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1 MUNICIPIO DE TAUÁ Município: TAUÁ Secretário (a) de Educação: PROF. JOÃO ALCIMO VIANA LIMA Coordenador (a) s Municipal (is) do Peteca: GIUVANILDA GOMES DE SOUSA LIMA E MARIA CÉLIA SOARES MOTA DIAS Equipe de Apoio: MARIA DEUSANIRA DE LIMA E PAULO DE TARSO BEZERRA A oficina de formação do Município de Tauá aconteceu nos dias 09, 10 e 11 de fevereiro deste, no Auditório do Projeto Aprender, Brincar e Crescer ABC. Em seu curso, houve apresentação de peça teatral (“Viva à Infância – Diga não ao Trabalho Infanto-Juvenil”), de vídeos relacionadas a temática do trabalho infantil (como, por exemplo, “Você viu a Rosinha?”) e explanação de palestras com médico, representantes do Conselho Tutelar, procuradora municipal, promotor, juiz da vara da infância e adolescência, dentre outros convidados. Ao todo foram 26 escolas, 25 professores, 28 coordenadores pedagógicos e cerca de 1.000 alunos envolvidos. DESCRIÇÃO CIRCUNSTANCIADA SOBRE OS FATOS TRANSCORRIDOS E CONCLUSÕES ALCANÇADAS O Município de Tauá, através da Secretaria da Educação, trabalhou a Política de Combate ao Trabalho Infantil, por intermédio da adesão e implementação do Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho da Criança e Adolescente - Peteca. Desse modo, procurar-se-á, aqui, explicitar as ações desenvolvidas e respectiva metodologia. Para a efetivação da proposta de trabalho, contemplou-se o público de 26 escolas, definindo-se um professor oriundo de cada uma delas, abrangendo a um corpo de 1.000 alunos do ensino fundamental, anos finais, do 6º (sexto) ao 9º (nono) ano, das escolas de maior porte da Rede Municipal de Ensino. As estratégias metodológicas, para o trabalho na oficina inicial bem como as oficinas nas escolas configuraram-se a partir das parcerias estabelecidas com as seguintes instituições: Secretaria de Cultura, Saúde e Assistência Social, Procuradoria do Município, Promotoria, Fórum, Conselho Tutelar e Conselho dos Direitos da Criança e Adolescente COMDICA, buscando por intermédio de seus representantes abordar os conhecimentos específicos de cada um deles a cerca da temática: Exploração do Trabalho da Criança e Adolescentes e as suas ações para o combate desta mazela no Município de Tauá. As escolas envolvidas desenvolveram suas atividades no período de março a junho do ano em curso com carga horária de 12 horas aula com as seguintes temáticas: O que é trabalho infantil; Trabalho não combina com criança; Estatuto da Criança e do Adolescente ECA; Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente; Tarefas escolares sobre o tema Trabalho Infantil. Além dos convites realizados à representantes de instituições/órgãos citadas anteriormente para realização de palestras as escolas desenvolveram a temática a partir da apresentação de teatros, vídeos, músicas, estudos de textos, oficinas de literatura de cordéis, trabalhos em grupos e plenárias,

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MUNICIPIO DE TAUÁ Município: TAUÁ Secretário (a) de Educação: PROF. JOÃO ALCIMO VIANA LIMA

Coordenador (a) s Municipal (is) do Peteca: GIUVANILDA GOMES DE SOUSA LIMA E MARIA CÉLIA SOARES MOTA DIAS

Equipe de Apoio: MARIA DEUSANIRA DE LIMA E PAULO DE TARSO BEZERRA

A oficina de formação do Município de Tauá aconteceu nos dias 09, 10 e 11 de fevereiro deste,

no Auditório do Projeto Aprender, Brincar e Crescer – ABC. Em seu curso, houve apresentação de peça teatral (“Viva à Infância – Diga não ao Trabalho Infanto-Juvenil”), de vídeos relacionadas a temática do trabalho infantil (como, por exemplo, “Você viu a Rosinha?”) e explanação de palestras com médico, representantes do Conselho Tutelar, procuradora municipal, promotor, juiz da vara da infância e adolescência, dentre outros convidados.

Ao todo foram 26 escolas, 25 professores, 28 coordenadores pedagógicos e cerca de 1.000

alunos envolvidos.

DESCRIÇÃO CIRCUNSTANCIADA SOBRE OS FATOS TRANSCORRIDOS E CONCLUSÕES ALCANÇADAS

O Município de Tauá, através da Secretaria da Educação, trabalhou a Política de Combate ao Trabalho Infantil, por intermédio da adesão e implementação do Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho da Criança e Adolescente - Peteca. Desse modo, procurar-se-á, aqui, explicitar as ações desenvolvidas e respectiva metodologia. Para a efetivação da proposta de trabalho, contemplou-se o público de 26 escolas, definindo-se um professor oriundo de cada uma delas, abrangendo a um corpo de 1.000 alunos do ensino fundamental, anos finais, do 6º (sexto) ao 9º (nono) ano, das escolas de maior porte da Rede Municipal de Ensino. As estratégias metodológicas, para o trabalho na oficina inicial bem como as oficinas nas escolas configuraram-se a partir das parcerias estabelecidas com as seguintes instituições: Secretaria de Cultura, Saúde e Assistência Social, Procuradoria do Município, Promotoria, Fórum, Conselho Tutelar e Conselho dos Direitos da Criança e Adolescente – COMDICA, buscando por intermédio de seus representantes abordar os conhecimentos específicos de cada um deles a cerca da temática: Exploração do Trabalho da Criança e Adolescentes e as suas ações para o combate desta mazela no Município de Tauá. As escolas envolvidas desenvolveram suas atividades no período de março a junho do ano em curso com carga horária de 12 horas aula com as seguintes temáticas:

O que é trabalho infantil;

Trabalho não combina com criança;

Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA;

Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente;

Tarefas escolares sobre o tema – Trabalho Infantil. Além dos convites realizados à representantes de instituições/órgãos citadas anteriormente para realização de palestras as escolas desenvolveram a temática a partir da apresentação de teatros, vídeos, músicas, estudos de textos, oficinas de literatura de cordéis, trabalhos em grupos e plenárias,

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registrando-se as formulações de conceitos antigos e novas visões em cartazes, painéis e outros. Mediante os resultados dos trabalhos obtidos e as atividades vivenciadas nas escolas estamos convictos de que foi possível despertar nos educandos a consciência cidadã a respeito dos malefícios causados pelo trabalho infantil e ajudando-os a perceber que muito embora a sociedade brasileira naturalize o trabalho infantil e o veja como tolerável e muitas vezes como desejável, o trabalho de crianças pobres reproduz e aprofunda a desigualdade social na medida que prejudica o desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social na infância. Criança que trabalha não estuda bem, não brinca o suficiente, não se prepara para a vida. “Trabalho infantil não é solução, trabalho infantil é problema para a criança e para a sociedade” (Fragmento de texto produzido pela aluna da EEF Raimundo Gonçalves Maia). Assim, espera-se que esta ação venha disseminar ou semear uma proposta efetiva de combate a esse problema social que tanto aflige as crianças e adolescentes das classes sociais menos favorecidas economicamente de nossa região, município, estado e país.