144622100214_oab_2_fase_xv_d_trabalho_aula_01

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www.cers.com.br OAB XV EXAME DA ORDEM Direito do Trabalho Renato Saraiva 1 PREPARAÇÃO EXAME DE ORDEM (XV EXAME) 2ª FASE TRABALHO DICAS DE ESTUDO Não há necessidade de você memorizar ou decorar assuntos trabalhistas para a 2ª fase. Lembre-se que você poderá utilizar códigos, que irão lhe auxiliar e fornecer conteúdo necessário à solução do problema proposto. Tente, em cada questão apresentada, desenvolver um raciocínio lógico, identificando o problema e a respectiva solução. Você deverá enfrentar a questão como se estivesse no seu escritório profissional e um cliente lhe procurasse com um problema a ser solucionado. Como um médico, você deverá saber identificar a doença (o problema) e prescrever a medicação (solução do problema). Não adianta decorar, você terá que exercitar o raciocínio jurídico; Exercite bastante. Resolva bastantes questões. Treine, exaustivamente, peças processuais (iniciais, defesas, recursos, etc). Um campeão treina muito. Somente a teoria não será suficiente. Uma das minhas maiores recomendações em sala é a de que não basta assistir aula. O sucesso dependerá do esforço individual de cada um, realizando o maior número possível de tarefas práticas. Lembre-se novamente: Não há ganho sem dor; Não treine as peças processuais no computador. No dia da prova você não poderá usar o seu micro. Deixe de preguiça e comece a escrever, utilizando-se de papel e caneta; Utilize letra clara legível. Caso sua escrita não seja das melhores, utilize letra de forma (atenção para distinguir as letras maiúsculas das minúsculas, de modo a não prejudicar a pontuação). Preste atenção: se o examinador não conseguir entender o que você escreveu, é claro que você terá grandes dificuldades de aprovação no certame. Letra ilegível revela comportamento negligente e descuidado por parte do examinado; Evite rasuras, remendos e borrões. A apresentação, a boa aparência e o capricho são detalhes que influenciam, positivamente, o examinador. Não será permitido a utilização de corretivos. Neste caso, você não precisa rabiscar, por completo, a parte do texto que deseja retirar da prova (alguns, de tão nervosos, chegam a rasgar a folha do caderno de respostas). Errou? Acalme-se. Basta riscar o texto equivocado com um traço --------------------- -----------; A apresentação estética também é fundamental para uma boa avaliação por parte do examinador; Cuidado com o rascunho. O examinador não corrigirá as questões que forem respondidas no rascunho. Sinceramente, só utilize o rascunho se houver necessidade de realizar cálculos ou mesmo para preparar uma síntese dos principais pontos a serem abordados na solução da questão. Normalmente, a prova é extensa e você não terá tempo de fazer as questões no rascunho e “passar a limpo” a resposta.

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    OAB XV EXAME DA ORDEM Direito do Trabalho

    Renato Saraiva

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    PREPARAO EXAME DE ORDEM (XV EXAME)

    2 FASE TRABALHO DICAS DE ESTUDO No h necessidade de voc memorizar ou decorar assuntos trabalhistas para a 2 fase. Lembre-se que voc poder utilizar cdigos, que iro lhe auxiliar e fornecer contedo necessrio soluo do problema proposto. Tente, em cada questo apresentada, desenvolver um raciocnio lgico, identificando o problema e a respectiva soluo. Voc dever enfrentar a questo como se estivesse no seu escritrio profissional e um cliente lhe procurasse com um problema a ser solucionado. Como um mdico, voc dever saber identificar a doena (o problema) e prescrever a medicao (soluo do problema). No adianta decorar, voc ter que exercitar o raciocnio jurdico; Exercite bastante. Resolva bastantes questes. Treine, exaustivamente, peas processuais (iniciais, defesas, recursos, etc). Um campeo treina muito. Somente a teoria no ser suficiente. Uma das minhas maiores recomendaes em sala a de que no basta assistir aula. O sucesso depender do esforo individual de cada um, realizando o maior nmero possvel de tarefas prticas. Lembre-se novamente: No h ganho sem dor; No treine as peas processuais no computador. No dia da prova voc no poder usar o seu micro. Deixe de preguia e comece a escrever, utilizando-se de papel e caneta; Utilize letra clara legvel. Caso sua escrita no seja das melhores, utilize letra de forma (ateno para distinguir as letras maisculas das minsculas, de modo a no prejudicar a pontuao). Preste ateno: se o examinador no conseguir entender o que voc escreveu, claro que voc ter grandes dificuldades de aprovao no certame. Letra ilegvel revela comportamento negligente e descuidado por parte do examinado; Evite rasuras, remendos e borres. A apresentao, a boa aparncia e o capricho so detalhes que influenciam, positivamente, o examinador.

