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ANO III EDIÇÃO 07 / JAN - FEV - MAR / 2009 Impresso da Continental - Fábrica de Pneus de Camaçari crise A visita de um hospede inesperado dengue Combata e previna-se desse mal entrevista Lélia Lima | Vivendo a Qualidade de Vida quando o batom é a única diferença Mulheres no trabalho

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crise quando o batom é a única diferença Combata e previna-se desse mal A visita de um hospede inesperado Lélia Lima | Vivendo a Qualidade de Vida ANO III EDIÇÃO 07 / JAN - FEV - MAR / 2009 Impresso da Continental - Fábrica de Pneus de Camaçari

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criseA visita de um hospede inesperado

dengueCombata e previna-se desse mal

entrevista Lélia Lima | Vivendo a Qualidade de Vida

quando o batom é a única diferença

Mulheres no trabalho

sumário

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Lélia Lima | Vivendo a qualidade da vida

Empreendedorismo

entrevista /

retrô /

made in camaçari /

mundo conti /

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Mulheres no trabalho: quando o batom é a única diferençacapa /

editorial /

Quem é a sua equipe?entre nós /

TPM administrativoconti com você e você /

Um hospede inesperado

A melhoria contínua do processo produtivo...

atualidade /

big six /

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Vulcanização. Que departamento é esse?

Dengue seja mais forte que o mosquito

raio-x /

editorial /

Jornada segurasegurança /

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Por Pedro Carreira(Diretor Superintendente)

entre nós

Crise e questões por ela levantadaNunca uma palavra foi tão detestada. Mas o que fazer? Apesar de não gostarmos dela, temos ao menos que apren-

der a conviver com este fenômeno. E para viver com ele precisamos entender como começou e de que forma nos

afeta. Neste momento professores em Universidades famosas dividem suas opiniões sobre este assunto, pois eles

“acham” ou talvez realmente consigam explicar de que forma começou. Contudo, em uma coisa eles são unânimes;

ninguém se ousa a prever nem quando, e nem de que forma esse fenômeno que tanto nos amedronta irá acabar.

Mais do que nunca a nossa imagem é muito importante, e para isso nada melhor que os recordes de produção em volume, zerar o placar de acidentes e redução continuada dos níveis de refugo (scrap). Acreditemos todos que nada é melhor do que esse resultado para a nossa matriz. Mas ele chegará para a atual situação? Quem sabe. Então, o que podemos fazer para aumentar as nossas possibilida-des de sobreviver à crise instalada?

Não existe segredo. Devemos continuar a fazer aquilo que te-mos feito, apenas com maior empenho na redução de desper-dícios do dia a dia, no aumento da nossa eficiência produtiva, na melhoria da manutenção do equipamento produtivo, na redução das despesas, no seu controle efetivo e na redução de inven-tário, que significa dinheiro parado a um custo muito elevado.

Se todos nós nos focarmos com o mesmo empenho que demonstramos no passado, quando arrancamos o nosso equipamento e a nossa fábrica, ficamos certos que estamos a fazer tudo por tudo para mantermos a cabeça erguida e fazermos face ao que se avizinha.

Se fizermos tudo isto outros males não virão? Bom, não temos uma bola de cristal para adivinhar o futuro. Uma empresa pode ser considerada como um organismo vivo, quando bem tratada, e exercitada ou enxuta, agüenta mais o stress dos esforços físicos. Neste momento a Continental está numa corrida com um longo percurso pela frente e com adversários muito fortes. Mais uma coisa é certa: Só se ga-nha à corrida quem se prepara para ela.

Como nos prepararmos para a crise? Com os pequenos gestos que somados representam muito. Exemplos? Podemos citar muitos que damos no dia-a-dia: o ope-rador que no seu módulo não deita um corte metálico fora e aproveita no final da cassete; um operador que na máquina de corte Breaker, não deita fora todo o corte porque é mais fácil, mas sim aproveita o que pode. No refeitório, ao repetir o suco aproveitar o mesmo copo que bebeu da primeira vez; na fábrica, procurarmos usar as garrafinhas que foram distribuídas em vez de usar os copos plásticos; fazer a impressão nos dois lados do papel para evitar o desperdício; só realizar impressões se de fato, houver necessidade; sermos eficientes no nosso trabalho, não fazendo horas extras, e etc. São as ações por vezes pequeninas do dia a dia que farão a diferença no final da corrida. E Muitas destas ações são de preservação do ambiente e da empresa!

Agora, mais do que nunca, temos que ser uma equipe voltada para si, isto é, acreditar no que a empresa anun-cia e não nos boatos que correm por vezes de uma ima-ginação de rédeas soltas que trazem mais frustrações do que benefícios, e na maioria das vezes, só prejudica o bom andamento do trabalho que estamos fazendo.

A todos vocês, obrigado pelos primeiros dois meses do ano com recordes constantes de produção, qua-lidade e zero acidentes. Mas vamos continuar este trabalho, pois não podemos descansar se quisermos sobreviver a esta crise.

De uma coisa temos certeza; o mundo mudou e nunca mais será o mesmo. Então, o que nós podemos fazer? Fazer de conta que não é nada conosco e meter a cabe-ça dentro da areia igual avestruz, ou bater de frente com a situação e arranjar uma forma de reduzir ao máximo o impacto desse fenômeno na nossa empresa e na nossa vida? A resposta é fácil. Como colaboradores, chefes de famílias, cidadãos responsáveis que somos, devemos en-carar o assunto de frente e com a cabeça erguida fazer de tudo para minimizar o seu efeito.

Conti com VocêRevista Continental - Fábrica de Pneus de CamaçariAno III, Edição 07/2009

Diretor Superintendente: Pedro Carreira | Gerente de Recursos Humanos: Kalil NicioliJornalista Responsável: Celso Duran - 01846 DRT/SC | Editora Chefe: Adriana Souza | Editoração: Accessing | Fotos: Adriana Souza, Accessing e Banco de Imagens da Continental AG.

