percurso_macas_magoito

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www.visiteestoril.com O PERCURSO O PERCURSO Sinta a Natureza Sinta a Natureza TROÇO MAÇÃS - MAGOITO ANTES DE COMEÇAR GR 11 E9 O percurso desenvolve-se em zona de arribas, em território classificado como Parque Natural e integrado no Sítio Sintra - Cascais, no âmbito da Rede Natura 2000. Parte das comunidades aqui existentes constituem habitats naturais cujo interesse ecológico é internacionalmente reconhecido - anexo I da Directiva Habitats -, exigindo a designação de zonas especiais de conservação. • Ponto de Partida: Praia das Maçãs, junto ao Painel informativo do PNSC Ponto de Chegada: Praia do Magoito, junto ao Painel informativo do PNSC • Localização: Concelho de Sintra • Extensão aproximada: 3,5 km Duração aproximada: 3 horas Grau de dificuldade: Médio (destinado a maiores de 10 anos) Motivos de interesse: Recursos hídricos, Geologia, Fauna, Flora, Agricultura Melhor época: Primavera, quando a atmosfera se encontra mais límpida e grande parte da vegetação está em flor • Tipo de circuito: Linear • Estruturas de apoio: Painéis informativos • Acesso de carro: Praia das Maçãs, pela EN 375. • Ligações: PR8 SNT VINHO DE COLARES Material Aconselhado: Mapa • Bússola • Binóculos • Máquina fotográfica • Guias de campo de fauna e flora •Caderno de notas • Roupa e calçado confortáveis. Cuidados a ter: Não realize percursos pedestres sozinho. (Se o fizer use roupa garrida) • Utilize apenas os caminhos sinalizados • Circule com o seu veículo apenas em zonas autorizadas • Não se aproxime demasiado das arribas • Água e alimentos são sempre indispensáveis • Evite o ruído e a perturbação da fauna, sobretudo na época da reprodução. • Não compre arranjos florais com plantas ameaçadas. Narcisos Salsaparrilha-bastarda Madressilva Sabina-da-praia Carrasco Ouriço-cacheiro Limónio Raíz-divina CAMINHO DO ATLÂNTICO NÃO ARRANCAR PLANTAS OU INCOMODAR ANIMAIS PANORÂMICA TRILHO PEDESTRE SURF NÃO DEITAR LIXO PROIBIDO CIRCULAR DE AUTOMÓVEL , MOTOCICLO E MOTO 4 NÃO FAZER LUME NÃO UTILIZAR ARMAS DE FOGO PROIBIDO RECOLHER AMOSTRAS GEOLÓGICAS PROIBIDO ESCALAR PESCA RESTAURANTE WINDSURF PARQUE ESTACIONAMENTO DEITAR LIXO NO LIXO NÃO FUMAR ESTABELECIMEN- TOS HOTELEIROS PROIBIDO ACAMPAR FORA DOS LOCAIS PERMITIDOS LUGAR DE INTERESSE PARAGEM AUTOCARRO FALÉSIA PONTO DE INTERESSE GEOLÓGICO ZONA BALNEAR MUDANÇA DE DIRECÇÃO Para a Esquerda Caminho Certo Respeite os Sinais Em caso de qualquer anomalia contactar para 219236134 Caminho Errado Para a Direita Em caso de Incêndio peça ajuda através do número 117 Número Nacional de Socorro 112 Parceria : Largo Dr. Virgílio Horta 2710-630 SINTRA Tel.: 219 238 500 Entidade Promotora : Percurso pedestre registado e homologado pela : Largo Fernando Formigal de Morais, 1 2710-566 SINTRA Tel.: 21 924 72 00 Fax.: 21 924 72 27 e-mail: [email protected] • www.icn.pt pisco-de-peito-ruivo Erithacus rubecula, a águia-de-asa-redonda Buteo buteo, o tordo Turdus merula, os chapins Parus sp., o rabirruivo Phoenicurus ochruros. Na Aguda, no topo da arriba e no caminho que desce até à praia, vê-se uma duna fóssil. As arribas que se desenvolvem para norte até à Praia do Magoito mostram uma sucessão de camadas quase horizontais de calcários argilosos cinzentos e margas, rochas sedimentares formadas há muitos milhões de anos, quando o nível do mar se encontrava muito acima do actual. Entra-se depois numa faixa com campos cultivados, protegidos dos ventos por sebes de cana Arundo donax ou de tamargueira Tamarix sp.. Nos campos mais interiores, próximos de Fontanelas, ainda se pratica a cultura da vinha da casta “Ramisco” em campos divididos por muros de pedra seca (sem argamassa) e paliçadas de cana seca, em consociação com macieiras podadas, de modo a não atingirem mais do que 1 m de altura e que produzem frutos extremamente aromáticos e saborosos. Sebes e pomares abrigam animais que deles tiram partido, como o ouriço-cacheiro Erinaceus europaeus, a raposa, o pardal Passer montanus, o estorninho Sturnus unicolor. Perto de linhas de água ainda subsiste o toirão Putorius putorius. Por fim, e após atravessar a Ribeira da Mata, eis que se chega à Praia do Magoito. Na arriba norte existe uma formação dunar de grande valor geológico, formada há cerca de 10 mil anos e contemporânea de uma descida de nível do mar de aproximadamente 100 metros, ocorrida durante a última glaciação. Trata-se de dunas consolidadas assentes em depósitos arenosos negros com restos de concheiros atribuídos ao Paleolítico. Os matos com sabina-da-praia existentes nestas dunas litorais são considerados habitat muito importante. Vários problemas ameaçam as arribas e a sua flora: pressão urbanística; excesso de veículos estacionados; circulação de veículos motorizados; invasão por acácia, chorão e outras espécies exóticas; erosão costeira. Este troço da grande rota do Atlântico, GR11-E9, inicia-se na Praia das Maçãs junto ao areal, atravessa a área urbana e entra na mancha de pinhal, instalado sobre areias, com pinheiro-manso Pinus pinea e pinheiro-bravo Pinus pinaster, muito interrompido por moradias, campos antigamente ocupados por vinha e algumas manchas de eucaliptos Eucalyptus globulus. Por debaixo do copado das árvores vão surgindo várias plantas arbustivas e herbáceas que vão alternando ao longo do ano e com carácter permanente podem-se ver as exóticas acácias Acacia sp., espinheiros-bravos Hakea sericea e háquea-folha-de- -salgueiro ou oliveirinha Hakea salicifolia, diversos tojos Ulex sp. e Genista sp., algumas urzes Erica sp. e Calluna vulgaris, entre outras. Nos locais com alguma humidade podem observar-se, no início da Primavera, diversas espécies de orquídeas em prados calcários. Atravessam-se as zonas conhecidas por Tomadia, Mindelo, Marinhas e Malhada. Depois da Ribeira de Cameijo contorna-se as Azenhas do Mar, para voltar aos trilhos do alto das arribas, constituídas por formações margo-calcárias do Cretácico inferior e colonizadas por funcho- -marítimo ou perrexil-do-mar Crithmum maritimum, limónios Limonium sp., raíz-divina Armeria welwitschii, rasteira Frankenia hirsuta. Algumas aves, como o peneireiro-vulgar Falco tinnunculus, o falcão- -peregrino Falco peregrinus o pombo-das-rochas Columba livia, as gaivotas Larus sp., escolhem estes locais para nidificar, pois aqui os ninhos estão a salvo dos predadores. Poderá observar num mosaico muito variado de vegetação, consoante a natureza do solo, quer pequenas manchas de plantas típicas de areias, em acumulações no topo das arribas, quer matos rasteiros. Os matagais com sabina-da-praia Juniperus constituem habitat de valor muito elevado. Aqui se abriga grande diversidade de fauna: o coelho-bravo, Oryctolagus cunniculus, a raposa Vulpes vulpes, o rato-do-campo Apodemus sylvaticus, répteis como o lagarto Lacerta lepida, a cobra- -rateira Malpolon monspessulanus, a cobra-rateira Elaphe scalaris ou a osga Tarantola mauritanica, grande diversidade de insectos, aves como o

