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VINDE MENINOS Esther Martins Pereira DESENHO: Olavo Silveira Pereira e Elisabeth M. Pereira Dancuart Copyright 1996 by Book Press Editora Ltda São Paulo - Brasil Edição

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VINDE MENINOS

Esther Martins Pereira

DESENHO: Olavo Silveira Pereira e Elisabeth M. Pereira Dancuart Copyright 1996 by Book Press Editora LtdaSão Paulo - BrasilTodos os direitos reservados para todos os paísesAll international rights reserved

Centro de Atendimento e Orientação Vinde Meninos: (11) 4711-2143 (11) 4711-1628 (11) 4711-1501 site: www.vindemeninos.com.br e-mail: [email protected]

3ª Edição3ª Edição

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VINDE MENINOS

ÍNDICEIntrodução ......................................................................................... 3

Onde deixaremos os nossos filhos? .................................................11

O cultinho infantil

nas suas devidas idades e seu método .............................15

Começando pelo começo.................................................................16

Quando nasce o nenê ......................................................................17

Mini-Maternal .................................................................................21

Mini-Maternal ................................................................................22

Maternal ........................................................................................26

4-6anos-Principiantes.......................................................................37

7-l0 anos........................................................................................... 45

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VINDE MENINOS

Como é bom que os adultos tenham bom trabalho dentro das igrejas! Que estejam bem assistidos!

Mas para as criancinhas está faltando alguma coisa. E não foram elas que receberam de Jesus uma palavra toda especial, toda particular?

" Deixai vir a mim " ... " Não as impeçais "

Impedi-las de virem a Jesus, não é maltratá-las, empurrá-las, etc.., não! Não é só isto. Impedi-las, somos nós, os adultos, não darmos bom testemunho para que elas possam seguir. São tão pequenas ainda, e não têm, é claro, discernimento, nem amadurecimento, então, vão seguir a Jesus baseando-se em nós.

O que elas vêem em nós, que as fazem seguir a Jesus?

É sério!

Elas têm que ver Jesus em nós. Em nós, pais, líderes, pastores!

Se elas se escandalizarem conosco, afastam-se para sempre. Estão impedidas de seguirem a Jesus. Ficarão marcadas de maneira triste e negativa, que dor!

Uma linda moça casou-se com um moço muito querido e muito bom. Mas ele tem lutas enormes para seguir a Jesus de uma maneira calma e segura, de todo o coração e com toda confiança. Quanta angústia e crítica existe dentro dele! E como ele sofre. O seu maior gozo, seria poder confiar em um pastor, em um líder, mas confiar completamente descansado, tranquilo, sabendo que nunca iria ter decepções nem tristezas.

Mas ele não consegue. Sabem por que? Ele me contou, que sua mãe, deixava suas irmãzinhas, ainda bem pequenas, na casa de um professor da escola dominical em quem ela confiava muito. E ia ao trabalho da igreja.

E com dor, e revolta, ele me falou, que este professor, enquanto a mãe estava na igreja, abusava de suas irmãzinhas, Ficou revoltado, escandalizado! E ainda menino, depois disto, passou a afrontar os professores da escola dominical. Para ele eram todos iguais. E agora? Ele luta, luta, mas como confiar em Jesus, se foi escandalizado quando ele era um menino, por alguém que deveria ser como Jesus?

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“Deixai vir a mim os meninos e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus " Lucas 18:16“Deixai vir a mim os meninos e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus " Lucas 18:16

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Que disse Jesus? Vamos ver:

Mt. 18:5-6 - vers. 5 - "E qualquer que receber em meu nome um menino tal como este, a mim me recebe."

Vers.6 - " Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar".

Este rapaz era um menino que cria em Jesus. Foi escandalizado, e agora?

Por que estou falando isto?

Porque muitas vezes não tomamos consciência da importância de um filho e da nossa influência sobre ele. E também, porque às vezes os pais erram. Erram por omissão. A vida secular exige muito, e quantas vezes, cansados, gostaríamos de conversar com um filho ou uma filha, mas deixamos para depois, não é? E nem temos tempo e paciência para notarmos se alguma coisa não vai bem com eles. Mas se errarmos, a igreja não pode errar, porque ela precisa orientar não só os pais mas também os filhos. Ela instrue, aconselha, dá testemunho, ajuda a criá-los. Muitas coisas que não conseguimos ver neles como pais, os professores santos da igreja vêem e os instruem e oram com eles e nossos filhos são curados.

" Não os impeçais”.

Às vezes, também os impedimos, fazendo-os ficarem quietos, sem se mexerem, durante horas, nos cultos, que não estão ao seu alcance.

É lindo quando uma família toda entra na igreja e lota um banco. Sim. É bonito mesmo, mas por pouco tempo. Logo os menores começam a ficar inquietos e vêm as ameaças. " Fique quieto, senão vamos

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conversar lá em casa ", " Se não se comportar, não vai ganhar o presente que prometi ", e porque não dizer, algumas vezes um beliscão às escondidas?

O que estamos marcando no coraçãozinho desta criança? É claro que se a levamos em lugar que exige respeito, ela realmente tem que se comportar. Mas será que já paramos para pensar no versículo que diz:

Muitas vezes não percebemos que a casa de Deus, para os nossos filhos não é uma casa de alegria, de paz e de gozo, porque eles ficam muito bem comportados, e alguns deles tão bem comportados, que dormem, e ficam com a sua cabecinha caindo pra lá e pra cá. É um desconforto, não é?

Muitas vezes também, as crianças acostumam-se a ser irreverentes, porque elas não aguentam a palavra tão longa, o desenrolar do culto muito comprido, sem entenderem nada, ou quase nada, então brincam, porque é próprio da criança, brincar. Más no culto não é lugar de brincar, então, tornam-se irreverentes. E há pais que já levam brinquedos, lápis e papel, para que elas se comportem, mas logo se cansam; é além disto correm um risco que eu considero muito sério. Elas se acostumam com as orações, com o vocabulário, e com os versículos, sem estarem atentas , sem entenderem e mais tarde eles não fazem mais efeito nelas. Então, ficaram imunes, vacinadas quanto a Palavra de Deus.

Já repararam como um versículo cai bem no coração de um incrédulo aflito, e ele se converte? Quando alguém em prantos, ouve: " Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei", é uma água cristalina que lava sua alma perturbada.

E nossos filhos vacinados, não sentem nada. Que perigo, não?

E porque não dizer, às vezes começam até a debochar.

Por isso fazemos o chamado "Cultinho" para crianças, onde tudo é preparado especialmente para elas, para o seu entendimento, levando em consideração que também, são irriquietas e cheias de energia.

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“Alegrei me quando me disseram vamos à casa do Senhor? “ “Alegrei me quando me disseram vamos à casa do Senhor? “

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Então, de tempos em tempos precisam ficar de pé, abaixar-se, mexer as pernas e levantar-se. No programa feito especialmente para elas, existe tudo isto através de cânticos e, sem que percebam, estão descansando. Sentem-se bem, sem que haja desordem e desrespeito. Exemplo de cântico assim:

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No

cultinho, elas também têm voz ativa, isto é, são consideradas e ouvidas. Então pedem oração por muitos

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motivos, abrem seus corações, confessam pecados, e recebem conselhos e orientação de como poderão agir nas situações em que se encontram.

Meu irmão, quando era criança, ficava muito quieto nos cultos, e havia um pastor muito bom, mas que pregava 2 horas seguidas, e falava muito baixinho, e as crianças não podiam entender nada. Não era próprio para elas. E um dia, meu irmão falou: " Quando eu crescer nunca mais vou a igreja ".

E quando cresceu, não foi mais mesmo, que pena! Como sofreu por isso! Só depois de 50 anos voltou, todo mareado pelo mundo, mas quase todos os filhos se perderam. Tudo por causa de uma revolta de infância. Precisamos pedir que o Espírito Santo nos mostre onde erramos.

Há coisas que marcam alguns irmãos criados juntos, na mesma casa, com os mesmos pais, e não marcam outros. Por isso precisamos da ajuda de Deus e da igreja. Porém, não fechemos nossos olhos. Estejamos alertas.

Sei também que precisamos tomar muito cuidado com as crianças nas igrejas e nas reuniões nos lares. O diabo fica atento para colocar nelas, traumas e marcas negativas por coisas às vezes banais, e outras vezes desagradáveis, mesmo como uma fofoca, por exemplo. Se estas mesmas coisas acontecerem em uma escola secular, até será possível que não haja problemas. Mas se acontecerem na igreja, o diabo vai trabalhar em cima delas para colocar a revolta e às vezes até o afastamento da criança.

Como é bom termos não só para os nossos filhos, mas também para os meninos que queremos trazer a Jesus, um lugar especial, cheio de amor, alegria, ordem, disciplina, libertação e aprendizado! Mas por outro lado, nos dói o coração ao vermos que muitas crianças estão esperando a hora de crescerem para nunca mais voltarem à igreja. Já viram quantos adolescentes saem e muitos dos que ficam, fazem da igreja um clube ; um ponto de encontro e de namoro?

Que triste, não?

Não vamos impedi-los de virem a Jesus.

VAMOS A ALGUMAS CONSIDERAÇÕES:

Onde deixarmos nossos filhos ?

Se os pais vão à igreja e as crianças não querem ir, ou se os pais não querem levá-las, onde ficam elas?

É um grande problema. Se ficarem em casa, vão assistir televisão. É isto de Deus? Os programas de TV são feitos por Deus, para edificação e crescimento espiritual de nossos filhos?

Os pais sempre pensam que quando eles saem, os filhos vão dormir na hora marcada, e que não assistem nenhum programa impróprio.

Mas infelizmente não é assim. Isto também eles contam no cultinho.

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Vêem programas inteiros, e algumas crianças ligam aqui e ali, e vêem, às vezes, até sem querer, cenas impróprias. E a cena entrou sem pedir licença. Entrou pelos seus olhinhos e caiu no seu coração, marcando-os, para mais tarde dar o fruto indigno. E os pais nem ficaram sabendo!?

Por favor, papais e líderes, tomem cuidado!?

Ouçam o que aconteceu para esta menina.

Era uma linda garotinha. Mamãe e papai muito ricos. A casa era bonita, grande e confortável, e a garotinha era muito apegada a uma empregada que cuidava dela. Mamãe e papai nunca estavam em casa. Uma vez era viagem, outra vez cinema, teatro e reuniões e reuniões. Então cada vez mais a garotinha amava a empregada. Que empregada que nada, pois ela mesma falou: " É minha amiga, minha conselheira e minha mãe ".

Mas ... um dia muito triste e tenebroso chegou para a garotinha. Sua amiga, conselheira e mãe, morreu.

Foi um choque para ela. A tristeza tomou conta do seu coração, da sua vida. Ficou só, abatida e se sentiu completamente abandonada.

Seus pais, vendo tanta apatia falaram: " Não sei porque tanta tristeza filha, só por causa de uma empregada. Afinal nem é alguém da família! É uma simples empregada”.

E arrumaram outra empregada para a filha, como se isto resolvesse a todos os problemas.

A menina disse: " Morreu a minha amiga e meu pai nem ligou para a minha dor".

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Isto fez com que a garota que já era quase adolescente, ficasse mais e mais angustiada. Ela começou a não suportar ficar em casa, vendo lugares onde sua amiga e mãe andava e conversava com ela e brincava e aconselhava e... de repente, não existia mais. Então a menina resolveu sair e andar a pé pela rua. E andou um dia, dois dias vendo o movimento, as ruas cheias de gente, e vazia para ela, mas pelo menos ficava cansada e voltava para casa com sono. Nessas andanças, encontrou-se com alguns meninos e conversou com eles. Também estavam andando.

O que vocês estão fazendo? Eu os vejo sempre na rua. Não vão para casa? Pra que! Mamãe e papai não estão lá.

Onde eles estão?

Reuniões, reuniões !

Ah! os meus também.

Posso andar com vocês? Sinto-me tão só!

E começou a andar com eles. Um dia, os meninos falaram:

Vamos nas Lojas Americanas? E foram todos, muitos alegres por fora, passear lá. E resolveram roubar. E roubaram, mas foram logo pegos.

Que escândalo ! Pais tão finos e os filhos roubando. Isto é absurdo.

E a nossa menina estava na delegacia. Chamaram o pai dela e ele a tirou de lá. Era menor de idade.

Quando chegaram em casa, ele deu uma surra nela, pra valer! Oh! surra que ainda mais aumentou a sua revolta!

" Como ele me bate?” - Pensou ela. “Nunca olhou para mim. Nunca conversou comigo. Nem sabe o que eu faço nem onde vou. Não liga para mim ".

E a garotinha ficou ainda mais desolada.

E um menino a convidou para ir à casa dele. Ela foi.

Quando chegou lá, não havia nem pai, nem mãe. Era sempre assim, como na casa dela. E o menino foi cheirar cola. E ela cheirou cola, pela primeira vez!

E dias depois vários meninos abusaram dela.

-Eu nem sei como foi, (disse ela), nem quantos foram. Nem me interessa! Não me interessa nada na vida.

Pobrezinha! Ela queria mesmo era um papai e uma mamãe. Mas eles estavam nas reuniões.

Ela não liga para o que lhe aconteça, ou deixe de acontecer.

Como vai o seu relacionamento com seu filho ou com sua filha?

Você vai à igreja, à reuniões, à visitas, sai com amigas, vai ao cinema? E os seus filhos?

Estão com vocês? E se estão, vocês conversam com eles? Ou ficam na frente da TV e dizem: " Chiu! Fique quieto, quero assistir este programa ".

Pais!? Vocês gastam tempo assentados com eles, não em volta da TV que comanda as casas, que corrompe, que tira o diálogo e que pela insistência, faz com que seus filhos tomem o errado por certo? Vocês se assentam com eles para instrui-los no temor do Senhor?

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Pais, dêem atenção a eles deixando que se abram com vocês, que confiem em vocês. Têm orado com eles? Têm contado suas lutas e também pedido a eles auxílio?

Pare e pense um pouco. Você vai dar conta a Deus pelas almas dos seus filhos.

Cuidado! Já pode ser muito tarde ... corra!

Em um cultinho, uma menina falou no microfone que ela havia visto um " beijo bem dado " na TV e que não conseguiu mais dormir. "Só fico imaginando", disse ela! Agora já sabe imaginar. O pecado está sendo gerado e vai dar à luz.

Porque sempre achamos que nossos filhos são diferentes e que com eles nada de errado vai acontecer?

Às vezes deixamos nossos filhos aos cuidados de uma empregada de confiança, porque se eles forem à igreja, vão dormir tarde e no dia seguinte têm aula de manhã bem cedo. Experimentem, ao chegarem, colocar a sua mão no televisor e vejam se não está quente.

É bom lembrarmos sempre que os nossos filhos são herança do Senhor e Ele confiou-os a nós. Veja o que aconteceu com um menino da igreja.

