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Silicato (mineralogia)Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Os minerais silicatados ou simplesmente silicatos constituem a maior e mais importante classe
de minerais constituintes das rochas. Classificam-se de acordo com a estrutura do seu
grupoanião silicato.
Subclasses:
Índice
[esconder]
1 Nesossilicatos
2 Sorossilicatos
3 Ciclossilicatos
4 Inossilicatos
o 4.1 Inossilicatos de cadeia simples
o 4.2 Inossilicatos de cadeia dupla
5 Filossilicatos
6 Tectossilicatos
7 Referências e ligações externas
[editar]Nesossilicatos
Nesossilicatos (ou ortossilicatos) têm tetraedros [SiO4]4- isolados e ligados entre si
por catiões intersticiais.
Grupo da Fenaquite
Fenaquite
Willemite
Grupo da Olivina
Os membros do grupo das olivinas são constituídos por silicatos de magnésio e ferro, com
fórmula química (Mg,Fe)2SiO4, formando uma solução sólida em que a razão Fe/Mg varia entre
os dois extremos.
Sendo esses extremas a forsterite Mg2SiO4 e a faialite Fe2SiO4. Este mineral dá ainda o nome a
um grupo de minerais com estrutura semelhante (o grupo da olivina) que inclui os
minerais monticellite e kirschsteinite. Os minerais do grupo da olivina cristalizam no
sistema ortorrômbico, e são nesossilicatos.
É um dos minerais mais comuns na Terra, tendo também sido encontrada em rochas lunares,
em meteoritos e inclusive em rochas deMarte.
Forsterite
Faialite
Grupo da Granada
A Granada (do latim granatus, um grão) é o nome geral dos membros de um grupo
de minerais com habitus cristalino constituído por dodecaedros e trapezoedros.
São nesosilicatos de fórmula geral, A3B2(SiO4)3. As diversas variedades de granada podem
incorporar diversos elementos químicos na sua estrutura,
principalmente cálcio, magnésio, alumínio, ferro2+, ferro3+, cromo,manganês e titânio. As
granadas não apresentam clivagem, mas mostram partição dodecaédrica. A fratura é concoidal
a desigual; algumas variedades são muito resistentes e são valiosas para finalidades
abrasivas. A dureza das granadas encontra-se no intervalo 6,5-7,5 e a densidade (peso
específico) está entre 3,1 e 4,3. O brilho varia entre vítreo e resinoso, podendo ainda ser
transparentes ou opacas, conforme a presença ou ausência de inclusões. As granadas podem
apresentar as seguintes cores: vermelho, amarelo, marrom, preto, verde, ou incolor.
Os membros do grupo da granada subdividem-se através da sua variabilidade química.
Índice
[esconder]
1 Membros do
Grupo Granada
o 1.1 Piropo
Pingente em uvarovite, uma granada brilhante-verde rara. A dimensão é 2 cm (0,8 polegadas).
Um agregado de cristais de granada.
Amostra de rocha portadora de granada.
o 1.2 Gross
ularite
o 1.3 Alman
dite
o 1.4 Espes
sartite
o 1.5 Uvaro
vite
o 1.6 Andra
dite
2 Granadas
Artificiais
3 Referências
[editar]Membros do Grupo Granada
[editar]Piropo
Piropo, ou Rubi do Cabo, é uma granada de cor vermelho-sangue, devido a seu conteúdo
de ferro e cromo. A sua fórmula é Mg3Al2(SiO4)3. O magnésiopode ser substituído em parte
por cálcio e/ou ferro ferroso (Fe2+).
O piropo raramente possui inclusões, mas, quando presentes, estas se encontram em forma de
cristais arredondados ou apresentam contorno irregular. Como todas as granadas, o piropo não
possui clivagem, e a fratura é de subconcoide a irregular.
O piropo é encontrado em rocha vulcânica e depósitos aluviais e pode, juntamente com outros
minerais, indicar a presença de rochas portadoras dediamantes. As localizações de jazidas
incluem Arizona, África do
Sul, Argentina, Austrália, Brasil, Myanmar, Escócia, Suíça e Tanzânia.
Os exemplares transparentes são usados como gemas. Uma variedade importante de piropo -
a rodolite, do grego a rosa - é originária do condado de Macon na Carolina do Norte, é
caracterizada pela cor violeta-vermelha e por constituir uma solução sólida de 2:1 entre piropo
e almandina.
A palavra piropo deriva do grego pyropos, significando flamejante. Os piropos suíço e sul-
africano são pedras de vermelho mais claro do que as pedras daBoémia, onde se utiliza o
piropo na joalheria há mais de quinhentos anos.
[editar]Grossularite
Grossularite ou grossulária é uma granada de cálcio-alumínio com a fórmula Ca3Al2(SiO4)3,
embora o cálcio pode em parte ser substituído por ferro ferroso (Fe2+) e o alumínio por ferro
férrico (Fe3+). As cores mais comuns deste mineral são verde, canela, marrom, vermelho, e
amarelo. A grossularite é um mineral típico de metamorfismo de contacto de calcários, onde se
encontra associada a vesuvianite, diópsido, wollastonite e wernerite. Grossularite é um termo
derivado da botânica.
[editar]Almandite
Almandite, almandina ou carbúnculo é uma granada do ferro-alumínio com a fórmula
Fe3Al2(SiO4)3. As variedades transparentes podem ter bastante valor enquanto pedras
preciosas. A almandite é um mineral comum em rochas metamórficas como o micaxisto, onde
ocorre associado a estaurolite,distena, andaluzite, entre outros.
[editar]Espessartite
Espessartite ou Spessartita é uma granada de manganês e alumínio de fórmula
Mn3Al2(SiO4)3. O nome é derivado da cidade de Spessart na Baviera. Esta variedade pode
apresentar cores variadas, de acordo com o tipo e quantidade de impurezas. As mais famosas
são as espessartites laranja deMadagascar e os exemplares violeta-vermelhos que ocorrem
em riólitos do Colorado e Maine.
