monografia microvarizes
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CAPTULO I
1. INTRODUO
1.1. O PROBLEMA E A IMPORTNCIA
Segundo Bontempo (1999) as varizes do membro inferior so estudadas e
tratadas desde a Antigidade, existem referncias tratamentos que remotam
mais de 2000 anos. Esta preocupao da medicina com as varizes desde os
primrdios da histria da civilizao ocorreu porque as varizes so bem visveis.
Constituem a mais comum de todas as doenas vasculares. Sua incidncia de
cerca de 15% da populao adulta. Incidem trs vezes mais na mulher do que nos
homens em decorrncia de fatores hormonais.
Esta patologia que segundo Boarim (1999) caracteriza-se pelas dilataes
das veias superficiais das pernas. Essas veias dilatadas funcionam como barreiras
para o sangue, fechando as vlvulas quando ele passa, para que o sangue siga seu
caminho.
Quando as paredes perdem a elasticidade e as vlvulas comeam a falhar, o sanguefica parado, formando depsitos causando as varizes. Entre as causas maisfreqentes esto a gravidez, a adolescncia, a hereditariedade, o sedentarismo, aobesidade e o excesso de hormnios femininos1
Segundo o mesmo autor, o perigo maior para a sade, entretanto, reside
na formao de trombos (cogulos) no interior dos vasos tortuosos, que, por
contingncia do destino podem a qualquer momento desprender-se e ocasionar
1Disponvel em www.angiopatiasinstituto.com.br, acessado em 06/01/2006
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entupimentos em rgos distantes, levando embolia pulmonar ou a embolia
cerebral.
Existem vrias formas de tratar essa patologia to comum: pela medicina
convencional alguns medicamentos para afinar o sangue, cirurgias para retirada da
veia afetada, mesoterapia (aplicao de injees no local lesionado) com
medicamentos especficos para a diminuio das varizes, na fisioterapia aplica-se o
princpio da drenagem linftica manual, mtodo desenvolvido aps a segunda guerra
mundial que visa uma melhora na circulao da linfa e do sangue, facilitando a
circulao sangnea e tambm amenizando os sintomas de dores como cansao e
tambm o edema nos membros inferiores; aplica-se tambm dentro da fisioterapia
o uso de meias de conteno para facilitar o retorno venoso dos membros inferiores;
dentro da medicina natural aplica-se os princpios da fitoterapia com uso interno e
externo, a trofoterapia com princpios de reeducao alimentar e introduo de
alimentos especficos tanto para prevenir como para amenizar os sintomas desta
patologia, a geoterapia com aplicao de argilas especficas esterilizadas no local
ajudam a diminuir o edema e aliviam as dores locais; os exerccios fsicos como
caminhadas curtas acompanhadas de exerccios respiratrios e hidroginstica
podem ajudar isso depois da fase aguda da doena; e tambm dentro da medicina
chinesa aplicam-se princpios dos cinco elementos para tratar as varizes utilizando a
aurculoterapia para aliviar as dores e o edema nos membros inferiores e a aplicao
das agulhas em pontos especficos para tratar no s os sintomas como a etiologiadas varizes.
Conforme exposto acima lana-se a pergunta: Quais os efeitos
fisiofuncionais das tcnicas de drenagem linftica, fitoterapia e acupuntura
combinadas para o tratamento de varizes em membros inferiores?
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1.2. OBJETIVOS
1.2.1. Geral
Investigar os efeitos fisiofuncionais das tcnicas de drenagem linftica
manual, fitoterapia brasileira e acupuntura utilizando agulhas como recurso
associadas em conjunto para a melhora dos sintomas especficos das varizes como
tambm evidenciar uma melhora na parte fisiofuncional da doena.
1.2.2. Especficos
Verificar alvio da dor no decorrer do tratamento proposto
Verificar alteraes visuais dos membros inferiores antes e depois
do tratamento
Verificar a satisfao das pacientes antes e depois do tratamento
Constatar a eficcia das trs tcnicas agrupadas para o tratamento
e a melhoria nos sintomas das varizes em membros inferiores
Colaborar com a comunidade cientfica no que diz respeito a
comprovao de tratamentos intitulados alternativos a medicina
convencional, respeitando as normas de publicaes cientficas para
aumentar os dados no que diz respeito a medicina natural ou
terapias naturais.
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CAPTULO II
2. REVISO DE LITERATURA
2.1. AS VARIZES
2.1.1. Definio E Epidemiologia
Segundo Di Pietro (2001), varizes ou veias varicosas so veias dilatadas,
alongadas e tortuosas. Alm de serem prejudiciais esttica, as varizes podem
causar dor, cansao e sensao de peso nas pernas.
Sob o ponto de vista da mesma autora, as artrias levam o sangue do
corao para as extremidades, e as veias tm a funo de levar o sangue de volta
ao corao, impulsionado, principalmente pela bomba muscular das panturrilhas.
Dentro das veias existem pequenas vlvulas que impedem o retorno venoso para as
extremidades. Quando as vlvulas no se fecham adequadamente, acontece esse
retorno, a que se denomina refluxo. Quando acontece o refluxo, aumenta a
quantidade de sangue dentro das veias, o que faz com que elas se dilatem.
Para Robbins (1996), para que o sangue possa voltar ao corao, as veias
possuem vlvulas venosas que impedem seu refluxo. Caso essas pequenas vlvulas
falhem, o sangue reflui e causa a dilatao das veias devido ao aumento do volume
sangneo. As varizes aparecem com mais freqncia nos membros inferiores: ps,
pernas e coxas.
As varizes se apresentam em trs estgios distintos: telengiectasias,
microvarizes e varizes. No estgio das telangiectasias as veias so bem fininhas,
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com cerca de 0,5 milmetro de dimetros. Nesta fase so fceis de tratar. De 0,5 a 5
milmetros so chamadas de microvarizes e quando a dilatao passa dos 6 mm
so denominadas de varizes. Quando chega nesse estgio podero ocorrer
sintomas como dor, inchao nas pernas, flebite e at hemorragias e a pessoa poder
necessitar de uma interveno cirrgica para a retirada da veia.(FARDY, 2001)
2.1.2. Fisiopatologia da Variz
Sabe-se que o sistema venoso transporta 98% das toxinas do meio
intersticial e os 2% restantes so transportados pelo circuito linftico. A rede inteira
da circulao do sangue est avaliada em 96.000 km, nmero que d uma idia da
importncia de suas ramificaes. A partir do corao, as artrias decrescem para
se tornarem finas arterolas que so os capilares. Esse circuito se prolonga por
vnulas e depois por veias de calibre maior que vo retornar ao corao, levando o
sangue venoso. ( ROBBINS,1996)
Quando o sangue contido na veia impulsionado, ele empurra a vlvula de encontro parede do vaso, circulando assim livremente em direo ao corao. Como aprogresso da corrente sangnea venosa no contnua, cessada a fora que oimpulsiona, tende o sangue a retornar pela ao da gravidade. Tal fato, entretanto,no ocorre porque o sangue se insinua no seio da vlvula, fazendo com que a bordalivre se encoste na parede do vaso. Desta forma, a luz da veia temporariamenteobliterada, at que novo impulso faa o sangue progredir em direo ao corao.Pode haver mais de uma vlvula em um mesmo ponto da veia, sendo freqenteencontrar duas e mais raramente trs. Insuficincia de uma vlvula aimpossibilidade de impedir completamente o refluxo do sangue. A insuficincia demuitas vlvulas de uma mesma veia provoca sua dilatao e conseqente estasesangnea: tal estado conhecido pelo nome de varizes. (DANGELO, JG &FATTINNI, C.A, 1998).
Se no fosse pelas vlvulas nas veias, o efeito da presso hidrosttica faria
com que a presso venosa nos ps fosse sempre em torno de + 90 mmHg no adulto
de p. Entretanto, cada vez que movem as pernas, os msculos se contraem e
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comprimem as veias dentro desses msculos ou adjacentes a eles, e isso espreme
o sangue para fora das veias. As vlvulas dentro das veias so dispostas de tal
maneira que a direo do fluxo do sangue s pode ser para o corao.
Conseqentemente, cada vez que uma pessoa move as pernas ou mesmo tenciona
os msculos, uma certa quantidade de sangue impelida em direo ao corao, e
a presso nas veias diminuda. Este sistema de bombeamento conhecido como
a bomba venosa ou bomba muscular, e bastante eficiente para que, em
circunstncias normais, a presso venosa nos ps de um adulto que caminha
permanea prxima ou abaixo de 25 mmHg. (FARDY, 2001)
O mesmo autor elucida que na pessoa parada de p, a bomba venosa no
trabalha, e a presso venosa na parte inferior da perna subir at o valor hidrosttico
pleno de 90 mmHg em cerca de 30 segundos. As presses nos capilares tambm
sobem muito, fazendo com que vaze lquido do sistema circulatrio para dentro dos
espaos dos tecidos. Como resultado, as pernas incham e o volume sangneo
diminui.
O defeito nas veias das pessoas que tm varizes est nas vlvulas e nas
paredes das veias. Existem dois tipos de veias nos membros inferiores, as veias
superficiais que ficam sob a pele, na camada de gordura e que podem ser visveis, e
existem as veias profundas que ficam no meio da musculatura da perna e no so
visveis, e existem ainda as veias comunicantes, que ligam as veias superficiais e
profundas. As vlvulas orientam o sangue nas veias dos membros, sempre da veiasuperficial para a profunda, atravs da veia comunicante, e impedem que o sangue
faa o caminho errado, descendo pelas veias, quando a pessoa est de p ou
sentada. As artrias levam o sangue do corao para todo o corpo. O sangue ento,
depois de oxigenar e alimentar as clulas, retorna para o corao atravs das veias.
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Quando a pessoa est em p ou sentada, o sangue vai para o p com facilidade,
porque o corao impulsiona e, alm disso, para baixo mais fcil, mas o sangue
encontra dificuldades no caminho inverso: ps corao. Nas pessoas em que as
veias tm vlvulas e paredes normais o sangue aguarda a oportunidade de voltar,
sem causar nenhuma alterao. (FATTINNI, 1998)
Nas pessoas em que as vlvulas esto doentes acontece, ento, uma
inverso no caminho do sangue, que passa a ir de cima para baixo e da veia
profunda para a superficial. Este fato provoca um aumento do volume sangneo
dentro da veia superficial, ocorrendo o processo de dilatao e aparecimento de
varizes. O sangue volta para o corao atravs do corao perifrico, que na
verdade, existe. a musculatura da panturrilha. Mas este corao s funciona
quando nos movimentamos, contraindo e relaxando os msculos da perna. Quando
os msculos se contraem, impulsionam o sangue para cima realizando a circulao.