Era recém-nascido. A mãe muito boa e muito crente, achou que não podia parar suas atividades na igreja. Afinal, a sua empregada era ótima: carinhosa, asseada, dócil e boa. Que mal haveria em deixar seu filhinho com ela? Já o havia desmamado, era só cuidar. E ela antes de sair para as reuniões, já deixava o filhinho de banho tomado e se esforçava por deixá-lo também alimentado.

E o menino foi crescendo. A mãe saía com o marido para as reuniões à noite e deixava o filho na cama, já de pijama.

Quando ele estava com sete anos, a empregada disse que precisava sair. A mãe ficou muito triste, mas ficou sozinha. Então falou para o filhinho:

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Mamãe agora vai ter que arrumar uma outra moça para cuidar de você, enquanto mamãe vai à igreja. -

Mas esta outra moça vai fazer comigo, tudo o que a Maria fazia?

E começou a chorar.

Filhinho, fazer o que? Conta para a mamãe o que ela fazia com você.

E o menino começou a falar. A moça fazia tudo o que vocês podem imaginar, de sexo.

Este menino está agora com psiquiatra e não consegue aprender na escola. Ele imagina.

Que dor, não, irmãos?

Vocês perceberam que quando a mãe se dispôs a sentar-se com o filho e a conversar, ele se abriu?

Não poderia ter acontecido isto antes? Mas o diabo impede o diálogo dos pais com os filhos. Eu sou mãe e sei disso muito bem. As conversas sempre são adiadas ou por visitas que chegam, ou por telefone que toca, ou por lições urgentes das crianças, ou compras, ou provas, mas sempre são adiadas.

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1. O Culto Infantil nas suas devidas idades e o seu método

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2. Começando pelo começo

A criança antes de nascer já recebe as influências no ventre da mãe: as angústias, as tristezas, as aflições, as brigas, a impureza, a rejeição, os choques, os traumas, como também a alegria, o gozo, a comunhão com o Espírito Santo, a paz, o descanso, a confiança em Deus, os cânticos, a humildade, a fé, a segurança, o amor dos pais, a compreensão mútua, o altruísmo, tudo isto influindo nela, no ventre da mãe.

E Deus conhece as crianças, ainda no ventre!?

Será bom que todos os professores tenham conhecimento do que se passa com um nenê nesta fase.

Por quê?

Porque têm que dirigir a vida espiritual das crianças e às vezes se sentem incapazes diante da atitude de algumas delas que são demasiadamente tímidas, frustradas, apáticas, afrontosas, melindrosas, etc.; ao mesmo tempo, outras são dóceis, boas, camaradas, amigas, sinceras, honestas, seguras, tranqüilas, abertas, etc. Umas são fáceis, outras são difíceis.

Muitas vezes se consegue, com o discernimento do Espírito Santo, acalmar as lutas de um coraçãozinho infantil. Mas em algumas ocasiões deveríamos não considerar a criança somente naquele momento presente. Seria de grande proveito em certos casos difíceis, haver uma conversa com a mãe, sobre sua gravidez; sobre o que passou neste período; as lutas, aflições, desilusões, traumas, choques, rejeição ao filho, etc. Poderia estar aí a causa do problema da criança e seria mais fácil resolvê-lo e também aconselhar a mãe quanto as necessidades do filho .

Por isso vamos abordar de leve alguns aspectos nesta área, somente para que o professor possa não só se aprofundar mais um pouco ao lidar com as crianças, como também, até ser curado, ele mesmo, de alguma coisa herdada que lhe possa trazer limitações em certas áreas de sua vida, diminuindo a sua eficiência em relação aos seus alunos.

É certo que às vezes a mãe passa por experiências tão sérias neste período, que marcam seu filho por nascer.

Há muitas influências sobre o feto, mas vamos comentar duas delas somente:

Sensação Visão

Muitas vezes a mãe é impactada com sensações que podem passar para o filho no seu ventre, como: o canto, a alegria, a paz, o amor, a tranquilidade do lar, a compreensão e muitas vezes até a conversão a Jesus neste momento, marcam o nenê. E nascem os filhos com tendências das impressões recebidas.

Permitam-me dar um exemplo próprio. Quando eu esperava minha filha mais velha, meu marido desenhava sem parar. Ele estava apaixonado pela arte e era um dos melhores artistas do Brasil. E eu ficava olhando e admirando enquanto ele desenhava e me encantava.

Nasceu minha filha, e desde nenê, com três meses de idade, empurrava o seu corpinho violentamente no nosso colo, em direção aos quadros que tínhamos na parede. Quando chegava bem perto deles, ficava passando sua mãozinha, muito quieta e admirada.

E ela deu uma grande artista com bolsa até para a França. É uma artista para Deus. Quando eu esperava meu segundo filho, Eliseu, meu marido se entregou para Jesus. Foi uma grande conversão. Tão grande que

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a arte perdeu o valor para ele. O Evangelho estava em primeiro lugar. E Deus lhe deu muitas músicas e ele lia a Palavra de Deus, tocava e cantava o dia todo.

E eu ouvia e agradecia a Deus por tão grande salvação.

Nasceu meu filho e aos três meses de idade, ouvia uma música e com o seu pequenino corpo, dava o ritmo dela. Então o colocávamos sobre o tapete e ele rolava no ritmo da música.

E ele deu um grande artista da música. Artista para Deus. Aleluia!

A sensação da arte ( pintura e música ) influíram na alma dos meus filhos dando artistas.

Agora, vamos dar uma pincelada sobre a influência da visão.

Em Gênesis 30:37-43 lemos sobre as varas de Jacó que sâo um exemplo claro da influência da visão sobre o feto.

Quando as ovelhas olhavam varas riscadas, concebiam listradas e quando ele tirava aquelas varas riscadas, concebiam ovelhas brancas. Segundo o Professor Shannon, no seu livro "Hereditariedade explanada" da Imprensa Metodista, ele diz: "Tudo quanto entra em nossa vida física, mental ou moral, torna-se uma parte essencial de nós mesmos e se transmite à nossa descendência. Os futuros pais nunca devem se ocupar em qualquer coisa que não desejem ver reproduzida em seus filhos".

O professor Shannon tem centenas e centenas de experiências e vamos dar só uma aqui de uma senhora que julgava ter passado da idade de conceber, e engravidou. Ficou muito desapontada e todo o amor que tinha pelo seu esposo se transformou em ódio. A gestação decorreu por entre tristeza e cólera.

Nasceu o filho e desde o nascimento se mostrou indomável. Ninguém o suportava. Os professores não podiam com ele. Era um perigo no recreio, e os vizinhos não permitiam que seus filhos brincassem com ele.

Aos 14 anos tentou matar a mãe com uma faca. Um ano depois assaltou um pastor que os visitava. Quando ficava com raiva, espumava e gritava como um louco .

Você tem algum aluno semelhante a este? Então seria interessante que pesquisasse, para saber se alguma coisa do gênero não teria acontecido com este aluno, como também pedisse a sabedoria e o amor de Deus, para conseguir levar esta criança difícil e que sofre, a ter um encontro real com Jesus. Que este assunto possa trazer mais um pouco de luz em relação as nossas crianças.

3. Quando nasce o nenê

Na igreja, temos um lugar para o nenê que veio trazido por seus pais. Este nenê que já recebeu deles tanta influência, agora recebe mais ainda do mundo exterior. Antes, ele estava no mundo só através da mãe, agora de corpo presente.

3.1. Berçário - 0 a 6 meses

É o nome do lugar na igreja, onde ficam os nenês recém-nascidos até 6 meses mais ou menos.

Berçarista é o nome de quem cuida dos nenês.

No berçário, seria bom haver bercinhos bem limpos com travesseiros e roupinha de cama. Estas serão lavadas pelas equipes e devolvidas em seguida, para não haver falta.

Entre os bercinhos, seria bom haver um ou dois separados para criancinhas que se apresentam com febre, ou gripe, enfim, com alguma enfermidade.

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Sempre vamos ter nenês dormindo e nenês acordados. Então seria muito bom termos uma divisão ou se possível, duas salas pegadas, ou bem próximas, onde separaríamos os acordados dos que dormem. Estes estariam com luz baixa.

O lugar deverá ser confortável, arejado e silencioso. Pode ser simples, mas com o que for necessário para o bebê, como: aquecedor de mamadeira e de sopinhas, pia, água filtrada, algodão com água morna, cesto de lixo, cabides para colocar as sacolas dos nenês que deverão já vir com seus nomes e também o horário em que as mamadeiras deverão ser dadas.

Conservar sempre os nenês limpos e alimentados. Ter fraldas descartáveis para eventualidades.

Trocador - lugar onde se troca o nenê. É bom que seja bem firme, com colchão fino e impermeável. O necessário para a higiene, em uma prateleira logo acima do trocador. Evitar demora na troca e também, colocar o trocador em um lugar onde o nenê fique mais reservado. Lembrar sempre que, mesmo sendo nenê, é uma pessoa e ela não gostaria de ter sido exposta quando nenê a todos os que chegam.

Quanto mais baixo as berçaristas falarem melhor será; mais calmos ficarão os nenês. Se forem muitos, ore por eles, e cada um que lhe cair nos braços, abençoe-o, lembre-se que, muitas vezes o nenê que está chorando, aflito nos seus braços é o resultado de muitos desencontros e aflições no seu lar. Portanto, você berçarista, vai ser usada por Jesus, para transmitir a sua paz a ele.

Evitem qualquer conversa desnecessária.

Quando houver choro, experimentem cantar suavemente, em oração.

As berçaristas não poderão ser adolescentes, mas sim, mães.

Porque estas têm experiência. Basta um choro e elas já percebem o porque dele.

Os pais não têm coragem de deixar seus filhinhos recém-nascidos com adolescentes.

Às vezes a adolescente até mexe no nenê para acordá-lo, para ela carregar e brincar com ele.

São coisas que costumam acontecer. É bom lembrar que sua meiguice, seu amor, sua dedicação, sua fé, estarão marcando os nenês. Será bom haver um lugar separado, (biombo) ou qualquer outra forma, para mães que amamentam e com carinho, orientá-las, para que entre si, só conversem coisas que edifiquem e em voz baixa. Na eternidade Deus vai recompensar aquelas que deixaram sua comodidade, seus cultos ao lado do marido, para cuidar dos nenês.

" Deixai vir a mim as criancinhas ".

3.2 Rotina do serviço do berçário

O berçário deverá estar arrumado antes da chegada dos bebês. Mas se não for possível, as mães deverão aguardar até que tudo esteja em ordem. O bebê deve ser recebido à porta (evitar que as mães entrem e

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saiam do berçário e haja tumulto). Deve-se verificar se na sacola do bebê está o comunicado ao berçário, se não, deve-se orientar as mães para fazê-lo com o impresso existente no berçário (" Rotina do Bebê " - Modelo Anexo). Este impresso deverá ser usado somente em caso de esquecimento por parte das mães. Não 6 para ser distribuído.

Deve-se solicitar às mães que marquem os pertences do bebê e que procurem assentar-se em lugar determinado de acordo com a conveniência.

Colocar na sacola do nenê um número e dar seu correspondente à mãe, para que o diácono possa chamá-la.

Permitir a entrada somente das mães que amamentem ou em caso de necessidade, para não agitar os bebês, deixando-os ansiosos pensando que sua mãe também está para chegar.

Solicitar às mães que amamentam, que o façam no local apropriado.

Não permitir a entrada dos pais no mini-maternal I; Solicitar que fiquem assentados do lado de fora e em silêncio, apenas para que ele se acostume e tenha segurança em estar com a berçarista.

Quando na chegada, ou na saída, tanto no berçário como no mini-maternal I, orientar as mães para que aguardem ser atendidas (não apenas deixar ou retirar a criança do cercadinho e ir embora) ...

Orientar as mães para esperarem ser atendidas uma de cada vez.

Informar a mãe sobre o comportamento do nenê: se tomou ou não o leite; se dormiu; se foi trocado; etc...

Não dar apelidos ao bebê: " chorão "; " gordinho "; etc...

Deixar para as mais experientes a parte de troca e alimentação, para que a mãe tenha maior confiança do berçário.

Manter arrumados e limpos os armários e utensílios do berçário.

Cada equipe se responsabilizará pela roupa que for usada.

No final do trabalho deixar o berçário arrumado e limpo para ser usado.

Zelar por todo material do berçário.

Verificar para que sempre tenha água filtrada.

Quando necessitar orientar uma mamãe, mostrar firmeza e amor.

No caso de precisar faltar, comunicar-se com a diretora do berçário para que possa providenciar uma substituta. Nunca pedir para pessoas que não foram orientadas e preparadas que a substitua.

“ROTINA DO BEBÊ” - MODELO

ROTINA DO BEBÊ

Nome

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Nome da mãe

Mamadeira

Sopinha

Água

Chá

Suco

Troca de Fraldas

Remédio

Obs.:

MODELO DE COMUNICADO ÀS MÃES

Querida mamãe,

Devido ao considerável número de bebês que frequentam o berçário, solicitamos sua colaboração para facilitar e organizar nosso trabalho, proporcionando assim um ambiente mais agradável e tranquilo para seu bebê.

Portanto, sugerimos sejam observadas as seguintes instruções:

Ao chegar, deixe seu bebê com a berçarista, que irá atendê-la à porta; Traga marcados, com nome completo, todos os pertences do bebê. Ex.: mamadeiras, chupetas, fraldas, etc... Elabore em casa um comunicado para o berçário, contendo: nome da criança, hora da alimentação, troca de fralda, remédio, outras informações, nome da mãe; Observação.: Coloque o comunicado na sacola do bebê em todos os cultos a que vier Procure assentar-se na fileira ....... (cada igreja determinará o local mais conveniente), pois quando necessário chamá-la, o diácono não precisará se locomover por todo o templo, atrapalhando o culto. Na hora em que for buscar seu bebê, proceda da mesma maneira quando da chegada, espere ser atendida pela berçarista, à porta.

Contando com sua ajuda, agradecemos fraternalmente,

em Cristo,

A Direção

Mini - Maternal I

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Seis (6) meses a um (1) ano

Quando o nenê já começa a sentar-se sozinho, não quer passar o tempo todo do culto, no berço. Então chora e acorda os que dormem. Haverá um lugar separado para nenês de 6 meses que já se sentam, até um ano. Chamamos: "Mini-Maternal I ". Neste período eles engatinham e os que começam a andar, passam para outro lugar, porque pisam nas mãozinhas dos que engatinham.

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De 6 meses a 1 ano, o lugar especial será uma espécie de um " Quadrado Gigante , com grade e acarpetado. As professoras ficam dentro deste quadrado, sem sapatos, ou uma sala com porta. Para trocar a roupinha deles, irão para o berçário, logo, este " quadrado " ou sala deverá ser ao lado do berçário, mas com uma porta que se possa fechar para não passar o barulho de um lugar para o outro, porque quando chora um nenê, sempre há outros que choram também.

