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Aula 05 Direito Previdenciário p/ INSS (Prof. Ali Mohamad Jaha) Professor: Ali Mohamad Jaha

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Aula 05

Direito Previdencirio p/ INSS (Prof. Ali Mohamad Jaha)

Professor: Ali Mohamad Jaha

Direito Previdencirio p/ INSS2. Turma 2014/2014Teoria e Questes ComentadasProf. Ali Mohamad Jaha Aula 05

AULA 05

Tema: Arrecadao e Recolhimento das Contribuies destinadas Seguridade Social.

Assuntos Abordados: 5.4. Arrecadao e Recolhimento dasContribuies destinadas Seguridade Social. 5.4.1. Competnciado INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB). 5.4.2. Obrigaes daEmpresa e demais Contribuintes. 5.4.3. Prazo de Recolhimento.5.4.4. Recolhimento Fora do Prazo: Juros, Multa e AtualizaoMonetria. 6. Decadncia e Prescrio. 11. Lei n. 8.212/1991. 12.Lei n. 8.213/1991. 13. Decreto n. 3.048/1999.

Sumrio PginaSaudaes Iniciais. 2 - 201. Introduo Arrecadao e ao Recolhimento dasContribuies Sociais.

2 - 4

02. Arrecadao e Recolhimento da Empresa. 4 - 1103. Arrecadao e Recolhimento do Contribuinte Individual edo Segurado Facultativo.

11 - 19

04. Arrecadao e Recolhimento do Adquirente de Produodo PRPF.

19 - 19

05. Arrecadao e Recolhimento do PRPF e do SeguradoEspecial.

20 - 20

06. Arrecadao e Recolhimento do PRPJ. 20 - 2107. Arrecadao e Recolhimento do Clube de FutebolProfissional.

21 - 21

08. Arrecadao e Recolhimento do Empregador Domstico. 21 - 2309. Arrecadao e Recolhimento da Cooperativa de Trabalho. 23 - 2410. Arrecadao e Recolhimento da Gratificao Natalina. 24 - 2811. Arrecadao e Recolhimento na Resciso do Contrato deTrabalho.

28 - 29

12. Presuno Legal do Recolhimento das ContribuiesSociais.

29 - 30

13. Contrataes Pblicas de Pessoal para ServiosEventuais.

30 - 31

14. Servios de Trabalhador Avulso em Conformidade com aLegislao Porturia.

31 - 33

15. Servios de Trabalhador Avulso em Discordncia com aLegislao Porturia. 33 - 34

16. Decadncia e Prescrio das Contribuies Sociais. 34 - 3617. Recolhimento fora do Prazo: Juros, Multa e AtualizaoMonetria.

36 - 44

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18. Parcelamento de Contribuies Previdencirias. 44 - 4619. Prova de Inexistncia de Dbito. 46 - 5420. Da matrcula da Empresa. Empresas em Dbito com aSeguridade Social.

54 - 56

21. Resumex da Aula. 56 - 6122. Questes Comentadas. 62 - 10123. Questes Sem Comentrios 102 - 11224. Gabarito das Questes. 113 - 113

Saudaes Iniciais.

Ol Concurseiro!

Vamos continuar o nosso Curso de Direito Previdencirio p/INSS 2. Turma 2014/2014?

Rapidamente, vamos iniciar a aula 05! Bons estudos! =)

01. Introduo Arrecadao e ao Recolhimento dasContribuies Sociais.

Na aula de hoje iremos ver a parte de Arrecadao eRecolhimento das Contribuies Sociais. Esse tpico da disciplina basicamente constitudo de:

1. Responsabilidade pelo recolhimento: quem ser a pessoaresponsvel pelo recolhimento de tal contribuio social;

2. Prazo de recolhimento: qual o prazo que a legislao prevpara que o responsvel recolha o valor das contribuies sociais aoscofres pblicos;

3. Peculiaridades: vamos ver algumas peculiaridades interessantesda legislao previdenciria, e;

4. Recolhimento fora do prazo: quando o responsvel pelorecolhimento no realiza o devido pagamento dentro do prazoestipulado pela legislao, ele dever arcar com algumaspenalidades (juros, multas e atualizao monetria).

Competncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB).

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Desde o ano de 2007, toda a Parte de Custeio da Seguridade Socialest no mbito da Receita Federal do Brasil (RFB), enquanto que toda aParte de Benefcios est no mbito do Instituto Nacional do SeguroSocial (INSS).

Para a prova, considero interessante conhecer o disposto no Art. 33da Lei n. 8.212/1991 (Plano de Custeio da Seguridade Social) e no Art.125-A da Lei n. 8.213/1991 (Plano de Benefcios da Previdncia Social).Para constar, os dois dispositivos citados esto com suas redaesalinhadas pela Lei n. 11.941/2009, que operou vrias alteraes nalegislao tributria federal, inclusive essa diviso de funes entre a RFB(custeio) e o INSS (benefcios).

Sem mais delongas, vamos aos referidos dispositivos:

Lei n. 8.212/1991

Art. 33. Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) compete planejar,executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas tributao, fiscalizao, arrecadao, cobrana e ao recolhimento dascontribuies sociais previstas na legislao previdenciria, dascontribuies incidentes a ttulo de substituio e das devidas a outrasentidades e fundos.

1. prerrogativa da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), porintermdio dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil(AFRFB), o exame da contabilidade das empresas, ficando obrigadosa prestar todos os esclarecimentos e informaes solicitados o segurado eos terceiros responsveis pelo recolhimento das contribuiesprevidencirias e das contribuies devidas a outras entidades e fundos.

2. A empresa, o segurado da Previdncia Social, o serventurio daJustia, o sndico ou seu representante, o comissrio e o liquidante deempresa em liquidao judicial ou extrajudicial so obrigados a exibirtodos os documentos e livros relacionados com as contribuies previstasnesta Lei.

3. Ocorrendo recusa ou sonegao de qualquer documento ouinformao, ou sua apresentao deficiente, a Secretaria da ReceitaFederal do Brasil (RFB) pode, sem prejuzo da penalidade cabvel, lanarde ofcio a importncia devida.

4. Na falta de prova regular e formalizada pelo sujeito passivo, omontante dos salrios pagos pela execuo de obra de construo civil

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pode ser obtido mediante clculo da mo de obra empregada,proporcional rea construda, de acordo com critrios estabelecidos pelaSecretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), cabendo ao proprietrio,dono da obra, condmino da unidade imobiliria ou empresacorresponsvel o nus da prova em contrrio.

5. O desconto de contribuio e de consignao legalmente autorizadassempre se presume feito oportuna e regularmente pela empresa a issoobrigada, no lhe sendo lcito alegar omisso para se eximir dorecolhimento, ficando diretamente responsvel pela importncia quedeixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei.

6. Se, no exame da escriturao contbil e de qualquer outrodocumento da empresa, a fiscalizao constatar que a contabilidade noregistra o movimento real de remunerao dos segurados a seu servio,do faturamento e do lucro, sero apuradas, por aferio indireta, ascontribuies efetivamente devidas, cabendo empresa o nus da provaem contrrio.

Lei n. 8.213/1991

Art. 125-A. Compete ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)realizar, por meio dos seus prprios agentes, quando designados, todosos atos e procedimentos necessrios verificao do atendimento dasobrigaes no tributrias impostas pela legislao previdenciria e imposio da multa por seu eventual descumprimento.

1. A empresa disponibilizar a servidor designado por dirigente doINSS os documentos necessrios comprovao de vnculo empregatcio,de prestao de servios e de remunerao relativos a trabalhadorpreviamente identificado.

(...)

3. O disposto neste artigo no abrange as competncias atribudasem carter privativo aos ocupantes do cargo de Auditor-Fiscal daReceita Federal do Brasil (AFRFB) previstas na Lei n. 10.593/2002(Carreira Auditoria da Receita Federal do Brasil).

02. Arrecadao e Recolhimento da Empresa.

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Sobre as normas gerais para empresas, a legislao previdenciriaassim prev:

A arrecadao e o recolhimento das contribuies e de outrasimportncias devidas Seguridade Social, observado o que arespeito dispuserem o Instituto Nacional do Seguro Social e aSecretaria da Receita Federal do Brasil, obedecem s normasgerais do Regulamento da Previdncia Social (RPS/1999).

A Empresa obrigada a:

a) arrecadar a contribuio do segurado Empregado (E),do Trabalhador Avulso (A) e do Contribuinte Individual (C)a seu servio, descontando-a da respectiva remunerao;

b) recolher o produto arrecadado na forma da alnea a eas contribuies a seu cargo incidentes sobre asremuneraes pagas, devidas ou creditadas, a qualquerttulo, inclusive adiantamentos decorrentes de reajustesalarial, acordo ou conveno coletiva, aos seguradosEmpregado (E), Contribuinte Individual (C) e TrabalhadorAvulso (A) a seu servio, e sobre o valor bruto da notafiscal ou fatura de servio, relativo a servios que lhetenham sido prestados por cooperados, por intermdio deCooperativas de Trabalho, at o dia 20 do ms seguintequele a que se referirem as remuneraes, bem como asimportncias retidas na forma do art. 219 do RPS/1999(Normas de Reteno assunto de aula futura), at o dia20 do ms seguinte quele da emisso da nota fiscal oufatura, antecipando-se o vencimento para o dia tilimediatamente anterior quando no houver expedientebancrio no dia 20, e;

c) recolher as c01008991538ontribuies de que trata o art. 204(PIS, COFINS e CSLL), na forma e prazos definidospela legislao tributria federal.

Vamos analisar por partes para voc entender melhor! =)

A alnea a prev que o Empregador obrigado a arrecadar acontribuio do Empregado (E), do Trabalhador Avulso (A) e doContribuinte Individual (C) a seu servio, descontando esse valor daremunerao dos mesmos. Essa alnea est tratando da contribuiosocial do trabalhador, popularmente conhecida como Desconto doSegurado (DS). Por exemplo, Silvana, vendedora de uma grande redede eletrodomsticos, recebe mensalmente R$ 1.500,00. Nesse caso, a

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rede dever reter 9% da remunerao da empregada a ttulo decontribuio (que devero constar no contracheque de Silvana), e recolh-los aos cofres pblicos. O ato de reter o valor devido implica emarrecadar o valor devido, e por sua vez, o pagamento desse valorequivale a recolh-lo aos cofres pblicos. Essas obrigaes so devidaspela empresa em relao aos seus empregados (E), avulsos (A) econtribuintes individuais (C).

