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 Uni versidade F eder al de Ser gipe Centr o de Ciências E xatas e Tecn ologi a D epar tam ento de Q uímica      D    E    P  A   R  T  AM E  N   T    O    D   E   Q U I  M   I   C    A 1/9 DISCIPLINA: Química Ex perimental 3 / 106208 TURMA: M4 DATA: 23/08/2011 Noções elementares de segurança; Limpeza de vidraria s e descart e de resíduos ; Breve classificação dos tipos de água; Elaboração de relatório. 1. Noções elementares de segurança : 1.1. Normas de Segurança: A ocorrência de acidentes em laboratório, infelizmente, não é tão rara quanto possa  parecer . Com a finalida de de diminuir a freqüência e a gravidad e desses eventos, torna-se absolutamente imprescindível que durante os trabalhos realizados em laboratório se observe uma série de normas de segurança: Siga rigorosamente as instruções específicas do professor; Localize os extin tores de incêndi o e familiari ze-se com o seu uso; Certifique-se do bom funcionamento dos chuveiros de emergênci a;  Não fume no labo ratório; Use um avent al / jaleco apropriado;  Nunca deixe frasco s contend o solventes inflamá veis próxim os à cha ma; Evite contato de qualquer substância com a pele. Seja particularmente cuidadoso quando manusear substân cias corrosivas como ácidos e bases concen trados; Todas as experiências que envolvem a liberação de gases e/ou vapores tóxicos devem ser realizadas na câmara de exaustão (capela); Sempre que proceder à diluição de um ácido concentrado, adicione-o lentamente, sob agitação sobre a água, e não o contrário;

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  • Universidade Federal de Sergipe Centro de Cincias Exatas e Tecnologia

    Departamento de Qumica

    D E

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    D EQ U I M I C

    A

    1/9

    DISCIPLINA: Qumica Experimental 3 / 106208

    TURMA: M4

    DATA: 23/08/2011

    Noes elementares de segurana;

    Limpeza de vidrarias e descarte de resduos;

    Breve classificao dos tipos de gua;

    Elaborao de relatrio.

    1. Noes elementares de segurana:

    1.1. Normas de Segurana:

    A ocorrncia de acidentes em laboratrio, infelizmente, no to rara quanto possa

    parecer. Com a finalidade de diminuir a freqncia e a gravidade desses eventos, torna-se

    absolutamente imprescindvel que durante os trabalhos realizados em laboratrio se observe

    uma srie de normas de segurana:

    Siga rigorosamente as instrues especficas do professor;

    Localize os extintores de incndio e familiarize-se com o seu uso;

    Certifique-se do bom funcionamento dos chuveiros de emergncia;

    No fume no laboratrio;

    Use um avental / jaleco apropriado;

    Nunca deixe frascos contendo solventes inflamveis prximos chama;

    Evite contato de qualquer substncia com a pele. Seja particularmente cuidadoso quando

    manusear substncias corrosivas como cidos e bases concentrados;

    Todas as experincias que envolvem a liberao de gases e/ou vapores txicos devem

    ser realizadas na cmara de exausto (capela);

    Sempre que proceder diluio de um cido concentrado, adicione-o lentamente, sob

    agitao sobre a gua, e no o contrrio;

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    Ao aquecer um tubo de ensaio contendo qualquer substncia, no volte extremidade

    aberta do mesmo para si ou para uma pessoa prxima;

    No jogue nenhum material slido dentro da pia ou nos ralos;

    Sempre que possvel, trabalhe com culos de proteo;

    Ao introduzir tubos de vidro em rolhas, umedea-os convenientemente e enrole a pea

    de vidro numa toalha para proteger as mos;

    Quando for testar um produto qumico pelo odor, no coloque o frasco sob o nariz.

    Desloque com a mo, para a sua direo, os vapores os vapores que se desprendem do

    frasco;

    Dedique especial ateno a qualquer operao que necessite aquecimento prolongado ou

    que desenvolva grande quantidade de energia;

    Ao se retirar do laboratrio, verifique se as torneiras (gua ou gs) esto fechadas.