[editar]Uvarovite
Uvarovite ou Uvarovita é uma granada de cálcio e cromo de fórmula Ca3Cr2(SiO4)3. Dentro do
grupo da granadas, é a variedade mais rara, surgindo em pequenos cristais de cor verde
associados a cromita e serpentina.
A atraente e brilhante cor verde da uvarovite se deve à presença de cromo. Os cristais são
muito frágeis, com fratura de subconcoide a irregular.
A uvarovite ocorre em rochas de serpentina. Os melhores cristais são encontrados nos Urais,
na Rússia, em torno de cavidades ou fissuras na rocha. Outras fontes são a Finlândia,
a Turquia e aItália.
[editar]Andradite
Andradite ou Andradita é uma granada de cálcio e ferro de fórmula Ca3Fe2(SiO4)3, embora
sejam comuns substituições catiónicas importantes. As cores dependem destas variações e
podem ser vermelho, amarelo, marrom, verde ou preto. As variedades reconhecidas são
topazolite (amarelo ou verde), demantoide (verde) e melantite (preto). A andradite pode ser
encontrada em rochas ígneas de profundidade, como os sienitos, e em rochas metamórficas
como os xistos e calcários. Seu nome homenageia o mineralogista brasileiro José Bonifácio de
Andrada e Silva, mais conhecido por sua atuação na história política do Brasil, que lhe valeu o
cognome de Patriarca da Independência.
[editar]Granadas Artificiais
Granada de gadolínio e gálio (Gd3Ga2(GaO4)3) produzida para uso na indústria informática,
conhecida comercialmente como GGG.
Granada de ítrio e alumínio (Y3Al2(AlO4)3), gema artificial conhecida como YAG. Quando
contém neodímio, é útil na focagem de lasers.
Piropo
Almandina
Espessartite
Grossulária
Andradite
Uvarovite
Hidrogrossulária
Grupo do Zircão
Zircão (do Persa: sarkun, dourado) é um mineral pertencente ao grupo
dos nesossilicatos. Trata-se de um silicato de zircónio de fórmula químicaZr Si O 4. A
estrutura cristalina do zircão é tetragonal (classe cristalina: 4/m 2/m 2/m). A coloração
natural do zircão varia desde incolor passando pelo amarelo dourado, vermelho,
marrom ou verde . Espécimes que exibem qualidades de gema são um substituto
popular do diamante (porém azircónia cúbica é uma substância artificial completamente
diferente, com uma composição química diferente ).
O nome zircão deriva da palavra árabezarqun, ou seja, vermelho, ou da palavra
persa zargun, que significa dourado. Estas palavras são corrompidas em "jargoon", um
termo aplicado a cristais de zircão de cor clara. O zircão amarelo é chamado jacinto,
palavra de origem indiana. Na Idade Média, todas as pedras amarelas de origem
indiana oriental eram chamadas jacintos, mas hoje este termo se restringe ao zircão
amarelo.
O zircão é um mineral notável, nem que seja apenas pela sua presença ubíqua
na crosta terrestre. Está presente em muitas rochas ígneas (como produto primário da
cristalização), nas rochas metamórficas (como grãos recristalizados) e nas rochas
sedimentares (como grãos detríticos). É raro encontrar cristais de zircão de grandes
dimensões. Atualmente, o zircão é tido como o recurso mineral mais antigo da Terra,
tendo seu mais antigo pedaço de cristal aproximadamente 4,38 bilhões de anos. O seu
tamanho médio no granito por exemplo, é de cerca de 100-300 µm, contudo é possível
encontrar em rochas minerais com vários centímetros, especialmente em pegmatitos.
A ocorrência generalizada de zircão se tornou mais importante desde a descoberta
da datação radiométrica. Zircões contêm quantidades deurânio e tório (a partir de 10
ppm até 5% do peso) e pode ser datado utilizando técnicas analíticas modernas. Uma
vez que o zircão tem a capacidade de sobreviver a processos geológicos como
a erosão, o transporte,e mesmo o alto grau de metamorfismo, ele é usados como
indicador protolítico. Até agora, os mais antigos minerais encontrados são zircões do
terreno Narryer Gnaisse, Yilgarn Craton e porção ocidental da Austrália, com uma
idade de 4,404 bilhões de anos. Esta idade é interpretada como idade de cristalização.
Esse zircão não é apenas o mais velho mineral na Terra, ele também mostra uma outra
característica interessante: sua composição de isótopos de oxigênio é interpretada por
alguns como indicação de que há mais de 4,4 bilhões de anos já havia água na
superfície da terra. Esta é uma interpretação espetacular que já foi publicada nas
principais revistas científicas, mas é amplamente contestada. É mais provável que os
isótopos de oxigênio e outros componentes (terra rara) simplesmente registrem
alterações hidrotermais. O momento da alteração é incerto, mas isso nega a
necessidade de antigos oceanos de água líquida.
Devido ao seu teor de urânio e tório, alguns cristais de zircão podem
sofrer metamitização. Isto explica as propriedades altamente variáveis do zircão.
Comercialmente, zircão é extraído pelo metal zircônio, usado para isolamento e
abrasão. Espécimes maiores são gemas apreciadas devido à sua alta refração (de
cerca de 1,95 - o diamante tem cerca de 2,4). A cor dos cristais de zircão que não têm
qualidade de gema pode ser alterada por tratamento térmico. Dependendo da
quantidade de calor aplicada zircão incolor, azul e amarelo-dourado pode ser feito.
