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 Antes, eram apenas as grandes cidades que se apresentavam como o império da técnica, objeto de modificações, suspensões, acréscimos, cada vez mais sofisticadas e carregadas de artifício. Esse mundo artificial inclui, hoje, o mundo rural. SANTOS, M. A Natureza do Espaço. São Paulo: Hucitec, 1996. Considerando a transformação mencionada no texto, uma consequência socioespacial que caracteriza o atual mundo rural brasileiro é a) a redução do processo de concentração de terras. b) o aumento do aproveitamento de solos menos férteis. c) a ampliação do isolamento do espaço rural. d) a estagnação da fronteira agrícola do país. e) a diminuição do nível de emprego formal. Resolução O desenvolvimento tecnológico da agricultura permite o uso de solos menos férteis que, anteriormente, se tornariam muito difícies, senão impossíveis, de uma produção agrícola razoável. Como exemplo, pode-se citar a utilização dos solos amazônicos, cuja baixa fertilidade é comprovada – e com a tecnologia – tornaram-se produtivos. Tal fato também ocorreu com os solos lateríticos do Cerrado.  N N OVEMBRO 2 1 N

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  • 1 BBAntes, eram apenas as grandes cidades que seapresentavam como o imprio da tcnica, objeto demodificaes, suspenses, acrscimos, cada vez maissofisticadas e carregadas de artifcio. Esse mundoartificial inclui, hoje, o mundo rural.

    SANTOS, M. A Natureza do Espao. So Paulo: Hucitec, 1996.

    Considerando a transformao mencionada no texto, umaconsequncia socioespacial que caracteriza o atual mundorural brasileiro a) a reduo do processo de concentrao de terras.b) o aumento do aproveitamento de solos menos frteis.c) a ampliao do isolamento do espao rural.d) a estagnao da fronteira agrcola do pas.e) a diminuio do nvel de emprego formal.ResoluoO desenvolvimento tecnolgico da agricultura permiteo uso de solos menos frteis que, anteriormente, setornariam muito difcies, seno impossveis, de umaproduo agrcola razovel. Como exemplo, pode-secitar a utilizao dos solos amaznicos, cuja baixafertilidade comprovada e com a tecnologia tornaram-se produtivos. Tal fato tambm ocorreu comos solos laterticos do Cerrado.

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  • 2 AA

    Fonte: Incra. Estatsticas cadastrais 1998.

    O grfico representa a relao entre o tamanho e atotalidade dos imveis rurais no Brasil. Que caractersticada estrutura fundiria brasileira est evidenciada nogrfico apresentado?a) A concentraao de terras nas mos de poucos.b) A existncia de poucas terras agricultveis.c) O domnio territorial dos minifndios.d) A primazia da agricultura familiar.e) A debilidade dos plantations modernos.ResoluoA caracterstica da estrutura fundiria evidenciadapelo grfico a concentrao de terras na mo depoucos proprietrios, j que as propriedades comrea superior a 1.000 ha (os chamados latifndios)concentram 53% das terras agricultveis do Pas.

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  • 3 AAA maioria das pessoas daqui era do campo. Vila Maria hoje exportadora de trabalhadores. Empresrios dePrimavera do Leste, Estado de Mato Grosso, procuram obairro de Vila Maria para conseguir mo de obra. genteindo distante daqui 300, 400 quilmetros para ir trabalhar,para ganhar sete conto por dia. (Carlito, 43 anos,maranhense, entrevistado em 22/03/98).

    Ribeiro, H. S. O migrante e a cidade: dilemas e conflitos.Araraquara: Wunderlich, 2001 (adaptado).

    O texto retrata um fenmeno vivenciado pela agriculturabrasileira nas ltimas dcadas do sculo XX,consequnciaa) dos impactos sociais da modernizao da agricultura.b) da recomposio dos salrios do trabalhador rural.c) da exigncia de qualificao do trabalhador rural.d) da diminuio da importncia da agricultura.e) dos processos de desvalorizao de reas rurais.ResoluoO texto referente questo retrata os impactos sociaisque a modernizao da agricultura brasileira trouxeao deslocar trabalhadores de alguns centros paraoutros em funo de trabalho, nem sempre formal.Tais impactos compreendem fatos como os enormesdeslocamentos feitos pelos trabalhadores, os baixossalrios auferidos, a situao do subemprego.

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  • 4 BBOs lixes so o pior tipo de disposio final dos resduosslidos de uma cidade, representando um grave problemaambiental e de sade pblica. Nesses locais, o lixo jogado diretamente no solo e a cu aberto, sem nenhumanorma de controle, o que causa, entre outros problemas,a contaminao do solo e das guas pelo chorume (lquidoescuro com alta carga poluidora, proveniente dadecomposio da matria orgnica presente no lixo).

    RICARDO, B.; CANPANILLI, M. Almanaque BrasilSocioambiental 2008.

    So Paulo, Instituto Socioambiental, 2007.

    Considere um municpio que deposita os resduos slidosproduzidos por sua populao em um lixo. Esseprocedimento considerado um problema de sadepblica porque os lixesa) causam problemas respiratrios, devido ao mau cheiro

    que provm da decomposio.b) so locais propcios proliferao de vetores de

    doenas, alm de contaminarem o solo e as guas.c) provocam o fenmeno da chuva cida, devido aos

    gases oriundos da decomposio da matria orgnica.d) so instalados prximos ao centro das cidades,

    afetando toda a populao que circula diariamente narea.

    e) so responsveis pelo desaparecimento das nascentesna regio onde so instalados, o que leva escassez degua.

    ResoluoOs lixes, locais onde as comunidades dos municpiosdepositam resduos dos mais diversos tipos, sopropcios proliferao de vetores de doenas, almde contaminarem os solos e as guas com o chamadochorume. Tal processo se intensifica quando osterrenos utilizados pelos lixes no sofrerem o devidoprocesso da impermeabilizao, o que impediria apenetrao do chorume.

    Figura para as questes 5 e 6

    TEIXEIRA, W. et al. (Orgs). Decifrando a Terra. So Paulo:Companhia Editora Nacional, 2009.

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  • 5 AAMuitos processos erosivos se concentram nas encostas,principalmente aqueles motivados pela gua e pelo vento.No entanto, os reflexos tambm so sentidos nas reas debaixada, onde geralmente h ocupao urbana.Um exemplo desses reflexos na vida cotidiana de muitascidades brasileiras a) a maior ocorrncia de enchentes, j que os rios

    assoreados comportam menos gua em seus leitos.b) a contaminao da populao pelos sedimentos

    trazidos pelo rio e carregados de matria orgnica.c) o desgaste do solo nas reas urbanas, causado pela

    reduo do escoamento superficial pluvial na encosta.d) a maior facilidade de captao de gua potvel para o

    abastecimento pblico, j que maior o efeito doescoamento sobre a infiltrao.

    e) o aumento da incidncia de doenas como a amebasena populao urbana, em decorrncia do escoamentode gua poluda do topo das encostas.

    ResoluoUma encosta desprotegida de sua vegetao, exposta eroso constante, alm da perda dos solos frteis como voorocamento, colabora tambm no preenchimentodos vales dos rios com sedimentos, causando o que sechama de assoreamento, inviabilizando a utilizaodos rios e a vida aqutica, bem como intensificando ostransbordamentos e as inundaes.

    6 DDO esquema representa um processo de eroso em encosta.Que prtica realizada por um agricultor pode resultar emacelerao desse processo?a) Plantio direto.b) Associao de culturas.c) Implantao de curvas de nvel.d) Arao do solo, do topo ao vale. e) Terraceamento na propriedadeResoluoA acelerao do processo de eroso pode serintensificada pela arao do solo, do topo ao vale, poistoda a rea estar exposta ao intemperismo. Naarao do solo, ocorre o desmatamento, o qualdesprotege o terreno, expondo-o a enxurradas queintensificaro enormemente a eroso.

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  • 7 CCPensando nas correntes e prestes a entrar no brao quederiva da Corrente do Golfo para o norte, lembrei-me deum vidro de caf solvel vazio. Coloquei no vidro umanota cheia de zeros, uma bola cor rosa-choque. Anotei aposio e data: Latitude 4949' N, Longitude 2349 W.Tampei e joguei na gua. Nunca imaginei que receberiauma carta com a foto de um menino noruegus,segurando a bolinha e a estranha nota.

    KLINK. A. Parati: entre dois polos. So Paulo: Companhia dasLetras, 1998 (adaptado).

    No texto, o autor anota sua coordenada geogrfica, que a) a relao que se estabelece entre as distncias

    representadas no mapa e as distncias reais dasuperfcie cartografada.

    b) o registro de que os paralelos so verticais e convergempara os polos, e os meridianos so crculosimaginrios, horizontais e equidistantes.

    c) a informao de um conjunto de linhas imaginrias quepermitem localizar um ponto ou acidente geogrficona superfcie terrestre.

    d) a latitude como distncia em graus entre um ponto e oMeridiano de Greenwich, e a longitude como adistncia em graus entre um ponto e o Equador.

    e) a forma de projeo cartogrfica, usada paranavegao, onde os meridianos e paralelos distorcem asuperfcie do planeta.

    ResoluoAo dispor a latitude (4949N) e a longitude (2349W),Amyr Klink forneceu um conjunto de linhasimaginrias que permitem localizar um ponto ou umacidente geogrfico na superfcie da Terra: aschamadas coordenadas geogrficas.

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  • 8 BBA evoluo do processo de transformao de matrias-primas em produtos acabados ocorreu em trs estgios:artesanato, manufatura e maquinofatura.Um desses estgios foi o artesanato, em que sea) trabalhava conforme o ritmo das mquinas e de

    maneira padronizada.b) trabalhava geralmente sem o uso de mquinas e de

    modo diferente do modelo de produo em srie.c) empregavam fontes de energia abundantes para o

    funcionamento das mquinas.d) realizava parte da produo por cada operrio, com uso

    de mquinas e trabalho assalariado.e) faziam interferncias do processo produtivo por

    tcnicos e gerentes com vistas a determinar o ritmo deproduo.

    ResoluoDurante a evoluo da chamada Revoluo Industrial,um dos primeiros estgios do processo foi oartesanato, quando o operrio trabalhava geralmentesem o uso de mquinas e no havia produo em srie(uma caracterstica que iria ocorrer no perodofordista de produo). O trabalho era poucoorganizado e com baixa produtividade.

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  • 9 AAO G-20 o grupo que rene os pases do G-7, os maisindustrializados do mundo (EUA, Japo, Alemanha,Frana, Reino Unido, Itlia e Canad), a Unio Europeiae os principais emergentes (Brasil, Rssia, ndia, China,frica do Sul, Arbia Saudita, Argentina, Austrlia,Coreia do Sul, Indonsia, Mxico e Turquia). Esse grupode pases vem ganhando fora nos fruns internacionaisde deciso e consulta.

    ALLAN. R. Crise global. Dsponivel em:http://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br.

    Acesso em: 31 jul. 2010.

    Entre os pases emergentes que formam o G-20, esto oschamados BRIC (Brasil, Rssia, ndia e China), termocriado em 2001 para referir-se aos pases quea) apresentam caractersticas econmicas promissoras

    para as prximas dcadas.b) possuem base tecnolgica mais elevada.c) apresentam ndices de igualdade social e econmica

    mais acentuados.d) apresentam diversidade ambiental suficiente para

    impulsionar a economia global.e) possuem similaridades culturais capazes de alavancar

    a economia mundial.ResoluoA partir da ltima dcada do sculo XX, alguns paseslograram obter um destacado grau de crescimento, oque levou alguns economistas a cham-los pasesemergentes.Entre eles, destacam-se os BRICs, que emergiram dacrise econmico-financeira de 2008 com uma situaoeconmica sustentvel a tal ponto que permite preverdesen volvimento promissor para as prximas dcadas.