Ao andar e correr, sobretudo os msculos da panturrilha trabalham. A cada
passo, se contraem e voltam a relaxar, produzindo movimentos de bombeamento.
Entretanto, o corpo criou um sistema por meio do qual aproveita esse bombeamento
e que facilita o retorno do sangue, os msculos da panturrilha bombeiam o sangue
nas veias e atuam diretamente sobre elas no interior da perna. Estas veias, que se
encontram nos msculos, esto ligadas atravs de outros vasos venosos com as
grandes veias alojadas sob a pele. Por essa razo, o bombeamento dos msculos
da panturrilha pode chegar at a grande veia da perna, a veia safena maior, que fluia pouca distncia sob a pele. ( Fardy ,2001)
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2.1.3. Tipos De Varizes
Podemos de forma didtica, considerando a questo de sade e a esttica,
dividir as varizes em quatro tipos a seguir, conforme dado extrado do centro de
estudos das angiopatias, classificao feita pelo Dr. Francischelli, (2001):
TIPO I: (Vasinhos e Microvarizes), apesar de ser um problema de
sade, no causa riscos imediatos, sendo um problema que atinge
mais a auto-estima do paciente. Portanto, geralmente o paciente
procura o mdico pela questo esttica, por isso chama-se esse tipo
de predominantemente esttico.
TIPO II: (Varizes onde est presente a doena e a esttica), j
uma doena que envolve alguns riscos e problemas para o paciente,
e por isso deve ser tratada, entretanto, pode estar presente tambm
a preocupao esttica. Neste caso, os dois problemas devem ser
considerados, a doena funcional e a esttica.
TIPO III: (Varizes assintomticas sem preocupao esttica) todas
as situaes onde se apresentem varizes, sem que a questo
esttica esteja envolvida. Neste caso, a doena funcional est
presente, sem que o paciente esteja preocupado com a aparncia
esttica. Em alguns casos as varizes podem atingir grandes
dimenses antes de apresentar complicaes, em outras situaes,
em outras situaes, mesmo pequenas varizes j as apresentam.
TIPO IV: (Varizes com complicaes), as complicaes mais
freqentes so as tromboflebites, as lceras de perna, as
hiperpigmentaes, o eczema venoso, as hemorragias, a fibrose, a
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dermatite Ocre, as infeces e o quadro de dor. Neste caso, a
doena funcional est presente, sem que o paciente esteja
preocupado com a aparncia esttica. Geralmente, so pacientes
onde o problema est presente h longo tempo, sem tratamento, e
que j apresentam complicaes.
Existem tambm dois tipos de varizes assim classificadas: primrias e
secundrias. As chamadas primrias so aquelas que aparecem influenciadas pela
tendncia hereditria, responsvel pelas antiestticas linhas vermelhas e azuis de
diversos tamanhos; e as chamadas secundrias que aparecem por doenas
adquiridas no decorrer da vida e so de tratamento mais difcil chamadas
erroneamente de varizes internas.
2.1.4. Causas da Variz
Para Boarim (1999), o surgimento de varizes raro antes dos 14 anos de
idade e geralmente, quando ocorrem em crianas, fazem parte de deformidades
vasculares congnitas. A partir da puberdade h aumento progressivo na incidncia
das varizes, sendo que acima dos 70 anos, cerca de 70% das pessoas apresentam
dilataes venosas nos membros inferiores. Calcula-se que 24 milhes de pessoas
sofrem com os problemas decorrentes das varizes.
Alguns fatores so levados em considerao no surgimento destapatologia:
1. HEREDITARIEDADE: O indivduo com propenso gentica nasce com
menor resistncia da parede das veias e essa predisposio, associada a fatores
desencadeantes como gestao, obesidade e sedentarismo, profisses que
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implicam um tempo prolongado em posies eretas (exemplos cabeleireiros,
balconistas, porteiros...) ou que exigem grandes esforos (exemplo de estivadores,
halterofilistas), favorece o surgimento de varizes.
2. GRAVIDEZ: o fator desencadeante mais importante que faz com que
a incidncia de varizes predomine nas mulheres. Nessa condio, alm das
alteraes hormonais que ocorrem durante todo o perodo de gestao, na Segunda
metade da gestao h aumento da presso nas veias das pernas devido a
compresso do tero. Se esse aumento de presso no for suficiente para provar
dilatao permanente, as veias voltam ao seu calibre inicial aps o parto. Isto
costuma ocorrer aps a primeira gestao, no entanto, com as gestaes
sucessivas, as veias tendem a se dilatar, tornando-se varicosas e assim
permanecem aps os partos.
3. POSIES CORPREAS: As posies que favorecem o
aparecimento de varizes so a de ficar em p por longos perodos ou sentado.
Nestas posies existe a dificuldade para a circulao de retorno e justamente
quando as varizes aparecem. Estando em movimento fazemos funcionar o corao
perifrico, que impulsiona o sangue para cima evitando o aparecimento de varizes e
quando estamos deitados o corao fica no mesmo nvel da perna, o que facilita o
retorno do sangue, se estivermos com os ps elevados, o corao fica para baixo e
os ps para cima ento o retorno sangneo fica favorecido.
4. ALTERAES HORMONAIS: A influncia dos hormnios femininos(estrognio e progesterona) acontece porque estes afetam a parede das veias. Isto
explica o uso de anticoncepcionais como fator desencadeante para a patologia, pois
eles so base de hormnios femininos.
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5. ALIMENTAO: Pesquisas imputam ao consumo exagerado de
laticnios grau considervel de culpa para o surgimento de varizes. A protena Lctea
extremamente alergizante, e so as prprias reaes do organismo que,
ocasionariam leses vasculares precursoras de varizes. A obesidade tambm um
fator responsvel pelo aparecimento das varizes pela grande presso hidrosttica
exercida sobre as veias e vasos do membro inferior.
2.1.5. Preveno
Sob o ponto de vista de Thom (1988), o ideal no tratamento de varizes
sempre evitar seu aparecimento. importante tentar evitar atividades onde a pessoa
obrigada a ficar muitas horas em p ou sentado. Caso no seja possvel, a
pessoa deve elevar as pernas por 15 minutos 2 a 3 vezes durante o dia, e noite,
quando chegar em casa, tambm deve-se movimentar os ps, como se estivesse
acelerando um carro, este movimento chamado dorsiflexo, faz a musculatura da
panturrilha se contrair ritmicamente, colocando em ao o corao perifrico, que faz
a circulao funcionar. Alm disso, deve-se usar meia elstica, em geral de mdia
compresso, que reduz a ao traumtica da presso hidrosttica sobre as veias, as
meias agem desviando, atravs da meias comunicantes, o sangue das vais
superficiais, onde as varizes se formam, para as veias profundas, onde no existem
varizes. Para vestir a meia elstica deve-se elevar as pernas por 20 minutos antesde colocar as meias para esvaziar bem as veias; caso contrrio, elas perdem sua
ao.
Boarim (1999) afirma que outra medida o uso de vitamina C, Que
aumenta a sntese de colgeno, fibra que refora a parede do vaso. Se a pessoa
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tem histria familiar de varizes, deve comear a se prevenir desde a juventude,
especialmente se for mulher, para evitar que o problema fique muito srio. A
massagem pode ajudar, mas deve ser constante. A melhor massagem para ajudar a
circulao das veias chama-se drenagem linftica.
O mesmo autor elucida que evitar o sol e o calor: o sol, sauna, banhos
muito quentes e demorados provocam o aquecimento da pele e a passagem de uma
maior quantidade de sangue pelos vasos da pele. Se uma maior quantidade de
sangue passa pelos vasos superficiais eles se acomodam a essa situao e se
dilatam sendo um fator que favorece o aparecimento de vasinhos nas pessoas que
so predispostas, por isso so medidas teis evitar banhos muito quentes e
demorados, evitar exposio ao sol da praia. Quando estiver exposto ao calor da
praia ou da piscina deve-se Ter o cuidado de entrar na gua a cada 15 ou 20
minutos para evitar que a perna fique muito quente.
Evitar o excesso de peso: o excesso de peso sobrecarrega a circulao e
provoca o aparecimento de varizes. Ter bons hbitos alimentares saudvel para
todo o corpo. O excesso de peso tambm provoca celulite que est associada as
microvarizes e telangiectasias (vasinhos).
Fazer exerccios: os exerccios melhoram a fora muscular da perna e,
portanto melhoram a circulao de retorno. Os melhores so andar, correr e nadar.
Evitar o uso de anticoncepcionais: os hormnios femininos (plulas,
tratamento de menopausa, reposio hormonal) retm lquidos e aumentam apresso dentro das veias, tambm amolecem as paredes dos vasos e so uns dos
principais fatores desencadeantes de varizes.
Evitar o uso de salto alto: o salto alto faz com que a musculatura da perna
fique permanentemente contrada, sem o movimento rtmico, o que dificulta a
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circulao venosa.. O uso em ocasies especiais no chega a ser prejudicial, mas o
seu uso rotineiro certamente .
Para Fattinni (1998), varizes no voltam se forem retiradas com cirurgia,
aparecem outras que devem ser tratadas. Uma veia que estava normal no momento
de um tratamento, mais tarde poder estar doente, porque a tendncia hereditria
existir durante toda a vida. Este fato no invalida qualquer tipo de tratamento,
porque se as varizes no forem cuidadas podero levar a srias complicaes no
futuro. Por esse motivo que se prope o tratamento continuado de varizes, que
controla o problema esttico e a doena conforme se manifestem.
2.2. DRENAGEM LINFTICA
2.2.1. Efeitos da Drenagem Linftica
Para Leduc (2002), os movimentos de massagem tm como objetivo
principal o aumento do volume de linfa admitido pelos capilares linfticos e o
aumento da velocidade de seu transporte atravs dos vasos linfticos. Indiretamente
estas manobras influenciam outras funes biolgicas.