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Largo Fernando Formigal de Morais, 1 2710-566 SINTRA Tel.: 21 924 72 00 Fax.: 21 924 72 27 e-mail: [email protected] • www.icn.pt Largo Dr. Virgílio Horta 2710-630 SINTRA Tel.: 219 238 500 MUDANÇA DE DIRECÇÃO PARAGEM AUTOCARRO FALÉSIAPONTODE INTERESSE GEOLÓGICO PESCARESTAURANTE WINDSURF PARQUE ESTACIONAMENTO Entidade Promotora : Percurso pedestre registado e homologado pela : Caminho Errado Para a Direita Material Aconselhado: E9 Cuidados a ter: Respeite os Sinais Para a EsquerdaCaminhoCerto

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w w w . v i s i t e e s t o r i l . c o mO P E R C U R S O O P E R C U R S O

Sinta a NaturezaSinta a Natureza

TROÇO MAÇÃS - MAGOITO

ANTES DE COMEÇAR

GR 11E9

O percurso desenvolve-se em zona de arribas, em território classificado como Parque Natural e integrado no Sítio Sintra - Cascais, no âmbito da Rede Natura 2000. Parte das comunidades aqui existentes constituem habitats naturais cujo interesse ecológico é internacionalmente reconhecido - anexo I da Directiva

Habitats -, exigindo a designação de zonas especiais de conservação.