Para estes nenês, usamos 3 caixas com brinquedos que não machuquem e que não sejam tão pequenos que possam engolir. As caixas usam-se. O que há em uma, não há nas outras, para haver o sabor da surpresa. Também levar figura colorida (cartazes) de nenê, passarinho, galinha, pato, gato, cachorrinho, nenê comendo, caindo etc... Tudo o que um nenê até um ano gosta de conviver. Quando mostrar as figuras cante cânticos suaves e fáceis. Quando eles estiverem atentos e felizes, fale: Jesus. Eles associam aquela alegria e bem estar com Jesus. Não entendem para se explicarem, 6 claro, ma(s o coração fica marcado para Jesus. É uma marca feliz. ' Nunca, em nenhuma das idades diga para as crianças " Não faça assim, Jesus não gosta ". Este não é o método eficaz de se manter disciplina. Tenha muito amor e meiguice com os nenês.

5. Mini-Maternal II - (1 a 2 anos)

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Quando o nenê começa a andar, vai para uma outra sala que chamaremos " Mini-Maternal II ".

Também é uma sala ao lado do berçário, ou perto dela, porque é ali que se trocam as roupas dos nenês e ainda é ali que eles são alimentados.

De 1 a 2 anos, o nenê está aprendendo muito, muito. Está tomando conhecimento do mundo.

Como você, professora, é importante nas mãos de Deus para ensinar os primeiros passos para Jesus, a estes pequeninos e ajudar a formar o seu caráter.

Primeira Parte - Brinquedos

Brincar com brinquedos guardados na caixa I. Serão brinquedos que não se quebrem facilmente nem que machuquem outras crianças, portanto, evitar martelinhos ou outras coisas que insinuem batidas. Se possível usar cubos de espuma cobertos de tecido para fazerem casinhas e depois derrubá-las. Poderão também usar cubos plásticos leves, também cubos de madeira como " Pequeno Construtor " que já vêm com janelinhas pintadas.

Não usar coisas muito pequenas que elas possam engolir.

As embalagens plásticas de shampoo com tampas grandes, os de " Confort " para abrirem e fecharem, são bem apreciados pelos nenês. Bichinhos plásticos para colocar dentro de cercas ou dentro de caixas pequenas, eles gostam bastante. Também, uma

cesta com batatas e laranjas para passarem para outra cesta. Brinquedos de encaixar, com diversas formas.

Você usa a sua imaginação. Muitas vezes o nenê gosta mais de coisas dos adultos, como, por exemplo, uma caixa com roupinhas para pôr e tirar, elas gostam às vezes mais do que brinquedos comprados.

O mais importante é que ao entrar, você ore e entregue cada criança para Jesus. Elas são os tesouros de seus pais e eles confiaram em você, dando na sua mão aquilo que lhes é mais querido: o seu tesouro, a sua herança. Nunca se esqueça disto. Portanto, trate-as com muito amor e carinho, sem nunca se irritar com elas. Procure resolver os problemas com simplicidade e justiça. Não faça distinção entre os nenês. 24

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Algumas vezes você vai encontrar crianças que tiram tudo de outra e não querem dar nada. A maior parte das vezes, esta criança é única na casa. Então, em contato com outras, ela não sabe brincar e age assim.

Procure corrigi-la. Você pode pegá-los no colo se houver necessidade, pois sâo bebês ainda.

Esta primeira parte de brinquedos vai terminar quando todos já chegaram e quando você perceber que eles já brincaram o suficiente e já começaram a se desinteressar. Então cante " Guardar os Brinquedos " 4 vezes com música de " Parabéns ", e eles ajudam a guardá-los.

Passe em Seguida para a Segunda Parte - Cânticos:

Você encontra os cânticos no suplemento do maternal - Book Press. Os cânticos vêm com figuras que você vai pintar. Use ecoline, tinta acrílica, cola branca misturada com suvinil (bisnaga) de pintar parede, lápis de cera, etc... Procure o número do cântico e o correspondente da figura. Ver o livro " É Fácil Fazer ".

Quanto mais calma você for, mais calmos ficarão os nenês.

Lembre-se: O que ouvirem nesta idade, ficará gravado para sempre no coração deles, e no tempo próprio vai dar o seu fruto. Também você poderá pensar que está sendo uma babá, mas não é assim. Você está plantando na alma do nenê a semente de Deus, o amor, a compreensão, a doçura.

Cante muito devagar, com voz meiga e baixa. Seja tranqüila.

As figuras dos cânticos poderão ser ampliadas numa xerox e depois colados em papel cartão.

Em cada cântico você mostra a figura e deixa que eles passem a mãozinha nela. Não há limite de tempo determinado para esta parte porque eles são muito pequenos ainda. Deverão estar assentados no chão, no tapete, de tal modo que vejam você e fiquem perto dos cartazes. Os menores até podem ficar no colo de uma das professoras. Você poderá ter três ou quatro professores.

Quando eles guardarem os brinquedos é possível que algum não queira entregar o dele. Insista com jeito. Se não conseguir, deixe, e quando ele se distrair, esconda-o, sem atrapalhar quem está cantando.

Terminados os cânticos eles irão para uma mesinha baixa para pintar.

Terceira Parte - Pintura

Vocês darão lápis de cera, bastão chato de cera em várias cores e papel para que eles risquem preparando-os para o maternal, despertando o gosto pelas cores e aprendendo seus nomes.

Quarta Parte - Brinquedos

Após alguns minutos de pintura, voltam para o chão onde irão brincar com os brinquedos da caixa II. que serão diferentes dos da caixa I. Depois de algum tempo, quando começar a haver desinteresse, guarde-os na caixa como da primeira vez.

Quinta Parte - História

Se possível, colocá-las nos assentos de espuma bem acomodados.

Você fica bem pertinho delas e mostra o livro de histórias bíblicas de papel grosso, que não rasga nem estraga. Conte muito devagar mostrando as figuras e deixando que coloquem a mão nelas.

As palavras serão poucas e fáceis. Não serão as que estão no livro. Você fala e, antes que se cansem, vire a folha.

Diga: Olhem! É Maria! É José.

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Maria está no burrinho. Como faz o burrinho? Poc-Poc-Poc.

O nenê é Jesus. Jesus é lindo!

Da figura você fala o principal. Depois da história, eles vão pegar no livro que poderá passar de mão em mão por uns momentos. Você usará o mesmo livro durante um mês. Quando entrar o segundo livro, você, neste período, mostrará, para pegarem, os 2 livros, até que os 8 livros estejam em suas mãozinhas. Isto não é material de brinquedo. É aula. Logo será guardado e só neste momento poderão pegá-los. O mesmo deverá acontecer com os cartazes de cânticos. Serão guardados.

Sexta Parte - Fantoches

Ainda sentadinhos com a ajuda das professoras auxiliares, você faz os fantoches no dedo. É de crochê, pode ser também de feltro. Também ursinhos, coelhos, macacos, os de dedo, você faz no braço e para os outros, use a guarda de uma cadeira e eles aparecem por detrás dela. Brinque de "achou". Ponha o fantoche no alto. Faça chegar até eles e logo os esconda novamente para aparecerem em lugar contrário. Pegue um em cada mão, faça ruído com a boca. Quando acabar o teatrinho volta ao brinquedo.

Sétima Parte - Brinquedos - Caixa III

As crianças são tiradas para mamadeira, troca de fraldas, sopinha, etc... As tias que fazem isto, podem mostrar o nome do nenê, ou fazerem um sinal, então você entrega a criança no momento em que não atrapalhe o andamento do cultinho, nem os próprios nenês que serão retirados. Espere terminar o fantoche, a história ou louvor para depois entregar o nenê.

Oitava Parte - Encerramento

Estará quase terminando. Enquanto brincam, pegue no colo os mais cansados e cante com voz suave uma música bonita e espiritual, como que fazendo um fundo musical. Se você tiver toca fita ou disco, coloque bem baixinho para que elas se sintam bem. Veja como confeccioná-los em "É Fácil Fazer". Não coloque música forte, alta ou agitada. Esquema:

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Brinquedos - Caixa I

Cânticos com figuras

Pintura na mesinha

Brinquedos - Caixa II

Lição - Livro Papel Duro

Fantoches (na guarda da cadeira e no braço os de dedo)

Brinquedos - Caixa III

Música enquanto brincam

Atenção

Não deixar crianças que ainda não têm concentração e não andem, com outras que estão neste nível. Do mesmo modo, se algumas delas já incomodam por estarem mais evoluídas, é conveniente passá-las para o maternal (2 a 3 anos).

De preferência, colocar crianças de 1 até 2 ou quase 2 anos.

ORIENTAÇÃO

É bom que líderes e mães saibam que os nenês aprendem desde que nascem. Segundo Glenn Domann em seu livro " Ensine seu filho a ler ", ele diz que “APRENDER É A MAIOR AVENTURA DA VIDA". “E o nenê pode começar a ler com 2 anos. Se você se dispuser a ter um pouco mais de trabalho, pode começar desde 18 meses, e se ele for muito inteligente aos 10 meses".

Eu tenho um filho chamado Eliseu, que falava aos 8 meses e contava até 5, ele aprendeu a ler em 1 dia. Recebeu a primeira aula com 6 anos e voltou lendo. É que ele, ao observar, aprendeu sem que percebêssemos.

Aprender é um prazer. Por isso me preocupo de que na " Casa de Deus " às crianças sintam alegria no que aprendem. Que Jesus seja apresentado como amigo. Às vezes a criança chora muito com a saída da mãe, da sala de aula, e quando a professora vai ensinar, grava na alma da criança uma sensação de infelicidade e isto me preocupa, porque Jesus é felicidade!

Eu prefiro que a mãe de filhos de qualquer idade, na igreja, se disponha a ficar com eles, até que se afeiçoem à tia que está cuidando e que, naturalmente, soltem a mãe. Mesmo assim nos primeiros domingos, ela deverá sair da classe e logo voltar.

Depois dará um espaço de tempo maior e volta, e depois assiste ao culto todo. A criança confiará que ela vai voltar.

No mini-maternal, vamos ensinar as crianças a serem camaradas, a emprestar suas coisas e a respeitar as dos outros.

Nesta idade de 8 a 20 meses, há muitas crianças que são únicas em suas casas e ainda nem tiveram oportunidade de conviver com outras crianças. Então, muito tato e paciência com elas, não deixando de considerar que entendem tudo, e prepará-las para ouvir as coisas de Deus e saber que Ele é o Rei. De 8 até 20 meses, nem sabem o que é Rei, mas sentem a autoridade do Rei e com cânticos de Deus, nos seus

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coraçõezinhos vão sendo escritos os ensinos de Deus e eles começam a sentir no coração, que Jesus é o Senhor, é o Rei.

A professora precisará ser tranquila mas positiva e cheia de imaginação. Também precisa ter voz meiga, mas de comando. Nunca se contradizer. Ex.: Dizer não e depois virar de lado fazendo de conta que não está vendo e deixar desobedecer. Então, não dê a ordem.

Se você souber que ela vai obedecer, ela obedece, mas se você tiver dúvidas, ela não obedece.

Há de haver muita sensibilidade. Minha netinha com 7 meses olhava nos olhos dos adultos e sabia se podia desobedecer ou não, e a quem podia desobedecer. Que Deus abençoe tão grande trabalho e que no céu as irmãzinhas vejam o fruto que seu amor a sua dedicação deram para eternidade.

6. Maternal 2 e 3 anos - "O Cultinho do Bebê"

INTRODUÇÃO

Esta apostila visa esclarecer fatos e detalhes importantes para o bom funcionamento do Maternal que tem como literatura de base a coleção de 8 volumes do "Cultinho do Nenê", da Tia Esther M. Pereira.

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Para se trabalhar com crianças é necessário uma vida espiritual reta onde o Espírito Santo encontre espaço para ministrar através de você para cada criança, encontre espaço para revelar lhe problemas sérios nas crianças, encontre espaço para falar de santidade em verdade de vida. Haverá horas em que somente pelo Espírito é que você poderá agir, perceber e solucionar e, para isso, é necessário que você esteja com seus olhos, ouvidos guardados, fora dos males do teatro, da televisão e do cinema; é necessário que você já seja nova criatura ( batizada ); é necessário o amor-dom de I Cor. 13.

A PROGRAMAÇÃO

A programação para o maternal é para crianças de 2 a 3 anos e está dividida em 6 partes que podem durar de uma a três horas, conforme a duração do culto.

As professoras são fixas nos horários para que a criança com o passar do tempo ganhe mais confiança nas "tias". Se a cada semana a criança

encontrar naquele período que está habituada a frequentar, uma professora diferente, seu processo de adaptação será muito difícil em função do fator confiança através da convivência, do hábito (familiaridade).

Quando por ocasião de viagem, doença, necessidade especial de assistir o culto ou problemas em casa e a professora precisar faltar, esta deverá se comunicar com as outras do seu período e, também com a de

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outro para haver substituição para aquele dia. A professora substituída deverá pagar a sua troca ficando no lugar de quem a substituiu para não haver sobrecarga.

ABERTURA (recepção)

1a. PARTE

A abertura com uma recepção envolvida em muito amor trará para as outras partes muita tranquilidade. Quando a mãe chegar trazendo o seu filhinho, trate-a com carinho, e se seu filhinho estiver chorando ou inseguro para entrar, peça para que ela o acompanhe, porém em silêncio para que a criança se habitue à sua voz de comando. Se for necessário, a mãe deverá ficar o tempo todo até que a criança já , dê sinais de segurança suficientes para ficar sozinha, sem choro ou medo.

Explique para a mãe, caso ela esteja tentando "fugir" que isto não é bom que aconteça na Casa do Senhor. A criança perceberá e isto a marcará de modo negativo para o futuro.

Umas crianças exigirão mais tempo para adaptação e outras tempo nenhum. Cabe aos pais adaptar-se à realidade de seu filho. Valerá a pena perder alguns cultos para depois poder assistir a todos em paz. Receba a criança na porta e conduza-a para a mesa onde outra professora estará aguardando para lhe receber com brinquedos ou estará no tapete, com cadeirinhas em semi-círculo e cadeiras maiores atrás para as mães, onde será desenvolvida uma conversa com as crianças, até que todas possam chegar.

Reparar em tudo: cabelo, sapato, vestido, fita etc. Elas gostam muito de serem elogiadas... Chegando todas as crianças ou pelo menos a maioria, diga que é hora de guardar os brinquedos, caso você esteja com elas na mesa, porque está na hora de cantar. Cante a musiquinha: "Guardar os brinquedos" no ritmo do “Parabéns a você", bem lentamente e faça com que todas as crianças ajudem a guardá-los. Se ela resistir é hora de você ensinar, com amor, a obedecer. Se for muito difícil, deixe e quando ela se distrair, retire-o sem atrapalhar quem está cantando.

CÂNTICOS

2a. PARTE

Os cânticos são sempre acompanhados de figuras, cartazes que ilustram a sua letra. Para ministrá-los com êxito é necessário muita calma. Quanto mais calma você for, com voz sempre meiga e baixa, mais calmas ficarão as crianças. Esta atividade poderá durar de 20 a 40 minutos, dependendo da concentração das crianças X o tempo disponível que você tem. Às vezes, as crianças estão muito desligadas e/ou agitadas e não ficarão atentas por mais de vinte minutos e, por outro lado, poderão estar tão atentas, ansiosas por aprender ( característica marcante nesta idade ), que você poderá conduzi-los até 40 minutos.

