fca662_sociedades_indigenas

8

Click here to load reader

Upload: atma12

Post on 25-Oct-2015

31 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Ementa do curso de antropologia , sociedades indigenas.

TRANSCRIPT

Page 1: FCA662_Sociedades_Indigenas

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA CULTURAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

FCA 662. Sociedades Indígenas. Etnologia AmeríndiaProfa. Els Lagrou2010/01

A etnologia ameríndia dialoga com e recapitula de maneira comparativa questões teóricas clássicas da antropologia, lançando sobre estas um novo olhar. Estas questões dizem respeito à relação entre agência, alteridade e relacionalidade nas concepções nativas em torno da subjetivação, perspectiva, incorporação e objetivação. Ao lermos as etnografias sobre diferentes povos indígenas, diferentes conceitos serão revisitados, realçando sempre a possibilidade de diálogo entre a etnologia e a antropologia em geral, onde os mesmos conceitos apresentam alta rentabilidade. A partir deste enfoque serão repensadas as diferentes modalidades possíveis de relações entre humanos e animais, entre humanos e seus artefatos, humanos e imagens, assim como as relações entre os gêneros. A partir da leitura etnológica conceitos como poder, trabalho, gênero, identidade, arte, estética, sociedade, assim como as oposições natureza/cultura e corpo/mente serão repensados.

25/3 Apresentação do curso

socioambiental

MELATTI “Porque Áreas etnológicas?”

Museu do Índio. Consulta acervo e visita exposição.

A fabricação dos corpos

SEEGER, A., da MATTA, R. & VIVEIROS DE CASTRO, E. 1987 (1979). "A construção da pessoa nas sociedades indígenas brasileiras". In Sociedades indígenas e indigenismo, Pacheco de Oliveira Filho, J. (ed.). pp. 11-29.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1987. “A fabricação do corpo na sociedade xinguana”, In Sociedades indígenas e indigenismo no Brasil. Rio de Janeiro: Marco Zero/ed. UFRJ. pp. 31-41.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. “O quadro da vida”, “a cauinagem”, “as relações sociais”, “nomes”. In Araweté. O povo do Ipixuna. CEDI. São Paulo, 1992. 58-133.

1

Page 2: FCA662_Sociedades_Indigenas

LAGROU, Els. 2007. O corpo e seus saberes” e “Fabricando corpos pensantes: Nixpu pima”. In A Fluidez da Forma. pp.303-328 e 413-530.

Gênero: o significado da diferença, o significado do sangue

Filmes: O dia em que a lua menstruou. Vídeo nas aldeias. Kuikuru.A festa do pequi. Vídeo nas aldeias. Kuikuru.

BELAUNDE, Luisa Elvira. “A força dos pensamentos, o fedor do sangue. Hematologia e gênero na Amazônia”. In Revista de Antropologia. Vol.49, no 1, 2006, pp. 205-243.

ELS LAGROU. “O coração que pensa: reprodução paralela e cruzada na Amazônia”. Prefácio para El recuerdo de Luna. Género, sangre y memoria entre los pueblos amazônicos de Luisa Elvira Belaunde, 2008.

LAGROU, Els. “Código culinário e os perigos da hemofagia”. In A Fluidez da Forma.

CLASTRES, Pierre. 2003 (1974) “O arco e o cesto”. A Sociedade contra o Estado. São Paulo: Cosac & Naify. pp. 119-143.

LAGROU, Elsje Maria. "Xamanismo e Grafismo entre os Kaxinawa" em Langdon, E. J. (Ed.), Xamanismo no Brasil, Novas Perspectivas. Florianópolis, Ed. da UFSC, 1996. pp. 197-231.

MELLO, Maria Inês Cruz. 2005. Iamurikuma: Música, Mito e Ritual entre os Wauja do Alto Xingu.. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Federal de Santa Catarina.

LASMAR, Cristiane. 2005. De volta ao lago de leite. Gênero e transformação no Alto Rio negro. “Gênero e (re)produção no cotidiano da comunidade”, pp.101-142.

Morte

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. 1978. “Introdução” e “Conclusão”. Os mortos e os outros. Uma análise do sistema funerário e da noção de pessoa entre os índios Krahó. São Paulo: Editora Hucitec.

LAGROU, Els. 2007. “Um rito funerário endocanibalístico”. In A fluidez da Forma.

CAIUBY NOVAES, Sylvia. “Funerais entre os Bororo. Imagens da refiguração do mundo”. Revista de Antropologia. Vol.49, no 1, 2006, pp. 283-315.

xamanismo

filmes

2

Page 3: FCA662_Sociedades_Indigenas

- Tse Ibiisi abaaigio Somos apenas corpos. Marco Antonio Gonçalves & Daniel Keller. 1990- Araweté. Murilo Santos. CEDI. 1992.

