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CARINA NIEHUES DA COSTA RETROSPECTIVO: PERFIL DE LESÕES NOS ATLETAS DA EQUIPE DE FUTSAL DA UNISUL EM 2005 Tubarão, 2005

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CARINA NIEHUES DA COSTA

RETROSPECTIVO: PERFIL DE LESÕES NOS ATLETAS DA EQUIPE DE FUTSAL DA

UNISUL EM 2005

Tubarão, 2005

CARINA NIEHUES DA COSTA

RETROSPECTIVO: PERFIL DE LESÕES NOS ATLETAS DA EQUIPE DE FUTSAL DA

UNISUL EM 2005

Monografia apresentada ao curso de fisioterapia, como requisito à obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Universidade do Sul de Santa Catarina

Orientador Professor Alexandre Figueiredo Zaboti

Tubarão, 2005

CARINA NIEHUES DA COSTA

RETROSPECTIVO: PERFIL DE LESÕES NOS ATLETAS DA EQUIPE DE FUTSAL DA UNISUL EM 2005

Essa monografia foi julgada adequada a obtenção do grau de Bacharelado em Fisioterapia e aprovada em sua forma final pelo Curso de Bacharelado em Fisioterapia. Universidade do Sul de Santa Catarina

Tubarão, 07 de novembro de 2005.

_____________________________________________ Prof. Esp. Alexandre Figueiredo Zaboti Universidade do Sul de Santa Catarina

_____________________________________________ Prof. Esp. Marco Freitas

Universidade do Sul de Santa Catarina

_____________________________________________ Prof. Esp. Osvaldo Luiz Pulita

Universidade do Sul de Santa Catarina

DEDICATÓRIA

Aos meus pais Ademir Nunes da Costa e Ângela Maria

Niehues da Costa, por acreditarem em meu sonho e fazê-lo

realidade. A DEUS, por ter me dado essa oportunidade e

mesmo enfrentando obstáculos, chegar ao fim de mais uma

etapa.

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais e meus avós, que me deram esta oportunidade de realizar um sonho,

acreditando que seria capaz.

A minha irmã Camila, pelos dias em que teve que dividir o computador comigo, pelas

noites mal dormidas com a luz acessa e barulho do teclado, além de estar sempre me apoiando e dando

forças para esta etapa realizada.

Às minhas amigas (Anirá, Gabriela, Carol, Renata, Joana, Camila) e mesmo aquelas aqui

não citadas, que com a correria e as minhas ausências em alguns momentos não deixavam de me falar

uma palavra de conforto, motivação, esperança, ou seja, pelo apoio nos momentos difíceis e

simplesmente por serem minhas grandes amigas.

A todas as pessoas que passaram ao longo desta etapa e que contribuíram para o

amadurecimento pessoal e profissional, com certeza saudades vão ficar.

Ao professor Alexandre Zaboti ao qual sempre serei grata, pelo auxílio no desenvolvimento

desse trabalho e pela oportunidade que sempre me deu durante essa trajetória e sua esposa por me

recepcionarem em sua casa quando foi preciso e também sempre dando aquela palavra de motivação.

RESUMO

O futsal é um esporte cada vez mais praticado no mundo e é um dos mais disseminados no Brasil. Ele vem evoluindo no decorrer das ultimas duas décadas principalmente nos aspectos de preparação física e princípios técnicos e táticos em decorrência das mudanças das regras, deixando o jogo mais dinâmico. As lesões dessa prática estão aumentando e tem sido objeto de interesse dos profissionais da saúde. O presente trabalho tem como objetivo principal levantar os dados referentes ao perfil retrospectivo de lesões nos atletas do time de futsal da Unisul. Através da análise dos dados obtidos concluiu-se que os atletas da equipe apresentaram um total de 40 lesões, sendo que quanto ao período de treinamento o maior número de lesões ocorreu durante a temporada, os treinamentos técnicos/ tácticos foram às atividades com maiores resultados de lesões, quanto ao período do jogo as lesões ocorreram no final do primeiro tempo e segundo tempo, foram nas quadras de madeira a grande maioria das lesões, na categoria da lesão as mais comuns foram aquelas cujo mecanismo é o trauma indireto, o músculo foi o tecido mais acometido e a localização anatômica que sofreu maior número de lesões foi a coxa. Ficou evidente a importância do estudo das lesões no esporte para o fisioterapeuta contribuindo para prevenção de possíveis lesões para uma melhora na qualidade dos treinos e qualidade de vida dos atletas. Palavras-chave: futsal, lesões, atletas, epidemiologia.

ABSTRACT

The futsal is a sport that is practiced more and more in the world and is one of the most spread in Brazil. It is evolving in elapsing of the last two decades mainly in the aspects of physical preparation and technical and tactical principles in result of the changes of the rules, leaving the game more dynamic. The injuries of this practice are increasing and have been object of interest of the professionals of the health. The present work has as main objective to raise the referring data to the retrospective profile of injuries in the athletes of the futsal teams of Unisul. Through the analysis of the obtained data has been concluded that the team athletes have presented a total of 40 injuries, for as the period of training the biggest number of injuries have occurred during the season, the technical/tactical training has been the activities with bigger results of injuries, for as the period of game, the injuries have occurred in the end of the first time and second time, most of the injuries have been in wooden court, in the injury category, the most common ones have been those ones whose mechanism is the indirect trauma, the muscle has been the tissue more attacked and the anatomical localization that has suffered the greater number of injuries has been the thigh. The importance of the study of the injuries in the sport for the physiotherapist has been evident, contributing for prevention of possible injuries for an improvement in the quality of the practices and quality of life of the athletes.