• Ponto de Partida: Praia das Maçãs, junto ao Painel informativo do PNSC

• Ponto de Chegada: Praia do Magoito, junto ao Painel informativo do

PNSC • Localização: Concelho de Sintra • Extensão aproximada: 3,5 km

• Duração aproximada: 3 horas

• Grau de dificuldade: Médio (destinado a maiores de 10 anos) • Motivos

de interesse: Recursos hídricos, Geologia, Fauna, Flora, Agricultura

• Melhor época: Primavera, quando a atmosfera se encontra mais límpida e grande parte da vegetação está em flor

• Tipo de circuito: Linear • Estruturas de apoio: Painéis informativos •

Acesso de carro: Praia das Maçãs, pela EN 375. • Ligações: PR8 SNT VINHO DE COLARES

Material Aconselhado:Mapa • Bússola • Binóculos • Máquina fotográfica • Guias de campo de fauna e flora

•Caderno de notas • Roupa e calçado confortáveis.

Cuidados a ter:Não realize percursos pedestres sozinho. (Se o fizer use roupa garrida) • Utilize apenas os caminhos sinalizados • Circule com o seu veículo apenas em zonas autorizadas • Não se aproxime demasiado das arribas • Água e alimentos são sempre indispensáveis • Evite

o ruído e a perturbação da fauna, sobretudo na época da reprodução.• Não compre arranjos florais com plantas ameaçadas.

Narcisos Salsaparrilha-bastardaMadressilva Sabina-da-praia

Carrasco Ouriço-cacheiroLimónio Raíz-divina

CAMINHO DO ATLÂNTICO

NÃO ARRANCARPLANTAS OUINCOMODAR

ANIMAIS

PANORÂMICA TRILHOPEDESTRE

SURF

NÃO DEITARLIXO

PROIBIDO CIRCULAR DE AUTOMÓVEL , MOTOCICLOE MOTO 4

NÃOFAZERLUME

NÃOUTILIZAR ARMASDE FOGO

PROIBIDO RECOLHERAMOSTRAS

GEOLÓGICAS

PROIBIDO ESCALAR

PESCARESTAURANTE WINDSURF PARQUEESTACIONAMENTO

DEITAR LIXONO LIXO

NÃOFUMAR

ESTABELECIMEN-TOS

HOTELEIROS

PROIBIDOACAMPAR FORA

DOS LOCAISPERMITIDOS

LUGAR DE

INTERESSE

PARAGEMAUTOCARRO

FALÉSIAPONTO DEINTERESSEGEOLÓGICO

ZONA BALNEAR

MUDANÇADE

DIRECÇÃOPara a EsquerdaCaminho Certo

Respeite os Sinais

Em caso de qualquer anomalia contactar para 219236134

Caminho Errado Para a Direita

Em caso de Incêndio peça ajuda através do número 117

Número Nacional de Socorro 112Parceria :

Largo Dr. Virgílio Horta2710-630 SINTRATel.: 219 238 500

Entidade Promotora :Percurso pedestre registado

e homologado pela :

Largo Fernando Formigal de Morais, 12710-566 SINTRATel.: 21 924 72 00 Fax.: 21 924 72 27e-mail: [email protected] • www.icn.pt

pisco-de-peito-ruivo Erithacus rubecula, a águia-de-asa-redonda Buteo buteo, o tordo Turdus merula, os chapins Parus sp., o rabirruivo Phoenicurus ochruros.Na Aguda, no topo da arriba e no caminho que desce até à praia, vê-se uma duna fóssil. As arribas que se desenvolvem para norte até à Praia do Magoito mostram uma sucessão de camadas quase horizontais de calcários argilosos cinzentos e margas, rochas sedimentares formadas há muitos milhões de anos, quando o nível do mar se encontrava muito acima do actual.Entra-se depois numa faixa com campos cultivados, protegidos dos ventos por sebes de cana Arundo donax ou de tamargueira Tamarix sp.. Nos campos mais interiores, próximos de Fontanelas, ainda se pratica a cultura da vinha da casta “Ramisco” em campos divididos por muros de pedra seca (sem argamassa) e paliçadas de cana seca, em consociação com macieiras podadas, de modo a não atingirem mais do que 1 m de altura e que produzem frutos extremamente aromáticos e saborosos.Sebes e pomares abrigam animais que deles tiram partido, como o ouriço-cacheiro Erinaceus europaeus, a raposa, o pardal Passer montanus, o estorninho Sturnus unicolor. Perto de linhas de água ainda subsiste o toirão Putorius putorius.Por fim, e após atravessar a Ribeira da Mata, eis que se chega à Praia do

Magoito. Na arriba norte existe uma formação dunar de grande valor geológico, formada há cerca de 10 mil anos e contemporânea de uma descida de nível do mar de aproximadamente 100 metros, ocorrida durante a última glaciação. Trata-se de dunas consolidadas assentes em depósitos arenosos negros com restos de concheiros atribuídos ao Paleolítico. Os matos com sabina-da-praia existentes nestas dunas litorais são considerados habitat muito importante.Vários problemas ameaçam as arribas e a sua flora: pressão urbanística; excesso de veículos estacionados; circulação de veículos motorizados; invasão por acácia, chorão e outras espécies exóticas; erosão costeira.