A alnea b, ao contrrio da alnea a (que trata sobre o dever dearrecadar), trata especificamente do dever de recolher. Essa alneaobriga as empresas a recolherem:

1. O desconto do segurado (DS) retido no contracheque dos seusempregados, avulsos e contribuintes individuais. Para osempregados e avulsos a alquota do DS poder ser de 8%, 9% ou11%, j para o contribuinte individual, em regra, ser de 11%.

2. A Contribuio Patronal (CP) da empresa em relao sremuneraes pagas aos seus empregados, avulsos e contribuintesindividuais. A CP no descontada do contracheque de ningum, um valor devido pela empresa! A CP geralmente possui alquota de20%.

3. A contribuio social de 15% sobre o valor bruto da nota fiscalde servio prestado por Cooperativa de Trabalho. Devemos terem mente que a empresa, quando contrata os servios de umacooperativa de trabalho, fica com a obrigao de pagar 100% dovalor do servio contratado para a cooperativa de trabalho e 15% dovalor bruto da nota fiscal do servio para a Seguridade Social. Porsua vez, a cooperativa de trabalho no precisa recolher nada! issomesmo amigo, a contribuio fica por conta da empresa.

4. A reteno de 11% sobre o valor bruto da nota fiscal de servioprestado mediante cesso ou empreitada de mo de obra. Nessecaso, a legislao obriga a empresa contratante reter a quantia de11% do valor bruto da nota fiscal e recolher aos cofres pblicos,pagando os 89% restantes empresa contratada. Observe que asistemtica de reteno, ao contrrio da contratao decooperativa de trabalho, que a sistemtica de substituio.

Todos esses valores supracitados devem ser recolhidos at o dia 20do ms subsequente (seguinte) da atividade ou da contratao doservio. O pagamento desses valores ocorre de forma antecipada, e oque isso significa? Por exemplo, uma empresa precisou pagar as

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contribuies sociais referentes ao ms de Outubro de certo ano, cujovencimento dia 20 de Novembro (ms subsequente), e esse caiu numdomingo. Como ela procedeu? Pagou as referidas contribuies no dia 18de novembro, sexta-feira. Quando a data do vencimento (dia 20) cair emsbados, domingos ou feriados, por exemplo, as empresas deverorecolher as contribuies at o PRIMEIRO dia til imediatamente anterior data do vencimento. Entendeu? Observe o calendrio:

Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sb

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18

20 21 22 23 24 25 26

27 28 29 30

Primeiro dia tilimediatamente

anterior aovencimento (20)

A alnea c prev que o recolhimento das contribuies sociaissobre o faturamento (PIS e COFINS) e sobre o lucro (CSLL) ocorrer naforma e no prazo das respectivas legislaes, que a propsito no soobjeto de nosso estudo (matria longa, dispersa e com 100% de chancede NO cair na prova).

A legislao previdenciria ainda traz algumas peculiaridadesinteressantes para os nossos estudos:

A empresa que remunera empregado licenciado para exercermandato de dirigente sindical obrigada a recolher a contribuiodeste, bem como as parcelas a seu cargo, na forma do RPS/1999.

Essa regra bem intuitiva! Imagine que a empresa Fazendasremunere o empregado Pedro enquanto esse exercer a atividade dedirigente sindical. Se a empresa est remunerando seu funcionrio, como se ele estivesse em exerccio, logo, ela dever reter e recolher acontribuio social do empregado (DS) e recolher sua prpria contribuioreferente ao empregado (CP).

A empresa que remunera contribuinte individual obrigada afornecer a este, comprovante do pagamento do servio prestadoconsignando, alm dos valores da remunerao e do descontofeito, o nmero da inscrio do segurado no Instituto Nacional doSeguro Social (INSS).

O contribuinte individual, ao contrrio do empregado e dotrabalhador avulso, no faz parte da folha de salrios da empresa. Por

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esse motivo esse segurado no tem um holerite (contracheque)propriamente dito. Diante de tal situao, a legislao previdenciriaobrigou a empresa, que contrata e remunera contribuinte individual, afornecer-lhe comprovante de pagamento dos servios prestados, comtodos os valores de remunerao, descontos realizados e o nmero deinscrio do segurado junto ao cadastro do INSS, certificando oempregador da sua real reteno e depsito dos valores correspondentes.

A entidade sindical que remunera dirigente que mantm aqualidade de segurado empregado, licenciado da empresa, outrabalhador avulso obrigada a recolher a contribuio destes,bem como as parcelas a seu cargo, na forma do RPS/1999.

A entidade sindical, ao pagar a remunerao do empregadolicenciado (afastado) e do trabalhador avulso, est se equiparando a umaempresa, e deve, portanto, reter e recolher as contribuies devidas poresses segurados (DS), bem como recolher as respectivas contribuiespatronais (CP) cabveis.

A entidade sindical que remunera dirigente que mantm aqualidade de segurado contribuinte individual obrigada arecolher a contribuio de 11% ou 20% at o dia 15 do mssubsequente, de forma postecipada, ou seja, se o dia 15 cairnum domingo, a entidade sindical dever recolher a contribuiodevida pelo contribuinte individual no dia 16 segunda-feira.

A legislao previdenciria afirma que a entidade sindical queremunera dirigente na condio de contribuinte individual deve reter erecolher a contribuio devida por esse segurado.

Alm disso, a legislao previdenciria traz que a alquota decontribuio a ser descontada pela empresa da remunerao paga, devidaou creditada ao contribuinte individual a seu servio, observado o limitemximo do salrio de contribuio, de 11% no caso das empresas emgeral e de 20% quando se tratar de Entidade Beneficente deAssistncia Social (EBAS), isenta das contribuies sociais patronais.Esse recolhimento deve ser realizado at o dia 20 do ms subsequente,tambm de forma antecipada.

Cabe ao empregador, durante o perodo de licenamaternidade da empregada, recolher apenas a parcela dacontribuio a seu cargo (Contribuio Patronal CP).

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Durante o perodo em que a segurada empregada encontra-se emcasa, nos meses iniciais de vida de seu filho, ela remunerada pelaPrevidncia Social, por meio do benefcio Salrio Maternidade. Esseganho, como j de seu conhecimento, o nico considerado Salriode Contribuio (SC), logo as contribuies sociais devidas pelaempregada so descontadas do seu Salrio Maternidade pelo prprioINSS, quando do pagamento mensal do benefcio. Nessa situao, oempregador dever apenas continuar contribuindo com a sua parcela decontribuio social, ou seja, a cota patronal, deixando de fazer reteno erecolhimento do DS, por no estar remunerando sua funcionria noperodo em que ela se encontre no gozo do Salrio Maternidade.

A pessoa jurdica de direito privado enquadrada como EntidadeBeneficente de Assistncia Social (EBAS) obrigada a arrecadar acontribuio do segurado empregado e do trabalhador avulso aseu servio, descontando-a da respectiva remunerao, erecolh-la at o dia 20 do ms subsequente, de formaantecipada.

A EBAS que tenha contratado empregado ou avulso recolherapenas as contribuies devidas por esses segurados (DS). Essa retenoe recolhimento dever ocorrer at o dia 20 do ms subsequente ao daremunerao, com recolhimento antecipado quando o dia 20 cair em diano til.

A alquota de contribu01008991538io a ser descontada pela empresada remunerao paga, devida ou creditada ao

contribuinte individual a seu servio,observado o limite mximo do salrio de contribuio (Teto doRGPS: R$ 4.390,24), de 11% no caso das empresas em gerale de 20 quando se tratar de Entidade Beneficente de

Assistncia Social (EBAS) isenta dascontribuies sociais patronais (CP).

O contribuinte individual pode trabalhar para uma empresaconvencional ou para uma EBAS, nesses dois casos, poderemos ter asseguintes situaes:

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Contribuinte Individual trabalhando em uma empresa:

a) Empresa recolhe cota patronal de 20%, e;

b) Empresa retm e recolhe a contribuio social dotrabalhador de 11%.

Contribuinte Individual trabalhando em uma EBAS:

a) EBAS NO recolhe cota patronal, e;

b) EBAS retm e recolhe a contribuio social dotrabalhador de 20%.

Dando continuidade.

O contribuinte individual contratado por pessoa jurdicaobrigada a proceder arrecadao e ao recolhimento dacontribuio por ele devida, cuja remunerao recebida oucreditada no ms, por servios prestados a ela, for inferior aolimite mnimo do salrio de contribuio (salrio mnimo), obrigado a complementar sua contribuio mensal,diretamente, mediante a aplicao da alquota de 20% sobre ovalor resultante da subtrao do valor das remuneraesrecebidas das pessoas jurdicas do valor mnimo do salrio decontribuio mensal.

Recorremos a um exemplo para simplificar o exposto acima. Pauloconcluiu curso tcnico em eletricidade e iniciou seus servios comoprofissional autnomo na cidade onde mora. Ainda no mesmo ms daconcluso dos seus estudos, Paulo prestou servios em um escritrio deadvocacia para reparos da rede eltrica interna. Cobrou R$ 350,00 peloservio prestado, sendo essa sua nica remunerao naquele ms.

O referido escritrio, pessoa jurdica, ao realizar o pagamento pelosservios do tcnico eltrico, o fez subtraindo o Desconto do Segurado(DS), sob a alquota de 11%, ou seja, Paulo recebeu somente R$ 311,50pelo servio, sendo R$ 38,50 retidos pelo contratante e recolhidos pelomesmo Previdncia, dentro do prazo legal. No entanto, a base de clculocomplementar para os descontos previdencirios do prprio Paulo ser R$374,00 (R$ 724,00 R$ 350,00) inferior a um salrio mnimo (limitemnimo para salrio de contribuio), atualmente no valor de R$ 724,00.

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Para complementar sua contribuio, o profissional autnomo Paulodever contribuir diretamente, tambm sob uma alquota de 20%, sobre ovalor a ser complementado, ou seja, 20% x R$ 328,00, totalizando R$74,80, que devero ser custeados pelo prprio bolso, independentementede ter havido ou no remunerao nessa monta.

Esquematizando:

R$ 724,00 BC mnima para contribuio mensal do CI.

(-) R$ 350,00 BC da contribuio de Paulo ao prestar o servio.

(=) R$ 374,00 BC da contribuio complementar de Paulo.

R$ 724,00 x 11% = R$ 79,64 Contribuio mnima mensal referente BCmnima (SM).

R$ 350,00 x 11% = R$ 38,50 Contribuio retida pela prestao de serviode Paulo.

R$ 374,00 x 20% = R$ 74,80 Contribuio complementar que dever serefetuada por Paulo no referido ms.

