introduÇÃo a saÚde da mulher polÍticas de saÚde

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COLÉGIO DE EDUCAÇÃO INTEGRADA – CEI CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM TURMA 09 INTRODUÇÃO A SAÚDE DA MULHER POLÍTICAS DE SAÚDE Profª Enf. Cíntia Maria Rodrigues Especialista em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) - Unyleya Mestre em Fisiologia Humana – UFVJM Doutoranda em Enfermagem – EERP/USP

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COLÉGIO DE EDUCAÇÃO INTEGRADA – CEI

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

TURMA 09

INTRODUÇÃO A SAÚDE DA MULHERPOLÍTICAS DE SAÚDE

Profª Enf. Cíntia Maria Rodrigues

Especialista em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) - Unyleya

Mestre em Fisiologia Humana – UFVJM

Doutoranda em Enfermagem – EERP/USP

Saúde Integral da Mulher implica:

Adoção do conceito de saúde integral:

acesso

organização da rede

continuidade

busca ativa

captação precoce

capacitação dos profissionais

disponibilidade de produtos

informações

processos participativos de

decisão,

avaliação contínua

indicadores

Resolução

Satisfação

Empoderamento

Autocuidado

Respeito

CICLOS DE VIDA, FAIXAS ETÁRIAS, GRUPOS

Quem somos?

O que queremos?

De que adoecemos e morremos?

214 062 667 População atual

105 309 223 População masculina atual (49.2%)

108 753 444 População feminina atual (50.8%)

2 324 866 Nascidos neste ano

6 055 Nascidos hoje

929 639 Mortes este ano

2 421 Mortes hoje

https://countrymeters.info/pt/Brazil21/09/2018

Atualmente: principais demandas dos serviços de saúde pública

Contracepção

Pré-natal

Parto e pós-parto

Queixas ginecológicas (vaginais, menstruais)

Envelhecimento / menopausa

Prevenção de cânceres de colo e mama

Sexualidade

Doenças comuns aos “humanos em geral”

LAQUEADURA TUBÁRIA(SUS)

•A mulher tem o direito, em toda a rede do SUS e conveniados, arealizar cirurgia para esterilização quando desejar, contanto que sejamaior de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhosvivos, e se em convivência conjugal, com o consentimento do marido.A esterilização também será possível quando houver risco de vida ou àsaúde da mulher.

PRÉ-NATAL

•A mulher tem direito a acompanhamento especializadodurante a gravidez – o que inclui exames, consultas eorientações gratuitas bem como ao conhecimento do seulocal de atendimento e vinculação a este para o pré-natale o parto.

ATENDIMENTO PRIORITÁRIO Á GESTANTE

•A gestante tem direito ao atendimento prioritárioem emergências de hospitais, assim como em outrosórgãos e empresas públicos e em bancos.

Amparo legal: Lei nº 11.804, de 05 de novembrode 2008, Artigo 1º, 2º e parágrafo único.

ACOMPANHAMENTO DURANTE OPARTO

A gestante tem direito a um acompanhante, de sua indicação,durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto.

• Toda mulher que já tiver iniciado sua vida sexual, de qualquer

•idade, tem direito a fazer, gratuitamente na rede do SUS, o

exame de colo uterino.

•A partir dos 40 anos, toda mulher terá direito também à mamografia, também gratuitamente pelo SUS.

PREVENÇÃO DE ISTPLANEJAMENTO FAMILIAR

(Adaptado de DAVIS et al., 2015)

CLIMATÉRIO E MENOPAUSA

Definição: Interrupção definitiva do ciclo menstrual determinada

por amenorreia constatada após 12 meses.

Porcentagem de mulheres que atualmente usam métodos

modernos, segundo a mais recente fonte de obtenção, por

método específico.

PNDS 2006.

63,6

36,4

59,4

21,3 22,6 25,1

10,7

15,7

14,275,7 74,9 66,0

17,9

44,7

25,3

0%

25%

50%

75%

100%

Esterilização

feminina

Esterilização

masculinaDIU Pílula Injeção

contraceptiva

Camisinha

masculina

Serviço de saúde do SUS Serviço de saúde ligado a

convênio/plano de saúde

Serviço de saúde particularFarmácia

Outra

Não sabe/

não respondeu

Durante anos, o modelo de sexualidade dominante,normativo, aceito socialmente, é o que corresponde àsexualidade masculina.