O mesmo autor elucida que as influncias diretas da drenagem so:
capacidade dos capilares linfticos, velocidade da linfa transportada, filtrao e
reabsoro dos capilares sangneos, quantidade de linfa processada dentro dos
gnglios linfticos; sobre a musculatura esqueltica, sobre a motricidade do
intestino, sobre o sistema nervoso vegetativo, sobre a imunidade; as influncias
indiretas da drenagem seriam: nutrio celular, oxigenao dos tecidos,
desintoxicao da musculatura esqueltica; absoro de nutrientes pelo trato
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gastrointestinal; distribuio de hormnios, aumento na quantidade de lquidos
excretados.
Para Jacquemay (2000), as relaes entre o sistema linftico e outros
sistemas circulatrios so divididas em trs: o vascular sangneo, o cfalo-
raquidiano e o linftico. O sistema vascular sangneo um anel vascular fechado
provido de uma bomba, o corao. A funo deste sistema consiste em assegurar
que o sangue atinja todas as partes do organismo, a fim de que cada clula possa
receber nutrio conforme suas necessidades funcionais, o sangue flui afastando-se
do corao, nas artrias e arterolas, para atingir os capilares, que no apenas
permitem o escapamento do lquido nutriente para dentro dos espaos teciduais,
como tambm reabsorve parte do lquido tecidual. A partir dos capilares, o sangue
retorna ao corao pelas veias. Assim, no sistema vascular sangneo, o sangue flui
em dois sentidos: a partir do corao e para o corao. O sistema circulatrio do
lquido cfalo raquidiano tambm um sistema fechado de canalizaes. O sistema
linftico, ao contrrio dos dois primeiros, no fechado, mas comunica-se
diretamente com o sistema venoso na raiz do pescoo. Consiste em um sistema de
capilares que comeam de um modo cego, que captam o lquido tecidual no
absorvido pelos capilares sangneos, e em uma srie de vasos coletores de
tamanho cada vez maior que, finalmente, drenam o lquido contido, denominado
linfa, para dentro das veias subclvias. No sistema linftico, o fluxo da linfa sempre
em um sentido, isto , para o corao. Uma caracterstica do sistema linftico ainterpolao de filtros (gnglios linfticos) ao longo de seus vasos principais, atravs
dos quais a linfa tem de passar antes de ser transferida s veias.
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2.2.2. Indicaes Clnicas
Segundo Di Pietro (2001), as principais indicaes da drenagem linftica
seriam: os edemas causados por: deficincia linftica; edema causado pela
elevao da presso hidrosttica nos capilares; edema causado pela baixa presso
coloidosmtica no plasma; edema causado pelo aumento da presso coloidosmtica
do lquido interticial; causado pelo aumento da permeabilidade capilar; liposdistrofia
ginide (celulite); edema gestacional; deficincia circulatria venosa ou circulao
sangnea de retorno comprometida (varizes); no pr e ps-cirurgia plstica, para o
tratamento de acne, da couperose, de roscea, para o rejuvenescimento,
musculatura tensa, sistema nervoso abalado entre outras.
2.2.3. Procedimentos
Segundo Di Pietro (2001), as condies de trabalho para este tipo de
massagem so as seguintes: o cliente deve encontrar-se numa posio cmoda e
numa temperatura amena, a pele deve estar limpa e sem produtos, o profissional
tambm deve estar em uma posio cmoda, que lhe permita trabalhar com calma e
concentrar sua ateno sobre o estado do tecido e sobre as reaes gerais do seu
paciente. O ambiente ideal calmo, eventualmente com fundo musical suave e
calmo, a iluminao deve ser discreta, durante a drenagem cliente e profissional
devem permanecer em silncio, aps o trmino da drenagem, o cliente deve
permanecer ainda por 20 minutos deitado, deve evitar qualquer tipo de manipulao
neste estado de repouso.
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A drenagem linftica utilizada foi baseada na tcnica de Leduc, foi feita
somente nos membros inferiores, sendo que a sesso utiliza-se de 45 minutos para
efetuar a massagem e 20 minutos de descanso na maca.
O tempo necessrio para a aplicao da tcnica de drenagem linftica
manual para auxiliar no tratamento das varizes seria de uma a trs vezes por
semana, caso no seja possvel pode abster-se a uma sesso a cada quinze dias. O
importante a constncia no recebimento da tcnica, tendo em vista que o
necessrio no mnimo de dez sesses para que se obtenha um bom resultado.
2.3. ACUPUNTURA
Conforme a origem da palavra (acus: agulha, puntura: punturas), a
acupuntura consiste na insero em profundidade de agulhas muito finas, alguns
milmetros em pontos especficos da pele. ( ENQUIN 1998)
Esta cincia surgiu na China, em plena Idade da Pedra, isto , h
aproximadamente 4.500 anos.
A Medicina tradicional Chinesa, a qual chamaremos de MTC daqui em
diante, uma cincia que abrange a filosofia , a patologia, o diagnstico, a profilaxia
e o tratamento das doenas.
Wing (1995) ,cita que o registro mdico mais antigo o Huang Di Nei Jing
que um resumo das experincias mdicas e das conquistas teraputicas de 770aC a 221 aC. Esse registro sistematizou a filosofia e patologia humana, organizou
questes diagnsticas, teraputicas e preventivas ao estabelecer a base terica da
MTC.
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Para Maciocia (1996), a principal caracterstica da acupuntura enquanto
modalidade teraputica encarar o ser humano como um todo, onde corpo e mente
configuram-se como duas facetas de uma mesma unidade, ao contrrio de toda
estrutura da cincia mdica ocidental que tem como base a filosofia dualista a
oposio aceita entre mente e matria, esprito e corpo. Na MTC, manifestaes
fsicas e mentais dos seus pacientes so manifestaes inseparveis de uma s e
inaltervel entidade.
O mesmo autor cita que no tratamento de doenas com acupuntura
necessrio diferenciar as condies patolgicas de acordo com a teoria da MTC e as
peculiaridades da acupuntura, e dominar princpios bsicos para prescrio e
aplicao nos pontos especficos.
2.3.1 Bases da Medicina Tradicional Chinesa
A MTC d grande importncia a unidade do corpo humano em si e sua
relao com a natureza, e mantm que o corpo humano mesmo um todo orgnico
e tm relaes muito ntimas e inseparveis com o meio natural externo (WEN,
2002).
O mesmo autor elucida que as partes componentes do corpo humano so
inseparveis de cada uma das outras estruturas, relacionadas, subsidirias e
condicionis umas as outras em fisiologia, e de determinada influncia umas sobreas outras em patologa.
O homem influnciado direta e indiretamente pelos movimentos da
natureza, a qual ele esta obrigado a dar respostas fisiolgicas e patolgicas. Quando
o clima varia com a quatro estaes num ano variam tambm trs condies
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normais do pulso (frequncia, ritmo, volume, tenso). Pulso em corda primavera,
cheio vero, flutuante outono, afundado inverno.
A ocorrncia , desenvolvimento e mudanas de muitas doenas so sazonais. Demanh a energia vital do corpo humano comea a tornar-se mais forte, enquanto osfatores patognicos mais fracos, ao meio dia a energia vital do corpo estpredominante e domina sobre os fatores patognicos; a tarde a energia vital comeaa tornar-se mais fraca, enquanto os fatores patognicos mais fortes, a meia noite aenergia vital do corpo retorna aos rgos internos, enquanto os fatores patognicosvo para um ponto dominante (LIN SHU, 1996).
A MTC no focaliza sua ateno principal nas similaridades e
dissimilaridades entre as doenas, mas nas diferenas entre as sndromes que elas
tem. Trata-se da mesma doena com mtodos diferentes.
Segundo Wen (2002), originalmente, na China, designava-se os cinco
elementos de Wu-Hsing; sendo que Wu significa cinco e Hsing, andar. Os conco
elementos ou seja a Madeira, o Fogo, a terra, o Metal e a gua so, na realidade, os
cinco elementos bsicos que constituem a natureza. Existe entre eles uma
interdependncia e uma interrestrio que determinam seus estados de constante
movimento e mutao.
A teoria dos Cinco elementos ocupa um lugar importante na medicina
chinesa, porque todos os fenmenos dos tecidos e rgos, da fisiologia e da
patologia do corpo humano, esto classificados e so ineterpretados pelas
interrelaes desses elementos. Essa teoria usada como guia na prtica mdica.
Segundo Lin Shu (1996), os termos yin e yang so aplicados para
expressar qualidade dual e opostas. uma conceituao filosfica, uma maneira de
generalizar os dois princpios opostos que podem ser observados em todos os
fenmenos relacionados dentro do mundo natural. Podem representar dois
fenmenos separados com naturezas contrrias, bem como aspectos diferentes e
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opostos dentro do mesmo fenmeno. Assim, o povo chins antigo chegou ao
entendimento que todos os aspectos do mundo natural podiam ser compreendidos
como tendo um aspecto dual, por exemplo, dia e noite, brilho e obscuridade,
movimento e quietude, calor e frio etc. baseado nas propriedades da gua e fogo,
tudo no ambiente natural pode ser classificado como yin e yang. Aqueles com
propriedades bsicas do fogo, como: calor, movimento, brilho, pertencem a yange
aqueles com propriedades bsicas de gua, como frio, quietude, obscuridade,
pertencem a yin.
Para Maciocia (1996), a natureza yin e yang um fenmeno relativo, pois
um contm o outro e um pode mudar para o outro. Estas duas polaridades esto em
posio e ao mesmo tempo em que se complementam e se contm de formas
harmnicas, uma enfraquece a outra se fortificando e quando ocorre o desequilbrio
entre essas duas polaridades pode haver, manifestaes patolgicas, j que o
equilbrio entre ambas necessrio para a sade.
2.3.2 Noes dos Meridianos
Wing (1995), elucida que os chamados meridianos na MTC so canais de
reentrncias musculares onde circulam deferentes tipos de energias que irradiam em
todas as clulas do nosso corpo, dando a elas um ritmo de trabalho. A sua fluidez,
sem bloqueios ou estagnaes, nas direes certas, com a intensidade regular, vaideterminar o estado de sade da pessoa.
Para a MTC e na Acupuntura, so fundamentais os meridianos; neles
que esto localizados os pontos que usamos para auxiliar no diagnstico, mais
indica tambm onde o remdio dever ser aplicado.
