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  • Mesa da Cmara dos Deputados

    55 Legislatura | 2015-2019PresidenteEduardo Cunha

    1 Vice-PresidenteWaldir Maranho

    2 Vice-PresidenteGiacobo

    1 SecretrioBeto Mansur

    2 SecretrioFelipe Bornier

    3 SecretrioMara Gabrilli

    4 SecretrioAlex Canziani

    Suplentes de Secretrio

    1 SuplenteMandetta

    2 SuplenteGilberto Nascimento

    3 SuplenteLuiza Erundina

    4 SuplenteRicardo Izar

    Diretor-GeralSrgio Sampaio Contreiras de Almeida

    Secretrio-Geral da MesaSilvio Avelino da Silva

  • Cmara dos Deputados

    LEI N 8.112/905 edio

    Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispe sobre o regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, das autarquias e das fundaes pblicas federais, e legislao correlata.

    Atualizado at 4/3/2015.

    Centro de Documentao e InformaoEdies CmaraBraslia | 2015

  • CMARA DOS DEPUTADOSDiretoria LegislativaDiretor: Afrsio Vieira Lima FilhoCentro de Documentao e InformaoDiretor: Adolfo C. A. R. FurtadoCoordenao Edies CmaraDiretora: Helosa Helena S. C. AntunesCoordenao de Organizao da Informao LegislativaDiretor: Ricardo Lopes Vilarins

    2009, 1 edio; 2011, 2 edio; 2012, 3 edio; 2014, 4 edio.

    Superviso: Secretaria-Geral da MesaProjeto grfico de capa: Janaina CoeDiagramao: Giselle Sousa, Thiago Gualberto e Luiz Eduardo MakloufPesquisa e reviso: Seo de Reviso

    Cmara dos DeputadosCentro de Documentao e Informao Cedi

    Coordenao Edies Cmara CoediAnexo II Praa dos Trs Poderes

    Braslia (DF) CEP 70160-900Telefone: (61) 3216-5809; fax: (61) 3216-5810

    [email protected]

    SRIELegislao

    n. 149Dados Internacionais de Catalogao-na-publicao (CIP)

    Coordenao de Biblioteca. Seo de Catalogao.

    Brasil. [Regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio (1990)].Lei n 8.112/90 [recurso eletrnico] : Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispe sobre o regime jurdico dos servidores pblicos

    civis da Unio, das autarquias e das fundaes pblicas federais, e legislao correlata. 5. ed. Braslia : Cmara dos Deputados, Edies Cmara, 2015.

    (Srie legislao ; n. 149)

    Atualizada em 4/3/2015.Modo de acesso: Editado originalmente como livro.ISBN 978-85-402-0336-5

    1. Servidor pblico, regime jurdico, Brasil. 2. Servidor pblico, legislao, Brasil. I. Ttulo. II. Srie.

    CDU 35.08(81)(094)

    ISBN 978-85-402-0335-8 (papel) | ISBN 978-85-402-0398-3 (EPUB) | ISBN 978-85-402-0336-5 (PDF)

  • SUMRIO

    SUMRIO DE ARTIGOS.................................................................................................................................................... 9

    Apresentao ........................................................................................................................................................................ 10

    LEI N 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 ............................................................................................................. 10Dispe sobre o regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, das autarquias e das fundaes pblicas federais.Ttulo I .................................................................................................................................................................................... 10

    Captulo nico Das Disposies Preliminares ..................................................................................................... 10Ttulo II Do Provimento, Vacncia, Remoo, Redistribuio e Substituio ................................................... 10

    Captulo I Do Provimento ......................................................................................................................................... 10Seo I Disposies Gerais .................................................................................................................................... 10Seo II Da Nomeao ........................................................................................................................................... 11Seo III Do Concurso Pblico ............................................................................................................................ 11Seo IV Da Posse e do Exerccio ........................................................................................................................ 11Seo V Da Estabilidade ........................................................................................................................................ 13Seo VI Da Transferncia .................................................................................................................................... 13Seo VII Da Readaptao .................................................................................................................................... 13Seo VIII Da Reverso .......................................................................................................................................... 13Seo IX Da Reintegrao ..................................................................................................................................... 13Seo X Da Reconduo ........................................................................................................................................ 13Seo XI Da Disponibilidade e do Aproveitamento ........................................................................................ 14

    Captulo II Da Vacncia ............................................................................................................................................. 14Captulo III Da Remoo e da Redistribuio....................................................................................................... 14

    Seo I Da Remoo ............................................................................................................................................... 14Seo II Da Redistribuio .................................................................................................................................... 14

    Captulo IV Da Substituio ..................................................................................................................................... 15Ttulo III Dos Direitos e Vantagens ............................................................................................................................. 15

    Captulo I Do Vencimento e da Remunerao ...................................................................................................... 15Captulo II Das Vantagens......................................................................................................................................... 16

    Seo I Das Indenizaes ...................................................................................................................................... 16Subseo I Da Ajuda de Custo ........................................................................................................................ 16Subseo II Das Dirias .................................................................................................................................... 17Subseo III Da Indenizao de Transporte................................................................................................ 17Subseo IV Do Auxlio-Moradia.................................................................................................................. 17

    Seo II Das Gratificaes e Adicionais ............................................................................................................. 18Subseo I Da Retribuio pelo Exerccio de Funo de Direo, Chefia e Assessoramento ........... 18Subseo II Da Gratificao Natalina ........................................................................................................... 18Subseo III Do Adicional por Tempo de Servio ..................................................................................... 18Subseo IV Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas ..................... 18Subseo V Do Adicional por Servio Extraordinrio .............................................................................. 19Subseo VI Do Adicional Noturno .............................................................................................................. 19

    Edies CmaraNotaDica: para voltar pagina de origem aps clicar em um link de navegao, tecle ALT + SETA PARA ESQUERDA ou acesse o menu Visualizar/Navegao da pgina/Visualizao anterior. (funo disponvel apenas no Adobe Reader)

  • Subseo VII Do Adicional de Frias ............................................................................................................ 19Subseo VIII Da Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso ..................................................... 19

    Captulo III Das Frias ............................................................................................................................................... 20Captulo IV Das Licenas .......................................................................................................................................... 20

    Seo I Disposies Gerais .................................................................................................................................... 20Seo II Da Licena por Motivo de Doena em Pessoa da Famlia .............................................................. 20Seo III Da Licena por Motivo de Afastamento do Cnjuge ..................................................................... 21Seo IV Da Licena para o Servio Militar ..................................................................................................... 21Seo V Da Licena para Atividade Poltica ...................................................................................................... 21Seo VI Da Licena para Capacitao .............................................................................................................. 21Seo VII Da Licena para Tratar de Interesses Particulares ....................................................................... 21Seo VIII Da Licena para o Desempenho de Mandato Classista ............................................................. 21

    Captulo V Dos Afastamentos .................................................................................................................................. 22Seo I Do Afastamento para Servir a Outro rgo ou Entidade ............................................................... 22Seo II Do Afastamento para Exerccio de Mandato Eletivo ...................................................................... 22Seo III Do Afastamento para Estudo ou Misso no Exterior .................................................................... 22Seo IV Do Afastamento para Participao em Programa de Ps-Graduao Stricto Sensu no Pas 23

    Captulo VI Das Concesses ..................................................................................................................................... 23Captulo VII Do Tempo de Servio ......................................................................................................................... 24Captulo VIII Do Direito de Petio ....................................................................................................................... 25

    Ttulo IV Do Regime Disciplinar .................................................................................................................................. 25Captulo I Dos Deveres .............................................................................................................................................. 25Captulo II Das Proibies......................................................................................................................................... 26Captulo III Da Acumulao ..................................................................................................................................... 26Captulo IV Das Responsabilidades ........................................................................................................................ 27Captulo V Das Penalidades ...................................................................................................................................... 27

    Ttulo V Do Processo Administrativo Disciplinar ................................................................................................... 29Captulo I Disposies Gerais .................................................................................................................................. 29Captulo II Do Afastamento Preventivo ................................................................................................................ 30Captulo III Do Processo Disciplinar ...................................................................................................................... 30

    Seo I Do Inqurito ............................................................................................................................................... 30Seo II Do Julgamento ......................................................................................................................................... 31Seo III Da Reviso do Processo ........................................................................................................................ 32

    Ttulo VI Da Seguridade Social do Servidor .............................................................................................................. 32Captulo I Disposies Gerais .................................................................................................................................. 32Captulo II Dos Benefcios ......................................................................................................................................... 33

    Seo I Da Aposentadoria ..................................................................................................................................... 33Seo II Do Auxlio-Natalidade ........................................................................................................................... 34Seo III Do Salrio-Famlia ................................................................................................................................ 34Seo IV Da Licena para Tratamento de Sade ............................................................................................. 35Seo V Da Licena Gestante, Adotante e da Licena-Paternidade ...................................................... 35Seo VI Da Licena por Acidente em Servio................................................................................................. 36

  • Seo VII Da Penso ............................................................................................................................................... 36Seo VIII Do Auxlio-Funeral ............................................................................................................................ 37Seo IX Do Auxlio-Recluso ............................................................................................................................. 37

    Captulo III Da Assistncia Sade ........................................................................................................................ 37Captulo IV Do Custeio ............................................................................................................................................. 38

    Ttulo VII ............................................................................................................................................................................... 38Captulo nico Da Contratao Temporria de Excepcional Interesse Pblico .......................................... 38

    Ttulo VIII ............................................................................................................................................................................. 38Captulo nico Das Disposies Gerais................................................................................................................. 38

    Ttulo IX ................................................................................................................................................................................ 39Captulo nico Das Disposies Transitrias e Finais ....................................................................................... 39

    LEGISLAO CORRELATACONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 ........................................................... 42[Dispositivos que tratam dos servidores pblicos civis.]

