monografia microvarizes

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    CAPTULO I

    1. INTRODUO

    1.1. O PROBLEMA E A IMPORTNCIA

    Segundo Bontempo (1999) as varizes do membro inferior so estudadas e

    tratadas desde a Antigidade, existem referncias tratamentos que remotam

    mais de 2000 anos. Esta preocupao da medicina com as varizes desde os

    primrdios da histria da civilizao ocorreu porque as varizes so bem visveis.

    Constituem a mais comum de todas as doenas vasculares. Sua incidncia de

    cerca de 15% da populao adulta. Incidem trs vezes mais na mulher do que nos

    homens em decorrncia de fatores hormonais.

    Esta patologia que segundo Boarim (1999) caracteriza-se pelas dilataes

    das veias superficiais das pernas. Essas veias dilatadas funcionam como barreiras

    para o sangue, fechando as vlvulas quando ele passa, para que o sangue siga seu

    caminho.

    Quando as paredes perdem a elasticidade e as vlvulas comeam a falhar, o sanguefica parado, formando depsitos causando as varizes. Entre as causas maisfreqentes esto a gravidez, a adolescncia, a hereditariedade, o sedentarismo, aobesidade e o excesso de hormnios femininos1

    Segundo o mesmo autor, o perigo maior para a sade, entretanto, reside

    na formao de trombos (cogulos) no interior dos vasos tortuosos, que, por

    contingncia do destino podem a qualquer momento desprender-se e ocasionar

    1Disponvel em www.angiopatiasinstituto.com.br, acessado em 06/01/2006

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    entupimentos em rgos distantes, levando embolia pulmonar ou a embolia

    cerebral.

    Existem vrias formas de tratar essa patologia to comum: pela medicina

    convencional alguns medicamentos para afinar o sangue, cirurgias para retirada da

    veia afetada, mesoterapia (aplicao de injees no local lesionado) com

    medicamentos especficos para a diminuio das varizes, na fisioterapia aplica-se o

    princpio da drenagem linftica manual, mtodo desenvolvido aps a segunda guerra

    mundial que visa uma melhora na circulao da linfa e do sangue, facilitando a

    circulao sangnea e tambm amenizando os sintomas de dores como cansao e

    tambm o edema nos membros inferiores; aplica-se tambm dentro da fisioterapia

    o uso de meias de conteno para facilitar o retorno venoso dos membros inferiores;

    dentro da medicina natural aplica-se os princpios da fitoterapia com uso interno e

    externo, a trofoterapia com princpios de reeducao alimentar e introduo de

    alimentos especficos tanto para prevenir como para amenizar os sintomas desta

    patologia, a geoterapia com aplicao de argilas especficas esterilizadas no local

    ajudam a diminuir o edema e aliviam as dores locais; os exerccios fsicos como

    caminhadas curtas acompanhadas de exerccios respiratrios e hidroginstica

    podem ajudar isso depois da fase aguda da doena; e tambm dentro da medicina

    chinesa aplicam-se princpios dos cinco elementos para tratar as varizes utilizando a

    aurculoterapia para aliviar as dores e o edema nos membros inferiores e a aplicao

    das agulhas em pontos especficos para tratar no s os sintomas como a etiologiadas varizes.

    Conforme exposto acima lana-se a pergunta: Quais os efeitos

    fisiofuncionais das tcnicas de drenagem linftica, fitoterapia e acupuntura

    combinadas para o tratamento de varizes em membros inferiores?

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    1.2. OBJETIVOS

    1.2.1. Geral

    Investigar os efeitos fisiofuncionais das tcnicas de drenagem linftica

    manual, fitoterapia brasileira e acupuntura utilizando agulhas como recurso

    associadas em conjunto para a melhora dos sintomas especficos das varizes como

    tambm evidenciar uma melhora na parte fisiofuncional da doena.

    1.2.2. Especficos

    Verificar alvio da dor no decorrer do tratamento proposto

    Verificar alteraes visuais dos membros inferiores antes e depois

    do tratamento

    Verificar a satisfao das pacientes antes e depois do tratamento

    Constatar a eficcia das trs tcnicas agrupadas para o tratamento

    e a melhoria nos sintomas das varizes em membros inferiores

    Colaborar com a comunidade cientfica no que diz respeito a

    comprovao de tratamentos intitulados alternativos a medicina

    convencional, respeitando as normas de publicaes cientficas para

    aumentar os dados no que diz respeito a medicina natural ou

    terapias naturais.

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    CAPTULO II

    2. REVISO DE LITERATURA

    2.1. AS VARIZES

    2.1.1. Definio E Epidemiologia

    Segundo Di Pietro (2001), varizes ou veias varicosas so veias dilatadas,

    alongadas e tortuosas. Alm de serem prejudiciais esttica, as varizes podem

    causar dor, cansao e sensao de peso nas pernas.

    Sob o ponto de vista da mesma autora, as artrias levam o sangue do

    corao para as extremidades, e as veias tm a funo de levar o sangue de volta

    ao corao, impulsionado, principalmente pela bomba muscular das panturrilhas.

    Dentro das veias existem pequenas vlvulas que impedem o retorno venoso para as

    extremidades. Quando as vlvulas no se fecham adequadamente, acontece esse

    retorno, a que se denomina refluxo. Quando acontece o refluxo, aumenta a

    quantidade de sangue dentro das veias, o que faz com que elas se dilatem.

    Para Robbins (1996), para que o sangue possa voltar ao corao, as veias

    possuem vlvulas venosas que impedem seu refluxo. Caso essas pequenas vlvulas

    falhem, o sangue reflui e causa a dilatao das veias devido ao aumento do volume

    sangneo. As varizes aparecem com mais freqncia nos membros inferiores: ps,

    pernas e coxas.

    As varizes se apresentam em trs estgios distintos: telengiectasias,

    microvarizes e varizes. No estgio das telangiectasias as veias so bem fininhas,

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    com cerca de 0,5 milmetro de dimetros. Nesta fase so fceis de tratar. De 0,5 a 5

    milmetros so chamadas de microvarizes e quando a dilatao passa dos 6 mm

    so denominadas de varizes. Quando chega nesse estgio podero ocorrer

    sintomas como dor, inchao nas pernas, flebite e at hemorragias e a pessoa poder

    necessitar de uma interveno cirrgica para a retirada da veia.(FARDY, 2001)

    2.1.2. Fisiopatologia da Variz

    Sabe-se que o sistema venoso transporta 98% das toxinas do meio

    intersticial e os 2% restantes so transportados pelo circuito linftico. A rede inteira

    da circulao do sangue est avaliada em 96.000 km, nmero que d uma idia da

    importncia de suas ramificaes. A partir do corao, as artrias decrescem para

    se tornarem finas arterolas que so os capilares. Esse circuito se prolonga por

    vnulas e depois por veias de calibre maior que vo retornar ao corao, levando o

    sangue venoso. ( ROBBINS,1996)

    Quando o sangue contido na veia impulsionado, ele empurra a vlvula de encontro parede do vaso, circulando assim livremente em direo ao corao. Como aprogresso da corrente sangnea venosa no contnua, cessada a fora que oimpulsiona, tende o sangue a retornar pela ao da gravidade. Tal fato, entretanto,no ocorre porque o sangue se insinua no seio da vlvula, fazendo com que a bordalivre se encoste na parede do vaso. Desta forma, a luz da veia temporariamenteobliterada, at que novo impulso faa o sangue progredir em direo ao corao.Pode haver mais de uma vlvula em um mesmo ponto da veia, sendo freqenteencontrar duas e mais raramente trs. Insuficincia de uma vlvula aimpossibilidade de impedir completamente o refluxo do sangue. A insuficincia demuitas vlvulas de uma mesma veia provoca sua dilatao e conseqente estasesangnea: tal estado conhecido pelo nome de varizes. (DANGELO, JG &FATTINNI, C.A, 1998).

    Se no fosse pelas vlvulas nas veias, o efeito da presso hidrosttica faria

    com que a presso venosa nos ps fosse sempre em torno de + 90 mmHg no adulto

    de p. Entretanto, cada vez que movem as pernas, os msculos se contraem e

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    comprimem as veias dentro desses msculos ou adjacentes a eles, e isso espreme

    o sangue para fora das veias. As vlvulas dentro das veias so dispostas de tal

    maneira que a direo do fluxo do sangue s pode ser para o corao.

    Conseqentemente, cada vez que uma pessoa move as pernas ou mesmo tenciona

    os msculos, uma certa quantidade de sangue impelida em direo ao corao, e

    a presso nas veias diminuda. Este sistema de bombeamento conhecido como

    a bomba venosa ou bomba muscular, e bastante eficiente para que, em

    circunstncias normais, a presso venosa nos ps de um adulto que caminha

    permanea prxima ou abaixo de 25 mmHg. (FARDY, 2001)

    O mesmo autor elucida que na pessoa parada de p, a bomba venosa no

    trabalha, e a presso venosa na parte inferior da perna subir at o valor hidrosttico

    pleno de 90 mmHg em cerca de 30 segundos. As presses nos capilares tambm

    sobem muito, fazendo com que vaze lquido do sistema circulatrio para dentro dos

    espaos dos tecidos. Como resultado, as pernas incham e o volume sangneo

    diminui.

    O defeito nas veias das pessoas que tm varizes est nas vlvulas e nas

    paredes das veias. Existem dois tipos de veias nos membros inferiores, as veias

    superficiais que ficam sob a pele, na camada de gordura e que podem ser visveis, e

    existem as veias profundas que ficam no meio da musculatura da perna e no so

    visveis, e existem ainda as veias comunicantes, que ligam as veias superficiais e

    profundas. As vlvulas orientam o sangue nas veias dos membros, sempre da veiasuperficial para a profunda, atravs da veia comunicante, e impedem que o sangue

    faa o caminho errado, descendo pelas veias, quando a pessoa est de p ou

    sentada. As artrias levam o sangue do corao para todo o corpo. O sangue ento,

    depois de oxigenar e alimentar as clulas, retorna para o corao atravs das veias.

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    Quando a pessoa est em p ou sentada, o sangue vai para o p com facilidade,

    porque o corao impulsiona e, alm disso, para baixo mais fcil, mas o sangue

    encontra dificuldades no caminho inverso: ps corao. Nas pessoas em que as

    veias tm vlvulas e paredes normais o sangue aguarda a oportunidade de voltar,

    sem causar nenhuma alterao. (FATTINNI, 1998)

    Nas pessoas em que as vlvulas esto doentes acontece, ento, uma

    inverso no caminho do sangue, que passa a ir de cima para baixo e da veia

    profunda para a superficial. Este fato provoca um aumento do volume sangneo

    dentro da veia superficial, ocorrendo o processo de dilatao e aparecimento de

    varizes. O sangue volta para o corao atravs do corao perifrico, que na

    verdade, existe. a musculatura da panturrilha. Mas este corao s funciona

    quando nos movimentamos, contraindo e relaxando os msculos da perna. Quando

    os msculos se contraem, impulsionam o sangue para cima realizando a circulao.

