aulas_parte_1_cultura_brasileira.pdf
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O Indgena na Formao da Famlia Brasileira
5 milhes de ndios no Brasil na poca do Descobrimento
Portugal com pouco mais de 3 milhes de habitantes na poca do descobrimento
Oferecer mulheres aos visitantes - Deuses Parentesco pelo lado do pai
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Antecedentes
Funo das ndias afazeres domsticos educao dos filhos agricultura
Funo dos ndios caa pesca guerreiro guia desbravador defesa
Mitos e Crenas
Comidas Mandioca Milho Tabaco inhame
Crenas e mitos Cor vermelha Caipora Ornamentaes
Artefatos Cermicas Redes de algodo
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Outras caractersticas Banho x portugus porcalho Pajs, curandeiros Brincadeiras entre crianas
Imitar bichos Bodoque Jogo de bola de borracha Peia queimada
Curumins influncia os pais ridicularizavam os pajs
O Portugus
Contemporizador - nem ideais absolutos, nem preconceitos inflexveis
Espanhol sem a flama guerreira Sem ortodoxia
Tendncias para o cruzamento e miscigenao Iludir-se de uma mstica imperialista No Brasil a catedral seria substituda pela Casa
Grande
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O Portugus e o Mouro
Fluxo e refluxo - conquista e reconquista Mestios Europeu Contribuies importantes na agricultura Navegao O Mouro forneceu aos colonizadores do Brasil os
elementos tcnicos de produo e utilizao da cana de acar
O Mouro foi a grande fora operria de Portugal Foi o tcnico, lavrador, irrigao Laranjeiras, algodo e bicho da seda Cuscuz, janela quadriculada, azulejo, telha mouriscada, comidas
oleosas
O Colonizador Na casa jejuando e passando necessidades, na rua ostentando
grandeza Procurava-se o casamento entre parentes para impedir a disperso
dos bens
As senhoras, normalmente casavam-se sem condies fsicas de ser me, por isso a importncia da ama de leite na criao das crianas.
O trabalho e o senhor de engenho
As meninas casavam-se com cerca de 12 a 15 anos. Com 20 anos as portuguesas j eram matronas
Pai rico, filho nobre, neto pobre
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O Negro e a Colnia
Alguns dentistas, curandeiros e professores eram negros, alforriados ou no;
Sociedade de desigualdade, opresso e imposio; O negro era mo de obra e gerador de riqueza; Senhores no andavam, e sim eram carregados nos
ombros de seus criados A pureza de muitas senhoras brasileiras se manteve a
custa da prostituio das escravas negras
Origem dos Negros Brasileiros Primeiro grupo
cultura sudanesa ( Yoruba ou nag, Dahomey ou geg e os Fanti-Ashanti ou minas).
Segundo grupo culturas islamisadas ( os Peuhl, os Mandinga e os Haussas do norte da
Nigria). Revolta dos Mals.
Terceiro grupo culturas congo-angolesas (os Bantu )
Senhores faziam filhos com escravas aos montes
O Brasil foi Sifilizado antes de civilizado
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LNGUA
Havia o portugus falado nas casas grandes e o falado nas senzalas:
nas casas grandes, um portugus mais puro, disseminado pelos jesutas e depois pelos padres.
nas senzalas, um portugus mais coloquial
O convvio com os negros fez com que vocbulos africanos penetrassem na lngua portuguesa.
As crianas negras que brincavam com os filhos dos senhores, a bab das crianas dos senhores, a cozinheira, etc.
A diferena entre o portugus do Brasil e o de Portugal se acentuava cada vez mais.
Amoleceu a lngua (me diga, me fale)
FILHOS
As meninas eram criadas para se casarem cedo, com quem fosse determinado pelos pais.
Os meninos iniciavam suas vidas sexuais de uma forma precoce, incentivados pelos pais e utilizando-se das escravas.
Cabia s senhoras no deixar que as grosserias das senzalas subissem at as casas grandes
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IGREJA Raros, entre ns, os eclesisticos que se
conservavam estreis Grande quantidade de escravos alforriados:
geralmente filho bastardo do senhor Recomendao da Igreja para os padres morarem
longe da casa dos senhores de engenho e terem escravas com mais de 40 anos de idade
Grandes gastos dos senhores nas festas da Igreja
Outros Fatores
Fatores preponderantes: escravido e monocultura
Senhores: viris somente no sexo Rede: smbolo do cio dos senhores (palidez,
fraqueza, cor amarela) Patriarcado Patrimonialismo Papel do mestio
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Organizao Social da Colnia (Caio Prado)
Sistema econmico colonial era asfixiante: no sobra lugar para outras atividades Grande proprietrio domina e dirige Autoridade pblica fraca e distante Igreja tambm depende do proprietrio Pequenas diferenas nas regies
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Administrao Pblica na Colnia (Caio Prado)
A administrao portuguesa ignorava separao das funes e poderes estatais, bem como relaes externas e jurdicas
Delegao de poder do rei: nasce a diviso das funes, porm mais formal que funcional.