    LEI N 9.525, DE 2 DE DEZEMBRO DE 1997 ............................................................................................................... 47Dispe sobre as frias dos servidores pblicos civis da Unio, das autarquias e das fundaes pblicas federais, e d outras providncias.

    LEI N 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999................................................................................................................... 48(Lei Geral do Processo Administrativo)Regula o processo administrativo no mbito da administrao pblica federal.

    LEI N 12.269, DE 21 DE JUNHO DE 2010 .................................................................................................................... 54Dispe sobre [...] a licena por motivo de doena em pessoa da famlia e o afastamento para participao em programa de ps-graduao stricto sensu no pas, de que tratam, respectivamente, os arts. 83 e 96-A da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990 [...]; e d outras providncias.

    DECRETO N 948, DE 5 DE OUTUBRO DE 1993 ...................................................................................................... 55Dispe sobre a aplicao dos arts. 73 e 74 da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

    DECRETO N 2.066, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1996 ............................................................................................. 55Regulamenta o art. 92, da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispe sobre a licena para Desempenho de Mandato Classista.

    DECRETO N 3.644, DE 30 DE OUTUBRO DE 2000 ................................................................................................ 56Regulamenta o instituto da reverso de que trata o art. 25 da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

    DECRETO N 4.050, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2001 .............................................................................................. 57Regulamenta o art. 93 da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispe sobre a cesso de servidores de rgos e entidades da administrao pblica federal, direta, autrquica e fundacional, e d outras providncias.

    DECRETO N 4.978, DE 3 DE FEVEREIRO DE 2004 ................................................................................................. 59Regulamenta o art. 230 da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispe sobre a assistncia sade do servidor, e d outras providncias.

    DECRETO N 6.114, DE 15 DE MAIO DE 2007 .......................................................................................................... 60Regulamenta o pagamento da Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso de que trata o art. 76-A da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

    DECRETO N 6.593, DE 2 DE OUTUBRO DE 2008 .................................................................................................. 64

  • Regulamenta o art. 11 da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, quanto iseno de pagamento de taxa de inscrio em concursos pblicos realizados no mbito do Poder Executivo federal.

    DECRETO N 6.690, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2008 .............................................................................................. 64Institui o Programa de Prorrogao da Licena Gestante e Adotante, estabelece os critrios de adeso ao Programa e d outras providncias.

    DECRETO N 6.856, DE 25 DE MAIO DE 2009 .......................................................................................................... 65Regulamenta o art. 206-A da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990 (Regime Jurdico nico), dispondo sobre os exames mdicos peridicos de servidores.

    DECRETO N 7.003, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2009 ............................................................................................... 66Regulamenta a licena para tratamento de sade, de que tratam os arts. 202 a 205 da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e d outras providncias.

    LISTA DE OUTRAS NORMAS DE INTERESSE ........................................................................................................ 69

  • 9

    SUMRIO DE ARTIGOS

    1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30,

    31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60,

    60-A, 60-B, 60-C, 60-D, 60-E, 61, 62, 62-A, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 76-A, 77,

    78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 96-A, 97, 98, 99, 100, 101, 102, 103,

    104, 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116, 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 124, 125,

    126, 126-A, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 133, 134, 135, 136, 137, 138, 139, 140, 141, 142, 143, 144, 145,

    146, 147, 148, 149, 150, 151, 152, 153, 154, 155, 156, 157, 158, 159, 160, 161, 162, 163, 164, 165, 166, 167,

    168, 169, 170, 171, 172, 173, 174, 175, 176, 177, 178, 179, 180, 181, 182, 183, 184, 185, 186, 187, 188, 189,

    190, 191, 192, 193, 194, 195, 196, 197, 198, 199, 200, 201, 202, 203, 204, 205, 206, 206-A, 207, 208, 209,

    210, 211, 212, 213, 214, 215, 216, 217, 218, 219, 220, 221, 222, 223, 224, 225, 226, 227, 228, 229, 230, 231,

    232, 233, 234, 235, 236, 237, 238, 239, 240, 241, 242, 243, 244, 245, 246, 247, 248, 249, 250, 251, 252, 253

  • 10

    LEI 8.112/90

    APRESENTAO

    Este livro da Srie Legislao, da Edies Cmara, traz o texto atualizado da Lei n8.112, de 11 de dezem-bro de 1990, e legislao correlata.

    Com a publicao da legislao federal brasileira em vigor, a Cmara dos Deputados vai alm da funo de criar normas: colabora tambm para o seu efetivo cumprimento ao torn-las conhecidas e acessveis a toda a populao.

    Os textos legais compilados nesta edio so resultado do trabalho dos parlamentares, que representam a diversidade do povo brasileiro. Da apresentao at a aprovao de um projeto de lei, h um extenso cami-nho de consultas, estudos e debates com os diversos segmentos sociais. Aps criadas, as leis fornecem um arcabouo jurdico que permite a boa convivncia no mbito da sociedade.

    O contedo publicado pela Edies Cmara est disponvel tambm na Biblioteca Digital da Cmara (bd.camara.leg.br/bd/) e no site da editora (camara.leg.br/editora). Alguns ttulos j so produzidos em formato audiolivro, epub e no sistema braile. O objetivo democratizar o acesso a informao e estimular o pleno exerccio da cidadania.

    Dessa forma, a Cmara dos Deputados contribui para disseminar informao sobre direitos e deveres aos principais interessados no assunto: os cidados.

    Deputado Eduardo CunhaPresidente da Cmara dos Deputados

  • 11

    LEI 8.112/90

    LEI N 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 19901

    Dispe sobre o regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, das autarquias e das fundaes pblicas

    federais.

    O presidente da RepblicaFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu san-ciono a seguinte lei:

    TTULO I

    Captulo nico Das Disposies Preliminares

    Art. 1 Esta lei institui o regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundaes pblicas federais.

    Art. 2 Para os efeitos desta lei, servidor a pessoa legalmente investida em cargo pblico.

    Art. 3 Cargo pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.Pargrafo nico. Os cargos pblicos, acessveis a todos os brasileiros, so criados por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em comisso.

    Art. 4 proibida a prestao de servios gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

    TTULO II DO PROVIMENTO, VACNCIA, REMOO,

    REDISTRIBUIO E SUBSTITUIO

    Captulo I Do ProvimentoSeo I Disposies Gerais

    Art. 5 So requisitos bsicos para investidura em cargo pblico:I a nacionalidade brasileira;II o gozo dos direitos polticos;III a quitao com as obrigaes militares e eleitorais;IV o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo;V a idade mnima de dezoito anos;

    1. Publicada no Dirio Oficial da Unio, Seo 1, de 12 de dezembro de 1990, p. 23935, e republicada no Dirio Oficial da Unio, Seo 1, de 18 de maro de 1998, p. 1.

    VI aptido fsica e mental.1 As atribuies do cargo podem justificar a exigncia de outros requisitos estabelecidos em lei.2 s pessoas portadoras de deficincia assegurado o direito de se inscrever em concurso pblico para provimento de cargo cujas atribuies sejam compat-veis com a deficincia de que so portadoras; para tais pessoas sero reservadas at 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.3 As universidades e instituies de pesquisa cient-fica e tecnolgica federais podero prover seus cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta lei.

    Art. 6 O provimento dos cargos pblicos far-se- me-diante ato da autoridade competente de cada poder.

    Art. 7 A investidura em cargo pblico ocorrer com a posse.

    Art. 8 So formas de provimento de cargo pblico:I nomeao;II promoo;III (revogado);IV (revogado);V readaptao;VI reverso;VII aproveitamento;VIII reintegrao;IX reconduo.

    Seo II Da NomeaoArt. 9 A nomeao far-se-:I em carter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;II em comisso, inclusive na condio de interino, pa ra cargos de confiana vagos.Pargrafo nico. O servidor ocupante de cargo em comis-so ou de natureza especial poder ser nomeado para ter exerccio, interinamente, em outro cargo de confiana, sem prejuzo das atribuies do que atualmente ocupa, hiptese em que dever optar pela remunerao de um deles durante o perodo da interinidade.