Tiragem: 1250 exemplares. Circulação interna.Colaboraram nesta edição: Adriana Souza, Nereu Rossi, Lucas Mendes, João Tavares, Sérgio Rocha, Elinaldo Cardoso, Lélia Lima, Kalil Nicioli e Pedro Carreira.

Contatos: +55 71 [email protected] / www.conti.com.br

editorial

Dia 08 de março comemora-se o dia interna-cional da Mulher, a matéria central desta edição traz uma homenagem à todas as mulheres da fábrica de Camaçari, com o título: “Mulheres no trabalho: Quando o batom é a única diferença!” Essa matéria nos leva a uma reflexão acerca da conquista da mulher frente ao mercado de trabalho, sua garra e persistência para galgar um lugar nas profissões, antes designadas apenas para os homens, como o trabalho industrial.

Ainda falando de trabalhos fabris, teremos na seção Raio-X a matéria “Vulcanização: que de-partamento é esse?” sobre a penúltima etapa da construção de um pneu, que nos mostra como funciona esse departamento, além de atestar sua importância no processo produtivo.

Nessa edição, teremos ainda, a entrevista com Lélia Lima – Analista de Recursos Hu-manos - abordando um tema muito debati-do nos segmentos empresariais; “A Quali-dade de Vida no trabalho”.

Na seção Atualidade, você poderá conhecer um pouco mais de como o “hospede Ines-perado” chamado crise se instalou em nosso cotidiano e balançou com a nossa rotina. Com maior ou menor intensidade, de uma maneira geral, o que seria apenas uma “marola” acabou transformando-se em um verdadeiro “tissuna-mi” para determinados setores da economia.

Por Kalil Nicioli (Gerente de Recursos Humanos)

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Entenda como esta crise começou e descubra o que pode e deve ser feito por cada um de nós para reduzir o seu impacto. Ainda no tema atualidade, conheça mais sobre uma das seis competências do Big Six na matéria; “Empreendedorismo”.

Na linha de aprendizado, conheça um pouco mais na seção “Mu-dando de Área”, aprecie a trajetória de colaboradores que trocam de atividades dentro da empresa: relatos de como é a experiência da mudança, os novos desafios encontrados e a importância dos co-nhecimentos adquiridos com a troca de função. Dando seguimento a linha de aprendizado, na seção Made in Camaçari você conhecerá o projeto “A melhoria do processo produtivo” dos estagiários de Pro-dução João Tavares e Lucas Mendes, que tiveram a oportunidade de colocar em prática os conceitos aprendidos na faculdade e cons-truíram uma máquina de lubrificação para o pneu o verde.

Na seção Responsabilidade Social, uma matéria importantíssima chamada “Dengue: Seja mais forte que o mosquito”. Saiba como se proteger desse pequeno inseto que traz grandes danos à saúde, fique por dentro das ações preventivas realizadas na Fábrica de Ca-maçari e entre nesta batalha contra o mosquito.

Por último, mas não menos importante gostaria de salientar o bom resultado alcançado até agora com a prevenção de acidentes do trabalho. É uma sensível melhora em comparação a igual período do ano que passou, contudo temos que continuar com o mesmo empenho e dedicação, sempre atentos às 10 regras de ouro da se-gurança para conseguirmos melhorar ainda mais esta marca. Nesta edição, veja o que foi feito na última Sipat e aprenda mais sobre a campanha Zero Acidente.

Boa leitura!

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Lélia LimaVivendo a

Qualidade da Vida

Lélia Lima, assistente social da Continental

Camaçari, é uma das responsáveis pela ma-

nutenção da Qualidade de Vida no Trabalho.

Após estudos sobre o assunto, Lélia comenta

a importância de atuar em um ambiente que

proporcione prazer e satisfação. Entre outras

constatações, ela aponta que manter o foco

na construção e preservação de um ambiente

saudável de trabalho é essencial para viver

bem. O resultado da conversa com a CCV

sobre o tema está na página a seguir:

entrevista

Lélia em sua rotina diária Sanando as dúvidas dos colaboradores

Conticomvocê: Por que as empresas devem se preo-cupar a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)?

Lélia Lima: Há alguns anos que a qualidade de vida do co-laborador está sendo vista como fator principal nas organi-zações. O prazer no exercício da função, as implantações de programas de qualidade e investimentos na saúde ocu-pacional, hoje, fazem parte das estratégias e são considera-das ferramentas de gestão de médias e grandes empresas.

CCV: Que diferença faz a QVT no desempenho das funções?

LL: Hoje as empresas sentem a necessidade de transfor-mar o ambiente de trabalho em um local aprazível, onde o ser humano sinta satisfação e alegria em executar suas atividades profissionais. Valorizar e cuidar do capital hu-mano, além de propiciar um ambiente saudável, é funda-mental para criar a oportunidade de aumentar e qualificar a produtividade.

CCV: Como uma corporação identifica a necessida-de de mudança?

LL: É fundamental ouvir. Uma das melhores maneiras de detectar essa necessidade é realizar pesquisas internas de satisfação. A relação gerencial aberta também é, de fato, imprescindível. O importante é que a busca em obter solu-ções que amenizem os problemas seja contínua. Manter o foco na construção e preservação de um ambiente saudá-vel de trabalho é essencial.

CCV: Quais os benefícios dessa ação?

LL: Certamente se obtém o aumento de motivação, satisfação e melhor desempenho dos colaboradores. Além disso, observa-se a redução do absenteísmo e da rotatividade. Há também uma atitude favorável ao tra-balho, o estímulo ao desenvolvimento das capacidades humanas, além de uma promoção da integração social entre todos os envolvidos.

CCV: Existe um modelo padrão da Qualidade de Vida no Trabalho?

LL: Não. O modelo da QVT a ser escolhido tem que buscar a melhora. Cada modelo enfatiza questões importantes e condizentes com a realidade de cada organização. A valorização da saúde, por exemplo, aparece cada vez mais disseminada e reconhecida no ambiente empresarial. As organizações, frente ao acirramento do mercado competitivo, necessitam de ações que busquem a preservação da saúde corporal e mental do trabalhador.