Dados do Ministério da Saúde apontam que os problemas de saúde mais recorrentes entre essa população em situação de rua são:

• problemas nos pés• infestações• DST/ HIV/aids• gravidez de alto risco• doenças crônicas• consumo de álcool e drogas• saúde bucal• Tuberculose

Principais causas de internação:

• uso de substâncias psicoativas (álcool, crack e outras drogas), • problemas respiratórios e • causas externas (acidentes e violência).

PAISM: UMA AGENDA FEMINISTA DE SAÚDE PÚBLICA (1983)

Material do Ministério da Saúde na década de 1980 (papel domovimento feminista)

Breve contextualização

Conferências Rio (1992), Viena (1993), Cairo (1994), Beijing

(1995): Direitos reprodutivos e sexuais.

A Saúde Sexual “inclui o prazer, e estimula a determinação pessoal, a

comunicação e os relacionamentos (...) é a capacidade de mulheres e

homens para desfrutar e expressar sua sexualidade, sem riscos de

doenças sexualmente transmissíveis, gestações não desejadas,

coerção, violência e discriminação. (Cairo, 1994)

Do PAISM ao PNAISMO PAISM /1983 nasce no

contexto da redemocratização do país/ Conferência de

Alma-Ata (1978).

A participação dos movimentos sociais e de mulheres, em especial o

movimento feminista, influenciaram a construção

do Programa

Em 2003/2004 - É elaborada a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher.

Objetivos: promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres

*garantia de direitos*ampliação do acesso aos meios e serviços de

Promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde

Movimento Sanitário . Formulação do SUS.

O PAISM foi influenciado pelas características dessa

nova política de saúde: integralidade e equidade

da atenção

Fonte: ATSM/DAPES/SAS/MS

Incorporou os princípios norteadoresdo SUS: equidade, descentralização,hierarquização, participação social,regionalização.

Propôs formas mais simétricas derelacionamento entre os profissionaisde saúde e as mulheres, apontandopara a apropriação, autonomia e maiorcontrole sobre a saúde, o corpo e avida.

A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER

Cal/Jun/12

• Enfrentamento da mortalidade materna• Fortalecimento da atenção obstétrica humanizada• Enfoque nos direitos sexuais e reprodutivos• Atenção nas situações de violência• Abortamento legal com segurança• DCNT• Câncer• Envelhecimento

A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER

Cal/Jun/12

Assistência, em todas as fases da vida, clínico ginecológica, nocampo da reprodução (planejamento reprodutivo, gestação, partoe puerpério), como nos casos de doenças crônicas ou agudas.

• Enfrentamento da mortalidade materna• Fortalecimento da atenção obstétrica humanizada• Enfoque nos direitos sexuais e reprodutivos• Atenção nas situações de violência• Abortamento legal com segurança• DCNT• Câncer• Envelhecimento

A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER

Cal/Jun/12

Assistência, em todas as fases da vida, clínico ginecológica, nocampo da reprodução (planejamento reprodutivo, gestação, partoe puerpério), como nos casos de doenças crônicas ou agudas.

A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL

À SAÚDE DA MULHER

Cal/Jun/12

Gustav KlintMulher Sentada

• Promover a melhoria das condições de vida e saúde dasmulheres brasileiras, mediante a garantia de direitoslegalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios eserviços de promoção, prevenção, assistência e recuperaçãoda saúde em todo território brasileiro.

• Contribuir para a redução da morbidade e mortalidadefeminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, emtodos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais,sem discriminação de qualquer espécie.

• – Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúdeda mulher no Sistema Único de Saúde

OBJETIVOS GERAIS DA POLÍTICA

Cal/Jun/12

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO

INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER

PLANO NACIONAL DE POLÍTICAS

PARA AS MULHERES

PACTO NACIONAL DE ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A

MULHER

PACTO NACIONAL DE ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA

MULHERES DO CAMPO E DA FLORESTA

PLANO NACIONAL DE ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS

PLANO NACIONAL DE ENFRENTAMENTO À

EPIDEMIA DE FEMINIZAÇÃO DA AIDS E

OUTRAS DST

ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA

INSTITUCIONAL NA REDE CEGONHA

POLÍTICA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER E AS POLÍTICAS INTERSETORIAIS E PLANOS DE ENFRENTAMENTO

• Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusivepara as portadoras da infecção pelo HIV e outras DST´s

• Estimular a implantação e implementação da assistência emplanejamento familiar, para homens e mulheres, adultos eadolescentes, no âmbito da atenção integral à saúde.

• Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada ehumanizada, incluindo a assistência ao abortamento emcondições inseguras, para mulheres e adolescentes.

• Ampliar o acesso e qualificar a atenção às mulheres noclimatério na rede SUS.

• Promover a atenção à saúde da mulher na terceira idade

ALGUMAS ESTRATÉGIAS

Cal/Jun/12

• Reduzir a morbimortalidade por câncer na populaçãofeminina

• Implantar um modelo de atenção à saúde mental dasmulheres sob o enfoque de gênero.

• Promover a atenção à saúde da mulher negra.

• Promover a atenção à saúde das trabalhadoras do campo eda cidade.

• Promover a atenção à saúde das mulheres em situação deprisão, incluindo a promoção das ações de prevenção econtrole de doenças sexualmente transmissíveis e da infecçãopelo HIV/aids nessa população.

ALGUMAS ESTRATÉGIAS

Cal/Jun/12

Saúde da Mulher no Climatério/Menopausa (p. 42 e 43)

Fase natural da vida da mulher

Sintomatologia variada

Promoção da saúde

Diagnóstico precoce

Tratamento dos agravos

Prevenção de danos à saúde da mulher

ALGUMAS ESTRATÉGIAS

O avanço da expectativa de vida vem aumentando o percentual de

mulheres climatéricas no País.

A menopausa é um marco dessa fase, correspondendo ao último

ciclo menstrual, somente reconhecida depois de passados 12 meses

da sua ocorrência e acontece geralmente em torno dos 48 aos 50

anos de idade.

Após a menopausa – que ocorre em torno dos 50 anos – as

mulheres dispõem de cerca de 1/3 de suas vidas, que podem e

devem ser vividos de forma saudável, lúcida, com prazer, atividade e

produtividade (BRASIL, 2008)

Década de 70 – Saúde mais voltada para a fase reprodutiva e a

saúde materna

1992 – Norma de assistência ao climatério

2003 – PNAISM

2008 – Manual de Atenção à Mulher no Climatério

Velhice Aposentadoria MorteFim da

juventudeSaída dos

filhos de casa

MULTIFATORIAL

QUALIDADE DE VIDA

INTEGRALIDADE EQUIDADE

Gênero

geração

raça

orientação sexual

Alimentação

Atividade Física

Renda

Auto estima

Trabalho

Acesso

A procura da mulher climatérica pelo serviço de saúde acontece

pelos sintomas, queixas e dúvidas quanto a uma possível gestação.

Marco biológico

“Repercute nos seus sentimentos, na sua qualidade de vida, no trabalho

e nas relações familiares e grupais. Apesar de ser comum por abranger

todas as mulheres, é singular diante das peculiaridades, sintomas,

vivências e suas repercussões, uma vez que é caracterizado como um

processo de mudanças físicas e emocionais, sociais e espirituais para a

mulher, pois recebe a influência de múltiplos fatores, como sua história

de vida e características pessoais, familiares, ambiente, cultura,

costumes, crenças, conhecimentos, dentre outros”.

A atenção básica é o nível de atenção adequado para atender agrande parte das necessidades de saúde das mulheres no climatérioe é necessário que a rede esteja organizada para ofereceratendimento com especialistas, quando indicado.

Devem ser efetuadas parcerias com as áreas de DST/Aids, dedoenças crônicas não transmissíveis – incluindo o câncer, saúdemental, odontologia, nutrição, ortopedia, entre outras.

- Organização da referência para realização de exames

- Disponibilidade de medicamentos

- Consultórios montados para atendimento ginecológico

- Ambiente destinado a atividades psicoeducativas (grupo de apoio

psicológico, meditação, ioga, automassagem, etc).

Recomenda-se abordagem humanizada destas mulheres, com o

mínimo de intervenção e uso de tecnologias duras possível, já que o

reconhecimento do climatério é essencialmente clínico e a maior

parte das manifestações pode e deve ser manejada com hábitos de

vida saudáveis, medidas comportamentais e autocuidado.

Plano de cuidados

Escuta atenta

Resolutividade/efetividade

acesso

GESTÃO

INVESTIR

METAS

OBJETIVOSAPOIO

TÉCNICO

IMPLANTAR AÇÕES

AVALIAR

DECISÃO POLÍTICA

OBRIGADA!