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  • 10 CCA serraria construa ramais ferrovirios que adentravamas grandes matas, onde grandes locomotivas comguindastes e correntes gigantescas de mais de 100 metrosarrastavam, para as composies de trem, as toras quejaziam abatidas por equipes de trabalhadores queanteriormente passavam pelo local. Quando o guindastearrastava as grandes toras em direo composio detrem, os ervais nativos que existiam em meio s mataseram destrudos por este deslocamento.MACHADO P. P. Lideranas do Contestado. Campinas: Unicamp.

    2004 (adaptado).

    No incio do sculo XX, uma srie de empreendimentoscapitalistas chegou regio do meio-oeste de SantaCatarina ferrovias, serrarias e projetos de colonizao.Os impactos sociais gerados por esse processo esto naorigem da chamada Guerra do Contestado. Entre taisimpactos, encontrava-sea) a absoro dos trabalhadores rurais como trabalhadores

    da serraria, resultando em um processo de xodo rural.b) o desemprego gerado pela introduo das novas

    mquinas, que diminuam a necessidade de mo deobra.

    c) a desorganizao da economia tradicional, quesustentava os posseiros e os trabalhadores rurais daregio.

    d) a diminuio do poder dos grandes coronis da regio,que passavam disputar o poder poltico com os novosagentes.

    e) o crescimento dos conflitos entre os operrios em -pregados nesses empreendimentos e os seus pro -prietrios, ligados ao capital internacional.

    ResoluoA chamada Guerra do Contestado(1912-16), em -bora seja considerada um movimento social rural decarter messinico, teve sua origem na desestabili -zao dos ncleos camponeses existente na regio,provocada pelo projeto de construir uma ferrovia queatravessasse a Mata da Araucria. Esse empreen -dimento, proposto ao governo brasileiro pelo em -presrio norte-americano Percival Farquar, vinhacausando uma devastao dos ervais nativos queserviam de base para a economia local.

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  • 11 BB

    TEIXEIRA, W. et. al. (Orgs.) Decifrando a Terra. So Paulo:Companhia Editora Nacional, 2009 (adaptado).

    O esquema mostra depsitos em que aparecem fsseis deanimais do Perodo Jurssico. As rochas em que seencontram esses fsseis soa) magmticas, pois a ao de vulces causou as maiores

    extines desses animais j conhecidas ao longo dahistria terrestre.

    b) sedimentares, pois os restos podem ter sido soterradose litificados com o restante dos sedimentos.

    c) magmticas, pois so as rochas mais facilmenteerodidas, possibilitando a formao de tocas que foramposteriormente lacradas.

    d) sedimentares, j que cada uma das camadasencontradas na figura simboliza um evento de erosodessa rea representada.

    e) metamrficas, pois os animais representados preci -savam estar perto de locais quentes.

    Resoluo medida que os rpteis iam morrendo ao longo doPerodo Jurssico, seus restos iam-se depositando nofundo de vales e depsitos de sedimentos que seformaram em camadas (a estratificao) e per mi -tiram, por um processo fsico-qumico, mant-loscomo fsseis.

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  • 12 EEA Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo setransformava em lucro. As cidades tinham sua sujeiralucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaa lucrativa,sua desordem lucrativa, sua ignorncia lucrativa, seudesespero lucrativo. As novas fbricas e os novos altos-fornos eram como as Pirmides, mostrando mais aescravizao do homem que seu poder.

    DEANE, P. A Revoluo Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979(adaptado).

    Qual relao estabelecida no texto entre os avanostecnolgicos ocorridos no contexto da RevoluoIndustrial Inglesa e as caractersticas das cidadesindustriais no incio do sculo XIX?a) A facilidade em se estabelecerem relaes lucrativas

    transformava as cidades em espaos privilegiados paraa livre iniciativa, caracterstica da nova sociedadecapitalista.

    b) O desenvolvimento de mtodos de planejamentourbano aumentava a eficincia do trabalho industrial.

    c) A construo de ncleos urbanos integrados por meiosde transporte facilitava o deslocamento dos traba -lhadores das periferias at as fbricas.

    d) A grandiosidade dos prdios onde se localizavam asfbricas revelava os avanos da engenharia e daarquitetura do perodo, transformando as cidades emlocais de experimentao esttica e artstica.

    e) O alto nvel de explorao dos trabalhadores industriaisocasionava o surgimento de aglomerados urbanosmarcados por pssimas condies de moradia, sade ehigiene.

    ResoluoO desenvolvimento acelerado das primeiras fases daRevoluo Industrial, a partir do sculo XVIII, causouo crescimento assombroso e catico das cidades,fazendo surgir favelas e poluio, e colaborando comas pssimas condies de moradia, sade e higiene.Observe-se que a alternativa A est correta, masinsere-se em menor proporo no contexto descritopelo cabealho, coisa que a alternativa E melhor faz.

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  • 13 CCAs secas e o apelo econmico da borracha produto queno final do sculo XIX alcanava preos altos nosmercados internacionais motivaram a movimentaode massas humanas oriundas do Nordeste do Brasil parao Acre. Entretanto, at o incio do sculo XX, essa regiopertencia Bolvia, embora a maioria da sua populaofosse brasileira e no obedecesse autoridade boliviana.Para reagir presena de brasileiros, o governo de La Paznegociou o arrendamento da regio a uma entidadeinternacional, o Bolivian Syndicate, iniciando violentasdisputas dos dois lados da fronteira. O conflito sterminou em 1903, com a assinatura do Tratado dePetrpolis, pelo qual o Brasil comprou o territrio por 2milhes de libras esterlinas.

    DISPONVEL em: www.mre.gov.br. Acesso em: 03 nov. 2008 (adaptado)

    Compreendendo o contexto em que ocorreram os fatosapresentados, o Acre tornou-se parte do territrio nacionalbrasileiroa) pela formalizao do Tratado de Petrpolis, que

    indenizava o Brasil pela sua anexao.b) por meio do auxlio do Bolivian Syndicate aos

    emigrantes brasileiros na regio.c) devido crescente emigrao de brasileiros que

    exploravam os seringais.d) em funo da presena de inmeros imigrantes

    estrangeiros na regio.e) pela indenizao que os emigrantes brasileiros

    pagaram Bolvia.ResoluoA compra do Acre pelo Brasil faz parte da poltica deprestgio implementada pelo baro do Rio Branco(ministro das Relaes Exteriores de 1902 a 1912), aqual procurava dar ao Brasil uma posio de primaziana Amrica do Sul. Dentro dessa perspectiva, eracrucial que o governo brasileiro protegesse seuscidados estabelecidos em territrio da Bolvia, osquais j haviam pegado em armas contra o exrcitoboliviano, tendo chegado a proclamar, em 1901, oEstado Independente do Acre.

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  • 14 AACoube aos Xavante e aos Timbira, povos indgenas doCerrado, um recente e marcante gesto simblico: arealizao de sua tradicional corrida de toras (de buriti)em plena Avenida Paulista (SP), para denunciar o cerco desuas terras e a degradao de seus entornos pelo avanodo agronegcio.

    RICARDO, B.; RICARDO, F. Povos indgenas do Brasil: 2001-2005. So Paulo: Instituto Socioambiental, 2006 (adaptado).

    A questo indgena contempornea no Brasil evidencia arelao dos usos socioculturais da terra com os atuaisproblemas socioambientais, caracterizados pelas tensesentre

    a) a expanso territorial do agronegcio, em especial nasregies Centro-Oeste e Norte, e as leis de proteoindgena e ambiental.

    b) os grileiros articuladores do agronegcio e os povosindgenas pouco organizados no Cerrado.

    c) as leis mais brandas sobre o uso tradicional do meioambiente e as severas leis sobre o uso capitalista domeio ambiente.

    d) os povos indgenas do Cerrado e os polos econmicosrepresentados pelas elites industriais paulistas.

    e) o campo e a cidade no Cerrado, que faz com que asterras indgenas dali sejam alvo de invases urbanas.

    ResoluoA questo faz referncia s tenses entre, de um lado,a expanso do agronegcio por reas do Cerrado e,mais recentemente, por reas da floresta, no sul e noleste da Amaznia, e, do outro lado, as leis quedeveriam proteger florestas e comunidades indgenas.O poder poltico v-se dividido entre interessesrelacionados balana comercial e o dever de protegero patrimnio cultural e ambiental.

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  • 15 CCNo dia 28 de fevereiro de 1985, era inaugurada a Estradade Ferro Carajs, pertencente e diretamente operada pelaCompanhia Vale do Rio Doce (CVRD), na regio Nortedo pas, ligando o interior ao principal porto da regio,em So Lus. Por seus, aproximadamente, 900 quil -metros de linha, passam, hoje, 5353 vages e 100 loco -motivas.

    Dsponivel em: http://www.transportes.gov.br. Acesso em 27 jul.2010 (adaptado).

    A ferrovia em questo de extrema importncia para alogstica do setor primrio da economia brasileira, emespecial para pores dos estados do Par e Maranho.Um argumento que destaca a importncia estratgicadessa poro do territrio a a) produo de energia para as principais reas industriais

    do pas.b) produo sustentvel de recursos minerais no

    metlicos.c) capacidade de produo de minerais metlicos.d) logstica de importao de matrias-primas industriais.e) produo de recursos minerais energticos. ResoluoA construo da Estrada de Ferro dos Carajs estdentro do contexto do desenvolvimento econmicoestabelecido durante o perodo militar. Esse sebaseava na explorao e na produo de mineraismetlicos, como ferro e mangans, tanto com oobjetivo de obter fontes de renda, como gerar recursospara cobrir os emprstimos contrados paradesenvolver obras de infraestrutura.

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  • 16 EEO Imprio Inca, que corresponde principalmente aosterritrios da Bolvia e do Peru, chegou a englobarenorme contingente populacional. Cuzco, a cidadesagrada, era o centro administrativo, com uma sociedadefortemente estratificada e composta por imperadores,nobres, sacerdotes, funcionrios do governo, artesos,campo neses, escravos e soldados. A religio contava comvrios deuses, e a base da economia era a agricultura.principal mente o cultivo da batata e do milho.

    A principal caracterstica da sociedade inca era a a) ditadura teocrtica, que igualava a todos. b) existncia da igualdade social e da coletivizao da

    terra.

    c) estrutura social desigual compensada pelacoletivizao de todos os bens.

    d) existncia de mobilidade social, o que levou composio da elite pelo mrito.

    e) impossibilidade de se mudar de extrato social e aexistncia de uma aristocracia hereditria.

    ResoluoA sociedade incaica era estamental, o que fazia donascimento o elemento definidor da posio social.Nessa estrutura fortemente hierarquizada, as funesadministrativas e guerreiras eram monopolizadas poruma aristocracia hereditria que sustentava o poderteocrtico do Sapa Inca (imperador, consideradoFilho do Sol).

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  • 17 BBOs vestgios dos povos Tupi-guarani encontram-se desdeas Misses e o rio da Prata, ao sul, at o Nordeste, comalgumas ocorrncias ainda mal conhecidas no sul daAmaznia. A leste, ocupavam toda a faixa litornea,desde o Rio Grande do Sul at o Maranho. A oeste,aparecem (no rio da Prata) no Paraguai e nas terras baixasda Bolvia. Evitam as terras inundveis do Pantanal emarcam sua presena discretamente nos cerrados doBrasil central. De fato, ocuparam, de preferncia, asregies de floresta tropical e subtropical.

