas de um item de demanda

    independente.

  • 18

    Semana Demanda Semana Demanda Semana Demanda Semana Demanda

    1 120 11 118 21 121 31 119

    2 118 12 120 22 119 32 123

    3 124 13 117 23 116 33 119

    4 119 14 120 24 120 34 123

    5 118 15 121 25 123 35 118

    6 121 16 117 26 117 36 120

    7 120 17 121 27 122 37 123

    8 121 18 120 28 120 38 121

    9 122 19 119 29 118 39 122

    10 119 20 121 30 122 40 122

    Como avaliar a variao da srie acima?

    O Desvio padro( ) nos fornece uma viso da disperso, portanto, o grau de

    variao da demanda.

    Para determinar o estoque de segurana precisamos considerar ainda uma

    probabilidade de falha, ou seja, um nvel de servio ou fator de servio. A tabela

    abaixo relaciona um valor para o fator de servio correspondente a probabilidade

    de falha que se deseja trabalhar:

    Nvel de servio Fator de servio

    50% 0

    60% 0,254

    70% 0,525

    80% 0,842

    85% 1,037

    90% 1,282

    95% 1,645

    96% 1,751

    97% 1,880

    98% 2,055

    99% 2,325

    99,9% 3,100

    99,99% 3,620

  • 19

    Por exemplo, se queremos trabalhar com 95% de nvel de servio (5% de probabilidade

    de falha / falta) devemos trabalhar com fator de servio de 1,645.

    Clculo do estoque de segurana (Eseg)

    Eseg=FS..LT/PP

    Onde:

    o Eseg estoque de segurana (unidade)

    o FS Fator de servio;

    o desvio padro da demanda do item;

    o LT lead timede ressuprimento.

    o PP use 1 se o desvio e o lead time estiverem na mesma unidade de

    tempo.

    VERIFICAO

    7. Explique o motivo de se utilizar o grau de variao na demanda para a

    determinao do estoque de segurana:

    8. Explique o motivo de se considerar a probabilidade de falta no

    dimensionamento do estoque de segurana:

    9. Calcule o estoque de segurana para um item que apresenta desvio padro de

    10 unidades em sua demanda, cujo lead time de 5 dias e que se deseja

    trabalhar com 5% de probabilidade de falta.

  • 20

    10. Calcule o estoque de segurana para um item que apresenta desvio padro de

    20 unidades em sua demanda, cujo lead time de 5 dias e que se deseja

    trabalhar com 5% de probabilidade de falta.

    11. Calcule o estoque de segurana para um item que apresenta desvio padro de

    20 unidades em sua demanda, cujo lead time de 15 dias e que se deseja

    trabalhar com 5% de probabilidade de falta.

    12. Calcule o estoque de segurana para um item que apresenta desvio padro de

    20 unidades em sua demanda, cujo lead time de 25 dias e que se deseja

    trabalhar com 5% de probabilidade de falta.

    13. O que pode ser concludo aps os clculos do estoque de segurana dos

    exerccios 03, 04, 05 e 06?

    14. Determine o ponto de ressuprimento de um item cuja demanda diria de

    1000 unidades, o lead time de ressuprimento de 15 dias e o estoque de

    segurana de 60 unidades.

  • 21

    GESTO DE ESTOQUES

    Objetivo: Dimensionar modelos de ponto de reposio e lote econmico para

    gesto de estoques de itens de demanda independente.

    Exerccios:

    15. Determine o modelo de reposio e lote econmico para o item de demanda

    independente com a demanda histrica representada abaixo, considere:

    a. Ce = R$ 2,00 / ms

    b. Cf= R$ 600,00;

    c. Lead time = 1 ms;

    d. 96% de probabilidade no de faltar.

    Ms Demanda (unidade)

    1 422

    2 389

    3 401

    4 412

    5 390

    6 355

    7 407

    8 410

    9 410

    10 378

    11 428

    12 416

  • 22

    16. Determine o modelo de reposio e lote econmico para o item de demanda

    independente com a demanda histrica representada abaixo, considere:

    a. Ce = R$ 3,50/ano;

    b. Cf= R$ 250,00;

    c. Lead time = 15 dias;

    d. 96% de probabilidade de no faltar.

    Ms Demanda (unidade)

    1 123

    2 142

    3 110

    4 105

    5 108

    6 137

    7 151

    8 168

    9 122

    10 115

    11 136

    12 119

  • 23

    GESTO DE ESTOQUES

    Objetivo: Dimensionar modelos de reviso peridica para gesto de estoques de

    itens de demanda independente.

    de operao mais simples do que o modelo do ponto de reposio e lote

    econmico.