03. Arrecadao e Recolhimento do Contribuinte Individual e doSegurado Facultativo.

Sobre esse tema, a legislao previdenciria assim dispe:

A arrecadao e o recolhimento das contribuies e de outrasimportncias devidas Seguridade Social, observado o que arespeito dispuserem o Instituto Nacional do Seguro Social e a

01008991538

Secretaria da Receita Federal do Brasil, obedecem s normasgerais do Regulamento da Previdncia Social (RPS/1999).

Os segurados Contribuinte Individual, quando exerceratividade econmica por conta prpria ou prestar servio apessoa fsica ou a outro contribuinte individual, produtor ruralpessoa fsica, misso diplomtica ou repartio consular decarreira estrangeiras, ou quando tratar-se de brasileiro civilque trabalha no exterior para organismo oficial internacionaldo qual o Brasil seja membro efetivo, e o Facultativo estoobrigados a recolher sua contribuio, por iniciativa prpria,at o dia 15 do ms seguinte quele a que as contribuies sereferirem, prorrogando-se o vencimento para o dia tilsubsequente quando no houver expediente bancrio no dia

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15, facultada a opo prevista no 15 (ContribuinteIndividual ou Facultativo que receba no mximo 1 salriomnimo poder optar por recolhimento trimestral dascontribuies sociais).

A legislao previdenciria clara ao afirmar que o ContribuinteIndividual em algumas situaes, e o segurado Facultativo devem recolhersuas contribuies por iniciativa prpria. O Contribuinte individualdever recolher suas contribuies sociais por conta prpria nas seguinteshipteses:

1. Quando exercer atividade econmica por conta prpria: o casodo profissional autnomo e do profissional liberal! Nesse caso, otrabalhador (engenheiro, advogado, dentista, eletricista,marceneiro, etc.) exerce sua atividade de forma independente, semvnculo empregatcio com nenhuma pessoa fsica ou jurdica. Comoexemplo, podemos citar o contador, que pode exercer sua atividadepor conta prpria ao calcular e elaborar as declaraes de IRPF dealguns clientes, ou o encanador, que atende diariamente vriosservios em residncias distintas.

2. Quando prestar servio pessoa fsica ou a outro contribuinteindividual: Exemplo clssico disso o pedreiro! Ele presta servio aoutra pessoa fsica (dono da obra) ou a outro contribuinte individual(mestre de obras). Ainda temos outros exemplos como pintor,marceneiro, gesseiro, arteso, etc.

3. Quando prestar servio a produtor rural pessoa fsica (PRPF),misso diplomtica ou repartio consular de carreira estrangeira:Caso o contribuinte individual preste servio para qualquer umadessas 3 entidades, ele dever recolher suas prprias contribuiessociais. Ento vamos memorizar:

Produtor Rural Pessoa FSICA (PRPF);

Misso Diplomtica (MD);

Repartio Consular Estrangeira (RCE).

Quando o Contribuinte individual prestar servio para qualquer umdeles, dever recolher suas prprias contribuies sociais! =)

4. Quando tratar-se de brasileiro civil que trabalha no exterior paraorganismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo:

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o enquadramento de contribuinte individual visto em aula anterior.Em suma, quando o indivduo trabalha para a unio no exterior empregado, quando trabalha para organismo oficial no exterior contribuinte individual, devendo recolher suas prpriascontribuies.

O Contribuinte Individual nas situaes supracitadas e o SeguradoFacultativo devero recolher suas contribuies sociais at o dia 15 doms subsequente (seguinte) de forma postecipada, ou seja, se dia 15cair num Domingo, o recolhimento poder ser feito na Segunda-feira, dia16, primeiro dia til aps o vencimento, sem problemas. O pagamentopostecipado vlido para todos os dias no qual no houver expedientebancrio. Observe o calendrio:

Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sb

1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16

22 23 24 25 26 27 28

29 30 31

Primeiro dia tilaps o

vencimento (15)

Sobre esses segurados, a legislao previdenciria traz algumaspeculiaridades que veremos a seguir:

facultado aos segurados Contribuinte Individual eFacultativo, cujos salrios de contribuio sejam iguais ao valorde um salrio mnimo, optarem pelo recolhimento trimestral dascontribuies previdencirias, com vencimento no dia 15 do msseguinte ao de cada trimestre civil, prorrogando-se o vencimentopara o dia tilsubse01008991538bancrio no dia 15.

quente quando no houver expediente

O legislador facultou ao contribuinte individual e ao contribuintefacultativo, que percebam no mximo 1 salrio mnimo mensal, a opode recolher a contribuio devida de forma trimestral. Vamos entender ofuncionamento. Por exemplo, Juan contribuinte individual e recebe nomximo 1 salrio mnimo por ms. Nesse caso, aps o primeiro trimestrecivil (Janeiro, Fevereiro, Maro), ele dever recolher sua contribuiosocial at o dia 15 de Abril (ms subsequente ao trimestre civil). Esserecolhimento postecipado, ou seja, se o dia 15 de Abril for um Sbado,Juan poder recolher aos cofres pblicos as suas contribuies no dia 17,Segunda-Feira, primeiro dia til posterior a data do vencimento.

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A inscrio do segurado no segundo ou terceiro ms do trimestrecivil no altera a data de vencimento prevista no dispositivoanterior, no caso de opo pelo recolhimento trimestral.

Supomos que Juan, conforme exemplo anterior, faa sua inscriono INSS somente em Fevereiro ou Maro, e opte pelo recolhimentotrimestral de contribuies sociais. Ele no perder o direito de fazer suaprimeira contribuio em 15 de Abril (ms subsequente ao trimestre doexemplo), sendo as prximas contribuies trimestrais com vencimentosem 15/07 (referentes a Abril, Maio e Junho), 15/10 (referentes a Julho,Agosto e Setembro), e 15/01 do ano seguinte (referentes a Outubro,Novembro e Dezembro do ano anterior).

Na hiptese de o contribuinte individual prestar servio a outrocontribuinte individual equiparado a empresa ou a produtor ruralpessoa fsica ou a misso diplomtica e repartio consular decarreira estrangeiras, poder deduzir, da sua contribuiomensal, 45% da contribuio patronal do contratante,efetivamente recolhida ou declarada, incidente sobre aremunerao que este lhe tenha pagado ou creditado, norespectivo ms, limitada a 9% do respectivo salrio decontribuio.

Esse o famoso dispositivo legal que determina que:

Contribuinte Individual que atua por conta prpria recolhecontribuio social de 20% sobre o seu SC.

Contribuinte Individual, que prestar servio a outrocontribuinte individual equiparado a empresa ou aprodutor rural pessoa fsica ou a misso diplomtica erepartio consular de carreira estrangeiras, recolheapenas 11% de contribuio social sobre o seu SC.

Vamos entender a matemtica do dispositivo:

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Contribuio Original do Contribuinte Individual: 20%

(-) 45% x Cota Patronal de 20%: -9%

(=) Contribuio Reduzida do Contribuinte Individual: 11%

O legislador ao alterar a redao do disposto supra estudado, agiubem, pois o contribuinte individual que trabalha, com certa habitualidade,para uma entidade (PRPF, Misso Diplomtica, outro contribuinteindividual) deveria ter tratamento semelhante ao de um empregado, oque no ocorria at 1999. Com esse dispositivo esses contribuintesindividuais contribuem com 11% ao invs dos abusivos 20%. Foi umagrande conquista para os trabalhadores no empregados.

A Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo deServio e Informaes Previdncia Social (GFIP) ou declaraofornecida pela empresa ao segurado, onde conste, alm de suaidentificao completa, inclusive com o nmero no CadastroNacional de Pessoas Jurdicas (CNPJ), o nome e o nmero dainscrio do contribuinte individual, o valor da retribuio pagae o compromisso de que esse valor ser includo na citada GFIP eefetuado o recolhimento da correspondente contribuio.

Esse dispositivo bem operacional. No caso, ele obriga a empresaque contrate contribuinte individual a preencher a GFIP, entregar aosegurado e recolher a sua contribuio patronal em relao a essesegurado atravs de Guia da Previdncia Social (GPS). Os dados a serempreenchidos na guia so:

Nome completo da empresa;

CNPJ da empresa;

Nome completo do contribuinte individual;

Nmero de inscrio do contribuinte individual no INSS, e;

Valor da contribuio patronal a ser paga e o compromisso depag-la.

Para a aula de hoje, isso suficiente para o tema GFIP. =)

O contribuinte individual que no comprovar a regularidade dadeduo de que tratam os dois dispositivos anteriores, terglosado (anulado) o valor indevidamente deduzido, devendocomplementar as contribuies com os acrscimos legais devidos.

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Caso o contribuinte individual no consiga provar que trabalhou paraterceiro, com direito de deduo de 9% sobre a sua contribuio originalde 20%, ter os valores deduzidos anulados e dever contribuir sobre aparcela indevidamente deduzida, inclusive com os devidos acrscimoslegais, ou seja, dever recolher os 9% originalmente deduzidos acrescidosdos juros pelo perodo.

Cabe ao prprio contribuinte individual que prestar servios, nomesmo ms, a mais de uma empresa, cuja soma dasremuneraes superar o limite mensal do salrio de contribuio(Teto do RGPS: R$ 4.390,24), comprovar as que sucederem aprimeira, o valor ou valores sobre os quais j tenha incidido odesconto da contribuio, de forma a se observar o limitemximo do salrio de contribuio.

Na hiptese do dispositivo anterior, o Instituto Nacional doSeguro Social poder facultar ao contribuinte individual queprestar, regularmente, servios a uma ou mais empresas, cujasoma das remuneraes seja igual ou superior ao limite mensaldo salrio de contribuio, indicar qual ou quais empresas esobre qual valor dever proceder ao desconto da contribuio, deforma a respeitar o limite mximo, e dispensar as demais dessaprovidncia, bem como atribuir ao prprio contribuinteindividual a responsabilidade de complementar a respectivacontribuio at o limite mximo, na hiptese de, por qualquerrazo, deixar de receber remunerao ou receber remuneraoinferior s indicadas para o desconto.

Imagine que Caio, desenhista, contribuinte individual, preste servioa trs empresas no ms de Janeiro de 2013. Da empresa A ele recebeu R$3.000,00, da empresa B, R$ 1.900,00 e da empresa C mais R$ 1.200,00pelos servios executados, resultando no somatrio de R$ 6.100,00. Essemontante equivale a um valor bastante superior ao teto do RGPS (R$4.390,24), mas Caio no precisar recolher contribuio social sobre ointegral de sua remunerao, afinal, os benefcios aos quais ele temdireito no podero ser superiores ao teto do referido regime.