    PROUS. A. O Brasil antes dos brasileiros. Rio de Janeiro: JorgeZahar. Editor, 2005.

    Os povos indgenas citados possuam tradies culturaisespecficas que os distinguiam de outras sociedadesindgenas e dos colonizadores europeus. Entre astradies tupi-guarani, destacava-sea) a organizao em aldeias politicamente independentes,

    dirigidas por um chefe, eleito pelos indivduos maisvelhos da tribo.

    b) a ritualizao da guerra entre as tribos e o cartersemissedentrio de sua organizao social.

    c) a conquista de terras mediante operaes militares, oque permitiu seu domnio sobre vasto territrio.

    d) o carter pastoril de sua economia, que prescindia daagricultura para investir na criao de animais.

    e) o desprezo pelos rituais antropofgicos praticados emoutras sociedades indgenas.

    ResoluoAs sociedades indgenas tupis e guaranis eramdistintas das demais justamente pela prtica daagricultura, alm de serem coletoras, o que lhespermitiu organizaes semissedentrias.

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  • 18 BBA usina hidreltrica de Belo Monte ser construda no rioXingu, no municpio de Vitria de Xingu, no Par. Ausinaser a terceira maior do mundo e a maior totalmentebrasileira, com capacidade de 11,2 mil megawatts. Osndios do Xingu tomam a paisagem com seus cocares,arcos e flechas. Em Altamira, no Par, agricultoresfecharam estradas de uma regio que ser inundada pelasguas da usina.

    BACOCCINA, D. QUEIROZ, G.: BORGES, R. Fim do leilo,comeo da confuso. Isto Dinheiro. Ano 13, n.o 655, 28 abri 2010

    (adaptado).

    Os impasses, resistncias e desafios associados cons -truo da Usina Hidreltrica de Belo Monte esto relacio -nadosa) ao potencial hidreltrico dos rios no norte e nordeste

    quando comparados s bacias hidrogrficas dasregies Sul, Sudeste e Centro-Oeste do pas.

    b) necessidade de equilibrar e compatibilizar o investi -mento no crescimento do pas com os esforos para aconservao ambiental.

    c) grande quantidade de recursos disponveis para asobras e escassez dos recursos direcionados para opagamento pela desapropriao das terras.

    d) ao direito histrico dos indgenas posse dessas terrase ausncia de reconhecimento desse direito por partedas empreiteiras.

    e) ao aproveitamento da mo de obra especializada dispo -nvel na regio Norte e o interesse das construtoras navinda de profissionais do Sudeste do pas.

    ResoluoNa fase desenvolvimentista do perodo militar,adotavam-se medidas que se consideravam plausveispara o desenvolvimento, sem maiores consultas spartes sociais interessadas. Hoje em dia, vrios atoressociais dialogam e se confrontam pelos mais diversosinteresses. Assim, a instalao de uma usinahidroeltrica do porte de Belo Monte envolve diversosinteresses e mostra a necessidade de equilibrar ecompatibilizar o investimento no crescimento do Pascom os esforos para conservao ambiental.

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  • 19 CCOs tropeiros foram figuras decisivas na formao devilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra tropeirovem de "tropa" que, no passado, se referia ao conjunto dehomens que transportava gado e mercadoria. Por volta dosculo XVIII, muita coisa era levada de um lugar a outrono lombo de mulas. O tropeirismo acabou associado atividade mineradora, cujo auge foi a explorao de ouroem Minas Gerais e, mais tarde, em Gois. A extrao depedras preciosas tambm atraiu grandes contingentespopulacionais para as novas reas e, por isso, era cada vezmais necessrio dispor de alimentos e produtos bsicos. Aalimentao dos tropeiros era constituda por toucinho,feijo preto, farinha, pimenta-do-reino, caf, fub e coit(um molho de vinagre com fruto custico espremido).Nos pousos, os tropeiros comiam feijo quase sem molhocom pedaos de carne de sol e toucinho, que era servidocom farofa e couve picada. O feijo tropeiro um dospratos tpicos da cozinha mineira e recebe esse nomeporque era preparado pelos cozinheiros das tropas queconduziam o gado.

    Disponvel em http://www.tribunadoplanalto.com.br. Acesso em: 27 nov. 2008.

    A criao do feijo tropeiro na culinria brasileira estrelacionada a) atividade comercial exercida pelos homens que

    trabalhavam nas minas.b) atividade culinria exercida pelos moradores

    cozinheiros que viviam nas regies das minas.c) atividade mercantil exercida pelos homens que

    transportavam gado e mercadoria.d) atividade agropecuria exercida pelos tropeiros que

    necessitavam dispor de alimentos.e) atividade mineradora exercida pelos tropeiros no auge

    da explorao do ouro.

    ResoluoTrata-se de uma questo que exige habilidade deinteleco de texto por parte do candidato, utilizandoa temtica da histria da alimentao, associada aotropeirismo.

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  • 20 CCI Para consolidar-se como governo, a Repblicaprecisava eliminar as arestas, conciliar-se com o passadomonarquista, incorporar distintas vertentes dorepublicanismo. Tiradentes no deveria ser visto comoheri republicano radical, mas sim como heri cvico-religioso, como mrtir, integrador, portador da imagemdo povo inteiro.

    CARVALHO, J. M. C. A formao das almas: O imaginrio da Repblica no Brasil.

    So Paulo: Companhia das Letras, 1990.

    I Ei-lo, o gigante da praa, / O Cristo da multido! Tiradentes quem passa / Deixem passar o Tito.

    ALVES, C. Gonzaga ou a revoluo de Minas. In:CARVALHO. J. M. C. A formao das almas: O

    imaginrio da Repblica no Brasil. So Paulo: Companhiadas Letras, 1990.

    A 1.a Repblica brasileira, nos seus primrdios, precisavaconstituir uma figura heroica capaz de congregardiferenas e sustentar simbolicamente o novo regime.Optando pela figura de Tiradentes, deixou de lado figurascomo Frei Caneca ou Bento Gonalves. A transformaodo inconfidente em heri nacional evidencia que oesforo de construo de um simbolismo por parte daRepblica estava relacionadoa) ao carter nacionalista e republicano da Inconfidncia,

    evidenciado nas ideias e na atuao de Tiradentes.b) identificao da Conjurao Mineira como o

    movimento precursor do positivismo brasileiro.c) ao fato de a proclamao da Repblica ter sido um

    movimento de poucas razes populares, que precisavade legitimao.

    d) semelhana fsica entre Tiradentes e Jesus, queproporcionaria, a um povo catlico como o brasileiro,uma fcil identificao.

    e) ao fato de Frei Caneca e Bento Gonalves teremliderado movimentos separatistas no Nordeste e no Suldo pas.

    ResoluoA alternativa C, alm de corroborar o texto de JosMurilo de Carvalho, se justifica pelo fato de aMonarquia haver cado por obra de um mero golpemilitar, sem participao mais expressiva dapopulao (O povo assistiu bestializado proclamao da Repblica, segundo Aristides Lobo).Obs.: A alternativa A s no pode ser consideradacorreta porque o termo nacionalista extrapola ombito da Inconfidncia Mineira. E a alternativa E,embora historicamente correta, no se aplica aocontexto da questo, pois no focaliza a figura deTiradentes.

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  • 21 BBNegro, filho de escrava e fidalgo portugus, o baiano LuizGama fez da lei e das letras suas armas na luta pelaliberdade. Foi vendido ilegalmente como escravo pelo seupai para cobrir dvidas de jogo. Sabendo ler e escrever,aos 18 anos de idade conseguiu provas de que havianascido livre. Autodidata, advogado sem diploma, fez dodireito o seu ofcio e transformou-se, em pouco tempo,em proeminente advogado da causa abolicionista.

    AZEVEDO, E. O Orfeu de carapinha. In: Revista deHistria. Ano 1, n.o 3. Rio de Janeiro:

    Biblioteca Nacional, jan. 2004 (adaptado).

    A conquista da liberdade pelos afro-brasileiros nasegunda metade do sc. XIX foi resultado de importanteslutas sociais condicionadas historicamente. A biografiade Luiz Gama exemplifica a a) impossibilidade de ascenso social do negro forro em

    uma sociedade escravocrata, mesmo sendoalfabetizado.

    b) extrema dificuldade de projeo dos intelectuaisnegros nesse contexto e a utilizao do Direito comocanal de luta pela liberdade.

    c) rigidez de uma sociedade, assentada na escravido, queinviabilizava os mecanismos de ascenso social.

    d) possibilidade de ascenso social, viabilizada peloapoio das elites dominantes, a um mestio filho de paiportugus.

    e) troca de favores entre um representante negro e a eliteagrria escravista que outorgara o direito advocatcioao mesmo.

    ResoluoAlternativa escolhida por eliminao, pois d aentender que existia um nmero significativo deintelectuais afrodescendentes cujas possibilidades deascenso foram cerceadas pelos preconceitos dasociedade brasileira na Colnia e no Imprio. Ora,essa ilao improcedente, pois figuras como oAleijadinho, Mestre Valentim, os compositoresDomingos Caldas Barbosa e Jos Maurcio Garcia, osengenheiros Teodoro Sampaio e Andr Rebouas, ojornalista Jos do Patrocnio e o prprio Luis Gamademonstram que suas qualidades intelectuais quando se destacavam eram reconhecidas. Emrelao importncia do Direito como arma na lutapela liberdade, a alternativa confirma o enunciado.

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  • 22 DDSubstitui-se ento uma histria crtica, profunda, por umacrnica de detalhes onde o patriotismo e a bravura dosnossos soldados encobrem a vilania dos motivos quelevaram a Inglaterra a armar brasileiros e argentinos paraa destruio da mais gloriosa repblica que j se viu naAmrica Latina, a do Paraguai.

    CHIAVENATTO, J. J. Genocdio americano: A Guerra doParaguai. So Paulo: Brasiliense, 1979 (adaptado).

    O imperialismo ingls, "destruindo o Paraguai, mantm ostatus quo na Amrica Meridional, impedindo a ascensodo seu nico Estado economicamente livre". Essa teoriaconspiratria vai contra a realidade dos fatos e no temprovas documentais. Contudo essa teoria tem algumarepercusso.

    (DORATIOTO. F. Maldita guerra: nova histria daGuerra do Paraguai. So Paulo: Cia. das Letras, 2002

    (adaptado).

    Uma leitura dessas narrativas divergentes demonstra queambas esto refletindo sobre a) a carncia de fontes para a pesquisa sobre os reais

    motivos dessa Guerra.b) o carter positivista das diferentes verses sobre essa

    Guerra.c) o resultado das intervenes britnicas nos cenrios de

    batalha.d) a dificuldade de elaborar explicaes convincentes

    sobre os motivos dessa Guerra.e) o nvel de crueldade das aes do exrcito brasileiro e

    argentino durante o conflito.ResoluoOs textos citados sobre as causas da Guerra doParaguai mostram o antagonismo entre umainterpretao ideolgica (a primeira) e outra maiscientfica, embasada em documentos.

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  • 23 CCQuem construiu a Tebas de sete portas?Nos livros esto nomes de reis.Arrastaram eles os blocos de pedra?E a Babilnia vrias vezes destruda. Quem a reconstruiutantas vezes?Em que casas da Lima dourada moravam os construtores?Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralhada China ficou pronta?A grande Roma est cheia de arcos do triunfo.Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os csares?

    BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que l.Disponvel em: http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso

    em: 28 abr. 2010.

    Partindo das reflexes de um trabalhador que l um livrode Histria, o autor censura a memria construda sobredeterminados monumentos e acontecimentos histricos. Acrtica refere-se ao fato de quea) os agentes histricos de uma determinada sociedade

    deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ougrandiosos e, por isso, ficaram na memria.

    b) a Histria deveria se preocupar em memorizar osnomes de reis ou dos governantes das civilizaes quese desenvolveram ao longo do tempo.

    c) grandes monumentos histricos foram construdos portrabalhadores, mas sua memria est vinculada aosgovernantes das sociedades que os construram.

    d) os trabalhadores consideram que a Histria umacincia de difcil compreenso, pois trata de sociedadesantigas e distantes no tempo.

    e) as civilizaes citadas no texto, embora muitoimportantes, permanecem sem terem sido alvos depesquisas histricas.

    ResoluoA alternativa constitui uma interpretao do texto deBrecht, um dramaturgo marxista que incorpora a tesede que a Histria deveria priorizar o papel das massasem vez de glorificar os governantes.

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  • 24 GGAABBAARRIITTOO OOFFIICCIIAALL:: AAAs runas do povoado de Canudos, no serto norte daBahia, alm de significativas para a identidade cultural,dessa regio, so teis s investigaes sobre a Guerra deCanudos e o modo de vida dos antigos revoltosos. Essas runas foram reconhecidas como patrimniocultural material pelo Iphan (Instituto do PatrimnioHistrico e Artstico Nacional) porque renem umconjunto dea) objetos arqueolgicos e paisagsticos. b) acervos museolgicos e bibliogrficos. c) ncleos urbanos e etnogrficosd) prticas e representaes de uma sociedade.e) expresses e tcnicas de uma sociedade extinta.ResoluoO Iphan (Instituto do Patrimnio Histrico eArtstico Nacional) classifica as runas deCanudos nos termos em que foi formulada aalternativa A. Todavia, a referncia feita peloenunciado ao modo de vida dos antigosrevoltosos pode remeter alternativa D, quemenciona prticas e representaes de umasociedade alis, bastante peculiar, em decor -rncia de sua religiosidade exacerbada e da lide ran a messinica exercida por Antnio Con se -lheiro.

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  • 25 CCEm 2008 foram comemorados os 200 anos da mudanada famlia real portuguesa para o Brasil, onde foi instaladaa sede do reino. Uma sequncia de eventos importantesocorreu no perodo 1808-1821, durante os 13 anos em queD. Joo VI e a famlia real portuguesa permaneceram noBrasil.

    Entre esses eventos, destacam-se os seguintes: Bahia 1808: Parada do navio que trazia a famlia realportuguesa para o Brasil, sob a proteo da marinhabritnica, fugindo de um possvel ataque de Napoleo. Rio de Janeiro 1808: desembarque da famlia realportuguesa na cidade onde residiriam durante suapermanncia no Brasil. Salvador 1810: D. Joo VI assina a carta rgia deabertura dos portos ao comrcio de todas as naesamigas, ato antecipadamente negociado com a Inglaterraem troca da escolta dada esquadra portuguesa. Rio de Janeiro 1816: D. Joo VI torna-se rei do Brasile de Portugal, devido morte de sua me, D. Maria I. Pernambuco 1817: As tropas de D. Joo VI sufocama revoluo republicana.

    GOMES. L. 1808: como uma rainha louca, um prncipemedroso e uma corte corrupta enganaram Napoleo e

    mudaram a histria de Portugal e do Brasil. So Paulo:Editora Planeta, 2007 (adaptado)

    Uma das consequncias desses eventos foia) a decadncia do imprio britnico, em razo do

    contrabando de produtos ingleses atravs dos portosbrasileiros,

    b) o fim do comrcio de escravos no Brasil, porque aInglaterra decretara, em 1806, a proibio do trficode escravos em seus domnios.

    c) a conquista da regio do rio da Prata em represlia aliana entre a Espanha e a Frana de Napoleo.

    d) a abertura de estradas, que permitiu o rompimento doisolamento que vigorava entre as provncias do pas, oque dificultava a comunicao antes de 1808.

    e) o grande desenvolvimento econmico de Portugal apsa vinda de D. Joo VI para o Brasil, uma vez quecessaram as despesas de manuteno do rei e de suafamlia.

    ResoluoA conquista da chamada banda oriental (margemesquerda dos Rios Uruguai e da Prata) ocorreu em ummomento no qual a Espanha, ento sob o governo deJos Bonaparte, e a Frana napolenica inimiga dePortugal eram aliadas. A regio seria anexada aoBrasil em 1821, com o nome de ProvnciaCisplatina.Obs.: A carta-rgia com que D. Joo abriu os portosbrasileiros ao comrcio das naes amigas foi

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  • assinada em 28 de janeiro de 1808 na cidade deSalvador, onde o navio que conduzia o prncipe-regente, desgarrado da frota principal, aportara diasantes. Os demais membros da Famlia Real portu -guesa, transportados em barcos distintos, desembar -caram diretamente no Rio de Janeiro.

    26 DDO artigo 402 do Cdigo penal Brasileiro de 1890 dizia:Fazer nas ruas e praas pblicas exerccios de agilidade edestreza corporal, conhecidos pela denominao decapoeiragem: andar em correrias, com armas ouinstrumentos capazes de produzir uma leso corporal,provocando tumulto ou desordens.Pena: Priso de dois a seis meses.

    SOARES, C. E. L. A Negregada instituio: os capoeirasno Rio de Janeiro: 1850-1890. Rio de Janeiro: Secretaria

    Municipal de Cultura, 1994 (adaptado).

    O artigo do primeiro Cdigo Penal Republicanonaturaliza medidas socialmente excludentes. Nessecontexto, tal regulamento expressavaa) a manuteno de parte da legislao do Imprio com

    vistas ao controle da criminalidade urbana.b) a defesa do retorno do cativeiro e escravido pelos

    primeiros governos do perodo republicano.c) o carter disciplinador de uma sociedade

    industrializada, desejosa de um equilbrio entreprogresso e civilizao.

    d) a criminalizao de prticas culturais e a persistnciade valores que vinculavam certos grupos ao passadode escravido.

    e) o poder do regime escravista, que mantinha os negroscomo categoria social inferior, discriminada esegregada.

    ResoluoA alternativa endossa a capoeira, desenvolvida pelosafrodescendentes, como manifestao cultural,embora tambm visasse autodefesa de seuspraticantes. Nessa linha de interpretao, as puniesimpostas pelo Cdigo Penal Republicano tinham noapenas carter repressivo, mas tambm objetivavama excluso social de uma expressiva parcela dapopulao.

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  • 27 CCA poltica foi, inicialmente, a arte de impedir as pessoasde se ocuparem do que lhes diz respeito. Posteriormente,passou a ser a arte de compelir as pessoas a decidiremsobre aquilo de que nada entendem.

    VALRY, P. Cadernos. Apud BENEVIDES, M. V. M. A cidadania ativa. So Paulo: tica, 1996.

    Nessa definio, o autor entende que a histria da polticaest dividida em dois momentos principais: um primeiro,marcado pelo autoritarismo excludente, e um segundo,caracterizado por uma democracia incompleta.Considerando o texto, qual o elemento comum a essesdois momentos da histria poltica?a) A distribuio equilibrada do poder.b) O impedimento da participao popular.c) O controle das decises por uma minoria.d) A valorizao das opinies mais competentes.e) A sistematizao dos processos decisrios.ResoluoSegundo o autor, as decises polticas sempre sotomadas por uma minoria: a princpio, porque amaioria excluda do processo decisrio; depois,porque essa mesma maioria induzida a tomardecises que na realidade no partem dela.

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  • 28 EEO prncipe, portanto, no deve se incomodar com areputao de cruel, se seu propsito manter o povounido e leal. De fato, com uns poucos exemplos durospoder ser mais clemente do que outros que, por muitapiedade, permitem os distrbios que levem ao assassnioe ao roubo.

    MAQUIAVEL, N. O Prncipe,So Paulo: Martin Claret, 2009.

    No sculo XVI, Maquiavel escreveu O Prncipe, reflexosobre a Monarquia e a funo do governante.A manuteno da ordem social, segundo esse autor,baseava-se naa) inrcia do julgamento de crimes polmicos.b) bondade em relao ao comportamento dos

    mercenrios.c) compaixo quanto condenao de transgresses

    religiosas.d) neutralidade diante da condenao dos servos.e) convenincia entre o poder tirnico e a moral do

    prncipe.ResoluoDe acordo com Maquiavel (primeiro teorizador doabsolutismo), o poder tirnico do governante necessrio para manter a ordem no corpo social; poressa razo, a moral do prncipe no deve se pautarpelos valores tradicionais, devendo moldar-se pelaconvenincia da razo de Estado.

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  • 29 BBEu, o Prncipe Regente, fao saber aos que o presenteAlvar virem: que desejando promover e adiantar ariqueza nacional, e sendo um dos mananciais dela asmanufaturas e a indstria, sou servido abolir e revogartoda e qualquer proibio que haja a este respeito noEstado do Brasil.

    Alvar de liberdade para as indstrias (1.o de Abril de 1808).In Bonavides, P.; Amaral, R. Textos polticos da Histria do

    Brasil. Vol. 1. Braslia: Senado Federal, 2002 (adaptado).

    O projeto industrializante de D. Joo, conforme expressono alvar, no se concretizou. Que caractersticas desseperodo explicam esse fato?a) A ocupao de Portugal pelas tropas francesas e o

    fechamento das manufaturas portuguesas. b) A dependncia portuguesa da Inglaterra e o

    predomnio industrial ingls sobre suas redes decomrcio.

    c) A desconfiana da burguesia industrial colonial dianteda chegada da famlia real portuguesa.

    d) O confronto entre a Frana e a Inglaterra e a posiodbia assumida por Portugal no comrcio interna -cional.

    e) O atraso industrial da colnia provocado pela perda demercados para as indstrias portuguesas.

    ResoluoEm 1808, o prncipe-regente D. Joo revogou o alvarde proibio industrial assinado por D. Maria I em1785. Entretanto, essa medida no produziuresultados expressivos, no s pela carncia do Brasilem capitais e tecnologia, mas tambm pelo absolutopredomnio do industrialismo ingls sobre a economialuso-brasileira.

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  • 30 DDPecado nefando era expresso correntemente utilizadapelos inquisidores para a sodomia. Nefandus: o que nopode ser dito. A Assembleia de clrigos reunida emSalvador, em 1707, considerou a sodomia to pssimo ehorrendo crime, tao contrrio lei da natureza, que eraindigno de ser nomeado e, por isso mesmo, nefando.

    NOVAIS, F.; MELLO E SOUZA L. Histria da vida privada noBrasil. V. 1. So Paulo: Companhia das Letras. 1997 (adaptado).

    O nmero de homossexuais assassinados no Brasil bateuo recorde histrico em 2009. De acordo com o RelatrioAnual de Assassinato de Homossexuais (LGBT Ls -bicas, Gays, Bissexuais e Travestis), nesse ano foramregistrados 195 mortos por motivao homofbica noPas.

    Disponvel em:www.alemdanoticia.com.br/utimas_noticias.php?codnoticia=3871.

    Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).

