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    Grupo I

    Parte A

    Lê com atenção o texto seguinte. 

    O que é o Teatro?

    O teatro pode ser o espetáculo onde atores nos contam histórias maravilhosas, mas também pode ser oespaço, isto é, o edifício onde se realizam espetáculos. São aquelas salas grandes com muitas cadeiras onde nos

    sentamos e onde existe um espaço à nossa frente, que muitas vezes está tapado ou fechado com uma grande

    cortina, chamado de palco. É nesse palco que podem acontecer muitas e diferentes coisas; no momento em que

    tudo fica escuro e o palco se ilumina, aí começa o espetáculo, começa o teatro, é a hora do sonho, da magia e da

    fantasia.

    Nestes espaços podemos assistir a diferentes espetáculos como, por exemplo, de dança, de música, de teatro,

    entre muitos outros espetáculos e acontecimentos. Estas artes, porque de artes se trata, chamam-se também artes

    do espetáculo, isto porque são criações e invenções que ao longo dos tempos o ser humano tem vindo adesenvolver pela necessidade de se expressar, de se transformar e, ao mesmo tempo, pelo desejo de poder

    partilhar, dar a ver, ouvir e sentir aos outros seres humanos coisas que os possam também divertir, entreter,

    transformar e educar. O teatro, como todas as outras artes, ajuda-nos a crescer e ensina-nos, entre outras coisas,

    a saber melhor olhar para nós próprios, para os outros e para o mundo.

    Mas, por vezes, também podemos assistir a espetáculos sem ser em salas de teatro; podemos assistir a

    espetáculos na rua, num jardim, num museu, num castelo, numa praia, na escola e em muitos outros lugares.

    O que é preciso para que se possa fazer teatro? 

    Primeiro, um espaço físico onde esse espetáculo possa acontecer.

    Depois, precisamos de uma história e, naturalmente, de atores.Quem são os diferentes técnicos?

    São todas as pessoas que não se veem e que ajudam ou ajudaram a que o espetáculo possa

    acontecer. Por exemplo, o técnico das luzes que está sentado em frente a uma máquina  – chamada mesa de

    luz  – e que mexe em botões para que as luzes se acendam, mudem ou se apaguem durante o espetáculo. Os

    aderecistas, os operadores de som, os maquinistas, os carpinteiros, as costureiras, os contra-regras, o produtor, o

    criador do cartaz, entre muitos outros técnicos e responsáveis.

    Como veem, pode haver muitas pessoas envolvidas na montagem de um espetáculo de teatro.

    Fazer teatro é um trabalho muito sério que precisa de muitos anos de estudo, de muita prática e de muitotalento, mas é também um espaço onde se pode brincar e, sobretudo, onde se pode sempre sonhar.

    in Aprender a Olhar , n.° 4, 2002/2003, Dez./Jan. (texto com supressões) 

    1. Para cada um dos itens que se seguem (1.1. a 1.5.), escreve o número do item e a letra correspondente àopção que completa cada afirmação de acordo com o sentido do texto. (16%)

    1.1. A palavra teatro significa

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    A. Local onde se representa um espetáculo.B. Espetáculo onde se conta uma história.C. Espetáculo e espaço onde se representa.

    1.2. Nos espaços designados teatros apresentam-seA. apenas peças de teatro.B. espetáculos pertencentes a diferentes artes.

    C. espetáculos teatrais de variados géneros.

    1.3. O teatro tem, entre outras, a função deA. ajudar a um maior conhecimento individual e coletivo.B. ensinar a história do país onde se representa o espetáculo.C. apresentar lições de moral educativas.

    1.4. Num espetáculo teatral, há vários técnicos envolvidos queA. embora não sejam vistos pelo público, estão presentes no momento da representação.B. se apresentam diante do público no dia da representação.

    C. participam antes ou durante a representação, ainda que o público não os veja.

    PARTE B

    Lê com atenção o excerto da obra Leandro, Rei da Helíria de Alice Vieira.

    ( A luz regressa à gruta)

    BOBO: E foi assim que tudo aconteceu. Todos o abandonaram como se fosse um cão raivoso… 

    PASTOR: E…e a outra? 

    BOBO: Qual outra?

    PASTOR: A do sal… (Ri ) …«Como a comida quer ao sal» Não está má, não senhor… 

    BOBO: Ora…Sabemos lá onde se encontra, se é morta ou viva. 

    PASTOR: Cruzes, homem, a tempestade dá-te ideias negras.

    BOBO: Foi nome que nunca mais pude pronunciar diante dele. ( Aponta para o rei )

    PASTOR: Não há dúvida que o velhote é de ressentimentos…Eu cá, já me têm feito muitas desfeitas, mas assim

    como vêm, assim vão, já nem me lembro delas!

    BOBO: Mas tu não és rei.PASTOR: Ser rei é assim tão diferente?

    BOBO: Quando se tem a coroa na cabeça, é.

    PASTOR: E nunca pensaste ir por aí fora, à procura da outra?

    BOBO: Qual outra?!