Zircão
Torite
Grupo Al2SiO5
Andaluzita
Cianita
Silimanita
Dumortierita
Topázio
Estaurolita
Grupo da Humita
Datolita
Titanita
Cloritóide
[editar]Sorossilicatos
Epídoto
Os Sorossilicatos apresentam grupos isolados de duplos tetraedros com Si2O7 ou um rácio de 2:7.
Hemimorfita (calamina)
Lawsonita
Ilvaíte
Grupo do Epídoto
O epídoto, Ca2(Al, Fe)3(SiO4)3(OH), é um mineral sorossilicato algumas vezes
encontrado em rochas eruptivas associado à piroxena, albite,clorite, ao feldspato e
ao quartzo. Tendo um grau de dureza próximo ao do quartzo (6,7). O nome epídoto é
originário do grego epidosis"acrescimento". O epídoto é um mineral raro e portanto
muito valioso, tanto bruto como lapidado, especialmente quando encontrado no tom
verdeesmeralda. Pode ser chamado também de pistacita, por sua cor se assemelhar à
do pistache.
O epídoto pode ser encontrado no Brasil, Áustria, EUA e Madagascar.
Fórmula Química - (Ca,Na,Fe)Al2O.Si3O11OH
Composição - 7,36 % Al2O3, 34,60 % Fe2O3, 34,71 % SiO2, 1,73 %
H2O
Cristalografia - Monoclínico
Classe - Prismática
Propriedades Ópticas - Biaxial negativo
Hábito - Acicular, tabular, granular.
Clivagem - Perfeita {001}, imperfeita {001}
Dureza - 6
Densidade relativa - 3,3 - 3,4
Brilho - Vítreo a resinoso
Cor - Verde, amarelo, vermelho, marrom, cinza, preto.
Associação - Frequentemente associado a quartzo, feldspato,
actinolita, axinita, clorita e outros.
Propriedades Diagnósticas - Cor (em geral amarelo-esverdeado), longitudinalmente
estriado, clivagem, decomposto parcialmente em HCl.
Ocorrência - Mineral tipicamente metamórfico e hidrotermal, ocorrendo em rochas
como gnaisses, mica xistos, anfibolitos, serpentinitos, skarnitos; também ocorre em
rochas como quartzitos, calcários e arenitos como produto de alteração. Ocorre em
basaltos, por alteração de albita (espilitização). Descrito também em granitos.
Usos - Usado como gema.
Zoisite
Clinozoisite
Epídoto
Alanita
Vesuvianita (idocrase)
[editar]Ciclossilicatos
Berilo
Os Ciclossilicatos, ou silicatos em anel, apresentam tetraedros ligados com SixO3x ou um rácio de
1:3.
Axinita
Berilo
Cordierita
Turmalina
[editar]Inossilicatos
Os Inossilicatos, ou silicatos de cadeia, apresentam cadeias interligadas de tetraedros de silicato
com SiO3, rácio 1:3 , para cadeias simples ou Si4O11, rácio 4:11, para as cadeias duplas.
[editar]Inossilicatos de cadeia simples
Rodonita
Grupo da Piroxena
As piroxenas (português europeu) ou piroxênios (português brasileiro) são um importante grupo de
21 inossilicatos de cadeia simples encontrados em múltiplas rochas ígneas e metamórficas, em
muitas das quais constituem o grupo mineral dominante.
Índice
[esconder]
1 Origem do nome
2 Composição e características
3 Ocorrência
4 Nomenclatura das piroxenas
5 Minerais do grupo das piroxenas
6 Referências
7 Ligações externas
[editar]Origem do nome
O nome piroxena deriva do grego pyros, significando fogo, e de xenos, significando estranho. A
escolha do nome deriva de ser comum encontrar piroxenas em lavas vulcânicas, onde
aparecem como pequenos cristais embebidos na massa vítrea. Assumiu-se que as piroxenas
eram impurezas que resistiam ao fogo daí o nome de estranhos ao fogo. Hoje sabe-se que são
simplesmente cristais que cristalizaram antes ou durante a erupção, ficando embebidos na
rocha derretida resultante do arrefecimento.
[editar]Composição e características
As piroxenas têm como característica comum serem constituídas por cadeias simples
de tetraedros de sílica, cristalizando nos sistemas monoclínico ou ortorrômbico. As piroxenas
podem ser representadas pela fórmula geral: XY(Si,Al)2O6,
onde X representa Cálcio, Sódio, Ferro+2, Magnésio ou, mais
raramente, Zinco, Manganês e Lítio;
e Y representa iões de menor dimensão, tais como Crómio, Alumínio, Ferro+3,
Magnésio, Manganês, Escândio, Titânio, Vanádio ou, raramente, Ferro+2.
Apesar do ião alumínio poder em geral substituir o Silício na maioria dos silicatos, tal
substituição não é comum nas piroxenas.
[editar]Ocorrência
As piroxenas são minerais muito comuns nas rochas vulcânicas, com destaque para
os basaltos. Também ocorrem com alguma frequência em rochas plutônicas e,
embora com menor frequência, em rochas metamórficas.
O manto superior da Terra é composto principalmente por olivinas e por piroxenas, daí
a abundância destes minerais nas rochas ígneas. A amostra de rocha na Figura 1
(acima à direita) é originária do manto terrestre, mostrando cerca de 60% de olivina (os
cristais esverdeados) e 30% de piroxena (a massa de cristais escuros).
[editar]Nomenclatura das piroxenas
Figura 2: — Nomenclatura das piroxenas ricas em Cálcio, Magnésio e Ferro.
A cadeia simples de silicatos que forma as piroxenas oferece grande flexibilidade na
incorporação de variados catiões, a abundância dos quais, ao reflectirem a
composição química do mineral, é em geral utilizada como elemento diferenciador na
nomenclatura das piroxenas.
Os minerais de piroxena são denominados de acordo com as espécies químicas que
ocupam os locos X (ou M1) e Y (ou M2) do octaedro e o loco T do tetraedro.