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Os pontos demarcados anatomicamente no trajeto destes meridianos, ao
serem estimulados, produzem diversas reaes qumicas dependendo da ordem que
foram utilizados, pois na combinao destes pontos entre si resulta a bioqumica
humana.(MACIOCIA, 1996)
As formas de utilizao destes pontos nos permite regular a mquina
humana, criando um equilbrio atravs do jogo de foras existentes nestes campos
eletromagnticos com sua bipolaridade.(MACIOCIA, 1996)
O mesmo autor cita que existem vrios tipos de meridianos, conforme sua
localizao e funo que desempenham. Em primeiro lugar acham-se os 12
chamados principais, e so assim classificados:
Trs canais Yinda mo:
1. Canal dos Pulmes da mo Taiyin;
2. Canal do Pericrdio da mo Jueyin;
3. Canal do Corao da mo Shaoyin.
Trs canais Yangda mo:
1. Canal do Intestino grosso da mo Yangming;
2. Canal do Triplo Aquecedor da mo Shaoyang;
3. Canal do Intestino Delgado da mo Taiyang.
Trs canais Yindo p:
1. Canal do Bao do p Taiyang;
2. Canal do Fgado do p Jueyin;3. Canal do Rim do p Shaoyin.
Trs canais Yang do p:
1. Canal do Estmago do p Yangming;
2. Canal da Vescula Biliar do P Shaoyang;
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3. Canal da Bexiga do p Taiyang.
Embora existam, naturalmente, muito mais de doze meridianos separados,
constituindo o corpo humano, como j foi citado, considera-se que todas as outras
partes do organismo esto sob controle de um desses doze rgos ou diversos, e
por eles so regulados. (ENQUIN, 1988)
Os meridianos principais so assimtricos e existe para cada lado do
corpo, representando cada um, um rgo ou funo. A direo geral desses
meridianos vertical, tanto dos membros quanto do tronco.(ENQUIN, 1988)
2.3.3 Diagnstico pela MTC
Segundo Auterochi (1992),o diagnstico atravs da MTC realizado
atravs de cinco mtodos: ver o doente, escut-lo, perguntar, apalpar o seu pulso e
verificar caractersticas especficas na sua lngua. O diagnstico do pulso
detalhado exigindo um bom conhecimento do terapeuta. O pulso, na artria radial do
punho, dividido em trs zonas, cada qual com uma posio superficial e outra
profunda. Cada posio ocupa aproximadamente 13 milmetros dessa artria o
espao exato s pode ser avaliado com a prtica e varia um pouco de pessoa para
pessoa. A Segunda posio aproximadamente oposta apfise (salincia ssea)
do rdio. Colocando-se levemente a polpa de um dedo sobre a artria radial, em
cada uma das trs posies, possvel perceber que a sensao obtida difere emcada local com exceo de pessoas em perfeito estado de sade -, e que se a
presso for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensao ou
percepo torna-se totalmente diversa. Se os pulsos da primeira posio
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apresentam vibrao mais forte do que os da terceira, Yang ser mais poderosa que
Yin, e vice-versa.
Na mo esquerda, com presso superficial, faz-se o diagnstico do
intestino delgado, da vescula e da bexiga; com presso maior, o corao, fgado e
rins. Na mo direita, diagnosticam-se atravs do pulso superficial os pulmes, o
bao e a circulao sexualidade; com pulso profundo, o intestino grosso, o estmago
e o triplo aquecedor.
Ainda sob o ponto de vista de Auterochi (1992), as pulsaes podem ser
classificadas em: a) superficial, mdia ou profunda; b) lisa (tranqila) ou grossa
(agitada, em ondas), c) cheia (excesso) ou vazia (carncia) ; d) longa ou curta.
O diagnstico atravs da lingologia (pela observao da lngua), divide-se
em colorao da lngua (plida , prpura ou vermelha), cor da saburra (revestimento
da lngua, caso houver), amarelo ou branco, se esta saburra est grossa ou
espessa, fina ou inexistente, se a lngua possui determinados tipos de marcas, se a
lngua grande, edemaciada, se ela longa ou fina, se apresenta marcas
dentilhadas ao lado. A lngua proporciona um diagnstico mais global, no to
especfico como o pulso, no entanto possui detalhes que so bem peculiares, e que
somente a lngua possui. Os rgos mais estudados na lngua so: corao e
pulmo na ponta, estmago no meio da lngua, fgado e bao pncreas na lateral, e
no final da lngua os rins, podemos considerar tambm a raiz da lngua aquecedor
inferior, o meio da lngua aquecedor mdio, a ponta da lngua aquecedor superior.Tanto para realizar um diagnstico quanto para executar-se um tratamento,
imprescindvel o conhecimento dos meridianos, da natureza de seus pontos
principais e das leis que regem esta forma de terapia, considerados a base da
acupuntura. (ENQUIN, 1992)
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Existem doze meridianos, que esto intimamente relacionados a doze
rgos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou vrios
desses rgos. Desta forma, esses doze rgos ou funes corporais so
considerados primrios, e outros secundrios. (WING, 1995)
2.3.4 Diagnstico pela MTC para Varizes
A viso oriental, ou da Medicina Tradicional Chinesa, as varizes formam-se
porque o sangue tem dificuldade em circular na veia e se acumula, causando assim
dilataes. Este acmulo se d por duas razes diferentes. (MACIOCIA, 1996)
No primeiro tipo, o acmulo de sangue resulta de um processo longo de
estagnao de energia e de sangue (Qi E Xue) nos canais. Isto visto em pessoas
que ficam longo tempo trabalhando em p sem descansar. O trabalho excessivo e a
posio desfavorvel dificultam a circulao do sangue que vai se acumulando nas
pernas.(MACIOCIA, 1996)
O segundo tipo acontece em pessoas predispostas a varizes. Estas tm
fraqueza na energia do bao, que responsvel pelos tecidos de sustentao no
corpo. Assim, as veias tm paredes fracas, e o sangue escapa com facilidade.
Alm do tratamento interno para a causa bsica, a MTC (Medicina
Tradicional Chinesa) preconiza um tratamento externo, pois considera que a doena
se manifesta predominantemente na pele. (AUTEROCHI, 1992)O diagnstico atravs da MTC considera os seguintes fatores:
1) ESTAGNAO DE ENERGIA E SANGUE NOS CANAIS: Esta
sndrome refere-se a sinais e sintomas produzidos por circulao do sangue
bloqueada devida a estagnao das atividades funcionais do Qi. Neste caso, ocorre
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uma estagnao crnica de energia e sangue que vai lesando os vasos sangneos.
Correspondem aos casos de varizes associados a uma posio inadequada de
trabalho, como vendedores que passam o dia todo de p. Os sintomas so varizes
de grosso calibre, dor nas pernas, lcera crnica ma perna, escurecimento da pele e
sensao de distenso local.
2) INCAPACIDADE DO BAO DE MANTER O SANGUE FLUINDO
DENTRO DOS VASOS:Esta sndrome causada pela insuficincia do qi do bao
que leva incapacidade de manter o sangue fluindo dentro dos vasos sangneos, o
bao dentro da MTC, o rgo responsvel por manter o sangue nos vasos. Caso
ele no desempenhe adequadamente esta funo, o sangue escapa e se acumula
nos tecidos. o caso de microvarizes em pessoas predispostas. Os sintomas so
sensao de peso nas pernas e no corpo, hematomas sem razo aparente, fadiga,
microvarizes, anorexia, sangramento com sangue escuro. (AUTEROCHI, 1992)
2.3.5 Aplicao da Acupuntura
A tcnica teraputica que consiste na insero de agulhas, na
profundidade de alguns milmetros, em pontos da pele especificadamente
determinados tem como objetivo bsico reequilibrar a quantidade e circulao de
energia vital no organismo, tornando-o harmnico. (www.acupuntura.pr.com.br)
Pela interpretao da MTC, o corpo humano um todo organizado,composto de duas partes ligadas estruturalmente, porm opostas, oyine o yang.
A teoria do yin yangenuncia que a atividade fisiolgica do corpo humano
o resultado da manuteno de uma relao harmoniosa da unidade dos contrrios
dos dois princpios. Esta teoria explica o aparecimento das doenas por um
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desequilbrio relativo de uma subida grande mais do yin ou do yang. Quando os dois
elementos esto em seu estado normal, controlam-se mutuamente e mantm um
relativo equilbrio; a condio fundamental de uma atividade vital correta. O yine o
yangcoexistem ento em um processo comum de oposio e de interdependncia
que os liga de modo indissocivel, o Yin representando a substncia e o Yang, a
funo vital, o primeiro sendo a base do segundo e o segundo a fora motora da
produo do primeiro. (www.acupuntura.pro.com.br)
A oposio dos dois fatores pode acarretar um desequilbrio, e a doena
aparecer segundo um dos processos patolgicos seguintes: o reforo de um
aspecto Yin ou Yang acarreta o enfraquecimento do outro aspecto; a fraqueza
constitucional do Yin ou do Yang reforar o aspecto oposto, segundo a frmula :
yin deficiente, Yang desmedido. Yang deficiente, Yin florescente; fraqueza
simultnea dos dois aspectos, mudana de um aspecto no aspecto oposto.
Por todo o corpo esto espalhados pontos sensveis, que no se
encontram dispostos de maneira aleatria, constituem uma espcie de cadeia, como
se fossem a continuao dos outros. Unindo-os por traos imaginrios obtm-se
linhas longitudinais denominadas canais, passagens ou meridianos, que formam
uma rede fechada de circulao isto , onde um meridiano acaba, outro principia.
Os meridianos esto diretamente relacionados aos rgos ou funes corporais
a s demais partes do corpo. (WING, 1995)
A experincia mostra que ao se punarem determinados pontos de ummeridiano com agulhas metlicas, experimenta-se a sensao de que algo est
transitando por eles, este algo, que os chineses chamam de Qi, foi traduzido por
energia vital. Esta energia, segundo os chineses, circula atravs dos corpos de
forma regular. As doenas so conseqncias naturais da m distribuio de energia
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vital. Alguns sintomas de carncia de energia so: sensao de vazio, fraqueza,
insatisfao, insegurana, desnimo, frio, suor, flacidez, excesso de agressividade,
agitao, angstia, dor, calor, contrao, convulso, espasmo, inflamao. De
acordo com o ensinamento chins , o sangue circula acompanhando a energia. Se
a energia circula, tambm o faz o sangue. Se for obstruda por obstculo, o sangue
pra. ( MACIOCIA, 1996)
2.3.6. Pontos Utilizados
A escolha dos pontos foi realizada baseando-se nos sintomas
apresentados pelas pacientes e tambm pela etiologia da doena.