    Ao andar e correr, sobretudo os msculos da panturrilha trabalham. A cada

    passo, se contraem e voltam a relaxar, produzindo movimentos de bombeamento.

    Entretanto, o corpo criou um sistema por meio do qual aproveita esse bombeamento

    e que facilita o retorno do sangue, os msculos da panturrilha bombeiam o sangue

    nas veias e atuam diretamente sobre elas no interior da perna. Estas veias, que se

    encontram nos msculos, esto ligadas atravs de outros vasos venosos com as

    grandes veias alojadas sob a pele. Por essa razo, o bombeamento dos msculos

    da panturrilha pode chegar at a grande veia da perna, a veia safena maior, que fluia pouca distncia sob a pele. ( Fardy ,2001)

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    2.1.3. Tipos De Varizes

    Podemos de forma didtica, considerando a questo de sade e a esttica,

    dividir as varizes em quatro tipos a seguir, conforme dado extrado do centro de

    estudos das angiopatias, classificao feita pelo Dr. Francischelli, (2001):

    TIPO I: (Vasinhos e Microvarizes), apesar de ser um problema de

    sade, no causa riscos imediatos, sendo um problema que atinge

    mais a auto-estima do paciente. Portanto, geralmente o paciente

    procura o mdico pela questo esttica, por isso chama-se esse tipo

    de predominantemente esttico.

    TIPO II: (Varizes onde est presente a doena e a esttica), j

    uma doena que envolve alguns riscos e problemas para o paciente,

    e por isso deve ser tratada, entretanto, pode estar presente tambm

    a preocupao esttica. Neste caso, os dois problemas devem ser

    considerados, a doena funcional e a esttica.

    TIPO III: (Varizes assintomticas sem preocupao esttica) todas

    as situaes onde se apresentem varizes, sem que a questo

    esttica esteja envolvida. Neste caso, a doena funcional est

    presente, sem que o paciente esteja preocupado com a aparncia

    esttica. Em alguns casos as varizes podem atingir grandes

    dimenses antes de apresentar complicaes, em outras situaes,

    em outras situaes, mesmo pequenas varizes j as apresentam.

    TIPO IV: (Varizes com complicaes), as complicaes mais

    freqentes so as tromboflebites, as lceras de perna, as

    hiperpigmentaes, o eczema venoso, as hemorragias, a fibrose, a

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    dermatite Ocre, as infeces e o quadro de dor. Neste caso, a

    doena funcional est presente, sem que o paciente esteja

    preocupado com a aparncia esttica. Geralmente, so pacientes

    onde o problema est presente h longo tempo, sem tratamento, e

    que j apresentam complicaes.

    Existem tambm dois tipos de varizes assim classificadas: primrias e

    secundrias. As chamadas primrias so aquelas que aparecem influenciadas pela

    tendncia hereditria, responsvel pelas antiestticas linhas vermelhas e azuis de

    diversos tamanhos; e as chamadas secundrias que aparecem por doenas

    adquiridas no decorrer da vida e so de tratamento mais difcil chamadas

    erroneamente de varizes internas.

    2.1.4. Causas da Variz

    Para Boarim (1999), o surgimento de varizes raro antes dos 14 anos de

    idade e geralmente, quando ocorrem em crianas, fazem parte de deformidades

    vasculares congnitas. A partir da puberdade h aumento progressivo na incidncia

    das varizes, sendo que acima dos 70 anos, cerca de 70% das pessoas apresentam

    dilataes venosas nos membros inferiores. Calcula-se que 24 milhes de pessoas

    sofrem com os problemas decorrentes das varizes.

    Alguns fatores so levados em considerao no surgimento destapatologia:

    1. HEREDITARIEDADE: O indivduo com propenso gentica nasce com

    menor resistncia da parede das veias e essa predisposio, associada a fatores

    desencadeantes como gestao, obesidade e sedentarismo, profisses que

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    implicam um tempo prolongado em posies eretas (exemplos cabeleireiros,

    balconistas, porteiros...) ou que exigem grandes esforos (exemplo de estivadores,

    halterofilistas), favorece o surgimento de varizes.

    2. GRAVIDEZ: o fator desencadeante mais importante que faz com que

    a incidncia de varizes predomine nas mulheres. Nessa condio, alm das

    alteraes hormonais que ocorrem durante todo o perodo de gestao, na Segunda

    metade da gestao h aumento da presso nas veias das pernas devido a

    compresso do tero. Se esse aumento de presso no for suficiente para provar

    dilatao permanente, as veias voltam ao seu calibre inicial aps o parto. Isto

    costuma ocorrer aps a primeira gestao, no entanto, com as gestaes

    sucessivas, as veias tendem a se dilatar, tornando-se varicosas e assim

    permanecem aps os partos.

    3. POSIES CORPREAS: As posies que favorecem o

    aparecimento de varizes so a de ficar em p por longos perodos ou sentado.

    Nestas posies existe a dificuldade para a circulao de retorno e justamente

    quando as varizes aparecem. Estando em movimento fazemos funcionar o corao

    perifrico, que impulsiona o sangue para cima evitando o aparecimento de varizes e

    quando estamos deitados o corao fica no mesmo nvel da perna, o que facilita o

    retorno do sangue, se estivermos com os ps elevados, o corao fica para baixo e

    os ps para cima ento o retorno sangneo fica favorecido.

    4. ALTERAES HORMONAIS: A influncia dos hormnios femininos(estrognio e progesterona) acontece porque estes afetam a parede das veias. Isto

    explica o uso de anticoncepcionais como fator desencadeante para a patologia, pois

    eles so base de hormnios femininos.

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    5. ALIMENTAO: Pesquisas imputam ao consumo exagerado de

    laticnios grau considervel de culpa para o surgimento de varizes. A protena Lctea

    extremamente alergizante, e so as prprias reaes do organismo que,

    ocasionariam leses vasculares precursoras de varizes. A obesidade tambm um

    fator responsvel pelo aparecimento das varizes pela grande presso hidrosttica

    exercida sobre as veias e vasos do membro inferior.

    2.1.5. Preveno

    Sob o ponto de vista de Thom (1988), o ideal no tratamento de varizes

    sempre evitar seu aparecimento. importante tentar evitar atividades onde a pessoa

    obrigada a ficar muitas horas em p ou sentado. Caso no seja possvel, a

    pessoa deve elevar as pernas por 15 minutos 2 a 3 vezes durante o dia, e noite,

    quando chegar em casa, tambm deve-se movimentar os ps, como se estivesse

    acelerando um carro, este movimento chamado dorsiflexo, faz a musculatura da

    panturrilha se contrair ritmicamente, colocando em ao o corao perifrico, que faz

    a circulao funcionar. Alm disso, deve-se usar meia elstica, em geral de mdia

    compresso, que reduz a ao traumtica da presso hidrosttica sobre as veias, as

    meias agem desviando, atravs da meias comunicantes, o sangue das vais

    superficiais, onde as varizes se formam, para as veias profundas, onde no existem

    varizes. Para vestir a meia elstica deve-se elevar as pernas por 20 minutos antesde colocar as meias para esvaziar bem as veias; caso contrrio, elas perdem sua

    ao.

    Boarim (1999) afirma que outra medida o uso de vitamina C, Que

    aumenta a sntese de colgeno, fibra que refora a parede do vaso. Se a pessoa

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    tem histria familiar de varizes, deve comear a se prevenir desde a juventude,

    especialmente se for mulher, para evitar que o problema fique muito srio. A

    massagem pode ajudar, mas deve ser constante. A melhor massagem para ajudar a

    circulao das veias chama-se drenagem linftica.

    O mesmo autor elucida que evitar o sol e o calor: o sol, sauna, banhos

    muito quentes e demorados provocam o aquecimento da pele e a passagem de uma

    maior quantidade de sangue pelos vasos da pele. Se uma maior quantidade de

    sangue passa pelos vasos superficiais eles se acomodam a essa situao e se

    dilatam sendo um fator que favorece o aparecimento de vasinhos nas pessoas que

    so predispostas, por isso so medidas teis evitar banhos muito quentes e

    demorados, evitar exposio ao sol da praia. Quando estiver exposto ao calor da

    praia ou da piscina deve-se Ter o cuidado de entrar na gua a cada 15 ou 20

    minutos para evitar que a perna fique muito quente.

    Evitar o excesso de peso: o excesso de peso sobrecarrega a circulao e

    provoca o aparecimento de varizes. Ter bons hbitos alimentares saudvel para

    todo o corpo. O excesso de peso tambm provoca celulite que est associada as

    microvarizes e telangiectasias (vasinhos).

    Fazer exerccios: os exerccios melhoram a fora muscular da perna e,

    portanto melhoram a circulao de retorno. Os melhores so andar, correr e nadar.

    Evitar o uso de anticoncepcionais: os hormnios femininos (plulas,

    tratamento de menopausa, reposio hormonal) retm lquidos e aumentam apresso dentro das veias, tambm amolecem as paredes dos vasos e so uns dos

    principais fatores desencadeantes de varizes.

    Evitar o uso de salto alto: o salto alto faz com que a musculatura da perna

    fique permanentemente contrada, sem o movimento rtmico, o que dificulta a

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    circulao venosa.. O uso em ocasies especiais no chega a ser prejudicial, mas o

    seu uso rotineiro certamente .

    Para Fattinni (1998), varizes no voltam se forem retiradas com cirurgia,

    aparecem outras que devem ser tratadas. Uma veia que estava normal no momento

    de um tratamento, mais tarde poder estar doente, porque a tendncia hereditria

    existir durante toda a vida. Este fato no invalida qualquer tipo de tratamento,

    porque se as varizes no forem cuidadas podero levar a srias complicaes no

    futuro. Por esse motivo que se prope o tratamento continuado de varizes, que

    controla o problema esttico e a doena conforme se manifestem.

    2.2. DRENAGEM LINFTICA

    2.2.1. Efeitos da Drenagem Linftica

    Para Leduc (2002), os movimentos de massagem tm como objetivo

    principal o aumento do volume de linfa admitido pelos capilares linfticos e o

    aumento da velocidade de seu transporte atravs dos vasos linfticos. Indiretamente

    estas manobras influenciam outras funes biolgicas.

    O mesmo autor elucida que as influncias diretas da drenagem so:

    capacidade dos capilares linfticos, velocidade da linfa transportada, filtrao e

    reabsoro dos capilares sangneos, quantidade de linfa processada dentro dos

    gnglios linfticos; sobre a musculatura esqueltica, sobre a motricidade do

    intestino, sobre o sistema nervoso vegetativo, sobre a imunidade; as influncias

    indiretas da drenagem seriam: nutrio celular, oxigenao dos tecidos,

    desintoxicao da musculatura esqueltica; absoro de nutrientes pelo trato

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    gastrointestinal; distribuio de hormnios, aumento na quantidade de lquidos

    excretados.