    A homofobia a rejeio e menosprezo orientaosexual do outro e, muitas vezes, expressa-se sob a formade comportamentos violentos. Os textos indicam que ascondenaes pblicas, perseguies e assassinatos dehomossexuais no pas esto associadasa) baixa representatividade poltca de grupos

    organizados que defendem os direitos de cidadania doshomossexuais.

    b) falncia da democracia no pas, que torna impeditivaa divulgao de estatsticas relacionadas violnciacontra homossexuais.

    c) Constituio de 1988, que exclui do tecido social oshomossexuais, alm de impedi-los de exercer seusdireitos polticos.

    d) a um passado histrico marcado pela demonizao docorpo e por formas recorrentes de tabus e intolerncia.

    e) a uma poltica eugnica desenvolvida pelo Estado,justificada a partir dos posicionamentos de correntesfilosfico-cientficas.

    ResoluoA homofobia est relacionada sobretudo sconcepes culturais que possuem profundas razeshistricas. Est de fato relacionada ao problema dotabu. Entende-se por tabu todo tema sobre o qual asinstutuies sociais dificultam a exposio e o debatepor consider-lo imprprio moralmente, polmico ouameaador de crenas e hbitos vigentes.

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  • 31 EEAps a abdicao de D. Pedro I, o Brasil atravessou umperodo marcado por inmeras crises: as diversas foraspolticas lutavam pelo poder e as reivindicaes populareseram por melhores condies de vida e pelo direito departicipao na vida poltica do pas. Os conflitosrepresentavam tambm o protesto contra a centralizaodo governo. Nesse perodo, ocorreu tambm a expansoda cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos"bares do caf", para o qual era fundamental amanuteno da escravido e do trfico negreiro.

    O contexto do Perodo Regencial foi marcadoa) por revoltas populares que reclamavam a volta da

    monarquia.b) por vrias crises e pela submisso das foras polticas

    ao poder central.c) pela luta entre os principais grupos polticos que

    reivindicavam melhores condies de vida.d) pelo governo dos chamados regentes, que promoveram

    a ascenso social dos "bares do caf".e) pela convulso poltica e por novas realidades

    econmicas que exigiam o reforo de velhas realidadessociais.

    ResoluoO Perodo Regencial (1831-40), que se seguiu abdicao de D. Pedro I, foi a fase politicamente maisconvulsionada da Histria Brasileira; nele eclodiram,por exemplo, a mais longa guerra civil brasileira(Farrapos). Por outro lado, a expanso da cafeiculturano Vale do Paraba, alm de criar uma novaaristocracia rural, ampliou a necessidade de mo deobra escrava o que explica a ineficcia da lei de 1831que proibiu o trfico de cativos africanos para oBrasil.

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  • 32 DDDe maro de 1931 a fevereiro de 1940, foram decretadasmais de 150 leis novas de proteo social e deregulamentao do trabalho em todos os seus setores.Todas elas tm sido simplesmente uma ddiva dogoverno. Desde a, o trabalhador brasileiro encontra nosquadros gerais do regime o seu verdadeiro lugar.

    DANTAS, M. A fora nacionalizadora do Estado Novo. Riode Janeiro: DIP, 1942. Apud BERCITO, S. R. Nos Tempos

    de Getlio: da revoluo de 30 ao fim do Estado Novo.So Paulo: Atual, 1990.

    A adoo de novas polticas pblicas e as mudanasjurdico-institucionais ocorridas no Brasil, com aascenso de Getlio Vargas ao pode+r, evidenciam opapel histrico de certas lideranas e a importncia daslutas sociais na conquista da cidadania. Desse processoresultou a a) criao do Ministrio do Trabalho, Indstria e

    Comrcio, que garantiu ao operariado autonomia parao exerccio de atividades sindicais.

    b) legislao previdenciria, que proibiu migrantes deocuparem cargos de direo nos sindicatos

    c) criao da Justia do Trabalho, para coibir ideologiasconsideradas perturbadoras da "harmonia social".

    d) legislao trabalhista que atendeu reivindicaes dosoperrios, garantido-lhes vrios direitos e formas deproteo.

    e) decretao da Consolidao das Leis do Trabalho(CLT), que impediu o controle estatal sobre asatividades polticas da classe operria.

    ResoluoAs conquistas alcanadas pelos trabalhadoresbrasileiros na Era Vargas resultaram da conjuno deduas vertentes: a luta social empreendida pelosoperrios desde o anarcossindicalismo das primeirasdcadas do sculo XX, passando pela criao do PCBem 1922, e o populismo de Vargas, sensvel saspiraes dos trabalhadores e direcionado paraatend-las, mas tambm convertendo-as em capitalpoltico para sua permanncia frente do Estado.

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  • 33 BBNo difcil entender o que ocorreu no Brasil nos anosimediatamente anteriores ao golpe militar de 1964. Adiminuio da oferta de empregos e a desvalorizao dossalrios, provocadas pela inflao, levaram a uma intensamobilizao poltica popular, marcada por sucessivasondas grevistas de vrias categorias profissionais, o queaprofundou as tenses sociais. Dessa vez, as classestrabalhadoras se recusaram a pagar o pato pelas sobras"do modelo econmico juscelinista.

    MENDONA, S. R. A industrializao Brasileira. SoPaulo: Moderna, 2002 (adaptado)

    Segundo o texto, os conflitos sociais ocorridos no inciodos anos 1960 decorreram principalmentea) da manipulao poltica empreendida pelo governo

    Joao Goulart.b) das contradies econmicas do modelo desenvol -

    vimentista.c) do poder poltico adquirido pelos sindicatos populistas.d) da desmobilizao das classes dominantes frente ao

    avano das greves.e) da recusa dos sindicatos em aceitar mudanas na

    legislao trabalhista.ResoluoA poltica econmica desenvolvimentista (Cinquentaanos de progresso em cinco de governo) do governoJK, posta em prtica entre 1956 e 1961, promoveu umcrescimento econmico efetivo e beneficiou ostrabalhadores urbanos com maior oferta de emprego,elevao dos salrios e mais qualificao profissional.Entretanto, o suporte financeiro dessa poltica depen -deu em grande parte de subsdios governamentais eemisso de papel-moeda (JK rompera com o FMI),dando incio a um processo inflacionrio que seagravaria nos anos subsequentes, piorando a situaodos trabalhadores urbanos e gerando fortes tensessociais. Estas foram agravadas pela incio damobilizao do campesinato, iniciada no final dadcada anterior.

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  • 34 EEA lei no nasce da natureza, junto das fontes frequentadaspelos primeiros pastores: a lei nasce das batalhas reais,das vitrias, dos massacres, das conquistas que tm suadata e seus heris de horror: a lei nasce das cidadesincendiadas, das terras devastadas; ela nasce com osfamosos inocentes que agonizam no dia que est amanhe -cendo.

    FOUCAULT. M. Aula de 14 de janeiro de 1976. In. Em defesa dasociedade. So Paulo: Martins Fontes. 1999

    O filsofo Michel Foucault (sc. XX) inova ao pensar apoltica e a lei em relao ao poder e organizao social.Com base na reflexo de Foucault, a finalidade das leis naorganizao das sociedades modernas a) combater aes violentas na guerra entre as naes.b) coagir e servir para refrear a agressividade humana.c) criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre os

    indivduos de uma mesma nao.d) estabelecer prin cpios ticos que regulamentam as

    aes blicas entre pases inimigos.e) organizar as relaes de poder na sociedade e entre os

    Estados.ResoluoPara responder a esta questo, o aluno, noobrigatoriamente, precisa conhecer o pensamento deMichel Foucault, filsofo francs do sculo XX, paraquem todas as relaes humanas so permeadas porrelaes do poder poltico.

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  • 35 EEEm nosso pas queremos substituir o egosmo pela moral,a honra pela probidade, os usos pelos princpios, asconvenincias pelos deveres, a tirania da moda peloimprio da razo, o desprezo desgraa pelo desprezo aovcio, a insolncia pelo orgulho, a vaidade pela grandezade alma, o amor ao dinheiro pelo amor glria, a boacompanhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mrito, oespirituoso pelo gnio, o brilho pela verdade, o tdio davolpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dosgrandes pela grandeza do homem.HUNT, L. Revoluo Francesa e Vida Privada. In: PERROT,M. (Org.) Histria da Vida Privada: da Revoluo Francesa

    Primeira Guerra. Vol. 4. So Paulo: Companhia das Letras,1991 (adaptado).

    O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, doqual o trecho transcrito parte, relaciona-se a qual dosgrupos poltico-sociais envolvidos na RevoluoFrancesa?a) alta burguesia, que desejava participar do poder

    legislativo francs como fora poltica dominante.b) Ao clero francs, que desejava justia social e era

    ligado alta burguesia.c) A militares oriundos da pequena e mdia burguesia,

    que derrotaram as potncias rivais e queriamreorganizar a Frana internamente.

    d) nobreza esclarecida, que, em funo do seu contato,com os intelectuais iluministas, desejava extinguir oabsolutismo francs.

    e) Aos representantes da pequena e mdia burguesia e dascamadas populares, que desejavam justia social edireitos polticos.

    ResoluoRobespierre foi o dirigente mximo da RevoluoFrancesa durante sua fase popular, quando o poderfoi assumido pelos representantes da pequena e mdiaburguesias e dos sans-coulotes trabalhadores urbanos.Esse grupo poltico, inicialmente chamadomontanheses, com o tempo passou a ser conhecidopela designao de jacobinos, em referncia aogrupo poltico de Robespierre. Nessa fase, que seradicalizaria como o Terror, foram aprovadasmedidas de interesse popular, como o ensino primrioobrigatrio e a fixao de tetos para o preo dosalimentos.

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  • 36 EEA poluio e outras ofensas ambientais ainda no tinhamesse nome, mas j eram largamente notadas no sculoXIX, nas grandes cidades inglesas e continentais. E aprpria chegada ao campo das estradas de ferro suscitouprotestos. A reao antimaquinista, protagonizada pelosdiversos luddismos, antecipa a batalha atual dos am -bientalistas. Esse era, ento, o combate social contra osmiasmas urbanos.

    SANTOS M. A natureza do espao: tcnica e tempo, razo eemoo. So Paulo: EDUSP, 2002 (adaptado).

    O crescente desenvolvimento tcnico-produtivo impemodificaes na paisagem e nos objetos culturaisvivenciados pelas sociedades. De acordo com o texto,pode-se dizer que tais movimentos sociais emergiram ese expressaram por meioa) das ideologias conservacionistas, com milhares de

    adeptos no meio urbano.b) das polticas governamentais de preservao dos

    objetos naturais e culturais.c) das teorias sobre a necessidade de harmonizao entre

    tcnica e natureza.d) dos boicotes aos produtos das empresas exploradoras

    e poluentes.e) da contestao degradao do trabalho, das tradies

    e da natureza.ResoluoO texto faz aluso aos movimentos sociais do incio dosculo XIX, destacando os movimentos luddistas, umareferncia a um de seus lderes, Ned Ludd, contrriosaos avanos tecnolgicos da 1.a Revoluo Industrial,mediante invaso de fbricas e quebra de mquinas,pois eram consideradas responsveis pelo desempregoe pelas pssimas condies de trabalho. Portanto, havia contestao degradao do trabalho,como o uso da mo de obra de baixa qualificaoprofissional, enquanto a tradio artesanal emanufatureira mantinha o trabalhador como dono deseu instrumento de trabalho, envolvendo o trabalhofamiliar e especializado. Com a mquina, otrabalhador muda a sua rotina, que passa a seradequada ao ritmo da mquina, como se ele fosseapenas uma pea em suas engrenagens. Muitas vezes,havia a preferncia pelo trabalho infantil, comsalrios muito mais reduzidos do que o dos adultos,fato que provocava desemprego.No contexto atual, destacam-se os movimentoscontrrios ao desemprego estrutural provocado pelosavanos tecnolgicos da 3.a e da 4.a RevoluoIndustrial, assim como os protestos contrrios degradao ambiental.