Atualmente, a Commission on New Minerals and Mineral Names da International
Mineralogical Association (IMA) reconhece apenas como válidos 21 nomes de
minerais do grupo das piroxenas, tendo rejeitado, como sinónimos, os restantes 105
nomes previamente existentes.
Uma piroxena típica tem apenas silício nos locos tetraédricos e iões com carga +2 em
ambos os locos octaédricos (X e Y), de que resulta a fórmula geral:
XYT2O6.
Os nomes mais comuns das piroxenas calco-ferro-magnesianas no quadrilátero
das piroxenas, constante da Figura 2. A série das enstatite - ferrosilite,
composição genérica [Mg,Fe]SiO3, contém até 5 mol.% de Cálcio e existem em
três polimorfos: (1) ortoenstatite ortorrômbica; (2) protoenstatite; e (3)
clinoenstatite monoclínica, com os seu equivalentes do grupo da ferrosilite.
O aumento do teor em Cálcio impede a formação das fases ortorrômbicas.
A pigeonite ([Mg,Fe,Ca][Mg,Fe]Si2O6) apenas cristaliza no sistema monoclínico.
Nas condições de formação das piroxenas não é possível atingir uma solução
sólida completa rica em Cálcio, pelo que as piroxenas do grupo Mg-Fe-Ca com
conteúdo em cálcio entre 15 e 25 mol.% não são estáveis na presença de cristais
exsolvidos. Tal conduz à existência de um intervalo de concentrações onde se
verifica a imiscibilidade, situado entre as composições que dão origem à pigenite e
à augite.
Há uma separação arbitrária entre a augite e as soluções sólidas de diópsido-
hedenbergite (CaMgSi2O6 - CaFeSi2O6). A linha divisória é em geral traçada para
concentrações >45 mol.% Ca. Como o ião Ca2+ não pode ocupar a posição Y, tal
implica não poderem existir piroxenas com mais de 50 mol.% de Cálcio. Um
mineral semelhante, a wollastonite, tem a fórmula do membro das piroxenas com
a maior riqueza hipotética de Cálcio, mas importantes diferenças estruturais
impedem a sua inclusão no grupo das piroxenas.
Figura 3: Nomenclatura das piroxenas sódicas.
O Magnésio, o Cálcio e o Ferro não são de forma alguma os únicos catiões que
podem ocupar as posições X e Y na estrutura das piroxenas. Uma segunda série
muito importante de piroxenas tem nestas posições o Sódio, recebendo a
nomenclatura constante da Figura 3.
A inclusão na piroxena de iões de Sódio, que têm uma carga +1, implica a
necessidade de ser encontrado um mecanismo que equilibre a carga positiva em
falta (para o +2 que tipicamente os catiões metálicos associados às piroxenas
perfazem). Najadeíte e na aegirina (ou egirina) o desequilíbrio é resolvido pela
inclusão de um catião +3 (Alumínio e Ferro(III), respectivamente) no loco X do
cristal.
As piroxenas sódicas com mais de 20 mol.% de Cálcio, Magnésio ou Ferro(II) são
conhecidas por onfacite, tendo características físico-químicas e cristalográficas
muito distintas.
A tabela seguinte mostra a diversidade de catiões que podem ser acomodados na
estrutura das piroxenas e indica as posições que podem por eles ser ocupadas
(por ordem na matriz cristalina):
Ordem de ocupação dos catiões
nas piroxenas
T Si Al Fe3+
X Al Fe3+ Ti4+ Cr V Ti3+ Zr Sc Zn Mg Fe2+ Mn
Y Mg Fe2+ Mn Li Ca Na
Na natureza mais de uma substituição pode ser encontrada no mesmo mineral,
não havendo separação rígida, antes um gradiente contínuo de abundância
relativa.
Ao atribuir os diferentes iões aos diversos locos, a regra básica é começar da
direita para a esquerda em cada linha da tabela acima, atribuindo todo o Silício à
posição T, e depois preenchendo a posição com o Alumínio remanescente e
finalmente com o Ferro (III). Mais Alumínio ou Ferro podem ser incluídos na
posição X, deixando os iões mais volumosos para a posição Y.
Nem todas as combinações que permitem obter neutralidade de cargas seguem o
modelo exemplificado acima para o Sódio. São possíveis diversos esquemas
alternativos de compensação de cargas:
1. Substituições emparelhadas de iões 1+ e 3+ nas posições Y e X
respectivamente. Por exemplo: Na e Al produzem a jadeite de
composição geral NaAlSi2O6.
2. Substituições emparelhadas de um ião 1+ na posição Y e uma mistura de
igual número de iões 2+ e 4+ na posição X. Esta combinação produz, por
exemplo, minerais com a fórmula geral: NaFe2+0.5Ti4+
0.5Si2O6.
3. A substituição de Tschermak, onde um ião 3+ ocupa as posições X e T,
levando a arranjos do tipo CaAlAlSiO6.
Na natureza mais de uma substituição pode ser encontrada no mesmo mineral,
não havendo separação rígida, antes um gradiente contínuo de abundância
relativa.