    Art. 10. A nomeao para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prvia habi-litao em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, obedecidos a ordem de classificao e o prazo de sua validade.Pargrafo nico. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, median-te promoo, sero estabelecidos pela lei que fixar as

  • 12

    LEI 8.112/90

    diretrizes do sistema de carreira na administrao pblica federal e seus regulamentos.

    Seo III Do Concurso PblicoArt. 11. O concurso ser de provas ou de provas e t-tulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrio do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indis-pensvel ao seu custeio, e ressalvadas as hipteses de iseno nele expressamente previstas.

    Art. 12. O concurso pblico ter validade de at dois anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo.1 O prazo de validade do concurso e as condies de sua realizao sero fixados em edital, que ser pu-blicado no Dirio Oficial da Unio e em jornal dirio de grande circulao.2 No se abrir novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade no expirado.

    Seo IV Da Posse e do ExerccioArt. 13. A posse dar-se- pela assinatura do respec-tivo termo, no qual devero constar as atribuies, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que no podero ser alterados unilate-ralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofcio previstos em lei.1 A posse ocorrer no prazo de trinta dias contados da publicao do ato de provimento.2 Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicao do ato de provimento, em licena prevista nos incisosI, III e V do art.81, ou afastado nas hip-teses dos incisosI, IV, VI, VIII, alneasa, b, d, e e f, IX e X do art.102, o prazo ser contado do trmino do impedimento.3 A posse poder dar-se mediante procurao especfica.4 S haver posse nos casos de provimento de cargo por nomeao.5 No ato da posse, o servidor apresentar declarao de bens e valores que constituem seu patrimnio e declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica.6 Ser tornado sem efeito o ato de provimento se a posse no ocorrer no prazo previsto no 1 deste artigo.

    Art. 14. A posse em cargo pblico depender de prvia inspeo mdica oficial.

    Pargrafo nico. S poder ser empossado aquele que for julgado apto fsica e mentalmente para o exerccio do cargo.

    Art. 15. Exerccio o efetivo desempenho das atri-buies do cargo pblico ou da funo de confiana.1 de quinze dias o prazo para o servidor empos-sado em cargo pblico entrar em exerccio, contados da data da posse.2 O servidor ser exonerado do cargo ou ser tor-nado sem efeito o ato de sua designao para funo de confiana, se no entrar em exerccio nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art.18.3 autoridade competente do rgo ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exerccio.4 O incio do exerccio de funo de confiana coin-cidir com a data de publicao do ato de designao, salvo quando o servidor estiver em licena ou afastado por qualquer outro motivo legal, hiptese em que recair no primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a trinta dias da publicao.

    Art. 16. O incio, a suspenso, a interrupo e o rei-ncio do exerccio sero registrados no assentamento individual do servidor.Pargrafo nico. Ao entrar em exerccio, o servidor apresentar ao rgo competente os elementos neces-srios ao seu assentamento individual.

    Art. 17. A promoo no interrompe o tempo de exerc-cio, que contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicao do ato que promover o servidor.

    Art. 18. O servidor que deva ter exerccio em outro municpio em razo de ter sido removido, redistribudo, requisitado, cedido ou posto em exerccio provisrio ter, no mnimo, dez e, no mximo, trinta dias de pra-zo, contados da publicao do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuies do cargo, includo nesse prazo o tempo necessrio para o deslocamento para a nova sede.1 Na hiptese de o servidor encontrar-se em licena ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este ar-tigo ser contado a partir do trmino do impedimento.2 facultado ao servidor declinar dos prazos esta-belecidos no caput.

    Art. 19. Os servidores cumpriro jornada de traba-lho fixada em razo das atribuies pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a durao mxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os

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    limites mnimo e mximo de seis horas e oito horas dirias, respectivamente.1 O ocupante de cargo em comisso ou funo de confiana submete-se a regime de integral dedicao ao servio, observado o disposto no art.120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da administrao.2 O disposto neste artigo no se aplica a durao de trabalho estabelecida em leis especiais.2Art. 20. Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito a es-tgio probatrio por perodo de vinte e quatro meses, durante o qual a sua aptido e capacidade sero objeto de avaliao para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores:I assiduidade;II disciplina;III capacidade de iniciativa;IV produtividade;V responsabilidade.31 Quatro meses antes de findo o perodo do estgio probatrio, ser submetida homologao da autoridade competente a avaliao do desempenho do servidor, realizada por comisso constituda para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuzo da continui-dade de apurao dos fatores enumerados nos incisosI a V do caput deste artigo.2 O servidor no aprovado no estgio probatrio ser exonerado ou, se estvel, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no pa-rgrafo nico do art.29.3 O servidor em estgio probatrio poder exercer quaisquer cargos de provimento em comisso ou fun-es de direo, chefia ou assessoramento no rgo ou entidade de lotao, e somente poder ser cedido a outro rgo ou entidade para ocupar cargos de natu-reza especial, cargos de provimento em comisso do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores (DAS), de nveis 6, 5 e 4, ou equivalentes.4 Ao servidor em estgio probatrio somente podero ser concedidas as licenas e os afastamentos previstos nos arts.81, incisosI a IV, 94, 95 e 96, bem assim afas-tamento para participar de curso de formao decor-rente de aprovao em concurso para outro cargo na administrao pblica federal.

    2. Conforme o art. 41 da Constituio Federal, com a redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 4-6-1998, so estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico.3. Pargrafo com redao dada pela Lei n 11.784, de 22-9-2008.

    5 O estgio probatrio ficar suspenso durante as licenas e os afastamentos previstos nos arts.83, 84, 1, 86 e 96, bem assim na hiptese de participao em curso de formao, e ser retomado a partir do trmino do impedimento.

    Seo V Da Estabilidade4Art. 21. O servidor habilitado em concurso pblico e empossado em cargo de provimento efetivo adquirir estabilidade no servio pblico ao completar dois anos de efetivo exerccio.

    Art. 22. O servidor estvel s perder o cargo em vir-tude de sentena judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

    Seo VI Da TransfernciaArt. 23. (Revogado.)

    Seo VII Da ReadaptaoArt. 24. Readaptao a investidura do servidor em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental verificada em inspeo mdica.1 Se julgado incapaz para o servio pblico, o rea-daptando ser aposentado.2 A readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitada a habilitao exigida, nvel de esco-laridade e equivalncia de vencimentos e, na hiptese de inexistncia de cargo vago, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga.

    Seo VIII Da Reverso5Art. 25. Reverso o retorno atividade de servidor aposentado:I por invalidez, quando junta mdica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ouII no interesse da administrao, desde que: a) tenha solicitado a reverso; b) a aposentadoria tenha sido voluntria; c) estvel quando na atividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos

    anteriores solicitao; e) haja cargo vago.

    4. Conforme o art. 41 da Constituio Federal, com a redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 4-6-1998, so estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico.5. Artigo com redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4-9-2001.

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    1 A reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao.2 O tempo em que o servidor estiver em exerccio ser considerado para concesso da aposentadoria.3 No caso do incisoI, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga.4 O servidor que retornar atividade por interesse da administrao perceber, em substituio aos pro-ventos da aposentadoria, a remunerao do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente aposentadoria.5 O servidor de que trata o incisoII somente ter os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo.6 O Poder Executivo regulamentar o disposto neste artigo.6Art. 26. (Revogado.)Art. 27. No poder reverter o aposentado que j tiver completado setenta anos de idade.

    Seo IX Da ReintegraoArt. 28. A reintegrao a reinvestidura do servidor estvel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.1 Na hiptese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficar em disponibilidade, observado o disposto nos arts.30 e 31.2 Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito indenizao ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

    Seo X Da ReconduoArt. 29. Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado e decorrer de:I inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo;II reintegrao do anterior ocupante.Pargrafo nico. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor ser aproveitado em outro, observado o disposto no art.30.

    6. Artigo revogado pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4-9-2001.

    Seo XI Da Disponibilidade e do Aproveitamento

    Art. 30. O retorno atividade de servidor em disponi-bilidade far-se- mediante aproveitamento obrigatrio em cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente ocupado.

    Art. 31. O rgo central do Sistema de Pessoal Civil determinar o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos rgos ou entidades da administrao pblica federal.Pargrafo nico. Na hiptese prevista no 3 do art.37, o servidor posto em disponibilidade poder ser mantido sob responsabilidade do rgo central do Sistema de Pessoal Civil da administrao federal (Sipec), at o seu adequado aproveitamento em outro rgo ou entidade.

    Art. 32. Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor no entrar em exerccio no prazo legal, salvo doena comprovada por junta mdica oficial.

    Captulo II Da VacnciaArt. 33. A vacncia do cargo pblico decorrer de:I exonerao;II demisso;III promoo;IV (revogado);V (revogado);VI readaptao;VII aposentadoria;VIII posse em outro cargo inacumulvel;IX falecimento.