    Para Jacquemay (2000), as relaes entre o sistema linftico e outros

    sistemas circulatrios so divididas em trs: o vascular sangneo, o cfalo-

    raquidiano e o linftico. O sistema vascular sangneo um anel vascular fechado

    provido de uma bomba, o corao. A funo deste sistema consiste em assegurar

    que o sangue atinja todas as partes do organismo, a fim de que cada clula possa

    receber nutrio conforme suas necessidades funcionais, o sangue flui afastando-se

    do corao, nas artrias e arterolas, para atingir os capilares, que no apenas

    permitem o escapamento do lquido nutriente para dentro dos espaos teciduais,

    como tambm reabsorve parte do lquido tecidual. A partir dos capilares, o sangue

    retorna ao corao pelas veias. Assim, no sistema vascular sangneo, o sangue flui

    em dois sentidos: a partir do corao e para o corao. O sistema circulatrio do

    lquido cfalo raquidiano tambm um sistema fechado de canalizaes. O sistema

    linftico, ao contrrio dos dois primeiros, no fechado, mas comunica-se

    diretamente com o sistema venoso na raiz do pescoo. Consiste em um sistema de

    capilares que comeam de um modo cego, que captam o lquido tecidual no

    absorvido pelos capilares sangneos, e em uma srie de vasos coletores de

    tamanho cada vez maior que, finalmente, drenam o lquido contido, denominado

    linfa, para dentro das veias subclvias. No sistema linftico, o fluxo da linfa sempre

    em um sentido, isto , para o corao. Uma caracterstica do sistema linftico ainterpolao de filtros (gnglios linfticos) ao longo de seus vasos principais, atravs

    dos quais a linfa tem de passar antes de ser transferida s veias.

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    2.2.2. Indicaes Clnicas

    Segundo Di Pietro (2001), as principais indicaes da drenagem linftica

    seriam: os edemas causados por: deficincia linftica; edema causado pela

    elevao da presso hidrosttica nos capilares; edema causado pela baixa presso

    coloidosmtica no plasma; edema causado pelo aumento da presso coloidosmtica

    do lquido interticial; causado pelo aumento da permeabilidade capilar; liposdistrofia

    ginide (celulite); edema gestacional; deficincia circulatria venosa ou circulao

    sangnea de retorno comprometida (varizes); no pr e ps-cirurgia plstica, para o

    tratamento de acne, da couperose, de roscea, para o rejuvenescimento,

    musculatura tensa, sistema nervoso abalado entre outras.

    2.2.3. Procedimentos

    Segundo Di Pietro (2001), as condies de trabalho para este tipo de

    massagem so as seguintes: o cliente deve encontrar-se numa posio cmoda e

    numa temperatura amena, a pele deve estar limpa e sem produtos, o profissional

    tambm deve estar em uma posio cmoda, que lhe permita trabalhar com calma e

    concentrar sua ateno sobre o estado do tecido e sobre as reaes gerais do seu

    paciente. O ambiente ideal calmo, eventualmente com fundo musical suave e

    calmo, a iluminao deve ser discreta, durante a drenagem cliente e profissional

    devem permanecer em silncio, aps o trmino da drenagem, o cliente deve

    permanecer ainda por 20 minutos deitado, deve evitar qualquer tipo de manipulao

    neste estado de repouso.

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    A drenagem linftica utilizada foi baseada na tcnica de Leduc, foi feita

    somente nos membros inferiores, sendo que a sesso utiliza-se de 45 minutos para

    efetuar a massagem e 20 minutos de descanso na maca.

    O tempo necessrio para a aplicao da tcnica de drenagem linftica

    manual para auxiliar no tratamento das varizes seria de uma a trs vezes por

    semana, caso no seja possvel pode abster-se a uma sesso a cada quinze dias. O

    importante a constncia no recebimento da tcnica, tendo em vista que o

    necessrio no mnimo de dez sesses para que se obtenha um bom resultado.

    2.3. ACUPUNTURA

    Conforme a origem da palavra (acus: agulha, puntura: punturas), a

    acupuntura consiste na insero em profundidade de agulhas muito finas, alguns

    milmetros em pontos especficos da pele. ( ENQUIN 1998)

    Esta cincia surgiu na China, em plena Idade da Pedra, isto , h

    aproximadamente 4.500 anos.

    A Medicina tradicional Chinesa, a qual chamaremos de MTC daqui em

    diante, uma cincia que abrange a filosofia , a patologia, o diagnstico, a profilaxia

    e o tratamento das doenas.

    Wing (1995) ,cita que o registro mdico mais antigo o Huang Di Nei Jing

    que um resumo das experincias mdicas e das conquistas teraputicas de 770aC a 221 aC. Esse registro sistematizou a filosofia e patologia humana, organizou

    questes diagnsticas, teraputicas e preventivas ao estabelecer a base terica da

    MTC.

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    Para Maciocia (1996), a principal caracterstica da acupuntura enquanto

    modalidade teraputica encarar o ser humano como um todo, onde corpo e mente

    configuram-se como duas facetas de uma mesma unidade, ao contrrio de toda

    estrutura da cincia mdica ocidental que tem como base a filosofia dualista a

    oposio aceita entre mente e matria, esprito e corpo. Na MTC, manifestaes

    fsicas e mentais dos seus pacientes so manifestaes inseparveis de uma s e

    inaltervel entidade.

    O mesmo autor cita que no tratamento de doenas com acupuntura

    necessrio diferenciar as condies patolgicas de acordo com a teoria da MTC e as

    peculiaridades da acupuntura, e dominar princpios bsicos para prescrio e

    aplicao nos pontos especficos.

    2.3.1 Bases da Medicina Tradicional Chinesa

    A MTC d grande importncia a unidade do corpo humano em si e sua

    relao com a natureza, e mantm que o corpo humano mesmo um todo orgnico

    e tm relaes muito ntimas e inseparveis com o meio natural externo (WEN,

    2002).

    O mesmo autor elucida que as partes componentes do corpo humano so

    inseparveis de cada uma das outras estruturas, relacionadas, subsidirias e

    condicionis umas as outras em fisiologia, e de determinada influncia umas sobreas outras em patologa.

    O homem influnciado direta e indiretamente pelos movimentos da

    natureza, a qual ele esta obrigado a dar respostas fisiolgicas e patolgicas. Quando

    o clima varia com a quatro estaes num ano variam tambm trs condies

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    normais do pulso (frequncia, ritmo, volume, tenso). Pulso em corda primavera,

    cheio vero, flutuante outono, afundado inverno.

    A ocorrncia , desenvolvimento e mudanas de muitas doenas so sazonais. Demanh a energia vital do corpo humano comea a tornar-se mais forte, enquanto osfatores patognicos mais fracos, ao meio dia a energia vital do corpo estpredominante e domina sobre os fatores patognicos; a tarde a energia vital comeaa tornar-se mais fraca, enquanto os fatores patognicos mais fortes, a meia noite aenergia vital do corpo retorna aos rgos internos, enquanto os fatores patognicosvo para um ponto dominante (LIN SHU, 1996).

    A MTC no focaliza sua ateno principal nas similaridades e

    dissimilaridades entre as doenas, mas nas diferenas entre as sndromes que elas

    tem. Trata-se da mesma doena com mtodos diferentes.

    Segundo Wen (2002), originalmente, na China, designava-se os cinco

    elementos de Wu-Hsing; sendo que Wu significa cinco e Hsing, andar. Os conco

    elementos ou seja a Madeira, o Fogo, a terra, o Metal e a gua so, na realidade, os

    cinco elementos bsicos que constituem a natureza. Existe entre eles uma

    interdependncia e uma interrestrio que determinam seus estados de constante

    movimento e mutao.

    A teoria dos Cinco elementos ocupa um lugar importante na medicina

    chinesa, porque todos os fenmenos dos tecidos e rgos, da fisiologia e da

    patologia do corpo humano, esto classificados e so ineterpretados pelas

    interrelaes desses elementos. Essa teoria usada como guia na prtica mdica.

    Segundo Lin Shu (1996), os termos yin e yang so aplicados para

    expressar qualidade dual e opostas. uma conceituao filosfica, uma maneira de

    generalizar os dois princpios opostos que podem ser observados em todos os

    fenmenos relacionados dentro do mundo natural. Podem representar dois

    fenmenos separados com naturezas contrrias, bem como aspectos diferentes e

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    opostos dentro do mesmo fenmeno. Assim, o povo chins antigo chegou ao

    entendimento que todos os aspectos do mundo natural podiam ser compreendidos

    como tendo um aspecto dual, por exemplo, dia e noite, brilho e obscuridade,

    movimento e quietude, calor e frio etc. baseado nas propriedades da gua e fogo,

    tudo no ambiente natural pode ser classificado como yin e yang. Aqueles com

    propriedades bsicas do fogo, como: calor, movimento, brilho, pertencem a yange

    aqueles com propriedades bsicas de gua, como frio, quietude, obscuridade,

    pertencem a yin.

    Para Maciocia (1996), a natureza yin e yang um fenmeno relativo, pois

    um contm o outro e um pode mudar para o outro. Estas duas polaridades esto em

    posio e ao mesmo tempo em que se complementam e se contm de formas

    harmnicas, uma enfraquece a outra se fortificando e quando ocorre o desequilbrio

    entre essas duas polaridades pode haver, manifestaes patolgicas, j que o

    equilbrio entre ambas necessrio para a sade.

    2.3.2 Noes dos Meridianos

    Wing (1995), elucida que os chamados meridianos na MTC so canais de

    reentrncias musculares onde circulam deferentes tipos de energias que irradiam em

    todas as clulas do nosso corpo, dando a elas um ritmo de trabalho. A sua fluidez,

    sem bloqueios ou estagnaes, nas direes certas, com a intensidade regular, vaideterminar o estado de sade da pessoa.

    Para a MTC e na Acupuntura, so fundamentais os meridianos; neles

    que esto localizados os pontos que usamos para auxiliar no diagnstico, mais

    indica tambm onde o remdio dever ser aplicado.

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    Os pontos demarcados anatomicamente no trajeto destes meridianos, ao

    serem estimulados, produzem diversas reaes qumicas dependendo da ordem que

    foram utilizados, pois na combinao destes pontos entre si resulta a bioqumica

    humana.(MACIOCIA, 1996)

    As formas de utilizao destes pontos nos permite regular a mquina

    humana, criando um equilbrio atravs do jogo de foras existentes nestes campos

    eletromagnticos com sua bipolaridade.(MACIOCIA, 1996)

    O mesmo autor cita que existem vrios tipos de meridianos, conforme sua

    localizao e funo que desempenham. Em primeiro lugar acham-se os 12

    chamados principais, e so assim classificados:

    Trs canais Yinda mo:

    1. Canal dos Pulmes da mo Taiyin;

    2. Canal do Pericrdio da mo Jueyin;

    3. Canal do Corao da mo Shaoyin.

    Trs canais Yangda mo:

    1. Canal do Intestino grosso da mo Yangming;

    2. Canal do Triplo Aquecedor da mo Shaoyang;

    3. Canal do Intestino Delgado da mo Taiyang.

    Trs canais Yindo p:

    1. Canal do Bao do p Taiyang;

    2. Canal do Fgado do p Jueyin;3. Canal do Rim do p Shaoyin.

    Trs canais Yang do p:

    1. Canal do Estmago do p Yangming;

    2. Canal da Vescula Biliar do P Shaoyang;

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    3. Canal da Bexiga do p Taiyang.