[editar]Minerais do grupo das piroxenas
Clinopiroxenas (monoclínicas)
Aegirina (Silicato sódico de Ferro)
Augite (Silicato de Cálcio, Sódio, Magnésio, Ferro e Alumínio)
Clinoenstatite (Silicato de Magnésio)
Diópsido (Silicato de Cálcio e Magnésio — CaMgSi2O6)
Esseneíte (Silicato de Cálcio, Ferro e Alumínio)
Hedenbergite (Silicato de Cálcio e Ferro)
Hipersténio (ou Hiperstena) (Silicato de Magnésio e Ferro)
Jadeíte (Silicato de Sódio e Alumínio)
Jervisite (Silicato de Sódio, Cálcio, Ferro, Escândio e Magnésio)
Johannsenite (Silicato de Cálcio e Manganês)
Kanoite (Silicato de Manganês e Magnésio)
Kosmochlor (Silicato de Sódio e Crómio — Na+Cr+3 Si2O6)
Namansilite (Silicato de Sódio e Manganês)
Natalyite (ou Nataliite) (Silicato de Sódio, Vanádio e Crómio)
Onfacite (Silicato de Cálcio, Sódio, Magnésio, Ferro e Alumínio)
Petedunnite (Silicato de Cálcio, Zinco, Manganês, Ferro e Magnésio)
Pigeonite (Silicato de Cálcio, Magnésio e Ferro)
Espodúmena (Silicato de Lítio e Alumínio)
Ortopiroxenas (ortorrômbicas)
Hipersténio (ou Hiperstênio ou Hiperstena)
Donpeacorite — (MgMn)MgSi2O6
Enstatite — Mg2SiO6
Ferrosilite , FeMgSi2O6
Nchwaningite (Silicato hidratado de Manganês)
Schefferite — Ca(Mg,Fe,Mn)Si2O6
Zinco-schefferite — Ca(Mg,Mn,Zn)Si2O6
Jeffersonite — Ca(Mg,Fe,Mn,Zn)Si2O6
Leucaugite — Ca(Mg,Fe,Al)(Al,Si)2O6
Substituição cálcica de Tschermak — CaAlAlSiO6
Enstatita - série da ortoferrosilita
Enstatita
Bronzita
Hiperstena
Clinohiperstena
Pigeonita
Série Diópsido - hedenbergita
Diópsido
Hedenbergita
Johannsenita
Augita
Série das piroxenas sódicas
Jadeíta
Onfacita
Acmita (aegirina)
Espodúmena
Grupo dos piroxenóides
Wollastonita
Rodonita
Pectolita
[editar]Inossilicatos de cadeia dupla
Crocidolita (Asbesto)
Grupo da anfíbola
Anfíbola (em Portugal) ou anfibólio (no Brasil) é o nome dado a um grupo de minerais
extremamente complexos, constituído por pelo menos 86 silicatos de dupla cadeia de SiO4,
contendo o ião hidroxil e catiões metálicos variados (Ca2+, Mg2+, Fe2+, Al3+, Na+, e outros).
Geralmente são minerais monoclínicos, mas podem ser ortorrômbicos ou triclínicos e são
divididos em quatro subgrupos. Têm cores escuras, com predominância do verde e o azul,
estão presentes em rochas ígneas e metamórficas, sendo contudo mais abundantes nas
primeiras.
Índice
[esconder]
1 Origem do nome
2 Composição e origem
3 Grupos de anfíbolas
4 Referências
[editar]Origem do nome
O nome anfíbola (do grego amfibolos, que significa ambíguo) foi originalmente cunhado pelo
mineralogista René Just Haüy para incluir a tremolite, actinolite e a hornblenda. O uso do termo
foi depois estendido a todo o grupo dos silicatos de dupla cadeia. Já foram descritas
numerosas dezenas de espécies desses minerais, além de múltiplas variedades, as mais
importantes das quais são listadas abaixo.
[editar]Composição e origem
A fórmula geral destes minerais obedece à expressão geral dos metassilicatos, que pode ser
traduzida por RSiO3, o que faz das anfíbolas inossilicatos compostos por cadeias duplas
detetraedros de SiO4 ligados pelos vértices. Em geral
contêm iões de ferro e magnésio embebidos na sua estruturas, o que contribui para as suas
cores escuras.
A sua composição química e características gerais levam-nos a ser semelhantes às piroxenas,
e como elas, podem ser incluídos em três séries de acordo com o seu sistema de cristalização.
A principal característica distintiva entre anfíbolas e piroxenas é a clivagem: as anfíbolas
formam planos de clivagem a 56º, enquanto as piroxenas formam ângulos de
aproximadamente 90º entre esses planos. As anfíbolas são também em geral menos densas
que as correspondentes piroxenas e apresentam em geral forte pleocroísmo, ou seja cores
diferentes de acordo com a direção em que o mineral é observado, o que em geral não
acontece com as piroxenas. Os cristais são prismáticos, fibrosos ou colunares.
As anfíbolas podem ser minerais de formação primária ou secundária. Os primeiros (primários,
como a hornblenda) ocorrem como constituintes de rochas ígneas como o granito, o diorito e
oandesito; os restantes (secundários) ocorrem em mármores, em resultado de metamorfismo
de contacto (como a tremolite), ou resultam da alteração da augite por dinamo-metamorfismo
(actinolite). Pseudomorfos de anfíbolas produzidos a partir de piroxenas são conhecidos
por uralite.
As anfíbolas são o principal mineral constituinte das rochas conhecidas por anfibolitos.
[editar]Grupos de anfíbolas
Série ortorrômbica
Antofilite (Mg,Fe)7Si8O22(OH)2
Série Monoclínica
Tremolite Ca2Mg5Si8O22(OH)2
Actinolite Ca2(Mg,Fe)5Si8O22(OH)2
Cummingtonite Fe2Mg5Si8O22(OH)2
Grunerite Fe7Si8O22(OH)2
Hornblenda Ca2(Mg,Fe,Al)5(Al,Si)8O22(OH)2
Glaucofana Na2(Mg,Fe)3Al2Si8O22(OH)2
Riebeckite Na2Fe2+3Fe3+
2Si8O22(OH)2
Arfvedsonite Na3Fe2+4Fe3+Si8O22(OH)2
Richterite Na2Ca(Mg,Fe)5Si8O22(OH)2
Destes minerais, merecem particular atenção a tremolite, hornblenda e a crocidolite, bem como
as importantes variedades asbesto e nefrita, que são tratadas à parte dado seu valor como
recursos naturais, o primeiro como isolante e o segundo, como gema (é um dos dois tipos de
jade).