    Art. 34. A exonerao de cargo efetivo dar-se- a pedido do servidor, ou de ofcio.Pargrafo nico. A exonerao de ofcio dar-se-:I quando no satisfeitas as condies do estgio probatrio;II quando, tendo tomado posse, o servidor no entrar em exerccio no prazo estabelecido.

    Art. 35. A exonerao de cargo em comisso e a dis-pensa de funo de confiana dar-se-:I a juzo da autoridade competente;II a pedido do prprio servidor.Pargrafo nico. (Revogado.)

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    Captulo III Da Remoo e da Redistribuio

    Seo I Da RemooArt. 36. Remoo o deslocamento do servidor, a pe-dido ou de ofcio, no mbito do mesmo quadro, com ou sem mudana de sede.Pargrafo nico. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoo:I de ofcio, no interesse da administrao;II a pedido, a critrio da administrao;III a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da administrao: a) para acompanhar cnjuge ou companheiro, tam-

    bm servidor pblico civil ou militar, de qualquer dos poderes da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios, que foi deslocado no interesse da administrao;

    b) por motivo de sade do servidor, cnjuge, compa-nheiro ou dependente que viva s suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condi-cionada comprovao por junta mdica oficial;

    c) em virtude de processo seletivo promovido, na hiptese em que o nmero de interessados for superior ao nmero de vagas, de acordo com nor-mas preestabelecidas pelo rgo ou entidade em que aqueles estejam lotados.

    Seo II Da RedistribuioArt. 37. Redistribuio o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no mbito do quadro geral de pessoal, para outro rgo ou entidade do mesmo poder, com prvia apreciao do rgo central do Sipec, observados os seguintes preceitos:I interesse da administrao;II equivalncia de vencimentos;III manuteno da essncia das atribuies do cargo;IV vinculao entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;V mesmo nvel de escolaridade, especialidade ou habilitao profissional;VI compatibilidade entre as atribuies do cargo e as finalidades institucionais do rgo ou entidade.1 A redistribuio ocorrer ex officio para ajustamento de lotao e da fora de trabalho s necessidades dos servios, inclusive nos casos de reorganizao, extino ou criao de rgo ou entidade.2 A redistribuio de cargos efetivos vagos se dar mediante ato conjunto entre o rgo central do Sipec e

    os rgos e entidades da administrao pblica federal envolvidos.3 Nos casos de reorganizao ou extino de rgo ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desne-cessidade no rgo ou entidade, o servidor estvel que no for redistribudo ser colocado em disponibilidade, at seu aproveitamento na forma dos arts.30 e 31.4 O servidor que no for redistribudo ou colocado em disponibilidade poder ser mantido sob responsa-bilidade do rgo central do Sipec, e ter exerccio pro-visrio, em outro rgo ou entidade, at seu adequado aproveitamento.

    Captulo IV Da SubstituioArt. 38. Os servidores investidos em cargo ou funo de direo ou chefia e os ocupantes de cargo de natu-reza especial tero substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omisso, previamente designados pelo dirigente mximo do rgo ou entidade.1 O substituto assumir automtica e cumulativa-mente, sem prejuzo do cargo que ocupa, o exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia e os de natu-reza especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacncia do cargo, hipteses em que dever optar pela remunerao de um deles durante o respectivo perodo.2 O substituto far jus retribuio pelo exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia ou de cargo de natureza especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio, que excederem o referido perodo.

    Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nvel de assessoria.

    TTULO III DOS DIREITOS E VANTAGENS

    Captulo I Do Vencimento e da Remunerao

    Art. 40. Vencimento a retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo pblico, com valor fixado em lei.7Pargrafo nico. (Revogado.)

    Art. 41. Remunerao o vencimento do cargo efeti-vo, acrescido das vantagens pecunirias permanentes estabelecidas em lei.

    7. Pargrafo revogado pela Lei n 11.784, de 22-9-2008, desde 14-5-2008.

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    1 A remunerao do servidor investido em funo ou cargo em comisso ser paga na forma prevista no art.62.2 O servidor investido em cargo em comisso de rgo ou entidade diversa da de sua lotao receber a remunerao de acordo com o estabelecido no 1 do art.93.3 O vencimento do cargo efetivo, acrescido das van-tagens de carter permanente, irredutvel.4 assegurada a isonomia de vencimentos para car-gos de atribuies iguais ou assemelhadas do mesmo poder, ou entre servidores dos trs poderes, ressalva-das as vantagens de carter individual e as relativas natureza ou ao local de trabalho.85 Nenhum servidor receber remunerao inferior ao salrio mnimo.

    Art. 42. Nenhum servidor poder perceber, mensal-mente, a ttulo de remunerao, importncia superior soma dos valores percebidos como remunerao, em espcie, a qualquer ttulo, no mbito dos respectivos poderes, pelos ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e ministros do Supremo Tribunal Federal.Pargrafo nico. Excluem-se do teto de remunerao as vantagens previstas nos incisosII a VII do art.61.9Art. 43. (Revogado.)Art. 44. O servidor perder:I a remunerao do dia em que faltar ao servio, sem motivo justificado;II a parcela de remunerao diria, proporcional aos atrasos, ausncias justificadas, ressalvadas as conces-ses de que trata o art.97, e sadas antecipadas, salvo na hiptese de compensao de horrio, at o ms subsequente ao da ocorrncia, a ser estabelecida pela chefia imediata.Pargrafo nico. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de fora maior podero ser compensadas a critrio da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exerccio.

    Art. 45. Salvo por imposio legal, ou mandado judi-cial, nenhum desconto incidir sobre a remunerao ou provento.Pargrafo nico. Mediante autorizao do servidor, poder haver consignao em folha de pagamento a

    8. Pargrafo acrescido pela Lei n 11.784, de 22-9-2008.9. Artigo revogado pela Lei n 9.624, de 2-4-1998. Conforme o art. 18 dessa lei, a relao entre a maior e a menor remunerao dos servidores pblicos no poder exceder o fator correspondente a vinte e cinco vrgula seiscentos e quarenta e um.

    favor de terceiros, a critrio da administrao e com reposio de custos, na forma definida em regulamento.10Art. 46. As reposies e indenizaes ao errio, atu-alizadas at 30 de junho de 1994, sero previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pen-sionista, para pagamento, no prazo mximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.1 O valor de cada parcela no poder ser inferior ao correspondente a dez por cento da remunerao, provento ou penso.2 Quando o pagamento indevido houver ocorrido no ms anterior ao do processamento da folha, a reposio ser feita imediatamente, em uma nica parcela.3 Na hiptese de valores recebidos em decorrncia de cumprimento a deciso liminar, a tutela antecipada ou a sentena que venha a ser revogada ou rescindida, sero eles atualizados at a data da reposio.11Art. 47. O servidor em dbito com o errio, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ter o prazo de sessenta dias para quitar o dbito.Pargrafo nico. A no quitao do dbito no prazo previsto implicar sua inscrio em dvida ativa.

    Art. 48. O vencimento, a remunerao e o provento no sero objeto de arresto, sequestro ou penhora, ex-ceto nos casos de prestao de alimentos resultante de deciso judicial.

    Captulo II Das VantagensArt. 49. Alm do vencimento, podero ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:I indenizaes;II gratificaes;III adicionais.1 As indenizaes no se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.2 As gratificaes e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condies indi-cados em lei.

    Art. 50. As vantagens pecunirias no sero compu-tadas, nem acumuladas, para efeito de concesso de quaisquer outros acrscimos pecunirios ulteriores, sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento.

    10. Artigo com redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4-9-2001.11. Artigo com redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4-9-2001.

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    Seo I Das IndenizaesArt. 51. Constituem indenizaes ao servidor:I ajuda de custo;II dirias;12III transporte;13IV auxlio-moradia.14Art. 52. Os valores das indenizaes estabelecidas nos incisosI a III do art.51 desta lei, assim como as condies para a sua concesso, sero estabelecidos em regulamento.

    Subseo I Da Ajuda de CustoArt. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalao do servidor que, no interesse do servio, passar a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio em carter permanente, vedado o duplo pagamento de indenizao, a qualquer tempo, no caso de o cnjuge ou companheiro que detenha tambm a condio de servidor, vier a ter exerccio na mesma sede.1 Correm por conta da administrao as despesas de transporte do servidor e de sua famlia, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.2 famlia do servidor que falecer na nova sede so assegurados ajuda de custo e transporte para a locali-dade de origem, dentro do prazo de um ano, contado do bito.153 No ser concedida ajuda de custo nas hipteses de remoo previstas nos incisosIIe III do pargrafo nico do art.36.

    Art. 54. A ajuda de custo calculada sobre a remunera-o do servidor, conforme se dispuser em regulamento, no podendo exceder a importncia correspondente a trs meses.