    De forma simplificada, faz-se a reviso peridica do estoque, havendo

    necessidade de reposio, realiza-se a reposio.

    Os parmetros do modelo so calculados.

    Q=M-(E+QP)

    Onde:

    o Q quantidade a pedir;

    o M estoque mximo;

    o E estoque presente;

    o QP quantidade pendente.

    O estoque mximo determinado conforme abaixo:

    M=D.(P+LT)+ES

    Onde:

    o M estoque mximo;

    o D taxa de demanda;

    o P perodo da reviso;

    o LT lead time de ressuprimento;

    o ES estoque de segurana

    Exemplo: sendo o perodo de reviso de um item 15 dias, o lead time de 3 dias, a

    taxa de demanda de 6 unidades ao dia, o estoque de segurana foi estabelecido

    em 8 unidades, o estoque presente de 18 unidades e no h pedidos pendentes,

    determine a quantidade a pedir.

  • 24

    Determinao do estoque de segurana:

    ES=FS. .(LT+P)/PP

    Onde:

    o FS fator de segurana;

    o desvio padro da demanda (usar mesmo perodo do LT);

    o LT lead time;

    o P perodo da reviso;

    o PP use 1 se o desvio, o lead time e o perodo de reviso estiverem na

    mesma base de tempo.

    VERIFICAO

    17. Determine a quantidade a pedir para o item de demanda independente, cuja

    reviso no estoque realizada a cada ms e o lead time de 1 ms. Pretende-

    se trabalhar com probabilidade de falta de 3%.O estoque atual de 100

    unidades e existem 50 pendentes para entrega. A demanda histrica

    apresentada abaixo:

    Ms Demanda (unidade)

    1 520

    2 482

    3 438

    4 395

    5 478

    6 460

    7 410

    8 435

    9 502

    10 420

    11 413

    12 469

  • 25

    18. Determine a quantidade a pedir para o item de demanda independente, cuja

    reviso no estoque realizada a cada 15 dias e o lead time de 1 ms.

    Pretende-se trabalhar com probabilidade de falta de 3%. O estoque atual de

    200 unidades e existem 100 pendentes para entrega. A demanda histrica

    apresentada abaixo:

    Ms Demanda (unidade)

    1 922

    2 1012

    3 938

    4 1020

    5 1006

    6 1102

    7 928

    8 974

    9 1003

    10 1015

    11 1015

    12 1029

  • 26

    19. Determine a quantidade a pedir para o item de demanda independente, cuja

    reviso no estoque realizada diariamente e o lead time de 15 dias.

    Pretende-se trabalhar com probabilidade de falta de 5%. O estoque atual de

    4000 unidades e existem 3000 pendentes para entrega. A demanda histrica

    apresentada abaixo:

    Ms Demanda (unidade)

    1 3520

    2 4200

    3 4127

    4 4321

    5 3912

    6 4203

    7 4020

    8 4120

    9 4208

    10 3962

    11 4014

    12 4029

  • 27

    CLASSIFICAO ABC DO ESTOQUE

    Objetivo: Capacitar para a realizao da classificao ABC de itens de estoque.

    uma ferramenta que auxilia no gerenciamento de estoques, proporcionando

    informaes relevantes sobre o giro e o custo dos itens de estoque.

    A curva ABC uma ferramenta gerencial que permite identificar quais itens

    requerem ateno e tratamento adequados quanto sua importncia.

    A Curva ABC ou 80-20, baseada no teorema do economistaVilfredo Pareto, na

    Itlia, no sculo XIX, num estudo sobre a renda e riqueza, ele observou que uma

    pequena parcela da populao(20%) concentrava a maior parte da riqueza.

    Como resultado de uma tpica classificao ABC surgiro grupos divididos em

    trs classes, como segue:

    o Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados

    comuma ateno especial pela administrao;

    o Classe B: grupo de itens em situao intermediaria entre as classes A e

    C;

    o Grupo de itens menos importantes que justificam pouca ateno por

    parteda administrao.

    Etapas para a construo da curva ABC:

    o Para cada item determinar a demanda;

    o Determinar o custo mdio de cada item;

    o Calcular o custo total de cada item (multiplicar a demanda pelo custo);

    o Ordenar por valor decrescente (o custo );

    o Calcular o percentual relativo e o acumulado;

    o Definir as classes A 70% dos custos; B 20% dos custos; C 10% dos

    custos.