A acupuntura altera a circulao sangnea. A partir da estimulao de
certos pontos pode-se alternar a dinmica da circulao regional proveniente de
microdilataes. Outros pontos promovem o relaxamento muscular, sanando o
espasmo, diminuindo a inflamao e a dor. (WING, 1995)
A seqncia utilizada no tratamento proposto inicia-se pela punturao dos
pontos iniciando pelo lado esquerdo na seqncia o mesmo ponto do lado direito.
Todos os pontos utilizados foram bilaterais. A seguir est a seqncia de pontos
utilizados no tratamento que tm um ciclo com inicio no 1ponto e fechamento no 16
ponto, a retirada dos pontos inicia do 16 ponto na mesma seqncia de punturao
at o ltimo ponto que seria o 1 ; P9, IG4, C7, BP10, E36, BP6, R3 e F3.A importncia de seguir esta seqncia determinada de punturao segue
o raciocnio da circulao de energia dentro dos meridianos, que tem um incio e um
fim, sendo assim, o caminho da energia sempre cclico, neste caso, tambm
usamos uma formatao cclica para obtermos um melhor resultado, pois essa
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seqncia no foi alterada em nenhuma das sesses realizadas para termos a
certeza da eficincia do tratamento.
Cita-se um exemplo cotidiano para facilitar o entendimento desta
seqncia: quando se acende uma luz em algum cmodo de uma casa, inicia-se
apertando o interruptor, neste caso, teve-se a inteno de acender a luz e deu-se o
estmulo inicial. A energia luminosa percorreu em milsimos de segundo o seu
caminho pela instalao eltrica para acender a luz desse cmodo. Para apagar-se
a luz, deu-se o estmulo no mesmo interruptor s que desta vez ao contrrio do
primeiro, ou seja, no sentido oposto, quebrando a corrente gerada pelo primeiro
estmulo.
Assim segue o curso da energia dentro de um ciclo preestabelecido na
acupuntura. A energia corre por determinados pontos acendendo luzes criando
uma corrente nica para um determinado fim.
Segue a descrio detalhada da funo de cada ponto utilizado no
tratamento, segundo Enquin (1998):
P9 ou TAIYUAN (Grande Abismo) : Ponto de influncia dos
vasos, ponto Yuanprimrio do canal do pulmo e ponto Shu-riacho, est localizado
no trmino radial do vinco transversal do punho, na depresso do lado radial da
artria radial. A escolha deste primeiro ponto para o incio do tratamento deu-se pela
sua capacidade de dilatar os vasos sangneos melhorando o fluxo de sangue nas
veias e artrias. P9 o ponto de unio de todos os vasos sangneos. um ponto
de tonificao, estimula a circulao sangnea e influencia o pulso. Por ser um
ponto Yuanprimrio, onde o qi retido.
IG4 HE GU(Vale da Juno): Localizado no dorso da mo, entre
os 1 e 2 ossos metacrpicos, aproximado no meio do 2 osso metacarpiano no
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lado radial. Tem como natureza ser o ponto nascente tambm o ponto Yuan
primrio do canal do intestino grosso. Tem as propriedades de interromper a dor,
remove as obstrues do meridiano, tonifica o Qie consolida o exterior, harmoniza a
ascendncia e a descendncia, aumenta a circulao do Qi e Xue (energia e
sangue). No deve ser utilizado em mulheres grvidas, pois aumenta o peristaltismo
podendo ocasionar um aborto.
C7 SHENMEN(Porta da Mente): Localizado na extremidade ulnar
da prega transversal do punho, na depresso do lado radial do tendo do msculo
flexor ulnar do carpo. um ponto fonte, riacho, de sedao e tambm o Yuan
primrio do canal do corao. Este ponto tem a propriedade de abrir os orifcios,
nutrir o sangue do corao (este rgo tem como funo governar o sangue).
BP10 XUEHAI (Mar de Sangue) : Localizado dois cm acima do
limite medial da patela. Este ponto utilizado para qualquer problema relacionado
ao sangue, ele remove estase do sangue, tonifica o sangue. Este ponto
responsvel pela distribuio do sangue, no caso de varizes ele que faz diminuir acor azulada forte, s vezes meio roxa que bem visvel nesta patologia.
E36 ZUSANLI(Trs Milhas do P): Localizado cerca de um palmo
para baixo do pice da patela e um dedo a partir da crista anterior da tbia. Este
ponto tonifica oQie o sangue, fortalece o corpo, regulariza oQidefensivo e nutritivo,
resolve o edema. Este o ponto mais importante para tonificar o Qie o sangue nos
padres de deficincia. Embora se situe sobre os meridianos do estmago, ele
tonifica o Qido bao e oQi do estmago. muito utilizado para desequilbrios no
sistema imunolgico, para pessoas debilitadas e para patologias crnicas. Utilizado
nos casos de edema, pois quando o Qi defensivo est debilitado nas camadas da
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pele e os fludos submergem em abundncia dos meridianos para invadir o espao
debaixo da pele.
BP6 SANYINJIAO(Trs encontros Yin) : Localizado a um palmo
acima da ponta do malolo medial, no limite posterior do lado medial da tbia. Este
o ponto mestre do sangue. Ele fortalece o bao, nutre o sangue, move o sangue e
elimina a estase, esfria o sangue, interrompe a dor. Em particular o ZUZANLItonifica
fortemente o Qi do aquecedor mdio (Jiao Mdio), sendo muito eficiente na
tonificao do Qi e do Sangue. Apresenta uma influncia profunda sobre o sangue,
pode nutrir o Yin, tambm pode remover a estase do sangue. Tonifica o Yin. Este
ponto no deve ser utilizado em mulheres grvidas, pode causar aborto.
R3 TAIXI (Riacho Mximo): Localizado na depresso entre a
ponta do malolo medial e o tendo do osso calcneo. Este um ponto muito
importante utilizado para tonificar o rim em qualquer padro de deficincia do Yinou
Yangdo rim. Sendo ponto fonte, est em contato com o Qi original do meridiano do
rim, e uma vez que o rim o fundamento de todo o Qido organismo e o assento doQi original, este ponto vai diretamente para o ncleo do ltimo. Como o rim tambm
restaura a essncia, este ponto pode tonificar a essncia, os ossos e a medula.
F3 TAICHONG (Precipitao Maior): Localizado no dorso do p,
na depresso anterior juno do primeiro e segundo ossos metacrpicos. o
pontoYuanprimrio do canal do fgado do p Jueyin, ou seja, o ponto de equilbrio
do canal, tambm promove o fluxo suave do Qi do fgado, acalma os espasmos,
utilizado para nutrir o sangue do fgado. Tambm tm uma ao nas dores e flacidez
das extremidades inferiores. O fgado o rgo responsvel pela livre circulao do
fluxo do Qi, que o comandante do sangue, quando o Qiestagna, o sangue (Xue)
coagula.
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2.3.7. Tempo de Tratamento
A aplicao do tratamento teve a finalidade de equilibrar as funes dos
rgos, sendo assim, no foi utilizado o mtodo de reduo ou tonificao, e sim o
mtodo de punturao neutra, ou seja no sentido do ponto. Cada ponto coma sua
particularidade, sendo respeitada a profundidade de cada um.
- P9 ou Taiyuan: perpendicular 0,3 cun.
- IG4 ouHegu: perpendicular 0,5 cun.
- C7 ou Shenmen: subcutnea 0,7 cun
- BP10 ouXuehai: obliquamente para cima 1,0 cun
- E36 ou Zuzanli; perpendicular 1,0 cun
- BP6 ou Sanyinjiao:perpendicular 1,0 cun
- R3 ou Taixi: perpendicular 0,8
- F3 ou Taichong: perpendicular 0,7 cun.
Depois da insero os pacientes permaneceram em repouso por um tempo
aproximado de trinta minutos.
2.4. FITOTERAPIA
As plantas tm importantes virtudes para purificar o organismo e expelir
toxinas, suprem a falta de alguns elementos nutritivos, estimulam a ao de certos
rgos, normalizam o funcionamento de outros. (GOMARA, 2000)
A fitoterapia consiste no conjunto das tcnicas de utilizao dos vegetais
no tratamento das doenas e na recuperao da sade. Comporta numerosas
escolas que estudam e empregam as plantas medicinais, das mais simples e
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empricas, s cientficas e experimentais. Em sua forma mais rigorosa, abrange os
princpios e as tcnicas da botnica e da farmacologia. (FARMACOPIA
BRASILEIRA, 1998)
2.4.1. Efeitos da Fitoterapia
O mecanismo de ao das plantas medicinais se deve presena dos
chamados princpios ativos que so substncias que a planta sintetiza e armazena
durante seu crescimento e vida e que so responsveis pelo valor teraputico ou
no de uma planta.(NASCIMENTO, 2001)
a presena, ou no, de um ou diversos destes princpios ativos que
determinam a forte ou fraca atuao da erva no processo de cura.
Sua distribuio dentro da planta varia de acordo com cada tipo de vegetal,
condies do habitat (solo, clima, etc), ciclo de vida do vegetal, etc. Se encontrarem
principalmente nas flores, folhas, sementes, frutos ou casca e baseado nessa
distribuio que se determina a parte a ser utilizada do vegetal. (BOARIM, 1999)
Segundo Murray (1990), estima-se em mais de 12.000 o nmero de
princpios ativos j encontrados. Segue abaixo os principais grupos de princpios
ativos:
1. ALCALIDES: geralmente txicos, apresentam atividade
farmacolgica elevada como a morfina, atropina, escopolamina.2. PRINCPIOS AMARGOS: grande nmero de plantas contm estes
princpios que lhes confere sabor amargo. Desenvolvem ao tonificante sobre o
organismo e estimulam e regulam o trato digestivo.
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3. LEOS ESSENCIAIS: so componentes de cheiro forte, que se
evaporam facilmente em gua. Tem propriedades anti-sptica, diurtica,
antiespasmdica, antiinflamatria, expectorao.
4. TANINOS: ao adstringente, anti-sptica e antidiarrica.
5. HETEROSDEOS: so o grupo mais distribudo no reino vegetal e
seus efeitos so diferentes entre si, no sendo possvel agrup-los quimicamente.