Dadas as diferenças em composição química, os diferentes membros deste grupo apresentam
cores e propriedades físico-químicas muito díspares, variando, por exemplo, a
sua densidade entre os 2,9 e os 3.8.
A antofilite ocorre como massas fibrosas ou lamelares de cor castanha associadas
a hornblendas em micaxistos da Noruega e de algumas outras localidades. Uma variedade rica
em alumínio é conhecida por gedrite, enquanto que uma forma pobre em ferro, de cor verde
viva, originária da Rússia é designada por kupfferite.
A actinolite é um importante membro da série monoclínica, formando grupos radiais de cristais
aciculares de cor verde brilhante ou verde-cinza. O nome é composto das partículas
gregas aktis(raio) e lithos (pedra), uma tradução do nome alemão da rocha Strahlstein (rocha
radiada).
A glaucofana, a crocidolite, a riebeckite e a arfvedsonite formam um grupo específico de
anfíbolas alcalinas. Os primeiros dois minerais são fibrosos, de cor azul, ocorrendo
em xistos cristalinos, parecendo ser o resultado de processo dínamo-metamórficos; os últimos
dois são minerais verde-escuros que ocorrem em rochas ígneas ricas em sódio, tais como
os nefelinassienitos e osfonólitos.
A aenigmatite, e a sua variedade cossyrite, são minerais raros que aparecem como
constituintes de rochas ígneas dos grupos dos nefelinassienitos e dos fonólitos.
Antofilita
Série da Cummingtonita
Cummingtonita
Grunerita
Série da Tremolita
Tremolita
Actinolita
Horneblenda
Grupo das Anfíbolas sódicas
Glaucofano
Riebeckita
Crocidolita - asbesto
Arfvedsonita
[editar]Filossilicatos
Talco
Os filossilicatos, ou silicatos em folha, formam folhas paralelas de tetraedros de silicato com
Si2O5 ou um rácio de 2:5.
Grupo da Serpentina
Serpentina é o nome dado a um grupo de minerais de filossilicato hidratado
de magnésio e ferro ((Mg, Fe)3Si2O5(OH)4) comuns minerais constituintes de rochas. Pode
conter quantidades menores de outros elementos como o crómio, manganês, cobalto e níquel.
Em mineralogia egemologia, o termo pode referir-se a qualquer uma das cerca de 20
variedades pertencentes ao grupo da serpentina. Existem três importantes
minerais polimorfos da serpentina: antigorite, crisótilo e lizardite.
É um mineral de cor verde, seu traço ébranco, seu Brilho pode ser ceroso ou sedoso, não
possui nem clivagem e nem fratura, seu hábito é maciço, agregado ou fibroso, possui
dureza de aproximadamente de 3.
Antigorita
Crisótilo
Minerais do grupo das argilas
Caulinita
Esmectita
Montmorillonita
Ilita
Talco
Pirofilita
Grupo das micas
grupo de minerais mica inclui diversos minerais proximamente relacionados, do grupo
dos filossilicatos, que têm a divisão basal altamente perfeita. Todos são cristais monoclínicos,
com tendência para pseudo-hexagonal, e são similares na composição química. A divisão
altamente perfeita, que é a característica mais proeminente da mica, é explicada pela
disposição hexagonal de seus átomosao longo de planos sucessivamente paralelos.
A palavra "mica" pensa-se ser derivada do latim palavra "micare", significando brilho, em
referência à aparência brilhante deste mineral (especial quando em escalas pequenas). Na
classificação das cores possui cor Alocromática devido a sua variedade de cores (branca,
preta, marrom, roxo, verde). Sua dureza na escala de Mohs é 1,0.
O Commons possui uma categoriacom multimídias sobre Mica
Alguns minerais deste grupo são:
Biotita
Moscovita
Lepidolita
Flogopita
Zinnwaldita
Margarita
Jeffersita
== Propriedades e usos ==
A mica tem uma alta rigidez dielétrica e excelente estabilidade química, tornando-se por isto o
material preferido para a confecção de capacitores para aplicações de rádio freqüência. Ela
também é usada como isolante em equipamentos para alta-tensão. Ela é também
um birrefringente sendo comumente usado para fazer um polarizador de onda de 180 e 90
graus.
Devido à resistência ao calor da mica ela é usada no lugar do vidro em janelas
para fogões e aquecedores a querosene. Ela é usada também para separar condutores
elétricos em cabos que são projetados para possuírem uma resistência ao fogo de forma a
garantira a integridade do circuito. A idéia é prevenir que os condutores metálicos se fundam,
prevenindo o curto circuito, permitindo que o s cabos permaneçam operacionais na presença
do fogo. Isto pode ser importante em aplicações como luzes de emergência. ' ¢
[editar]Curiosidades
A Aventurina é uma variedade de quartzo com inclusões de mica.
Lâminas de mica prensadas são frequentemente usadas no lugar do vidro em estufas.
Mica Moscovita é o substrato mais comum usado na preparação de substrato para amostras
em microscópio de força atômica.
Alguns tipos de pasta de dente incluem mica branca beneficiada. Ela atua como um abrasivo
suave para ajudar no polimento da superfície do dente, e também adicionar uma cintilação
brilhante cosmeticamente agradável a pasta.
Moscovita
Flogopita
Biotita
Lepidolita
Margarita
Grupo da clorita
As clorites (do grego chloros, que significa "verde", em alusão à sua cor), constituem um grupo
de minerais filossilicatos. Podem ser descritas pelos seguintes quatro extremos baseados na
sua química através da substituição dos seguintes quatro elementos na estrutura cristalina: Mg,
Fe, Ni e Mn.