CCV: O que as empresas esperam dos programas de Qualidade de Vida?

LL: A satisfação, a alegria e a autorrealização no exercício da função. Neste momento para que possam ser atingidos, tanto os objetivos pessoais, como também os macro-obje-tivos das organizações, a satisfação do colaborador tende a ser o ponto chave.

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big six

EmpreEndE

dorismoIntegridade e Qualidade

compõem nosso produto!

Em uma economia globalizada como a nossa, fazer a diferen-

ça é fundamental. É importante haver um diferencial entre os

demais no mercado e uma dessas formas é assumirmos a

postura de empreendedores. Contudo, apesar de atualmen-

te o termo empreendedorismo estar na moda, muitas pessoas

o utilizam apenas para fazer menção da capacidade de por algo

em execução ou de ousar, sem um critério de como fazê-lo.

Para nós na Continental, esse termo significa isso e algo mais. Assim como o nosso produto, o empreendedorismo por si só não é o bas-tante, pois buscamos sempre a excelência no que fazemos para exceder todas as expecta-tivas, mas para que isso ocorra é fundamental ter uma visão mais ampla, não só voltada para o presente, mas algo que venha refletir no fu-turo. Essa postura empreendedora pode ser vista também na Missão e Visão da empresa quando ratifica o compromisso da empresa em fornecer aos nossos clientes produtos de alta qualidade, como também de ter uma pos-tura relevante à comunidade local, o que sem integridade não é possível conquistar.

Ao construir uma imagem, um profissional é avaliado por sua história, por sua contribuição à equipe que pertence e pela sua influência sobre os demais. E essa avaliação é feita pela qualidade do seu trabalho, pelo seu desempe-nho e pela integridade com a qual trata seus

parceiros subordinados, seus superiores, clientes e fornece-dores internos e externos. Tal integridade gera confiança na equipe, cria vínculos fortes e motiva a busca pela excelência. A conseqüência disso é o produto desse trabalho, que ofe-rece aos nossos clientes a qualidade por eles exigida e com a integridade esperada, pois quando se adquire um produ-to é isso que se espera de um fabricante. Que no mínimo, aquilo que foi proposto será efetivamente fornecido.

Quando nos propomos a assumir uma atitude empreen-dedora no dia-a-dia, é importante o compromisso com a integridade e a qualidade de nossas ações. Desta forma, o sucesso do nosso trabalho não vai seguir a regra de que “os fins justificam os meios”, mas sim o reconhecimento será fruto de uma atitude empreendedora e responsável. Por este motivo é que a Continental motiva aos seus colabora-dores a assumir esta postura quando promove a filosofia do BIG SIX. E por esta razão, entre tantas outras, é que a Con-tinental tem consolidado a sua marca ao longo dos anos em diversos países com a premissa de fornecer produtos de alta qualidade e de grande confiabilidade, mediante a alta qualidade dos colaboradores que a compõe.

Por Sérgio RochaAssessor de Produção

capa

Mulheres no trabalho

quando o batom é a

capa

Em pesquisa recente do DIEESE – Departamento Intersindi-cal de Estatística e Estudos Socioeconômicos - , medindo o nível de emprego e desemprego no país, a participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou, de Janeiro a Março de 2009, mais de 50% em relação ao mesmo perío-do do ano passado. A diferença mais expressiva foi registra-da em São Paulo, o maior mercado do Brasil.

O nível de ocupação feminina cresceu em quase todos os setores de atividades analisados, principalmente nas áreas de comércio e serviço.

As fábricas e indústrias ainda são um mercado em as-cenção para o público feminino. Na Continental Camaçari não é raro encontrar representantes do, um dia chamado, “sexo frágil”, desempenhando atividades antes designa-das apenas aos homens.

A conquista representa uma vitória dobrada, já que a maio-ria das mulheres, além do preconceito, tem que enfrentar uma jornada dupla de trabalho. São as mulheres, que na maioria das vezes, se responsabilizam pela administração e execução das tarefas domésticas. Tarefas tão importantes quanto as desempenhadas fora do lar; e muitas vezes bem mais desafiadoras.

Rejane Cruz é técnica da área de vulcanização, um dos úl-timos passos da produção de pneus (leia matéria na página 20). Ela enfrentou obstáculos físicos e emocionais até con-quistar o respeito dos colegas.

Mesmo em número inferior ao de

homens, as mulheres estão cada

vez mais presentes no mercado de

trabalho. Cresce também a variedade

de setores onde elas estão presentes,

assumindo posições antes

ocupadas apenas por eles

“Cheguei a ter a impressão de que as pessoas achavam que não ia dar ‘conta do recado’.

A história da engenheira Regina Rufino é um dos exemplos. Antes de começar a escrever sua tra-jetória na Continental Camaçari, Regina trabalhou como auxiliar administrativo e sempre desejou tra-balhar no Pólo Petroquímico. Nessa época, fazia cursinho e a opção sempre foi Engenharia. “Tenho uma personalidade forte e sempre gostei de cálcu-lo”, justifica a escolha. A primeira oportunidade sur-giu em uma montadora que se instalou na cidade. Ela participou da seleção, entrou e assumiu o posto de operadora. Seis meses depois, iniciou o curso de Engenharia de Produção Mecânica. “Trabalhar na indústria foi um sonho e esse era um espaço sempre ocupado por homens”, revela.

Até hoje Regina não sabe se foi uma escolha ou uma imposição do destino. O certo é que a en-genheira, atuando como coordenadora de manu-tenção de um grupo com 32 pessoas. “Eu busco ter o reconhecimento dos meus filhos. Quero que eles me olhem e vejam um exemplo profissional a ser seguido”, conta.