Entre eles esto os glicosdeos diversos. Possuem algumas funes cardiotnicas,
outras sudorficas.
6. SAPONINAS: so mucolticas, diurticas, depurativas. Reforam a
ao dos demais princpios ativos das plantas.
7. MUCILAGENS: so substncias que incham em contato com a
gua. Protegem a mucosa contra os irritantes locais e atenuam inflamaes.
8. CIDOS ORGNICOS: plantas que contm estes princpios tm
sabor cido e entre outras aes so refrescantes e laxativas. As plantas deste
grupo so muito usadas em fitocosmtica.
2.4.2. Principais Indicaes
Segundo Teske (1997), as plantas medicinais so utilizadas para diversos
fins, seus efeitos amenizam , previnem e curam diversas formas de patologias. Suas
principais atividades farmacolgicas so inflamao ( o conjunto das reaes locaisdos tecidos destinados a contrabalanar os efeitos de um agente nocivo, microbiano
ou no); infeco (efeitos causados num organismo pela ao das toxinas
produzidas por bactrias ou por quaisquer outros germes patognicos); e infestao
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(invaso do organismo por parasitos de certo porte como a sarna, os vermes
intestinais, etc. em contraposio infeco causada por micrbios).
2.4.3. Dosimetria Formas de Utilizao das Plantas
Para Teske (1997) varia de acordo com a forma de utilizao das plantas.
A seguir tem uma breve descrio das principais formas de utilizaes das plantas
medicinais e sua dosimetria:
2.4.3.1. Chs
Processo de retirada de princpios ativos pela ao extratora da gua.
Podem ser de trs tipos:
Infuso ou tisana: Consiste em despejar gua fervendo sobre as ervas,
numa vasilha, e deixar repousar de 5 a 10 minutos. Talos e razes precisam mais
tempo 20 a 30 minutos. Essa a forma mais recomendada para a preparao dos
chs por preservar melhor o princpio ativo.
Decoco: Consiste em colocar as ervas na gua fria e cozinh-las 5 a 10
minutos se so folhas, flores e partes tenras e 15 a 30 minutos se so talos, cascas
e razes.
Macerao: Consiste em colocar as ervas em gua fria, sem ferver, por um
perodo de 10 a 18 horas se so folhas, flores, sementes e partes tenras e, 18 a 24
horas para talos, cascas e razes duras picadas. Essa forma usada quando se
pretende conservar os sais minerais e as vitaminas.
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Dosimetria dos chs: A dose mxima recomendada para m ch de 20
gramas para 1 litro de gua. Nessa dosagem vrias plantas j apresentaro
problemas de toxicidade o que faz com que, por segurana, seja aconselhvel o uso
em quantidades menores. Cada colher de erva verde pesa aproximadamente 5
gramas e 1 colher de erva seca pesa aproximadamente 2 gramas. As dosagens
recomendadas so as seguintes:
Adulto: 3 a 5 xcaras/dia
10 15 anos: 3 a 4 xcaras/dia
02 05 anos: 1 a 3 xcaras/dia
00 01 ano: a 1 xcara/dia
2.4.3.2. Tinturas Mes Tintura Alcoolatura Extrato Fludos
Tinturas - mes: So preparaes lquidas resultantes da ao dissolvente
de um veculo alcolico sobre drogas de origem vegetal ou animal. Correspondem a
10% (em casos de plantas) e so obtidas pela macerao em lcool de diferentes
ttulos, da planta fresca ou raramente da planta seca.
Tinturas: As tinturas vegetais so preparadas temperatura ambiente pela
ao do lcool sobre uma erva seca (tintura simples) ou sobre uma mistura de ervas
(tinturas compostas). So preparadas por solues simples, macerao ou
percolao.
As tinturas simples correspondem a 1/5 (20%) do seu peso em erva seca,
que quer dizer que 200 gramas de erva seca permitem preparar mil gramas da
tintura. Na maioria dos casos se utiliza um lcool a 60 G.L. (Compendio de
Fitoterapia- Herbarium).
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Alcoolaturas: As alcoolaturas so obtidas pela ao dissolvente do lcool
sobre uma ou vrias substncias vegetais frescas, que perdem total ou
parcialmente, as suas propriedades por dessecao.
As alcoolaturas simples, salvo indicao contrria devem ser preparadas
de acordo com o seguinte processo geral:
Planta seca, convenientemente dividida 500 gramas.
lcool 1000 ml.
Faa macerar a droga com o lcool em recipiente fechado, durante 15 dias,
agitando de vez em quando: coe espremendo fortemente, e filtre o lquido por papel.
(FARMACOPIA BRASILEIRA I).
Extratos Fludos: Segundo a Framacopia Brasileira, os extratos fludos
so preparaes oficinais, obtidas de drogas vegetais manipuladas de forma que
100 gramas de extrato contenham o equivalente a 100 gramas da erva seca. Por
no terem sofrido ao do calor, seus princpios ativos so exatamente os mesmos
encontrados nos frmacos respectivos.
Os extratos fludos apresentam uma relao ponderal simples entre a
droga e o extrato, o que facilita a posologia e a prescrio:
1 grama ou ml do extrato fluido equivale a :
1 grama de erva seca
5 gramas de alcoolatura ou tintura
10 gramas da tintura-meDosimetria: Prescrio em gotas: a indicao de apenas uma erva por
frasco a forma mais em uso, podendo ser necessrio recomendar um ou mais
medicamentos no mesmo dia apenas em horas diferentes.
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2.4.3.3. Ps Extratos Secos Extratos Secos Padronizados
Ps: Consistem na droga vegetal, seca, moda finamente (0,1 a 0,2 mm).
Os fitoterpicos de uso tradicional so, na sua maioria, encontrados nessa forma e
no em extratos secos. Exemplos de plantas usadas em p: Boldo do Chile
(Pneumus boldus), Cascara Sagrada (Rhamus purshiana), Carqueja (Baccharis
trimera),Sene (Cssia senne).(FARMACOPIA BRASILEIRA)
Extratos secos: So produtos de origem vegetal, obtidos atravs de
concentrao e secagem de extratos lquidos. O mtodo consiste na obteno de
um extrato lquido, seja por percolao (extrato hidroalcolico) ou extrao com gua
fervente, da qual ento o extrato ser evaporado cuidadosamente (baixa
temperatura 40C e presso reduzida), at a obteno de um extrato concentrado
com aspecto de um caldo; em seguida,ajustado com uma quantidade suficiente de
amido, malto ou lactose para posterior secagem. (FRAMACOPIA BRASILEIRA)
Extratos secos padronizados: So obtidos da mesma forma que os extratos
secos, apenas obedecem a uma padronizao mais rigorosa, sendo calculado
sempre o mesmo padro de princpios ativos para cada droga. Geralmente a
proporo droga/extrato de 4:1 a 5:1; ou seja, 4 ou 5 partes da droga para se obter1 parte de extrato. Essa forma permite o clculo exato de princpios ativos que se
deseja administrar ou manipular. (FARMACOPIA BRASILEIRA)
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2.4.4. Fitoterapia para Varizes
GINKGO BILOBA (Ginkgo biloba): pertence a famlia Ginkgoaceae, a
parte utilizada a folha, tem ao preventiva e curativa contra as agresses
endgenas e exgenas, tais como fenmeno de oxidao devido presena de
radicais livres; ao antiinflamatria e de preveno do envelhecimento. Estimulante
da circulao sangnea, atuando na circulao arterial, venosa e capilar, agindo na
insuficincia vascular perifrica. Protetora sobre a barreira hemato-enceflica.
Diminui a hiperagregao plaquetria, atuando em processos trambticos. Age
diminuindo a agregabilidade das hemcias e tm ainda uma ao protetora contra a
lise de eritrcitos. Regulariza a permeabilidade capilar, age inibindo a
hipermeabilidade mediada pela bradicinina e histamina. A nvel cerebral permite a
diminuio das desordens da memria, distrbios da ateno diminuio da
capacidade auditiva, casos de vertigens, preservando por mais tempo autonomia e
qualidade de vida. Ativa a circulao sangnea, aumentando a resistncia capilar e
efetuando uma vasodilatao dos vasos e arteriais dos membros, mantendo a
perfusso tissular. Refora o tnus vascular a nvel venoso, auxiliando a depurao
de resduos metablicos. A rvore de ginkgo considerada pelos botnicos como
um fssil vivo, sendo o nico exemplar dessa famlia, e ancestral do carvalho, pode
chegar a 40 m de altura. Originrio do Japo. (TESKE, 1997)
As ervas de escolha para o complexo fitoterpico de uso externo foram:
castanha da ndia, centela asitica, ginkgo biloba, hamamlis e cnfora. As quatro
primeiras em porcentagens iguais com exceo da cnfora que foi utilizada apenas
em 0,1% para dilatar os poros facilitando a penetrao dos outros componentes da
frmula. Foi utilizado o gel base para esta preparao pela facilidade de absoro e
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a rpida secagem do produto. Segue a descrio detalhada da ao de cada uma
das ervas utilizadas:
GINKGO BILOBA: foi descrito anteriormente no uso interno, neste
complexo de suma importncia a sua presena.
CASTANHA-DA-NDIA (Aesculus hippocastanum): pertence a famlia
das Hipocastanceas, as partes utilizadas so a casca e a semente, tnico
circulatrio, adstringente, anti-hemorrgico, antiinflamatrio, vasoconstritor. Sua
principal ao sobre o sistema venoso, aumentando a resistncia e o tnus das
veias. Diminui a permeabilidade e a fragilidade capilar. Suas propriedades se devem
principalmente aos saposdeos, hidroxicumarinas e derivados flavnicos que atuam
sobre a fragilidade capilar e como vasoconstrictores perifricos. Desta forma, ativa a
circulao sangnea e favorece o retorno venoso prevenindo acidentes vasculares,
estase venosa, espasmos vasculares e tromboflebites. O efeito tnico da castanha-
da-ndia sobre o sistema venoso percebido 15 a 30 minutos aps a ingesto,
traduzindo-se principalmente pelo alvio da dor. uma rvore que tem cerca de 10 a
30 metros de altura, originria dos Balcs.(TESKE, 1997)
CENTELA (Centella asitica) pertence a famlia das umbelferas, parte
utilizada as folhas, eutrfico do tecido conjuntivo, normalizador da circulao
venosa de retorno, tnico vulnerrio, vasodilatador perifrico, calmante, antiirritante,
refrescante, anticelultico, preventivo de rugas. Os constituintes da frao triterpnica
da centela atuam normalizando a produo de colgeno ao nvel dos fibroblastos,promovendo o restabelecimento de uma trama colgena normal e flexvel e
conseqente desencarceramento das clulas adiposas. Promove a normalizao
das trocas metablicas entre a corrente sangnea e os adipcitos. Esta funo
ainda auxiliada pela melhora da circulao venosa de retorno e pela diminuio da
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fragilidade capilar, que combate os processos degenerativos do tecido venoso.