Key word: futsal, injuries, athlete, epidemiology

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................10

2 LESÕES NO FUTSAL .......................................................................................................12

2.1 A história do futsal............................................................................................................12

2.2 Evolução das regras .........................................................................................................14

2.2.1 Substituições dos atletas..................................................................................................14

2.2.2 Arremesso de meta e situação de goleiro.........................................................................15

2.2.3 Arremesso lateral.............................................................................................................15

2.2.4 Tiros livres.......................................................................................................................16

2.3 Evolução da preparação do atleta no futsal...................................................................16

2.4 Lesões ................................................................................................................................18

2.4.1 Conceito de lesão.............................................................................................................18

2.4.2 Mecanismo de lesão.........................................................................................................18

2.4.3 Lesões mais freqüentes....................................................................................................19

2.4.3.1 Distensão.......................................................................................................................19

2.4.3.2 Tendinite.......................................................................................................................20

2.4.3.3 Contusão.......................................................................................................................21

2.4.3.4 Entorse..........................................................................................................................22

2.4.3.5 Fratura...........................................................................................................................23

2.4.3.6 Excesso de Uso (Overtraining).....................................................................................23

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA..................................................................................25

3.1 Tipo de Pesquisa...............................................................................................................25

3.2 População/Amostra ..........................................................................................................26

3.3 Instrumentos utilizados para coleta de dados ...............................................................26

3.4 Procedimentos utilizados na coleta de dados.................................................................26

3.5 Procedimentos para análise e interpretação de dados..................................................26

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS .........................................................................28

4.1 Média dos resultados obtidos entre a posição do jogador e a posição que foi acometida por

mais lesões......................................................................................................28

4.2 Resultado do período do ano em que ocorreu a lesão...................................................28

4.3 Resultado da freqüência observada na atividade em que ocorreu a lesão..................29

4.4 Resultado do período do jogo onde ocorreu à lesão......................................................31

4.5 Resultados observados em quais superfícies ocorreram às lesões............................... 32

4.6 Resultado da freqüência obtida na categoria da lesão..................................................33

4.7 Resultado da atividade no momento da lesão................................................................35

4.8 Resultado observado em relação aos tecidos lesados.....................................................36

4.9 Resultado observado em relação à localização anatômica............................................38

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................40

REFERÊNCIAS .....................................................................................................................42

ANEXO ...................................................................................................................................44

ANEXO A – Registro de lesões em atletas de futsal ...............................................................45

10

1 INTRODUÇÃO

A atual realidade do mundo esportivo, caracterizado pela forte tendência ao

profissionalismo, traz implícita as variáveis de intensidade, freqüência e duração, aumentadas de forma

não coerente as condições do atleta. Esses fatores acabam ocasionando níveis de estresse físico e

mental, influenciando na saúde, qualidade de vida e futuro desses atletas. Além disso, o treino intenso e

repetitivo, acarreta maior incidência de lesões ortopédicas, justificadas pela maior exposição ao risco

de lesões, além dos fatores psicológicos relacionados ao excesso de jogos e partidas decisivas.

O futebol arte vem sendo substituído pelo futebol força, resultando em estresse físico e

psicológico e conseqüentemente na alta incidência de lesões, principalmente quando se trata de um

esporte competitivo e com alto grau de contato, como é o futsal.

O futsal é um esporte cada vez mais praticado no mundo e é um dos mais disseminados no

Brasil. Entretanto ainda é uma modalidade com características pouco definidas. As lesões dessa prática

estão aumentando e tem sido objeto de interesse dos profissionais da saúde.

A fisioterapia desportiva tem se mostrado indispensável na reabilitação destes atletas, como

objetivo a prevenção e devolver o atleta o mais rápido possível dentro dos limites fisiológicos pós-

lesão.

11

A busca pelo sucesso impõe aos atletas necessária e inevitável condição de serem

submetidos a esforços físicos e psíquicos muito próximos dos seus limites fisiológicos, expondo-os

conseqüentemente, a um nível de treinamento potencialmente patológico, resultando em um alto

número de lesões esportivas. Desta forma a fisioterapia tem representado grande importância nas

recuperações destas lesões propiciando aos atletas uma reabilitação eficaz e um retorno precoce as

atividades.

É evidente a importância do estudo das lesões no esporte para o fisioterapeuta visando o

desenvolvimento de medidas preventivas e de otimização do tratamento precoce e, conseqüentemente

melhora na qualidade de vida e desempenho do atleta.

Considerando essa realidade, é uma das razões que leva a realização da presente pesquisa,

onde as lesões podem prejudicar o desempenho do atleta. Então, qual o perfil de lesões nos atletas de

futsal?

O objetivo geral da presente pesquisa é de conhecer o perfil retrospectivo de lesões nos

atletas de futsal da equipe Unisul, ano 2005.

Os objetivos específicos foram de identificar o período do ano em que ocorreu a lesão,

atividade que ocorreu a lesão, período do jogo que ocorreu a lesão, superfície da quadra que ocorreu a

lesão, mecanismo da lesão (categoria da lesão), atividade no momento da lesão, os tecidos lesados e

localização anatômica.

Este é um estudo retrospectivo de levantamento de dados com atletas da equipe de futsal da

Unisul.

A estrutura do trabalho consta de cinco capítulos, sendo o primeiro a introdução, o segundo

o referencial teórico referente as lesões do futsal, o terceiro consta o delineamento da pesquisa, o quarto

a análise e discussão dos dados e o quinto capitulo com as conclusões da referente pesquisa.

12

2 LESÕES NO FUTSAL

2.1 A historia do futsal

O Futebol de Salão nasceu nos anos 30 e foi criado na Associação Cristã de Moços de

Montevidéu, Uruguai, pelo professor Juan Carlos Ceriani. Durante o inverno evidenciou-se ainda mais

a necessidade de alguma atividade física para ser praticada em recinto fechado e com luz artificial, uma

vez que os rigores do inverno não permitiam a prática de atividades recreativas ao ar livre

(FERNANDES, 2004). Porém há divergências quanto a sua invenção. Há uma versão que diz que o

Futebol de Salão começou a ser jogado no Brasil por volta de 1940 por freqüentadores da Associação

Cristã de Moços, em São Paulo, pois havia uma grande dificuldade em encontrar campos de futebol

livres para poderem jogar e então começaram a jogar suas "peladas" nas quadras de basquete e hóquei.

No início jogavam-se com cinco, seis ou sete jogadores em cada equipe, mas logo definiram o número

de cinco jogadores para cada equipe.

Destaca-se em São Paulo o nome de Habib Maphuz, que muito trabalhou nos primórdios do

Futebol de Salão no Brasil. O professor da ACM de São Paulo, Habib Maphuz no inicio dos anos

cinqüenta participou da elaboração das normas para a prática de várias modalidades esportivas, sendo

uma delas o futebol jogado em quadras, tudo isto no âmbito interno da ACM Paulista.