Foi o que o levantamento do DIEESE também constatou. Segundo os dados coletados, entre os motivos para a entrada mais intensa das mulhe-res no mercado de trabalho, estão a busca pela emancipação profissional, fruto do aumento da escolaridade, e a esperança de novas possibilida-des e novos projetos profissionais.

Algumas vezes tenho que carregar pneus para serem ava-liados pelo grader e existem pneus que chegam a pesar em torno de 10 kg; ou então tenho que entrar na prensa para avaliar o molde e os moldes tem uma temperatura média de 175º C!”, relata.

Nos últimos dois anos, para cada grupo de cem homens empregados nos países da America Latina, há 67 mulheres ocupando postos de trabalho. Um cenário bem diferente da época em que se oficializou o dia 8 de março como Dia Internacional da Mulher.

Foi em 1857, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Du-rante uma manifestação, 129 operárias de uma fábrica de tecidos morreram queimadas numa ação da polícia para conter o movimento.

O grupo pedia a redução da jornada de trabalho de 14 para 10 horas por dia e o direito à licença maternidade.

A mulher brasileira tem seus direitos assegurados pela Constituição. O documento é um reforço para a garantia de igualdade e dignidade no mercado de trabalho. Uma força que se junta aos exemplos de determinação, perseverança e coragem espalhados por todo o mundo, entre eles, o de Regina. “Sem luta não há vitória, todos nós somos capa-zes. As pessoas precisam acreditar em si próprias e saber que com disciplina e força de vontade poderão conquistar tudo que desejarem”, conclui a engenheira, coordenadora de manutenção da Continental Camaçari. co

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segurança

seguraJornada

10SIPAT ensina como

evitar acidentes no trabalho

Atividades de EPI, palestras, dinâmicas recrea-

tivas e intervenções no local de trabalho relem-

bram regras de segurança durante a Semana

Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho

1. Considere todas as possibilidades de risco antes de iniciar o reparo em uma máquina defeituosa;

Muito alongamento e exercícios para despertar o corpo e come-çar mais um dia. Foi assim que os professores de educação física João Paulo e Sandra Regina deram uma aula de ginástica laboral, em um dos cinco dias dedicados à segurança no trabalho em Ca-maçari. “Dentro de uma fábrica, cada atividade requer uma pos-tura adequada. Os exercícios promovem benefícios fisiológicos, dependendo da função de cada colaborador”, explica à dupla

Em outra sala, os colaboradores da Continental assistiram a uma palestra de Marcelo Oliveira, assessor de SSMA, sobre responsabilidade nos acidentes de trabalho. A palestra soou como um alerta! O Brasil é um dos cinco países com maior nú-mero de acidentes de trabalho. Na maioria dos casos, segundo o Ministério da Saúde, o transtorno poderia ter sido evitado, caso medidas de segurança adequadas tivessem sido adota-das. “A prevenção de acidentes é uma tarefa de todos nós”, resume Pedro Carrera, diretor da Continental Camaçari.

Num clima mais descontraído, a Blitz Ergonômica levou ao chão da fábrica um grupo de profissionais fantasiados de médicos-palhaços. Eles passaram por diversos setores. A idéia era en-sinar a postura correta para realizar cada tarefa de uma forma descontraída, facilitando a assimilação pelos colaboradores.

Na inspeção final, a fisioterapeuta explicou ao inspetor de qua-lidade Hélcio Rodovalho como fazer os movimentos sem pre-judicar a coluna. “Aqui os colaboradores devem ficar atentos à coluna. Os movimentos são rápidos e rotatórios. Se forem feitos sem controle, podem provocar danos”, ela alerta.

Outra atividade realizada durante a semana foi o “Alô Segu-rança”. O colaborador, quando abordado, deveria responder às regras de segurança (ver quadro). Os mais atentos levaram prêmios como aparelhos de TV e DVD.

A Campanha “Zero Acidente” chegou em 2009 a todo vapor, com o objetivo de estimular e motivar o comprometimento de todos nas práticas de SSMA, promovendo a cultura prevencio-nista e contribuindo para a eliminação das ações e das condi-ções inseguras na fábrica.

Vamos preservar nossa segurança e vestir a camisa da campa-nha, pois como diz o lema da SIPAT: Segurança, você é quem faz! Precisamos nos focar nos objetivos e mãos a obra para que a próxima SIPAT seja mais um sucesso na história da Continental!

Regras de Ouro da Segurança no Trabalho

2. Somente realize reparos se a máquina estiver posicionada em “manual”;

3. Equipamentos de proteção individual obrigatórios devem ser utilizados durante todo o tempo;

4. Derramamentos de produtos químicos de-vem ser limpos ou sinalizados imediatamente, para evitar que colaboradores escorreguem;

5. Marque ou remova da área de trabalho ferramentas ou equipamentos defeituo-sos. Eles não devem ser utilizados;

6. Avalie sempre os riscos relacionados com a tarefa a ser executada;

7. Olhos na tarefa – mantenha sua atenção focada na operação e certifique-se que sua execução ocorrerá de modo seguro;

8. Respeite as normas, orientações e as sinalizações de segurança. Improvisar meios de trabalho é perigoso!

9. Opere máquinas e equipamentos somen-te se estiver treinado e autorizado;

10. Preserve a funcionalidade dos dispositivos de segurança de máquinas e equipamentos.

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conti com você e você!

TPMadministrativo

1 2 3“Pontapé inicial”

A implantação do TPM deve ser encarada em toda a planta como mais um desafio que foi lançado pela direção da fábrica. O primeiro passo é organizar a área, limpar, sinalizar, enfim, aplicar os concei-tos do 5S. Todos nós temos nossas casas arrumadas e limpas, passamos mais de 30% do nosso dia no trabalho, então, porque não termos nosso ambiente de trabalho também organizado e lim-po? Faça isso e constate que ao final dessa fase cada membro da equipe sentirá uma grande satisfação pessoal e o time perceberá que está em um ambiente muito mais agradável e motivador. Tor-nar a implantação um dos objetivos internos do setor, definindo e marcando as datas de todas as auditorias de TPM logo depois de implantado o 5S, irá ajudar a dinamizar a implantação completa.