Nesse caso, a empresa A ir reter e recolher a contribuio social deCaio sobre R$ 3.000,00 (procedimento legal). J a empresa B recolherapenas sobre R$ 1.390,24, pois o valor que falta para o segurado atingiro teto do RGPS. E por fim, a empresa C no recolher nada, pois o SC deCaio j alcanou o teto do RGPS, apenas com os montantes pagos pelasempresas A e B. Nesse caso, cabe ao prprio Caio informar s empresas Be C os valores retidos e arrecadados pela empresa A, pois se no o fizer,

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correr risco de ver o seu salrio reduzido, pela cobrana indevida decontribuies individuais alm do teto do RGPS.

So excludos da obrigao de arrecadar a contribuio docontribuinte individual que lhe preste servio o Produtor RuralPessoa Fsica (PRPF), a misso diplomtica, a repartio consulare o contribuinte individual. Nessa hiptese, cabe ao contribuinteindividual que presta o servio recolher a prpria contribuio,sendo a alquota, neste caso, de 20%, observado aspeculiaridades da legislao previdenciria.

O contribuinte individual que presta servio para PRPF, MissoDiplomtica, Repartio Consular ou a outro Contribuinte individual estobrigado a recolher a sua prpria contribuio social de 20%, observadoalgumas peculiaridades da lei, a saber: no caso de prestar servio spessoas acima indicadas, o contribuinte individual poder deduzir 45% dacontribuio patronal (45% x 20% = 9%) de sua contribuio social(20% - 9% = 11%).

Por fim, observe o Quadro-Resumo da Reteno e Recolhimento doContribuinte Individual:

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CI trabalhandopara: Regras Legais:

A empresa recolhe a sua Cota Patronal de 20%.

Empresa A empresa retm e recolhe a contribuio do CI de 11%.

Prazo: dia 20 do ms subsequente (antecipado).

A EBAS NO recolhe Cota Patronal.

EBAS A EBAS retm e recolhe a contribuio do CI de 20%.

Prazo: dia 20 do ms subsequente (antecipado).

Outro CI

PRPF

Misso Diplomtica

Repartio ConsularEstrangeira

No haver reteno.

O prprio CI dever recolher sua contribuio de 11%.

Prazo: dia 15 do ms subsequente (postecipado).

Pessoa Fsica

Organismo Oficial noExterior

No haver reteno.

O prprio CI dever recolher sua contribuio de 20%.

Prazo: dia 15 do ms subsequente (postecipado).

Por Conta PrpriaO prprio CI dever recolher sua contribuio de 20%.

Prazo: dia 15 do ms subsequente (postecipado).

Administrao Pblicada Unio(Servios Eventuais)

O contribuinte ser enquadrado como Empregado, tendosuas contribuies descontadas no ato do pagamento erecolhidas ao INSS dentro do prazo estipulado por lei,seguindo o regramento estabelecido pela previdnciapara os segurados Empregados.

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04. Arrecadao e Recolhimento do Adquirente de Produo doPRPF.

Sobre esse tpico, a legislao previdenciria assim dispe:

A arrecadao e o recolhimento das contribuies e de outrasimportncias devidas seguridade social, observado o que arespeito dispuserem o Instituto Nacional do Seguro Social e aSecretaria da Receita Federal do Brasil, obedecem s normasgerais do Regulamento da Previdncia Social (RPS/1999).

A empresa adquirente, consumidora ou consignatria ou acooperativa so obrigadas a recolher a contribuio de quetrata o art. 200 do RPS/1999 (Contribuio Social do PRPFincidente sobre a Receita Bruta de Comercializao) no prazode at o dia 20, de forma antecipada, do ms subsequenteao da operao de venda ou consignao da produo rural,independentemente de estas operaes terem sido realizadasdiretamente com o produtor ou com o intermedirio pessoafsica.

O dispositivo bem simples! A empresa adquirente da produo dePRPF dever recolher a contribuio social devida por esse. Estamosdiante do instituto sub-rogao. A empresa adquirente ir reter erecolher os valores devidos pelo PRPF.

Imagine que a Empresa Parcelada adquira a produo do PRPF Luizpor R$ 2.500,00, nesse caso a empresa reter e recolher R$ 52,50(2,1% x RBC) para a Previdncia Social e pagar efetivamente R$2.447,50 a Luiz. Esse recolhimento dever ser feito at o dia 20 do mssubsequente ao da operao de venda ou consignao da produoadquirida, de forma antecipada (se o dia 20 for Domingo, o recolhimentodever ocorrer no dia 18, Sexta-Feira).

Para reforar o contedo j dado, cabe lembrar que essa sub-rogao ocorre para facilitar a fiscalizao, pois a RFB no precisafiscalizar milhares de PRPF (ou Segurados Especiais) como Luiz, mas asalgumas empresas adquirentes dos respectivos produtos agrcolas. Afinal,o que mais fcil: fiscalizar o recolhimento por parte de 50 produtoresrurais locais, ou fiscalizar uma empresa adquirente de toda essaproduo? Tudo certo? Seguimos!

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05. Arrecadao e Recolhimento do PRPF e do Segurado Especial.

Sobre esse tpico, a legislao previdenciria assim dispe:

A arrecadao e o recolhimento das contribuies e de outrasimportncias devidas seguridade social, observado o que arespeito dispuserem o Instituto Nacional do Seguro Social e aSecretaria da Receita Federal do Brasil, obedecem s normasgerais do Regulamento da Previdncia Social (RPS/1999).

O Produtor Rural Pessoa Fsica (PRPF) e o SeguradoEspecial so obrigados a recolher a contribuio de que tratao art. 200 do RPS/1999 (Contribuio Social do PRPFincidente sobre a Receita Bruta de Comercializao) no prazode at o dia 20, de forma antecipada, do ms subsequenteao da operao de venda, caso comercializem a sua produocom adquirente domiciliado no exterior, diretamente, novarejo, a consumidor pessoa fsica, a outro produtor ruralpessoa fsica ou a outro segurado especial.

Esse dispositivo trata dos casos em que no ocorre a sub-rogaodas contribuies do PRPF pelo adquirente. Nesses casos, o PRPF deverecolher diretamente as suas contribuies sociais de 2,1% x RBC(Receita Bruta de Comercializao), quando vender/comercializar suaproduo com:

Adquirente domiciliado no exterior;

De forma direta no varejo, para consumidor final pessoa fsica;

Outro PRPF ou Segurado Especial.

01008991538

06. Arrecadao e Recolhimento do PRPJ.

Sobre as normas gerais do PRPJ, a legislao previdenciria assimdispe:

A arrecadao e o recolhimento das contribuies e de outrasimportncias devidas seguridade social, observado o que arespeito dispuserem o Instituto Nacional do Seguro Social e aSecretaria da Receita Federal do Brasil, obedecem s normasgerais do Regulamento da Previdncia Social (RPS/1999).

O Produtor Rural Pessoa Jurdica (PRPJ) obrigado a recolhera contribuio de 2,6% x RBC (contribuio social de 2,5% +

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adicional GILRAT de 0,1%) no prazo de at o dia 20, de formaantecipada, do ms subsequente ao da operao de venda.

O PRPJ no sub-roga o dever de contribuir a ningum, ou seja, elesempre deve contribuir por sua conta a contribuio social de 2,6% xRBC (Receita Bruta de Comercializao), afinal, trata-se de uma pessoajurdica, portanto, equiparado empresa.

07. Arrecadao e Recolhimento do Clube de Futebol Profissional.

Quanto s normas gerais do Clube de Futebol Profissional, alegislao ptria assim traz:

RPS/1999, Art. 205, 1. Cabe entidade promotora doespetculo a responsabilidade de efetuar o desconto de 5% dareceita bruta decorrente dos espetculos desportivos e orespectivo recolhimento ao Instituto Nacional do Seguro Social(INSS), no prazo de at 2 dias teis aps a realizao doevento.

Por sua vez, conforme dispe o RPS, cabe associao desportivaque mantm equipe de futebol profissional informar entidadepromotora do espetculo desportivo todas as receitas auferidas no evento,discriminando-as detalhadamente.

No obstante, cabe empresa ou entidade que repassar recursos aassociao desportiva que mantm equipe de futebol profissional, a ttulode patrocnio, licenciamento de uso de marcas e smbolos, publicidade,propaganda e transmisso de espetculos, a responsabilidade dereter e recolher, at o dia 20, de forma antecipada, do ms subsequenteao das operaes, o percentual de 5% da receita bruta, inadmitidaqualquer deduo.

08. Arrecadao e Recolhimento do Empregador Domstico.

Quanto s normas gerais do empregador domstico, a legislaoprevidenciria assim dispe:

A arrecadao e o recolhimento das contribuies e de outrasimportncias devidas seguridade social, observado o que arespeito dispuserem o Instituto Nacional do Seguro Social e aSecretaria da Receita Federal do Brasil, obedecem s normasgerais do Regulamento da Previdncia Social (RPS/1999)

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O Empregador Domstico obrigado a arrecadar acontribuio do segurado empregado domstico a seu servioe recolh-la, assim como a parcela a seu cargo, no prazo deat o dia 15 do ms subsequente ao servio, de formapostecipada, cabendo-lhe durante o perodo da licenamaternidade daempregada domstica apenas orecolhimento da contribuio a seu cargo, facultada a opode recolhimento trimestral prevista no RPS/1999.

O empregador domstico deve realizar dois recolhimentos:

1. Reteno e recolhimento da contribuio social devida por seuempregado domstico (8%, 9% ou 11% sobre o seu salrio decontribuio), e;

2. Recolhimento de sua contribuio patronal de 12% sobre osalrio de contribuio. Devo ressaltar que a nica cota patronalque deve respeitar o teto do RGPS, ou seja, se o empregadodomstico recebe R$ 7.000,00 por ms, a contribuio de 12%incidir apenas sobre o teto do RGPS (R$ 4.390,24).

Esses dois recolhimentos devem ser realizados at o dia 15 do msseguinte prestao de servio, de forma postecipada (quando, porexemplo, dia 15 for um Sbado, a referida contribuio poder ser pagano dia 17, Segunda-Feira).

Durante o perodo de licena maternidade, em que a seguradadomstica recebe o benefcio Salrio Maternidade da Previdncia Social, oempregador domstico ir pagar somente a contribuio patronal devidapor ele (12%). Por qu? Como j vimos acima, o Salrio Maternidade o nico benefcio previdencirio que tem natureza de salrio decontribuio, logo, o prprio INSS ao realizar o pagamento do benefcio,realiza a reteno da contribuio social devida pela domstica e lhe pagao valor lquido do benefcio.