Nas décadas posteriores, observa-se um crescimento vertiginoso da modalidade. O

13

futebol de salão é praticado, divulgado (década de 40), reconhecido e regulamentado (década de 50).

Surgem as Federações Nacionais (ainda na década de 50), a Confederação Sul-americana (década de

60), Brasileira e a Federação Internacional - FIFUSA (década de 70). O esporte ganha então o

continente e o mundo, internacionalizando-se e despertando o interesse da FIFA em tê-lo sob seu

domínio (na década de 80). No final desta última o Brasil (CBFS) filia-se oficialmente à FIFA (via

CBF), que passa a ter uma Comissão responsável pelo futsal (SANTANA, 2002).

Na década de 90 ocorreu a grande mudança na trajetória do futebol de salão, pois é feita sua

fusão com o futebol de cinco (prática esportiva reconhecida pela Fifa).

Surge então o "Futsal" terminologia adotada para identificar esta fusão no contexto esportivo

internacional.

Com a sua vinculação a Fifa, o futsal dá um grande passo para se tornar desporto olímpico,

tendo na Olimpíada de Sidney-Austrália do ano 2000 o maior momento de toda a sua trajetória

histórica. Porém a batalha continuou e em 2003 a Federação Paulista de Futsal elabora e faz o

lançamento da campanha "EU QUERO FUTSAL OLÍMPICO" e o Futsal é incorporado nos jogos Pan-

Americanos de 2007 no Rio de Janeiro.

Atualmente, o Futsal é o esporte que possui o maior número de praticantes no Brasil, tendo

que ressaltar que o Brasil é Penta - Campeão Mundial, Doze vezes Campeão sul-americano, Tri –

Campeão Pan – Americano e Penta Campeão da Taça América, além do Bi-Campeonatos Sul

Americano Juvenil e o Tri-Campeonato Mundial de Clubes Adulto conquistados (FERNANDEZ,

2004).

De acordo com o mesmo autor, no mundo, são mais de 100 países que o praticam em cinco

continentes. Temos de levar em consideração que o rigoroso inverno nos continentes europeus, asiático

e oceânico, contribuem para que o Futsal constitua-se na grande opção desportiva dos ginásios e

quadras cobertas.

Em nossa prática, observamos que o Futsal tem sofrido inúmeras alterações na sua

14

forma de jogo, impostas pelas alterações das regras, pela evolução da preparação física (melhora da

capacidade de marcação das equipes e maior movimentação dos jogadores) e também pela

profissionalização dos atletas e de toda a comissão técnica (FERNANDEZ, 2004).

2.2 Evolução das regras

A Confederação Brasileira de Futebol de Salão é o órgão que determina as regras do futsal.

Para fins desse trabalho, consideramos as principais alterações nas regras de Futsal.

Segundo a Confederação Brasileira de Futebol de Salão (2003), as regras são as seguintes:

2.2.1 Substituições dos atletas

A partida será disputada entre duas equipes composta, cada uma, por no máximo de

cinco atletas, um dos quais, obrigatoriamente será o goleiro. O inicio de uma partida, é vedado, sem

que as equipes contem com um mínimo de cinco atletas, nem sempre será permitido sua continuação

ou prosseguimento de uma das equipes, ou ambas, ficar reduzida a menos de três atletas. O número

máximo de atletas reservas, para substituição, é de sete. Antigamente, era preciso avisar o anotador na

mesa, quando um atleta fosse substituído, parando o jogo. Hoje em dia pe permitido um número

indeterminado de substituições “volantes”, a qualquer tempo do jogo, sem necessidade de paralisações

da partida, o que tornou mais dinâmico e atrativo esse esporte. Um atleta que tenha sido substituído

poderá voltar a partida em substituição a outro, não tendo a necessidade de avisar o anotador ou

cronometrista das substituições.

2.2.2 Arremesso de meta e situação de goleiro

15

Antigamente, após a bola sair pela linha de fundo, o goleiro não podia lançar a bola com as

mãos fazendo com que essa ultrapassasse a linha média da quadra de jogo, o que ocasionava a

paralisação da partida, tornando-a mais lenta e menos atrativa. Em 2002, o goleiro, passou a poder

repor a bola em jogo, em qualquer lugar da quadra mudando a regra que apenas o possibilitava fazê-las

em sua quadra de defesa.

Além disso, em 1999, o goleiro passou a poder jogar com os pés fora da área, por quatro

segundos, mudando drasticamente a sua atuação ofensiva.

2.2.3 Arremesso lateral

A cobrança do lateral há alguns anos era realizada com as mãos, porém, para dar mais

dinamismo a partida, introduzi-se este tipo de arremesso com os pés. O arremesso do canto era cobrado

de maneira idêntica ao arremesso lateral, sofrendo as mesmas alterações que este ultimo sofreu.

O arremesso lateral será cobrado sempre que a bola atravessar inteiramente as linhas

laterais, quer pelo solo, quer pelo alto.

O retorno da bola à quadra de jogo dar-se-á com a movimentação da mesma com os pés no

exato local onde saiu à bola, em qualquer direção, executado por um atleta adversário daquela equipe

que tocou a bola por ultimo.

O atleta que executar o arremesso deverá fazê-lo voltado de frente para a quadra de jogo

com uma parte do pé apoiada no solo, podendo pisar em partes da linha lateral ou do lado de fora da

mesma.

Se, a bola for arremessada de maneira irregular, o arbitro determinará reversão do lance,

cabendo a um atleta da equipe adversária a execução do novo arremesso.

2.2.4 Tiros livres

16

Tiros livres são os chutes desferidos, quando da reposição da bola em jogo, em razão da

paralisação da partida por assimilação de alguma infração. Os tiros livres classificam-se em duas

categorias: o tiro livre direto, através do qual se pode consignar diretamente um tento contra a equipe

que cometeu a infração e tiro livre indireto, através do qual não se pode consignar diretamente um

tento, salvo se a bola, antes de entrar na meta, seja tocada ou jogada por um atleta que não seja o

executor do chute.

Essa regra foi adicionada ao futsal devido ao número elevado de faltas que ocorriam em

cada partida. No passado, não existiam tiros livres diretos depois do estourado o limite de cinco faltas

acumulativas da equipe. Isso tornava a partida mais lenta e também com um grau excessivo de

violência acarretando assim, mais lesões nos atletas.