    Art. 55. No ser concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

    Art. 56. Ser concedida ajuda de custo quele que, no sendo servidor da Unio, for nomeado para cargo em comisso, com mudana de domiclio.Pargrafo nico. No afastamento previsto no incisoI do art.93, a ajuda de custo ser paga pelo rgo ces-sionrio, quando cabvel.

    12. Inciso com redao dada pela Lei n 11.355, de 19-10-2006.13. Inciso acrescido pela Lei n 11.355, de 19-10-2006.14. Artigo com redao dada pela Lei n 11.355, de 19-10-2006.15. Pargrafo acrescido pela Lei n 12.998, de 18-6-2014.

    Art. 57. O servidor ficar obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, no se apresentar na nova sede no prazo de trinta dias.

    Subseo II Das DiriasArt. 58. O servidor que, a servio, afastar-se da sede em carter eventual ou transitrio para outro ponto do territrio nacional ou para o exterior, far jus a pas-sagens e dirias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinria com pousada, alimentao e locomoo urbana, conforme dispuser em regulamento.1 A diria ser concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento no exigir pernoite fora da sede, ou quando a Unio custear, por meio diverso, as despesas extraordinrias cobertas por dirias.2 Nos casos em que o deslocamento da sede cons-tituir exigncia permanente do cargo, o servidor no far jus a dirias.3 Tambm no far jus a dirias o servidor que se deslocar dentro da mesma regio metropolitana, aglomerao urbana ou microrregio, constitudas por municpios limtrofes e regularmente institudas, ou em reas de controle integrado mantidas com pases limtrofes, cuja jurisdio e competncia dos rgos, entidades e servidores brasileiros considera-se esten-dida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipteses em que as dirias pagas sero sempre as fixadas para os afastamentos dentro do territrio nacional.

    Art. 59. O servidor que receber dirias e no se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de cinco dias.Pargrafo nico. Na hiptese de o servidor retornar sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituir as dirias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.

    Subseo III Da Indenizao de TransporteArt. 60. Conceder-se- indenizao de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilizao de meio prprio de locomoo para a execuo de servios ex-ternos, por fora das atribuies prprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.

    Subseo IV16 Do Auxlio-Moradia17Art. 60-A. O auxlio-moradia consiste no ressar-cimento das despesas comprovadamente realizadas

    16. Subseo acrescida pela Lei n 11.355, de 19-10-2006.17. Artigo acrescido pela Lei n 11.355, de 19-10-2006.

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    pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um ms aps a comprovao da despesa pelo servidor.18Art. 60-B. Conceder-se- auxlio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos:I no exista imvel funcional disponvel para uso pelo servidor;II o cnjuge ou companheiro do servidor no ocupe imvel funcional;III o servidor ou seu cnjuge ou companheiro no seja ou tenha sido proprietrio, promitente comprador, cessionrio ou promitente cessionrio de imvel no municpio aonde for exercer o cargo, includa a hiptese de lote edificado sem averbao de construo, nos doze meses que antecederem a sua nomeao;IV nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxlio-moradia;V o servidor tenha se mudado do local de residncia para ocupar cargo em comisso ou funo de confiana do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores (DAS), nveis 4, 5 e 6, de natureza especial, de ministro de Estado ou equivalentes;VI o municpio no qual assuma o cargo em comisso ou funo de confiana no se enquadre nas hipteses previstas no 3 do art.58 desta lei, em relao ao local de residncia ou domiclio do servidor;VII o servidor no tenha sido domiciliado ou tenha residido no municpio, nos ltimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comisso ou funo de confian-a, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse perodo;VIII o deslocamento no tenha sido por fora de alterao de lotao ou nomeao para cargo efetivo; e19IX o deslocamento tenha ocorrido aps 30 de junho de 2006.Pargrafo nico. Para fins do incisoVII, no ser con-siderado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comisso relacionado no incisoV.20Art. 60-C. (Revogado.)Pargrafo nico. (Revogado.)21Art. 60-D. O valor mensal do auxlio-moradia li-mitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do

    18. Artigo acrescido pela Lei n 11.355, de 19-10-2006.19. Inciso acrescido pela Lei n 11.490, de 20-6-2007. 20. Artigo acrescido pela Lei n 11.355, de 19-10-2006, e revogado pela Lei n 12.998, de 18-6-2014.21. Artigo acrescido pela Lei n 11.355, de 19-10-2006, e revogado pela Lei n 12.998, de 18-6-2014.

    cargo em comisso, funo comissionada ou cargo de ministro de Estado ocupado.1 O valor do auxlio-moradia no poder superar 25% (vinte e cinco por cento) da remunerao de mi-nistro de Estado.2 Independentemente do valor do cargo em comisso ou funo comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento at o valor de R$1.800,00 (mil e oitocentos reais).22Art. 60-E. No caso de falecimento, exonerao, co-locao de imvel funcional disposio do servidor ou aquisio de imvel, o auxlio-moradia continuar sendo pago por um ms.

    Seo II Das Gratificaes e AdicionaisArt. 61. Alm do vencimento e das vantagens previstas nesta lei, sero deferidos aos servidores as seguintes retribuies, gratificaes e adicionais:I retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia e assessoramento;II gratificao natalina;23III (revogado);IV adicional pelo exerccio de atividades insalubres, perigosas ou penosas;V adicional pela prestao de servio extraordinrio;VI adicional noturno;VII adicional de frias;VIII outros, relativos ao local ou natureza do trabalho;24IX gratificao por encargo de curso ou concurso.

    Subseo I Da Retribuio pelo Exerccio de Funo de Direo, Chefia e Assessoramento

    Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em funo de direo, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comisso ou de natureza especial devida retribuio pelo seu exerccio.Pargrafo nico. Lei especfica estabelecer a remune-rao dos cargos em comisso de que trata o incisoII do art.9.25Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada (VPNI) a incorporao da retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comisso ou de natureza especial a que se referem os arts.3 e

    22. Artigo acrescido pela Lei n 11.355, de 19-10-2006.23. Inciso revogado pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4-9-2001.24. Inciso acrescido pela Lei n 11.314, de 3-7-2006.25. Artigo acrescido pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4-9-2001.

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    10 da Lei n8.911, de 11 de julho de 1994, e o art.3 da Lei n9.624, de 2 de abril de 1998.Pargrafo nico. A VPNI de que trata o caput deste artigo somente estar sujeita s revises gerais de re-munerao dos servidores pblicos federais.

    Subseo II Da Gratificao NatalinaArt. 63. A gratificao natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remunerao a que o servidor fizer jus no ms de dezembro, por ms de exerccio no res-pectivo ano.Pargrafo nico. A frao igual ou superior a quinze dias ser considerada como ms integral.

    Art. 64. A gratificao ser paga at o dia vinte do ms de dezembro de cada ano.Pargrafo nico. (Vetado.)

    Art. 65. O servidor exonerado perceber sua gratificao natalina, proporcionalmente aos meses de exerccio, calculada sobre a remunerao do ms da exonerao.

    Art. 66. A gratificao natalina no ser considerada para clculo de qualquer vantagem pecuniria.

    Subseo III Do Adicional por Tempo de Servio

    26Art. 67. (Revogado.)Subseo IV Dos Adicionais de Insalubridade,

    Periculosidade ou Atividades PenosasArt. 68. Os servidores que trabalhem com habituali-dade em locais insalubres ou em contato permanente com substncias txicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.1 O servidor que fizer jus aos adicionais de insalu-bridade e de periculosidade dever optar por um deles.2 O direito ao adicional de insalubridade ou pericu-losidade cessa com a eliminao das condies ou dos riscos que deram causa a sua concesso.

    Art. 69. Haver permanente controle da atividade de servidores em operaes ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.Pargrafo nico. A servidora gestante ou lactante ser afastada, enquanto durar a gestao e a lactao, das operaes e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em servio no penoso e no perigoso.

    26. Artigo revogado pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4-9-2001, respeitadas as situaes constitudas at 8-3-1999.

    Art. 70. Na concesso dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade, sero observadas as situaes estabelecidas em legislao especfica.

    Art. 71. O adicional de atividade penosa ser devido aos servidores em exerccio em zonas de fronteira ou em localidades cujas condies de vida o justifiquem, nos termos, condies e limites fixados em regulamento.

    Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com raios X ou substncias radioativas sero mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiao ionizante no ultrapassem o nvel mximo previsto na legislao prpria.Pargrafo nico. Os servidores a que se refere este artigo sero submetidos a exames mdicos a cada seis meses.

    Subseo V Do Adicional por Servio Extraordinrio

    Art. 73. O servio extraordinrio ser remunerado com acrscimo de 50% (cinquenta por cento) em relao hora normal de trabalho.

    Art. 74. Somente ser permitido servio extraordinrio para atender a situaes excepcionais e temporrias, respeitado o limite mximo de duas horas por jornada.

