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    APOSTILA 02

    CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

    Conceito:Controle da Administra!o P"#lica $ a %ac&ldade de 'i(il)ncia* orienta!o e corre!o +&e ,MPODER* -R.ÃO O, A,TORIDADE e/erce so#re a cond&ta %&ncional de o&tro

     A Administração Pública só pode atuar visando a proteção dos interesses da coletividade. Por isso, alegislação atribui competências aos agentes públicos e, ao mesmo tempo, define claramente os limitespara o exercício de tais atribuições. A própria noção de competência implica a existência de limites dentrodos uais uem recebe determinada atribuição de atuar.

    ! tema controle da Administração estuda os instr&mentos &r1dicos de %iscalia!o sobre a atuação dosagentes, órgãos e entidades componentes da Administração Pública.

    !"#$%&'!(

    )e acordo com #os* dos (antos +arvalo -ilo, os mecanismos de controle sobre a Administração Pública

    têm como obetivos fundamentais garantir o res3eito aos direitos seti'os dos usu/rios e assegurar aobserv0ncia das diretries constit&cionais da Administra!o4

    1A%23$4A #235)&+A

    !s mecanismos de controle têm nature6a urídica de princípio %&ndamental da Administra!o P"#lica4

    7 o ue se extrai da norma contida no art. 89, ', do )ecreto:;ei n. 8?@ As atividades da Administração-ederal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais@ aB planeamentoC bB coordenaçãoC cBdescentrali6açãoC dB delegação de competênciaC eB controleD.

    +;A((&-&+AEF!

     A doutrina procura dividir as formas de controle da Administração em diversas categorias, partindo dosmais 'ariados crit$rios:

    56 +&anto ao 7r(!o controlador:a6 controle le(islati'o: * auele reali6ado pelo parlamento com auxílio dos %ribunais de +ontas.

    $xemplo@ comissões parlamentares de inu*ritoC#6 controle &dicial: promovido por meio das ações constitucionais perante o Poder #udici/rio. !

    controle udicial pode ser exercido a priori ou a posteriori, conforme se reali6e antes ou depois doato controlado, respectivamente. ! controle udicial sobre a atividade administrativa * semprereali6ado mediante 3ro'oca!o da parte interessada. $xemplo@ mandado de segurança e ação civil

    públicaCc6 controle administrati'o: * o controle interno no 0mbito da própria administração. Pode ser reali6ado

    de o%1cio ou 3or 3ro'oca!o da parte interessada. $xemplo@ recurso ier/ruico.26 +&anto 8 e/tens!o:a6 controle interno: reali6ado por um Poder sobre seus próprios órgãos e agentes. $xemplo@ controle

    exercido pelas cefias sobre seus subordinadosC#6 controle e/terno: uando o órgão fiscali6ador se situa fora do 0mbito do Poder controlado. $xemplo@

    anulação udicial de ato da Administração.96 +&anto 8 nat&rea@aB controle de le(alidade: analisa a compatibilidade da atuação administrativa com o ordenamento

     urídico. ! controle de legalidade pode ser exercido pela própria Administração ou pelo Poder 

    #udici/rio. $xemplo@ anulação de contrato administrativo por violação da ;ei n. G.888>HICbB controle de m$rito:  * exercido somente pela própria Administração uanto aos uí6os de

    conveniência e oportunidade de seus atos. $xemplo@ revogação de ato administrativo. 1ão se admite

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    controle do m*rito de atos administrativos pelo Poder #udici/rio, exceto uanto aos atos praticadospelo próprio udici/rio no exercício de função atípica.

    6 +&anto ao )m#ito:a6 controle 3or sordina!o: * auele reali6ado por autoridade ieraruicamente superior Juele

    ue praticou o ato controlado. K$xemplo@ anulação, pelo Presidente da 3epública, de ato praticadopor Linistro de $stadoB. &mportante relembrar ue as entidades descentrali6adas não estãosubmetidas J sueição ier/ruica em relação ao Poder +entral, inexistindo controle por 

    subordinação da Administração direta sobre a indiretaC#6 controle 3or 'inc&la!o: * o poder de influência exercido pela Administração direta sobre asentidades descentrali6adas, não se caracteri6ando como subordinação ier/ruica. $xemplo@ poder de fiscali6ação de Linistro de $stado sobre autaruia vinculada J sua pasta.

    ;6 +&anto ao momento do e/erc1cio:a6 controle 3r$'io: tamb*m camado de controle a priori, * auele reali6ado antes do ato controlado.

    $xemplo@ mandado de segurança impetrado para impedir a pr/tica de ato ilegalC#6 controle concomitante:  promovido concomitantemente J execução da atividade controlada.

    $xemplo@ fiscali6ação durante a execução de obra públicaC c6 controle 3osterior: conecido tamb*m como controle a posteriori, * reali6ado após a pr/tica do

    ato controlado. $xemplo@ ação popular proposta visando anular ato lesivo ao patrimMnio público.