É importante ter sempre em mente que nesta idade tudo o que ouvirem e virem ficará gravado para sempre no coração e no tempo certo dará o seu fruto.

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Do bom desempenho desta etapa dependerá o aproveitamento da próxima. Se as crianças não forem tranqüilas, calmas para a historinha, esta deixará muito a desejar. Logo, quando estiver cantando não se esqueça:

De transmitir a paz do Espírito Santo através dos cânticos através da sua voz;

Dos gestos bem definidos;

Cantar lentamente para que as crianças possam acompanhá-la sem dificuldades;

Da voz meiga e baixa.

Às vezes, você cantará praticamente sozinha porque as crianças estarão meio caladas, mas não desanime e cante, porque quando elas retornarem para casa repetirão todas as músicas para seus pais.

Há crianças que pouco cantam no maternal, mas seus pais já me procuraram para contar, impressionados, o fato de seus filhinhos passarem o dia todo cantando novas musiquinhas !!... É para parar, pensar e não desistir.

Para realização desta etapa faz-se necessário duas professoras: uma que cantará com as crianças centralizando toda atenção em si e a outra estará cuidando para que esta atenção não seja interrompida.

As crianças deverão ser educadas, com o passar do tempo, a falarem baixo como as professoras e quando precisarem ir ao banheiro ou quiserem água deverão apenas levantar a mãozinha para que a professora do circuito externo se aproxime e retire a criança o mais discretamente possível para não desviar a atenção das outras.

Se possível, deverá haver outra professora que saia da sala para levar a criança ao banheiro para evitar que a que está cantando fique só.

As crianças costumam solicitar às professoras, enquanto cantam, diversas coisas (arrumar a fita do cabelo, amarrar o cadarço do sapato, tirar o casaco etc), mas tudo deverá ser feito discretamente pois, se assim não ocorrer, o trabalho desenvolvido de 30, 40 minutos para acalmá-los com os cânticos, poderá se perder em segundos devido a um deslize seu!

Se por um acaso, a tia que está cantando ficar só na sala e precisar chamar a atenção de uma criança enquanto canta, deve fazer da maneira mais discreta possível, em baixa voz, dando manutenção ao mesmo espírito de louvor. Caso a criança insista na desobediência e comece a atrapalhar mais, a roubar a atenção que é sua, coloque-a sentada ao seu lado para maior controle até que as outras professoras cheguem e assumam o controle novamente. Ao colocar a criança ao seu lado, de frente para as outras, você a deixará meio sem graça, envergonhada e isso ajudará a mantê-la quieta por algum tempo.

Os cânticos estão divididos em sociais e religiosos e nesta ordem devem ser ministrados.

Sociais: onde serão cantadas músicas que falem de horário, do papai, da mamãe, do nenê, da chuva, etc.

Religiosos: só serão cantados aqueles que lembrem de Jesus e Deus.

A escolha das melodias (ritmos) também segue uma ordem básica que deverá ser das mais alegres (agitadas, com palmas), para as mais suaves. Ao final, haverá a oração com as crianças orando também juntamente com as professoras que farão uso de palavras simples e de fácil repetição. Ex.:

"Papai do céu, muito obrigado pela mamãe, pelo papai e pelo irmãozinho. Obrigado pela igrejinha ... Abençoa cada criancinha em nome de Jesus, Amém. "Papai do céu ensina cada criancinha a obedecer, cura o papai (mamãe, nenê), que está com dodói, abençoa esta aula (ou o maternal), Amém ".

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Você deverá falar primeiro fazendo pausas no meio das frases e esperar as crianças repetirem:

"Papai do céu (pausa) obrigado pela mamãe (pausa) pelo papai (pausa)...

Após a oração, vem a leitura bíblica do versículo da lição conforme o livro. Vá de uma em uma, abra a Bíblia, ponha o seu dedo indicando o versículo, se a criança quiser colocar o dedinho poderá colocá-lo e, repita o versículo no mesmo esquema da oração. (acima).

A oração e a leitura da Bíblia desenvolvem na criança a reverência pelas coisas de Deus. Nesta hora é importante que haja muita disciplina e controle. Ensine-as a fecharem os olhinhos, ficarem de joelhos e em silêncio. Aguarde alguns instantes se for necessário. Explique sempre que a Bíblia é o livro sagrado e que dele vem todas as historinhas que são contadas para eles no maternal.

Marchando, irão para a mesa, onde receberão a aulinha. Se possível, a aulinha será em outra sala que já estará preparada quando as crianças chegarem.

HISTÓRIA E TRABALHINHO

3a. PARTE

Será dada numa mesa de preferência em forma de ferradura. Se houver muita criança, poderá haver um semi-círculo de cadeirinhas ou um semi-círculo fora da mesa de ferradura, fechando com uma mesa onde a professora dará aula. A aula será dada com material que as crianças possam pegar. Este material deverá ser preparado pela professora. Ex.:

Se ela estiver contando a história de Moisés, este será um bonequinho , vestido o mais próximo possível de Moisés; quando houver água, haverá água na mesa; quando plantas, flores também. Quando houver coisas de comer, levar para dar às crianças também. Isto acha-se escrito e explicado em cada lição (livro).

A aula também será mais curta ou mais comprida conforme a atenção das crianças. Caso as crianças naquele dia, ou pelo calor ou pelo acúmulo de muitas crianças não estiverem aceitando bem a lição, movimente-as.

Olhe para todas as crianças e converse com elas. Não fique brava porque assim você quebrará o espirito criado durante o louvor. Fale com decisão e meiguice. Deixe que ponham a mãozinha no material, sem contudo atrapalhar.

O material deverá estar colocado numa caixa ao lado da professora, no chão, em ordem e será mostrado enquanto a história se desenrola. Não colocar tudo, ao mesmo tempo na mesa.

Não se esqueça da voz meiga e suave e de contar a história olhando para todas as crianças e não apenas para as que estão na sua frente. Cuidado para não impedir a visão das crianças que estão nas pontas, com seu próprio corpo.

Da mesma forma que nos cânticos, toda a atenção deverá estar voltada para você e em nenhum momento você deverá parar a história para chamar a atenção de uma criança. Isto prejudicará em muito a memorização da historinha em seus coraçõezinhos, mesmo que já esteja quase no final. O trabalho ficará perdido. Conte a história sempre com o auxílio de outra professora que estará circulando atrás das cadeirinhas para impedir barulho, desordem que possam quebrar a atenção das outras crianças. Se uma

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criança começar a chorar, tire-a o mais rápido possível e se não conseguir acalmá-la, saia com ela da sala e só retorne se ela parar de chorar.

Sem alguém para ajudar, ficará muito difícil contar a história. A professora que ficar encarregada do circuito externo não deverá emitir uma palavra para chamar a atenção das crianças. Deve-se fazer uso de gestos e sinais de silêncio.

Se a criança for muito insistente, fale baixo em seu ouvido de modo que as outras crianças não percebam para não desviarem a atenção da história. A discrição é um fator importante !

Após a história vem o trabalhinho sobre a lição. Pinte junto com as crianças um pouquinho com cada uma, ensinando, dando amor, mostrando interesse, elogiando:

"Puxa, como o seu trabalhinho está ficando lindo!". Se a criança não estiver pintando certo, ensine-a.

Se elas ficarem com os trabalhinhos muito tempo na mão, começarão a amassá-lo , rasgá-lo ou tentarão arrancar as colagens. Se o trabalhinho for de recortar e montar, faça-o na frente de cada uma, pedindo a ajuda do dedinho delas para passar a cola, segurar o durex, etc. Cuidado com a tesoura perto delas... Nesta etapa todas as professoras trabalham juntas, realizando a mesma tarefa. Ah! Não se esqueça de colocar o nome de cada uma nos respectivos trabalhos. Nesta idade elas já gravam o que fizeram. Acredite! Elas reconhecerão o trabalhinho que não foi feito por elas. Caso elas comecem a ficar muito agitadas, cante uma música de guardar os lápis, os trabalhinhos, etc. Ensine a criança a valorizar o seu trabalhinho. Não deixe que ela o amasse, rasgue. Se ao invés de pintar ela começar a destruí-lo, tire de suas mãozinhas, ponha o nome e no final entregue para seu pai (ou mãe), sem fazê-lo, para que ela se sinta envergonhada e arrependida quando o pai perguntar por que o trabalhinho está daquele jeito. Estimule os pais a guardarem todos os trabalhinhos em casa.

LANCHE

4a. PARTE

Após os trabalhinhos manuais, poderá ser servido um rápido lanche com suco e bolacha ou suco e pão. É uma atividade mais descontraída e nela você poderá ensiná-las a agradecer a Deus pelas refeições, pela comidinha. Antes de servir o lanche, peça para que abaixem a cabecinha, fechem os olhinhos porque vamos agradecer ao papai do céu pelo lanchinho. Faça a oração de agradecimento no mesmo esquema já explicado na 2a. PARTE.

Quando o culto for no período da manhã, perto das 11:00 hs elas estarão com fome mas o lanche deverá ser leve para não estragar o almoço. No culto da noite já poderá ser servido pão porque elas já jantaram ou nem vão jantar em casa quando chegarem. Sirva o lanche em canequinhas de plástico mais resistente para que tenham segurança ao pegá-las e não derrubem o suco logo depois. Coloque guardanapos de papel na frente de cada uma delas e ensine a colocar a bolacha sobre o guardanapo e a canequinha de suco também.

BRINCADEIRAS

5a. PARTE

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Nessa altura, as crianças já estão cansadas de prestar atenção e será necessário mudar totalmente o carácter das atividades anteriores. É hora de relaxar com brinquedos e brincadeiras no chão. Opções:

Quadro-negro, bem baixo, quase encostado no chão;

Massinha de modelar. Melhor dar na mesa;

Bloquinhos de montar;

Jogar bola ou peteca num semi-círculo.

Ao menor sinal de cansaço, mude de brinquedo ou de brincadeira. Faça um rodízio. Cada um brinca um pouquinho com um tipo diferente de brinquedo. Essa será uma grande oportunidade de também ensiná-las a brincar em harmonia porque há crianças que tiram tudo de outra e não querem dar nada. Na maioria das vezes esta criança é a única da casa. Então, em contato com outras ela não sabe brincar e age assim. Procure corrigi-la em amor e aos poucos.

Todas as professoras devem participar desta atividade. É hora de conversar com as crianças, desenvolver intimidade, ser amiga. Muitas não recebem em casa atenção, não têm quem converse com elas, não recebem amor. Se você agir em amor, ganhará esta criança.

ENCERRAMENTO

6a. PARTE

O encerramento poderá ser dentro das brincadeiras quando os pais já estarão chegando para buscar seus filhos, ou bem festivo, alegre, com figuras e expressão corporal (músicas bastante movimentadas), após a retirada dos brinquedos. Para evitar confusões na hora de entregar as crianças, porque vários pais poderão chegar juntos, deverá estar ao lado de fora da porta, uma das professoras para receber aos pais e impedir que entrem na sala. Para isto é necessário firmeza e determinação porque muitas vezes os pais dão muito mais trabalho que os próprios filhos.

A professora "porteira" abrirá 1/2 porta, o suficiente para anunciar o nome da criança cujo pai está aguardando. Anuncie no máximo duas crianças . Uma outra professora estará na mesa ou no chão com as crianças e outra com os casacos e trabalhinhos, é esta que tirará a criança da mesa e levará para a que está na porta. Este esquema é fundamental quando há na sala mais de dez crianças.

Ensine a criança a se despedir das outras dizendo "tchau", a "paz" etc. Depois, despedir de cada professora. Despeça-se da criança com muito amor, passando para ela a impressão forte de que sua presença ali muito lhe agrada e a Jesus também. Lembre-se de abençoá-las !!

EDUCANDO AS CRIANÇAS

Ao "maternal", vêm crianças de todos os tipos e classes sociais.

Como a igreja é um hospital, todas devem ser amadas igualmente. Não faça distinção entre elas porque isso entristece a Deus e às crianças também.

Há crianças que pelo seu aspecto, roupas, educação e temperamento cativam muito facilmente a todos, porém há aquelas que são as "terríveis" devido a educação que recebem ou a higiene, ou ao temperamento mas a sua função é não olhar para as diferenças e torná-las um só corpo. É lógico que as "terríveis" exigirão muito e muito mais, mas ao final se tornarão tão cativantes quanto as outras. 34

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As crianças que me deram mais trabalho, que exigiram muita oração e paciência, são hoje as minhas melhores amigas.

Você não deverá entender o maternal e a sua função de professora como um lugar onde os pais deixam seus filhinhos para que as 'babás" da igreja tomem conta. NÃO ! !

No culto, a mãe e o pai estarão recebendo a orientação, a palavra, a libertação de Deus, através dos pastores e ministros de louvor, para cada vez mais se apresentarem melhor a Deus e, no maternal o mesmo acontece. Você é um instrumento levantado por Deus para plantar Sua semente, exortá-los e colocá-los apresentáveis diante de Jesus. Mesmo que alguns pais não vejam deste prisma, não deixe que este sentimento tome conta do seu coração.

A obra é tão linda, o poder tão grande que muitos pais já testemunharam das bênçãos operadas no maternal através de nós, na vida de seus filhos. Pontos onde eles, pais, nunca obtiveram êxito, nós (por Deus), obtivemos ! Aleluia !

Logo, sinta-se durante o tempo que eles estiverem com você, como se fosse mãe deles. Exija obediência, tenha autoridade e amor. Muitos só recebem amor no maternal ... muitos obedecem mais as professoras do que os pais...

Ao corrigir uma criança, esclareça que você não falará mais do que duas vezes . Ao chamar sua atenção cuidado para não constrangê-la, humilhá-la na frente das outras crianças. Você só deverá corrigi-la na frente das outras se a afronta da criança foi para chamar a atenção das outras crianças. Mas se o que ela estava fazendo ou falando de errado, fora de hora não atraiu a atenção das outras, faça uma advertência pessoal você e ela apenas.

Nunca deixe de cumprir a sua palavra.

As crianças guardam as promessas e através delas, do seu cumprimento verão se você tem autoridade ou não.

Pense bem, tudo é feito com muito amor, mesmo a correção. Tomar cuidado nestas horas nunca será demais.

Haverá pais que lhe darão liberdade para comentar o mau ou o bom comportamento de seus filhos e outros que jamais aceitarão uma queixinha. É nessas horas que o fluir do Espírito Santo se fará muito necessário para que você sinta o momento dado por Deus para conversar com estes papais mais difíceis. Converse sempre com muito amor.

Faça sempre tudo com muito amor que o Espírito Santo a abençoará.