Clinocloro : (Mg5Al)(AlSi3)O10(OH)8
Chamosite : (Fe5Al)(AlSi3)O10(OH)8
Nimite : (Ni5Al)(AlSi3)O10(OH)8
Pennantite : (Mn,Al)6(Si,Al)4O10(OH)8
Além destas, conhecem-se ainda espécies de zinco, lítio e cálcio. A grande variação nas
composições resulta em variações consideráveis das propriedades físicas, ópticas e
de difracção de raios X. De igual modo, a variação nas composições químicas permite aos
minerais do grupo da clorite existirem sob uma grande variedade de condições de pressão e
temperatura. Por esta razão, os minerais cloríticos são ubíquos em rochas metamórficasde
baixa e média temperatura, algumas rochas ígneas, rochas hidrotermais e sedimentos
enterrados a grandes profundidades.
[editar]Estrutura das clorites
A fórmula geral típica é: (Mg,Fe)3(Si,Al)4O10(OH)2·(Mg,Fe)3(OH)6. Esta fórmula enfatiza a
estrutura do grupo.
As clorites têm uma estrutura em sanduíche 2:1 (camada sanduíche 2:1 = tetraédrica-
octaédrica-tetraédrica = t-o-t...). Ao contrário de outros minerais argilosos, nas clorites o espaço
entre as camadas (o espaço entre cada sanduíche 2:1 ocupado por um catião) é composto por
(Mg2+, Fe3+)(OH)6. Esta unidade (Mg2+, Fe3+)(OH)6 é geralmente designada como camada
tipo brucite, devido à sua grande semelhança com o mineral brucite (Mg(OH)2). Assim, a
estrutura da clorite é representada como segue: -t-o-t-brucite-t-o-t-brucite…
Uma classificação mais antiga, dividia as clorites em dois subgrupos: as ortoclorites e as
leptoclorites. Estes termos são raramente usados e o prefixo orto- é algo enganador uma vez
que o sistema cristalino da clorite é o monoclínico e não o ortorrômbico.
[editar]Ocorrência
A clorite é geralmente encontrada em rochas ígneas como produto da alteração de
minerais máficos como a piroxena, anfíbola e biotite.
Trata-se de um mineral associado a depósitos minerais hidrotermais e ocorre muitas vezes
associada a epídoto, sericite, adulária e minerais de sulfureto. Neste tipo de ambiente a clorite
pode ser um mineral produzido por alteração metamórfica retrógrada de minerais
ferromagnesianos, ou pode estar presente como produto de metassomatismo através da
adição de Fe, Mg ou outros compostos à massa rochosa.
A clorite é também um mineral metamórfico comum, geralmente indicativo de metamorfismo de
baixa intensidade. É a espécie-diagnóstico da fácieszeolítica e da fácies inferior dos xistos
verdes. Ocorre na combinação quartzo, albite, sericite, clorite, granada de xistos pelíticos.
Nas rochas ultramáficas, o metamorfismo pode também produzir clorite (predominantemente
clinocloro) em associação com talco. Experiências indicam que a clorite pode ser estável
em peridotitos do manto terrestre acima da litosfera oceânica arrastada para baixo
por subducção, podendo mesmo estar presente no volume do manto a partir do qual
os magmas dos arcos insulares são gerados.
[editar]Membros do grupo da clorite
Baileycloro (Zn,Fe+2,Al,Mg)6(Al,Si)4O10(O,OH)8
Chamosite (Fe,Mg)5Al(Si3Al)O10(OH)8
Clinocloro (Mg,Fe2+)5Al(Si3Al)O10(OH)8
Cookeíte LiAl4(Si3Al)O10(OH)8
Donbassite Al2[Al2.33][Si3AlO10](OH)8
Gonyerite (Mn,Mg)5(Fe+3)2Si3O10(OH)8
Nimite (Ni,Mg,Al)6(Si,Al)4O10(OH)8
Odinite (Fe,Mg,Al,Fe,Ti,Mn)2.4(Al,Si)2O5OH4
Ortochamosite
(Fe+2,Mg,Fe+3)5Al(Si3Al)O10(O,OH)8
Pennantite (Mn5Al)(Si3Al)O10(OH)8
Ripidolite (Mg,Fe,Al)6(Al,Si)4O10(OH)8
Sudoíte Mg2(Al,Fe)3Si3AlO10(OH)8
Clinocloro, pennantite, e chamosite são as variedades mais comuns. Várias outras
subvariedades têm sido descritas. Uma forma de clinocloro com valor gemológico é
popularmente designada como serafinite.
Apofilita
Prehnita
[editar]Tectossilicatos
Quartzo rosa
Os Tectossilicatos, ou silicatos de armação, apresentam uma armação tridimensional de tetraedros
de silicato com SiO2 ou um rácio de 1:2. É o maior dos grupos de silicatos, incluindo cerca de 75%
dos materiais da crusta terrestre.
Grupo do quartzo
Quartzo
Tridimita
Cristobalita
Grupo dos feldspatos
Feldspato (do alemão feld, campo; e spat, uma rocha que não contém minério) é o nome de
uma importante família de minerais, do grupo dos tectossilicatos, constituintes de rochas que
formam cerca de 60% da crosta terrestre. Cristalizam nos sistemas triclínico oumonoclínico.
Eles cristalizam do magma tanto em rochas intrusivas quanto extrusivas; os feldspatos ocorrem
como minerais compactos, como filões, em pegmatitas e se desenvolvem em muitos tipos
de rochas metamórficas. Também podem ser encontrados em alguns tipos de rochas
sedimentares.
Índice
[esconder]
1 Usos e aplicações
2 Minerais de feldspato
o 2.1 Feldspatos potássicos (ou alcalinos)
o 2.2 Plagioclases (ou feldspatos calcossódicos)
o 2.3 Outros feldspatos
3 Tópicos relacionados
4 Referências
[editar]Usos e aplicações
Os feldspatos possuem numerosas aplicações na indústria, devido ao seu teor em alcalis e
alumina. As aplicações mais importantes são:
Fabrico de vidro (sobretudo feldspatos potássicos; reduzem a temperatura de fusão
do quartzo, ajudando a controlar a viscosidade do vidro).