    Embora existam, naturalmente, muito mais de doze meridianos separados,

    constituindo o corpo humano, como j foi citado, considera-se que todas as outras

    partes do organismo esto sob controle de um desses doze rgos ou diversos, e

    por eles so regulados. (ENQUIN, 1988)

    Os meridianos principais so assimtricos e existe para cada lado do

    corpo, representando cada um, um rgo ou funo. A direo geral desses

    meridianos vertical, tanto dos membros quanto do tronco.(ENQUIN, 1988)

    2.3.3 Diagnstico pela MTC

    Segundo Auterochi (1992),o diagnstico atravs da MTC realizado

    atravs de cinco mtodos: ver o doente, escut-lo, perguntar, apalpar o seu pulso e

    verificar caractersticas especficas na sua lngua. O diagnstico do pulso

    detalhado exigindo um bom conhecimento do terapeuta. O pulso, na artria radial do

    punho, dividido em trs zonas, cada qual com uma posio superficial e outra

    profunda. Cada posio ocupa aproximadamente 13 milmetros dessa artria o

    espao exato s pode ser avaliado com a prtica e varia um pouco de pessoa para

    pessoa. A Segunda posio aproximadamente oposta apfise (salincia ssea)

    do rdio. Colocando-se levemente a polpa de um dedo sobre a artria radial, em

    cada uma das trs posies, possvel perceber que a sensao obtida difere emcada local com exceo de pessoas em perfeito estado de sade -, e que se a

    presso for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensao ou

    percepo torna-se totalmente diversa. Se os pulsos da primeira posio

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    apresentam vibrao mais forte do que os da terceira, Yang ser mais poderosa que

    Yin, e vice-versa.

    Na mo esquerda, com presso superficial, faz-se o diagnstico do

    intestino delgado, da vescula e da bexiga; com presso maior, o corao, fgado e

    rins. Na mo direita, diagnosticam-se atravs do pulso superficial os pulmes, o

    bao e a circulao sexualidade; com pulso profundo, o intestino grosso, o estmago

    e o triplo aquecedor.

    Ainda sob o ponto de vista de Auterochi (1992), as pulsaes podem ser

    classificadas em: a) superficial, mdia ou profunda; b) lisa (tranqila) ou grossa

    (agitada, em ondas), c) cheia (excesso) ou vazia (carncia) ; d) longa ou curta.

    O diagnstico atravs da lingologia (pela observao da lngua), divide-se

    em colorao da lngua (plida , prpura ou vermelha), cor da saburra (revestimento

    da lngua, caso houver), amarelo ou branco, se esta saburra est grossa ou

    espessa, fina ou inexistente, se a lngua possui determinados tipos de marcas, se a

    lngua grande, edemaciada, se ela longa ou fina, se apresenta marcas

    dentilhadas ao lado. A lngua proporciona um diagnstico mais global, no to

    especfico como o pulso, no entanto possui detalhes que so bem peculiares, e que

    somente a lngua possui. Os rgos mais estudados na lngua so: corao e

    pulmo na ponta, estmago no meio da lngua, fgado e bao pncreas na lateral, e

    no final da lngua os rins, podemos considerar tambm a raiz da lngua aquecedor

    inferior, o meio da lngua aquecedor mdio, a ponta da lngua aquecedor superior.Tanto para realizar um diagnstico quanto para executar-se um tratamento,

    imprescindvel o conhecimento dos meridianos, da natureza de seus pontos

    principais e das leis que regem esta forma de terapia, considerados a base da

    acupuntura. (ENQUIN, 1992)

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    Existem doze meridianos, que esto intimamente relacionados a doze

    rgos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou vrios

    desses rgos. Desta forma, esses doze rgos ou funes corporais so

    considerados primrios, e outros secundrios. (WING, 1995)

    2.3.4 Diagnstico pela MTC para Varizes

    A viso oriental, ou da Medicina Tradicional Chinesa, as varizes formam-se

    porque o sangue tem dificuldade em circular na veia e se acumula, causando assim

    dilataes. Este acmulo se d por duas razes diferentes. (MACIOCIA, 1996)

    No primeiro tipo, o acmulo de sangue resulta de um processo longo de

    estagnao de energia e de sangue (Qi E Xue) nos canais. Isto visto em pessoas

    que ficam longo tempo trabalhando em p sem descansar. O trabalho excessivo e a

    posio desfavorvel dificultam a circulao do sangue que vai se acumulando nas

    pernas.(MACIOCIA, 1996)

    O segundo tipo acontece em pessoas predispostas a varizes. Estas tm

    fraqueza na energia do bao, que responsvel pelos tecidos de sustentao no

    corpo. Assim, as veias tm paredes fracas, e o sangue escapa com facilidade.

    Alm do tratamento interno para a causa bsica, a MTC (Medicina

    Tradicional Chinesa) preconiza um tratamento externo, pois considera que a doena

    se manifesta predominantemente na pele. (AUTEROCHI, 1992)O diagnstico atravs da MTC considera os seguintes fatores:

    1) ESTAGNAO DE ENERGIA E SANGUE NOS CANAIS: Esta

    sndrome refere-se a sinais e sintomas produzidos por circulao do sangue

    bloqueada devida a estagnao das atividades funcionais do Qi. Neste caso, ocorre

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    uma estagnao crnica de energia e sangue que vai lesando os vasos sangneos.

    Correspondem aos casos de varizes associados a uma posio inadequada de

    trabalho, como vendedores que passam o dia todo de p. Os sintomas so varizes

    de grosso calibre, dor nas pernas, lcera crnica ma perna, escurecimento da pele e

    sensao de distenso local.

    2) INCAPACIDADE DO BAO DE MANTER O SANGUE FLUINDO

    DENTRO DOS VASOS:Esta sndrome causada pela insuficincia do qi do bao

    que leva incapacidade de manter o sangue fluindo dentro dos vasos sangneos, o

    bao dentro da MTC, o rgo responsvel por manter o sangue nos vasos. Caso

    ele no desempenhe adequadamente esta funo, o sangue escapa e se acumula

    nos tecidos. o caso de microvarizes em pessoas predispostas. Os sintomas so

    sensao de peso nas pernas e no corpo, hematomas sem razo aparente, fadiga,

    microvarizes, anorexia, sangramento com sangue escuro. (AUTEROCHI, 1992)

    2.3.5 Aplicao da Acupuntura

    A tcnica teraputica que consiste na insero de agulhas, na

    profundidade de alguns milmetros, em pontos da pele especificadamente

    determinados tem como objetivo bsico reequilibrar a quantidade e circulao de

    energia vital no organismo, tornando-o harmnico. (www.acupuntura.pr.com.br)

    Pela interpretao da MTC, o corpo humano um todo organizado,composto de duas partes ligadas estruturalmente, porm opostas, oyine o yang.

    A teoria do yin yangenuncia que a atividade fisiolgica do corpo humano

    o resultado da manuteno de uma relao harmoniosa da unidade dos contrrios

    dos dois princpios. Esta teoria explica o aparecimento das doenas por um

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    desequilbrio relativo de uma subida grande mais do yin ou do yang. Quando os dois

    elementos esto em seu estado normal, controlam-se mutuamente e mantm um

    relativo equilbrio; a condio fundamental de uma atividade vital correta. O yine o

    yangcoexistem ento em um processo comum de oposio e de interdependncia

    que os liga de modo indissocivel, o Yin representando a substncia e o Yang, a

    funo vital, o primeiro sendo a base do segundo e o segundo a fora motora da

    produo do primeiro. (www.acupuntura.pro.com.br)

    A oposio dos dois fatores pode acarretar um desequilbrio, e a doena

    aparecer segundo um dos processos patolgicos seguintes: o reforo de um

    aspecto Yin ou Yang acarreta o enfraquecimento do outro aspecto; a fraqueza

    constitucional do Yin ou do Yang reforar o aspecto oposto, segundo a frmula :

    yin deficiente, Yang desmedido. Yang deficiente, Yin florescente; fraqueza

    simultnea dos dois aspectos, mudana de um aspecto no aspecto oposto.

    Por todo o corpo esto espalhados pontos sensveis, que no se

    encontram dispostos de maneira aleatria, constituem uma espcie de cadeia, como

    se fossem a continuao dos outros. Unindo-os por traos imaginrios obtm-se

    linhas longitudinais denominadas canais, passagens ou meridianos, que formam

    uma rede fechada de circulao isto , onde um meridiano acaba, outro principia.

    Os meridianos esto diretamente relacionados aos rgos ou funes corporais

    a s demais partes do corpo. (WING, 1995)

    A experincia mostra que ao se punarem determinados pontos de ummeridiano com agulhas metlicas, experimenta-se a sensao de que algo est

    transitando por eles, este algo, que os chineses chamam de Qi, foi traduzido por

    energia vital. Esta energia, segundo os chineses, circula atravs dos corpos de

    forma regular. As doenas so conseqncias naturais da m distribuio de energia

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    vital. Alguns sintomas de carncia de energia so: sensao de vazio, fraqueza,

    insatisfao, insegurana, desnimo, frio, suor, flacidez, excesso de agressividade,

    agitao, angstia, dor, calor, contrao, convulso, espasmo, inflamao. De

    acordo com o ensinamento chins , o sangue circula acompanhando a energia. Se

    a energia circula, tambm o faz o sangue. Se for obstruda por obstculo, o sangue

    pra. ( MACIOCIA, 1996)

    2.3.6. Pontos Utilizados

    A escolha dos pontos foi realizada baseando-se nos sintomas

    apresentados pelas pacientes e tambm pela etiologia da doena.

    A acupuntura altera a circulao sangnea. A partir da estimulao de

    certos pontos pode-se alternar a dinmica da circulao regional proveniente de

    microdilataes. Outros pontos promovem o relaxamento muscular, sanando o

    espasmo, diminuindo a inflamao e a dor. (WING, 1995)

    A seqncia utilizada no tratamento proposto inicia-se pela punturao dos

    pontos iniciando pelo lado esquerdo na seqncia o mesmo ponto do lado direito.

