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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

    Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas

    Deparameno de !sicolo"ia

     

    #$lio F% Coim&ra

    Emmanuelle R%C% 'li(eira Sanos 

    A inveja no caso Bernardo 

    )elo Hori*one

    +,-.

    #$lio F% Coim&ra

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    Emmanuelle R% C% 'li(eira Sanos

     

    A inveja no caso Bernardo

     

    #ra&al/o apresenado 0 disciplina

    Meapsicolo"ia 1leiniana II do curso de

    !sicolo"ia2 como re3uisio para

    apro(a45o%

     

    !rofessor6a78 Cassandra Fran4a

    )elo Hori*one

    +,-.

    ' presene ra&al/o er9 como molde de apresena45o a inser45o "radai(a de

    rec/os de um caso cl:nico inerpoladas com uma respeci(a an9lise do

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    mesmo2 cu;o inuio < apresenar ao leior o recore do caso a parir do 3ual

    ad(eio a refle=5o 3ue o procede%

    Bernardo (B.), filho primogênito de 4 anos e 7 meses foi levado à análise em

    virtude do choro constante que apresentava desde o nascimento. Segundo

    contam os pais da criana, seu desmame ocorrera quando ele tinha apenas

    um mês e meio de vida, pois terceiros falavam para a m!e que o choro da

    criana era de fome e, por isso, ela passou a lhe dar vários outros tipos de

    leite, o que aca"ou n!o tra#endo resultados. $or consequência do choro e dos

    comportamentos associados, o garoto era visto como chato, pega%oso e

    chor!o, rece"endo, por isso, o apelido de &chatorium'. uriosamente, longe da

    figura materna ele n!o apresentava os comportamentos ligados ao choro. omisso, aflita, a m!e, ao crer que passando mais tempo com o filho poderia a%udá

    lo, chega at* mesmo a a"dicar do tra"alho, o que contraditoriamente piora a

    situa!o. +o final, os pais passaram a notar que aceitavam demais os palpites

    so"re como cuidar do filho e que n!o estava tra#endo "enefcios para ele. $elo

    contrário, apenas os dei-avam mais desnorteados quanto ao cuidado.

     ' rec/o acima re(ela a inse"uran4a da m5e com rela45o aos cuidados do

    pr>prio fil/o% Na enai(a de diminuir o c/oro da crian4a2 influenciados por 

    ourem2 ela lan4a m5o de esrapria

    (ida% Essa pro=imidade f:sica e menal com o seio "raificador em cera medida

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    resaura2 se udo corre &em2 a unidade prlico2 a

    mamadeira dessa maneira2 a m5e < ransformada em um o&;eo amado%

    6@LEIN2 --2 p% +-,7

    !odemos noar a imporBncia dada pela auora aos es9"ios primii(os do

    desen(ol(imeno do &e&ê e sua influência so&re a (ida ps:3uica% ' seio2 nesse

    cone=o2 rece&e aen45o especial pelo conao 3ue esa&elece enre a m5e e o

    &e&ê2 funcionando como fone nuridora e reprodu*indo o es9"io fusional prica 1leiniana2 )ernardo pode2 en5o2 er o&saculi*ado a

    amamena45o em (irude da sua incapacidade de in(esir o seio eou seus

    represenanes sim&>licos2 o 3ue dificulou a consolida45o de uma lin/a de

    cuidado em rela45o ao fil/o pela m5e2 ;9 3ue ele se manin/a c/orando

    independenemene da posura adoada% A amosfera ansi>"ena "erada pela

    inse"uran4a da m5e pode2 por isso2 er infecado o &e&ê de al"uma forma% De

    al modo 3ue2 com o parco enrai*ameno do o&;eo ori"in9rio2 a rela45o com

    m5e ficou pre;udicada2 o 3ue parece ser compro(ado pelo c/oro esar 

    direamene associado 0 presen4a da m5e

      Mas2 como foi su"erido aneriormene2 n5o < apenas o alimeno 3ue ele

    dese;a 3uer am&ria% Esse senimeno de 3ue a m5e < onipoene e de 3ue compee a

    ela e(iar oda a dor e males pro(indos de fones inernas e e=ernas < am&

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    desmame pode er auali*ado de al"uma forma o rauma do nascimeno2