    IER?R@,ICO típico dos órgãos da Administração direta.

     A%$1EF!@ 1o direito brasileiro, n!o e/iste necessidade de es(otamento da 'ia administrati'a paraser possível recorrer ao Poder #udici/rio Kart. N9, OOO' da +-B. A e/ce!o di6 respeito Js uestõesenvolvendo direito des3orti'o Kart.

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    aB art4 * : +abe ao +ongresso 1acional le(islar so#re cria!o e e/tin!o de Minist$rios eórgãos da administração públicaDC

    bB  art4 * =: 7 da competência exclusiva do +ongresso 1acional s&star os atos normati'os doPoder $xecutivo ue exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativaDC

    cB art4 ;0@ A +0mara dos )eputados e o (enado -ederal, ou ualuer de suas +omissões, poderãocon'ocar Ministro de Estado  ou +&ais+&er tit&lares de 7r(!os diretamente subordinados JPresidência da 3epública para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente

    determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem ustificação adeuadaDCdB art4 ;* 9F: DAs comissGes 3arlamentares de in+&$rito* ue terão poderes de investigaçãopróprios das autoridades udiciais, al*m de outros previstos nos regimentos das respectivas +asas,serão criadas pela +0mara dos )eputados e pelo (enado -ederal, em conunto ou separadamente,mediante reuerimento de &m tero de se&s mem#ros* para a apuração de %ato determinado e3or 3rao certo* sendo suas conclusões, se for o caso, encaminadas ao Linist*rio Público, paraue promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratoresDC

    eB art4 H5* 5F: s&star a e/ec&!o de contrato administrati'o  obeto de impugnação perante o%ribunal de +ontas da 2nião, como forma de controle financeiro sobre a Administração PúblicaC

    fB art4 ;2* I: o ulgamento do +efe do Poder $xecutivo, no (enado, por crime de responsabilidade.

    +onv*m relembrar ue o controle legislativo sobre as atividades da Administração somente pode ser reali6ado nas ipóteses taxativamente previstas na +onstituição -ederal, sob pena de violação da%ripartição de Poderes.

    %3&"21A&( )$ +!1%A(

    &mportantes a&/iliares do Poder Le(islati'o no controle e/terno das atuações administrativas são osTri#&nais de Contas4

    !s %ribunais de +ontas têm competência para fiscali6ação de uaisuer entidades públicas ou privadasue utili6em dineiro público, incluindo as contas do Linist*rio Público, do Poder ;egislativo e do Poder 

    #udici/rio. Atualmente existem no "rasil@

    aB %ribunal de +ontas da 2nião K%+2B, órgão auxiliar do +ongresso 1acionalCbB %ribunais de +ontas dos $stados K%+$sB, órgãos auxiliares das Assembleias ;egislativasCcB %ribunal de +ontas do )istrito -ederal K%+)-B, órgão auxiliar da +0mara ;egislativa )istritalCdB %ribunais de +ontas dos Lunicípios K%+LsB, órgãos auxiliares das +0maras Lunicipais. A

    +onstituição reconeceu apenas a existência de %+Ls em dois municípios brasileiros@ (ão PauloK%+L(PB e 3io de #aneiro K%+L3#B, sendo vedada a criação de novos tribunais, conselos ouórgãos de contas municipais, al*m dos dois / existentes Kart. I, Q V9, da +-B.

    )e acordo com o art. ? da +onstituição -ederal, com3ete ao Tri#&nal de Contas da ,ni!o:

    B apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da 3epública, mediante parecer pr*vioue dever/ ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimentoC ulgar as contas dos administradores e demais respons/veis por dineiros, bens e valores públicosda Administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas peloPoder Público federal, e as contas daueles ue derem causa a perda, extravio ou outrairregularidade de ue resulte preuí6o ao er/rio públicoC

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    não se operam os efeitos da decadência antes da vontade final da Administração K(%-@ L(

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    “Art. 73, * 3+ Os Ministros dos Tribunais de contas da União terão as mesmas garantias,

     prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de

    Justiça, apli$andosel-es, uanto aposentadoria e pensão, as normas $onstantes do art. /0). 

    )e acordo com o Linistro AWres "ritto, a função de controle externo exercida pelo %ribunal de +ontas *marcada pelo atributo da indispensabilidade ou ri(orosa essencialidade J lu6 da +onstituição de HGGD.