    Todos os pontos utilizados foram bilaterais. A seguir est a seqncia de pontos

    utilizados no tratamento que tm um ciclo com inicio no 1ponto e fechamento no 16

    ponto, a retirada dos pontos inicia do 16 ponto na mesma seqncia de punturao

    at o ltimo ponto que seria o 1 ; P9, IG4, C7, BP10, E36, BP6, R3 e F3.A importncia de seguir esta seqncia determinada de punturao segue

    o raciocnio da circulao de energia dentro dos meridianos, que tem um incio e um

    fim, sendo assim, o caminho da energia sempre cclico, neste caso, tambm

    usamos uma formatao cclica para obtermos um melhor resultado, pois essa

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    seqncia no foi alterada em nenhuma das sesses realizadas para termos a

    certeza da eficincia do tratamento.

    Cita-se um exemplo cotidiano para facilitar o entendimento desta

    seqncia: quando se acende uma luz em algum cmodo de uma casa, inicia-se

    apertando o interruptor, neste caso, teve-se a inteno de acender a luz e deu-se o

    estmulo inicial. A energia luminosa percorreu em milsimos de segundo o seu

    caminho pela instalao eltrica para acender a luz desse cmodo. Para apagar-se

    a luz, deu-se o estmulo no mesmo interruptor s que desta vez ao contrrio do

    primeiro, ou seja, no sentido oposto, quebrando a corrente gerada pelo primeiro

    estmulo.

    Assim segue o curso da energia dentro de um ciclo preestabelecido na

    acupuntura. A energia corre por determinados pontos acendendo luzes criando

    uma corrente nica para um determinado fim.

    Segue a descrio detalhada da funo de cada ponto utilizado no

    tratamento, segundo Enquin (1998):

    P9 ou TAIYUAN (Grande Abismo) : Ponto de influncia dos

    vasos, ponto Yuanprimrio do canal do pulmo e ponto Shu-riacho, est localizado

    no trmino radial do vinco transversal do punho, na depresso do lado radial da

    artria radial. A escolha deste primeiro ponto para o incio do tratamento deu-se pela

    sua capacidade de dilatar os vasos sangneos melhorando o fluxo de sangue nas

    veias e artrias. P9 o ponto de unio de todos os vasos sangneos. um ponto

    de tonificao, estimula a circulao sangnea e influencia o pulso. Por ser um

    ponto Yuanprimrio, onde o qi retido.

    IG4 HE GU(Vale da Juno): Localizado no dorso da mo, entre

    os 1 e 2 ossos metacrpicos, aproximado no meio do 2 osso metacarpiano no

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    lado radial. Tem como natureza ser o ponto nascente tambm o ponto Yuan

    primrio do canal do intestino grosso. Tem as propriedades de interromper a dor,

    remove as obstrues do meridiano, tonifica o Qie consolida o exterior, harmoniza a

    ascendncia e a descendncia, aumenta a circulao do Qi e Xue (energia e

    sangue). No deve ser utilizado em mulheres grvidas, pois aumenta o peristaltismo

    podendo ocasionar um aborto.

    C7 SHENMEN(Porta da Mente): Localizado na extremidade ulnar

    da prega transversal do punho, na depresso do lado radial do tendo do msculo

    flexor ulnar do carpo. um ponto fonte, riacho, de sedao e tambm o Yuan

    primrio do canal do corao. Este ponto tem a propriedade de abrir os orifcios,

    nutrir o sangue do corao (este rgo tem como funo governar o sangue).

    BP10 XUEHAI (Mar de Sangue) : Localizado dois cm acima do

    limite medial da patela. Este ponto utilizado para qualquer problema relacionado

    ao sangue, ele remove estase do sangue, tonifica o sangue. Este ponto

    responsvel pela distribuio do sangue, no caso de varizes ele que faz diminuir acor azulada forte, s vezes meio roxa que bem visvel nesta patologia.

    E36 ZUSANLI(Trs Milhas do P): Localizado cerca de um palmo

    para baixo do pice da patela e um dedo a partir da crista anterior da tbia. Este

    ponto tonifica oQie o sangue, fortalece o corpo, regulariza oQidefensivo e nutritivo,

    resolve o edema. Este o ponto mais importante para tonificar o Qie o sangue nos

    padres de deficincia. Embora se situe sobre os meridianos do estmago, ele

    tonifica o Qido bao e oQi do estmago. muito utilizado para desequilbrios no

    sistema imunolgico, para pessoas debilitadas e para patologias crnicas. Utilizado

    nos casos de edema, pois quando o Qi defensivo est debilitado nas camadas da

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    pele e os fludos submergem em abundncia dos meridianos para invadir o espao

    debaixo da pele.

    BP6 SANYINJIAO(Trs encontros Yin) : Localizado a um palmo

    acima da ponta do malolo medial, no limite posterior do lado medial da tbia. Este

    o ponto mestre do sangue. Ele fortalece o bao, nutre o sangue, move o sangue e

    elimina a estase, esfria o sangue, interrompe a dor. Em particular o ZUZANLItonifica

    fortemente o Qi do aquecedor mdio (Jiao Mdio), sendo muito eficiente na

    tonificao do Qi e do Sangue. Apresenta uma influncia profunda sobre o sangue,

    pode nutrir o Yin, tambm pode remover a estase do sangue. Tonifica o Yin. Este

    ponto no deve ser utilizado em mulheres grvidas, pode causar aborto.

    R3 TAIXI (Riacho Mximo): Localizado na depresso entre a

    ponta do malolo medial e o tendo do osso calcneo. Este um ponto muito

    importante utilizado para tonificar o rim em qualquer padro de deficincia do Yinou

    Yangdo rim. Sendo ponto fonte, est em contato com o Qi original do meridiano do

    rim, e uma vez que o rim o fundamento de todo o Qido organismo e o assento doQi original, este ponto vai diretamente para o ncleo do ltimo. Como o rim tambm

    restaura a essncia, este ponto pode tonificar a essncia, os ossos e a medula.

    F3 TAICHONG (Precipitao Maior): Localizado no dorso do p,

    na depresso anterior juno do primeiro e segundo ossos metacrpicos. o

    pontoYuanprimrio do canal do fgado do p Jueyin, ou seja, o ponto de equilbrio

    do canal, tambm promove o fluxo suave do Qi do fgado, acalma os espasmos,

    utilizado para nutrir o sangue do fgado. Tambm tm uma ao nas dores e flacidez

    das extremidades inferiores. O fgado o rgo responsvel pela livre circulao do

    fluxo do Qi, que o comandante do sangue, quando o Qiestagna, o sangue (Xue)

    coagula.

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    2.3.7. Tempo de Tratamento

    A aplicao do tratamento teve a finalidade de equilibrar as funes dos

    rgos, sendo assim, no foi utilizado o mtodo de reduo ou tonificao, e sim o

    mtodo de punturao neutra, ou seja no sentido do ponto. Cada ponto coma sua

    particularidade, sendo respeitada a profundidade de cada um.

    - P9 ou Taiyuan: perpendicular 0,3 cun.

    - IG4 ouHegu: perpendicular 0,5 cun.

    - C7 ou Shenmen: subcutnea 0,7 cun

    - BP10 ouXuehai: obliquamente para cima 1,0 cun

    - E36 ou Zuzanli; perpendicular 1,0 cun

    - BP6 ou Sanyinjiao:perpendicular 1,0 cun

    - R3 ou Taixi: perpendicular 0,8

    - F3 ou Taichong: perpendicular 0,7 cun.

    Depois da insero os pacientes permaneceram em repouso por um tempo

    aproximado de trinta minutos.

    2.4. FITOTERAPIA

    As plantas tm importantes virtudes para purificar o organismo e expelir

    toxinas, suprem a falta de alguns elementos nutritivos, estimulam a ao de certos

    rgos, normalizam o funcionamento de outros. (GOMARA, 2000)

    A fitoterapia consiste no conjunto das tcnicas de utilizao dos vegetais

    no tratamento das doenas e na recuperao da sade. Comporta numerosas

    escolas que estudam e empregam as plantas medicinais, das mais simples e

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    empricas, s cientficas e experimentais. Em sua forma mais rigorosa, abrange os

    princpios e as tcnicas da botnica e da farmacologia. (FARMACOPIA

    BRASILEIRA, 1998)

    2.4.1. Efeitos da Fitoterapia

    O mecanismo de ao das plantas medicinais se deve presena dos

    chamados princpios ativos que so substncias que a planta sintetiza e armazena

    durante seu crescimento e vida e que so responsveis pelo valor teraputico ou

    no de uma planta.(NASCIMENTO, 2001)

    a presena, ou no, de um ou diversos destes princpios ativos que

    determinam a forte ou fraca atuao da erva no processo de cura.

    Sua distribuio dentro da planta varia de acordo com cada tipo de vegetal,

    condies do habitat (solo, clima, etc), ciclo de vida do vegetal, etc. Se encontrarem

    principalmente nas flores, folhas, sementes, frutos ou casca e baseado nessa

    distribuio que se determina a parte a ser utilizada do vegetal. (BOARIM, 1999)

    Segundo Murray (1990), estima-se em mais de 12.000 o nmero de

    princpios ativos j encontrados. Segue abaixo os principais grupos de princpios

    ativos:

    1. ALCALIDES: geralmente txicos, apresentam atividade

    farmacolgica elevada como a morfina, atropina, escopolamina.2. PRINCPIOS AMARGOS: grande nmero de plantas contm estes

    princpios que lhes confere sabor amargo. Desenvolvem ao tonificante sobre o

    organismo e estimulam e regulam o trato digestivo.

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    3. LEOS ESSENCIAIS: so componentes de cheiro forte, que se

    evaporam facilmente em gua. Tem propriedades anti-sptica, diurtica,

    antiespasmdica, antiinflamatria, expectorao.

    4. TANINOS: ao adstringente, anti-sptica e antidiarrica.

    5. HETEROSDEOS: so o grupo mais distribudo no reino vegetal e

    seus efeitos so diferentes entre si, no sendo possvel agrup-los quimicamente.

    Entre eles esto os glicosdeos diversos. Possuem algumas funes cardiotnicas,

    outras sudorficas.

    6. SAPONINAS: so mucolticas, diurticas, depurativas. Reforam a

    ao dos demais princpios ativos das plantas.

    7. MUCILAGENS: so substncias que incham em contato com a

    gua. Protegem a mucosa contra os irritantes locais e atenuam inflamaes.

    8. CIDOS ORGNICOS: plantas que contm estes princpios tm

    sabor cido e entre outras aes so refrescantes e laxativas. As plantas deste

    grupo so muito usadas em fitocosmtica.

    2.4.2. Principais Indicaes

    Segundo Teske (1997), as plantas medicinais so utilizadas para diversos

    fins, seus efeitos amenizam , previnem e curam diversas formas de patologias. Suas

    principais atividades farmacolgicas so inflamao ( o conjunto das reaes locaisdos tecidos destinados a contrabalanar os efeitos de um agente nocivo, microbiano

    ou no); infeco (efeitos causados num organismo pela ao das toxinas

    produzidas por bactrias ou por quaisquer outros germes patognicos); e infestao

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    (invaso do organismo por parasitos de certo porte como a sarna, os vermes

    intestinais, etc. em contraposio infeco causada por micrbios).