Fabrico de cerâmicas (são o segundo ingrediente mais importante depois das argilas;
aumentam a resistência e durabilidade das cerâmicas).
Como material de incorporação em tintas, plásticos e borrachas devido à sua boa
dispersibilidade, por serem quimicamente inertes, apresentarem pH estável, alta
resistência à abrasão e congelamento e pelo seu índice de refracção (nestas aplicações
usam-se feldspatos finamente moídos).
Produtos vidrados, como louça sanitária, louça de cozinha, porcelanas para aplicações
eléctricas.
E ainda, em eléctrodos de soldadura, abrasivos ligeiros, produção de uretano, espuma
de látex, agregados para construção...
[editar]Minerais de feldspato
Esta família de minerais pode dividir-se em três grupos principais:
[editar]Feldspatos potássicos (ou alcalinos)
Ortoclase
Sanidina
Anortoclase
Microclina
[editar]Plagioclases (ou feldspatos calcossódicos)
Albita
Oligoclase
Andesina
Labradorita
Bytownita
Anortita
[editar]Outros feldspatos
Celsiana
Paracelsiana
Sviatoslavita
Dmisteinbergita
Feldspatos raros
Buddingtonita
Reedmergnerita
Slawsonita
Banalsita
Estronalsita
Lisetita
Filatovita
Feldspatos potássicos
Microclina
Ortoclase
Sanidina
Feldspatos da série da plagioclase
Plagioclase ou plagioclásio é uma importante série de tectossilicatos da família
dos feldspatos. Esta designação não se refere a um mineral com uma composição
química específica, mas a uma série de soluções sólidas, mais conhecida como a série
da plagioclase (do grego para "fractura oblíqua" devido aos seus dois ângulos
de clivagem). Esta série tem como extremos a albita e a anortita (com composição
química NaAlSi3O8 e CaAl2Si2O8 respectivamente) em que
os átomos de sódio e cálcio se podem substituir uns pelos outros na estrutura
cristalina dos minerais.
As plagioclases são importantes minerais constituintes da crusta terrestre sendo,
consequentemente, uma importante ferramenta de diagnóstico empetrologia na
identificação da composição, génese e evolução de rochas ígneas. A composição dos
diversos minerais da série da plagioclase é geralmente indicada pela percentagem total
de anortita (%An) ou de albita (%Ab), sendo determinada de forma expedita pela
medição do índice de refracção dos cristais de plagioclase em amostras moídas, ou
pela determinação do ângulo de extinção em lâminas delgadas utilizando
ummicroscópio de luz polarizada. O ângulo de extinção é uma característica óptica e
varia consoante a quantidade de albite presente (%Ab) na amostra.
[editar]Minerais da série da plagioclase
Existem vários minerais cuja composição está entre a da anortita e a da albita. A tabela
abaixo mostra as suas composições em termos das percentagens de anortita e albita.
Minerais da série da plagioclase e suas composições
Nome % NaAlSi3O8(% Ab) % CaAl2Si2O8(% An)
Albita 100-90 0-10
Oligoclase 90-70 10-30
Andesina 70-50 30-50
Labradorita 50-30 50-70
Bytownita 30-10 70-90
Anortita 10-0 90-100
É devido a esta variação de sódio e de de cálcio na composição química das
plagioclases que estes minerais recebem a designação de feldspatos calcossódicos.
Labradorite mostrando o típico efeito iridescente chamado labradorescência
A Albita deve o seu nome ao Latim albus (branco), em referência à sua pura cor
branca, pouco usual. É um mineral constituinte de rochas bastante comum associado
às rochas mais ácidas. Nos diques pegmatíticos está geralmente associada a minerais
mais raros como a turmalina e o berilo.
A Anortita, assim designada por Rose em 1823 a partir da palavra grega para oblíquo,
referente ao sistema triclínico em que cristaliza. A anortita é característica
de rochas máficas como o gabro e o basalto.
Os minerais intermédios da série da plagioclase são muito semelhantes entre si e
geralmente só podem ser distinguidos pelas suas propriedades ópticas.
A Oligoclase é comum no granito, sienito, diorito e gnaisse. Está frequentemente
associada à ortoclase. O nome oligoclase deriva do grego para pequeno e fractura,
pelo facto de o seu ângulo de clivagem diferir significativamente de 90º. A pedra do
sol é composta sobretudo por oligoclase (por vezes albita) com flocos de hematita.
A Andesina é um mineral característico de rochas com um teor de sílica moderado,
como o diorito, e de rochas vulcânicas como o andesito.
A Labradorita é um feldspato característico de rochas básicas como
o diorito, gabro, andesito ou basalto estando geralmente associado a uma
daspiroxenas ou anfíbolas. Apresenta frequentemente iridescência devida à refracção
de luz nas lamelas dos cristais. Deve o seu nome a Labrador, noCanadá, onde ocorre
como constituinte da rocha ígnea intrusiva anortosito a qual é quase totalmente
composta de plagioclase. Existe uma variedade de labradorita
denominada espectrolita que ocorre na Finlândia.
A Bytownita, deve o seu nome a Bytown, antiga denominação de Ottawa, Canadá e é
um mineral raro, ocasionalmente encontrado em rochas mais básicas.
Albita
Oligoclase
Andesina
Labradorita
Bytownita
Anortita
Grupo dos feldspatóides
Leucita
Nefelina
Sodalita
Lazurita
Petalita
Grupo da escapolita
Marialita
Meionita
Analcima
Grupo dos zeólitos
Natrolita
Chabazita
Heulandita
Estilbita