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  • 37 AAOs meios de comunicao funcionam como um elo entreos diferentes segmentos de uma sociedade. Nas ltimasdcadas, acompanhamos a insero de um novo meio decomunicao que supera em muito outros j existentes,visto que pode contribuir para a democratizao da vidasocial e poltica da sociedade medida que possibilita ainstituio de mecanismos eletrnicos para a efetivaparticipao poltica e disseminao de informaes. Constitui o exemplo mais expressivo desse novo conjuntode redes informacionais aa) Internet. b) fibra tica.c) TV digital. d) telefonia mvel.e) portabilidade telefnica.ResoluoCom a Internet, os dados podem ser transmitidos e,ao mesmo tempo, processados em tempo real. ajuno da informtica com as telecomunicaes. Adisseminao de informaes se torna cada vez maisdemocrtica.

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  • 38 DDOpinio

    Podem me prenderPodem me baterPodem at deixar-me sem comerQue eu no mudo de opinio.Aqui do morro eu no saio noAqui do morro eu no saio no.

    Se no tem guaEu furo um poo

    Se no tem carneEu compro um osso e ponho na sopaE deixa andar, deixa andar...

    Falem de mimQuem quiser falarAqui eu no pago aluguelSe eu morrer amanh seu doutor,Estou pertinho do cu

    Z Ketti. Opinio. Disponvel em: http:/www.mpbnet.com.br.Acesso em: 28 abr. 2010.

    Essa msica fez parte de um importante espetculo teatralque estreou no ano de 1964, no Rio de Janeiro. O papelexercido pela Msica Popular Brasileira (MPB) nesse con -texto, evidenciado pela letra de msica citada, foi o dea) entretenimento para os grupos intelectuais.b) valorizao do progresso econmico do pas.c) crtica passividade dos setores populares.d) denncia da situao social e poltica do pas.e) mobilizao dos setores que apoiavam a Ditadura

    Militar.ResoluoO espetculo Opinio, apresentado no Rio de Janeiroem 11 de dezembro de 1964, criticava o regime militarinstaurado naquele ano (crtica expressa nos quatrosprimeiros versos transcritos). Mas tambm retrata amisria e excluso da populao que vivia nos morroscariocas.

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  • 39 BBA chegada da televiso

    A caixa de pandora tecnolgica penetra nos lares e liberasuas cabeas falantes, astros, novelas, noticirios e asfabulosas, irresistveis garotas-propaganda, versesmodernizadas do tradicional homem-sanduche.

    SEVCENKO, N. (Org). Histria da Vida Privada no Brasil 3.Repblica: da Belle poque Era do Rdio.

    So Paulo: Cia das Letras, 1998.

    A TV, a partir da dcada de 1950, entrou nos laresbrasileiros provocando mudanas considerveis noshbitos da populao. Certos episdios da histriabrasileira revelaram que a TV, especialmente comoespao de ao da imprensa, tornou-se tambm veculode utilidade pblica, a favor da democracia, na medidaem quea) amplificou os discursos nacionalistas e autoritrios

    durante o governo Vargas. b) revelou para o pas casos de corrupo na esfera

    poltica de vrios governos. c) maquiou indicadores sociais negativos durante as

    dcadas de 1970 e 1980.d) apoiou, no governo Castelo Branco, as iniciativas de

    fechamento do parlamento.e) corroborou a construo de obras faranicas durante

    os governos militares. ResoluoNa Nova Repblica, iniciada em 1985, a televiso instrumento miditico de enorme penetrao passou a desempenhar um importante papel nojornalismo investigativo, juntamente com a mdiaimpressa. Nesse sentido, tem prestado um importanteservio sociedade, repercurtindo denncias formu -ladas pelos jornais ou divulgando suas prpriasdescobertas sobre problemas de corrupo nos meiospolticos e administrativos.

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  • 40 EEHomens da Inglaterra, por que arar para os senhores quevos mantm na misria?Por que tecer com esforos e cuidado as ricas roupas quevossos tiranos vestem?Por que alimentar, vestir e poupar do bero at o tmuloesses parasitas ingratos que exploram vosso suor ah,que bebem vosso sangue?

    SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Apud HUBERMAN, L.Histria da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

    A anlise do trecho permite identificar que o poetaromntico Shelley (1792-1822) registrou umacontradio nas condies socioeconmicas da nascenteclasse trabalhadora inglesa durante a RevoluoIndustrial. Tal contradio est identificadaa) na pobreza dos empregados, que estava dissociada da

    riqueza dos patres.b) no salrio dos operrios, que era proporcional aos seus

    esforos nas indstrias.c) na burguesia, que tinha seus negcios financiados pelo

    proletariado.d) no trabalho, que era considerado uma garantia de

    liberdade.e) na riqueza, que no era usufruda por aqueles que a

    produziam.ResoluoO poeta Percy Shelley, amigo de Byron, mostra-sesensvel s mazelas do capitalismo selvagempresente na Revoluo Industrial Inglesa, embora eleprprio pertencesse camada dominante. Todavia,sua viso sobretudo emocional, se bem que possamosassoci-las s crticas formuladas na poca pelosprimeiros socialistas utpicos.

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  • 41 AAA tica precisa ser compreendida como umempreendimento coletivo a ser constantemente retomadoe rediscutido, porque produto da relao interpessoal esocial. A tica supe ainda que cada grupo social seorganize sentindo-se responsvel por todos e que criecondies para o exerccio de um pensar e agirautnomos. A relao entre tica e poltica tambm umaquesto de educao e luta pela soberania dos povos. necessria uma tica renovada, que se construa a partirda natureza dos valores sociais para organizar tambmuma nova prtica poltica.CORDI et al. Para filosofar. So Paulo: Scipione, 2007 (adaptado).

    O Sculo XX teve de repensar a tica para enfrentarnovos problemas oriundos de diferentes crises sociais,conflitos ideolgicos e contradies da realidade. Sobesse enfoque e a partir do texto, a tica pode sercompreendida comoa) instrumento de garantia da cidadania, porque atravs

    dela os cidados passam a pensar e agir de acordo comvalores coletivos.

    b) mecanismo de criao de direitos humanos, porque da natureza do homem ser tico e virtuoso.

    c) meio para resolver os conflitos sociais no cenrio daglobalizao, pois a partir do entendimento do que efetivamente a tica, a poltica internacional se realiza.

    d) parmetro para assegurar o exerccio poltico primandopelos interesses e ao privada dos cidados.

    e) aceitao de valores universais implcitos numasociedade que busca dimensionar sua vinculao outras sociedades.

    ResoluoA tica aparece como necessidade de se estabeleceremrelaes sociais menos injustas, mais equitativas edemocrticas. Ela evoca a necessidades de sobrepor,em momentos corretos, interesses coletivos acima dospessoais.

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  • 42 EEJudicirio contribuiu com ditadura no Chile,

    diz Juiz Guzmn TapiaAs cortes de apelao rejeitaram mais de 10 mil habeascorpus nos casos das pessoas desaparecidas. Nostribunais militares, todas as causas foram concludas comsuspen ses temporrias ou definitivas, e os desapare -cimentos polticos tiveram apenas trmite formal naJustia. Assim, o Poder Judicirio contribuiu para que osagentes estatais ficassem impunes.

    Disponvel em: http://www.cartamaior.com.br. Acesso em: 20 jul. 2010 (adaptado).

    Segundo o texto, durante a ditadura chilena na dcada de1970, a relao entre os poderes Executivo e Judiciriocaracterizava-se pelaa) preservao da autonomia institucional entre os

    poderes.b) valorizao da atuao independente de alguns juzes.c) manuteno da interferncia jurdica nos atos execu -

    tivos.d) transferncia das funes dos juzes para o chefe de

    Estado.e) subordinao do poder judicirio aos interesses

    polticos dominantes.ResoluoA questo, ao mencionar um aspecto das relaesinstitucionais vigentes na ditadura chilena (1973-90),aborda um aspecto recorrente nos regimes militaresimplantados no Cone Sul nas dcadas de 1960-70: asupremacia do poder executivo sobre o legislativo eat sobre o judicirio transformados em auxiliares eratificadores das decises tomadas pelo primeiro.

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  • 43 CCUm banco ingls decidiu cobrar de seus clientes cincolibras toda vez que recorressem aos funcionrios de suasagncias. E o motivo disso que, na verdade, no queremclientes em suas agncias; o que querem reduzir onmero de agncias, fazendo com que os clientes usem asmquinas automticas em todo o tipo de transaes. Emsuma, eles querem se livrar de seus funcionrios.

    HOBSBAWM, E. O novo sculo. So Paulo: Companhia dasLetras, 2000 (adaptado).

    O exemplo mencionado permite identificar um aspectoda adoo de novas tecnologias na economia capitalistacontempornea. Um argumento utilizado pelas empresase uma consequncia social de tal aspecto esto ema) qualidade total e estabilidade no trabalho.b) pleno emprego e enfraquecimento dos sindicatos.c) diminuio dos custos e insegurana no empregod) responsabilidade social e reduo do desemprego.e) maximizao dos lucros e aparecimento de empregos.ResoluoSe, por um lado, a globalizao permite ganhos decapital cada vez maiores, por outro lado, faz com quea ganncia prpria do capitalismo relativize cada vezmais as vitrias capitalistas, trazendo total insegu -rana s classes trabalhadoras.

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  • 44 DD

    QUINO. Toda Mafalda. So Paulo: Martins Fontes, 1991.

    Democracia: regime poltico no qual a soberania exercida pelo povo, pertence ao conjunto dos cidados.JAPIASS, H.; MARCONDES, D. Dicionrio Bsico de Filosofia.

    Rio de Janeiro: Zahar, 2006.

    Uma suposta vacina contra o despotismo, em um con -texto democrtico, tem por objetivoa) impedir a contratao de familiares para o servio

    pblico.b) reduzir a ao das instituies constitucionais.c) combater a distribuio equilibrada de poder.d) evitar a escolha de governantes autoritrios.e) restringir a atuao do Parlamento.ResoluoOs governos autoritrios representam sempre a maiorameaa ao regime democrtico. A sociedade civilprecisa impor sua participao nas polticas pblicaspara evitar os contrangimentos de um Estado mar -cado pelo despotismo.

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  • 45 DDNa tica contempornea, o sujeito no mais um sujeitosubstancial, soberano e absolutamente livre, nem umsujeito emprico puramente natural. Ele simulta -neamente os dois, na medida em que um sujeitohistrico-social. Assim, a tica adquire um dimensiona -mento poltico, uma vez que a ao do sujeito no podemais ser vista e avaliada fora da relao social coletiva.Desse modo, a tica se entrelaa, necessariamente, com apoltica, entendida esta como a rea de avaliao dosvalores que atravessam as relaes sociais e que interligaos indivduos entre si.

    SEVERINO. A. J. Filosofia. So Paulo: Cortez, 1992 (adaptado).