    epicenro das ansiedades persecu>rias% Dos aa3ues rai(osos e c/eios de >dio

    ao seio frusrador 3ue o pri(ou de oda saisfa45o e amor 3ue dele de(eria

    pro(ir2 uma no(a 3uoa de ansiedade persecu>ria pode er sido desa"uada

    so&re a crian4a2 o 3ue o le(ou a inro;ear a ima"em maerna como

    assusadora e fal/a% Essa /ip>ese pode ser susenada ao ol/armos para os

    desen/os 3ue ) fa* da m5e2 reraada sempre de maneira disforme e

    fanasma">rica%

     +o engravidar, o dese%o da m!e era de que fosse uma menina. e forma

    inusitada, Bernardo tinha tam"*m o há"ito de colocar uma cala na ca"ea,

    fingindo vestir uma peruca. / pai fora presente at* o primeiro ano de vida,dividindo todas as tarefas com a m!e, mas depois passou a ser colocado de

    lado.

    urante um dos atendimentos, a analista conta que estava grávida e ele

    demora a acreditar. epois, guarda um coelho de pel0cia de"ai-o da "lusa e

     passa a sess!o &grávido' tam"*m.

    1m outro atendimento, Bernardo chega perto da analista e tenta espremer o"e"ê da "arriga. + fim de a%událo, ela dei-a o garoto usar um desenho que lhe

    representaria grávida. Bernardo, em seguida, come o desenho. + terapeuta di# 

    a Bernardo que ele ficara com inve%a e raiva do fato dela poder ter "e"ês, por 

    isso engolira os dois, ao que a criana concorda e, em tom de desculpas, di# 

    que irá lavar o ch!o.

    Renao Me*an 6+,,+7 fala so&re o la4o enre a in(e;a e a em9ica da

    casra45o2 oura 3ues5o 3ue a;uda muio na compreens5o do caso de)ernardo% A rea45o da perda do seio2 em (irude do desmame precoce2

    desencadearia os aa3ues (iolenos ao seio frusrador e a inro;e45o dese 3ue2

    como conse3uência2 podemos compreender a inernali*a45o de uma ima"em

    maerna e=remamene danificada pelos aa3ues%

     A parir do caso2 um dos componenes mais claros na an9lise dos aendimenos

    com )ernardo < 3ue ele re(ela possuir profunda in(e;a dos ari&uos

    ipicamene femininos2 o 3ue de cera forma permie /ipoei*ar 3ue o su&srao

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    do afeo in(e;oso es9 insalado so&re s>lidas &ases idenifica>rias% A premissa

    < 3ue2 para eclos5o do afeo in(e;oso2 fa*se necess9rio um erreno

    idenifica>rio comum% !oride2 a crian4a2 moi(ada pela in(e;a2 aaca(a a3uilo de al"uma

    forma2 noura ide2 a crian4a procura reparar o dano de forma a

    n5o le(ar em cona as idiossincrasias do o&;eo e a dimens5o do danocausado%

    Em al"uma medida2 a an"$sia da crian4a siua(ase enre a s>lida

    idenifica45o com a m5e ferida e rai(osa e a dificuldade 3ue essa l/e impun/a

    de consiuir a sua masculinidade% @lein 6--7 fala so&re um primeiro empo do

    licos do o&;eo

    prim9rio2 ainda dese;ado pela crian4a e2 por isso2 am&

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    En5o2 como resposa a essa an"$sia2 a crian4a de(eria a&andonar essa

    primeira posi45o e passaria a (olarse para a m5e2 dessa (e* como o&;eo2 o

    3ue implicaria2 em se"uida idenificarse com o pai e enrar no se"undo empo

      masculino do

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    correla45o com o corpo do ouro de um modo ainda auoer>ico% Guiado pela

    puls5o de ind:cio2 su&meido aos resos 3ue s5o ind:cios dos o&;eos inscrios2

    o dese;o infanil se re(ela como ai(o em rela45o 0 mea pulsional2 mas

    conser(a uma passi(idade radical em rela45o 0 m5e% Ao mesmo empo2 n5o /9

    su;eio no senido esrio2 su;eio do e"o capa* de se represenar a si mesmo ecapa* de enunciarse a parir disso% Se a puls5o < ac

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    REFERÊNCIAS

    )leic/mar2 S% 6-7% Nas 'ri"ens do Su;eio !s:3uico8 do Mio 0 His>ria% !oro Ale"re8 Ares M