A legislao previdenciria ainda prev as seguintes peculiaridades:

facultado ao empregador domstico relativamente aosempregados a seu servio, cujos salrios de contribuio sejamiguais ao valor de um salrio mnimo, ou inferiores nos casos deadmisso, dispensa ou frao do salrio em razo de gozo debenefcio, optar pelo recolhimento trimestral das contribuiesprevidencirias, com vencimento no dia 15 do ms seguinte ao decada trimestre civil, prorrogando-se o vencimento para o dia tilsubsequente quando no houver expediente bancrio no dia 15.

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A legislao, a exemplo do caso do contribuinte individual e dofacultativo, deu a opo do recolhimento trimestral das contribuiesdevidas pelo empregador domstico e pelo empregado (reteno), noscasos em que o salrio de contribuio do domstico seja de no mximo 1salrio mnimo mensal. Nesses casos, o recolhimento ser efetuado no dia15 do ms subsequente ao trimestre civil, de forma postecipada.

Imagine que Airton seja empregador domstico e que tenha a seuservio Marta, empregada domstica, que percebe mensalmente 1 salriomnimo. A respeito das contribuies devidas por Airton (Cota patronal) eMarta (Desconto do segurado), referente ao 2. trimestre civil (Abril, Maioe Junho), devero ser recolhidas at dia 15 de Julho (ms subsequente aotrimestre) de forma postecipada. Isso quer dizer que, se dia 15 de julhocair em um domingo ou em um feriado nacional, o recolhimento pode serrealizado na segunda-feira, sem problemas! =)

A inscrio do segurado no segundo ou terceiro ms do trimestrecivil no altera a data de vencimento prevista no dispositivoanterior, no caso de opo pelo recolhimento trimestral.

Supondo que Airton, conforme exemplo anterior, faa a inscrio deMarta no INSS somente em Maio ou Junho, e opte pelo recolhimentotrimestral de contribuies sociais, ele no perder o direito de fazer suaprimeira contribuio em Julho (ms subsequente ao trimestre doexemplo), ainda que a reteno e o recolhimento do DS e CP sejamparciais (no contemplem todo o trimestre).

No permitida a opo pelo recolhimento trimestralrelativamente contribuio correspondente gratificaonatalina (13. Salrio) do empregado domstico.

Em tpico prprio voc ver que a contribuio social sobre agratificao natalina deve ser calculada em separado e recolhida at o dia20 de dezembro de cada ano, logo, no cabe a opo do recolhimentotrimestral para essa parcela.

09. Arrecadao e Recolhimento da Cooperativa de Trabalho.

Sobre as cooperativas de trabalho, a legislao previdenciria assimdispe:

A arrecadao e o recolhimento das contribuies e de outrasimportncias devidas seguridade social, observado o que a

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respeito dispuserem o Instituto Nacional do Seguro Social e aSecretaria da Receita Federal do Brasil, obedecem s normasgerais do Regulamento da Previdncia Social (RPS/1999).

A Cooperativa de Trabalho obrigada a descontar 11% dovalor da quota distribuda ao cooperado por servios por eleprestados, por seu intermdio, a empresas e 20% em relaoaos servios prestados a pessoas fsicas e recolher o produtodessa arrecadao no dia 20 do ms seguinte ao dacompetncia a que se referir, antecipando-se o vencimentopara o dia til imediatamente anterior quando no houverexpediente bancrio no dia 20.

Esse dispositivo foi inserido na legislao previdenciria em 2003,enquanto que o RPS/1999 teve sua redao alterada em 2008.Atualmente, a Cooperativa de Trabalho est obrigada a realizar doisrecolhimentos:

1. Contribuio Social de 11%, a ser descontada dos cooperadosque prestaram servio para empresas por intermdio da cooperativade trabalho, e;

2. Contribuio Social de 20% a ser descontada dos cooperadosque prestaram servio para pessoas fsicas por intermdio dacooperativa de trabalho. Aplica-se a mesma contribuio de 20% aser descontada dos cooperados que prestarem servio para umaEntidade Beneficente de Assistncia Social (EBAS). Esseentendimento nasce do fato de tanto as pessoas fsicas quanto asEBAS no realizarem recolhimentos patronais.

Esses recolhimentos devem ser realizados at o dia 20 do mssubsequente ao servio prestado, de forma antecipada.

10. Arrecadao e Recolhimento da Gratificao Natalina.

A legislao previdenciria tem as seguintes previses sobre orecolhimento de contribuies sociais referentes gratificao natalina.

O desconto da contribuio do segurado incidente sobre o valorbruto da Gratificao Natalina (13. Salrio) devido quando dopagamento ou crdito da ltima parcela e dever ser calculadoem separado, sem compensao dos adiantamentos pagos,mediante aplicao, em separado, da alquota de 8%, 9% ou11%, e recolhida, juntamente com a contribuio a cargo daempresa, at o dia 20 do ms de dezembro, antecipando-se o

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vencimento para o dia til imediatamente anterior se no houverexpediente bancrio no dia 20.

O clculo e recolhimento da contribuio social referente gratificao natalina so realizados de forma isolada das outrascontribuies da empresa. A contribuio sobre o 13. salrio devida nopagamento da ltima parcela recebida pelo empregado, ou seja, se aempresa dividir a gratificao em duas vezes, por exemplo, o desconto dacontribuio social ser efetivado somente no pagamento da segundaparcela. Alm disso, o clculo dessa contribuio feito em separado.Observe um exemplo:

2012JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

Recebimento da 1. Parcela do 13. Salrio.

Remunerao: sofre desconto1. Parcela do 13. Salrio: NO sofre desconto.

Recebimento da 2. Parcela do 13. Salrio.

Remunerao: sofre desconto2. Parcela do 13. Salrio: Sofre desconto sobre montante integral.

Geralmente no ms de dezembro, o trabalhador recebe seu salrio ea gratificao natalina (ou apenas a ltima parcela dela). Entretanto, nodevemos somar as duas parcelas para calcular o montante da contribuiosocial devida por ele naquele ms. Esta deve ser calculada parte daremunerao do ms de dezembro percebida pelo trabalhador segurado,ou seja, calcula-se primeiramente a contribuio previdenciria devidapela remunerao do ms de dezembro e em separado, calcula-se acontribuio previdenciria devida sobre valor integral da gratificaonatalina. E por que isso ocorre? Porque o recolhimento da contribuioreferente ao 13. Salrio deve ser realizado at o dia 20 de dezembro,diferentemente da data do recolhimento previdencirio referente contribuio do ms de dezembro, que dever ser efetuada at o dia 20do ms subsequente, ou seja, at o dia 20 de janeiro do prximo ano.Vamos esquematizar novamente para ficar mais fcil!

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2012JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

Recebimento da 2. Parcela do 13. Salrio.

Remunerao: sofre desconto, e deve ser recolhida at o dia 20/01do ano seguinte.

2. Parcela do 13. Salrio: Sofre desconto sobre montante integral, edeve ser recolhido at o dia 20 de dezembro.

Alm disso, no podemos esquecer que a data do recolhimento dareferida contribuio sobre a gratificao natalina deve ocorrer de formaantecipada, ou seja, se dia 20 de dezembro cair em um Sbado ouDomingo, o recolhimento deve ocorrer at o ltimo dia til anterior, ouseja, na sexta-feira.

Vamos pensar em mais um exemplo para ficar bem claro! Imagineque Wilmar trabalhe em uma madeireira, e receba em dezembro salriode R$ 2.400,00, vale transporte (em carto magntico) no valor de R$250,00 e 1/3 do seu 13., que foi dividido em trs parcelas (R$ 800,00em Abril, Agosto e Dezembro). Nesse caso, como ficar a folha depagamento de Wilmar em Dezembro e suas respectivas contribuiessociais? Desconsidere o Imposto de Renda e observe:

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Folha de Salrio - Dezembro/2012 - Wilmar:Salrio Nominal: R$ 2.400,00Vale Transporte: R$ 250,00Parcela 3/3 da Grat. Natal.: R$ 800,00Total Bruto: R$ 3.450,00

SC R$ 2.400,00Contribuio Social (11%): R$ 264,00

SC Grat. Natal. (ref. soma das 3 parcelas) R$ 2.400,00Contribuio Social da Grat. Natal. (11%): R$ 264,00

Total de descontos p/Contribuio Social R$ 528,00

Prazo para recolhimento:At dia 20 do ms subsequente.

Prazo para recolhimento:At dia 20 de dezembro.

Observe que o vale transporte no compe o salrio de contribuiode Wilmar. Como j vimos, no entendimento do STF, o vale transportesempre ser uma parcela no integrante do SC, independentemente deser fornecido em pecnia (dinheiro) ou em ticket (vale ou cartomagntico), pois se trata de benefcio de natureza indenizatria.Continuando, no ms de dezembro, Wilmar s recebeu 1/3 da gratificaonatalina, mas teve descontado de seu salrio a contribuio referente ao13. salrio integral (R$ 2.400,00).

O empregador domstico pode recolher a contribuio dosegurado empregado a seu servio e a parcela a seu cargo,relativas competncia novembro at o dia 20 dedezembro, juntamente com a contribuio referente Gratificao Natalina (13. Salrio) utilizando-se de um nicodocumento de arrecadao.

Estamos diante de outra norma meramente operacional! Oempregador domstico pode preencher apenas uma Guia da PrevidnciaSocial (GPS documento apropriado para a arrecadao de contribuies

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sociais) e recolher no dia 20 de dezembro os seguintes valores referentesa:

Contribuio patronal, devida por ele, referente ao ms denovembro;

Contribuio social retida, devida pelo empregado domstico,referente ao ms de novembro, e;

Contribuio social referente gratificao natalina (13.salrio).

11. Arrecadao e Recolhimento na Resciso do Contrato deTrabalho.

Sobre a resciso do contrato de trabalho, a legislao previdenciriadisps o seguinte:

No caso de resciso de contrato de trabalho, as contribuiesdevidas sero recolhidas no prazo de at o dia 20 do mssubsequente resciso, de forma antecipada, computando-se emseparado a parcela referente gratificao natalina (13.Salrio).