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EXPERIÊNCIAS - 2 e 3 anos - Maternal

Muitas vezes pensamos que nesta idade vamos mais distrair as crianças do que ministrá-las. Pensamos que são tão pequenas que não faz mal se não nos prepararmos bem para a aula, se não orarmos, e se não estivermos cheias do Espírito. Então vou contar só um pouquinho do que aconteceu com algumas criancinhas neste idade, em nosso maternal.

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Um garotinho de 2 anos e meio pediu que a professora tirasse a roupa. Ela pensou não haver entendido bem e perguntou. O que você falou ?

Tira roupa, tia. Eu gosto de ver o seu corpinho ... e falou mais coisas que não posso escrever aqui.

Quando me chamaram para conversar com ele, fazia-se de desentendido e dizia:

Olha o bichinho na parede, olha a borboleta, etc. Mas conversei firme com ele. Hoje já está com 9 anos e é um belo menino.

Se não fosse a igreja com seus professores dedicados, não teríamos tido a sua recuperação, porque os pais eram muito novos na doutrina sã, e não achavam nada demais o que ele fazia ou falava. Tanto os pais quanto o filho, foram trabalhados e hoje são uma verdadeira bênção.

Uma menina, de 2 anos e meio também, foi ao cultinho. Mas foi no cultinho dos maiores, de 7 a 12 anos. Então eu pedi à mãe que a levasse para o maternal, (2 e 3 anos). Expliquei que era o lugar adequado para ela, mas a menina chorou e não quis ir. Então deixei que ficasse ali mesmo. Seu papai era inimigo do evangelho e era muito raro a mãe poder vir à igreja. E aquele dia era um dos raros.

A lição era da páscoa eu falei da morte de Jesus e da sua ressurreição, mostrando bonitas figuras. Quando o cultinho terminou a menina quis me abraçar e depois foi embora.

No dia seguinte, 2a. feira, o pai pegou-a no colo e começou a folhear uma revista secular. E na revista, havia uma figura de Jesus, com a coroa de espinhos na cabeça. A menina falou: "Papai, eu conheço este homem". E ficou olhando muito sério para a figura. Então seu pai perguntou:

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Quem é ele, filhinha? "É Jesus, papai. Sabe? Ele morreu pelos seus pecados...” e ela parou um pouco, pensou e disse: “E pelos meus também, papai.”

O pai foi tão tocado pelo Espírito, que começou a chorar, e no domingo seguinte, no cultinho, lá estava o papai que era inimigo, com sua filhinha no colo. Alegre e emocionado.

Que lindo, não ? A criança só tinha 2 anos e meio !

Vamos investir e vamos levar para Jesus, os pequeninos.

Vamos sarar os corações que nesta tenra idade já estão se estragando e não deixemos que se corrompam os que são puros.

Muitas vezes, parece-nos que nada está acontecendo no coração dos nenês e de repente a vitória vem.

Mas como muitas coisas ruins acontecem nesta idade tão tenra, nunca devemos deixar nenês ou quaisquer crianças sozinhas, porque o diabo está a espera de uma distração nossa.

Nota

Quando nós temos classes bem feitas para o crescimento dos nenês, ganharemos os pais também. Eu já vi centenas de pais que não vêm a igreja porque não têm como ir com as crianças. E muitos já me disseram: Se é para ir à igreja e ficar com as crianças no colo sempre e elas chorando, nós ficamos em casa que é mais confortável para elas, e menos cansativo para nós.

E eu vi, sabem o que ?

Muitas mães novas se perderem no mundo. Às vezes têm três filhos muito em seguida um do outro, e não têm um lugar adequado para deixar as crianças na igreja, então não vão. Mas como são muito moças ainda, começam a receber amigas e a fazerem visitas a pessoas mundanas e enfraquecem na fé. Por que ?

Estão completamente sem alimento de Deus.

O lugar apropriado e eficiente na igreja para as crianças, beneficia não só as crianças, mas às mães também, que não só descansam, como saem fortalecidas espiritualmente. E depois nos contam o que seus filhinhos falaram em casa, do cultinho. Aleluia !

Estão sendo gravadas no coração tão novinho, as lições de Deus !

7. 4 a 6 anos - Principiantes

Eu percebi que as crianças saiam do Maternal, 2 e 3 anos, e iam para o cultinho geral de 4 a 12 anos. Para que haja aproveitamento com esta diferença de idade, os professores terão que ser muito especiais, muito versáteis, e muito ungidos por Deus.

Descer a linguagem para alcançar os pequeninos e elevar o vocabulário e as informações para que os maiores não fiquem sem interesse. Só mesmo pelo poder do Espírito Santo haverá bom e aproveitamento para todas as idades. Mas percebi que principalmente à noite, os de 4 a 6 anos ficavam cansados. Algumas crianças de 4 e 5 anos já chegavam quase dormindo. Eu até arrumei colchões e quando uma dormia, eu a pegava no colo, e colocava no colchão.

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Se você, professor, não tiver mais uma sala para 4 a 6 anos, deixe-os com os de 7 a 12 anos e ore muito para que todos sejam alcançados. O que não se pode fazer é deixar os de 4 anos para cima, com crianças de 3, 2 e 1 ano. Aí sim, não haverá nenhum proveito, para ninguém. Basta um choro, ou uma gracinha de um dos pequenos para acabar com a classe.

O CULTINHO DE 4 A 6 ANOSINTRODUÇÃO

As crianças as quais vocês vão trabalhar são aquelas que estão saindo do Maternal. Nesta idade elas já estão preparadas para aprender muita coisa: decorar versículos, poesias e aprender histórias que ficarão gravadas no seu coração para sempre. Estes nossos queridos pequeninos gostam de cantar, pular, sorrir, brincar, correr, sentir-se amados, queridos, cuidados, corrigidos, ensinados... mas, as vezes, só recebem isto de nós; as vezes só têm de bom os momentos passados na classinha. Os dias são difíceis, papai não é cristão, nem mamãe; brigam, bebem, desprezam, maltratam... mas, naquele coraçãozinho tão pequenino, nasce JESUS. E o pequeno ora, pelo papai, pela mamãe, que o leva à igreja, para que Jesus abençoe a casa... e, de repente, o papai vê o filhinho alegre e não entende bem porque, a mamãe começa a se interessar pelo culto, pelas mensagens...

Sabe, tia, papai agora também vem à igreja. Ele não briga mais com a mamãe, não bebe mais...

Que bom, não, Joãozinho, você orou e Jesus ouviu sua oração . Que lindo!

E a criança vai prá casa feliz com papai e mamãe; agora ela não recebe mais amor só na classinha... sabe quem fez tudo isso? Jesus. Sabe quem ele usou através do Espírito Santo? Você. Sabe quem você vai encontrar no céu? Joãozinho, papai e mamãe. Que assim Deus possa abençoá-lo na ministração a estas crianças com alegria, com cuidado e com o mesmo amor que Jesus nos amou.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

A classe de 4 a 6 anos tem como literatura base a coleção com atualmente 5 (cinco) volumes (em breve serão oito volumes), autoria de Esther M. Pereira, Ed. Book Press intitulada "CULTINHO 4 A 6 ANOS".

Esta idade é muito gostosa de trabalhar, pois podemos observar de perto o progresso espiritual das crianças que já falam e se expressam com facilidade. As professoras devem ser muito observadoras, dedicadas, com vida espiritual íntegra para que o Espírito Santo possa fluir e falar a respeito das crianças. Haverá horas em que só pelo Espírito você poderá agir, perceber, saber o que a criança pensa, sente e solucionar o problema.

A medida que elas se sentem aconchegadas e seguras ao seu lado, vão querer imitá-la. Por isso nós temos que ser totalmente transparentes, a imagem do Nosso Mestre. Esteja então guardada dos males deste mundo que ocupam nosso tempo e não trazem proveito algum: teatro, televisão,

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cinema, moda, etc... É necessário ainda que você seja nova criatura (batizada) e que tenha muita disposição para o serviço.

1. A CLASSE

Dentro do possível, a classe deverá ter o material apropriado. Deve ser um lugar alegre e aconchegante, com cortininhas, mesas e cadeiras adequadas ao tamanho das crianças, quadrinhos, tapete, etc...

Deve ter o material necessário para trabalhos manuais (de acordo com as aulas) e dramatização. Você pode colocar mesas com cadeiras da altura certa ou mesa maior com tábuas em cima de cavaletes. Você poderá forrar as tábuas, deixando-as alegres. Se as tábuas forem curtas você poderá colocá-las em vários formatos.

Os melhores formatos das mesas para as aulas práticas serão assim, estando as crianças sempre de costas para a porta. Se você tiver nada, não desista. Use só um colchão e Deus a abençoará.

2 - PROGRAMAÇÃO

Dividida geralmente em 6 partes:

Recepção, cânticos, lanche, cânticos, história, dramatização (ou trabalho manual).

Pode durar de 2 a 3 horas dependendo da duração do culto (adultos). O número ideal de professoras para classes entre 20 e 30 crianças é de 3 a 4. Devem sempre existir professoras fixas para cada dia de culto (ex: se os cultos são às sextas-feiras e domingos, a equipe de sexta-feira não deve revezar com a de domingo e vice-versa) para que a criança se habitue a encontrar aquelas tias e não estranhe. As professoras que eventualmente precisem faltar por motivo imperioso, devem comunicar-se antecipadamente com a responsável da classe para substituição, repondo posteriormente sua falta.

Não deverá haver conversas paralelas entre as professoras durante o cultinho pois distraem a atenção e pode dispersar a pessoa que está dando a atividade.

2.1- RECEPÇÃO

A recepção da criança é parte fundamental para que ela se sinta bem no primeiro momento.

Receba-a com amor e carinho e caso venha acompanhada da mãe, converse com ela, dê atenção. Se a criancinha ainda quiser ficar com a mãe, poderá fazê-lo por alguns domingos, mas a professora instruirá a mãe para que, em casa, durante a semana fale com alegria e amor da nova classe, das novas professoras, comentando com carinho o que ela viu de lindo no domingo. Instruirá a mãe para nunca falar de modo negativo sobre qualquer coisa da classe, porque poderá influir mal na criança e pelo resto da vida.

Geralmente são tímidas e assim que elas chegam do maternal, é preciso cercá-las com atenção pois tudo é diferente, até as professoras. Dentro da classe, estando a criança com a mãe, esta deve acompanhá-la em silêncio, deixando a voz de comando para a professora, a fim de que se habitue a ela. Explique para a mãe, caso ela tente "fugir", que isso não é bom que aconteça na casa de Deus, pois a criança perceberá isto e ficará marcada de modo negativo futuramente. Se a classe é tão boa, por que mamãe quer sair correndo?

Algumas crianças exigirão mais tempo para adaptação e outras tempo nenhum! Cabe aos pais adaptar-se à realidade de seu filho. Valerá a pena perder alguns cultos para depois assistir a todos em paz. Duas coisas podem acontecer:

A) ou na sua igreja as crianças vêm diretamente para classe ou,

B) elas têm primeiro o cultinho, enquanto os pais estão no culto dos adultos.

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Se elas vêm de casa diretamente para a classe, as primeiras que forem chegando, podem ajudar a professora a arrumar alguma coisa, como colocar um quadro, um trabalho manual na parede, etc...

Quando outras forem chegando você conversará com elas, sentando-se. Ou então, elas poderão chegar, se dirigir para as mesinhas e brincar com blocos enquanto conversam com a professora e com outras crianças. Neste caso, conforme forem chegando, todas as crianças devem desmontar os brinquedinhos e uma tia passa recolhendo tudo. É aí que outra tia vai chamando um por um (pelo nome) para sentar-se nas cadeirinhas para cantar:

Agora pode vir a Luciana. Muito bem, devagar, sem correr. Arrume sua cadeirinha. Isto, muito bom.

A medida que elas, freqüentarem a classe, você não precisará mais lembrá-las de arrumar a cadeira e andar devagar. Porque elas mesmas farão isto. Assim que todas chegarem às cadeirinhas, olhe quem está sentado bem direitinho e elogie, olhe então todos os outros, diga como estão bonitinhos e comece com oração e cânticos.

2.2 - CÂNTICOS

Os cânticos serão fáceis, com gestos e movimentação. Ex.: "Eu bato palmas" , "Alegria existe em mim", "Louvai-o" e um cântico de agradecimento como "Obrigado Senhor". Podem ser acompanhadas de figuras (cartazes gigantes editados pela Book Press), ou figuras em retroprojetor. Os cânticos mais movimentados não significam agitação mas sim alegria e ordem, sem conversa.

Esta atividade dura geralmente 20 a 30 minutos. O último cântico sempre deve ser uma preparação para a oração deixando as crianças bem tranqüilas. As vezes as crianças sentem-se bem durante os cânticos e a presença do Espírito Santo é tão gostosa que elas começam a se abrir, após a última música. Esteja preparada. É o Espírito dirigindo as necessidades delas.

Num destes cultinhos, durante a oração inicial, repreendi o medo que as crianças tinham. Não sei por que orei assim. Só sei que quando terminei havia 3 crianças ali, contando que tinham medo de escuro, de morte, de fantasma... estavam emocionadas. Não fiz apelo, não perguntei, não gritei, não fiz nada; só fiz uma oração e o Espírito Santo estava ali no meio deles. Que maravilha, foram libertos!

Algumas crianças as vezes não querem cantar. É bom nesta hora que a professora auxiliar sente-se ao seu lado, com todo amor e cante com ela ou simplesmente fique perto e, no final, converse. As crianças que quiserem ir ao banheiro durante os cânticos, deverão ser ensinadas a levantar a mãozinha e pedir à tia auxiliar que a leve ao banheiro. Se a criança começar a desobedecer ou fazer "gracinhas" durante os cânticos, a professora auxiliar deverá ensiná-la com amor a não fazer aquilo. Se ela persistir na desobediência, separe-a e a coloque num canto isolada por um tempo.

A oração do lanche pode ser feita pela professora ou por alguma das crianças que você perceba que têm condições para fazê-la. Deve ser simples, curta e de gratidão.

Ex.: "Obrigado Senhor pelo leitinho gostoso que vamos tomar, que veio da vaquinha que o Senhor fez. Muito obrigado, em nome de Jesus. Amém!"

Caso haja comida na aula prática esta oração ser feita durante a aula, de acordo com o que se estiver comendo ou bebendo.

2.3 - LANCHE

O lanche deve ser sempre precedido de oração. As crianças devem ter ordem para comer, esperar a tia servir sem ficar pedindo. Deve-se ensinar que todos serão servidos e as tias devem ser rápidas no

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atendimento. Quem quiser repetir, levanta a mão e a tia serve no lugar (a criança não deve se levantar para que os outros não queiram fazer o mesmo ). No final, a professora recolhe os copos ( podem ser descartáveis ) e guardanapos, em ordem.

2.4 - HISTÓRIA

Essa parte da aula, especialmente, deve ser preparada com muita dedicação e oração. O material deve ser adequado a cada história que, nesta idade, é muito e dinâmico. Você vai precisar de um forninho, algumas coisas naturais como mel, leite, flores, passarinho e outras vezes, figuras coloridas.