    Subseo VI Do Adicional NoturnoArt. 75. O servio noturno, prestado em horrio com-preendido entre vinte e duas horas de um dia e cinco horas do dia seguinte, ter o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinquenta e dois minutos e trinta segundos.Pargrafo nico. Em se tratando de servio extraor-dinrio, o acrscimo de que trata este artigo incidir sobre a remunerao prevista no art.73.

    Subseo VII Do Adicional de FriasArt. 76. Independentemente de solicitao, ser pago ao servidor, por ocasio das frias, um adicional corres-pondente a 1/3 (um tero) da remunerao do perodo das frias.Pargrafo nico. No caso de o servidor exercer funo de direo, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comisso, a respectiva vantagem ser considerada no clculo do adicional de que trata este artigo.

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    Subseo VIII27 Da Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso

    28Art. 76-A. A gratificao por encargo de curso ou concurso devida ao servidor que, em carter eventual:I atuar como instrutor em curso de formao, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente institudo no mbito da administrao pblica federal;II participar de banca examinadora ou de comisso para exames orais, para anlise curricular, para corre-o de provas discursivas, para elaborao de questes de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;III participar da logstica de preparao e de reali-zao de concurso pblico envolvendo atividades de planejamento, coordenao, superviso, execuo e avaliao de resultado, quando tais atividades no esti-verem includas entre as suas atribuies permanentes;IV participar da aplicao, fiscalizar ou avaliar pro-vas de exame vestibular ou de concurso pblico ou supervisionar essas atividades.1 Os critrios de concesso e os limites da gratificao de que trata este artigo sero fixados em regulamento, observados os seguintes parmetros:I o valor da gratificao ser calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida;II a retribuio no poder ser superior ao equivalente a cento e vinte horas de trabalho anuais, ressalvada situao de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade mxima do rgo ou entidade, que poder autorizar o acrscimo de at cento e vinte horas de trabalho anuais;III o valor mximo da hora trabalhada corresponder aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento bsico da administrao pblica federal: 29a) 2,2% (dois inteiros e dois dcimos por cento), em

    se tratando de atividades previstas nos incisosIe II do caput deste artigo;

    30b) 1,2% (um inteiro e dois dcimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisosIIIe IV do caput deste artigo.

    2 A gratificao por encargo de curso ou concurso somente ser paga se as atividades referidas nos incisos do caput deste artigo forem exercidas sem prejuzo das atribuies do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensao de carga horria

    27. Subseo acrescida pela Lei n 11.314, de 3-7-2006. 28. Artigo acrescido pela Lei n 11.314, de 3-7-2006.29. Alnea com redao dada pela Lei n 11.501, de 11-7-2007.30. Alnea com redao dada pela Lei n 11.501, de 11-7-2007.

    quando desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do 4 do art.98 desta lei.3 A gratificao por encargo de curso ou concurso no se incorpora ao vencimento ou salrio do servidor para qualquer efeito e no poder ser utilizada como base de clculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de clculo dos proventos da aposentadoria e das penses.

    Captulo III Das FriasArt. 77. O servidor far jus a trinta dias de frias, que podem ser acumuladas, at o mximo de dois pero-dos, no caso de necessidade do servio, ressalvadas as hipteses em que haja legislao especfica.1 Para o primeiro perodo aquisitivo de frias sero exigidos doze meses de exerccio.2 vedado levar conta de frias qualquer falta ao servio.3 As frias podero ser parceladas em at trs etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administrao pblica.

    Art. 78. O pagamento da remunerao das frias ser efetuado at dois dias antes do incio do respectivo perodo, observando-se o disposto no 1 deste artigo.1 (Revogado.)2 (Revogado.)3 O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em co-misso, perceber indenizao relativa ao perodo das frias a que tiver direito e ao incompleto, na proporo de um doze avos por ms de efetivo exerccio, ou frao superior a quatorze dias.4 A indenizao ser calculada com base na remune-rao do ms em que for publicado o ato exoneratrio.5 Em caso de parcelamento, o servidor receber o valor adicional previsto no incisoXVII do art.7 da Constituio Federal quando da utilizao do primeiro perodo.

    Art. 79. O servidor que opera direta e permanente-mente com raios X ou substncias radioativas gozar vinte dias consecutivos de frias, por semestre de ati-vidade profissional, proibida em qualquer hiptese a acumulao.Pargrafo nico. (Revogado.)

    Art. 80. As frias somente podero ser interrompidas por motivo de calamidade pblica, comoo interna, convocao para jri, servio militar ou eleitoral, ou por necessidade do servio declarada pela autoridade mxima do rgo ou entidade.

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    Pargrafo nico. O restante do perodo interrompido ser gozado de uma s vez, observado o disposto no art.77.

    Captulo IV Das LicenasSeo I Disposies Gerais

    Art. 81. Conceder-se- ao servidor licena:I por motivo de doena em pessoa da famlia;II por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro;III para o servio militar;IV para atividade poltica;V para capacitao;VI para tratar de interesses particulares;VII para desempenho de mandato classista.311 A licena prevista no incisoI do caput deste artigo bem como cada uma de suas prorrogaes sero prece-didas de exame por percia mdica oficial, observado o disposto no art.204 desta lei.2 (Revogado.)3 vedado o exerccio de atividade remunerada durante o perodo da licena prevista no incisoI deste artigo.

    Art. 82. A licena concedida dentro de sessenta dias do trmino de outra da mesma espcie ser considerada como prorrogao.

    Seo II Da Licena por Motivo de Doena em Pessoa da Famlia

    32Art. 83. Poder ser concedida licena ao servidor por motivo de doena do cnjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovao por percia mdica oficial.1 A licena somente ser deferida se a assistncia direta do servidor for indispensvel e no puder ser prestada simultaneamente com o exerccio do cargo ou mediante compensao de horrio, na forma do disposto no incisoII do art.44.332 A licena de que trata o caput, includas as pror-rogaes, poder ser concedida a cada perodo de doze meses nas seguintes condies:I por at sessenta dias, consecutivos ou no, mantida a remunerao do servidor; eII por at noventa dias, consecutivos ou no, sem remunerao.

    31. Pargrafo com redao dada pela Lei n 11.907, de 2-2-2009.32. Caput com redao dada pela Lei n 11.907, de 2-2-2009. 33. Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.269, de 21-6-2010.

    343 O incio do interstcio de doze meses ser contado a partir da data do deferimento da primeira licena concedida.354 A soma das licenas remuneradas e das licenas no remuneradas, includas as respectivas prorrogaes, concedidas em um mesmo perodo de doze meses, ob-servado o disposto no 3, no poder ultrapassar os limites estabelecidos nos incisosIe II do 2.

    Seo III Da Licena por Motivo de Afastamento do Cnjuge

    Art. 84. Poder ser concedida licena ao servidor para acompanhar cnjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do territrio nacional, para o exterior ou para o exerccio de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.1 A licena ser por prazo indeterminado e sem remunerao.2 No deslocamento de servidor cujo cnjuge ou companheiro tambm seja servidor pblico, civil ou militar, de qualquer dos poderes da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios, poder haver exer-ccio provisrio em rgo ou entidade da administrao federal direta, autrquica ou fundacional, desde que para o exerccio de atividade compatvel com o seu cargo.

    Seo IV Da Licena para o Servio MilitarArt. 85. Ao servidor convocado para o servio militar ser concedida licena, na forma e condies previstas na legislao especfica.Pargrafo nico. Concludo o servio militar, o servidor ter at trinta dias sem remunerao para reassumir o exerccio do cargo.

    Seo V Da Licena para Atividade PolticaArt. 86. O servidor ter direito a licena, sem remu-nerao, durante o perodo que mediar entre a sua escolha em conveno partidria, como candidato a cargo eletivo, e a vspera do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral.1 O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funes e que exera cargo de direo, chefia, assessoramento, arrecadao ou fiscali-zao, dele ser afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral, at o dcimo dia seguinte ao do pleito.2 A partir do registro da candidatura e at o dcimo dia seguinte ao da eleio, o servidor far jus licena,

    34. Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.269, de 21-6-2010. 35. Pargrafo acrescido pela Lei n 12.269, de 21-6-2010.

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    assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo perodo de trs meses.

    Seo VI Da Licena para CapacitaoArt. 87. Aps cada quinqunio de efetivo exerccio, o servidor poder, no interesse da Administrao, afas-tar-se do exerccio do cargo efetivo, com a respectiva remunerao, por at trs meses, para participar de curso de capacitao profissional.Pargrafo nico. Os perodos de licena de que trata o caput no so acumulveis.

    Art. 88. (Revogado.)Art. 89. (Revogado.)Art. 90. (Vetado.)

    Seo VII Da Licena para Tratar de Interesses Particulares

    36Art. 91. A critrio da Administrao, podero ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que no esteja em estgio probatrio, licenas para o trato de assuntos particulares pelo prazo de at trs anos consecutivos, sem remunerao.Pargrafo nico. A licena poder ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do servio.