O dispositivo bem claro! Imagine que Edir foi dispensado de suaempresa em Outubro/2012. Nesse caso, as contribuies devidas emrazo dessa resciso de contrato de trabalho, devero ser recolhidas at odia 20 de novembro de 2012 (Tera-Feira). No entanto, dia 20 denovembro de 2012, ser feriado na cidade onde reside Edir, em virtudedas comemoraes do Dia da Conscincia Negra, e no haver expedientebancrio. Dessa forma, a empresa contratante dever antecipar opagamento para o primeiro dia til imediatamente anterior, ou seja, dia19/11/2012, segunda-feira. Por fim, ressalto que a gratificao natalina,como acontece nos casos em geral, dever ser recolhida em separado ede forma proporcional.

Para as provas bom lembrar-se desse quadrinho, ele salva vidas:

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Responsvel: Contribuio Social:

DS do Empregado.

DS do Trabalhador Avulso.

DS do Contribuinte Individual.

Recolhimento:

Prazo: Forma:

Empresa Cota Patronal de 20%, em regra.

Contribuio de 15% - Coop. Trab.

Reteno de 11%.Sobre a Aquisio de Produo dePRPF.

dia 20ms subsequente Antecipado

DS do Empregado. dia 20EBAS

ContribuinteIndividual

DS do Trabalhador Avulso.DS do Contribuinte Individual:- por conta prpria.- trabalha para outro CI.- trabalha para PRPF ou MissoDiplomtica.

ms subsequente Antecipado

dia 15 Postecipadoms subsequente

Clube deFutebol

- Entidade Promotora (jogo). At 2 dias teis -dia 20

Profissional - Patrocnio, Licenciamento, etc. ms subsequente Antecipado

Empregador Cota Patronal de 12%. dia 15Domstico DS do Empregado Domstico. ms subsequente

Postecipado

Cooperativa 11% - servios prestados as empresas. dia 20de Trabalho 20% - servios prestados

01008991538PF.ms subsequente Antecipado

CasosEspeciais

Gratificao Natalina (13. Salrio) dia 20 deDezembro

AntecipadoResciso de Contrato dia 20

ms subsequente

12. Presuno Legal do Recolhimento das Contribuies Sociais.

Observe os dizeres do RPS/1999:

O desconto da contribuioe da consignao legalmentedeterminado sempre se presumir feito, oportuna eregularmente, pela empresa, pelo empregador domstico, peloadquirente, consignatrio e cooperativa a isso obrigado, no lhes

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sendo lcito alegarem qualquer omisso para se eximirem dorecolhimento, ficando os mesmos diretamente responsveispelas importncias que deixarem de descontar ou tiveremdescontado em desacordo com este Regulamento.

O legislador ordinrio ao redigir o dispositivo supracitado, protegeuo trabalhador de forma bem consistente, pois garantiu que osrecolhimentos feitos pelo empregador (ou equiparado) sempre sepresumiro feitos.

Em outras palavras, quando o trabalhador solicitar algum benefciojunto a Previdncia Social, essa nunca poder neg-lo sob a alegao deque o empregador no realizou os devidos recolhimentos (cota patronale/ou desconto do segurado), pois ele diretamente responsvel pelorecolhimento das contribuies referentes ao trabalhador que lhe presteservio (cota patronal), bem como pela reteno e recolhimento dascontribuies devidas pelo trabalhador (desconto do segurado). Caso hajareteno em qualquer tempo do DS, mas no seu recolhimento, o entoempregador, sofrer as devidas sanes legais, sem prejuzo do benefciodo segurado.

13. Contrataes Pblicas de Pessoal para Servios Eventuais.

Sobre a contratao de pessoal, pela administrao pblica direta eindireta, para prestao de servios eventuais (no habituais), semvnculo empregatcio (sem ser empregado ou trabalhador avulso), alegislao previdenciria prev:

Os rgos da administrao pblica direta, indireta efundaes pblicas da Unio, bem como as demais entidadesintegrantes do Sistema Integrado de Administrao Financeira doGoverno Federal(SIAF01008991538

I) ao contratarem pessoa fsica para

prestao de servios eventuais, sem vnculo empregatcio,inclusive como integrante de grupo-tarefa, devero obter dela arespectiva inscrio no Instituto Nacional do Seguro Social(INSS), como contribuinte individual, ou providenci-la emnome dela, caso no seja inscrita, e proceder ao desconto erecolhimento da respectiva contribuio, de forma semelhanteaos empregadores. De forma anloga acontece com ascontrataes feitas por organismos internacionais, emprogramas de cooperao e operaes de mtua conveninciaentre estes e o governo brasileiro.

1. Aplica-se o disposto neste artigo mesmo que o contratadoexera concomitantemente uma ou mais atividades

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abrangidas pelo Regime Geral de Previdncia Social (RGPS)ou por qualquer outro regime de previdncia social, ou seja,aposentado por qualquer regime previdencirio.

2. O contratado que j estiver contribuindo para o RGPS nacondio de empregado ou trabalhador avulso sobre o limitemximo do salrio de contribuio dever comprovar essefato e, se a sua contribuio nessa condio for inferior aolimite mximo, a contribuio como contribuinte individualdever ser complementar, respeitando, no conjunto, aquelelimite, procedendo-se, no caso de o salrio de contribuio forsuperior ao limite mximo, o trabalhador dever comprovaros valores sobre os quais j tenha incidido o desconto dacontribuio, de forma a se respeitar o limite mximo dosalrio de contribuio.

O dispositivo acima prev que qualquer trabalhador contratado pelaadministrao pblica para exercer atividade temporria e sem vnculoempregatcio ser inscrito no INSS como Contribuinte Individual. Alinha de raciocnio adotada pelo legislador est correta, pois essetrabalhador no tem vnculo empregatcio, logo no poder serclassificado como empregado nem tampouco trabalhador avulso.

A inscrio do trabalhador como Contribuinte Individual dever serrealizada independentemente de ele j exercer outra atividade ligada aoRGPS, ou mesmo se j aposentado. Lembre-se que cada atividaderemunerada exige uma nova filiao. =)

E por fim, independentemente da quantidade de atividadesexercidas em locais distintos, o salrio de contribuio desse contribuinteindividual dever respeitar o valor mximo do RGPS. Em outras palavras,esse trabalhador deve controlar os descontos realizados por cadacontratante para no ocorrer descontos acima do teto (descontosindevidos), comprovando os valores j descontados pelas demaisempresas onde trabalha.

14. Servios de Trabalhador Avulso em Conformidade com aLegislao Porturia.

O tema pouqussimo explorado em provas, mas bom estudarmostodos os assuntos presentes na legislao, para que voc no sejasurpreendido! Sobre o assunto, o Regulamento da Previdncia Social(RPS/1999) dispe o seguinte:

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Art. 217. Na requisio de mo de obra de Trabalhador Avulsoefetuada em conformidade com a Leis n. 12.815/2013 (NovaLei dos Portos) e a Lei n. 9.719/1998 (Normas e CondiesGerais de Proteo ao Trabalho Porturio), o responsvel pelasobrigaes previstas neste Regulamento, em relao aossegurados que lhe prestem servios, o operador porturio, otomador de mo de obra, inclusive o titular de instalaoporturia de uso privativo, observadas as normas fixadas peloInstituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Como podemos observar, quando a contratao de TrabalhadorAvulso for realizada de acordo com as legislaes porturias, aresponsabilidade pelas obrigaes previdencirias recai, em regra, sobreo:

Operador Porturio, e;

O Tomador de Mo de obra, inclusive na condio de titular deinstalao porturia privativa.

Dando continuidade anlise do texto legal:

O operador porturio ou titular de instalao de usoprivativo repassar ao rgo Gestor de Mo de Obra (OGMO),at 24 horas aps a realizao dos servios:

1. O valor da remunerao devida aos trabalhadoresporturios avulsos, inclusive a referente s frias e gratificao natalina, sendo que relativamente gratificaonatalina, a contribuio do trabalhador avulso ser calculadacom base na alquota correspondente ao seu salrio decontribuio mensal, e;

01008991538

2. O valor da contribuio patronal previdenciriacorrespondente.

A legislao prev que o operador porturio (ou titular de instalaoporturia privativa) repassar ao OGMO em 24 horas, a remuneraodos trabalhadores porturios e a contribuio patronal por ele devida.Esse prazo de 24 horas no imutvel. Ele pode ser alterado medianteconveno coletiva firmada entre entidades sindicais representativasdos trabalhadores e operadores porturios, observado o prazo legal pararecolhimento dos encargos previdencirios.

O rgo Gestor de Mo de Obra (OGMO) responsvel:

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1. Pelo pagamento da remunerao ao trabalhador porturioavulso;

2. Pela elaborao da folha de pagamento;

3. Pelo preenchimento e entrega da Guia de Recolhimento doFundo de Garantia do Tempo de Servio e Informaes Previdncia Social (GFIP);

4. Pelo recolhimento das contribuies a cargo do trabalhadoravulso (8%, 9% ou 11% x SC), da contribuio patronal(20% x SC), do GILRAT (1%, 2% ou 3% x SC, a cargo doempregador), incidentes sobre a remunerao paga, devidaou creditada aos trabalhadores porturios avulsos, inclusivesobre frias e gratificao natalina, no prazo de at o dia 20do ms subsequente a prestao do servio, de formaantecipada, e;

5. Pagamento do Salrio Famlia devido ao trabalhadorporturio avulso, mediante convnio, que se incumbir dedemonstr-lo na folha de pagamento correspondente.

Uma vez que a remunerao do trabalhador avulso e a contribuiopatronal so repassadas, pelo Operador Porturio ao OGMO, cabe a esse opagamento da remunerao aos trabalhadores porturios, orecolhimento das contribuies devidas e cumprimento dasobrigaes acessrias (preenchimento da GFIP e elaborao da Folhade Pagamento).

15. Servios de Trabalhador Avulso em Discordncia com aLegislao Porturia.

Outro assunto pouco explorado em provas, mas por segurana,vamos ver o que diz a letra do Regulamento da Previdncia Social(RPS/1999):

Art. 218. A empresa tomadora ou requisitante dos servios detrabalhador avulso, cuja contratao de pessoal no forabrangida pela Lei n. 12.815/2013 (Nova Lei dos Portos) e pelaLei n. 9.719/1998 (Normas e Condies Gerais de Proteo aoTrabalho Porturio), responsvel pelo cumprimento de todas asobrigaes previstas neste Regulamento, bem como pelopreenchimento e entrega da Guia de Recolhimento do Fundo deGarantia do Tempo de Servio e Informaes Previdncia Social(GFIP) em relao aos segurados que lhe prestem servios,

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observadas as normas fixadas pelo Instituto Nacional do SeguroSocial (INSS).