Durante o ano de 2008 e início de 2009 tive o prazer de participar da implantação do TPM administrativo em dois diferentes setores da fábrica, e depois dessa incrí-vel experiência os processos parecem mais simples. Tudo deve começar pelos bons exemplos. Como você pode que-rer que seu colega utilize os conceitos do TPM se você mesmo não os utiliza? Depois dessa experiência, considero que a implantação do TPM administra-tivo pode ser dividida em três marcos:

Evolução no relógio TPM

Essa é a parte mais fácil. A única tarefa do grupo é acom-panhar as auditorias e implantar as mudanças e controles exigidos em cada passo. O maior desafio em cada passo é manter o que foi conseguido no passo anterior , mas, isso só é possível se for construída uma base sólida e organizada, com ações bem definidas logo após cada auditoria. Dessa maneira, passo a passo a equipe vai evoluindo e sentindo os benefícios trazidos pela organi-zação e controle dos processos que são estabelecidos. Essa evolução é motivadora para qualquer profissional, ainda mais quando se pode vivenciar os benefícios.

Todos nós passamos a maior parte do tempo trabalhando para atender os clientes. A implantação do TPM é algo que não só beneficia nossos clientes, pois trabalhamos com mais eficiência, mas também beneficia a própria equipe de trabalho.

Por fim, deixo uma pergunta: Se o TPM traz tantos benefícios e vantagens no administrativo, imagine o que ele pode fazer no chão de fábrica?

Manter e colher os frutos

Ao alcançar o passo 5 começa um novo desafio; manter tudo o que foi conquistado. Isso não será tão difícil, acredi-te, pois ao chegar nesse passo todos já estarão vivencian-do os benefícios e os resultados de trabalhar em um setor “diferente” do que era antes. Com a ajuda dos conceitos do TPM a comunicação se torna mais fácil e eficiente, os processos são controlados, as tarefas são bem divididas, o trabalho em equipe fica mais fácil e prazeroso. Em re-sumo, consegue-se atender melhor os clientes e tornar o trabalho mais eficiente.

teoria que na prática pode ser transformada em resultados.

Por Nereu Rossi Chefe de Setor – Eng1

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raio-x

Por ser o último passo da cadeia de produção de um pneu, é durante a vulcanização que po-dem surgir anomalias irreversíveis e afetar a qualidade do produto final.

• Tempo e temperatura a mais implica haver uma sobrevulcanização e rever-são nas propriedades;

• Tempo e temperatura a menos signifi-ca falta de vulcanização.V

ulc

aniz

ação

que departamento é esse?

O pneu está quase pronto, mas antes da finaliza-ção do processo vem a vulcanização. É o último passo da cadeia produtiva. Durante a vulcaniza-ção, os pneus são submetidos a pressões e tem-peraturas elevadas, para que aconteçam ligações químicas entre as “cadeias de borracha”.

Na vulcanização o pneu chega com a forma próxima à apresentada no final do processo. Os aros de borracha, que já passaram pela pintura, nas prensas de vulcanização são pulverizados com um soluto interno. O produto facilita o mo-vimento da borracha quando pressionada pelo diafragma contra o molde.

Nesta fase, a utilização de moldes, associada à ação da pressão e da temperatura durante um determinado tempo, dá forma ao pneu. A partir deste ponto a borracha passa de um estado plástico (moldável) para um estado elástico, não podendo ser reintroduzida no processo de produção.

Para uma boa vulcanização é necessário uma combinação correta das quantidades de deter-minados agentes químicos como enxofre, ace-leradores e ativadores. A temperatura, o tempo e a pressão de vulcanização são os principais parâmetros do processo:

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atualidade

Tudo começou assim: nos Estados Unidos, há mais ou menos dois anos, o setor de imóveis caminhava muito bem. Tão bem que as corretoras começaram a finan-ciar casa para todo mundo, inclusive para uma parte da população que não tinha como comprovar renda e, portanto, representava maior risco de não pagar as prestações. Mas, o mercado estava tão aquecido que isso não foi levado em consideração.

Como havia muitos imóveis à disposição para venda no mer-cado, os preços caíram (na economia, tudo que tem muita oferta fica mais barato, enquanto o que é mais escasso é mais caro). Com os preços em queda, os “vendedores” au-mentaram os juros, na tentativa de diminuir o prejuízo. Assim, aumentava-se o preço das prestações. Só que com o au-

mento dos juros e, consequentemente, das prestações, os compradores começaram a ter dificuldades para pagar os fi-nanciamentos. Resultado, correram para pegar empréstimos, oferecendo suas casas, ainda não quitadas, como garantia. Conseguiram mais limite de crédito e mais dinheiro. Mas na hora de pagar aos bancos, não conseguiam honrar os com-promisso. Uma boa parte ficou inadimplente e as instituições financeiras suspenderam a liberação de crédito.

O primeiro alerta foi dado por um banco francês, em 9 de agosto de 2007. Com menos dinheiro circulando no mer-cado, os americanos compram menos e as empresas lu-cram menos. Tudo isso faz toda a economia esfriar. Vendo que os EUA estavam com a economia fraca, os investido-res do mundo inteiro ficam com medo de investir também

e a economia de todo o mundo esfria. “Começaram a apa-recer os empréstimos para cobrir empréstimos. Isso gerou uma crise de confiança, que gera crise de liquidez - não se sabe quem pode pagar e os bancos param de emprestar. Cresceu a inadimplência. Tudo isso junto, gera desaque-cimento da atividade econômica”, explica o economista e professor da UFBA, Rosemberg Valverde.

A economia brasileira, é claro, entra nessa ciranda. De acordo com o FMI, a movimentação de dinheiro no Brasil ocupa a nona posição no ranking das maiores economias do mundo. O impacto da crise demorou a chegar, mas algumas ações já aparecem. Nos últimos seis meses, em indústrias e fábricas, por exemplo, milhares de pessoas fo-ram demitidas. Com a redução do volume de produção, as empresas arrecadam menos e se vêem obrigadas e redu-zir o número de colaboradores. Algumas adotaram outras estratégias para evitar o corte de pessoal.