    No ser permitido a utilizao de corretivos. Neste caso, voc no precisa rabiscar, por completo, a parte do texto que deseja retirar da prova (alguns, de to nervosos, chegam a rasgar a folha do caderno de respostas). Errou? Acalme-se. Basta riscar o texto equivocado com um trao --------------------------------; A apresentao esttica tambm fundamental para uma boa avaliao por parte do examinador;

    Cuidado com o rascunho. O examinador no corrigir as questes que forem respondidas no rascunho. Sinceramente, s utilize o rascunho se houver necessidade de realizar clculos ou mesmo para preparar uma sntese dos principais pontos a serem abordados na soluo da questo. Normalmente, a prova extensa e voc no ter tempo de fazer as questes no rascunho e passar a limpo a resposta.

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    O caderno de rascunho de preenchimento facultativo e no ter validade para efeito de avaliao, podendo o

    examinando levlo consigo aps o horrio estabelecido no Edital. Jamais assine ou coloque o seu nome na pea profissional. Caso isso ocorra, a prova estar identificada e voc ser automaticamente desclassificado. No mximo, coloque o nome da Cidade e a data do dia em que estiver prestando o exame. Caso deseje, desenhe um trao e sob ele escreva: Advogado OAB/ n...; CUIDADO com a correo gramatical. fundamental que se evite, ao mximo, erros de portugus, que podero ensejar perda de pontos preciosos no certame da OAB. Numa determinada prova, por exemplo, foi exigido que o candidato apresentasse uma defesa nominada de exceo de incompetncia. Pois bem, o candidato, aps fazer o cabealho e qualificao das partes, nominou a pea de EXSSESSO DE INCOMPETNCIA. NO parece difcil deduzir que o aluno foi reprovado no certame. Ademais, evite abreviaturas, escrevendo as palavras por extenso; Cuidado com a linguagem utilizada na redao da pea profissional. Olha, no h necessidade do examinado utilizar uma linguagem rebuscada, de difcil compreenso. Agora, seja qual for o seu estilo, voc dever utilizar uma linguagem jurdica clara e de fcil entendimento. Em outras palavras, dever o examinado utilizar-se de vocbulos e expresses jurdicas, tpicas de um operador do direito. Logo, quanto mais voc ler e exercitar peas jurdicas, mais facilmente voc assimilar o vocabulrio jurdico, NUNCA utilize uma linguagem vulgar. Por exemplo: um aluno me apresentou uma pea processual para correo (tratava-se de um agravo de petio). Pois bem, o mesmo, ao narrar o ato praticado pelo juiz na execuo passvel de reforma pelo TRT, assim expressou o seu pensamento: E a, o Juiz, mais teimoso que jumento empacado, indeferiu...... Sem comentrios.