1 O Salrio Famlia devido ao trabalhador avulso mencionadono caput ser pago pelo sindicato de classe respectivo,mediante convnio, que se incumbir de elaborar as folhascorrespondentes.

2 O tomador de servios responsvel pelo recolhimento dacontribuio a cargo do trabalhador avulso (8%, 9% ou 11% xSC), da contribuio patronal (20% x SC), do GILRAT (1%, 2%ou 3% x SC, por conta do tomador), incidentes sobre aremunerao paga, devida ou creditada ao trabalhador avulso,inclusive sobre frias e gratificao natalina, no prazo de at o dia20 do ms subsequente a prestao do servio, de formaantecipada.

Quando a requisio do servio do trabalhador porturio forrealizada em desobedincia s leis porturias, no existe o repasse deremunerao devida ao avulso ao OGMO, nem tampouco o repasse dascontribuies patronais ao OGMO. Como o tomador da mo de obra norepassa qualquer importncia para o OGMO, a obrigao de efetuar opagamento aos trabalhadores avulsos, de recolher as contribuiesdevidas e realizar as obrigaes acessrias recai sobre o prprio tomador,no existindo o repasse para um terceiro responsvel (OGMO).

16. Decadncia e Prescrio das Contribuies Sociais.

Em regra, este tpico no vem explicitado no edital dos certames,entretanto, um assunto muito interessante que pode ser cobrado tantona parte previdenciria quanto na parte tributria, se for o caso. =)

Para revisar de forma bem superficial, no Direito Tributrio, o queseria prazo decadencial e prazo prescricional? O prazo decadencial oprazo que a Receita Federal do Brasil (RFB) tem para constituir o crditotributrio referente Contribuio Social, atravs do LanamentoTributrio. J o prazo prescricional o prazo que a RFB tem paracobrar esse crdito do contribuinte (sujeito passivo). Em um esquemabem simples:

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Prazo

FatoGerador 5 Anos

PrazoDecadencial

Constituiodo CT

(Lanamento)5 Anos

Prescricional

Cobranado CT

Sobre esse assunto, at o ano de 2008 discutia-se o prazo dedecadncia e prescrio das contribuies sociais. Esse dilema estava nofato de a Lei n. 8.212/1991 (Plano de Custeio da Previdncia Social)prever que o prazo decadencial e prescricional das contribuies sociaisera de 10 anos, ao passo que o Cdigo Tributrio Nacional de 1966(CTN/1966) sempre definiu que o prazo decadencial e prescricional dostributos em geral era de 5 anos. Existiam doutrinadores apoiando as duascorrentes e as provas objetivas de concursos cobravam, ora a literalidadedo CTN (5 anos), ora a literalidade da Lei n. 8.212/1991 (10 anos).

Finalmente, em 2008, aps incontveis demandas judiciais, oSupremo Tribunal Federal (STF) publicou a seguinte Smula Vinculante:

Smula Vinculante n. 08/2008: so inconstitucionais opargrafo nico do artigo 5. do Decreto-Lei n. 1.569/1977 e osartigos 45 e 46 da Lei n. 8.212/1991, que tratam deprescrio e decadncia de crdito tributrio.

A partir dessa smula, as contribuies sociais (espcie do gnerotributo) comearam a seguir os prazos decadenciais e prescricionaispresentes no CTN/1966 (5 anos). Diante de tal mudana e adaptando umpouco os dizeres do CTN, temos que:

Decadncia:

O direito de a Receita Federal do Brasil constituir o crditotributrio referente s contribuies Sociais extingue-se aps 5anos, contados:

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1. Do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que ocrdito poderia ter sido constitudo, ou;

2. Da data em que se tornar definitiva a deciso que houveranulado, por vcio formal, a constituio do crditoanteriormente efetuada.

Prescrio:

A ao para a cobrana do crdito tributrio referente sContribuies Sociais prescreve em 5 anos, contados da data dasua constituio definitiva.

Amigo Concurseiro, se cair em sua prova alguma questo sobredecadncia ou prescrio de Contribuies Sociais, no tenha dvida, oprazo de 5 anos. =)

17. Recolhimento fora do Prazo: Juros, Multa e AtualizaoMonetria.

As Contribuies Sociais dos empregadores e dos trabalhadores,at maio de 2009, seguiam regras prprias para o clculo de juros, multase atualizaes monetrias decorrentes de recolhimento fora do prazo.Eram regras complicadas e nada didticas. Mas para a sua sorte, e para aminha tambm (que fiz a 1. fase da RFB em dezembro de 2009), a RFBestendeu s contribuies sociais, as mesmas regras de clculo adotadaspelos impostos federais, previstas na Lei n. 9.430/1996.

A legislao tributria especificou que as (a) ContribuiesPatronais, as (b) Contribuies dos Empregadores Domsticos e as(c) Contribuies dos trabalhadores sobre o seu salrio decontribuio seguiriam as seguintes regras:

Os dbitos para com a Unio, decorrentes de tributos econtribuies administrados pela Secretaria da Receita Federal doBrasil, cujos fatos geradores ocorrerem a partir de 1. de janeirode 1997, no pagos nos prazos previstos na legislao especfica,sero acrescidos de Multa de Mora, calculada taxa de 0,33%,por dia de atraso.

1. Essa Multa de Mora ser calculada a partir do primeiro diasubsequente ao do vencimento do prazo previsto para opagamento do tributo ou da contribuio at o dia em queocorrer o seu pagamento.

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2. O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a 20%.

3. Sobre os dbitos a que se refere este dispositivo incidirojuros de mora calculados taxa da SELIC (Sistema Especialde Liquidao e Custdia), a partir do primeiro dia do mssubsequente ao vencimento do prazo at o ms anterior aodo pagamento e de 1% no ms de pagamento.

Antes de tudo, o que Taxa SELIC? A SELIC, conhecida como taxabsica, a taxa de juros mais baixa da economia nacional, sendo que ela utilizada nos emprstimos entre bancos e nas aplicaes que os bancosfazem em ttulos pblicos federais (ttulos negociveis). A SELIC faz svezes de uma taxa-piso, pois valor base para a formao das demaistaxas de juros cobradas no mercado financeiro, onde so acrescentadosoutros fatores de risco, como a inadimplncia e fatos imprevisveis aomercado. Os bancos, ao pegar dinheiro no mercado, paga taxa SELIC, equando repassam aos empresrios ou consumidores, na forma deemprstimos, cobram uma taxa superior a SELIC.

Voltando ao Direito Previdencirio, como funciona o clculo de multae juros de mora? Imagine que a empresa Objetivos tenha recolhido acontribuio patronal sobre folha de salrios de R$ 10.500,00 com 8 diasde atraso. Qual ser a multa de mora? E os juros de mora?

Multa de mora:

Dias de atraso: 8 dias x 0,33% = 2,66%

Contribuio Devida (CP): 20% x R$10.500,00 = R$ 2.100,00

2,66% x R$ 2.100,00 = R$ 56,00 Multa de Mora.

Lembre-se que a multa de mora ser de no mximo 20%, ou seja,a multa ter um valor crescente at o 60. dia atraso, aps esse dia, amulta de mora ficar fixa em 20%. Observe o quadro:

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Dias deAtraso

Multa(%/dia)

MultaDevida

(%)1 0,33 0,332 0,33 0,673 0,33 1,004 0,33 1,335 0,33 1,67

()10 0,33 3,33

()20 0,33 6,67

()30 0,33 10,00

()40 0,33 13,33

()50 0,33 16,67

()60 0,33 20,0061 0,33 20,0062 0,33 20,0063 0,33 20,0064 0,33 20,0065 0,33 20,00

()70 0,33 20,00

()90 0,33 20,00

()300 0,33 20,00

Entendeu? Simples, no mesmo? =)

Quanto aos Juros de Mora, a regra essa:

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Juros de Mora: Taxa:Ms de Vencimento: ZEROMeses Intermedirios: SELICMs de Pagamento: 1%

A contribuio patronal do nosso exemplo acima deveria ter sidorecolhida at o dia 20, mas foi recolhida dia 28, com 8 dias de atraso.Nesse caso, apesar do recolhimento fora do prazo, o pagamento foirealizado no ms de vencimento da contribuio social, logo, no incidirjuros de mora sobre esse recolhimento fora do prazo.

Vamos a um segundo exemplo! Teresa, empregadora domstica,recolheu referente ao ms de setembro de 2010, contribuio patronal(12%) sobre a remunerao de Crodoaldo, seu fiel empregado domstico,com 55 dias de atraso. Crodoaldo possui remunerao mensal de R$2.500,00. Nesse caso, qual o valor da multa de mora que Teresa deverpagar? E dos juros de mora?

Sem pestanejar, a multa de mora ser de:

55 dias x 0,33% ao dia = 18,33%

Contribuio devida (CP): 12% x R$ 2.500,00 = R$ 300,00

18,33% x R$ 300,00 = R$ 55,00 Multa de Mora.

Quanto aos juros de mora, devemos lembrar que a empregadoradomstica Teresa, tinha o dever legal de recolher a contribuio patronaldevida at o dia 15/10/2010, mas atrasou 55 dias, pagando somente em09/12/2010. Logo, temos:

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Juros de Mora:Juros de Mora: Ms: Taxa:Ms de Vencimento: Outubro/2010: 0,00% (ZERO)Meses Intermedirios: Novembro/2010: 0,81% (SELIC)Ms de Pagamento: Dezembro/2010: 1,00%

Taxa Total de Juros de Mora: 1,81%

1,81% x R$ 300,00 = R$ 5,43 Juros de Mora.

Vamos iniciar o estudo das multas em lanamento de ofcioreferente s contribuies sociais dos empregadores etrabalhadores. Vamos relembrar mais um pouco de Direito Tributrio?Lanamento de ofcio aquele realizado pela autoridade fazendriacompetente (Auditor-Fiscal), sem qualquer tipo de auxlio do contribuinte(sujeito passivo). O rol de hipteses de lanamento de ofcio apresentadono Art. 149 do CTN/1966 taxativo, e significa que somente nashipteses dispostas nesse dispositivo legal, o Auditor-Fiscal poderexecutar o lanamento de ofcio. O mencionado artigo prev que aautoridade fazendria efetuar o lanamento de ofcio nos seguintescasos:

1. Quando a lei assim o determine.

2. Quando a declarao no seja prestada, por quem dedireito, no prazo e na forma da legislao tributria.

3. Quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestadodeclarao nos termos do inciso anterior, deixe de atender, noprazo e na forma da legislao tributria, a pedido deesclarecimento formulado pela autoridade fazendria, recuse-sea prest-lo ou no o p01008991538reste satisfatoriamente, a juzodaquela autoridade.