LANGDON, Esther Jean. 1996. “Introdução”. In Xamanismo no Brasil.

GONÇALVES, Marco Antonio, 2001. O mundo inacabado. Ação e criação em uma cosmologia amazônica. (filme)

GONÇALVES, Marco Antonio. 1993. “Nomes e escatologia”. In O significado do nome. Cosmologia e nominação entre os Pirahã. Rio de Janeiro: Sette Letras. pp. 101-148.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2002. “Xamanismo e sacrifício”. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac Naify, pp. 458-472.

OVERING, Joanna. O xamã como tradutor de mundos.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. “Xamanismo e tradução: pontos de vista sobre a floresta amazônica”. In Cultura entre aspas.

SZTUTMAN, Renato. 2005. “Sobre a ação xamânica”. Redes de relações nas Guianas, pp. 151-226. São Paulo: associação editorial humanitas. Série redes Ameríndias, NHII-USP.

FAUSTO, C. “Banquete de Gente: Canibalismo e Comensalidade na Amazônia”. Mana Estudos de Antropologia Social, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, p. 7-44, 2002.

PHILIPPE DESCOLA. 1998. ESTRUTURA OU SENTIMENTO: A RELAÇÃO COM O ANIMALNA AMAZÔNIA. Mana. MANA 4(1): 23-45.

LAGROU, Els. 2007. “A invisibilidade do xamã”. In A Fluidez da Forma.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1996. “Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio”. Mana 2. Rio de Janeiro: Museu Nacional, Contra Capa . pp. 115-144.

STOLTZE LIMA, Tânia. 1996. “O dois e seu múltiplo: reflexões sobre o perspectivismo em uma cosmologia tupi”. In Mana, pp. 21-47.

STOLTZE LIMA, Tânia. 2006. Um peixe olhou para mim. O povo yudjá e a perspectiva.Unesp, 2005.

Propriedade intelectual e Cultura indígena

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. 2009. “Populações tradicionais e conservação ambiental” (com Mauro de Almeida) In Cultura entre aspas, pp. 277-300.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. 2009. “Relações e dissenções entre saberes

3

Page 4: FCA662_Sociedades_Indigenas

tradicionais e saber científico”. In Cultura entre aspas, pp. 301-310.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. 2009. ““Cultura” e cultura: conhecimentos tradicionais e direitos intelectuais”. In Cultura entre aspas, pp. 311- 373.

História

CARNEIRO DA CUnha, Manuela. 2009. “Imagens de Índios no Brasil no século XVI”. In Cultura entre aspas, pp. 179-200.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. 2009. “Vingança e temporalidade: os Tupinamba (com Eduardo Viveiros de Castro)”. pp. 77-

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. “O mármore e a murta: sobre a inconstância da alma selvagem”. In A inconstância da alma selvagem. Cosac & Naify, 2002, pp. 181-264.

Guerra e troca

RIVIÈRE, Peter. 2007. “A propósito de Redes de relações nas Guianas.” Debate com Fajardo, Stutzman e.o. Mana.

FAUSTO, Carlos. 1999b. “Da Inimizade: forma e simbolismo da guerra indígena.” In: A. Novaes (ed.). A outra margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras/Funarte, pp. 251-282.

O Poder: Igualitarismo: a comunidade para além do dualismo indivíduo e sociedade

CLASTRES, Pierre. 2003 (1974). A Sociedade Contra o Estado. Rio de Janeiro, Livraria Francisco Alves Editora. Cap. 1 “Copérnico e os Selvagens”: 21-41; Cap. 11, “A Sociedade contra o Estado”: 205-234. São Paulo: Cosac & Naify.

CLASTRES, Pierre. 1990 (1974) “Da tortura nas sociedades primitivas”. In A Sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves. pp. 123-131.

“Entrevista com Pierre Clastres”. In A Sociedade Contra o Estado. pp. 235-273.

OVERING, Joanna. 1991 (1989). "A estética da produção: o senso da comunidade entre os Cubeo e os Piaroa", in Revista de Antropologia: 7-34.

LAGROU, E. 1997. “Poder criativo e domesticação produtiva na estética Piaroa e Cashinahua”, Cadernos de Campo 5 e 6. São Paulo, USP.

Alteridade, predação, familiarização

filmes:

4

Page 5: FCA662_Sociedades_Indigenas

- a arca dos Zoé.- Estratégia xavante- Korumbiara

Pacificando o branco

ALBERT, Bruce. 2000. “O ouro canibal e a queda do céu. Uma crítica xamânica da economia política da natureza (Yanomani)”. In Pacificando o branco. pp. 239-374.