    +A3A+%$35(%&+A( )! P3!+$((! )$ +!1%3!;$

    !s processos ue tramitam perante os %ribunais de +ontas possuem as seguintes características@

    aB podem ser instaurados de ofícioCbB o ulgamento deve obedecer crit*rios obetivos de ordem t*cnico:urídica, e não par0metros

    políticosCcB não * obrigatória a participação de advogadosCdB inexiste a figura de litigantesDCeB cabe medida cautelar para determinar o afastamento tempor/rio do respons/vel, se existirem

    indícios suficientes de ue, prosseguindo no exercício de suas funções, possa retardar ou dificultar a reali6ação de auditoria ou inspeção, causar novos danos ao er/rio ou inviabili6ar o seuressarcimento Kart.

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    pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa urídica no exercíciode atribuições do Poder Público. ! mandado de segurança tem a peculiaridade de somente admitir a produção de prova documental pr*:constituída, sendo nele in'iB'el a dila!o 3ro#at7ria, isto *,a produção de outros meios de prova para fundamentar a pretensão do impetrante Kna im3etra!o B constam todas as 3ro'as necessBriasB.

    Tuanto ao uso do mandado de segurança, merecem destaue os seguintes entendimentos

     urisprudenciais do (%-@B 1ão cabe mandado de segurança contra lei em tese K(úmula n.

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    PRESCRIÇÃO NO DIREITO ADMINISTRATI=O

    ! instituto da prescrição, entendida como a 3erda do direito de a!o devido J in*rcia de seu titular,tamb*m * reconecido pela legislação pertinente ao )ireito Administrativo.

    +omo regra, o 3rao para interposição de rec&rsos administrati'os * de cinco dias4

    #/ o pra6o para propositura de aGes &diciais* tanto pela Administração uanto pelo administrado, em

    regra * de cinco anos4 &mportante destacar ue as ipóteses de suspensão e interrupção do pra6oprescricional previstas na legislação civil tamb*m são aplic/veis Js ações udiciais pertinentes ao )ireito Administrativo.

    COISA J,L.ADA ADMINISTRATI=A

    7 comum encontrar na doutrina e na urisprudência referências J denominada coisa ulgadaadministrativaD, característica atribuída a determinada decisão tida como imut/vel após o escoamento detodos os pra6os para interposição de recursos administrativos. Assim, por exemplo, costuma:se falar emtr0nsito em ulgadoD do auto de infração fiscal uando não puder mais ser impugnado administrativamentepelo contribuinte devido ao esgotamento das vias recursais.

    $ntretanto, conv*m esclarecer ue, tecnicamente, DECISES ADMINISTRATI=AS NÃO TRANSITAM EMJ,L.ADO* na medida em ue sempre podem ser obeto de revisão perante o Poder #udici/rio. ! uepode aver * uma PRECL,SÃO ADMINISTRATI=A impeditiva de revisão da decisão por parte da Administração. Por*m, mesmo no caso de ocorrer tal preclusão, a decisão ser/ passível de controle udicial, não sendo correto consider/:la como imut/vel ou transitada em ulgado.

    1o $stado de )ireito, somente o Poder #udici/rio pode emitir decisões ue produ6em coisa &l(adamaterial4

    +onteúdo extraído do livro@ MAA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. (ão Paulo@ (araiva,

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    N: A prerrogativa atribuída ao poder legislativo de fiscali6ar a receita, a despesa e a gestão dosrecursos públicos abrange somente os atos do poder executivo, estando excluídos dessaapreciação os atos do poder udici/rioZ +erto ou erradoZ

    $rrado. Tuando o poder udici/rio est/ na função atípica, pode ser fiscali6ado pelo poder legislativo.

    8: ! controle udicial da atividade administrativa do estado * sempre exercido a posteriori, ou sea,

    depois ue os atos administrativos são produ6idos e ingressam no mundo urídico. +erto ouerradoZ

    $rrado. Pode ser pr*vio, concomitante ou posterior 

    ?: A ação de Landado de (egurança apresenta, entre outras, a particularidade de exigir ue sedestine J tutela de direito líuido e certo ue se considera em geral, com auele comprovadodesde a propositura da ação, por meio de prova documental pr*:constituída, isto * anexada Jpetição inicial da ação. +erto ou erradoZ

    +erto. Pois preence todos os reuisitos do Landado de (egurança.

    G: Tualuer cidadão pode, em princípio, promover pessoalmente o controle da administraçãopública. +erto ou erradoZ

    +erto. %em direito a v/rios rem*dios udiciais.

    H: )e acordo com o crit*rio de classificação do controle dos atos administrativos, segundo omomento de seu exercício, podemos identificar situações de seu controle.

    a. (im, pr*vio, concomitante ou posterior 

    b. )e ofício ou provocado

    c. ;egislativo, udicial ou administrativo

    d. &nterno ou externo

    e. )e legalidade ou m*rito.

    =: A +- confere ao congresso nacional atribuição para sustar contrato administrativo consideradoirregular pelo tribunal de contas da união, trata:se uanto J administração pública de exemplo decontrole@

    a. Pr*vio

    b. #udicial

    c. Administrativo

    d. Loral

    e. ;egislativo