    Seo VIII Da Licena para o Desempenho de Mandato Classista

    37Art. 92. assegurado ao servidor o direito licen-a sem remunerao para o desempenho de mandato em confederao, federao, associao de classe de mbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profisso ou, ainda, para participar de gerncia ou administrao em sociedade cooperativa constituda por servidores pblicos para prestar servios a seus membros, observado o disposto na alneac do incisoVIII do art.102 desta lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites:38I para entidades com at cinco mil associados, dois servidores;39II para entidades com cinco mil e um a trinta mil associados, quatro servidores;

    36. Artigo com redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4-9-2001.37. Caput com redao dada pela Lei n 11.094, de 13-1-2005.38. Inciso com redao dada pela Lei n 12.998, de 18-6-2014.39. Inciso com redao dada pela Lei n 12.998, de 18-6-2014.

    40III para entidades com mais de trinta mil associados, oito servidores.411 Somente podero ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direo ou de representao nas referidas entidades, desde que cadastradas no rgo competente.422 A licena ter durao igual do mandato, po-dendo ser renovada, no caso de reeleio.

    Captulo V Dos AfastamentosSeo I Do Afastamento para Servir

    a Outro rgo ou EntidadeArt. 93. O servidor poder ser cedido para ter exerccio em outro rgo ou entidade dos poderes da Unio, dos estados, ou do Distrito Federal e dos municpios, nas seguintes hipteses:I para exerccio de cargo em comisso ou funo de confiana;II em casos previstos em leis especficas.1 Na hiptese do incisoI, sendo a cesso para rgos ou entidades dos estados, do Distrito Federal ou dos municpios, o nus da remunerao ser do rgo ou entidade cessionria, mantido o nus para o cedente nos demais casos.432 Na hiptese de o servidor cedido a empresa p-blica ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remunerao do cargo efetivo ou pela remunerao do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuio do cargo em comisso, a entidade cessionria efetuar o reembolso das despesas realizadas pelo rgo ou entidade de origem.3 A cesso far-se- mediante portaria publicada no Dirio Oficial da Unio.4 Mediante autorizao expressa do presidente da Repblica, o servidor do Poder Executivo poder ter exerccio em outro rgo da Administrao Federal direta que no tenha quadro prprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo.445 Aplica-se Unio, em se tratando de emprega-do ou servidor por ela requisitado, as disposies dos 1e2 deste artigo.456 As cesses de empregados de empresa pblica ou de sociedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial

    40. Inciso com redao dada pela Lei n 12.998, de 18-6-2014.41. Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.998, de 18-6-2014.42. Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.998, de 18-6-2014.43. Pargrafo com redao dada pela Lei n 11.355, de de 19-10-2006.44. Pargrafo com redao dada pela Lei n 10.470, de 25-6-2002.45. Pargrafo acrescido pela Lei n 10.470, de 25-6-2002.

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    da sua folha de pagamento de pessoal, independem das disposies contidas nos incisosIe II e 1e2 deste artigo, ficando o exerccio do empregado cedido condicionado a autorizao especfica do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, exceto nos casos de ocupao de cargo em comisso ou funo gratificada.467 O Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, com a finalidade de promover a composio da fora de trabalho dos rgos e entidades da Admi-nistrao Pblica Federal, poder determinar a lotao ou o exerccio de empregado ou servidor, independen-temente da observncia do constante no incisoI e nos 1e2 deste artigo.

    Seo II Do Afastamento para Exerccio de Mandato Eletivo

    Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposies:I tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficar afastado do cargo;II investido no mandato de prefeito, ser afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao;III investido no mandato de vereador: a) havendo compatibilidade de horrio, perceber

    as vantagens de seu cargo, sem prejuzo da re-munerao do cargo eletivo;

    b) no havendo compatibilidade de horrio, ser afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao.

    1 No caso de afastamento do cargo, o servidor con-tribuir para a seguridade social como se em exerccio estivesse.2 O servidor investido em mandato eletivo ou clas-sista no poder ser removido ou redistribudo de ofcio para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

    Seo III Do Afastamento para Estudo ou Misso no Exterior

    Art. 95. O servidor no poder ausentar-se do pas para estudo ou misso oficial, sem autorizao do pre-sidente da Repblica, presidente dos rgos do Poder Legislativo e presidente do Supremo Tribunal Federal.1 A ausncia no exceder a quatro anos, e finda a misso ou estudo, somente decorrido igual perodo, ser permitida nova ausncia.2 Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo no ser concedida exonerao ou licena para tratar de interesse particular antes de decorrido perodo igual ao

    46. Pargrafo acrescido pela Lei n 10.470, de 25-6-2002.

    do afastamento, ressalvada a hiptese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.3 O disposto neste artigo no se aplica aos servidores da carreira diplomtica.4 As hipteses, condies e formas para a autoriza-o de que trata este artigo, inclusive no que se refere remunerao do servidor, sero disciplinadas em regulamento.

    Art. 96. O afastamento de servidor para servir em orga-nismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se- com perda total da remunerao.

    Seo IV47 Do Afastamento para Participao em Programa de Ps-

    Graduao Stricto Sensu no Pas48Art. 96-A. O servidor poder, no interesse da Admi-nistrao, e desde que a participao no possa ocorrer simultaneamente com o exerccio do cargo ou mediante compensao de horrio, afastar-se do exerccio do cargo efetivo, com a respectiva remunerao, para par-ticipar em programa de ps-graduao stricto sensu em instituio de ensino superior no pas.1 Ato do dirigente mximo do rgo ou entidade definir, em conformidade com a legislao vigente, os programas de capacitao e os critrios para parti-cipao em programas de ps-graduao no pas, com ou sem afastamento do servidor, que sero avaliados por um comit constitudo para este fim.2 Os afastamentos para realizao de programas de mestrado e doutorado somente sero concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo rgo ou entidade h pelo menos trs anos para mes-trado e quatro anos para doutorado, includo o perodo de estgio probatrio, que no tenham se afastado por licena para tratar de assuntos particulares para gozo de licena capacitao ou com fundamento neste ar-tigo nos dois anos anteriores data da solicitao de afastamento.493 Os afastamentos para realizao de programas de ps-doutorado somente sero concedidos aos servi-dores titulares de cargos efetivo no respectivo rgo ou entidade h pelo menos quatro anos, includo o perodo de estgio probatrio, e que no tenham se afastado por licena para tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores data da solicitao de afastamento.

    47. Seo acrescida pela Lei n 11.907, de 2-2-2009. 48. Artigo acrescido pela Lei n 11.907, de 2-2-2009. 49. Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.269, de 21-6-2010.

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    4 Os servidores beneficiados pelos afastamentos pre-vistos nos 1, 2 e 3 deste artigo tero que permanecer no exerccio de suas funes aps o seu retorno por um perodo igual ao do afastamento concedido.5 Caso o servidor venha a solicitar exonerao do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o perodo de permanncia previsto no 4 deste artigo, dever ressarcir o rgo ou entidade, na forma do art.47 da Lei n8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeioamento.6 Caso o servidor no obtenha o ttulo ou grau que justificou seu afastamento no perodo previsto, aplica-se o disposto no 5 deste artigo, salvo na hiptese com-provada de fora maior ou de caso fortuito, a critrio do dirigente mximo do rgo ou entidade.7 Aplica-se participao em programa de ps-gra-duao no exterior, autorizado nos termos do art.95 desta lei, o disposto nos 1 a 6 deste artigo.

    Captulo VI Das ConcessesArt. 97. Sem qualquer prejuzo, poder o servidor au-sentar-se do servio:I por um dia, para doao de sangue;50II pelo perodo comprovadamente necessrio para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a dois dias; eIII por oito dias consecutivos em razo de: a) casamento; b) falecimento do cnjuge, companheiro, pais, ma-

    drasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmos.

    Art. 98. Ser concedido horrio especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horrio escolar e o da repartio, sem prejuzo do exerccio do cargo.1 Para efeito do disposto neste artigo, ser exigida a compensao de horrio no rgo ou entidade que tiver exerccio, respeitada a durao semanal do trabalho.2 Tambm ser concedido horrio especial ao ser-vidor portador de deficincia, quando comprovada a necessidade por junta mdica oficial, independentemente de compensao de horrio.3 As disposies do pargrafo anterior so extensivas ao servidor que tenha cnjuge, filho ou dependente portador de deficincia fsica, exigindo-se, porm, neste caso, compensao de horrio na forma do incisoII do art.44.

    50. Inciso com redao dada pela Lei n 12.998, de 18-6-2014.

    514 Ser igualmente concedido horrio especial, vincu-lado compensao de horrio a ser efetivada no prazo de at um ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisosIe II do caput do art.76-A desta lei.

    Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administrao assegurada, na localidade da nova residncia ou na mais prxima, matrcula em instituio de ensino congnere, em qualquer poca, independentemente de vaga.Pargrafo nico. O disposto neste artigo estende-se ao cnjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorizao judicial.