    2.4.3. Dosimetria Formas de Utilizao das Plantas

    Para Teske (1997) varia de acordo com a forma de utilizao das plantas.

    A seguir tem uma breve descrio das principais formas de utilizaes das plantas

    medicinais e sua dosimetria:

    2.4.3.1. Chs

    Processo de retirada de princpios ativos pela ao extratora da gua.

    Podem ser de trs tipos:

    Infuso ou tisana: Consiste em despejar gua fervendo sobre as ervas,

    numa vasilha, e deixar repousar de 5 a 10 minutos. Talos e razes precisam mais

    tempo 20 a 30 minutos. Essa a forma mais recomendada para a preparao dos

    chs por preservar melhor o princpio ativo.

    Decoco: Consiste em colocar as ervas na gua fria e cozinh-las 5 a 10

    minutos se so folhas, flores e partes tenras e 15 a 30 minutos se so talos, cascas

    e razes.

    Macerao: Consiste em colocar as ervas em gua fria, sem ferver, por um

    perodo de 10 a 18 horas se so folhas, flores, sementes e partes tenras e, 18 a 24

    horas para talos, cascas e razes duras picadas. Essa forma usada quando se

    pretende conservar os sais minerais e as vitaminas.

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    Dosimetria dos chs: A dose mxima recomendada para m ch de 20

    gramas para 1 litro de gua. Nessa dosagem vrias plantas j apresentaro

    problemas de toxicidade o que faz com que, por segurana, seja aconselhvel o uso

    em quantidades menores. Cada colher de erva verde pesa aproximadamente 5

    gramas e 1 colher de erva seca pesa aproximadamente 2 gramas. As dosagens

    recomendadas so as seguintes:

    Adulto: 3 a 5 xcaras/dia

    10 15 anos: 3 a 4 xcaras/dia

    02 05 anos: 1 a 3 xcaras/dia

    00 01 ano: a 1 xcara/dia

    2.4.3.2. Tinturas Mes Tintura Alcoolatura Extrato Fludos

    Tinturas - mes: So preparaes lquidas resultantes da ao dissolvente

    de um veculo alcolico sobre drogas de origem vegetal ou animal. Correspondem a

    10% (em casos de plantas) e so obtidas pela macerao em lcool de diferentes

    ttulos, da planta fresca ou raramente da planta seca.

    Tinturas: As tinturas vegetais so preparadas temperatura ambiente pela

    ao do lcool sobre uma erva seca (tintura simples) ou sobre uma mistura de ervas

    (tinturas compostas). So preparadas por solues simples, macerao ou

    percolao.

    As tinturas simples correspondem a 1/5 (20%) do seu peso em erva seca,

    que quer dizer que 200 gramas de erva seca permitem preparar mil gramas da

    tintura. Na maioria dos casos se utiliza um lcool a 60 G.L. (Compendio de

    Fitoterapia- Herbarium).

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    Alcoolaturas: As alcoolaturas so obtidas pela ao dissolvente do lcool

    sobre uma ou vrias substncias vegetais frescas, que perdem total ou

    parcialmente, as suas propriedades por dessecao.

    As alcoolaturas simples, salvo indicao contrria devem ser preparadas

    de acordo com o seguinte processo geral:

    Planta seca, convenientemente dividida 500 gramas.

    lcool 1000 ml.

    Faa macerar a droga com o lcool em recipiente fechado, durante 15 dias,

    agitando de vez em quando: coe espremendo fortemente, e filtre o lquido por papel.

    (FARMACOPIA BRASILEIRA I).

    Extratos Fludos: Segundo a Framacopia Brasileira, os extratos fludos

    so preparaes oficinais, obtidas de drogas vegetais manipuladas de forma que

    100 gramas de extrato contenham o equivalente a 100 gramas da erva seca. Por

    no terem sofrido ao do calor, seus princpios ativos so exatamente os mesmos

    encontrados nos frmacos respectivos.

    Os extratos fludos apresentam uma relao ponderal simples entre a

    droga e o extrato, o que facilita a posologia e a prescrio:

    1 grama ou ml do extrato fluido equivale a :

    1 grama de erva seca

    5 gramas de alcoolatura ou tintura

    10 gramas da tintura-meDosimetria: Prescrio em gotas: a indicao de apenas uma erva por

    frasco a forma mais em uso, podendo ser necessrio recomendar um ou mais

    medicamentos no mesmo dia apenas em horas diferentes.

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    2.4.3.3. Ps Extratos Secos Extratos Secos Padronizados

    Ps: Consistem na droga vegetal, seca, moda finamente (0,1 a 0,2 mm).

    Os fitoterpicos de uso tradicional so, na sua maioria, encontrados nessa forma e

    no em extratos secos. Exemplos de plantas usadas em p: Boldo do Chile

    (Pneumus boldus), Cascara Sagrada (Rhamus purshiana), Carqueja (Baccharis

    trimera),Sene (Cssia senne).(FARMACOPIA BRASILEIRA)

    Extratos secos: So produtos de origem vegetal, obtidos atravs de

    concentrao e secagem de extratos lquidos. O mtodo consiste na obteno de

    um extrato lquido, seja por percolao (extrato hidroalcolico) ou extrao com gua

    fervente, da qual ento o extrato ser evaporado cuidadosamente (baixa

    temperatura 40C e presso reduzida), at a obteno de um extrato concentrado

    com aspecto de um caldo; em seguida,ajustado com uma quantidade suficiente de

    amido, malto ou lactose para posterior secagem. (FRAMACOPIA BRASILEIRA)

    Extratos secos padronizados: So obtidos da mesma forma que os extratos

    secos, apenas obedecem a uma padronizao mais rigorosa, sendo calculado

    sempre o mesmo padro de princpios ativos para cada droga. Geralmente a

    proporo droga/extrato de 4:1 a 5:1; ou seja, 4 ou 5 partes da droga para se obter1 parte de extrato. Essa forma permite o clculo exato de princpios ativos que se

    deseja administrar ou manipular. (FARMACOPIA BRASILEIRA)

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    2.4.4. Fitoterapia para Varizes

    GINKGO BILOBA (Ginkgo biloba): pertence a famlia Ginkgoaceae, a

    parte utilizada a folha, tem ao preventiva e curativa contra as agresses

    endgenas e exgenas, tais como fenmeno de oxidao devido presena de

    radicais livres; ao antiinflamatria e de preveno do envelhecimento. Estimulante

    da circulao sangnea, atuando na circulao arterial, venosa e capilar, agindo na

    insuficincia vascular perifrica. Protetora sobre a barreira hemato-enceflica.

    Diminui a hiperagregao plaquetria, atuando em processos trambticos. Age

    diminuindo a agregabilidade das hemcias e tm ainda uma ao protetora contra a

    lise de eritrcitos. Regulariza a permeabilidade capilar, age inibindo a

    hipermeabilidade mediada pela bradicinina e histamina. A nvel cerebral permite a

    diminuio das desordens da memria, distrbios da ateno diminuio da

    capacidade auditiva, casos de vertigens, preservando por mais tempo autonomia e

    qualidade de vida. Ativa a circulao sangnea, aumentando a resistncia capilar e

    efetuando uma vasodilatao dos vasos e arteriais dos membros, mantendo a

    perfusso tissular. Refora o tnus vascular a nvel venoso, auxiliando a depurao

    de resduos metablicos. A rvore de ginkgo considerada pelos botnicos como

    um fssil vivo, sendo o nico exemplar dessa famlia, e ancestral do carvalho, pode

    chegar a 40 m de altura. Originrio do Japo. (TESKE, 1997)

    As ervas de escolha para o complexo fitoterpico de uso externo foram:

    castanha da ndia, centela asitica, ginkgo biloba, hamamlis e cnfora. As quatro

    primeiras em porcentagens iguais com exceo da cnfora que foi utilizada apenas

    em 0,1% para dilatar os poros facilitando a penetrao dos outros componentes da

    frmula. Foi utilizado o gel base para esta preparao pela facilidade de absoro e

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    a rpida secagem do produto. Segue a descrio detalhada da ao de cada uma

    das ervas utilizadas:

    GINKGO BILOBA: foi descrito anteriormente no uso interno, neste

    complexo de suma importncia a sua presena.

    CASTANHA-DA-NDIA (Aesculus hippocastanum): pertence a famlia

    das Hipocastanceas, as partes utilizadas so a casca e a semente, tnico

    circulatrio, adstringente, anti-hemorrgico, antiinflamatrio, vasoconstritor. Sua

    principal ao sobre o sistema venoso, aumentando a resistncia e o tnus das

    veias. Diminui a permeabilidade e a fragilidade capilar. Suas propriedades se devem

    principalmente aos saposdeos, hidroxicumarinas e derivados flavnicos que atuam

    sobre a fragilidade capilar e como vasoconstrictores perifricos. Desta forma, ativa a

    circulao sangnea e favorece o retorno venoso prevenindo acidentes vasculares,

    estase venosa, espasmos vasculares e tromboflebites. O efeito tnico da castanha-

    da-ndia sobre o sistema venoso percebido 15 a 30 minutos aps a ingesto,

    traduzindo-se principalmente pelo alvio da dor. uma rvore que tem cerca de 10 a

    30 metros de altura, originria dos Balcs.(TESKE, 1997)

    CENTELA (Centella asitica) pertence a famlia das umbelferas, parte

    utilizada as folhas, eutrfico do tecido conjuntivo, normalizador da circulao

    venosa de retorno, tnico vulnerrio, vasodilatador perifrico, calmante, antiirritante,

    refrescante, anticelultico, preventivo de rugas. Os constituintes da frao triterpnica

    da centela atuam normalizando a produo de colgeno ao nvel dos fibroblastos,promovendo o restabelecimento de uma trama colgena normal e flexvel e

    conseqente desencarceramento das clulas adiposas. Promove a normalizao

    das trocas metablicas entre a corrente sangnea e os adipcitos. Esta funo

    ainda auxiliada pela melhora da circulao venosa de retorno e pela diminuio da

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    fragilidade capilar, que combate os processos degenerativos do tecido venoso.