Tambm controla a fixao da prolina e alanina , elementos fundamentais na
formao do colgeno. Sua ao sobre os edemas de origem venosa orienta o
tratamento das celulites localizadas. Originria da Austrlia, erva pequena e rasteira,
com cerca de 3 a 20 cm de altura. (TESKE, 1997)
HAMAMELIS: (Hamamelis virginiana): pertence a famlia das
hamamelidceas, partes utilizadas so as folhas e a casca, adstringente,
hemosttico, vasoconstritor, tnico, anti-hemorrgico, descongestivo. A hamamlis
regulariza a circulao, exercendo ao vasoconstritora perifrica agindo como
vasomotor, favorecendo a circulao de retorno, restabelecendo o equilbrio entre a
circulao arterial e venosa. Melhora o estado geral e acalma as dores. Utilizada em
compressas frias no combate a estados febris ou em compressas quentes para
contuses e tores. Arbusto decduo ou pequena rvore podendo chegar a 5 m de
altura, nativa da Amrica do Norte Pela sua propriedade adstringente deve ser
usada com moderao.(TESKE, 1997)
CNFORA: (Artemsia canfhorata) utilizada para dilatar e abrir os poros
da pele tira dor e alivia o edema, melhora a circulao, neste composto foi utilizada
apenas para descongestionar os poros para melhor penetrao dos outros
componentes fitoterpicos. Sua porcentagem na frmula foi de 0,1 %.(TESKE, 1997)
o Como dito anteriormente as pacientes fizeram uso deste complexo
fitoterpico todos os dias, com acompanhamento semanal, foram orientadas atomarem suas devidas dosagens de Ginkgo Biloba em cpsulas, e a utilizarem o gel
duas vezes ao dia, uma ao acordar e outra antes de dormir.
o O tratamento atravs da fitoterapia, nos casos de varizes, deve seguir
um tempo indeterminado, no caso do gel, at os sintomas visveis diminurem, e no
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caso das cpsulas at o estado geral da patologia seguir a um bom grau de
evoluo. Porm, a erva de uso interno deve ser alternada a cada quatro meses,
para que o corpo no vicie no princpio ativo, que passa a fazer menos efeito. Pode
ser utilizado a castanha da ndia na mesma proporo das cpsulas anteriores de
Ginkgo
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CAPTULO III
3. METODOLOGIA
Atravs de bibliografias especializas procedeu-se um levantamento
sistemtico de algumas publicaes na rea de medicina convencional e alternativa
que estuda o sistema circulatrio e a acupuntura, como parte relevante da pesquisa.
Para Severino (1996, p. 37) A documentao temtica visa coletar elementos
relevantes para o estudo geral ou para realizao de um trabalho em particular,
sempre dentro de determinada rea. Por intermdio deles, tornou-se possvel
acompanhar especialistas da rea estudada. Procedeu-se assim um estudo de caso
atravs de dois pacientes, para tornar e realizar esta pesquisa slida. Como relata
Kche (1982, p. 13) O homem um ser jogado no mundo, condenado a viver a sua
existncia. Por ser ele existencial, tem que interpretar a si e ao mundo em que vive,
atribuindo-lhes significaes. Cria intelectualmente representaes significativas da
realidade. A essas representaes significativas chamamos de conhecimento.
A estratgia bibliogrfica encaminhou para o tipo de foco da pesquisa; e no
estudo de caso o controle sobre eventos comportamentais.
O estudo de caso foi classificado como explicativo, cognitivo e expositivo.
Como segunda estratgia de pesquisa, o estudo de caso foi usado como
parmetro para tratamento de varizes sem necessidade de cirurgia, sendo
investigando os efeitos fisiofuncionais das tcnicas de drenagem linftica manual,
fitoterapia brasileira e acupuntura utilizando agulhas como recurso associadas em
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conjunto para a melhora dos sintomas especficos das varizes como tambm
evidenciar uma melhora na parte fisiofuncional da doena.
O estudo de caso permitiu uma investigao das caractersticas
significantes de eventos vivenciados. Concluiu-se assim a capitao de dados, e
direcionou-se para redigir concluses.
A maneira utilizada foi o desenvolvimento escrito de um relatrio do
acompanhamento, tratamento e os resultados do caso. Colaborando com a
comunidade cientfica na comprovao de tratamentos intitulados alternativos a
medicina convencional, respeitando as normas de publicaes cientficas para
aumentar os dados no que diz respeito a medicina natural ou terapias naturais
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CAPTULO IV
4. ANLISE DE DADOS
2.1. APRESENTAO DOS CASOS / DADOS DOS PACIENTES
As pacientes foram submetidas a sesses semanais de acupuntura uma
delas na clnica escola da FIES, com a superviso da Professora Gilda Santiago, e a
outra foi atendida na prpria casa por no ter a disponibilidade de sair a noite para
ser atendida na clnica, porm houve o acompanhamento da supervisora no sentido
de sanar as possveis dvidas. Utilizou-se apenas duas pacientes para um controle
melhor das atividades. Segue abaixo descrio das duas pacientes, usou-se
abreviaes dos nomes.
PACIENTE I
Anamnese:
Nome: L.Q.d.P
Nascida em 21/10/35
Idade: 68 anos
Peso: 62 kg
Altura: 1,63m
P.A: 13090 mmHg
Sexo: feminino
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Profisso: Do lar
Estado civil: casada, dois filhos
Queixa principal: dor no membro inferior esquerdo onde tem maior
concentrao de varizes, sensao de inchao nas pernas, cansao ao caminhar,
lombalgia que irradia para as pernas, dor no nervo citico.
Histrico: artrose nos tornozelos, reumatismo nos ombros e nas mos,
pielonefrite aguda, hemorridas, varizes com colorao forte azulada.
Intestino: constipao, vai ao banheiro de dois em dois dias, fezes
ressecada.
Urina: vai de seis a sete vezes ao dia, acorda durante a noite para ir ao
banheiro urinar, tem a cor escura.
Sono: acorda muitas vezes durante a noite, mas logo dorme, lembra pouco
dos sonhos e dorme em mdia oito horas por dia.
Alimentao: toma bastante gua, em mdia dois litros por dia, faz trs
refeies ao dia, gosta de verduras legumes, ingere poucas frutas, no consome
muita carne nem laticnios, metabolismo rpido.
Exame radiolgico: perna esquerda com esporo plantar em calcneo;
articulao coxo femural esquerda artrose incipiente com esclerose marginal
acetabular, espondilose lombar, joelho esquerdo com enteropatia calcificada em
insero do quadrceps.
Diagnstico atravs da Lngua: vermelha , seca, saburra leve branca e fina,longa, pouca saliva.
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Diagnstico atravs do pulso:
Pulso esquerdo:
Corao +/- Intestino delgado ++
Fgado +++ Vescula biliar -/+
Rim -- Bexiga -/+
Pulso direito:Pulmo +/- Intestino grosso ++
Bao Pncreas +++ Estmago ++
Pericrdio - Triplo aquecedor -/+
Diagnstico: Incapacidade do bao de manter o sangue fluindo nos vasos.
Diz-se que o bao mantm o sangue nos vasos sangneos, e est encarregado de
manter o sangue unido. Se o Qi do bao saudvel, o sangue circular
normalmente e permanecer nos vasos. Se o Qi do bao for deficiente, o sangue
pode extravasar. Porm, outros sistemas so responsveis pela boa circulao do
sangue nos vasos e por outras condies relacionadas com o sangue, so eles:
pulmo, corao, fgado e rins, portanto estes outros rgos tambm devem ser
avaliados.
Incio do tratamento: 12/04/03
Trmino: 23/06/03
Evoluo do tratamento:
Aps primeira sesso de acupuntura sentiu-se bem melhor, com pouca dor
nas pernas, essa sensao de melhora permaneceu dois dias inteiros, depois voltou
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um pouco a dor mais com menor intensidade, as regio lombar melhorou um pouco,
a sensao de peso nas pernas diminuiu. Aps a segunda sesso sentiu uma
melhora significativa no quadro lgico, incio do tratamento com o gel fitoterpico. Na
terceira semana fez-se uma sesso de drenagem linftica, as varizes comearam a
alterar sua colorao, ficaram um pouco mais claras, o quadro lgico permaneceu
constante, sentiu dor apenas uma vez na semana, aps trs dias da sesso. Na
quarta sesso, relatou que seu sono melhorou muito, a sensao de cansao nas
pernas desapareceu, a urina clareou um pouco, as varizes espalharam-se, os ramos
maiores tornaram-se menores, mais claros, as varizes que estavam com um grande
calibre e saltadas para fora da perna interiorizaram e permaneceram menos
aparentes. Aps a quinta sesso, no sentiu mais dor nas pernas nenhum dia da
semana, relatou sentir dor na hemorrida, os outros sintomas melhoraram, realizou-
se a drenagem linftica. At a dcima Segunda sesso, onde encerrou-se o
atendimento, a paciente relatou ausncia da dor, normalizou a funo do intestino
que estava constipado, o sono melhorou muito acorda somente uma vez para ir ao
banheiro, a urina continua escura, a dor no joelho no melhorou.
PACIENTE II
Anamnese
Nome: T.Z.K
Nascida em 01/04/49
Idade: 54 anosPeso: 65kg
Altura: 1,60
P.A: 12080mmHg
Sexo: feminino
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Profisso: esteticista
Estado civil: casada com dois filhos
Queixa principal: dores severas e inchao nas duas pernas, parestesia no
p esquerdo que irradia para o msculo gastrocnmio, ansiedade, pouco de insnia,
as vezes sente dor de cabea, varizes com colorao forte mais tendendo para a cor
roxa, sente muito calor nas extremidades, est na menopausa, sente-se um pouco
triste as vezes.