    Captulo VII Do Tempo de ServioArt. 100. contado para todos os efeitos o tempo de servio pblico federal, inclusive o prestado s Foras Armadas.

    Art. 101. A apurao do tempo de servio ser feita em dias, que sero convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.Pargrafo nico. (Revogado.)

    Art. 102. Alm das ausncias ao servio previstas no art.97, so considerados como de efetivo exerccio os afastamentos em virtude de:I frias;II exerccio de cargo em comisso ou equivalente, em rgo ou entidade dos poderes da Unio, dos estados, municpios e Distrito Federal;III exerccio de cargo ou funo de governo ou ad-ministrao, em qualquer parte do territrio nacional, por nomeao do presidente da Repblica;52IV participao em programa de treinamento regu-larmente institudo ou em programa de ps-graduao stricto sensu no pas, conforme dispuser o regulamento;V desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoo por merecimento;VI jri e outros servios obrigatrios por lei;VII misso ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento;VIII licena: a) gestante, adotante e paternidade; b) para tratamento da prpria sade, at o limite

    de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do

    51. Pargrafo acrescido pela Lei n 11.314, de 3-7-2006, e com redao dada pela Lei n 11.501, de 11-7-2007.52. Inciso com redao dada pela Lei n 11.907, de 2-2-2009.

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    tempo de servio pblico prestado Unio, em cargo de provimento efetivo;

    53c) para o desempenho de mandato classista ou participao de gerncia ou administrao em sociedade cooperativa constituda por servidores para prestar servios a seus membros, exceto para efeito de promoo por merecimento;

    d) por motivo de acidente em servio ou doena profissional;

    e) para capacitao, conforme dispuser o regulamento; f) por convocao para o servio militar;IX deslocamento para a nova sede de que trata o art.18;X participao em competio desportiva nacional ou convocao para integrar representao desportiva nacional, no pas ou no exterior, conforme disposto em lei especfica;XI afastamento para servir em organismo interna-cional de que o Brasil participe ou com o qual coopere.

    Art. 103. Contar-se- apenas para efeito de aposenta-doria e disponibilidade:I o tempo de servio pblico prestado aos estados, municpios e Distrito Federal;54II a licena para tratamento de sade de pessoal da famlia do servidor, com remunerao, que exceder a trinta dias em perodo de doze meses;III a licena para atividade poltica, no caso do art.86, 2;IV o tempo correspondente ao desempenho de man-dato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no servio pblico federal;V o tempo de servio em atividade privada, vinculada Previdncia Social;VI o tempo de servio relativo a tiro de guerra;VII o tempo de licena para tratamento da prpria sade que exceder o prazo a que se refere a alneab do incisoVIII do art.102.1 O tempo em que o servidor esteve aposentado ser contado apenas para nova aposentadoria.2 Ser contado em dobro o tempo de servio prestado s Foras Armadas em operaes de guerra.3 vedada a contagem cumulativa de tempo de servio prestado concomitantemente em mais de um cargo ou funo de rgo ou entidades dos poderes da Unio, estado, Distrito Federal e municpio, autar-quia, fundao pblica, sociedade de economia mista e empresa pblica.

    53. Alnea com redao dada pela Lei n 11.094, de 13-1-2005.54. Inciso com redao dada pela Lei n 12.269, de 21-6-2010.

    Captulo VIII Do Direito de PetioArt. 104. assegurado ao servidor o direito de requerer aos poderes pblicos, em defesa de direito ou interesse legtimo.

    Art. 105. O requerimento ser dirigido autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por interm-dio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

    Art. 106. Cabe pedido de reconsiderao autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira deciso, no podendo ser renovado.Pargrafo nico. O requerimento e o pedido de recon-siderao de que tratam os artigos anteriores devero ser despachados no prazo de cinco dias e decididos dentro de trinta dias.

    Art. 107. Caber recurso:I do indeferimento do pedido de reconsiderao;II das decises sobre os recursos sucessivamente interpostos.1 O recurso ser dirigido autoridade imediatamen-te superior que tiver expedido o ato ou proferido a deciso, e, sucessivamente, em escala ascendente, s demais autoridades.2 O recurso ser encaminhado por intermdio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

    Art. 108. O prazo para interposio de pedido de re-considerao ou de recurso de trinta dias, a contar da publicao ou da cincia, pelo interessado, da deciso recorrida.

    Art. 109. O recurso poder ser recebido com efeito suspensivo, a juzo da autoridade competente.Pargrafo nico. Em caso de provimento do pedido de reconsiderao ou do recurso, os efeitos da deciso retroagiro data do ato impugnado.

    Art. 110. O direito de requerer prescreve:I em cinco anos, quanto aos atos de demisso e de cassao de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e crditos resultantes das relaes de trabalho;II em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.Pargrafo nico. O prazo de prescrio ser contado da data da publicao do ato impugnado ou da data da cincia pelo interessado, quando o ato no for publicado.

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    Art. 111. O pedido de reconsiderao e o recurso, quando cabveis, interrompem a prescrio.

    Art. 112. A prescrio de ordem pblica, no podendo ser relevada pela administrao.

    Art. 113. Para o exerccio do direito de petio, asse-gurada vista do processo ou documento, na repartio, ao servidor ou a procurador por ele constitudo.

    Art. 114. A administrao dever rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.

    Art. 115. So fatais e improrrogveis os prazos esta-belecidos neste captulo, salvo motivo de fora maior.

    TTULO IV DO REGIME DISCIPLINAR

    Captulo I Dos DeveresArt. 116. So deveres do servidor:I exercer com zelo e dedicao as atribuies do cargo;II ser leal s instituies a que servir;III observar as normas legais e regulamentares;IV cumprir as ordens superiores, exceto quando ma-nifestamente ilegais;V atender com presteza: a) ao pblico em geral, prestando as informaes

    requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) expedio de certides requeridas para defe-

    sa de direito ou esclarecimento de situaes de interesse pessoal;

    c) s requisies para a defesa da Fazenda Pblica.55VI levar as irregularidades de que tiver cincia em razo do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apurao;VII zelar pela economia do material e a conservao do patrimnio pblico;VIII guardar sigilo sobre assunto da repartio;IX manter conduta compatvel com a moralidade administrativa;X ser assduo e pontual ao servio;XI tratar com urbanidade as pessoas;XII representar contra ilegalidade, omisso ou abuso de poder.Pargrafo nico. A representao de que trata o incisoXII ser encaminhada pela via hierrquica e apreciada pela autoridade superior quela contra a qual formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

    55. Inciso com redao dada pela Lei n 12.527, de 18-11-2011.

    Captulo II Das ProibiesArt. 117. Ao servidor proibido:I ausentar-se do servio durante o expediente, sem prvia autorizao do chefe imediato;II retirar, sem prvia anuncia da autoridade com-petente, qualquer documento ou objeto da repartio;III recusar f a documentos pblicos;IV opor resistncia injustificada ao andamento de documento e processo ou execuo de servio;V promover manifestao de apreo ou desapreo no recinto da repartio;VI cometer a pessoa estranha repartio, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuio que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;VII coagir ou aliciar subordinados no sentido de fi-liarem-se a associao profissional ou sindical, ou a partido poltico;VIII manter sob sua chefia imediata, em cargo ou funo de confiana, cnjuge, companheiro ou parente at o segundo grau civil;IX valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da funo pblica;56X participar de gerncia ou administrao de so-ciedade privada, personificada ou no personificada, exercer o comrcio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditrio;XI atuar, como procurador ou intermedirio, junto a reparties pblicas, salvo quando se tratar de benef-cios previdencirios ou assistenciais de parentes at o segundo grau, e de cnjuge ou companheiro;XII receber propina, comisso, presente ou vantagem de qualquer espcie, em razo de suas atribuies;XIII aceitar comisso, emprego ou penso de estado estrangeiro;XIV praticar usura sob qualquer de suas formas;XV proceder de forma desidiosa;XVI utilizar pessoal ou recursos materiais da repar-tio em servios ou atividades particulares;XVII cometer a outro servidor atribuies estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situaes de emergncia e transitrias;XVIII exercer quaisquer atividades que sejam incom-patveis com o exerccio do cargo ou funo e com o horrio de trabalho;XIX recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

    56. Inciso com redao dada pela Lei n 11.784, de 22-9-2008.

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    LEI 8.112/90

    57Pargrafo nico. A vedao de que trata o incisoX do caput deste artigo no se aplica nos seguintes casos:I participao nos conselhos de administrao e fiscal de empresas ou entidades em que a Unio detenha, direta ou indiretamente, participao no capital social ou em sociedade cooperativa constituda para prestar servios a seus membros; eII gozo de licena para o trato de interesses particula-res, na forma do art.91 desta lei, observada a legislao sobre conflito de interesses.

    Captulo III Da AcumulaoArt. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituio, vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos.1 A proibio de acumular estende-se a cargos, em-pregos e funes em autarquias, fundaes