    Tambm controla a fixao da prolina e alanina , elementos fundamentais na

    formao do colgeno. Sua ao sobre os edemas de origem venosa orienta o

    tratamento das celulites localizadas. Originria da Austrlia, erva pequena e rasteira,

    com cerca de 3 a 20 cm de altura. (TESKE, 1997)

    HAMAMELIS: (Hamamelis virginiana): pertence a famlia das

    hamamelidceas, partes utilizadas so as folhas e a casca, adstringente,

    hemosttico, vasoconstritor, tnico, anti-hemorrgico, descongestivo. A hamamlis

    regulariza a circulao, exercendo ao vasoconstritora perifrica agindo como

    vasomotor, favorecendo a circulao de retorno, restabelecendo o equilbrio entre a

    circulao arterial e venosa. Melhora o estado geral e acalma as dores. Utilizada em

    compressas frias no combate a estados febris ou em compressas quentes para

    contuses e tores. Arbusto decduo ou pequena rvore podendo chegar a 5 m de

    altura, nativa da Amrica do Norte Pela sua propriedade adstringente deve ser

    usada com moderao.(TESKE, 1997)

    CNFORA: (Artemsia canfhorata) utilizada para dilatar e abrir os poros

    da pele tira dor e alivia o edema, melhora a circulao, neste composto foi utilizada

    apenas para descongestionar os poros para melhor penetrao dos outros

    componentes fitoterpicos. Sua porcentagem na frmula foi de 0,1 %.(TESKE, 1997)

    o Como dito anteriormente as pacientes fizeram uso deste complexo

    fitoterpico todos os dias, com acompanhamento semanal, foram orientadas atomarem suas devidas dosagens de Ginkgo Biloba em cpsulas, e a utilizarem o gel

    duas vezes ao dia, uma ao acordar e outra antes de dormir.

    o O tratamento atravs da fitoterapia, nos casos de varizes, deve seguir

    um tempo indeterminado, no caso do gel, at os sintomas visveis diminurem, e no

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    caso das cpsulas at o estado geral da patologia seguir a um bom grau de

    evoluo. Porm, a erva de uso interno deve ser alternada a cada quatro meses,

    para que o corpo no vicie no princpio ativo, que passa a fazer menos efeito. Pode

    ser utilizado a castanha da ndia na mesma proporo das cpsulas anteriores de

    Ginkgo

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    CAPTULO III

    3. METODOLOGIA

    Atravs de bibliografias especializas procedeu-se um levantamento

    sistemtico de algumas publicaes na rea de medicina convencional e alternativa

    que estuda o sistema circulatrio e a acupuntura, como parte relevante da pesquisa.

    Para Severino (1996, p. 37) A documentao temtica visa coletar elementos

    relevantes para o estudo geral ou para realizao de um trabalho em particular,

    sempre dentro de determinada rea. Por intermdio deles, tornou-se possvel

    acompanhar especialistas da rea estudada. Procedeu-se assim um estudo de caso

    atravs de dois pacientes, para tornar e realizar esta pesquisa slida. Como relata

    Kche (1982, p. 13) O homem um ser jogado no mundo, condenado a viver a sua

    existncia. Por ser ele existencial, tem que interpretar a si e ao mundo em que vive,

    atribuindo-lhes significaes. Cria intelectualmente representaes significativas da

    realidade. A essas representaes significativas chamamos de conhecimento.

    A estratgia bibliogrfica encaminhou para o tipo de foco da pesquisa; e no

    estudo de caso o controle sobre eventos comportamentais.

    O estudo de caso foi classificado como explicativo, cognitivo e expositivo.

    Como segunda estratgia de pesquisa, o estudo de caso foi usado como

    parmetro para tratamento de varizes sem necessidade de cirurgia, sendo

    investigando os efeitos fisiofuncionais das tcnicas de drenagem linftica manual,

    fitoterapia brasileira e acupuntura utilizando agulhas como recurso associadas em

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    conjunto para a melhora dos sintomas especficos das varizes como tambm

    evidenciar uma melhora na parte fisiofuncional da doena.

    O estudo de caso permitiu uma investigao das caractersticas

    significantes de eventos vivenciados. Concluiu-se assim a capitao de dados, e

    direcionou-se para redigir concluses.

    A maneira utilizada foi o desenvolvimento escrito de um relatrio do

    acompanhamento, tratamento e os resultados do caso. Colaborando com a

    comunidade cientfica na comprovao de tratamentos intitulados alternativos a

    medicina convencional, respeitando as normas de publicaes cientficas para

    aumentar os dados no que diz respeito a medicina natural ou terapias naturais

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    CAPTULO IV

    4. ANLISE DE DADOS

    2.1. APRESENTAO DOS CASOS / DADOS DOS PACIENTES

    As pacientes foram submetidas a sesses semanais de acupuntura uma

    delas na clnica escola da FIES, com a superviso da Professora Gilda Santiago, e a

    outra foi atendida na prpria casa por no ter a disponibilidade de sair a noite para

    ser atendida na clnica, porm houve o acompanhamento da supervisora no sentido

    de sanar as possveis dvidas. Utilizou-se apenas duas pacientes para um controle

    melhor das atividades. Segue abaixo descrio das duas pacientes, usou-se

    abreviaes dos nomes.

    PACIENTE I

    Anamnese:

    Nome: L.Q.d.P

    Nascida em 21/10/35

    Idade: 68 anos

    Peso: 62 kg

    Altura: 1,63m

    P.A: 13090 mmHg

    Sexo: feminino

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    Profisso: Do lar

    Estado civil: casada, dois filhos

    Queixa principal: dor no membro inferior esquerdo onde tem maior

    concentrao de varizes, sensao de inchao nas pernas, cansao ao caminhar,

    lombalgia que irradia para as pernas, dor no nervo citico.

    Histrico: artrose nos tornozelos, reumatismo nos ombros e nas mos,

    pielonefrite aguda, hemorridas, varizes com colorao forte azulada.

    Intestino: constipao, vai ao banheiro de dois em dois dias, fezes

    ressecada.

    Urina: vai de seis a sete vezes ao dia, acorda durante a noite para ir ao

    banheiro urinar, tem a cor escura.

    Sono: acorda muitas vezes durante a noite, mas logo dorme, lembra pouco

    dos sonhos e dorme em mdia oito horas por dia.

    Alimentao: toma bastante gua, em mdia dois litros por dia, faz trs

    refeies ao dia, gosta de verduras legumes, ingere poucas frutas, no consome

    muita carne nem laticnios, metabolismo rpido.

    Exame radiolgico: perna esquerda com esporo plantar em calcneo;

    articulao coxo femural esquerda artrose incipiente com esclerose marginal

    acetabular, espondilose lombar, joelho esquerdo com enteropatia calcificada em

    insero do quadrceps.

    Diagnstico atravs da Lngua: vermelha , seca, saburra leve branca e fina,longa, pouca saliva.

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    Diagnstico atravs do pulso:

    Pulso esquerdo:

    Corao +/- Intestino delgado ++

    Fgado +++ Vescula biliar -/+

    Rim -- Bexiga -/+

    Pulso direito:Pulmo +/- Intestino grosso ++

    Bao Pncreas +++ Estmago ++

    Pericrdio - Triplo aquecedor -/+

    Diagnstico: Incapacidade do bao de manter o sangue fluindo nos vasos.

    Diz-se que o bao mantm o sangue nos vasos sangneos, e est encarregado de

    manter o sangue unido. Se o Qi do bao saudvel, o sangue circular

    normalmente e permanecer nos vasos. Se o Qi do bao for deficiente, o sangue

    pode extravasar. Porm, outros sistemas so responsveis pela boa circulao do

    sangue nos vasos e por outras condies relacionadas com o sangue, so eles:

    pulmo, corao, fgado e rins, portanto estes outros rgos tambm devem ser

    avaliados.

    Incio do tratamento: 12/04/03

    Trmino: 23/06/03

    Evoluo do tratamento:

    Aps primeira sesso de acupuntura sentiu-se bem melhor, com pouca dor

    nas pernas, essa sensao de melhora permaneceu dois dias inteiros, depois voltou

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    um pouco a dor mais com menor intensidade, as regio lombar melhorou um pouco,

    a sensao de peso nas pernas diminuiu. Aps a segunda sesso sentiu uma

    melhora significativa no quadro lgico, incio do tratamento com o gel fitoterpico. Na

    terceira semana fez-se uma sesso de drenagem linftica, as varizes comearam a

    alterar sua colorao, ficaram um pouco mais claras, o quadro lgico permaneceu

    constante, sentiu dor apenas uma vez na semana, aps trs dias da sesso. Na

    quarta sesso, relatou que seu sono melhorou muito, a sensao de cansao nas

    pernas desapareceu, a urina clareou um pouco, as varizes espalharam-se, os ramos

    maiores tornaram-se menores, mais claros, as varizes que estavam com um grande

    calibre e saltadas para fora da perna interiorizaram e permaneceram menos

    aparentes. Aps a quinta sesso, no sentiu mais dor nas pernas nenhum dia da

    semana, relatou sentir dor na hemorrida, os outros sintomas melhoraram, realizou-

    se a drenagem linftica. At a dcima Segunda sesso, onde encerrou-se o

    atendimento, a paciente relatou ausncia da dor, normalizou a funo do intestino

    que estava constipado, o sono melhorou muito acorda somente uma vez para ir ao

    banheiro, a urina continua escura, a dor no joelho no melhorou.

    PACIENTE II

    Anamnese

    Nome: T.Z.K

    Nascida em 01/04/49

    Idade: 54 anosPeso: 65kg

    Altura: 1,60

    P.A: 12080mmHg

    Sexo: feminino

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    Profisso: esteticista

    Estado civil: casada com dois filhos

    Queixa principal: dores severas e inchao nas duas pernas, parestesia no

    p esquerdo que irradia para o msculo gastrocnmio, ansiedade, pouco de insnia,

    as vezes sente dor de cabea, varizes com colorao forte mais tendendo para a cor

    roxa, sente muito calor nas extremidades, est na menopausa, sente-se um pouco

    triste as vezes.

    Intestino: fezes pastosas, constipada vai de dois em dois dias, toma clorella

    sente que regula o intestino.

    Urina: escura, com cheiro forte, vai 5 vezes ao dia.

    Sono: dorme 5 horas por dia, normalmente o sono pesado, acorda as

    vezes durante a noite, lembra pouco dos sonhos.

    Alimentao: faz trs refeies ao dia, gosta de verduras, frutas, legumes,

    carnes de todos os tipos, pes, leite e derivados ingere com moderao, toma muito

    chimarro e no toma nem um copo de gua ao dia. Seu metabolismo lento.

    Diagnstico atravs da lngua: vermelha com petquias na ponta e no

    meio, com leve saburra branca e fina.

    Diagnstico atravs do pulso:

    Pulso esquerdo:

    Corao +++ Intestino Delgado +/-

    Fgado ++ Vescula biliar +

    Rim +/- Bexiga -

    Pulso direito:

    Pulmo -/+ Intestino Grosso +

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    Bao Pncreas +++ Estmago ++

    Pericrdio +/- Triplo aquecedor

    Diagnstico geral: Incapacidade do bao em manter o sangue nos vasos

    fluindo nos vasos

    Incio do tratamento: 20/03/03

    Trmino do tratamento:17/06/03

    Evoluo do tratamento: A paciente foi atendida em dozes sesses com

    apenas uma pausa de uma semana. Aps a primeira sesso sentiu uma leve

    melhora na sensao de cansao nas pernas. A dor no msculo gastrocnmio

    persistiu forte irradiando para os ps. A partir da segunda sesso, sentiu uma

    melhora significativa no quadro lgico, reclamando de dores apenas ao final do dia

    de trabalho, e dois dias aps a sesso. Fez-se uma sesso de drenagem linftica

    um dia aps a segunda sesso. Relatou uma sensao muito boa de leveza nas

    pernas aps a sesso de massagem, diminuiu o edema nas pernas e a sensao decansao melhorou muito. Na terceira semana, as varizes demonstraram uma

    pequena alterao na sua colorao e tambm na disposio de seus feixes. A

    paciente sente-se muito melhor aps a Quinta sesso, no tem mais a parestesia,

    sente-se mais alegre, as dores reduziram muito. Feita mais uma sesso de

    drenagem linftica. Paciente relata melhora no sono, acordando mais descansada.