    Desligue todos os aparelhos e deixe todo o equipamento limpo.

    1.2. Acidentes mais comuns em laboratrio e primeiros socorros:

    Queimaduras:

    a) Queimaduras causadas por calor seco (chamas e objetos aquecidos):

    No caso de queimaduras graves, elas devem ser cobertas com gaze esterilizada

    umedecida com soluo aquosa de bicarbonato de sdio a 5%. No caso de queimaduras

    leves, aplicar pomada de picrato de butesina.

    b) Queimaduras causadas por cidos:

    Lavar imediatamente o local com gua em abundncia, durante cerca de cinco

    minutos. Em seguida, lavar com soluo de bicarbonato de sdio e novamente com gua.

    c) Queimaduras causadas por lcalis:

    Lavar a regio atingida imediatamente com bastante gua, durante cinco minutos.

    Tratar com soluo de cido actico 1% e novamente lavar com gua.

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    cidos nos olhos:

    Nos laboratrios, existem lavadores de olhos acoplados aos chuveiros de emergncia.

    A lavagem deve ser feita por quinze minutos, aps o que se aplica soluo de bicarbonato de

    sdio 1%.

    lcalis nos olhos:

    Proceder como no item anterior, apenas substituindo a soluo bsica de bicarbonato

    por soluo de cido brico a 1%.

    Intoxicaes por gases:

    Remover a vtima para um ambiente arejado, deixando-a descansar.

    Ingesto de substncias txicas:

    Administrar uma colher de sopa de antdoto universal, que constitudo de: duas

    partes de carvo ativo, uma de xido de magnsio e uma de cido tnico.

    2. Limpeza de vidrarias e descarte de resduos.

    2.1 Limpeza de vidrarias

    Toda a vidraria utilizada em uma anlise qumica deve estar perfeitamente limpa antes

    do uso, pois a presena de substncias contaminantes pode induzir erros no resultado final da

    anlise.

    Existem vrios mtodos para o procedimento de limpeza de vidrarias, mas geralmente

    lavada com o auxlio de escovas e soluo de detergente neutro, enxaguados com gua

    corrente (torneira) e posteriormente trs vezes com gua pura (destilada ou deionizada)

    secando em um local protegido da poeira ou em estufas de secagem (exceto vidrarias

    graduadas).

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    2.2 Descarte de resduos

    Assim como na produo industrial, o laboratrio gera resduos provenientes dos

    restos de amostras e produtos lquidos (aquosos e orgnicos) ou slidos provenientes dos

    processos qumicos, alm de gases e vapores das reaes e digestes, etc.

    Em princpio, deve-se procurar reduzir ao mnimo a gerao de resduo, requisitando

    apenas o suficiente de amostras a serem utilizadas, e sempre que possvel adotar mtodos

    que utilizem o mnimo de reagentes. Neste aspecto, os mtodos de anlises mais modernos

    avanam nesta direo, utilizando instrumentos cada vez mais sensveis requerendo

    quantidades mnimas de amostras.

    Em linhas gerais, segue-se o que fazer com alguns resduos gerados em laboratrio:

    a) Descarte de gases ou vapores

    Trabalhando corretamente, os gases gerados, vapores e nvoa devem ser gerados

    dentro da capela ou sob coifa de captao. Captados pelo sistema, os gases e vapores so

    conduzidos pelos dutos at a atmosfera externa do laboratrio.

    Dentro de limites que a legislao permite, lanam-se os gases na atmosfera, porm

    empresas e instituies mais preocupadas com o ambiente instalam lavadores para gases

    cidos ou bsicos, ou filtros de leito de absoro para reter vapores orgnicos.

    b) Descartes de lquidos

    cidos e bases: Neutralizar com NaOH ou H2SO4 , respectivamente, utilizar papel

    indicador ou gotas de fenolftalena, para garantir que o pH da soluo resultante situe-se

    entre 6 e 8. Aps a neutralizao, descartar lentamente na pia sob gua corrente.