As funes no eram bem definidas: atribuies, competncias e estrutura administrativa
Cartas de lei, alvars, cartas e provises rgias, ordens, acrdos, assentos: conjunto embaralhado
Mesmos cargos, nomes diferentes, funes especficas, viso imediatista
Ningum sabia ao certo o que era permitido ou proibido Relao contraditria entre os textos legais e a prtica A administrao portuguesa estendeu ao Brasil sua organizao e
seu sistema
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Administrao Pblica na Colnia (Caio Prado)
Os delegados rgios no davam um passo sem a ordem ou consentimento expresso do conselho. Morosidade
Restrio dos poderes, estreito controle, fiscalizao opressiva das atividades funcionais
Devido a distncia e morosidade da metrpole: sobra uma boa margem a autonomia, arbtrio e abuso
Crticas a Administrao da Colnia
Falta de organizao, eficincia do seu funcionamento. Complexidade dos rgos, a confuso de funes e
competncia; a ausncia de clareza na confeco das leis, a regulamentao espalhada, desencontrada e contraditria.
O excesso de burocracia dos rgos centrais em que se acumula um funcionalismo intil e numeroso...no poderiam resultar noutra coisa seno naquela monstruosa, emperrada e ineficiente mquina burocrtica que a administrao colonial. (Caio Prado Jnior)
Justia cara, morosa e complicada, inacessvel
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O Homem Cordial
Averso ao rigor. Reao ao meio em que vivemos
A vida ntima do brasileiro nem bastante coesa, nem bastante disciplinada
O brasileiro livre para se abandonar a todo repertrio de idias, gestos e formas que encontre em seu caminho, assimilando-os freqentemente sem maiores dificuldades
Vida Familiar. Hbitos bastantes fortes e coesos
Burocracia
No Brasil no h expressividade desse tipo de cultura burocrtica (igualitria, formal, legal)
Funcionrio Patrimonial (habilidades pessoais) X Burocrata Mais fcil identificao as estruturas oriundas das
chamadas clulas da famlia Estrutura familiar - permeou todas as instituies
brasileiras - Patriarcado Acaba ocorrendo mesmo nas instituies ditas
democrticas que seriam naturalmente antiparticularistas
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Homem Cordial
O Amor to Cordial quanto o dio
Expresso do fundo emotivo de nossa formao cultural, que de alguma forma se torna coercitivo
Quase todo convvio social brasileiro orienta-se por uma tica de fundo emotivo
Estrutura sociais vinculadas a um convvio mais familiar
Antes de se tocar a alma, tem que se tocar os olhos e ouvidos (bispo portugus em visita ao Brasil no sculo XXVIII)
Negociante da Filadlfia espantado pelo fato de que aqui, a conquista do fregus esta aliada a sua amizade
O Jeitinho
definido como uma forma especial de se resolver algum problema ou situao difcil ou proibida, seja pela forma de conciliao, esperteza ou habilidade social
Somos um pas onde o NO, ou qualquer tipo de negativa no o limite
Frmula cultural assimilado por todas as classe sociais Jeitinho demais leva a corrupo. Corrupo envolve
algum ganho material significativo Linha tnue entre jeitinho e corrupo Favor no um Jeitinho, o Jeitinho no envolve favor,
mas seduo
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A Administrao Pblica e o Jeitinho
A burocracia o domnio do jeitinho Burocracia significa apelo as normas, ao
formalismo, aos papis dos agentes, estrutura de poder
No h organizao burocrtica no Brasil em que no exista a possibilidade de um jeitinho
S no se h jeito para a morte Voc sabe com quem est falando?
Sobre o Jeitinho
Discurso Positivo Sintetiza o nosso lado simptico, alegre, cordial Beleza sensualidade, cheio de possibilidade Elemento que humaniza as relaes Torna os iguais mais iguais um elemento pessoal no institucional Se tornou um meio legtimo de fazer frentes s crises
Discurso negativo Reflexes crticas de nossas instituies sociais Lei de Gerson Exemplo negativo, falta de isonomia Usado pela poltica para esconder contradies sociais Corrupo
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Tropical
Abaporu
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Antropofagia
Caio Prado Junior Srgio Buarque de Holanda
Florestan Fernandes
-Transio colnia nao, longo processohistrico ainda noterminado;
-O caf deu origemcronologicamente ltima das trs grandesaristocracias do pais,senhores de engenho,grandes mineradores, eento os fazendeiros decaf.
- Independncia resultou mais das divergncias entre os prprios portugueses do que do desejo de separao dos brasileiros;
-Subdesenvolvimentoresultou em uma extremaconcentrao social eregional de riqueza;
-Independncia aprimeira granderevoluo social noBrasil, incio dasociedade nacional;
-Ordem dentro daordem;
-Possibilidade de mando,de senhor a nvel poltico.
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Murais
Samba
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O que defeito na colnia pode se converter em qualidade na nao, inovao em civilizaes recm formadas, bem como seu papel empreendedor. Caio Prado Junior
A histria brasileira uma histria feita sem ruptura significativa com a orientao que vem da colnia.
Sr
gio
Bua
rque
de
Hol
anda O BRASIL:
IDENTIDADE PRPRIA