2.3 Evolução da preparação do atleta no futsal

O futsal vem evoluindo muito no decorrer das últimas duas décadas principalmente nos

aspectos de preparação física e princípios técnicos e tácticos em decorrência das mudanças das regras,

deixando o jogo mais dinâmico.

De acordo com Sander (apud BUCCO, 2003), as regras foram se atualizando e se

modificando para tornar o futsal mais atrativo, também a conduta de treinamentos mudou. Com o

passar dos anos a velocidade do jogo aumentou, os atletas ficaram mais rápidos e para isto o

treinamento precisou se adequar às novas características do esporte.

Como é de conhecimento de todos os profissionais envolvidos em programas de atividade

física e condicionamento físico no esporte, seja ele, de alto rendimento ou apenas na manutenção da

forma física do individuo, a observação de alguns componentes que norteiam

a montagem destes programas, quase sempre estão focados em uma determinada valência

17

física (ANDRADE, 2004).

Falando mais especificamente sobre os esportes de alto rendimento e no que tange a

preparação física dos atletas envolvidos, quase todos os esportes estão incorporados os elementos de

força, resistência, velocidade, flexibilidade, amplitude dos movimentos, entre outros (ANDRADE,

2004).

Para o mesmo autor, uma combinação dos trabalhos de força máxima e velocidade máxima

irão resultar em potência, aumentando assim as taxas de ativação das unidades motoras, melhorando a

performance do atleta, e por sua vez dando-lhe suporte para realizar movimentos explosivos em curto

espaço de tempo, característico do futsal.

Segundo Bompa (2001), os exercícios de velocidade maximizam a rapidez e a alta

freqüência. Os de longa distância ou duração melhoram a resistência. Uma amplitude máxima resulta

em um movimento de flexibilidade, e os movimentos complexos, em coordenação.

No treinamento físico o grande objetivo é torna os atletas de futsal em jogadores velozes e

que possam manter esta velocidade por um bom, período do jogo. O uso de métodos intervalados é

talvez o mais significativo, trazendo consigo um aumento na intensidade do treinamento (WALTRICK,

2004).

Há alguns anos atrás a corrida contínua e o treino na sala de musculação com grandes

cargas eram os principais métodos para treinamento físico. Hoje o treinamento passou a ter mais

intensidade, a carga na sala de musculação diminuiu, ou seja, o treino passou a ser mais intenso.

Segundo Viana et al (apud BUCCO, 2003), o futsal é um jogo de contato no qual o

adversário pode ser empurrado com o corpo e atacado com os pés quando tem a bola, ou no momento

de apoderar-se dela. Por isso o jogador deve se deslocar constantemente. O atleta deste esporte deve ter

qualidades físicas essenciais: resistência aeróbica e anaeróbica dinâmica geral, resistência muscular,

força explosiva, velocidade de impulsão, velocidade de reação, velocidade de decisão e equilíbrio

dinâmico e estático.

18

Para Bompa (2001), o futsal era considerado ate pouco tempo um esporte aeróbio, porém

com sua evolução passou a combinar vários momentos repetidos de máxima intensidade por meio da

alta eficiência fisiológica, combinando momentos aeróbios e anaeróbios, e isso influenciou diretamente

a maneira de preparar o atleta. Portanto a especialização, ou seja, o princípio de treinamento onde usa-

se exercícios específicos para o esporte praticado, não pode ser negligenciado.

Está cada vez mais evidenciada que o treinamento deve imitar e simular as habilidades

esportivas da modalidade, e que gestos ou trabalhos que não atendam estas necessidades não devem

ocupar espaços tão significativos nos programas e planejamentos.

2.4 Lesões

2.4.1 Conceito de lesão

De acordo com Whiting (2001), lesão é o dano causado por traumatismo físico sofrido

pelos tecidos do corpo. Muitas lesões possuem uma causa mecânica. As forças e os fatores

relacionados com as forças podem resultar em lesão e influenciar a gravidade das lesões.

2.4.2 Mecanismo de lesão

A mecânica trata da análise das forças que agem sobre um objeto. O estudo da biomecânica

aplica os princípios da mecânica aos corpos humanos (GOULD, 1993).

A biomecânica é a base da função músculo-esqueletica. Os músculos produzem forças que agem através do sistema de alavancas ósseas. O sistema ósseo ou move- se, ou age estaticamente contra uma resistência. Caso uma carga seja aplicada ao sistema de alavancas, os músculos reagirão para controlar a carga. Os músculos possuem uma variedade de modos para controlar o corpo. O arranjo das fibras de cada músculo determina a quantidade de força que o músculo pode produzir e o comprimento no qual os músculos podem se contrair. Os

19

músculos freqüentemente agem juntos para obter uma força resultante com a magnitude desejada e na direção desejada. (GOULD, 1993, p. 66).

São muito variados os mecanismos responsáveis por uma lesão. Os mecanismos

estabelecem uma relação de causa e efeito. A categorização dos mecanismos de lesão se baseia em

conceitos mecânicos, respostas teciduais ou uma combinação dos dois.

Leadbetter (apud WHINTING, 2001), classifica sete mecanismos básicos da lesão: contato

ou impacto; sobrecarga dinâmica; uso excessivo; vulnerabilidade estrutural; inflexibilidade;

desequilíbrio muscular; e crescimento rápido.

2.4.3 Lesões mais freqüentes

2.4.3.1 Distensão

De acordo com Gould (1993), uma lesão descrita como uma distensão indica que houve

algum grau de ruptura nas fibras musculares, na junção músculo-tendão, no tendão ou na inserção

óssea de uma unidade musculotendinosa.

Segundo Enoka (2000), as distensões musculares são também chamadas de estiramentos e

rupturas. Os músculos mais propensos de distensão são os biarticulares, os que limitam a amplitude de

movimento em um esporte e os usados excentricamente. Eles correm risco de lesão porque podem ser

alongados em duas articulações diferentes.

O resultado de uma distensão muscular ou microrruptura no músculo manifesta-se pela

presença de dor ou dor muscular tardia, edema, possível de deformidades anatômicas e disfunção

atlética (HAMILL, 1999).