    Metais: Tratar com soda custica (NaOH + Na2CO3) em excesso. Descartar a mistura em

    resipientes apropriados para este fim que encontram-se laboratrio.

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    Metais pesados: Requerem tratamento especial pela toxidez e rigidez na legislao vigente.

    Em princpio, deve-se remov-lo da soluo precipitando, com acerto de pH conveniente ou

    fazendo adsoro com carvo ativo.

    O mercrio, de uso em praticamente todos os laboratrios, e presente nos termmetros,

    merece comentrio parte: prtica usual utilizar termmetro de mercrio para indicar a

    temperatura em reaes, estufas e incubadoras. Ocorre que, com grande facilidade, pode-se

    quebrar o bulbo gerando vapores de mercrio. Neste caso deve-se providenciar ventilao

    exaustiva na sala, usar EPI, para remover o mercrio fazendo amlgama com limalha de

    cobre, procedendo no recolhimento do mesmo num frasco com gua para evitar evaporao.

    c) Descartes de slidos

    Os resduos slidos so provenientes de vidrarias quebradas, frascos de reagentes,

    restos de amostras ou anlises, materiais biolgicos e material perfuro-cortante. Seguem

    alguns procedimentos:

    - Deve-se ter um recipiente forrado com saco plstico para armazenagem de vidros

    destinados a reciclagem

    -Os frascos de reagentes ou produtos txicos devem ser lavados, antes de sua armazenagem.

    -Os metais perfuro-cortantes como agulhas, seringas devem ser descartados em recipiente

    especial (Descartex).

    -Borra de metais pesados (slido aderido ao papel de filtro), dever ser armazenada e

    destinadas a empresas ou laboratrios de tratamento de resduos.

    importante notar que alguns catlogos de reagentes j indicam procedimentos de

    como descartar resduos dos produtos, ou atravs do cdigo que constam no rtulo do frasco

    dos reagentes.

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    3. Breve classificao dos tipos de gua

    3.1 gua para uso laboratorial

    O trabalho de anlise qumica envolve o consumo de quantidades considerveis de

    gua na lavagem de utenslios, preparo de solues, extraes, lavagem de precipitados, etc.

    Porm, a gua da torneira possui quantidades apreciveis de Na+, K+, Ca2+, Mg2+, Fe2+, Cl-

    , SO42- e CO32-, que contaminam ou podem interferir na correta quantificao de diversos

    procedimentos qumicos. O grau de purificao das guas depende da anlise a ser realizada,

    se os elementos de interesse tiverem grande concentrao, provvel que somente a

    purificao por destilao seja suficiente. Para amostras com baixos teores dos elementos de

    interesse, exige-se a utilizao de guas de ultrapureza.

    3.2 gua destilada

    um processo pelo qual se evapora a gua, em seguida resfria-se o vapor, obtendo

    novamente gua lquida e pura. Para realizar a destilao, usa-se um destilador. O

    aquecimento provoca a vaporizao da gua, enquanto as outras substncias ou impurezas

    permanecem no recipiente. Ao passar por um tubo de vidro resfriado com gua corrente, o

    vapor d'gua se condensa, transformando-se novamente em lquido. A destilao da gua

    mediante a destilao remove as espcies contaminantes no-volteis, inorgnicas ou

    orgnicas; os gases dissolvidos na gua original so liberados durante a destilao junto com

    o vapor dgua e, em parte, eliminado por ventilao. O dixido de carbono e a amnia so

    os principais gases dissolvidos na gua, sendo oriundos da gua original ou formados por

    pirlise da matria orgnica na destilao.

    3.3 gua deionizada

    Consiste no processo de remoo de grande parte dos ons presentes em

    gua, atravs do uso de resinas com caractersticas catinicas e aninicas. Como a

    desmineralizao da gua consiste na remoo dos ons nela presente, o processo tambm

    chamado de deionizao.