    PASTOR: Ai! A do sal!

    BOBO: Para quê? Com muita mais razão nos fecharia as portas do seu reino. Pois não a expulsou ele um dia de

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    casa? Pois não disse ele que a partir dessa altura, era como se ela nunca tivesse nascido?

    PASTOR: Ora…Coisas que se dizem… Eu cá, se fosse a ti, tentava. 

    BOBO: Ele matava-me! E eu posso ser bobo mas não sou maluco! Quem fez este corpinho já não faz outro.

    PASTOR: Ele não saberia de nada…Está cego… És tu que o conduzes… 

    BOBO: Ele está cego e tu estás doido! Sei lá por onde anda Violeta! Já tantos anos se passaram… Se a visse, de

    certeza que já nem a reconhecia. O que eu queria agora, mais que tudo, era poder encontrar um lugar paraassentarmos de vez. O velho tem os pés em sangue, parece um farrapo, receio que não aguente nova caminhada.

    PASTOR: Havias de gostar do meu reino… 

    REI (desperta): Em toda a parte há dor, ingratidão, miséria… 

    (Juntam-se os três no meio da gruta para se aquecerem à roda da fogueira)

    PASTOR (muito baixinho): Havias de gostar do meu reino… 

    In Leandro, Rei da Helíria, Alice Vieira, Caminho, 2004

    Depois de leres atentamente o texto, responde às seguintes questões de uma forma concisa e completa.

    1. Identifica as personagens do texto. (5%) 

    1.1. Qual é o espaço onde se encontram as personagens? (5%) 

    1.2. Explica por que razão se encontram nesse espaço. (5%)

    2. PASTOR: E nunca pensaste ir por aí fora, à procura da outra?

    2.1. A quem se refere o pastor quando diz “ A outra”? (5%)

    3. Transcreve do texto as razões que o Bobo apresenta para não aceitar ir à procura “da outra”? (4%) 

    4. Por que razão se referem à personagem como “a do Sal ?” (5%) 

    5. Identifica as informações que as didascálias do excerto pretendem transmitir aos atores. (5%) 

    6. De acordo com os conhecimentos que adquiriste acerca das características do texto dramático, completa asseguintes frases. (10%)

    1) O texto dramático, ao nível da estrutura externa, divide-se em atos que correspondem a mudançasno_______________________ da ação.2) Os atos subdividem-se em _______________ que marcam a entrada e saída de _____________________.

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    3) Todas as referências ao espaço, ao tempo e expressões ou gestos das personagens são cedidos através das ________________________.4) O texto principal, constituído pelas falas das personagens, pode apresentar-se sob a forma de _____________,quando as personagens falam entre si, de____________, quando falam sozinhas, ou, ainda, sob a forma de _________ quando apenas a plateia se apercebe do que dizem

    GRUPO II

    1. 

    Associa cada elemento da coluna A a um elemento da coluna B identificando a função sintática de cada elementosublinhado (8%)

    2. 

    “O Bobo deu a mão ao Rei .” (6%) 

    Reescreve a frase acima na voz passiva.

    3.  “BOBO: O velho tem os pés em sangue.”   (6%) 

    Reescreve a fala acima transcrita começando-a por: O bobo disse que.... 

    4.  Na frase “Se a visse, de certeza que já nem a reconhecia” o verbo sublinhado está no: (4%) 

    a)  pretérito perfeito do indicativo.

    b)  presente do indicativo.

    c) 

    pretérito imperfeito do indicativo.

    5.  Na frase: “E nunca pensaste ir por aí fora, à procura da outra?” os constituintes sublinhados classificam-se

    respetivamente como: (4%) 

    a) 

    conjunção, preposição, advérbio, contração, pronome.b)  preposição, advérbio,conjunção, pronome, contração.

    c)  conjunção, advérbio, preposição, contração, pronome.

    6.  A oração sublinhada na frase: “Eu posso ser bobo mas não sou maluco.” classifica-se como: (4%) 

    a)  Coordenada copulativa.

    b)  Coordenada adversativa.

    c)  Coordenada conclusiva.

    a) Cruzes, homem, a tempestade dá-te ideias negras.  1) Complemento direto

    b) Havias de gostar do meu reino…. 2) Sujeito

    c) O rei expulsou-a de casa.  3) Complemento oblíquo

    d) ... parece um farrapo. 4) Complemento indireto

    e) ... receio que não aguente nova caminhada.  5) Agente da passiva

    f) ... já me têm feito muitas desfeitas...  6) Modificador

    g) O rei e o bobo descansaram na gruta.  7) Vocativo

    h) O rei foi abandonado pelas filhas. 8) Predicativo do sujeito

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    7.  Substitui o constituinte sublinhado pelo pronome adequado: (6%) 

    a)  “Com muita mais razão fechava as portas do seu reino.” 

    GRUPO III (20%) 

    Assumindo o papel do Bobo, escreve uma carta a um amigo em que contes um dia da tua vida no palácio do ReLeandro. Redige um texto com 80-100 palavras.

     

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