    O texto, ao evocar a dimenso histrica do processo deformao da tica na sociedade contempornea, ressalta a) os contedos ticos decorrentes das ideologias

    poltico-partidrias.b) o valor da ao humana derivada de preceitos metaf -

    sicos.c) a sistematizao de valores desassociados da cultura.d) o sentido coletivo e poltico das aes humanas

    individuais.e) o julgamento da ao tica pelos polticos eleitos

    democraticamente. ResoluoO professor Severino, no texto, evoca uma antro -pologia que j no v o homem como ser metafsico ounatural, mas como um ser resultante de processoshistricos, sociais e culturais. O conceito de ticarelaciona-se, nessa concepo nova do homem, questo da praxis, ou seja, dos sentidos polticos e doexerccio da cidadania da ao individual.

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  • 46 AAEm nosso cotidiano, utilizamos as palavras calor etemperatura de forma diferente de como elas so usadasno meio cientfico. Na linguagem corrente, calor identificado como algo quente e temperatura mede aquantidade de calor de um corpo. Esses significados,no entanto, no conseguem explicar diversas situaesque podem ser verificadas na prtica.Do ponto de vista cientfico, que situao prtica mostraa limitao dos conceitos corriqueiros de calor e tem -peratura?a) A temperatura da gua pode ficar constante durante o

    tempo em que estiver fervendo.b) Uma me coloca a mo na gua da banheira do beb

    para verificar a temperatura da gua.c) A chama de um fogo pode ser usada para aumentar a

    temperatura da gua em uma panela.d) A gua quente que est em uma caneca passada para

    outra caneca a fim de diminuir sua temperatura.e) Um forno pode fornecer calor para uma vasilha de

    gua que est em seu interior com menor temperaturado que a dele.

    ResoluoQuando, durante o processo de ebulio, a guarecebe calor e sua temperatura permanece constante,fica evidenciada a falha do modelo apresentado emque a temperatura mede a quantidade de calor docorpo.

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  • 47 CCTodo carro possui uma caixa de fusveis, que so utili za -dos para proteo dos circuitos eltricos. Os fusveis soconstitudos de um material de baixo ponto de fuso,como o estanho, por exemplo, e se fundem quandopercorridos por uma corrente eltrica igual ou maior doque aquela que so capazes de suportar. O quadro a seguirmostra uma srie de fusveis e os valores de corrente poreles suportados.

    Um farol usa uma lmpada de gs halognio de 55 W depotncia que opera com 36 V. Os dois faris so ligadosseparadamente, com um fusvel para cada um, mas, apsum mau funcionamento, o motorista passou a conect-losem paralelo, usando apenas um fusvel. Dessa forma,admitindo-se que a fiao suporte a carga dos dois faris,o menor valor de fusvel adequado para proteo dessenovo circuito oa) azul. b) preto. c) laranja. d) amarelo. e) vermelho.ResoluoPara cada farol, temos:P = U I55 = 36I

    Para a ligao em paralelo, a corrente total ser:Itotal = 2I 3,06AO fusvel adequado de menor corrente admissvel olaranja, que suporta at 5,0A.

    I 1,53A

    Fusvel Corrente Eltrica (A)Azul 1,5

    Amarelo 2,5Laranja 5,0Preto 7,5

    Vermelho 10,0

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  • 48 AAAs ondas eletromagnticas, como a luz visvel e as ondasde rdio, viajam em linha reta em um meio homogneo.Ento, as ondas de rdio emitidas na regio litornea doBrasil no alcanariam a regio amaznica do Brasil porcausa da curvatura da Terra. Entretanto sabemos que possvel transmitir ondas de rdio entre essas localidadesdevido ionosfera.Com ajuda da ionosfera, a transmisso de ondas planasentre o litoral do Brasil e a regio amaznica possvelpor meio da a) reflexo. b) refrao.c) difrao. d) polarizao.e) interferncia.ResoluoPara a transmisso das ondas eletromagnticas naatmosfera, o fenmeno fundamental a reflexo dasondas na ionosfera.

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  • 49 EEA crie dental resulta da atividade de bactrias quedegradam os acares e os transformam em cidos quecorroem a poro mineralizada dos dentes. O flor,juntamente com o clcio e um acar chamado xilitol,agem inibindo esse processo. Quando no se escovam osdentes corretamente e neles acumulam-se restos dealimentos, as bactrias que vivem na boca aderem aosdentes, formando a placa bacteriana ou biofilme. Naplaca, elas transformam o acar dos restos de alimentosem cidos, que corroem o esmalte do dente formandouma cavidade, que a crie. Vale lembrar que a placabacteriana se forma mesmo na ausncia de ingesto decarboidratos fermentveis, pois as bactrias possuempolissacardeos intracelulares de reserva.

    Disponvel em: http://www.diariodasaude.com.br. Acesso em: 11ago. 2010 (adaptado).

    crie 1. destruio de um osso por corroso progressiva.* crie dentria: efeito da destruio da estrutura dentriapor bactrias.

    HOUAISS, Antnio. Dicionrio eletrnico. Verso 1.0. EditoraObjetiva, 2001 (adaptado).

    A partir da leitura do texto, que discute as causas doaparecimento de cries, e da sua relao com asinformaes do dicionrio, conclui-se que a crie dentalresulta, principalmente, dea) falta de flor e de clcio na alimentao diria da

    populao brasileira. b) consumo exagerado do xilitol, um acar, na dieta

    alimentar diria do indivduo.c) reduo na proliferao bacteriana quando a saliva

    desbalanceada pela m alimentao.d) uso exagerado do flor, um agente que em alta

    quantidade torna-se txico formao dos dentes.e) consumo excessivo de acares na alimentao e m

    higienizaao bucal, que contribuem para a proliferaode bactrias.

    ResoluoO excessivo consumo de acares aliado falta dehigienizao bucal so fatores causadores da criedental.

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  • 50 BBA vacina, o soro e os antibiticos submetem osorganismos a processos biolgicos diferentes. Pessoasque viajam para regies em que ocorrem altas incidnciasde febre amarela, de picadas de cobras peonhentas e deleptospirose e querem evitar ou tratar problemas de saderelacionados a essas ocorrncias devem seguirdeterminadas orientaes.Ao procurar um posto de sade, um viajante deveria serorientado por um mdico a tomar preventivamente oucomo medida de tratamentoa) antibitico contra o vrus da febre amarela, soro

    antiofdico caso seja picado por uma cobra e vacinacontra a leptospirose.

    b) vacina contra o vrus da febre amarela, soro antiofdicocaso seja picado por uma cobra e antibitico caso entreem contato com a Leptospira sp.

    c) soro contra o vrus da febre amarela, antibitico casoseja picado por uma cobra e soro contra toxinasbacterianas.

    d) antibitico ou soro, tanto contra o vrus da febreamarela como para veneno de cobras, e vacina contraa leptospirose.

    e) soro antiofdico e antibitico contra a Leptospira sp evacina contra a febre amarela caso entre em contatocom o vrus causador da doena.

    Resoluo

    Vrus da febre amarela Vacina

    Picada de cobra peonhenta Soro antiofdico

    Leptospira sp (infeco bacteriana) Antibitico

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  • 51 CCEm visita a uma usina sucroalcooleira, um grupo dealunos pde observar a srie de processos de bene -ficiamento da cana-de-acar, entre os quais se destacam:1. A cana chega cortada da lavoura por meio de

    caminhes e despejada em mesas alimentadoras quea conduzem para as moendas. Antes de ser esmagadapara a retirada do caldo aucarado, toda a cana transportada por esteiras e passada por um eletrompara a retirada de materiais metlicos.

    2. Aps se esmagar a cana, o bagao segue para ascaldeiras, que geram vapor e energia para toda a usina.

    3. O caldo primrio, resultante do esmagamento, pas -sado por filtros e sofre tratamento para transformar-seem acar refinado e etanol.

    Com base nos destaques da observao dos alunos, quaisoperaes fsicas de separao de materiais foramrealizadas nas etapas de beneficiamento da cana-de-acar?a) Separao mecnica, extrao, decantao.b) Separao magntica, combusto, filtrao.c) Separao magntica, extrao, filtrao.d) Imantao, combusto, peneirao.e) Imantao, destilao, filtrao.ResoluoAs operaes fsicas de separao de materiais nasetapas de beneficiamento da cana-de-acar so:1) Separao magntica: toda a cana transportada

    por esteiras e passada por um eletrom para aretirada de materiais metlicos.

    2) Extrao: a cana esmagada para a retirada docaldo aucarado.

    3) Filtrao: o caldo primrio passado por filtros.

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  • 52 CCCom o objetivo de se testar a eficincia de fornos demicro-ondas, planejou-se o aquecimento em 10C deamostras de diferentes substncias, cada uma comdeterminada massa, em cinco fornos de marcas distintas.Nesse teste, cada forno operou potncia mxima.O forno mais eficiente foi aquele quea) forneceu a maior quantidade de energia s amostras.b) cedeu energia amostra de maior massa em mais

    tempo.c) forneceu a maior quantidade de energia em menos

    tempo.d) cedeu energia amostra de menor calor especfico

    mais lentamente.e) forneceu a menor quantidade de energia s amostras

    em menos tempo.ResoluoA potncia definida como a razo entre a energiatransferida e o tempo gasto, isto , a rapidez com quea energia transferida.A potncia ser mxima quando transmitirmos amaior quantidade de energia em menos tempo.

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  • 53 EEJpiter, conhecido como o gigante gasoso, perdeu umadas suas listras mais proeminentes, deixando o seushamisfrio sul estranhamente vazio. Observe a regio emque a faixa sumiu, destacada pela seta.

    Disponvel em: http://www.inovacaotecnologica.com.br. Acesso em 12 maio 2010 (adaptado).

    A aparncia de Jpiter tipicamente marcada por duasfaixas escuras em sua atmosfera uma no hemisfrionorte e outra no hemisfrio sul. Como o gs est constan -temente em movimento, o desaparecimento da faixa noplaneta relaciona-se ao movimento das diversas camadasde nuvens em sua atmosfera. A luz do Sol, refletida nessasnuvens, gera a imagem que captada pelos telescpios,no espao ou na Terra.O desaparecimento da faixa sul pode ter sido determinadopor uma alteraoa) na temperatura da superfcie do planeta.b) no formato da camada gasosa do planeta.c) no campo gravitacional gerado pelo planeta.d) na composio qumica das nuvens do planeta.e) na densidade das nuvens que compem o planeta.ResoluoA faixa correponde reflexo da luz do Sol na camadade nuvens em sua atmosfera. Como o gs est emconstante movimento, pode haver uma redistribuiodas densidades das nuvens na regio sul do planeta eo consequente desaparecimento desta faixa por redu -o de sua densidade.

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  • 54 AAO fsforo, geralmente representado pelo on de fosfato(PO43), um ingrediente insubstituvel da vida, j que parte constituinte das membranas celulares e dasmolculas do DNA e do trifosfato de adenosina (ATP),principal forma de armazenamento de energia das clulas.O fsforo utilizado nos fertilizantes agrcolas extradode minas, cujas reservas esto cada vez mais escassas.Certas prticas agrcolas aceleram a eroso do solo,provocando o transporte de fsforo para sistemasaquticos, que fica imobilizado nas rochas. Ainda, acolheita das lavouras e o transporte dos restos alimentarespara os lixes diminuem a disponibilidade dos ons nosolo. Tais fatores tm ameaado a sustentabilidade desseon.Uma medida que amenizaria esse problema seria:a) Incentivar a reciclagem de resduos biolgicos,

    utilizando dejetos animais e restos de culturas paraproduo de adubo.

    b) Repor o estoque retirado das minas com um onsinttico de fsforo para garantir o abastecimento daindstria de fertilizantes.

    c) Aumentar a importao de ons fosfato dos pases ricospara suprir as exigncias das indstrias nacionais defertilizantes.

    d) Substituir o fsforo dos fertilizantes por outroelemento com a mesma funo para suprir asnecessidades do uso de seus ons.

    e) Proibir, por meio de lei federal, o uso de fertilizantescom fsforo pelos agricultores, para diminuir suaextrao das reservas naturais.