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    O processo de desmineralizao consiste em percolar a gua original em colunas de

    resinas catinicas na forma H+ e aninicas na forma OH-, separadamente, ou ento em uma

    s coluna que contenha estes dois tipos de resinas (leito misto). No Primeiro caso deve-se

    passar a gua primeiramente pelas resinas catinicas, pois estas so mais resistentes que a

    aninica tanto qumica quanto fisicamente. Deste modo s resinas catinicas podem proteger

    as aninicas, funcionando como um filtro aparando certos constituintes danosos s resinas

    aninicas.

    4. Elaborao de relatrio:

    O desenvolvimento correto da prtica de laboratrio, a preciso na coleta dos dados

    empricos e o domnio terico do assunto relacionado com a prtica so alguns fatores

    essenciais para um bom desenvolvimento das disciplinas experimentais. No entanto

    necessrio apresent-los em forma de texto um organizado e coerente. Esse o papel do

    relatrio. Depois de realizada cada prtica, voc ter que elaborar o relatrio,

    preferencialmente digitado, e mant-lo sob sua guarda at que seja solicitado pelo professor.

    Quanto sua organizao, o relatrio pode ser deve ser dividido nas seguintes partes:

    Ttulo da prtica; Introduo; Procedimento experimental; Resultados e discusses; e por

    ltimo, as Concluses. Vamos falar agora um pouco sobre cada uma.

    4.1 Ttulo da Prtica

    Como o nome diz, o nome do experimento. Geralmente descreve de maneira sucinta

    o que ser abordado no trabalho.

    4.2 Introduo

    Deve situar o leitor no assunto a ser abordado. Faa uma breve descrio dos aspectos

    tericos ou princpios envolvidos, preocupando-se em inserir nessa seo os seguintes

    aspectos: i) Princpios tericos em que se baseia a prtica; ii) Relevncia da prtica; iii)

    Objetivos da prtica.

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    4.3 Procedimento Experimental

    Descreva como o experimento foi feito incluindo, se for o caso, qualquer modificao

    no procedimento apresentado no roteiro. Escreva nessa seo apenas o que voc executou

    usando as mos. No relatrio voc deve apresentar o procedimento realizado de modo bem

    mais sucinto e objetivo do que o apresentado no roteiro, mas sem suprimir fatos ou

    atividades importantes.

    4.4 Resultados e discusses

    Trata-se da parte essencial do relatrio. Descreva todas as observaes feitas, os

    dados coletados e os clculos, se necessrio. Deve-se tambm discuti-los, baseando-se nos

    princpios tericos envolvidos. Sempre que possvel apresente as equaes qumicas

    relacionadas, explicando-as a partir de suas observaes.

    Na medida do possvel, tente agrupar seus dados em tabelas, facilitando dessa

    maneira a compreenso e organizao dos resultados. Nos clculos devem ser mostradas

    todas as equaes envolvidas e aproximaes se forem feitas.

    Os grficos devem seguir algumas normas: i) apresentar ttulo, p. ex. Temperatura x

    Presso; ii) explicitar as unidades de medidas nos eixos cartesianos; iii) use escala

    apropriada de modo que os dados fiquem adequadamente espaados.

    4.5 Concluses

    Aqui voc deve, como o prprio nome sugere, concluir o relatrio. Relacione suas

    concluses com o objetivo apresentado na introduo. Comente sobre os pontos positivos e a

    eficincia da prtica. Tente levantar possveis erros e sugestes para otimizao do

    experimento.

    No final do relatrio devem ser respondidas as perguntas existentes no final do

    roteiro experimental

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    4.6 Referncias Bibliogrficas:

    Deve-se sempre indicar a fonte de onde foi retirada a informao. Por exemplo,

    [1] BACCAN, N.; DE ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E. S.; BARONE, J. S. Qumica

    Analtica Quantitativa Elementar. 3. Ed. So Paulo: Edgard Blucher, 2001.