    Na resoluo da pea profissional no invente dados, salvo se a questo assim sugerir. Procure desenvolver o seu raciocnio jurdico baseando-se, to somente, nos dados fornecidos pelo examinador; habeas corpus, ao de consignao em pagamento, inqurito para apurao de falta grave, ao rescisria, etc); habeas corpus, ao de consignao em pagamento, inqurito para apurao de falta grave, ao rescisria, etc); Voc dever levar para a prova os cdigos, de preferncia condensados em um vade mecum, devidamente atualizados. Ateno, voc precisar de uma CLT atualizada que venha acompanhada de todas as smulas, orientaes jurisprudenciais e precedentes normativos expedidos pelo TST.

    VOC NO PODER LEVAR NO DIA DA PROVA QUALQUER LIVRO DOUTRINRIO

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    LIVROS SUGERIDOS: PARA O DIA DA PROVA VADE MECUM (QUALQUER UM DESDE QUE ATUALIZADO) CLT RENATO SARAIVA / ARYANNA MANFREDINI / RAFAEL TONASSI (Editora GEN) LIVROS SUGERIDOS PARA ESTUDO:

    DIREITO DO TRABALHO

    Curso de Direito do Trabalho Vlia Bonfim; Curso de Direito do Trabalho Mauricio Godinho Curso de Direito do Trabalho Alice Monteiro de Barros; Direito do Trabalho para Concursos Renato Saraiva LIVROS SUGERIDOS: PROCESSO DO TRABALHO CURSO DE PROCESSO DO TRABALHO CARLOS HENRIQUE BEZERRA CURSO DE PROCESSO DO TRABALHO RENATO SARAIVA Voc no poder utilizar Cdigos rabiscados ou com observaes ou lembretes inseridos a caneta ou a lpis na obra. Voc no poder portar no dia da prova livros com modelos de peties, ou livros que contenham questes de perguntas e respostas. Tambm no leve para o dia da prova os exerccios feitos por voc em casa ou em sala de aula, mesmo que permaneam dentro da bolsa;

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    As respostas das questes subjetivas devero ser sempre fundamentadas, indicando o candidato, sempre que possvel, o dispositivo legal (normalmente artigo da CLT), jurisprudncia (smulas, orientaes jurisprudenciais, etc). Para maior facilidade em localizar determinadas matrias, utilize sempre o ndice remissivo da CLT, das smulas e orientaes jurisprudenciais e dos;

    2. PRINCIPAIS TEMAS DISCUTIDOS NA JUSTIA DO TRABALHO:

    2.A. GRATUIDADE DE JUSTIA E ASSISTNCIA JUDICIRIA: Lei 1060/50 Lei 7115/83 Lei 5584/70; Art. 790, 3, da CLT DO BENEFCIO DA JUSTIA GRATUITA: Nos termos do artigo 14, pargrafo 1 da Lei n 5.584/70, das Leis ns 1.060/50 e 7.115/83 e do art. 790, 3 da CLT, o Reclamante declara para os devidos fins e sob as penas da Lei, ser pobre, encontrando-se desempregado e no tendo como arcar com o pagamento de custas e demais despesas processuais sem prejuzo do prprio sustento e de sua famlia, pelo que requer os benefcios da justia gratuita. 2.B. HONORRIOS ADVOCATCIOS: CORRENTE LIBERAL (MINORITRIA):

    - Art. 133 da CF/88; - Art. 20 do CPC; - Art. 22 da Lei 8906/94;

    2.B. HONORRIOS ADVOCATCIOS: CORRENTE RESTRITIVA (MAJORITRIA):

    - Smula 219 e 329 do TST; 2.C. HOMOLOGAO DE VERBAS RESCISRIAS E MULTA DO ART. 477 8 DA CLT Pargrafos do art. 477 da CLT; Caso o aviso prvio seja trabalhado, ou mesmo tratando-se de terminao normal do contrato por prazo determinado, as verbas rescisrias devero ser pagas at o 1. dia til imediato ao trmino do pacto laboral; Caso o aviso prvio no seja trabalhado, seja o mesmo indenizado ou dispensado o seu cumprimento, ou ainda na hiptese de dispensa por justa causa do empregado, as verbas rescisrias devero ser