  • 28

    Exemplo: Realizar a classificao ABC para os itens abaixo:

    Item Demanda (unidade) Custo unitrio (R$)

    PA-21 135 10

    PA-12 100 10

    PA-17 40 100

    PA-15 400 20

    PA-28 2000 10

    PA-32 10000 10

    PA-29 120 50

    PA-13 135 10

  • 29

    VERIFICAO

    20. Realizar a classificao ABC para os itens abaixo:

    Item Demanda (unidade) Custo unitrio (R$)

    1000 5

    500 20

    600 60

    300 8

    200 10

    1200 9

    600 2

    400 55

    500 2

    700 3

  • 30

    GESTO DA DEMANDA

    Objetivo: Entender o escopo da gesto da demanda e o processo de previso da

    demanda.

    A funo gesto da demanda inclui esforos em cinco reas principais: previso

    da demanda; comunicao com o mercado; influncia sobre a demanda;

    promessa de prazos de entrega; alm de priorizao e alocao.

    A gesto da demanda normalmente realizada pela rea

    comercial/marketing.Nosso estudo ser concentrado na atividade de previso da

    demanda.

    A previso da demanda um processo conforme abaixo:

    Quando aumentamos nosso horizonte de planejamento necessariamente iremos

    depender mais de previses da demanda.

    As incertezas nas previses e os erros correspondentes provm de duas fontes

    distintas: o mercado (sobre o qual no temos ao direta); o sistema de previso

    (o qual podemos melhorar).

    Os erros de previses no devem desmotivar os responsveis pela previso, pois

    parte da incerteza inevitvel.

    A previso de vendas para curto prazo, cerca de 4 meses, baseada em modelos

    temporais, pois fazem correlao entre as vendas passadas e o tempo. So

    tcnicas de previso para curto prazo: a mdia mvel; a mdia mvel ponderada;

    a suavizao exponencial.

    A previso da demanda para longo prazo feita com base me modelos causais.

    Os padres de demanda mais comuns so: mdia; tendncia linear; tendncia

    no linear; sazonal.

  • 31

    No padro mdio as flutuaes da demanda esto em torno de um valor

    constante.

    No padro de tendncia linear a demanda cresce ou decresce de forma linear.

    No padro de tendncia no linear a demanda cresce ou decresce de forma no

    linear.

  • 32

    VERIFICAO

    21) Identifique o padro de demanda para os dados histricos seguintes:

    a)

    Demanda em unidades

    396

    397

    398

    398

    397

    399

    401

    400

    401

    402

    403

    404

    408

    410

    410

    409

    411

    b)

    Demanda em unidades

    296

    288

    289

    301

    302

    400

    401

    297

    290

    295

    289

    404

    408

    288

    287

    291

  • 33

    C)

    Demanda em unidades

    296

    288

    289

    288

    287

    291

    292

    289

    288

    289

    289

    297

    293

    288

    287

    291

    289

  • 34

    MODELOS DE PREVISO DA DEMANDA

    Objetivo: Entender o escopo da gesto da demanda e o processo de previso da

    demanda.

    Modelo causal ou economtrico

    o PARA LONGO PRAZO.

    o Busca-se formular um modelo que explique a quantidade a ser

    demandada.

    o Exemplo: A demanda de veculos pode influenciada pela renda e pelo

    tamanho da populao, desta forma possvel estabelecer uma equao

    para explicar o comportamento da demanda.

    Mdia mvel

    o A previso no perodo futuro t calculada como sendo a mdia de n

    perodos anteriores. Deve-se escolher sobre quantos perodos a mdia

    ser calculada. PARA CURTO PRAZO.

    o Exemplo: Calculo da mdia mvel para a semana 5, 6 e 7.

    Demanda histria Demanda histrica

    (unidades)

    Media mvel 3

    perodos (MM3)

    Media mvel 4

    perodos (MM4)

    Semana 1 522

    Semana 2 535

    Semana 3 532

    Semana 4 530

    Semana 5

    Semana 6

    Semana 7

    Mdia mvel ponderada

    o Neste caso, atribui-se um peso a cada um dos dados da mdia mvel,

    sendo que a soma dos pesos dever ser igual a 1.

    o PARA CURTO PRAZO.

  • 35

    o Exemplo: Calculo da mdia mvel para a semana 5, 6 e 7, utilizando os

    pesos de 70%, 20% e 10% para MM3 de forma que o peso maior seja

    para o perodo mais recente .