Intestino: fezes pastosas, constipada vai de dois em dois dias, toma clorella
sente que regula o intestino.
Urina: escura, com cheiro forte, vai 5 vezes ao dia.
Sono: dorme 5 horas por dia, normalmente o sono pesado, acorda as
vezes durante a noite, lembra pouco dos sonhos.
Alimentao: faz trs refeies ao dia, gosta de verduras, frutas, legumes,
carnes de todos os tipos, pes, leite e derivados ingere com moderao, toma muito
chimarro e no toma nem um copo de gua ao dia. Seu metabolismo lento.
Diagnstico atravs da lngua: vermelha com petquias na ponta e no
meio, com leve saburra branca e fina.
Diagnstico atravs do pulso:
Pulso esquerdo:
Corao +++ Intestino Delgado +/-
Fgado ++ Vescula biliar +
Rim +/- Bexiga -
Pulso direito:
Pulmo -/+ Intestino Grosso +
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Bao Pncreas +++ Estmago ++
Pericrdio +/- Triplo aquecedor
Diagnstico geral: Incapacidade do bao em manter o sangue nos vasos
fluindo nos vasos
Incio do tratamento: 20/03/03
Trmino do tratamento:17/06/03
Evoluo do tratamento: A paciente foi atendida em dozes sesses com
apenas uma pausa de uma semana. Aps a primeira sesso sentiu uma leve
melhora na sensao de cansao nas pernas. A dor no msculo gastrocnmio
persistiu forte irradiando para os ps. A partir da segunda sesso, sentiu uma
melhora significativa no quadro lgico, reclamando de dores apenas ao final do dia
de trabalho, e dois dias aps a sesso. Fez-se uma sesso de drenagem linftica
um dia aps a segunda sesso. Relatou uma sensao muito boa de leveza nas
pernas aps a sesso de massagem, diminuiu o edema nas pernas e a sensao decansao melhorou muito. Na terceira semana, as varizes demonstraram uma
pequena alterao na sua colorao e tambm na disposio de seus feixes. A
paciente sente-se muito melhor aps a Quinta sesso, no tem mais a parestesia,
sente-se mais alegre, as dores reduziram muito. Feita mais uma sesso de
drenagem linftica. Paciente relata melhora no sono, acordando mais descansada.
As varizes mostram-se bem melhores, sua colorao est bem mais clara, bem
distribudas, algumas regies est quase imperceptvel. A partir da sexta semana, a
paciente no teve mais dores nas pernas nem inchao, a parestesia sumiu
totalmente, a sensao de calor diminuiu, melhorou em todos os aspectos.
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4.2. PROCEDIMENTOS DO TRATAMENTO PROPOSTO
Aps uma prvia avaliao das pacientes, foi detectado o grau de evoluo
da patologia. As duas pacientes foram classificadas no tipo II, ou seja, onde est
presente a doena e a esttica, e primria, ou seja, de fundo hereditrio.
O tratamento durou cerca de trs meses, constando de doze sesses
semanais de acupuntura, cinco sesses de drenagem linftica, e o uso dos
fitoterpicos interno e externo recomendado diariamente.
Os pontos de acupuntura utilizados foram os mesmos em todas as sesses
para ambas as pacientes, e os fitoterpicos tambm foram os mesmos.
As sesses prosseguiam de uma anlise visual da patologia, de uma
anamnese para constatar o andamento do quadro lgico. As pacientes foram
orientadas a utilizarem meias elsticas de conteno mdia todos os dias aps uma
elevao do membro inferior por cerca de 20 minutos, a no tomarem banhos muito
quente e nem exporem-se ao sol.
Os fitoterpicos utilizados no tratamento foram recomendado de duas
maneiras: uso interno atravs de cpsulas contendo dosagens um pouco diferentes
respeitando o fator idade de cada paciente e de uso externo utilizando um gel duasvezes ao dia, uma ao acordar e outra ao deitar-se, na mesma porcentagem para
ambas as pacientes.
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Foram utilizados neste programa de tratamento diversos gneros de
plantas medicinais, com o intuito de preparar e afinar o sangue dentro dos vasos, e
externamente para melhorar a circulao comprometida do membro inferior.
A erva de escolha para o uso interno foi o Ginkgo Biloba , em cpsulas de
250 mg, uma cpsula vez ao dia para a paciente com mais de 60 anos e duas
cpsulas uma vez ao dia para pacientes abaixo desta idade . Segue a descrio da
erva de escolha:
4.3. SATISFAO PESSOAL DOS PACIENTES COM O TRATAMENTO
SATISFAO PACIENTE I :
Ao final das doze sesses, a paciente relatou satisfao com o tratamento,
continuar sendo atendida na clnica com a mesma orientao para dar continuidade
ao tratamento que deve ser mantido ainda por algum tempo de manuteno, at que
os sintomas no voltem a persistirem. A paciente no faz usos de meia elstica de
conteno.
SATISFAO PACIENTE II:
A paciente relatou melhora nos aspectos principais relatados, sentiu-se
bem melhor aps as sesses, teve uma melhora significativa na aparncia das
varizes, em algumas regies a diminuio foi quase plena, gerando uma grande
expectativa com o tratamento. A paciente utiliza todos os dias meias elsticas decompresso, mas somente a noite.
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CONCLUSO
Aps o trmino do tratamento proposto, pode-se comprovar e eficincia de
tratamentos alternativos a medicina convencional, que normalmente opta pela
cirurgia de retirada das veias comprometidas, evitando tal interveno cirrgica e
tambm normalizando a situao de vida das pacientes. A melhora no aspecto de
dor, edema e visualizao da patologia foram controlados a partir da terceira
semana de tratamento. Com o trmino das sesses, observamos significativas
evolues nestes processos.Acredita-se que esta patologia deva ser tratada por mais tempo, neste
caso, optou-se por demonstrar resultados com dozes sesses, mas a continuidade
deste tratamento essencial para que os resultados tornem-se permanentes. Depois
de feito este controle intenso dos trs meses iniciais, pode-se manter o mesmo
tratamento proposto por mais trs meses, somente depois deste perodo, alternam-
se ento as sesses para duas vezes ao ms com a acupuntura e uma vez ao ms
com a drenagem linftica. Porm, os fitoterpicos tanto de uso interno como o de
uso externo devem ser mantidos diariamente por no mnimo de nove meses,
alternando de trs em trs meses o fitoterpico de uso interno (Ginkgo Biloba por
Castanha-da-ndia).
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Esta patologia to comum no cotidiano da populao mundial pode ser
controlada, mas principalmente devemos nos preocupar com a preveno, pois o
melhor meio de evitar transtornos possveis e principalmente amenizar os sintomas
das varizes.
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GLOSSRIO
Acupuntura Uma tcnica milenar utilizada na China antiga, onde utiliza oemprego de alguns materiais especficos como agulhas,sementes, moxa, ventosa, para tratamento de diversasenfermidades. A acupuntura no est voltada diretamentepara os agentes agressores externos, por isso, seu tratamentono visa apenas a tratar o local comprometido no corpo, masage sobre todo o sistema nervoso, estimulando o mecanismode compensao e equilbrio em todo o corpo, para com issosanar a doena.
Drenagem linftica Utilizando manobras especficas, esta tcnica de massagemtem como objetivo principal o aumento do volume da linfaadmitido pelos capilares linfticos e o aumento da velocidadede seu transporte atravs dos vasos linfticos. Indiretamente
estas manobras influenciam outras funes biolgicas.
Fitoterapia o tratamento feito com ervas medicinais, tendo sidopraticada desde antigas civilizaes.
Fitoterpico Plantas denominadas medicinais pelo emprego ser especficopara o tratamento de determinadas enfermidades.
Fu Denominao para as vsceras na medicina chinesa.
Jing O Jing essncia, uma substancia resultante de algo
refinado, destilado. Essa essncia dividida em dois grandesgrupos:a) Essncia Jing pr-celestial;b) Essncia Jing ps-celestial.A essncia pr-celestial recebida na concepo
formando a essncia do embrio. Essa essncia irdeterminar a fora e a vitalidade do indivduo herdada doapais.O Jing ps-celestial a essncia refinada dos alimentos,
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sendo o estmago e bao/pncreas responsveis peladigesto e pelas funes de transformar e transportar asessncias alimentares; a essncia produzida aps onascimento. Alm de resultar na produo do Qi.A essncia Jing uma substancia orgnica que forma a base
do crescimento, reproduo e desenvolvimento.
Pontos Yuan Cada um dos 12 meridianos regulares tem um ponto Yuan,tambm chamado ponto FONTE. Eles esto localizadosprximos das articulaes dos pulsos e tornozelos das quatroextremidades. atravs deles que a energia vital dos zang fupassa e se acumula.
Qi O Qi a essncia mais elementar da qual o mundo composto. O caractere Qi indica alguma coisa que possa sermaterial e imaterial ao mesmo tempo. De acordo com o antigo
pensamento Chins, o Qi era a substancia fundamental queconstitui o inverso, e todos os fenmenos foram produzidospelas mudanas e movimento do Qi. De modo geral, a palavraQi na MTC denota tanto a substancia essencial do corpohumano, que mantm sua atividade vital, bem como aatividade funcional dos rgos e tecidos. O Qi no corpohumano tem duas fontes: uma a substancia vital inata, quese herda dos pais antes no nascimento. A outra a essnciado alimento e ar fresco que se recebe do ar, da gua e dosalimentos.
Varizes So veias anormalmente dilatadas e tortuosas. H varizes
superficiais e profundas, grandes e pequenas. s vezesinflamam e doem, caracterizando a flebite. (Boarim, 1999).
Xue O sangue (Xue) uma espcie de lquido vermelho rico emnutrientes. em si mesmo uma forma de Qi, muito denso ematerial. Alm disto, o sangue (Xue) inseparvel do Qi; oQique proporciona vida ao sangue (Xue); sem o Qi, o sangue(Xue) seria um fluido inerte. O sangue (Xue) se origina deduas fontes: da essncia do alimento do Estmago eBao/Pncreas; da essncia da vida armazenada no Rim.
ZangDenominao para os rgos na medicina chinesa.
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www.acupuntura.pro.com.br
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5/20/2018 Monografia microvarizes
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