    ResoluoA restituio de ons fosfatos nos ecossistemasagrcolas pode ser realizada pela reciclagem desubstncias orgnicas (restos vegetais e animais).

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  • 55 EEO texto O vo das Folhas traz uma viso dos ndiosTicunas para um fenmeno usualmente observado nanatureza:

    O vo das FolhasCom o ventoas folhas se movimentam.E quando caem no choficam paradas em silncio.Assim se forma o ngaura. O ngaura cobre o cho da

    floresta, enriquece a terra e alimenta as rvores.] As folhas velhas morrem para ajudar o crescimento das

    folhas novas.] Dentro do ngaura vivem aranhas, formigas, escorpies,centopeias, minhocas, cogumelos e vrios tipos de outros

    seres muito pequenos.]As folhas tambm caem nos lagos, nos igaraps e igaps,

    A natureza segundo os Ticunas/Livro das rvores.Organizao Geral dos Professores Bilngues Ticunas, 2000.

    Na viso dos ndios Ticunas, a descrio sobre o ngaurapermite classific-lo como um produto diretamenterelacionado ao cicloa) da gua. b) do oxignio.c) do fsforo. d) do carbono.e) do nitrognio.Resoluo

    ResoluoO texto refere-se ao ciclo do nitrognio. A decom -posio de matria orgnica leva produo denitratos.Questo duvidosa uma vez que o texto no fornece aoaluno extrair dele um raciocnio lgico para qual tipode ciclo ele deveria optar. O ciclo poderia pertencer aonitrognio, ao carbono ou fosfato. Como o nitrognio o elemento mais importante, para a produo deprotenas, clorofilas, cidos nucleicos e outros com -postos optamos pela letra E.

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  • 56 AAA lavoura arrozeira na plancie costeira da regio sul doBrasil comumente sofre perdas elevadas devido salinizao da gua de irrigao, que ocasiona prejuzosdiretos, como a reduo de produo da lavoura. Soloscom processo de salinizao avanado no so indicados,por exemplo, para o cultivo de arroz. As plantas retirama gua do solo quando as foras de embebio dos tecidosdas razes so superiores s foras com que a gua retidano solo.

    WINKEL, H.L.; TSCHIEDEL, M. Cultura do arroz: salinizaode solos em cultivos de arroz.

    Disponvel em: http//agropage.tripod.com/saliniza.hml. Acesso em: 25 jun. 2010 (adaptado)

    A presena de sais na soluo do solo faz com que sejadificultada a absoro de gua pelas plantas, o queprovoca o fenmeno conhecido por seca fisiolgica,caracterizado pelo(a)a) aumento da salinidade, em que a gua do solo atinge

    uma concentrao de sais maior que a das clulas dasrazes das plantas, impedindo, assim, que a gua sejaabsorvida.

    b) aumento da salinidade, em que o solo atinge um nvelmuito baixo de gua, e as plantas no tm fora desuco para absorver a gua.

    c) diminuio da salinidade, que atinge um nvel em queas plantas no tm fora de suco, fazendo com quea gua no seja absorvida.

    d) aumento da salinidade, que atinge um nvel em que asplantas tm muita sudao, no tendo fora de sucopara super-la.

    e) diminuio da salinidade, que atinge um nvel em queas plantas ficam trgidas e no tm fora de sudaopara super-la.

    ResoluoO aumento da salinidade do solo torna-o hipertnicoem relao concentrao das clulas radiculares. Emconsequncia, as razes perdem a capacidade deabsorver gua do meio.

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  • 57 DDAs cidades industrializadas produzem grandes proporesde gases como o CO2, o principal gs causador do efeitoestufa. Isso ocorre por causa da quantidade de com -bustveis fsseis queimados, principalmente no trans -porte, mas tambm em caldeiras industriais. Alm disso,nessas cidades concentram-se as maiores reas com solosasfaltados e concretados, o que aumenta a reteno decalor, formando o que se conhece por ilhas de calor. Talfenmeno ocorre porque esses materiais absorvem o calore o devolvem para o ar sob a forma de radiao trmica.Em reas urbanas, devido atuao conjunta do efeitoestufa e das ilhas de calor, espera-se que o consumo deenergia eltrica a) diminua devido utilizao de caldeiras por indstrias

    metalrgicas.b) aumente devido ao bloqueio da luz do sol pelos gases

    do efeito estufa.c) diminua devido no necessidade de aquecer a gua

    utilizada em indstrias.d) aumente devido necessidade de maior refrigerao

    de indstrias e residncias.e) diminua devido grande quantidade de radiao

    trmica reutilizada.ResoluoO efeito estufa e as ilhas de calor provocamaumento da temperatura ambiente local. Para ade -qu-la ao bem estar das pessoas, aparelhos de arcondicionado e de refrigerao devem ser usados,aumentando o consumo de energia eltrica.

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  • 58 DDSob presso normal (ao nvel do mar), a gua entra emebulio temperatura de 100 C. Tendo por base essainformao, um garoto residente em uma cidade litorneafez a seguinte experincia: Colocou uma caneca metlica contendo gua no foga -

    reiro do fogo de sua casa. Quando a gua comeou a ferver, encostou cuidadosa -

    mente a extremidade mais estreita de uma seringa deinjeo, desprovida de agulha, na superfcie do lquidoe, erguendo o mbolo da seringa, aspirou certa quan -tidade de gua para seu interior, tapando-a em seguida.

    Verificando aps alguns instantes que a gua da seringahavia parado de ferver, ele ergueu o mbolo da seringa,constatando, intrigado, que a gua voltou a ferver apsum pequeno deslocamento do mbolo.

    Considerando o procedimento anterior, a gua volta aferver porque esse deslocamento a) permite a entrada de calor do ambiente externo para o

    interior da seringa.b) provoca, por atrito, um aquecimento da gua contida

    na seringa.c) produz um aumento de volume que aumenta o ponto

    de ebulio da gua.d) proporciona uma queda de presso no interior da

    seringa que diminui o ponto de ebulio da gua.e) possibilita uma diminuio da densidade da gua que

    facilita sua ebulio.ResoluoA temperatura de ebulio da gua depende da pres -so externa a que ela est submetida. No nvel do mar,sujeita presso atmosfrica (1,0 . 105 Pa), a tem -peratura de ebulio vale 100C.No interior da seringa, quando o mbolo foi deslocado,a presso externa diminuiu, o mesmo ocorrendo coma temperatura de ebulio da gua, que passou aferver.

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  • 59 BBO despejo de dejetos de esgotos domsticos e industriaisvem causando srios problemas aos rios brasileiros. Essespoluentes so ricos em substncias que contribuem paraa eutrofizao de ecossistemas, que um enriquecimentoda gua por nutrientes, o que provoca um grande cres -cimento bacteriano e, por fim, pode promover escassezde oxignio.Uma maneira de evitar a diminuio da concentrao deoxignio no ambiente :a) Aquecer as guas dos rios para aumentar a velocidade

    de decomposiao dos dejetos.b) Retirar do esgoto os materiais ricos em nutrientes para

    diminuir a sua concentrao nos rios.c) Adicionar bactrias anaerbicas s guas dos rios para

    que elas sobrevivam mesmo sem o oxignio.d) Substituir produtos no degradveis por biodegra -

    dveis para que as bactrias possam utilizar osnutrientes.

    e) Aumentar a solubilidade dos dejetos no esgoto paraque os nutrientes fiquem mais acessveis s bactrias.

    ResoluoO tratamento do esgoto para remover nutrientesorgnicos uma medida que evita a diminuio daconcentrao de oxignio nas guas dos rios onde solanados.

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  • 60 AA

    Ziegler, M.F. Energia Sustentvel. Revista Isto. 28 abr. 2010.

    A fonte de energia representada na figura, consideradauma das mais limpas e sustentveis do mundo, extradado calor gerado a) pela circulao do magma no subsolo.b) pelas erupes constantes dos vulces.c) pelo sol que aquece as guas com radiao ultravioleta. d) pela queima do carvo e combustveis fsseis.e) pelos detritos e cinzas vulcnicas.ResoluoA circulao do magma no subsolo provoca variaode presso e aumento de temperatura da gua, provo -cando seu deslocamento para a superfcie e o seuaproveitamento para gerao de energia eltrica.

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  • 61 CCNo ano de 2000, um vazamento em dutos de leo na baade Guanabara (RJ) causou um dos maiores acidentesambientais do Brasil. Alm de afetar a fauna e a flora, oacidente abalou o equlibrio da cadeia alimentar de todaa baa. O petrleo forma uma pelcula na superfcie dagua, o que prejudica as trocas gasosas da atmosfera coma gua e desfavorece a realizao de fotossntese pelasalgas, que esto na base da cadeia alimentar hdrica.Alm disso, o derramamento de leo contribuiu para oenvenenamento das rvores e, consequentemente, para aintoxicao da fauna e flora aquticas, bem comoconduziu morte diversas espcies de animais, entreoutras formas de vida, afetando tambm a atividadepesqueira. LAUBIER, L. Diversidade da Mar Negra. In: Scientific American

    Brasil 4(39), ago. 2005 (adaptado).

    A situao exposta no texto e suas implicaes a) indicam a independncia da espcie humana com

    relao ao ambiente marinho. b) alertam para a necessidade do controle da poluio

    ambiental para reduo do efeito estufa. c) ilustram a interdependncia das diversas formas de

    vida (animal, vegetal e outras) e o seu habitat. d) indicam a alta resistncia do meio ambiente ao do

    homem, alm de evidenciar a sua sustentabilidademesmo em condies extremas de poluio.

    e) evidenciam a grande capacidade animal de se adaptars mudanas ambientais, em contraste com a baixacapacidade das espcies vegetais, que esto na base dacadeia alimentar hdrica.

    ResoluoAs diversas formas de poluio ambiental provocadaspelo homem, como, por exemplo, o derramamento depetrleo no mar, causam grande impacto nabiodiversidade onde ocorrem esses acidentes. Adestruio das formas de vida evidencia a grandeinterdependncia entre os seres vivos e o ambienteonde sobrevivem e se reproduzem.

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  • 62 BBUm ambiente capaz de asfixiar todos os animaisconhecidos do planeta foi colonizado por pelo menos trsespcies diferentes de invertebrados marinhos. Desco -bertos a mais de 3.000 m de profundidade noMediterrneo, eles so os primeiros membros do reinoanimal a prosperar mesmo diante da ausncia total deoxignio. At agora, achava-se que s bactrias pudessemter esse estilo de vida. No admira que os bichospertenam a um grupo pouco conhecido, o dos loricferos,que mal chegam a 1,0 mm. Apesar do tamanho, possuemcabea, boca, sistema digestivo e uma carapaa. Aadaptao dos bichos vida no sufoco to profunda quesuas clulas dispensaram as chamadas mitocndrias.

    LOPES, R. J. Italianos descobrem animal que vive emgua sem oxignio. Disponvel em:

    http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 10 abr. 2010(adaptado).