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    quitadas at o 10. dia contado da data da notificao da dispensa; 2.C. HOMOLOGAO DE VERBAS RESCISRIAS E MULTA DO ART. 477 8 DA CLT O no pagamento dos haveres rescisrios, ou mesmo a inobservncia do prazo para quitao das atinentes verbas (art. 477, 6. da CLT), importar no pagamento de uma multa em favor do empregado, equivalente a um salrio contratual (CLT, art. 477, 8.), salvo quando, comprovadamente, o obreiro der causa mora. 2.D. FGTS E INDENIZAO COMPENSATRIA (MULTA DE 40% DO FGTS): CF/88 ART. 7, III; ART. 15 DA LEI 8036/90 ART. 18, 1, DA LEI 8.036/90 2.E. SEGURO-DESEMPREGO Seguro Social art. 201, III, CF/88; Art. 7, II, CF/88; Lei 7998/90, alterada pela Lei 8.900/94; Concesso ao trabalhador desempregado, perodo de 03 a 05 meses, a cada perodo aquisitivo de 16 meses; O valor do seguro-desemprego no poder ser inferior a 1 salrio mnimo; 2.E. SEGURO-DESEMPREGO: Empregado Domstico seguro-desemprego de 1 salrio mnimo, perodo mximo de 03 meses, ao obreiro inscrito no FGTS; O Seguro-Desemprego somente ser devido nas hipteses de dispensa imotivada ou resciso indireta (no tem direito em caso de dispensa por justa causa, pedido de demisso ou culpa recproca); 2.E. SEGURO-DESEMPREGO: Adeso a PDV no gera direito ao Seguro-Desemprego; S. 389 TST;

    2.F. FRIAS: CF/88 ART. 7, XVII; Tero Constitucional; Perodo aquisitivo e concessivo; Gozo ou pagamento de frias simples ou em dobro; Abono pecunirio; Culpa recproca e frias proporcionais; 2.G. SALRIO-FAMLIA CF/88, ART. 7, XII; LEI 8213/91, ARTS. 65 e ss.; Devido ao segurado empregado e ao avulso (no devido ao domstico); Pago em razo do dependente do trabalhador de baixa renda (filho ou equiparado at 14 anos de idade, ou invlido de qualquer idade); 2.G. SALRIO-FAMLIA: VALOR DA COTA (PORTARIA INTERMINISTERIAL N 19/2014): R$35,00.......remunerao mensal do empregado no superior a R$ 682,50 R$24,66.....remunerao mensal superior a R$682,50 e igual ou inferior a R$1.025,81 2.G. SALRIO-FAMLIA Caso o empregado perceba mais do que R$1.025,81, no far jus ao salrio-famlia; ART. 84 DECRETO 3048/99; SMULA 254 DO TST; 2.H. 13 SALRIO (GRATIFICAO NATALINA): ART. 7, VIII, CF/88; LEI 4090/62; LEI 4749/65; 2.I. DESCONTOS NO SALRIO: ART. 462 DA CLT; SMULA 342 DO TST;

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    DANO CAUSADO PELO EMPREGADO DOLO OU CULPA; LEI 10.820/2003; OJ 160 SDI-I/TST; 2.J SALRIO IN NATURA: ART. 458 DA CLT; Utilidade para o trabalho ou pelo trabalho; Art. 458, 2, da CLT parcelas fornecidas pelo empregador que no so salrio in natura; 2.K. Jornada: Jornada diria, semanal e turnos ininterruptos; Formas de prorrogao de jornada (compensao de jornada); Horas extras e pedidos acessrios; Art. 74, 2, da CLT; COMISSIONISTA SMULA 340 DO TST; DOMSTICO SEM JORNADA; EMPREGADOS EXCLUDOS DO CONTROLE DE JORNADA; 2.K. Jornada: INTERVALO INTER E INTRAJORNADA; HORAS IN ITINERE E VARIAES DE HORRIO; TRABALHO NOTURNO; RSR;