Muitas empresas adotaram programas de redução de cus-tos no dia-a-dia da fábrica. Para isso a colaboração de to-

Desvalorização de moeda estrangeira, redução de investimentos, férias coletivas e demissões; de repente, a crise fi-

nanceira se transformou no assunto do momento. Mas o que significa para brasileiros, baianos, e mais especificamente

ainda, colaboradores da Continental Camaçari, estar em crise? Nesta reportagem você vai entender como a crise co-

meçou, os impactos no Brasil e de que maneira todo esse novo e surpreendente cenário econômico afeta a sua vida

dos é fundamental. Pequenas ações como estar atento ao uso de materiais descartáveis, não desperdiçar água, apa-gar as luzes de uma sala vazia, controlar o uso de papel, usar o telefone de maneira consciente, podem reduzir des-pesas e evitar demissões. ”As empresas que optam por não demitir ficam sem alternativa para cortar custos e precisam da ação dos colaboradores na missão de reduzir os gastos do processo de produção” diz o economista.

Na Continental Camaçari, assim como em outras fábricas que destinam grande parte da produção para o mercado externo, além da pressão da crise ser grande, há também uma preocupação em manter a atividade, o mais inten-sa possível, para contribuir na superação do problema. “O nosso foco de cliente são os EUA, Canadá, México e toda a América do Sul, num mercado que dentro da Con-tinental se convencionou chamar de “Américas”, países esses que foram afetados diretamente pela crise e que têm a situação atual mais crítica”, explica Pedro Carreira, diretor da fábrica em Camaçari.

Além da escassez de vagas no mercado de trabalho, a ten-dência da crise é influenciar a variação de preços. As com-pras a prazo estão agora embaladas por uma redução da taxa de juros, na tentativa de incentivar o consumo. Mas os efeitos são inexpressivos. Na compra de um eletrodomésti-co em 12 prestações, por exemplo, a redução da taxa SE-LIC para 10,25% anunciada pelo Banco central no primeiro semestre de março, reduz em média apenas R$ 1,00 (hum real) no valor da mensalidade.

saiba o que significa ter a crise ao seu lado

inesperado:Um hospede

Na prática, a população brasileira vive um momento de incerteza. Ninguém, nem o mais experiente economista, sabe quanto tempo vai durar, nem quais serão os resul-tados da crise. A única certeza é que todos têm uma res-ponsabilidade para diminuir esses efeitos. “A crise está instalada e a melhor defesa é o ataque. Somente com alta produtividade conseguiremos sobreviver e ajudar na superação da mesma”, conclui Carreira.

A taxa Selic é a média de juros que o Governo Brasileiro paga quando pega um empréstimo no banco. Quando a Selic aumenta, é mais vantajoso para os bancos empres-tar dinheiro ao governo porque têm garantia de lucro. Já quando a Selic cai, os bancos preferem emprestar ao consumidor. Se ela aumenta, é preciso ter cautela. É bom evitar fazer contas parceladas e avaliar bem antes de usar o cartão de crédito.

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responsabilidade social

Uma luta constante. Assim o combate à den-

gue é definido pelas autoridades e agentes

de prevenção da doença. Depois de alguns

anos sem um número expressivo de casos

na Bahia, a dengue volta a assustar o estado.

nha de prevenção e combate à dengue no Pólo. O plano de ação consiste na elaboração de estratégias dentro da empresa que contribuam para a erradicação da doença.

Em contato com a vigilância sanitária, foram definidas as metas dentro da Continental alinhadas às diretrizes da cam-panha. Através de voluntários, coordenados e preparados pelo médico Dr. Luiz Siqueira e equipe, informações sobre prevenção e hábitos que ajudam a evitar a proliferação do mosquito são divulgadas dentro da empresa. O projeto pre-vê também o mapeamento do ambiente interno da fábrica para identificação de possíveis focos do mosquito, além de estimular o comportamento preventivo dos colaboradores.

Dengue:seja mais forte que o mosquitoNo primeiro trimestre deste ano, mais de 40 mil pessoas foram in-fectadas pelo vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegipty. Um aumento de quase 350% em relação ao mesmo período do ano passado. Mais de 30 pessoas já morreram. A maioria na região de Itabuna, sul do estado; outras em Salvador. Entre elas, mulheres, homens, adolescentes, idosos e crianças, de diversos bairros e mu-nicípios. A doença não escolhe raça, idade ou classe social.

Apesar dos estragos, acabar com a dengue é uma tarefa simples. O primeiro passo é deixar de acreditar que só as autoridades da área da saúde são responsáveis pelo combate. Caixas d’água descober-tas, por exemplo, são focos perfeitos de reprodução do mosquito. Pneus abandonados, vasos de planta, potes plásticos jogados na rua, ou em terrenos baldios, e até uma tampinha plástica de refri-gerante - desde que tenham água limpa acumulada - se tornam verdadeiras maternidades para o Aedes aegipty. A solução é evitar qualquer fonte de água acumulada sem proteção. É fundamental para a eficácia do combate que nada disso esteja presente nas ca-sas, nos apartamentos, nem no local de trabalho.

Atendendo à convocação do Conselho de Fomento Industrial de Camaçari - COFIC, a Continental participa ativamente da campa-

de reprodução do mosquito. Os médicos aconselham o uso de repelentes, mas alertam para alguns mitos sobre o pro-duto. Repelentes caseiros, muitos feitos à base de citronela, não funcionam 100% contra o mosquito. O efeito, dizem os especialistas, é muito rápido. Seriam necessárias várias apli-cações por dia para obter resultados. Os repelentes químicos encontrados em farmácias e supermercados são mais efica-zes. O efeito é mais duradouro. Para estes produtos, o alerta está na forma de aplicar. Qualquer espaço, por menor que seja, sem contato com o repelente, se torna alvo da picada.