O objetivo é fazer com que a criança tenha contato com a natureza e as coisas criadas por Deus, sendo assim agradecidas, cheias de amor, obedientes, agradando ao Senhor. O 1 ano está dividido em quatro livros (um por trimestre) intitulados:

a ) OBRIGADO SENHOR

Para alguns, estas lições podem até parecer estranhas, mas elas formam as criancinhas. A finalidade deste trimestre é fazê-las gratas a Deus porque vemos muitos adultos e mesmo crianças, de qualquer classe social, completamente ingratos, sem capacidade para verem as coisas lindas e boas que Deus faz para eles, antes pelo contrário, só vêem o negativo; são personalidades sofredoras e que fazem os outros sofrerem também.

Então, por que não ensinamos os pequenos em formação, a serem gratos, mostrando a eles tantas coisas que são tão comuns, e que eles nem dão valor, mas que revelam o cuidado de Deus ? Como por exemplo: o perfume e o colorido das flores, o sabor gostoso dos alimentos (milho, cana, mel, etc), o leite gostoso e docinho, o açúcar que veio da cana. E se Deus não mandasse o Sol e a chuva, ela não nasceria. Sem a vaca que Deus fez, não haveria o leite. Como Deus é bom ! E a gratidão vai entrando no coração da criança.

Para ensinarmos a gratidão de maneira permanente, é preciso que as crianças provem do amor de Deus.

b ) AMO AO SENHOR

No segundo trimestre, já que a criança aprendeu a ser grata, ela vai ser informada do que Deus fez para todos, e especialmente para ela: o mundo - criação - , e vai aprender a amar a Deus. Você só ama o que conhece, não é ? Então vamos mostrar e ensinar a ver e sentir o que Deus fez.

Ex.: 1a. lição - A Terra.

E disse Deus :

Haja luz, e houve luz. Gen 1:3

A terra era tão escura ! Não havia nada nela, ainda.

Vamos fechar os olhinhos. Não abram até que eu mande. Psiu ! Não façam nenhum barulho. (Espere). Era assim a terra, sem nada e escura, mas Deus estava lá, e ele disse: "Haja luz". Quando Deus fala, todos o obedecem, e ficou claro ! Podem abrir os olhinhos. Como é bom ver a luz, não ?

Deus disse: "Haja luz, e houve luz".

Como eu amo a Deus, porque ele fez a luz para mim, e tudo ficou claro ! A luz é o dia gostoso, claro e alegre : Jesus é a luz, etc. Assim seguem as lições chupam a laranja que Deus fez, etc. A criança ama a um Deus que fez com tanto amor este mundo lindo.

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c ) OBEDEÇO AO SENHO É fácil obedecer a quem se é agradecido e a quem se ama. Ensinando as vantagens da obediência e as conseqüências da desobediência. Ex.: Davi obedeceu e venceu. Papai pediu para ele levar pães para seus irmãos e ele foi. Você obedece ao papai sempre?

d ) AGRADO AO SENHOR

É bom agradar a quem se ama, a quem se é grato, a quem obedece, não é? Ensinando a criança a agradar a Deus e conseqüentemente ao seu próximo. Ex.: Samuel agradava a Deus. Você agrada a Jesus? Como será que a gente pode agradar a Deus? Pois vocês vão aprender com um menino como vocês, como se agrada a Deus. Vejam s6...

MATERIAL NECESSÁRIO

Você poderá se utilizar de uma mesa em forma de "U" ou ferradura para contar as histórias ou mesmo fazer um semi-círculo no chão dependendo da aula. Não pare a história para chamar a atenção de uma criança (a professora auxiliar deve fazê-lo com discrição) a menos que seja totalmente necessário. Dê atenção a todas as crianças igualmente. Você pode aproveitar algumas histórias que sejam mais curtas para fazer algo diferente com as crianças caso o culto seja demorado.

Ex. : Após ter dado todas as atividades, vestir um menino de pipoqueiro e fazê-lo distribuir pipoca em saquinhos na classe. É muito divertido.

Há histórias em que as crianças podem se identificar muito com os personagens. Nestas eles poderão começar a abrir o coração e contar coisas de casa como: o papai briga com a mamãe, não gosta de mim, diz palavras feias, etc... E quando se pensa que as crianças "inocentes" falam isso por que ouviram alguém falar e repetem, estamos muito enganados. É assim que o diabo quer que pensemos porque enquanto andamos devagar ele destrói as criancinhas. Duas crianças de 4 anos estavam conversando baixinho na classe e rindo. Cheguei bem perto e perguntei do que riam. Ficaram quietos. Insisti e um deles disse: Sabe tia, estava dizendo prá ele que lá na minha escolinha tem duas meninas que chamam a gente prá entrar no banheiro. E então perguntei: E o que vocês fazem lá? E ele disse: . Ah! ela tira a roupa e fica falando pra gente olhar, mas eu saí correndo e achei gozado. Poucos contam isto para os pais, mas para o coleguinha eles contam. Por isso abra os olhos, os ouvidos e peça a direção do Espírito Santo e o discenimento de Deus para todas as situações.

Há muitas crianças, também que levam os pais à igreja, insistem, amam o cultinho e aprendem a amar a Jesus. Um pai me procurou outro dia e disse: Sabe tia, eu não tenho mais "sossego". Todo o domingo é aquela insistência para vir à Igreja e eu tenho que trazê-los. Eles gostam muito. E assim os pais também se chegam a Jesus. Aleluia!

2.5 - TRABALHOS MANUAIS

Quanto aos trabalhos manuais eles devem ser incentivados e acompanhados em sua execução. Nesta idade as crianças já pintam, recortam (com tesoura sem ponta) e montam praticamente sozinhos. Valorize os seus trabalhinhos; não os deixe rasgar ou amassar. Pode relembrar parte da história enquanto os confeccionam ou colocar objetos da história perto deles para que copiem e se lembrem. Ex.: Vaca, pássaro, etc...

Ensine-os a guardar os lápis e tesouras nas caixas que a professora passa recolhendo.

Em relação aos lápis de cor uma sugestão: separe numa caixa com divisões, lápis de cores iguais em cada divisão. Deixe que cada criança escolha 4 a 5 lápis e vá sentar-se. Incremente o máximo possível com grama, recortes coloridos, glitter, fitas, etc...

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Nunca deixe de fazer alguma atividade por falta de material. Peça a Deus que Ele lhe dê criatividade e use o que seja muito simples.

2.6 - DRAMATIZAÇÃO

É uma parte muito gostosa e bonitinha da aula. Ela aprende sem perceber. Brinca aprendendo. Aprende brincando. A finalidade da dramatização é fazer com que a criança ache que a igreja é o melhor lugar do mundo. Como na dramatização, você escolhe de 5 a 6 crianças de cada vez, elas também aprendem a ter paciência e esperar a sua vez. Na dramatização você pode escolher qualquer uma das outras lições para dramatizar. ( não só as que estão descritas nos livrinhos). Você pode fazer roupas de pano ou papel dependendo das condições de sua igreja, montar cenários e até levar bichinhos de verdade para participar. As roupas mais comuns para esta idade são: Pastor de ovelhas, ovelhas, lobo, flores, chuva, vento, sol, formiga, abelha, lua, estrela, legumes, etc...

Conforme desenhos a seguir:

Na dramatização você conta a história e a criança vai representando de maneira alegre e em ordem. Elas se expressam de modos diferentes e é muito interessante ver como as coisas entram na cabecinha deles. Caso você escolha uma criança que não queira participar, deixe. Ao ver as outras participando logo ela quererá participar também. Você poderá introduzir personagens, mudar a maneira de contar, desde que não mude a aplicação.

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Você pode usar um biombo para ir vestindo as fantasias nas crianças e ir mandando sair conforme a professora for contando a história ou mesmo numa ante sala ou no banheiro (Se for próximo). As fantasias devem ser largas para serem colocadas de preferencia por cima da roupa. O sorriso no rostinho deles compensará todo o trabalho que isso possa trazer com fantasias e montagens. Vale a pena.

3 - TRATANDO COM AS CRIANÇAS

O investimento que você faz nestes dois anos de classe está formando um caráter eterno. São inúmeras crianças que passam por este trabalho. Elas são diferentes, têm educação diferente, temperamentos diferentes, casas diferentes mas sempre a mesma necessidade: sentirem-se amadas, queridas, importantes. Nunca faça distinção entre as crianças; as vezes parece difícil, não é? Uma é tão limpinha e educada, a outra é tão sujinha e malcriada... só Deus sabe o que vai no coração de cada um e Ele se entristece pela diferença que fazemos. Ministre sempre como se você mesmo tivesse que apresentar aquelas crianças a Deus, sem mancha nem ruga. É mais uma etapa em que você rega para depois colher muito fruto. Muitos de nossos pastores e presbíteros estiveram um dia sentados nestas cadeirinhas e hoje são homens cheios do Espírito e usados por Deus. Sinta-se durante o tempo que eles estiverem, com autoridade, firmeza, amor e requeira obediência. Nunca chame a atenção de uma criança na frente das outras de forma a humilhá-la ou constrangê-la. Você só deverá corrigi-la na frente das outras se a afronta da criança for para chamar a atenção e desafiar sua autoridade em público.

Mas se o que ela estava fazendo ou falando de errado fora de hora não atrai a atenção das outras, faça advertência pessoal - você e ela apenas.

Separe um lugar mais isolado na sala onde você" possa colocar uma criança de castigo quando ela insistir mais do que duas vezes no erro (após ser avisado com amor). Nunca deixe de cumprir a sua palavra no que foi prometido tanto de bom como no que for disciplina. As crianças guardam tudo o que é falado. Se você prometer castigo dê, se prometer presente, dê. Elas jamais se esquecem e, se você falhar, perde a autoridade.

Pense bem: tudo é feito com muito amor, mesmo a correção. Tomar cuidado nestas horas, nunca é demais. Não marque uma criança de modo errado e sim ame-a como Jesus. O contato com os pais deve ser sempre amoroso o mais sincero possível desde que haja abertura. Há pais que jamais aceitarão queixas sobre seus filhos, mas, mesmo para estes, o Espírito Santo cria oportunidades e mostra a hora certa. Seja sensível a voz de Deus.

Que assim Deus a abençoe e lhe faça prosperar neste lindo ministério que é levar Jesus aos pequeninos.

Atenção: No manual do curso ( Cultinho 4-6 anos - n" 4 - amarelo ) temos também a orientação sexual.

Experiências- 4 a 6 anos

Uma vez num cultinho, há quinze anos atrás, eu perguntei se alguma criança já havia fumado. Levantou a mão um menino tão pequeno que as outras crianças riram-se dele. Era tão pequeno o menino que eu o peguei no colo. Mandei que os risos parassem, e dei crédito ao menininho. E perguntei-lhe: você fuma ?

E coloquei o microfone para que todos ouvissem a sua resposta.

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E ele falou: Eu fumo

Para surpresa minha, quase todas as crianças daquele cultinho, em uma igreja bem grande em São Paulo, fumavam.

Diante daquele quadro, eu comecei a advertir as crianças do perigo das drogas. Que as pessoas colocam uma erva no cigarro que as deixam loucas e que as mentes, as cabeças delas não ficam mais certas. Não conseguem pensar, nem agir direito.

No mesmo instante, um garotinho cuja fisionomia não me sai da cabeça falou:

- Tia, isso que a senhora está falando é maconha. Eu já saí desta. Os maconheiros eram todos meus amigos, mas agora eu não fumo mais maconha!

E era verdade mesmo. Fui me informar com a sua avó. Sabem quantos anos tinha o garotinho? 6 anos. Isto aconteceu há 15 anos atrás, em uma igreja em São Paulo

. É de cortar o coração, não é ? Mas o que acontece hoje, às vezes não posso escrever aqui.

A igreja está ai. Pronta para ajudar.

Quantas recuperações temos visto. Quantas !

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Se o diabo colocou o mal nas crianças, em nome de Jesus vamos arrancá-lo de lá. Neste idade, de 4 a 6 anos, acontecem grandes conversões e grandes perdições.

Estejamos atentos !

As demais orientações de como cativar as crianças para Jesus e cuidar delas, estão nos livros "Cultinho 4 a 6 anos".

Que Deus abençoe os pais, pastores e líderes.

7 a 10 anosIntrodução e Experiências - 7 a 10 anos.

Já lêem tudo o que lhes cai nas mãos. Coisas boas e más. Livros, revistas, histórias em quadrinhos e literatura escondida que hoje, até já é liberada.

Estão enfrentando quase que sozinhas o mundo da escola. Professores, que vão influenciá-los com sua autoridade, muitas vezes de maneira negativa. Colegas misturados bons e maus, e o convívio é diário. Muitas vezes é maior o convívio, em carga horária, n a escola do que no lar. Contando com a condução e o período escolar e também com o que trazem para estudar em casa, sobra muito pouco para os pais. Vejam como é importante o que já foi plantado até esta idade.

Nas escolas, recebem muita informação, não só dos estudos, mas moral também. Recebem convites para festas e aniversários. E nestas festas e aniversários há corrupção. Em qualquer aniversário há bailes. E muitas vezes com muito pouca luz. Até para crianças de 6 anos.

É bom que os professores saibam que há o vocabulário de Deus, a linguagem santa, e também a linguagem de Satanás. Ele introduz certas palavras, certas expressões... e já perceberam que depois de um pouco de tempo todos falam? E nós também falamos e o diabo se prevalece disso para ter forças em nós. Estes modismos são introduzidos, na maioria das vezes pela TV e os nossos filhos, nas escolas, convivem com eles. Então é bom adverti-los. Tanto na escola quanto na Igreja. Tenhamos um vocabulário de Deus.

Não adianta os pais pensarem que seu filhinho contou tudo para ele. E você pergunta:

Tudo bem, filhinho?

E ele responde com um sorriso, às vezes desconfiado e você nem percebe:

Tudo bem, papai. Mais a maior parte das vezes não está tudo bem.

A vinda de Cristo está próxima e o mundo está correndo com as apresentações de perdição para poder laçar mais alguém, a cada minuto. E os nossos filhos, as crianças da igreja, estão neste mundo, nesta luta, sem perceberem. O perigo é que as crianças começam a ficar acostumadas com a situação das coisas, e muitas vezes, se não são bem orientadas e cuidadas, começam a tomar o errado por certo e o certo por errado. Aí vai ser muito difícil endireitar, porque são coisas escritas no coração. Por isso precisamos escrever coisas de Deus nas suas almas. Usar métodos bonitos, coloridos e caprichados para elas. O diabo

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capricha. E nós? O visual é muito importante. Ele marca. Ele entra sem pedir licença. Não se pode optar. Viu, entrou.

E o nosso mundo está cheio de imagens sem censura. Numa novela, por exemplo as pessoas participam da cena. As crianças ficam apaixonadas por certos ídolos e os imitam em tudo. Eu tenho tido problemas deste tipo nos meus cultinhos. Neste último, uma menina de 6 anos estava chorando porque queria parar de pensar numa atriz de TV e não conseguia e não podia mais dormir. Já era o demônio da atriz. Ela repudiou e foi liberta. A mensagem visual é muito perigosa.