“O músculo pode experimentar eventos agudos e dolorosos, como câimbras e

20

distensões. A câimbra muscular é um encurtamento involuntário doloroso do músculo que parece ser

desencadeado por um estimulo periférico.” (ENOKA, 2000, p. 268).

A distensão aguda é provocada por uma força interna aplicada na unidade

musculotendinosa. Ocorre ruptura na unidade do músculo, da junção músculo-tendão ou do tendão

quando a força é maior do que a resistência ou excede a flexibilidade da unidade musculotendinosa.

Ocorre distensão crônica quando forças repetitivas excedem a resistência da unidade

musculotendinosa. Instala-se a ruptura se o músculo ou o tendão não estiverem condicionados para as

solicitações repetitivas.

As distensões, quanto à gravidade, são classificadas, de acordo com Whiting (2001), em

distensões leves, moderadas e graves.

A distensão leve se caracteriza por ruptura estrutural negligenciável, hipersensibilidade local e déficit funcional mínimo. A distensão moderada exibe um defeito estrutural parcial, tumefação visível, hipersensibilidade extensa, e alguma perda de estabilidade. As distensões graves demonstram ruptura estrutural completa, hipersensibilidade acentuada e déficits funcionais que tornam necessária tipicamente uma intervenção cirúrgica corretiva. (WHITING, 2001, p. 122).

2.4.3.2 Tendinite

As sobrecargas repetitivas de um tendão podem dar origem a uma resposta inflamatória, ou

tendinite.

A tendinite geralmente tem um inicio súbito. Inicialmente o atleta relata uma dor sutil no

tendão após uma demanda de exercícios. Quando o atleta continua com as mesmas atividades físicas,

sem tratamento, a dor passa a aparecer durante os exercícios e persiste até nas atividades diárias. Essas

três fases de sintomas caracterizam as fases aguda, subaguda e crônica da tendinite.

Para Gould (1993), na fase aguda (sintomas inferior a duas semanas) a dor é

21

rapidamente aliviada com o repouso. Os tecidos moles em torno dessa área podem apresentar-se

levemente edemaciados, indicando um aumento em largura do tendão lesado em comparação ao tendão

contralateral não lesado. Durante a fase subaguda (de três a seis semanas), a dor é mais difusa e ocorre

durante os exercícios. Os sintomas são semelhantes ao da fase aguda, porém em grau maior. No estágio

crônico (mais de seis semanas) a dor está presente em uma área ainda maior e o atleta é incapaz de

praticar o exercício. As lacerações podem fundir-se nos casos crônicos, levando a uma ruptura

completa do tecido tendinoso.

“Muitos casos crônicos traduzem a existência de um processo degenerativo, de maneira que

seria preferível chamá-los de tendinose, essa se localiza tipicamente na junção entre o tendão e o osso.”

(MALONE; MCPOIL; NITZ, 2000, p. 151).

Uma porcentagem elevada de pessoas que praticam esportes está sujeita a apresentar tendinite, mas a incidência dessa lesão está mais elevada entre praticantes de corrida e outros esportes similares. O tendão mais freqüentemente afetado é o tendão de Aquiles (tendão calcâneo). (MALONE; MCPOIL; NITZ, 2000, p. 151).

2.4.3.3 Contusão

Ocorre quando uma articulação recebe um golpe direto, a membrana sinovial reage ao

trauma, os vasos sanguíneos podem romper-se resultando uma hemorragia local. (SALTER, 2001).

A contusão é provocada por trauma direto, como pancadas, colisões e geralmente, acontece

em esportes de contato ou por quedas.

É comum o atleta não se dar conta da lesão, a não ser no dia seguinte quando os sintomas já

estão instalados, o que pode acabar agravando a lesão. “Os sintomas dependem da profundidade da

lesão, e isto esta relacionado com a intensidade da força traumática, leva a

contratura, isquemia, hemorragia e, às vezes, ruptura de tecido.” (RODRIGUES apud

22

BUCCO, 2003, p. 33).

As contusões musculares podem ser leve, moderada e grave. As contusões leves

caracterizam-se por dor localizada e sensibilidade dolorosa circunscrita. A contusão moderada

manifesta-se por edema difuso e dor na massa muscular. O paciente não consegue movimentar

profundamente a articulação e refere dor intensa ao mobilizar a estrutura. A contusão grave produz dor

local acentuada e edema, a ponto de não ser possível delimitar os sintomas do músculo.

Contusão muscular grave, ou contusão com impactos repetidos, podem resultar no

surgimento de uma condição muito mais grave conhecida como miosite ossificante, a qual consiste na

presença de uma massa calcificada dentro do músculo (HALL, 2005).

2.4.3.4 Entorse

Esse termo indica lesão de ligamento. Pode comprometer a capacidade estabilizadora do

ligamento e afetar sua capacidade de controlar os movimentos articulares.

Entorses são lesões dos ligamentos, sendo provocadas por força que distendem algumas ou todas as fibras do ligamento além do seu limite. Atletas que sofrem entorses apresentam dor localizada, edema, instabilidade articular, ou dilaceração completa do ligamento. (MALONE; MCPOIL; NITTZ, 2000, p. 137).

A classificação das entorses baseia-se em dois fatores: primeiro na quantidade de fibras

lesadas e segundo na instabilidade subseqüente da articulação envolvida.

As lesões ligamentares são classificadas como leve, que produzem dor e edema localizados,

sensibilidade dolorosa a palpação. Algumas fibras ligamentares sofrem ruptura, mas não há perda

aparente da integridade do ligamento; moderada quando existe ruptura de muitas fibras, mas não total

e há evidencia clinica de instabilidade articular; e greve que tem

23

ruptura completa do ligamento. Essa dilaceração ocorre na inserção óssea ou na estrutura do

ligamento. (GOULD, 1993).

Segundo Hall (2005), as entorses laterais do tornozelo são particularmente comuns, pois

essa é a principal articulação responsável pela sustentação do peso corporal e por existir menos apoio

ligamentar na parte lateral que na parte medial do tornozelo.

2.4.3.5 Fratura

Uma fratura seja de um osso, de uma placa epifisária ou de uma superfície articular

cartilaginosa, é a quebra estrutural do osso em sua continuidade (SALTER, 2001).