    Demanda histria Demanda histrica

    (unidades)

    Media mvel 3

    perodos (MM3)

    Semana 1 522

    Semana 2 535

    Semana 3 532

    Semana 4 530

    Semana 5

    Semana 6

    Semana 7

    Suavizao exponencial:

    o Neste mtodo, a previso P calculada a partir da ltima previso

    realizada no perodo Pt-1 adicionada ou subtrada de um coeficiente que

    multiplica o consumo real Ct-1 menos a previso realizada Pt-1. Conforme

    a equao: Pt=Pt-1+.(Ct-1-Pt-1) , sendo 0

  • 36

    Ajustamento sazonal

    o PARA FENMENOS SEM TENDNCIA. PARA LONGO PRAZO.

    o Use quando a demanda for sazonal, utilizando um coeficiente sazonal.

    o Deve-se determinar a mdia de consumo e o coeficiente de sazonalidade

    para cada perodo.

    o Exemplo: Calcular a previso para cada trimestre do ano 5.

    Trimestre ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 Mdia

    Q Calc. % Q Calc. % Q Calc. % Q Calc. %

    1 45 70 100 100

    2 335 370 585 725

    3 520 590 830 1160

    4 100 170 285 215

    Total

    Mdia

    Mtodo da regresso linear

    o Mtodo para ajustamento de tendncias (ajustamento de retas).

    o S pode ser utilizada se houver correlao forte 0,6

  • 37

    o Exemplo: Fazer a previso da demanda para julho, agosto e setembro.

    Ms (x) Vendas (y)

    1 340

    2 355

    3 365

    4 375

    5 390

    6 401

  • 38

    A qualidade da previso pode ser monitorada atravs de:

    o Soma acumulada de erros da previso (SAE);

    o Erro quadrado mdio (EQM);

    o Desvio padro (DP);

    o Mdia da soma dos erros absolutos (MSEA).

    o Exemplo: Calcular o SAE, EQM, DP e MSEA para os dados seguintes.

    Ms Previso Real Erro Erro ao

    quadrado

    Erro

    absoluto

    1 428 430

    2 432 429

    3 434 431

    4 430 432

    5 429 428

    6 432 433

    7 435 434

  • 39

    EXERCCIOS DE PREVISO DA DEMANDA

    Objetivo: Praticar a previso da demanda.

    VERIFICAO

    22) Faa a previso da demanda para as semanas 5, 6 e 7 utilizando MM3 e MM4,

    escolha o melhor modelo com base no desvio padro.

    Demanda histria Demanda histrica

    (unidades)

    Media mvel 3

    perodos (MM3)

    Media mvel 4

    perodos (MM4)

    Semana 1 1220

    Semana 2 1189

    Semana 3 1235

    Semana 4 1190

    Semana 5

    Semana 6

    Semana 7

  • 40

    23) Calcule a previso da demanda para cada trimestre do ano 5 para a demanda

    sazonal abaixo:

    Trimestre ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 Mdia

    Q Calc. % Q Calc. % Q Calc. % Q Calc. %

    1 55 60 110 120

    2 345 380 595 735

    3 530 600 840 1170

    4 110 180 295 225

    Total

    Mdia

  • 41

    24)Com base na regresso linear, faa a previso da demanda para julho, agosto

    e setembro.

    Ms (x) Vendas (y)

    1 750

    2 760

    3 762

    4 765

    5 770

    6 778

  • 42

    PLANO DE PRODUO

    Objetivo: Capacitar a aluno para elaborar planos de produo.

    Tambm conhecido como plano agregado de produo ou plano de vendas e

    operaes (SOP Sales andOperationsPlanning).

    utilizado para planejamento de longo prazo (1 a 2 anos).

    A previso da demanda tratada de forma agregada.

    Em geral seguem-se os seguintes passos:

    o Determinar a demanda para cada perodo;

    o Determinar as capacidades para cada perodo;

    o Identificar polticas da empresa ou departamentais pertinentes;

    o Determinar os custos unitrios relativos a horas normais, horas extras,

    subcontratao, manuteno dos estoques, pedidos com programao de

    atendimento estendida, demisses, ou outros fatores que afetam os custos

    de forma relevante;

    o Desenvolver planos alternativos e calcular o custo de cada plano;

    o Sugerir planos viveis, selecionar o plano que melhor atenda aos

    objetivos. Caso contrrio, desenvolver novos planos alternativos.

    NO EXISTE UMA REGRA NICA, AO SE ELABORAR UM PLANO DE

    PRODUO O ENGENHEIRO DE PRODUO IR USAR TODA A SUA

    BASE DE CONHECIMENTO PARA OTIMIZAR A OPERAO

    MINIMIZANDO OS IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIAIS.

  • 43

    Exemplo: Calcular o plano de produo para uma indstria de estofados,

    com as seguintes informaes:

    o Custo por unidade estocada R$ 10,00/ms.

    o Custo de produo R$ 200,00/unidade.

    o Capacidade mxima de estocagem de 500 unidades.

    o No permitido atraso.

    o Lote de fabricao de 250 unidades.