Um pastor ainda bem jovem, casado, com 3 filhos me contou que ele viu quando menino, uma revista pornográfica e agora, quando vai orar, vem na sua cabeça. Tem que lutar e expulsar.

É o mundo em que vivem nossos filhos.

Uma menina de 10 anos, antes de começar o cultinho, estava chorando e disse que já havia pecado muito naquele dia. Eu pensei: "São só 9 hs da manhã! O que será que está se passando com ela e lhe perguntei":

O que aconteceu assim tão cedo?

E ela me contou.

Primeiro, saí para comprar cigarro. Meu pai queria fumar. Depois quis que eu fosse comprar jornal e eu fui e o homem da banca do jornal me mostrou revistas sujas e eu não tive coragem de dizer não, e quando cheguei em casa, vi meu pai sem roupa. Daí saí correndo para cá.

Era domingo. Abracei-a e orei. Seu pai não era crente. Pobrezinha!. Não é o que ela queria, mas era o que ela vivia. Esta mesma menina, começou a ouvir certas músicas com as amigas, e a dançar, e eu havia falado do perigo de certas músicas mundanas, mas ela dançou e dançou mas de repente ela sentiu que alguma coisa horrível, que parecia que ia matá-la, entrou dentro dela. Era o diabo, disse ela. E a irmãzinha mais nova passou pela mesma experiência.

Na casa delas, com a mãe e o pai, tudo parece bem. Não sabem nada do que se passa com as filhas. Os pais não sabem, porque elas não contam. Às vezes têm medo. Outras vezes, não têm confiança. Outras, porque os pais as elogiam muito na presença e elas, cheias de problemas, ouvem aquele elogio e não têm coragem de contar, para não decepcioná-los, e vão carregando aqueles problemas, cheias de necessidades de se abrirem para um pai.

O cultinho é muito importante porque ali elas encontram refúgio e viram do avesso o seu coraçãozinho. E são saradas pelo poder de Jesus. Elas têm voz ativa. Sabem que tudo ali foi preparado para elas. Aquelas horas ninguém vai tirar delas. São respeitadas como gente e são valorizadas.

E quando os pais se convertem, eles demoram um pouco, e às vezes demoram muito para terem estrutura para cuidar dos filhos e até aí, onde ficam eles ? E o que acontece com os filhos durante estes anos? Porque há pais que demoram anos para ter um crescimento, não é? Por exemplo: hoje é muito comum dizer-se: "Vamos tomar banho todos juntos". É moda. Assim perdem a curiosidade. Um Pastor me falou isto também. Mas isto não é Bíblico. O que aconteceu com Caim, filho de Noé? Gen.9:22-26. Ele viu a nudez de Noé e foi amaldiçoado.

Eu atendo muitos problemas de crianças por causa disto, e sabendo qual é a resposta de Deus, tenho aconselhado e tem havido libertação de crianças.

Num domingo eu falei alguma coisa a respeito, e uma mãe veio para mim muito aflita e disse: eu sempre tomei banho com meu filho e também mostro para ele revistas pornográficas e pensei que fosse certo

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porque minhas amigas dizem que é bom, que tira a curiosidade. Mas estou tendo problemas com ele agora. O que eu faço ?

Quanto a orientação sexual, ela precisa ser dada hoje, porque o mundo se adianta, e o mundo é do maligno e as crianças aprendem errado. Não como Deus fez, puro e digno para gerar filhos, mas de um modo sujo, e muitas vezes feio. O mundo, por exemplo nunca falou que uma vez, no útero macio e delicado da Maria, ficou Jesus. Bem pertinho do coração da mãe.

Precisamos mostrar o lado de Deus e ensinarmos corretamente.

O que eu tenho sabido e visto acontecer com as crianças, só dá para pensar: Jesus está voltando mesmo. Não vamos abandoná-las. Vamos trazê-las para Jesus, o quanto antes. Não só as nossas, mas quantas pudermos.

Uma vez, eu orei assim: “Jesus traga crianças para o cultinho”, e ouvi uma voz cantando, que dizia: "Vai buscar, os pequeninos, vai buscar".

Vamos buscá-los?

Gostaria de colocar aqui, tudo o que tenho armazenado nestes anos, mas seria impossível. Que Deus possa usar você e que você dê muito fruto para Jesus.

MATERIAL BÁSICO

CULTINHO - 7 a 10 anos

1a PARTE - ABERTURA ( Recepção )

Como em todas as idades, muita alegria e amor. A criança precisa se sentir querida, mas só se sentirá assim, se você a amar realmente. Você observa onde elas vão se assentar e, se houver algum problema com uma prima, irmã ou amiga, se conversam demais ao chegarem, já coloque em lugar separado com muito amor. Se trazem brinquedos, deixe que mostrem e brinquem neste período de recepção. Se o brinquedo incomoda ou atrapalha, depois peça com amor e não tire, e diga que vai guardá-lo e logo que terminar o cultinho você devolve. Se for uma boneca ou um brinquedo maior, diga que vai enfeitar a sala. Estando já no horário, chegou a hora de um bom dia, por isso que começamos com o concurso que se realiza assim:

2e PARTE - CONCURSO

APRENDENDO A ENSINAR MELHOR

Introdução

Longe de ser um tempo gasto, para simplesmente divertir as crianças, ou mantê-las entretidas enquanto o "principal" não está acontecendo, o Concurso é um momento muito especial, onde podemos avaliar de maneira inteligente e criativa o que as crianças estão absorvendo daquilo que foi ministrado. É justamente através desta avaliação que percebemos se estamos ensinando alguma coisa de forma distorcida, ou se estamos ou não trazendo a ênfase correta dentro daquilo que nos propusemos ensinar.

1. ATITUDE CORRETA:

A criança, tão sensível, estará atenta a todo gesto e atitude que você tomar em relação a ela; muito cuidado então para não fazer nenhuma pergunta que possa magoá-la ou expô-la em situações ridículas! A atitude

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correta deve ser de muito amor, compreensão, real desejo de corrigir e reforçar a lição de Deus, que queremos ver gravada em cada coração.

Vivemos num mundo de extrema competição que tem premiado aqueles que se destacam dentro dos padrões estabelecidos pelo príncipe deste mundo - satanás assim ganha quem é mais sensual, mais malandro, o que melhor engana. Através dos meios de comunicação satanás tem iludido as pessoas confundindo os seus valores e os seus padrões e, infelizmente, assistimos a igreja também caindo em preservar os padrões elevados de ética e moral. Precisamos mais do que nunca, se queremos bem instruir as crianças, estar esclarecidos a respeito daquilo que consideramos valor. Para as crianças o padrão de avaliação é você, por isso aquilo que você crê estará transmitindo consciente e inconscientemente a todas as crianças que estarão continuamente olhando para você.

Jesus tinha um caráter que transparecia de maneira subjetiva, atraindo as crianças - Deixai vir a mim os pequeninos - elas queriam todo o tempo estar perto de Jesus porque Ele, com sua bondade e amor, recebia carinhoso e as abençoava. Por isso, quando você se dirigir a uma criança perguntando ou reforçando algum comportamento você precisa deste aspecto do caráter de Jesus - atrair as crianças - deixando que elas expressem o que está em seu coração; você deverá sabiamente sondar a fé, do tamanho de um grão de mostarda, que está no coração de cada criança e estabelecer o fundamento de Deus que a estará acompanhando por toda sua vida.

Deus nos chama para sermos o Padrão e se os nossos hábitos são desregrados jamais poderemos nos colocar como modelos, ou pretender avaliar um comportamento no qual somos falhos.

Como fazer um concurso de pontualidade se não cumprimos com os nossos compromissos de horário; não basta apenas no domingo chegar cedo, qual é o comportamento geral da sua vida?

Você quer fazer um concurso simples de corinhos, mas se na sua vida não acontece a realidade das músicas que você quer que as crianças cantem Deus não terá um caminho para atuar e usá-lo para ministrar, mesmo através do concurso, um puro louvor a Deus pelas crianças.

Um concurso de versículos é muito fácil fazer, mas se a palavra de Deus não é vida para nós e se o nosso coração não amar profundamente as verdades que Deus tem querido que guardemos, um resultado maior nunca será atingido.

Antes de iniciar qualquer tipo de concurso pense na atitude correta que Deus pede de você.

Jesus é alegria, não deboche, é amor, que não faz acepção de pessoas, é humildade e manso sem ser tímido ou monótono. É tênue a diferença entre as duas posições - Deus não tolera mistura - a grande necessidade que nós temos é sermos guiados pelo Espirito de Deus para formarmos o caráter de Cristo, a santidade do Pai .

2. VENCENDO BLOQUEIOS:

No concurso a maior e mais genuína preocupação não é fazer a criança dar uma resposta certa, mas gerar respostas originais que dentro de sua cabecinha imaginativa e fértil são as respostas que ela precisa para resolver ou se libertar de uma situação de medo ou perigo.

O mais importante não é saber o nome do gigante que Davi derrotou, a resposta certa é Golias, mas a resposta que ela tem que levar no coração é que nós vencemos os inimigos de Deus, os gigantes que enfrentamos todos os dias (pergunte a elas quais são), nós devemos resistir e vencer o diabo. Davi com 5 pedrinhas venceu o gigante, quais são as armas que as crianças podem usar para serem vitoriosas, pergunte a cada uma delas, como elas podem vencer o diabo.

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Você, professor, deve incentivar no concurso esta aplicação da palavra de Deus dentro de um clima de alegria e festa, você estará reforçando os pontos fundamentais da fé em cada criança. A bíblia nos traz histórias de crianças com a ida de daquelas que estão na sua classe que foram poderosamente usadas por Deus. Onde estarão os "Samueis", "Davis", "Josias", "Josés", "Benjamins", "Moisés" e tantos outros que a palavra diz que provaram o poder de Deus? Hoje, agora, você é o canal de Deus para a execução desta obra, aproveite as chances! Esteja preparado.

É certo que existem diferenças entre as crianças referentes a capacidade de absorção, memorização, grau de atenção, procure conhecendo cada uma delas, fazê-las progredir ainda que em termos relativos.

Sempre fique atento a dar oportunidade para aquela criança que nunca levantou a mão para responder qualquer questão; o dia em que vier a frente procure deixá-la o mais confortável possível, pronta a expressar o que está em seu coraçãozinho, corrija com amor, incentive a participação. De igual maneira, trate as mais expansivas de modo adequado para que aprendam operar em equipe. A dinâmica ideal para um concurso é aquela onde as crianças participam de maneira agradável, livre das tensões do jogo perder/ganhar caminhando para a situação ganhar/não ganhar. A diferença é fundamental pois ao invés de serem castigados pelos erros, você aprende com eles; estamos formando crianças que são parte do corpo de Cristo, os membros são diferentes; precisamos identificá-los cada um na sua função.

Na questão de avaliação através do concurso, mais do que em qualquer outra atividade, aprendemos com nossos próprios erros (professores e crianças) até nos tornarmos familiares com cada situação. Com o tempo aprenderemos a perguntar certo, reforçar adequadamente, punir ou elogiar, tudo isso Deus acrescenta através da experiência. Vença seus próprios bloqueios, não diga: "Eu não sirvo" , "não tenho jeito", "não é da minha área", busque novas idéias, coloque diante de Deus esta necessidade de avaliação através de concursos bem orientados dentro de sua comunidade.

Quando a resposta a uma pergunta são vidas, Deus se encarregará de responder, mostrando cada uma delas. Você, líder, fique atento e prepare alguém em sua igreja para executar este tipo de trabalho.

3. O CONCURSO DENTRO DO CULTINHO

A rigor, não existe um horário ideal para acontecer o concurso dentro da programação do cultinho. O importante é que, uma vez definido o horário, ele não sofra alterações: isto para que você não perca a chance de estimular a criança a chegar cedo (se o concurso for feito no início) ou reforçar a necessidade de ficar quietinho na história (daí o concurso viria logo em seguida).

Um concurso bem planejado é aquele que estimula pequenas atitudes dentre os mais variados contextos. Fique atento a qualquer oportunidade onde você possa interferir, tornando uma rotina qualquer, controlada a nível de motivação por um concurso (hora do lanche, hora da saída, saída para as classes, etc.).

Se a posição do concurso dentro da programação é variável um ponto temos que ter com toda a certeza: Ordem, Disciplina, Silêncio. Antes de começar a sua atividade você deve deter o domínio das ações; todos os movimentos neste início deverão estar concentrados em você. É você que de uma maneira criativa e amorosa irá requerer silêncio e máxima atenção, para isso, gesticule, movimente-se na ponta do pé, faça uma pequena encenação, abra e feche o olho escondendo com as mãos, vire para traz conte até 3 e volte, deixe as crianças bem sentadinhas na cadeira, pezinhos juntos, cabeça levantada olhando para frente, mãozinhas em cima do joelho, etc.

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Existem inúmeras maneiras de chegar a esta situação de silêncio para iniciar o seu trabalho; use estímulos do tipo "somos um exército", "somos todos soldados bem comportados de Jesus", "Jesus, o nosso general, está nos vendo agora". Devemos usar frases verdadeiras que testifiquem a realidade que nós vivemos. Como dissemos na introdução, você não está simplesmente gastando tempo tentando fazer a criançada ficar quieta, antes, ensinando um comportamento, reforçando e estimulando uma atitude.

Traga sempre com a sabedoria que Deus nos dá, identificação à criança de que a casa de Deus é um lugar de reverência e respeito, mas também de muita alegria. A duração do concurso, dentro de um cultinho de 1:30hs., não deve exceder 20 minutos. Comece à hora marcada, estimule pontualidade, (ganha pontos a idade que tiver mais pessoas na hora do início) tenha também uma mesa com pequenas lembrancinhas para todas as crianças que chegarem na hora com até 2 minutos de tolerância. Faça "andar o carrinho no autódromo", "mexer as estrelinhas no céu", etc. Levante situações que ataquem o problema do atraso "que hora foi dormir no sábado", "deixaram a roupinha pronta?". Se o problema for com os pais, converse com eles; a reunião dos adultos também vai ganhar com isto.

Após o silêncio total, você pode descontrair levemente, sempre dominando a situação, para que o concurso nunca pareça algo desorganizado ou badernado. Peça para as crianças darem um sorriso, ficarem em pé sem mexer as cadeiras, dar 3 pulinhos bem juntinhos sem perder o equilíbrio, etc.

Dentro da visão de obter a participação da criança antes de se preocupar com uma resposta certa, pergunte a elas situações do cotidiano onde tiveram desempenho satisfatório, "quem teve vitória esta semana", "quem não brigou com o irmãozinho", "quem ajudou a mamãe"; faça perguntas de acordo com cada idade, reforce os comportamentos positivos, ajude as crianças nas situações difíceis, a grande chave chama se: MOTIVAÇÃO.