4. Quando se comprove falsidade, erro ou omisso quanto aqualquer elemento definido na legislao tributria como sendode declarao obrigatria.

5. Quando se comprove omisso ou inexatido, por parte dapessoa legalmente obrigada, no exerccio da atividade a que serefere o artigo seguinte.

6. Quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo, oude terceiro legalmente obrigado, que d lugar aplicao depenalidade pecuniria.

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7. Quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro embenefcio daquele, agiu com dolo, fraude ou simulao.

8. Quando deva ser apreciado fato no conhecido ou noprovado por ocasio do lanamento anterior.

9. Quando se comprove que, no lanamento anterior, ocorreufraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ouomisso, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.

Voltando ao Direito Previdencirio, temos a seguinte disposiopresente na Lei n. 9.430/1996:

Nos casos de lanamento de ofcio, sero aplicadas as seguintesmultas:

1. De 75% sobre a totalidade ou diferena de imposto oucontribuio nos casos de falta de pagamento ourecolhimento, de falta de declarao e nos de declaraoinexata.

2. De 50%, exigida isoladamente, sobre o valor dopagamento mensal em algumas hipteses legais referentes aoImposto de Renda (multa NO aplicvel s contribuiessociais).

Como somente a primeira multa aplicvel sobre as contribuiessociais, dispe-se em regra de uma alquota de 75%. Todavia, a legislaotraz a seguinte peculiaridade:

O percentual de multa de 75% ser duplicado para 150% noscasos de sonegao, fraude e conluio, independentemente de

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outras penalidades administrativas ou criminais cabveis.

Nos casos de sonegao, fraude e conluio, a multa de ofcio duplicada (2 x 75% = 150%). A Lei n. 4.502/1964 caracteriza taisinfraes legais como:

Art. 71. Sonegao toda ao ou omisso dolosa tendente aimpedir ou retardar, total ou parcialmente, o conhecimento porparte da autoridade fazendria:

I - da ocorrncia do fato gerador da obrigao tributriaprincipal, sua natureza ou circunstncias materiais;

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II - das condies pessoais de contribuinte, suscetveis deafetar a obrigao tributria principal ou o crdito tributriocorrespondente.

Art. 72. Fraude toda ao ou omisso dolosa tendente aimpedir ou retardar, total ou parcialmente, a ocorrncia do fatogerador da obrigao tributria principal, ou a excluir ou modificaras suas caractersticas essenciais, de modo a reduzir o montantedo imposto devido a evitar ou diferir o seu pagamento.

Art. 73. Conluio o ajuste doloso entre duas ou mais pessoasnaturais ou jurdicas, visando qualquer dos efeitos referidos nosarts. 71 e 72.

A legislao ainda esclarece:

Os percentuais de multa de ofcio de 75% e de 150% (duplicada)sero aumentados de metade, alcanando os percentuais de112,5% e de 225% (duplicada), nos casos de noatendimento pelo sujeito passivo, no prazo marcado, deintimao para:

1. Prestar esclarecimentos.

2. Apresentar os arquivos ou sistemas de que tratam a Lei n.8.218/1991.

3. Apresentar a documentao tcnica armazenada emarquivos magnticos.

Estamos diante de um agravante de 50% a ser aplicado tanto sobrea multa de ofcio (75%) como sobre a multa de ofcio duplicada (150%).Esse agravante devido quanto o contribuinte no respeitar o prazo deintimao fixado pelo Fisco, para prestar esclarecimentos, apresentararquivos ou apresentar documentao tcnica em arquivomagntico.

A legislao tributria federal prev que o sujeito passivo que,notificado, efetuar o pagamento, a compensao ou o parcelamentodas contribuies sociais devidas pelos empregadores e trabalhadores,ser concedido reduo da multa de lanamento de ofcio nosseguintes percentuais:

1. 50%, se for efetuado o pagamento ou a compensao noprazo de 30 dias, contado da data em que o sujeito passivo foinotificado do lanamento.

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2. 40%, se o sujeito passivo requerer o parcelamento noprazo de 30 dias, contado da data em que foi notificado dolanamento.

3. 30%, se for efetuado o pagamento ou a compensao noprazo de 30 dias, contado da data em que o sujeito passivo foinotificado da deciso administrativa de primeira instncia.

4. 20%, se o sujeito passivo requerer o parcelamento noprazo de 30 dias, contado da data em que foi notificado dadeciso administrativa de primeira instncia.

A legislao tributria ainda prev:

No caso de provimento a recurso de ofcio interposto porautoridade julgadora de primeira instncia, aplica-se a reduo de30% para o caso de pagamento ou compensao, e de 20%,para o caso de parcelamento.

Como se observa, o recurso de ofcio da autoridade julgadora de 1.instncia tambm reduz o valor da multa de ofcio (simples ou duplicada).

Antes de finalizarmos, memorize os seguintes quadrinhos:

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Multa deMora: 0,33% a.d. Mximo 20%

Ms de Vencimento: ZEROJuros de

Mora:Meses Intermedirios: Taxa SELICMs de Pagamento: 1%

Casos Normais No atendimentode Intimao

Multa de Ofcio 75,0% 112,5%Multa de Ofcio

Duplicada*: 150,0% 225,0%

* Em caso de sonegao, fraude e conluio.

Reduo:Pagamento/Compensao at 30 dias aps NL: 50%Pedido de Parcelamento at 30 dias aps NL: 40%

Pagamento/Compensao at 30 dias aps Deciso em 1. Instncia: 30%Pedido de Parcelamento at 30 dias aps Deciso em 1. Instncia: 20%

18. Parcelamento de Contribuies Previdencirias.

At maio de 2009 o parcelamento das contribuies previdenciriasera tratado pela Lei n. 8.212/1991 (Plano de Custeio da SeguridadeSocial), porm, com a edio e publicao da Lei n. 11.941, o temaparcelamento das contribuies comeou a ser tratado pela Lei n.10.522/2002, especificamente entre o Art. 11 e o Art.16 e o Art. 37-B,sendo que todos esses dispositivos encontram-se com suas redaesalteradas e atualizadas pela Lei n. 11.941.

Atualmente, os dbitos de qualquer natureza para com a FazendaNacional podero ser parcelados em at 60 (sessenta) parcelasmensais, a exclusivo critrio da autoridade fazendria, na forma econdies previstas na Lei n. 10.522/2002.

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O parcelamento, conforme dispe a lei em comento, ter suaformalizao condicionada ao prvio pagamento da primeiraprestao, conforme o montante do dbito e o prazo solicitado, sendoque o valor mnimo de cada prestao ser fixado em ato conjunto doSecretrio da Receita Federal do Brasil e do Procurador Geral da FazendaNacional. No caso especfico de dbito j inscrito em Dvida Ativa, aconcesso do parcelamento tambm fica condicionada apresentao degarantia do valor real pelo devedor, inclusive por meio de fianabancria, idnea e suficiente para o pagamento do dbito.

O pedido de parcelamento deferido constitui confisso de dvidae instrumento hbil e suficiente para a exigncia do crdito tributrio,podendo a exatido dos valores parcelados ser objeto de verificao.Quando o devedor faz o pedido de parcelamento Fazenda Nacional, essater 90 dias para se pronunciar pelo deferimento ou no do pedido. Casoo rgo silencie por mais de 90 dias, considera-se automaticamentedeferido o pedido. Ressalto que enquanto a Fazenda no se pronunciar, odevedor deve recolher mensalmente, a ttulo de antecipao, valorcorrespondente a uma parcela.

O valor de cada prestao mensal, por ocasio do pagamento, seracrescido de juros equivalentes taxa referencial do Sistema Especial deLiquidao e de Custdia (SELIC) para ttulos federais, acumuladamensalmente, calculados a partir do ms subsequente ao daconsolidao e deferimento do parcelamento at o ms anterior ao dopagamento, e de 1% relativamente ao ms em que o pagamento estiversendo efetuado.

Caso o contribuinte no consiga cumprir com o seu parcelamento,ainda existe a possibilidade de reparcelamento, inclusive com oacrscimo de novos dbitos. A formalizao do pedido de reparcelamentofica condicionada ao recolhimento da primeira parcela no valor de:

1. 10% do total dos dbitos consolidados;

2. 20% do total dos dbitos consolidados, caso haja dbito comhistrico de reparcelamento anterior.

importante ressaltar que ao reparcelamento se aplicam asmesmas regras do parcelamento anteriormente citadas.

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A resciso do parcelamento ou do reparcelamento e a remessa dorespectivo dbito para inscrio em Dvida Ativa da Unio para execuofiscal ocorrer no caso de falta de pagamento:

1. De 3 parcelas, consecutivas ou no, ou;

2. De 1 (uma) parcela, estando pagas todas as demais.

Por fim, todos os meses, a Secretaria da Receita Federal do Brasil(RFB) e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) divulgaro, emseus stios na internet, demonstrativos dos parcelamentos concedidos nombito de suas competncias.

19. Prova de Inexistncia de Dbito

A prova de inexistncia de dbito, por parte do contribuinte, pessoafsica ou jurdica, realizada atravs de documento comprobatrio deinexistncia de dbito. Esse documento expedido na rbita federal pelaSecretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) pode ser a Certido Negativade Dbito (CND) ou a Certido Positiva de Dbito com Efeitos de Negativa(CPD-EN).

A documentao comprobatria (CND ou CPD-EN) demonstra que osujeito passivo no possui dbito junto ao Fisco Federal (CND) ou que ocrdito encontra-se no vencido, em curso de cobrana executiva compenhora efetivada ou com sua exigibilidade suspensa (CPD-EN), conformedispe o Art. 206 do Cdigo Tributrio Nacional (CTN/1966).

A CND ou CPD-EN fica dispensada de transcrio, em instrumentopblico ou particular, do inteiro teor da certido, bastando a referncia aoseu nmero de srie e a sua data de emisso e a guarda do documento disposio da RFB. Conforme dispe a legislao previdenciria, a CNDter um prazo de validade de at 180 dias, contado da data de suaemisso.

Atualmente, com o espetacular avano da informtica e da internet,a prova de inexistncia de dbito referente s contribuies sociais serfornecida por meio de certido eletrnica, ficando a sua aceitaocondicionada verificao de sua autenticidade pela prpria rede. Umavez comprovada a autenticidade da certido eletrnica na internet, ficadispensada a guarda desse documento comprobatrio.

O CTN/1966 claro ao definir as situaes em que podem serexigidas a CND ou CPD-EN:

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