    PLANO DE PRODUO

    jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

    Histrico

    vendas

    Previso

    300 400 500 612 701 805 910 1002 1120 1202 1304 1305

    Estoque

    inicial

    200

    Necessidade

    de produo

    Capacidade

    de produo

    500 500 700 700 700 700 1000 1000 1000 1000 1000 1000

    Produo

    Estoque

    final

    Estoque

    mdio

  • 44

    VERIFICAO

    25)Calcular o plano de produo para uma indstria de mesas, com as seguintes

    informaes:

    o Custo por unidade estocada R$ 13,00/ms.

    o Custo de produo R$ 220,00/unidade.

    o Capacidade mxima de estocagem de 600 unidades.

    o No permitido atraso.

    o Lote de fabricao de 150 unidades.

    PLANO DE PRODUO

    jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

    Histrico

    vendas

    300 400 500 612 701 805 910 1002 1120 1202 1304 1305

    Previso

    Estoque

    inicial

    500

    Necessidade

    de produo

    Capacidade

    de produo

    700 700 700 700 700 700 1000 1000 1000 1000 1000 1000

    Produo

    Estoque

    final

    Estoque

    mdio

  • 45

    26) Questo ENADE 2005.

  • 46

    PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE PARA PLANOS DE PRODUO

    (RECURSO DE LONFO PRAZO)

    Objetivo: Capacitar o aluno para o calculo da capacidade de produo.

    feito em nveis de acordo com o horizonte de planejamento desejado.

    Para longo prazo conhecido como Resouce Planning (RP), e visa suportar

    os planos de produo.

    No existe uma regra definida, o calculo deve ser simples e rpido,

    abordando as principais variveis de custos.

    Os produtos so tratados de FORMA AGREGADA.

    necessrio considerar a produtividade/eficincia no clculo de capacidade.

    O conceito de produo: input transformao output

    A produtividade : output/input.

    A eficincia : output/input.

    O conceito de eficincia mais restrito do que o de produtividade.

    A eficcia esta relacionada ao alcance de objetivos.

    Exemplo: Sabendo que para a famlia do produto X so gastas 3,5 horas de

    um colaborador para fabricar uma unidade, qual a capacidade mensal se 30

    funcionrios trabalharem em horrio normal (220h/ms). A produtividade da

    fbrica de 85%. Quantos funcionrios seriam necessrios para aumentar a

    capacidade produtiva em 50%?

  • 47

    VERIFICAO

    27)Qual a eficincia de um transformador eltrico que no processo de reduo

    de tenso de 11.000 volts para 110 volts recebe a energia de 850 kWh e envia

    830 kWh?

    28)Determinar a produtividade parcial da mo de obra de uma empresa que

    faturou $ 70 milhes em um certo ano fiscal, no qual 350 colaboradores

    trabalharam em mdia 170 horas/ms:

    29)Determinar a produtividade total da empresa ABC, fabricante de autopeas,

    no perodo de um ms, quando produziu 35.000 unidades que foram vendidas a

    $ 12,00 / unidade. Foram gastos $ 357.000,00.

    30)Determinar a produtividade de uma empresa de tecelagem que possui 73

    teares, foram produzidos 7200.000 metros lineares de tecido no ms. Quantos

    teares sero necessrios para uma capacidade de 10.000.000 de metros lineares?

  • 48

    31) Questo ENADE 2005.

  • 49

    32) Questo ENADE 2008.

  • 50

    REFERNCIAS

    CORREIA, H. L.; CORREIA, C. Administrao da Produo e de Operaes manufatura e servios, uma abordagem estratgica. So Paulo: Atlas, 2005. CORREIA, H. L; GIANESI; CAON. Planejamento Programao e Controle da Produo. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2001. MAYER, R. R. Administrao da Produo. So Paulo: Atlas, 1992. MOREIRA, D. A. Administrao da produo e Operaes. So Paulo: Pioneira, 2004.

    RUSSOMANO, V. H. Planejamento e Controle da Produo. 6. ed. So Paulo: Pioneira, 2000. SLACK, N. et al. Administrao da Produo. So Paulo: Atlas, 1997. SLACK, N. Vantagem Competitiva em manufatura atingindo a competitividade. So Paulo: Atlas, 1993.

    STEVENSON, W. J. Administrao de Operaes de Produo. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. TUBINO, D. F. Manual de Planejamento e Controle da Produo. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2000.

    VOLLMANN, T. E. et al. Sistemas de Planejamento & Controle da Produo Para o

    Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos.5. ed.So Paulo: Bookman, 2006.