O mosquito ataca geralmente de dia, mas pode, com me-nos freqüência, atacar à noite. A luz acessa dá para o inse-to a impressão de que é dia.

Aos primeiros sinais da doença, a vítima deve ser encami-nhada a um posto de saúde. Os principais sintomas são: dores de cabeça e atrás do olhos, que pioram com o mo-vimento, febre alta e repentina, além de dores nas articu-lações e cansaço. Aparecem também manchas vermelhas no corpo, parecidas com as do sarampo. Os pontos ver-melhos se concentram na região do tórax e nos braços.

“Vamos abrir inscrições para voluntários, depois capacitá-los. A partir daí começaremos a inspecionar as instalações da fábrica”, relata Aparecida Araújo, técnica de enfermagem do trabalho e uma das integrantes da equipe.

O avanço nos números de casos da dengue é uma prova de que ainda é preciso muito trabalho para que todos adotem as devidas providências. Por isso, é preciso se proteger também de outras formas, além de trabalhar na erradicação dos focos

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Mudando de área

mudando de área…

Vamos fazer um retrospecto. Trabalhava na área da vul-canização, onde comecei como trocador de molde e diafragma. Como toda área, lá também tinha suas com-plicações, seus problemas, mas o trabalho no final das contas era realizado com sucesso. Após passar pela vul-canização, surgiu um novo desafio; trabalhar na área de tip – top e retocagem simples. Foi nessa área que me dei conta do quanto era importante e imprescindível o traba-lho em equipe. Hoje, trabalho na máquina de Uniformidade.

Depois de contar pra vocês minha trajetória na Continental, vou explicar porque mudar de área foi tão bom pra mim. Uma das primeiras coisas foi, de fato, o aprendizado. Visua-

Por Elinaldo CardosoOperador de Vulcanização

lizar como a outra área funciona analisando as dificuldades, entendendo os processos e tentando ajudar na resolução dos problemas ao invés de criticar, e apontar o outro como o culpado por algum erro, foi realmente algo que me motivou e me deixou muito feliz.

Além de todo o aprendizado, mudar de área e se adaptar a ela é como um desafio vencido. Tem sempre um gosto de sucesso e de vitória. Penso que além de conhecer os pro-cessos do local onde trabalha, fica muito mais fácil conhecer e detectar as nossas afinidades. A experiência foi válida e com certeza o maior aprendizado que tenho dela é trabalhar em equipe em prol do resultado comum!

Primeiro começo dizendo que nenhuma mudança é fácil. Aliás, nada é fácil nos dias de hoje, mas com vontade e esforço tudo é possível.

“...mudar de área e se adaptar a ela é como um desafio vencido. Tem sempre um gosto de sucesso e de vitória...”

Bom, mudar de área para mim foi muito importante. Acredito que muitos se perguntem o porquê, mas ao final desse texto entenderão o quanto aprendi e o quanto essa experiência foi válida para mim.

O que significa mudar de área? Novas funções, novos conhecimentos, novas amizades, novos problemas, tudo novo, nada velho. O desafio estava lança-do! Naquele momento percebi que a única coisa a fazer era encarar isso e procurar absorver todo o conhecimento possível para dar o melhor de mim.

A melhoria contínua do processo produtivo...

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made in camaçari

e João Tavaresestagiário - engenharia

Por Lucas Mendes estagiário - engenharia

A busca pela excelência e o alto padrão de qua-

lidade de serviços e produtos sempre foram as

principais metas da Continental, e foi baseado

nisso que começamos a trabalhar nesse projeto. O

desafio estava lançado. Era a hora de arregaçar

as mangas e aplicar os conhecimentos adquiridos

na faculdade. Primeiro passo; estudar todas as

reais necessidades da produção e a partir daí

procurar atender os quesitos necessários de qua-

lidade para uma boa lubrificação do pneu verde.

foi buscado em outras plantas da Continental um modelo mecânico que fosse mais adequado ao nosso anseio. Logo, etapa por etapa, a máquina de pintura ia sendo construída com nosso esforço e dedicação.

O projeto em si permitiu um grande desenvolvimento técnico e profissional, pois conseguimos contextualizar tudo o que aprendemos na faculdade, porém colocando em prática. A partir do momento que a carcaça mecânica ficou pronta toda a montagem foi feita por nós. Parafuso por parafuso, fio por fio, víamos o projeto se tornar cada vez mais real, com a fi-nalização do sistema pneumático (bomba, pistolas, válvulas-solenóides), do sistema elétrico de comando, do sistema ele-trônico de acionamento, além da programação do software utilizado no CLP (controlador lógico programável). Todas es-sas etapas foram, de fato, muito satisfatórias. Sempre procu-ramos estar dentro das metas e datas, criando dentro de nós um sentimento de responsabilidade e realização.

Durante a construção da máquina tivemos algumas dificul-dades que foram superadas. Eram peças que demoravam a chegar, fornecedor que não disponibilizava exatamente o que tinha sido combinado ou no tempo acordado, os ba-nhos que tomamos de lubrificante, o calor que sentíamos quando estávamos dentro dos containeres procurando ca-bos e peças, os calos nas mãos pela falta de costume de trabalhar manuseando algumas ferramentas, enfim, obstá-culos que apareceram e que foram superados!

Depois do processo de construção, partimos para os proces-sos de montagem. Nessa etapa as dúvidas nos atormenta-vam. Apesar de termos o conhecimento prático, muitas vezes, nos socorremos nos livros, nas pesquisas em documentos, apostilas da faculdade e principalmente o conhecimento de quem entendia do assunto, os companheiros da engenharia 3 que o diga! Esse período foi extremamente importante no decorrer desse trabalho, pois serviu para nos tornarmos mais confiantes em nossas próprias escolhas.