A seqüência inicial de perguntas deve ser de tal maneira que as crianças se abram ao que o Espírito Santo tem colocado naquele momento no seu coração. Não há situação que o Espírito Santo não possa atuar ou resolver. Quando elas ficarem mais velhas poderão não estar tão abertas como nesta idade onde estão nas tuas mãos. Aproveite as chances, os seus esforços genuínos nas mãos de Deus muito farão para que as crianças aprendam a confiar Nele, a serem pessoas firmes e decididas que atingirão os objetivos que você mesmo vai ajudá-las a estabelecer.

Existem inúmeros tipos de concurso que você pode facilmente realizar, que se relacionam com a história bíblica, com os cânticos ou com a bíblia de maneira geral. Você deve saber dosar em cada concurso os diversos tipos disponíveis para cada situação. Se você usou mímica na história, use palavras embaralhadas nos cânticos e perguntas diretas na hora de avaliar o conhecimento bíblico.

Procure avaliar de 3 em 3 meses introduzindo coisas novas sempre avaliando o retorno que está se obtendo.

Você ficará surpreso algumas vezes com as respostas das crianças, sua memória e seu raciocínio puro, infantil, tão belo!

Considere atentamente diante de Deus cada resposta, que pode revelar o progresso do aprendizado, ou mesmo as lutas, dúvidas e medos que cada uma está sentindo, observe e atue com firmeza em cada situação.

Costuma-se dizer, que o aprendizado se completa quando existe mudança de comportamento, se as crianças estão aprendendo, estão mudando e pela palavra de Deus se transformando em novas criaturas, crescendo na vida de Deus, tornando-se mais parecidas com Jesus, o melhor amigo que sempre quis tê-las por perto.

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4. PRÊMIOS

É importante estar instruído sobre como premiar esforços e recompensar resultados de maneira justa e adequada.

A experiência vai nos ensinar a estar distribuindo os prêmios para as várias idades dentro dos padrões de aceitação de cada um.

Se você faz concursos com premiação dominical, é óbvio que deve ser diferente dos prêmios dados para concursos mensais ou trimestrais.

A divisão de premiação por idades irá, por exemplo, ajudar a tornar a competição mais justa e equilibrada. Não permita que num mesmo concurso, crianças de 4 e 6 anos tentem responder as mesmas questões que se dirigem aos de 9 e 10.

Todo comportamento é motivado, portanto, se não equilibrar os esforços tornará a atividade desinteressante para alguns e muito fácil para outros, e desequilíbrios de outra natureza também ocorrerão.

Muito vale ter sempre à mão prêmios para todos os níveis; utilizados como critérios, tornarão a competição sadia e divertida. Se aos olhos da criança o prêmio que você comprou para o segundo lugar lhe parece melhor e ela foi a primeira colocada, deixe que ela mesma escolha entre os dois prêmios o que mais lhe agrada. Tenha sensibilidade para não deixar nenhuma criança diminuída ou desnecessariamente híper valorizada. Não permita de modo algum vaias e manifestações de desprezo por parte de outras crianças, faça sempre, todas se sentirem participantes de um processo onde o legítimo esforço é recompensado, e se não ganhou hoje pode ganhar amanhã. Na diversão do concurso não há perdedores que jamais possam se recuperar.

Nunca prometa aquilo que você não pode dar, nem deixe de cumprir o que uma vez prometeu; não frustre a expectativa das crianças que se animam com este tipo de atividade. Estamos lidando com vidas tão preciosas a Jesus! Que elas sempre sintam que na casa de Deus existe seriedade, respeito e honestidade. Fique atento para qualquer brecha que o inimigo queira se aproveitar.

Na dependência do Espírito Santo o seu bom senso funcionará perfeitamente para solucionar qualquer impasse.

QUE DEUS ABENÇOE RICAMENTE!

3a. PARTE - CÂNTICOS

É um período de louvor. Por isso deverá ser levado à sério pela professora. Colocamos uma professora para o louvor e professores auxiliares, (três, quatro, ou mais, de acordo com o número de crianças) que ficarão nas laterais para tomarem conta. A professora que está cantando não deverá se preocupar com imprevistos. Isto corre por conta dos professores auxiliares que não deverão dialogar com a criança. Somente farão um gesto de silêncio. Os professores ficam controlando as crianças e estas, ao perceberem este controle, logo se comportam. A professora não pode cantar se as crianças estiverem conversando ou em desordem. Quem canta deverá ser agradável, afinada e estar de acordo com o instrumento musical.

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INSTRUMENTO

Este nunca deve ser afinado (no caso do violão, etc.) na hora em que vão cantar, mas já estarão prontos e com as tonalidades certas. Quem vai tocar, precisa ter em suas mãos a lista dos cânticos. Nunca aceite da criança "Vamos cantar isto?" Você responde que cantará no próximo domingo. E cantará mesmo. Poderá usar órgão, piano, bateria, violão, acordeão, o que puder, mas com muita ordem e sem muito barulho. Mesmo a bateria, suave, para não excitar as crianças.

Procure usar cânticos de acordo com a lição que vai ser dada, daí a comunicação entre o louvor e a mensagem. Depois do concurso as crianças estarão um pouco cansadas; então coloque cânticos alegres e de movimentação, porque assim descansarão sem que percebam. Em seguida parta para os mais suaves e que convidem à oração. As crianças precisam de um tempo para se acalmarem.

Quanto ao visual

Poderá usar cartazes ou retro-projetor.

Para confeccioná-los usar o livro com todas as explicações "É FÁCIL FAZER", de Elisabeth Pereira Dancuart, da Book Press.

Cânticos

Livros PERFEITO LOUVOR

CARTAZES DO PERFEITO LOUVOR - já ampliados e coloridos, prontos para usar.

fitas E DISCOS PERFEITO LOUVOR. Logo após os cânticos, a própria professora que cantou, ora. Oração clara, curta e com palavras fáceis.

4. PARTE

HISTÓRIA

(Manual e histórias "Cultinho 7 a 10 anos")

É a hora em que a semente vai ser lançada nos coraçõezinhos. Que todos os professores estejam em oração.

Usamos, na maior parte das vezes, histórias. Se você falar para uma criança: você não deve mentir, é feio, desagrada a Deus, etc., ela ouve mas continua mentindo. Se você contar uma história, esta cai no coração da criança e dá fruto. Ela se sente a própria criança da história, e que mentiu. Mas, para contar qualquer história exija, como nas outras partes, muito silêncio. Por isso não podemos ter nenês, nem que sejam irmãozinhos dos alunos, porque um choro e a história perde a força.

A professora que conta a história é outra: não é a dos cânticos. As crianças gostam muito de um professor, nesta idade. Se tiverem um casal será muito bom. Eu gosto quando pais estão trabalhando com as crianças porque conseguem compreender certos detalhes, por causa dos seus próprios filhos, se forem bem educados.

Visual da História.

Depende do número de crianças e do tamanho do salão. Se for pequeno, as próprias histórias coloridas servem. Se forem muitas, é bom ampliar para o maior tamanho em xerox e depois pintá-las. Se forem de

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150 para cima, seria bom um retro-projetor. O "É Fácil Fazer", ensina como se fazem as transparências e como se pintam.

Apelo

Depois da história é bom que se faça um apelo. Este deve ser rápido e preciso.

Oração

Ore pelas crianças e deixe que elas se manifestem. Se querem orações específicas, faça-as. Se você tem muitas crianças e for muito grande o número das que se manifestam, enquanto a professora do louvor canta, você ora com a sua equipe nos lugares mesmo.

Lembre-se:

1- quando uma criança se abre e conta alguma coisa, mesmo grave, trate-a com muito amor e sabedoria, porque ela está sendo curada.

2 - não conte a outros o que ela lhe contou.

3 - ore por elas a semana toda.

5. PARTE

CÂNTICOS

Se você sentir que Deus colocou algum cântico no coração naquele momento, cante-o baixinho, mesmo sem acompanhamento. É um cântico para firmar a mensagem dada. Virão depois mais dois cânticos, enquanto se coloca na frente delas o teatrinho de fantoches.

6. PARTE

FANTOCHES

Se possível, dar sempre o enfoque da história: mentira, amor, obediência, bondade, etc.

A criança ouve muito o boneco e o obedece, portanto, não se pode fazer um teatrinho de qualquer modo, ou com certas inconveniências com gírias, gozações, etc., mesmo porque ele vem logo depois da história espiritual. Pode ser engraçado mas espiritual também.

Quando adolescentes trabalham, precisam ser orientados para transmitir uma mensagem certa e complementar a aplicação.

Nunca demorar muito. Média de 15 minutos. Não mais, porque as crianças já estão cansadas.

Para a confecção dos bonecos usar "É Fácil Fazer".

7. PARTE

SAÍDA

É hora muito importante. Podo-se cantar um cântico de despedida:

Até logo, amiguinhos

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Até logo, é hora de partir.

Passem todos muito bem,

Muito bem, muito bem,

Pois no domingo que vem,

Mais cultinho tem.

Depois avise: Só vai sair agora a última fila, etc. Com o auxílio dos professores, saem fila por fila, começando pelos maiores porque saem mais depressa. E, por último, os pequenos.

Uma boa saída conserva no coração da criança o sentido de ordem que ela viveu durante todo o cultinho.

ATENÇÃO

Em qualquer idade, o sistema de rodízio de professores não funciona. Nem para pequenos, nem para maiores. Para os pequenos há o medo de não saber quem vão encontrar e acabam nem conhecendo sua professora realmente. Para os maiores também não há vinculo de amizade e é oportunidade para desordem e abuso porque só vão se encontrar com ele ou ela daqui há um mês.

Que Deus abençoe você, querido professor, nesta tarefa tão grande de cuidar daquilo que Ele ama tanto - os pequeninos.

Aconselhamento para líderes de crianças.

Seria bom que os pastores também tomassem consciência do que é falado aqui.

Para qualquer classe ou trabalho, formar equipes: Uma diretora que será diretamente a responsável, e mais três professoras.

Haverá também, uma coordenadora geral. É uma questão de organização e respeito.

Tudo o que é feito de todo o coração, é aceito por Jesus: quem dá mamadeiras, quem cuida da disciplina, ou quem conta a história e faz o louvor.

Se o lugar é feio ou bonito, não importa. É o Espírito quem faz.

Sem a equipe, seria difícil uma professora contar uma história para 1000 crianças, mas se em cada dois bancos houver uma professora cuidando, a história poderá ser contada com tranqüilidade. Todos os trabalhos que se fizerem na igreja, para qualquer idade, desde o mini-maternal até 10 ou 12 anos, deverá seguir o mesmo esquema de organização, e ordem. Explico:

Se em um cultinho, por exemplo, de 4 a 6 anos as professoras permitem desrespeito, desordem, isto influirá no cultinho dos maiores e dos menores. Então:

Se todas as professoras concordarem em que as crianças não vão jogar papel no chão, não vão falar alto, não vão virar para trás, não vão ao banheiro na hora da história, etc... e uma criança pedir para uma das professoras e esta não deixar, é provável que ela arrisque pedir a outra para ver se consegue. Mas todas darão a mesma ordem. Então a criança se submete sem vontade de desobedecer. Deve haver coerência entre os professores.

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Nos livros, há a ordem dos cultinhos. Criança é criança. Se você deixar, elas vão dizer: Queremos cantar isso, ou aquilo.

Não, você responde. Já está no programa e eu anoto o que você quer cantar e no domingo que vem nós cantamos, está bem?

Cuidado com o louvor. Prepare-se bem. Primeiro esteja na presença de Deus, e tenha decor a letra que vai cantar. A criança percebe o seu despreparo, com a maior facilidade.

Deixe que a criança se manifeste. Ouça com amor o que ela tem a dizer.

Não querer ser tão boazinha a ponto de transigir no erro.

Limpeza da sala logo após o cultinho.

Se você der alguma ordem, pense bem antes de dá-la, porque depois terá de ser cumprida. Não comece a contar uma história ou a cantar se houver barulho, ou crianças conversando. Espere calmamente pelo silêncio.

Deus não gosta de desordem

Não se irritar se alguma das mães quiser ficar com a criança na sua classe. É sua filha, ou seu filho e ela tem o direito. Ela mesma gostará de ver o que estão ministrando. Assim que vir que é coisa séria, descansará.

Se houver algum problema de choro, que você não possa acalmar, ou de doença, chame a mãe. Não deixe a criança chorando, porque isto poderá marcá-la para mais tarde, de uma maneira negativa, porque a criança sempre pensa que a mamãe saiu e nunca mais vai voltar. É aconselhável que a mãe saia, avisando a criança que volta dentro de 5 minutos, e ela volta mesmo.

Quando ela vê que várias vezes a mamãe vai e volta, ela crê, e não se apavora.

Uma vez por semana, depois de cada cultinho, fazer uma avaliação e ver o que pode ser melhorado.

Não deixe entrar quem quiser, para trabalhar. Se você quiser apresentar uma pessoa para trabalhar com as crianças, não fale com esta pessoa antes de conversar com a diretora geral. Depois de receber a aprovação da diretora geral, então fale com a pessoa, que esperará a reunião trimestral para começar. É uma precaução necessária para não termos decepções.

Esta reunião será desde o berçário até 12 anos.

Nunca marcar uma criança, só porque você não gosta do seu pai ou sua mãe. Todas são tratadas igualmente e se você tem diferença com alguém, vá se reconciliar primeiro, para depois ministrar às crianças.

Quando você está aflita porque seu lar não está bem, peça afastamento porque o que você sente, passa para as crianças que são muito sensíveis.

Evitar comentários da vida de quem quer que seja. Em comentários, o diabo se intromete.

Seja delicada. Nunca levante a voz com uma criança. Não use vocabulário difícil e não fale depressa demais com elas. Não seja melindroso e aceite as mudanças necessárias. Aceite orientação. Seja humilde. . Qualquer disciplina terá que ser recheada de amor. Amor e disciplina sempre andam juntos. Trate as crianças com consideração. Faça-as sentirem-se felizes. Nunca ofender as crianças e muito menos os pais. Lembre-se que os filhos são herança do Senhor. Se os pais estão dando a sua herança para você cuidar, cuide com toda honestidade e amor. É tudo de mais rico que eles têm. Arrumar as classes antes da chegada 58

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dos alunos. Enfeitá-las, deixá-la aconchegante. Na sua classe deverá reinar muita alegria, mas nunca uma brincadeira "gozação", da sua parte ou das crianças. Nenhuma brincadeira que seja pejorativa. Muito respeito na Casa de Deus. Nunca descer a ponto de ser desrespeitada, como dar tapa, soco, cócegas, etc...

Peço a Deus que a mente de cada uma de vocês esteja sempre unida a de Jesus num propósito de levar as crianças à salvação eterna. Saiba que você é imitada em tudo.

Na roupa, nos gestos, no sorriso, no cabelo, em tudo. Que as crianças possam ver Jesus em você. Dê bom testemunho. E que quando Jesus voltar, possam subir com Ele as crianças que estamos cuidando. Amém! !

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