Os ossos são circundados por tecidos moles, as forças físicas que produzem uma fratura,

sempre provocam algum grau de lesão dos tecidos moles.

Em um sentido simples, a fratura ocorre quando a carga aplicada ultrapassa a capacidade do

osso em suportar a força.

A resistência do osso à fratura é determinada pelas propriedades materiais do osso como

tecido e pelas propriedades estruturais do osso como órgão.

“A natureza de uma fratura depende da direção, magnitude, intensidade da sobrecarga e

duração da carga mecânica suportada, bem como da saúde e maturidade do osso por ocasião da lesão.”

(HALL, 2005, p. 99).

De acordo com Whiting (2001), uma fratura no local específico de aplicação da força é

chamada uma lesão direta. Quando a fratura ocorre longe do local da aplicação da força é chamada uma

lesão indireta.

As fraturas de estress, também conhecidas como fraturas de fadiga, de força de baixa

magnitude suportadas em bases repetidas. Qualquer aumento na magnitude ou na freqüência da

sobrecarga óssea produz reação de estress, que pode consistir em dano microscópio (HALL, 2005).

24

2.4.3.6 Excesso de Uso (Overtraining)

O supertreinamento está representado por um desequilíbrio homeostático com queda do

desempenho, enquanto que o período de supercompensação é reconhecido como o de igual ou melhor

resultado.

É um distúrbio neuroendócrino (hipotálamo - epifisário), que resulta do desequilíbrio entre a demanda do exercício e a capacidade funciona, levando a uma diminuição do desempenho ou de um estado crônico de diminuição do desenvolvimento acompanhado de sinais e sintomas mais graves e com o tempo de recuperação mais longo. (GHORAYEB, 1999, p. 313).

Segundo Whiting (2001), a lesão pode resultar quando uma única sobrecarga ultrapassa a

tolerância máxima do tecido. O uso corresponde a uma carga funcional normal, enquanto a sobrecarga

repetida corresponde ao uso excessivo (overuse). As lesões por excesso de uso exemplificam uma

extensa classe de condições caracterizadas por uma etiologia de aplicação repetida das forças. Essas

lesões são de natureza crônica que são denominadas de distúrbio por traumatismos cumulativos ou

síndrome de estresse repetitivo.

O treinamento excessivo pode causar lesões devido ao uso excessivo (overuse), tal como o

micro-trauma de uma fricção contínua entre dois ou mais estruturas, conduzindo às condições da

condromalácia, das tendinites, da bursite e mesmo das fraturas (RIBEIRO et al, 2003).

De acordo com Campos (2005), o aumento excessivo do volume e carga de treino, acima

dos limites daquilo a que o organismo é capaz de reagir, chama-se “overtraining” ou supertreino. Os

seus sintomas são diversos, mas, quando surgem, o mais aconselhável é aliviar, ou mesmo interromper,

o processo de treino para que o organismo, por si só, se encarregue de encontrar a resposta adequada à

fadiga instalada.

25

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA

3.1 Tipo de pesquisa

Esta pesquisa foi realizada através de uma investigação em atletas de futsal da Unisul –

Tubarão – SC, que atualmente participam do campeonato Catarinense de futsal da primeira divisão, ano

2005. A pesquisa a ser realizada é do tipo quantitativa quanto à classificação a abordagem, descritiva

quanto à classificação ao nível e de levantamento quanto à classificação ao procedimento utilizado na

coleta de dados.

Neste estudo a pesquisa é do tipo quantitativa que é a mensuração de variáveis pré-

estabelecidas, com intuíto de explicar a sua influencia sobre outras variáveis com analise de incidência

e correlações estatísticas (STAKE, 1983).

A pesquisa caracteriza-se sendo do tipo descritiva que tem como objetivo segundo Gil

(2002), a descrição das características de uma população ou fenômeno, tem uma relação de associação

e não de manipulação e estabelece relações entre variáveis.

Sendo esta uma pesquisa de levantamento, que “[...] procede-se à solicitação de

informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida,

26

mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados.”(GIL,

2002, p.50).

3.2 População/Amostra

A população é composta por 14 atletas de futsal masculino da Unisul – Tubarão - SC, com

idade entre 19-35 anos participantes do campeonato Catarinense da primeira divisão no ano de 2005.

3.3 Instrumentos utilizados para coleta de dados

Para a realização desta pesquisa o instrumento utilizado para coleta de dados consiste de

um questionário (em anexo A) retrospectivo para identificar o perfil de lesões do atleta.

3.4 Procedimentos utilizados na coleta de dados

A pesquisa foi realizada durante o mês de agosto no ano de 2005. Em seguida foi aplicados

pelo pesquisador um questionário com dados retrospectivos, para cada atleta, identificando o período

do ano em que ocorreu a lesão, atividade que ocorreu a lesão, tempo do jogo que ocorreu a lesão,

superfície da quadra que ocorreu a lesão, a condição da quadra em que ocorreu a lesão, mecanismo da

lesão (categoria da lesão), atividade no momento da lesão, lado envolvido da lesão, lado dominante,

fase da lesão, os tecidos lesados e localização anatômica.

3.5 Procedimentos para análise e interpretação de dados

27

Os dados foram analisados a partir de estatística descritiva e apresentados através

de gráficos, sendo assim agrupados a partir das informações contidas na coleta de dados.

28

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

O plantel da equipe de futsal da Unisul Esporte Clube é composta por três (3) goleiros, três

(3) fixos, seis (6) alas e dois (2) pivôs, totalizando 14 atletas, sendo que um (1) atleta não apresentou

lesão.

4.1 Média dos resultados obtidos entre a posição do jogador e a posição que foi acometida por

mais lesões

A posição com maior freqüência observada das lesões, foram nos jogadores de posição pivô

do time, totalizando oito (8) lesões (média de 4 lesões por jogador) nos dois atletas desta posição,

seguidos pelas posições ala do time, totalizando dezessete (17) lesões nos cinco (5) atletas (média de

3.4 lesões por jogador), goleiros, totalizando oito (8) lesões nos três (3) atletas (média de 2.66 lesões

por jogador) e finalizando com os da posição fixo, totalizando sete (7) nos três (3) atletas (média de

2.33 lesões por jogador).