Este troço da grande rota do Atlântico, GR11-E9, inicia-se na Praia das

Maçãs junto ao areal, atravessa a área urbana e entra na mancha de pinhal, instalado sobre areias, com pinheiro-manso Pinus pinea e pinheiro-bravo Pinus pinaster, muito interrompido por moradias, campos antigamente ocupados por vinha e algumas manchas de eucaliptos Eucalyptus globulus. Por debaixo do copado das árvores vão surgindo várias plantas arbustivas e herbáceas que vão alternando ao longo do ano e com carácter permanente podem-se ver as exóticas acácias Acacia sp., espinheiros-bravos Hakea sericea e háquea-folha-de--salgueiro ou oliveirinha Hakea salicifolia, diversos tojos Ulex sp. e Genista sp., algumas urzes Erica sp. e Calluna vulgaris, entre outras. Nos locais com alguma humidade podem observar-se, no início da Primavera, diversas espécies de orquídeas em prados calcários.Atravessam-se as zonas conhecidas por Tomadia, Mindelo, Marinhas e Malhada. Depois da Ribeira de Cameijo contorna-se as Azenhas do Mar, para voltar aos trilhos do alto das arribas, constituídas por formações margo-calcárias do Cretácico inferior e colonizadas por funcho--marítimo ou perrexil-do-mar Crithmum maritimum, limónios Limonium sp., raíz-divina Armeria welwitschii, rasteira Frankenia hirsuta.Algumas aves, como o peneireiro-vulgar Falco tinnunculus, o falcão--peregrino Falco peregrinus o pombo-das-rochas Columba livia, as gaivotas Larus sp., escolhem estes locais para nidificar, pois aqui os ninhos estão a salvo dos predadores. Poderá observar num mosaico muito variado de vegetação, consoante a natureza do solo, quer pequenas manchas de plantas típicas de areias, em acumulações no topo das arribas, quer matos rasteiros. Os matagais com sabina-da-praia Juniperus constituem habitat de valor muito elevado. Aqui se abriga grande diversidade de fauna: o coelho-bravo, Oryctolagus cunniculus, a raposa Vulpes vulpes, o rato-do-campo Apodemus sylvaticus, répteis como o lagarto Lacerta lepida, a cobra--rateira Malpolon monspessulanus, a cobra-rateira Elaphe scalaris ou a osga Tarantola mauritanica, grande diversidade de insectos, aves como o

CABO RASO

CABO DA ROCA

MALVEIRA DA SERRA

PENINHA

PRAIA GRANDE

SINTRA

OC

EA

NO

AT

NT

ICO

ESTORIL

CASCAIS

PRAIA DO MAGOITO

GUINCHO

Acácia

Eucalipto Miosótis-das-praias Pinheiro-bravo

SalgadeiraPinheiro-manso Roselha

Cravinha Estorno

PERCURSO RASO / ABANO

PARQUE NATURALDE SINTRA - CASCAIS

FICHA TÉCNICA: TEXTO: PNSC - ILUSTRAÇÕES: ALFREDO DA CONCEIÇÃO, MARCO CORREIA, MARCOS OLIVEIRA, NUNO FARINHA ePEDRO SALGADO - FOTOS : FERNANDO CORREIA, DÁLIA LOURENÇO, JOÃO ALVES, JOÃO LUIS DÓRIA, MANUELA MARCELINO, RUI CUNHA e JUNTA DE TURISMO DA COSTA DO ESTORIL

PARQUE NATURAL DE SINTRA - CASCAIS TROÇO MAÇÃS-MAGOITO ALGUMAS ESPÉCIES OBSERVÁVEIS NOPERCURSO

Azenhas do Mar

Duna Consolidada

Magoito

Arriba

Tojo-gatunho Cobra-de-escada Lagarto

Àguia-de-asa-redonda

Peneireiro-comum

Doninha

Pisco-de-peito-ruivo

Raposa Toirão

Coelho-bravo

Falcão-peregrino

Para mais in formações sobre outros Percursosd isponíve is , contacte :

Parque Natural de Sintra CascaisTel.: 21 924 72 00

Câmara Municipal de SintraDivisão de Desporto - Tel.: 21 923 61 42

Posto de Turismo de Sintra - Tel.: 21 923 11 57