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Apresentação de princípios e diretrizes para implantação de curso de direito através do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária em universidade públicaTRANSCRIPT
Turmas especiais doCurso de Graduação em Direito
para Beneficiários da Reforma Agrária
Comissão Executiva:Prof. Paulo Cezar Borges Martins
Prof. Ruy Herman de Araújo MedeirosProf. Marcelo Nogueira Machado
UESB – DCSAMaio de 2009
Matriz InstitucionalConcepção trilateral
UESB Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária Movimentos Sociais do Campo articulados
pela Via Campesina
Justificativa I
Experiência em parcerias exitosas entre a UESB e o PRONERA/INCRA:
1) Curso Médio em Gestão da Produção Agrícola em Assentamentos de Reforma Agrária;
2) Curso Médio de Saúde Comunitária 3) Curso Médio com qualificação técnica em
Enfermagem
Justificativa II
Formação de advogados populares como aspecto importante na viabilização do acesso à Justiça
Ênfase na visão transdisciplinar do Direito e compreensão do fenômeno jurídico no contexto do cenário conflituoso de natureza pluriclassista que emoldura a luta pela reforma agrária no Brasil
Justificativa III
Experiência significativa da UESB na construção do Direito Crítico, através da realização de eventos como:
dois Encontros Baianos de Direito Crítico, reunindo intelectuais de renome internacional, ativistas de Direitos Humanos e profissionais, entre outros eventos afins;
duas turmas do Curso de Formação de Juristas Leigos, formação jurídico-política popular de militantes de movimentos e organizações populares
graduação de 10 turmas de bacharéis em Direito com perfil humanista
Objetivo Geral
Diplomar 80 bacharéis em Direito, mediante recrutamento conjugando o sistema do mérito e da procedência popular e social, dentre famílias assentadas pelo programa de Reforma Agrária, devidamente certificadas pelo INCRA, visando o exercício pleno da cidadania, contribuindo para a formação de uma sociedade solidária e plural, apta a exercer seus direitos e deveres de forma democrática, e possibilitando o acesso à Justiça e ao conhecimento.
Objetivos Específicos I
Garantir o acesso de sujeitos sociais vinculados à luta pela Reforma Agrária à formação jurídica em nível superior, principalmente através da Universidade Pública, proporcionando sua inclusão no meio jurídico e abrindo espaços para a expressão dessa categoria social através de sua produção científica.
Objetivos Específicos II
Democratizar o acesso à informação, à cultura acadêmica e ao saber jurídico especializado, permitindo a compreensão dos processos socioculturais e as especificidades de condições dos estudantes e de seu universo circundante neste processo.
Objetivos Específicos III
Formar advogados e assessores jurídicos com visão crítica e conhecimento técnico aplicáveis à realidade dos Movimentos Sociais no Campo, como multiplicadores do saber adquirido, buscando a garantia dos seus direitos fundamentais, mediando os conflitivos coletivos pela posse da terra, bem como interagindo na constituição e no desenvolvimento de suas instâncias produtivas
Objetivos Específicos IV
Estimular a introdução e a concretização da nova hermenêutica centrada no paradigma do Estado Democrático de Direito, buscando a legitimação das conquistas que passaram a integrar o marco constitucional em vigor
Objetivos Específicos V
Viabilizar a superação do discurso monolítico no meio acadêmico, incentivando o debate plural que possibilite a abertura progressiva do Campo Jurídico com a utilização de raciocínio argumentativo, persuasivo e crítico, tendo na centralidade a linguagem como condição de constituição de novos sujeitos sociais
PROPOSTA PEDAGÓGICA:I Princípios filosóficos da educação do
campo
Educação para a transformação social – de classe, massiva, orgânica aos Movimentos Sociais, aberta para o mundo, voltada para a ação, aberta para o novo;
Educação para o trabalho e a cooperação; Educação voltada para as várias dimensões
da pessoa humana – Educação Onilateral; Educação com/para valores humanistas e
socialistas; Educação como um processo permanente
de formação/transformação humana
Proposta PedagógicaII Regime de Alternância
Garantir o cumprimento da matriz curricular do curso, com fiel observância da carga horária prevista
Potencialização e reconhecimento de tempos e espaços diferentes que propiciam diferentes saberes que se relacionam entre si e possibilitam a formação onilateral dos educandos
Regime de AlternânciaOperacionalização – Dois Tempos
Tempo Escola – período de 8 horas de atividades diárias, distribuídas em módulos, correspondentes aos semestres letivos, realizados no Centro de Formação do Assentamento Pátria Livre, rodovia Vitória da Conquista – Barra do Choça
Tempo Comunidade – retorno dos educandos às comunidades de origem, para desenvolvimento de atividades orientadas e do diálogo entre a sua vivência cotidiana e os conteúdos ministrados, garantindo o acesso à escola sem abandonar o trabalho da produção