4.2 Resultado do período do ano em que ocorreu a lesão

29

3

32

5

0

5

10

15

20

25

30

35

Pré Temp. Pós

N. de le

sões

Gráfico 1 - Dados referentes ao período do ano em que ocorreu a lesão

Das quarenta (40) lesões apresentadas pelos quatorze (14) atletas, trinta e duas (32)

ocorreram durante a temporada, onde o atleta é mais solicitado devido ao excesso de treinos, jogos e

partidas decisivas. Três (3) ocorreram durante a pré-temporada e cinco (5) na pós-temporada onde o

atleta já está com um estresse físico acentuado.

Para Waltrick (2004), a razão para o número elevado de lesões na temporada é a

intensidade dos jogos, sempre maior que aquela encontrada durante os treinamentos. A temporada é um

momento utilizado para que os atletas atinjam um nível de preparação física inicial, sendo que o limite

do atleta será atingido no decorrer da temporada.

4.3 Resultado da freqüência observada na atividade em que ocorreu a lesão

30

2

5

15

3

13

1 1

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Aq T.F Téc.Tat. J.C J.F T.F A.R.I A.R.E

N.

de

les

õe

s

Gráfico 2 - Dados referentes a atividade em que ocorreu a lesão

As atividades que ocasionaram as lesões foram distribuídas, em aquecimento (Aq),

treinamento físico (T.F), treinamento técnico e táctico (Téc.Tat.), jogo em casa (J.C), fogo fora de casa

(J.F), testes físicos (T.F), atividades recreativas internas (A.R.I) e atividades recreativas externas

(A.R.E), onde, dentre as quarenta (40) lesões, duas (2) ocorreram durante aquecimento, cinco (5)

durante treinamento físico, quinze (15) durante treinamento técnico e táctico, três (3) em jogos em casa,

treze (13) ocasionadas em jogos fora de casa, nenhuma em testes físicos, uma (1) em atividade

recreativa interna e uma (1) em atividade recreativa externa. Os treinamentos técnicos/ tácticos

apresentaram um percentual maior de lesões.

Na pesquisa realizada por Waltrick (2004), quanto a atividade no momento da lesão em

atletas de futsal, de 7 equipes que disputaram a Divisão Especial Catarinense, observou-se que a maior

ocorrência de lesões aconteceram nos jogos em casa (38,7%), seguidos dos jogos fora de casa (26,6%),

treino tático (14,2%), treinamento físico (10,2%), treinamento técnico (8,1%) e por último atividade

recreativa (2%), contrariando assim os dados observados nesta pesquisa.

Os maiores percentuais de lesões ocorreram nos treinamentos técnicos/ tácticos e jogos

fora de casa devido a intensidade dos jogos, onde nesse período de competição o atleta busca o seu

limite nas atividades de treino e jogos. Além dos parâmetros psicológicos, que segundo Whiting

(2001), podem influenciar a incidência de lesões. Esses fatores incluem os níveis de estresses, a

31

distração, a fadiga, a depressão, a excitação, o erro humano, a avaliação dos riscos, fatores da

personalidade e mecanismo de luta.

Para Porto (2004), os jogos fora de casa apresentam um percentual maior que pode ser

atribuído ao estado psicológico do atleta, em virtude da pressão exercida pela torcida local. Outro fator

importante é o overtraining, que é provocado pelo excesso de treinos e jogos.

4.4 Resultado do período do jogo onde ocorreu à lesão

3

2

3

0

2

4

6

8

10

1` - 5 ` 6` - 10` 11` - 15` 16` - 20`

Gráfico 3a - Dados referentes ao primeiro tempo do jogo

Das dezessete (17) lesões ocorridas durante os jogos em casa e jogos fora de casa, oito (8)

ocorreram no primeiro tempo, sendo três (3) entre o 1º e o 5º minuto, duas (2) entre 11º ao 15º minutos,

e três (3) entre o 16º ao 20º minutos.

32

1

2

3 3

0

2

4

6

8

10

1` - 5 ` 6` - 10` 11` - 15` 16` - 20`

Gráfico 3b - Dados referentes ao segundo tempo do jogo

Já no segundo tempo ocorreram nove (9) lesões, sendo uma (1) entre o 1º e o 5º minuto,

duas (2) do 6º ao 10º minutos, três (3) entre 11º ao 15º minutos e três (3) entre 16º ao 20º minutos. A

tendência é que as lesões ocorrerem no final do 1º tempo e 2º tempo onde o atleta apresenta um maior

desgaste físico, com redução de depósitos de glicogênio e reduções hídricas ocorrendo uma diminuição

da coordenação motora facilitando a ocorrência de lesões.

Segundo Waltrik (2004), isso indica que o atleta já apresenta um desgaste físico elevado,

necessitando manter suas funções atléticas com a musculatura sob um estado de fadiga.

De acordo com Whiting (2001), a fadiga física e mental faz aumentar a probabilidade de

lesão, por causa do comprometimento da força muscular, da coordenação, da atenção mental e da

concentração.

Segundo o mesmo autor, as lesões relacionadas à fadiga costumam acontecer nas fases mais

tardias de um período de atividade; onde foi observado que os atletas também tendem a evidenciar um

maior risco de lesões durante os últimos estágios de um período de treinamento ou de um jogo.

Vários fatores atuando em conjunto com diferentes graus de influência contribuem para o desenvolvimento da fadiga dependendo do tipo de trabalho realizado. A duração e intensidade do trabalho, o tipo de fibra muscular recrutada, a forma de contração requisitada, a capacidade física do indivíduo, além de outros fatores tais como: alimentação, condições ambientais e motivação que se combinam e podem levar um ou mais elementos envolvidos a um estado de limitação do desempenho. Os limiares de sofrimento e tolerância são determinados tanto fisiológica como psicologicamente. (PORTO, 2004, p. 27).

33

Em seguida apareceram as lesões nos primeiros minutos, que para Whiting (2001), fatores

ambientais como temperatura e umidade ambiente contribuem para as lesões. Waltrick (2004), relata

que quando não é realizado um aquecimento adequado, é possível que nos primeiros minutos da

atividade aconteça algum grau de lesão muscular.