GORDON, Cesar. 2006. Economia selvagem. Ritual e mercadoria entre os Índios Xikrin-Mebêngokre. Capítulos 2 “Etnologia mebêngokre” (83-103) e 10 “Nomes, nêkrêj e mercadorias” (351-397). CATHERINE HOWARD. 2000. “A domesticação das mercadorias: estratégias Waiwai”. In Pacificando o branco. Cosmologias do contato no Norte Amazônico. Bruce Albert e Alcida Rita Ramos, orgs. Editora UNESP. Pp. 25-60.

VAN VELTHEM, Lucia. 2000. “Feito por inimigos”. In Pacificando o branco. pp. 61-83.

DOMINIQUE BUCHILLET. 2000. “Contas de vidro, enfeites de branco e “potes de malaria”. Epidemiologia e representações de doenças infeccionsas”. In Pacificando o branco. pp. 113-142.

Alteridade

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. “A imanência do inimigo”. A inconstância da alma selvagem, pp. 265-294.

LAGROU 2006. A Fluidez da Forma. “Alteridade e seus disfarces” (159-170), “O corpo e seus saberes” (303-347).

Dualismo

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. 2009. “De amigos formais e companheiros” (51-58), “Escatologia entre os Krahô” (59-76), “Um difusionismo estruturalista existe?” (115-122). In Cultura com aspas.

LÉVI-STRAUSS, Claude. 1991. História de Lince.

LAGROU, Els. 2001. “Alteridade e identidade de uma perspectiva kaxinawa”. In Fazendo antropologia o Brasil. pp. 93-127. Orgs. Estreci, N., Fry, P. e Goldenberg, M. Rio de Janeiro: Capes, DP&A Editora. mana

DA MATTA, Roberto. 1976. Um mundo dividido. A estrutura social dos Índios Apinayé.

5

Page 6: FCA662_Sociedades_Indigenas

Agência e arte de fabricar o mundo

ELS LAGROU. 2009. Arte indígena no Brasil: agência, alteridade e relação. Belo Horizonte: editora C/Arte.

DESCOLA, Philippe. La fabrique des images. Catálogo exposição Musée du Quai Branly.

VAN VELTHEM, Lúcia Hussak. 2009. “Mulheres de Cera, Argila e Arumã: Princípios Criativos e Fabricação Material entre os Wayana”. In: Mana 15(1): 213-236.

VAN VELTHEM, Lucia. 2003. O Belo é a Fera. A estética da produção e da predação entre os Wayana. Lisboa: Assírio & Alvim/Museu Nacional de Etnologia.

BARCELOS. Aristóteles. 2005. Apapaatai: rituais de máscaras no Alto Xingu. Tese de doutorado. São Paulo: USP.

Rafael José de Menezes BASTOS e Acácio Tadeu de Camargo PIEDADE SOPROS DA AMAZÔNIA: SOBRE AS MÚSICAS DAS SOCIEDADES TUPI-GUARANI. ARTIGO BIBLIOGRÁFICO. MANA 5(2):125-143, 1999.

LAGROU, Els. “Introdução: atenção e forma” (19-30) & “Agência do desenho: relacionar, seduzir e capturar” (54-84). ‘A cobra” (193-232). In A fluidez da forma: arte, alteridade e agência em uma sociedade amazônica (Kaxinawa, Acre). Rio de Janeiro: Topbooks: 2007.

VIDAL, Lux. 1992. “A pintura corporal e a arte gráfica entre os Kayapó-Xikrin do Cateté”. In Grafismo indígena. Estudos de Antropologia Estética. São Paulo: Studio Nobel, Fapesp, Edusp. pp. 143-189.

MÜLLER, Regina Polo. 1992. " Tayngava, a noção de representação na arte gráfica Asuriní do Xingu", in Grafismo indígena: 231-248. Vidal (ed.)

LEVI-STRAUSS, Claude. 1973 (1955). “Caduveo. Une sociétié indigène et son style”. In Tristes Tropiques. Paris: Plon. pp. 205-227. (Tradução em Portugués disponível)

O poder do humor

OVERING, Joanna. “O fétido odor da morte e os aromas da vida. Poética dos saberes e processo sensorial entre os Piaroa da Bacia do Orinoco”. In Revista de Antropologia. Vol.49, no 1, 2006, pp. 19-54.

LAGROU, Elsje Maria. Rir do poder e o poder do riso nas narrativas e performances kaxinawa. In: Revista de Antropologia. Vol.49, no 1, 2006, pp. 55-90.

6

Page 7: FCA662_Sociedades_Indigenas

7