    As varizes mostram-se bem melhores, sua colorao est bem mais clara, bem

    distribudas, algumas regies est quase imperceptvel. A partir da sexta semana, a

    paciente no teve mais dores nas pernas nem inchao, a parestesia sumiu

    totalmente, a sensao de calor diminuiu, melhorou em todos os aspectos.

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    4.2. PROCEDIMENTOS DO TRATAMENTO PROPOSTO

    Aps uma prvia avaliao das pacientes, foi detectado o grau de evoluo

    da patologia. As duas pacientes foram classificadas no tipo II, ou seja, onde est

    presente a doena e a esttica, e primria, ou seja, de fundo hereditrio.

    O tratamento durou cerca de trs meses, constando de doze sesses

    semanais de acupuntura, cinco sesses de drenagem linftica, e o uso dos

    fitoterpicos interno e externo recomendado diariamente.

    Os pontos de acupuntura utilizados foram os mesmos em todas as sesses

    para ambas as pacientes, e os fitoterpicos tambm foram os mesmos.

    As sesses prosseguiam de uma anlise visual da patologia, de uma

    anamnese para constatar o andamento do quadro lgico. As pacientes foram

    orientadas a utilizarem meias elsticas de conteno mdia todos os dias aps uma

    elevao do membro inferior por cerca de 20 minutos, a no tomarem banhos muito

    quente e nem exporem-se ao sol.

    Os fitoterpicos utilizados no tratamento foram recomendado de duas

    maneiras: uso interno atravs de cpsulas contendo dosagens um pouco diferentes

    respeitando o fator idade de cada paciente e de uso externo utilizando um gel duasvezes ao dia, uma ao acordar e outra ao deitar-se, na mesma porcentagem para

    ambas as pacientes.

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    Foram utilizados neste programa de tratamento diversos gneros de

    plantas medicinais, com o intuito de preparar e afinar o sangue dentro dos vasos, e

    externamente para melhorar a circulao comprometida do membro inferior.

    A erva de escolha para o uso interno foi o Ginkgo Biloba , em cpsulas de

    250 mg, uma cpsula vez ao dia para a paciente com mais de 60 anos e duas

    cpsulas uma vez ao dia para pacientes abaixo desta idade . Segue a descrio da

    erva de escolha:

    4.3. SATISFAO PESSOAL DOS PACIENTES COM O TRATAMENTO

    SATISFAO PACIENTE I :

    Ao final das doze sesses, a paciente relatou satisfao com o tratamento,

    continuar sendo atendida na clnica com a mesma orientao para dar continuidade

    ao tratamento que deve ser mantido ainda por algum tempo de manuteno, at que

    os sintomas no voltem a persistirem. A paciente no faz usos de meia elstica de

    conteno.

    SATISFAO PACIENTE II:

    A paciente relatou melhora nos aspectos principais relatados, sentiu-se

    bem melhor aps as sesses, teve uma melhora significativa na aparncia das

    varizes, em algumas regies a diminuio foi quase plena, gerando uma grande

    expectativa com o tratamento. A paciente utiliza todos os dias meias elsticas decompresso, mas somente a noite.

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    CONCLUSO

    Aps o trmino do tratamento proposto, pode-se comprovar e eficincia de

    tratamentos alternativos a medicina convencional, que normalmente opta pela

    cirurgia de retirada das veias comprometidas, evitando tal interveno cirrgica e

    tambm normalizando a situao de vida das pacientes. A melhora no aspecto de

    dor, edema e visualizao da patologia foram controlados a partir da terceira

    semana de tratamento. Com o trmino das sesses, observamos significativas

    evolues nestes processos.Acredita-se que esta patologia deva ser tratada por mais tempo, neste

    caso, optou-se por demonstrar resultados com dozes sesses, mas a continuidade

    deste tratamento essencial para que os resultados tornem-se permanentes. Depois

    de feito este controle intenso dos trs meses iniciais, pode-se manter o mesmo

    tratamento proposto por mais trs meses, somente depois deste perodo, alternam-

    se ento as sesses para duas vezes ao ms com a acupuntura e uma vez ao ms

    com a drenagem linftica. Porm, os fitoterpicos tanto de uso interno como o de

    uso externo devem ser mantidos diariamente por no mnimo de nove meses,

    alternando de trs em trs meses o fitoterpico de uso interno (Ginkgo Biloba por

    Castanha-da-ndia).

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    Esta patologia to comum no cotidiano da populao mundial pode ser

    controlada, mas principalmente devemos nos preocupar com a preveno, pois o

    melhor meio de evitar transtornos possveis e principalmente amenizar os sintomas

    das varizes.

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    GLOSSRIO

    Acupuntura Uma tcnica milenar utilizada na China antiga, onde utiliza oemprego de alguns materiais especficos como agulhas,sementes, moxa, ventosa, para tratamento de diversasenfermidades. A acupuntura no est voltada diretamentepara os agentes agressores externos, por isso, seu tratamentono visa apenas a tratar o local comprometido no corpo, masage sobre todo o sistema nervoso, estimulando o mecanismode compensao e equilbrio em todo o corpo, para com issosanar a doena.

    Drenagem linftica Utilizando manobras especficas, esta tcnica de massagemtem como objetivo principal o aumento do volume da linfaadmitido pelos capilares linfticos e o aumento da velocidadede seu transporte atravs dos vasos linfticos. Indiretamente

    estas manobras influenciam outras funes biolgicas.

    Fitoterapia o tratamento feito com ervas medicinais, tendo sidopraticada desde antigas civilizaes.

    Fitoterpico Plantas denominadas medicinais pelo emprego ser especficopara o tratamento de determinadas enfermidades.

    Fu Denominao para as vsceras na medicina chinesa.

    Jing O Jing essncia, uma substancia resultante de algo

    refinado, destilado. Essa essncia dividida em dois grandesgrupos:a) Essncia Jing pr-celestial;b) Essncia Jing ps-celestial.A essncia pr-celestial recebida na concepo

    formando a essncia do embrio. Essa essncia irdeterminar a fora e a vitalidade do indivduo herdada doapais.O Jing ps-celestial a essncia refinada dos alimentos,

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    sendo o estmago e bao/pncreas responsveis peladigesto e pelas funes de transformar e transportar asessncias alimentares; a essncia produzida aps onascimento. Alm de resultar na produo do Qi.A essncia Jing uma substancia orgnica que forma a base

    do crescimento, reproduo e desenvolvimento.

    Pontos Yuan Cada um dos 12 meridianos regulares tem um ponto Yuan,tambm chamado ponto FONTE. Eles esto localizadosprximos das articulaes dos pulsos e tornozelos das quatroextremidades. atravs deles que a energia vital dos zang fupassa e se acumula.

    Qi O Qi a essncia mais elementar da qual o mundo composto. O caractere Qi indica alguma coisa que possa sermaterial e imaterial ao mesmo tempo. De acordo com o antigo

    pensamento Chins, o Qi era a substancia fundamental queconstitui o inverso, e todos os fenmenos foram produzidospelas mudanas e movimento do Qi. De modo geral, a palavraQi na MTC denota tanto a substancia essencial do corpohumano, que mantm sua atividade vital, bem como aatividade funcional dos rgos e tecidos. O Qi no corpohumano tem duas fontes: uma a substancia vital inata, quese herda dos pais antes no nascimento. A outra a essnciado alimento e ar fresco que se recebe do ar, da gua e dosalimentos.

    Varizes So veias anormalmente dilatadas e tortuosas. H varizes

    superficiais e profundas, grandes e pequenas. s vezesinflamam e doem, caracterizando a flebite. (Boarim, 1999).

    Xue O sangue (Xue) uma espcie de lquido vermelho rico emnutrientes. em si mesmo uma forma de Qi, muito denso ematerial. Alm disto, o sangue (Xue) inseparvel do Qi; oQique proporciona vida ao sangue (Xue); sem o Qi, o sangue(Xue) seria um fluido inerte. O sangue (Xue) se origina deduas fontes: da essncia do alimento do Estmago eBao/Pncreas; da essncia da vida armazenada no Rim.

    ZangDenominao para os rgos na medicina chinesa.

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    REFERNCIAS

    ACUPUNTURA E MOXABUSTO CHINESA.Editor chefe Cheng Ximong; traduoEdnea Iara Souza Martins, reviso cientfica Lo Sz Hsien. So Paulo: Rocca, 1999.

    AUTEROCHI, B. O diagnstico na medicina chinesa. 2 ed. So Paulo:Organizao Andrei, 1992.

    BONTEMPO, M .Medicina Natural.So Paulo: Nova Cultural, 1999.

    BOTSARIS, AS. As frmulas mgicas das plantas.3 ed. Rio de Janeiro: RecordNova Era, 2002.

    DANGELO, JG.; FATTINNI, CA. Anatomia Bsica dos Sistemas Orgnicos.SoPaulo: Atheneu, 1998.

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    FERNANDES, VF. Alquimia vegetal: como fazer sua farmcia caseira. 3 ed. Rio deJaneiro: Record-Nova Era, 2001

    GUYTON, A. Fisiologia humana e mecanismos das doenas. 6 ed. Rio deJaneiro: Guanabara-Koogan, 1998.

    JACQUEMAY, D. A drenagem-vitalidade. A drenagem linftica associada energtica chinesa. So Paulo: Manole, 2000.

    KCHE, JC. Fundamentos de metodologia cientfica. 7 ed. So Loureno deBrindes: Vozes, 1982.

    MACIOCIA, G. Os fundamentos da medicina chinesa: um texto abrangente paraacupunturistas e fitoterapeutas.So Paulo: Rocca, 1996.

    PIETRO, N. Drenagem linftica corporal. Apostila do curso de formao emdrenagem linftica do IBRATE, Curitiba, 2001.

    READERS DIGEST. Segredos e Virtudes da Plantas Medicinais. Rio de Janeiro:Readers Digest, 1999.

    REVISTA PLANETA ACUPUNTURA. 2 ed. So Paulo: Trs, 1992.

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    MURRAY, Michael. Enciclopdia da medicina natural. 2ed. So Paulo. Andrei,1990

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    BOARIM, Daniel. Manual prtico de tratamentos naturais. Volume I e II.1ed.SoPaulo: Edies Vida Plena, 1999.

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