O projeto da máquina de pintura nos permitiu a experiência de aplicar os nossos conhecimentos acadêmicos na prática, qualificando-nos ainda mais para o exercício profissional. Os ganhos pessoais foram significativos. Descobrimos nossos limites e os superamos. Acreditamos que nos tornamos mais eficientes, seguros e competentes. O sucesso desse projeto, não foi somente nosso, mas de todos que fazem parte do grupo Continental, pois eles permitiram e contribuíram muito, propiciando assim a realização. Obrigado a todos.

• A camada estanque, os talões, a tela e as paredes laterais são montadas for-mando uma carcaça.

• As cintas metálicas, as cintas têxteis e o piso formam o conjunto de cintas.

A carcaça e o conjunto de cintas são agregados para formar o “pneu em verde”, que é vulcanizado à alta temperatura, dando forma final ao pneu como o conhecemos.

Nesta fase chamamos o pneu produzido de Pneu Verde.

O objetivo desse projeto foi o de desenvolver uma máquina capaz de lubrificar a camada interna do pneu verde, visando minimizar as perdas de produção por lubrificação excessiva, insuficiente, ou pela lubrificação de áreas indevidas.

As máquinas de pintura que antecederam a esta máquina, pintavam so-mente um grupo de pneus. Logo, havia perda de tempo no ajuste das pistolas da mesma para lu-brificar um grupo de pneus diferentes toda vez que era necessário lubrificar sua camada inter-na. Esse novo modelo, com um novo esquema elétrico-pneumático e a utilização de um mini-CLP (controlador lógico programável) permite a lubrificação de todas as medidas de pneus, pressionando apenas dois diferentes botões. Diferente dos outros modelos ela propicia a di-minuição no tempo de perda de produção re-ferente a ajustes na pistola. Além de propiciar uma lubrificação mais uniforme diminuindo a possibilidade de ocorrer scraps (refugo) devido ao excesso de lubrificação ou a falta da mesma.

Pronto, de posse de todas essas informações idealizamos um projeto elétrico-eletrônico e de controle, e com base nele dimensionamos e especificamos quais componentes nós precisaríamos utilizar. Contatos incessantes foram mantidos com os fornecedores para clarear as dúvidas que nos sur-preendiam a todo o momento. Através de benchmark é que

O pneu é um produto de alta complexidade e tecnologia. Possui a combinação de cor-das têxteis, metálicas e compostos de borracha. O fluxo do processo de produção se-gue uma cadeia, que vai desde a preparação até o controle de qualidade, última etapa.

A fase da construção é constituída de duas etapas:

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A Continental Pneus (www.conti.com.br), maior fabricante de pneus da Alemanha, conta com mais uma importante aliada em sua estratégia de expansão no Brasil: a Porto Seguro (www.portoseguro.com.br), uma das maiores se-guradoras do país, que já está oferecendo aos segurados Auto os pneus da marca em seus Centros Automotivos. “Tanto a Porto Seguro como a Continental Pneus têm em comum a oferta de produtos e serviços diferenciados, vol-tados a um público que sabe reconhecer valores agrega-dos e que busca uma atraente relação custo-benefício”, comenta Rogério de Aguiar, diretor de Vendas e Marketing da Divisão de Pneus da Continental na América Latina.

Teste realizado pelo Instituto alemão DEKRA apontou que o pneu industrial CSEasy da Con-tinental é excepcionalmente econômico em razão de sua baixa resistência ao rolamento.

Realizado com a presença de jornalistas es-pecializados, ele incluiu também pneus con-correntes e o resultado final foi muito expres-sivo, apontando uma economia de energia da ordem de 3,7% até 12,8% em relação aos competidores diretos do CSEasy. Hans-Jürgen Sauerwald, que está à frente dos testes da uni-dade de negócios de pneus industriais Conti-nental, explica que esse número é da maior im-portância. “Uma menor resistência à rolagem significa que uma empresa pode economizar entre 257 e 900 euros por ano por cada con-junto em uso por 6.000 horas durante 12 me-ses”, disse Sauerwald.

Destaque para os modelos HSR1 e HDR1, equipamento de série dos caminhões Iveco, Volkswagen, Mercedes-Benz e Scania fabri-cados no Brasil

Os mais de 95 mil visitantes esperados para a edição 2009 da Automec, principal mostra do setor de autopeças na América Latina, pode-rão conferir de perto o que de mais avançado a Continental (www.conti.com.br) tem a oferecer em pneus de carga, tanto para o transporte pesado como para o leve.

A Continental (www.conti.com.br), maior fabricante de pneus da Ale-manha, acaba de firmar no Brasil uma parceria com a Toyota (www.toyota-industries.com.br) para o fornecimento de pneus radiais IC80 (medidas 5.00R8 e 180/70R8) e o Conrad HT (6.00R9). As máquinas - modelos 7FB25, 7FBH25, 7FBH18 - recém-adquiridas pela Mer-cedes-Benz, estão em operação na fábrica da empresa de São Ber-nardo do do Campo, região metropolitana da cidade de São Paulo.

“O objetivo foi o de conferir melhor custo benefício aos equipamentos. No Brasil, os pneus diagonais são muito empregados nesse tipo de apli-cação, mas os radiais têm uma vida útil de quatro a cinco vezes superior”.

Porto Seguro e Continental Pneus firmam parceria

CSEasyvence teste de economia de energia

Continental apresenta na Automec

pneus de carga para uso pesado e leve

Pneus da Continental equipam empilhadeiras Toyota

Maior fabricante de pneus da Alemanha, a empre-

sa iniciou no ano passado o fornecimento da linha

HSR1 (direcionais para tráfego regional, de média

e longa distância) e HDR1 (trativo para tráfego re-

gional, de média e longa distância) como equipa-

mento original para diversos modelos produzidos

pela Iveco, Volkswagen, Mercedes-Benz e Scania

no Brasil. Tanto o HDR1 como o HSR1 são fabri-

cados pela Continental em Camaçari, na Bahia,

onde está instalada a mais moderna planta do

Grupo em todo o mundo.

Fonte | www.automecfeira.com.br