4.5 Resultados observados em quais superfícies ocorreram às lesões

35

1 4

0

10

20

30

40

Madeira Emborrachado Outros

N.

de

lesõ

es

Gráfico 4 - Dados referentes as superfícies que ocorreram as lesões

Sendo quarenta lesões ocorridas entre os atletas, trinta e cinco (35) aconteceram em quadra

de madeira, uma (1) em quadra emborrachada e quatro (4) em outros tipos de quadra.

Para determinar qual é o piso adequado para uma quadra deve-se ter em mente que o piso

deve ser responsável pela integridade física do atleta que absorva impacto, não provocando lesões,

principalmente nos ligamentos entre outros. Os pisos esportivos de madeira continuam sendo muito

utilizados, onde a maioria das quadras de futsal é de madeira, sendo o que levou ao resultado desta

pesquisa em que 35 lesões foram na quadra de madeira, além de que, a maioria destes atletas, sempre

fizeram seus treinamentos neste tipo de piso.

Segundo Sports Magazine (2005), no aspecto técnico, os pisos de madeira são encontrados

em três tipos diferentes. Um deles é o piso duro ou rígido, tendo como uma característica importante

34

em que o piso rígido não absorve o impacto do atleta quando o mesmo salta sobre ele, além do atleta

não se movimentar em caso de uma parada brusca, o que pode causar lesões nas articulações de quem

pratica esportes continuamente sobre este tipo de piso.

4.6 Resultado da freqüência obtida na categoria da lesão

4.6 Resultado da freqüência obtida na categoria da lesão

10

30

0

5

10

15

20

25

30

35

Trauma direto Trauma indireto

Gráfico 5 - Dados referentes a categoria da lesão

Observou-se que a maioria das lesões foi o trauma indireto com trinta (30) lesões, seguido

do trauma direto com dez (10) lesões. Os principais traumas indiretos ocorridos entre os jogadores

foram: torção, excesso de amplitude, desaceleração, aceleração, mudança de direção e excesso de uso.

De acordo com Waltrick (2004), a lesão direta é aquela que ocorre devido a colisão física

entre os jogadores ou entre um jogador e um outro objeto qualquer, já a lesão indireta ocorre sem a

colisão física. O mesmo autor observou em sua pesquisa com atletas de futsal que o mais comum é a

ocorrência de lesões indiretas. “A explicação disso pode ser o número excessivo de jogos, além da

rotina de treinos que podem então sobrecarregar o atleta e ser motivo de problemas físicos e lesões.”

(WALTRICK, 2004, p. 42).

35

A lesão direta também é um caso típico do futsal. Para Bucco (2003), este comportamento

de lesão deve-se ao caráter dinâmico do esporte, que exige sempre “dividida” de bola e de espaço,

sendo comum e taticamente necessário o contato vigoroso entre os atletas.

De acordo com Dvorak et al (apud BONETTI; COELHO; FELLIPPA, 2005) em seu estudo

feito com jogadores de futebol, “[...] o fator de risco extrínseco mais importante são as faltas de jogo,

que são causa de aproximadamente 23% a 33% de todas as lesões no futebol. Lesões prévias e

reabilitação inadequada são estabelecidas como os principais fatores intrínsecos de uma futura lesão no

futebol.”

4.7 Resultado da atividade no momento da lesão

24

1 1

10

4

0

5

10

15

20

25

30

Correndo Saltando D.D.S Parado Chutando Outros

N. de le

sões

Gráfico 6 - Dados referentes a atividade no momento da lesão

A atividade com maior freqüência de lesões observadas no momento da lesão foi correndo

com vinte e quatro (24) lesões, seguido do chute com dez (10), outros momentos com quatro (4),

saltando com uma (1), parado com uma (1) e durante a descida do salto (D.D.S) não registrou nenhuma

lesão.

36

A biomecânica é o estudo de forças internas e externas e seus efeitos na estrutura humana.

De acordo com Apolo (2003), ela se aplica em todos os esportes, pelo simples fato de o corpo está em

movimento e ser por si só uma carga onde muitas vezes fica quase impossível manter posturas ideais,

até por isso, em alguns modalidades requer maiores atenções devido às cargas altíssimas que a estrutura

tem que suportar.

“Com base em dados cinemáticos, por exemplo, apontaram-se desajustes na pisada do pé

de apoio em tênis de solado baixo, deixando o pé pronado no determinado momento que deveria haver

uma leve supinação.” (APOLO, 2003).

Segundo o mesmo autor através da Dinamometria, pudera-se saber que no simples ato de

caminhar um indivíduo tem 1.5 vezes seu peso corporal, numa corrida (trote, ou com bola no futebol)

tem 2.5 vezes seu peso corporal, numa corrida em velocidade tem 4 vezes seu peso corporal. Foi

observado neste estudo que 24 lesões ocorreram durante a corrida que de acordo com Moreira (2004), o

futsal é uma modalidade esportiva onde a movimentação em quadra requer súbita aceleração e

desaceleração com brusca mudança de direção, expondo as estruturas osteomioarticulares de seus

praticantes a grandes impactos, aumentando o risco de lesões.

Existem varias lesões no joelho associadas com a corrida desde que o joelho e os membros

inferiores fiquem sujeitos a uma força equivalente a aproximadamente o peso do corpo absorvido em

cada contato do pé (HAMILL, 1999).

Em segundo apareceu o chute com 9 lesões, sendo ele um dos principais fundamentos do

futsal. Por ser o futsal um esporte de grande impacto, requer condicionamento físico adequado e infra-

estrutura apropriada; o chute é uma sucessão de movimentos complexos, resultantes da harmonia

articular do tronco e membros inferiores, com suas diferentes fases (aproximação, preparação,

execução e desaceleração), exigindo variados movimentos, principalmente das articulações dos

membros inferiores, que favorecem a precisão e potência deste fundamento (MOREIRA. 2004).

37

4.8 Resultado observado em relação aos tecidos lesados

23

1

16

9

12

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Osso Cartilagem Caps. Art. Bursa Músculo Tendão Ligamento

Gráfico 7 - Dados referentes aos tecidos lesados

Das lesões apresentadas pelos atletas observou-se que o tecido mais acometido foi

o músculo com dezesseis (16) lesões, seguido dos ligamentos e tendões com doze (12) e nove (9)

respectivamente. “As distensões musculares, principalmente do quadríceps e dos músculos da coxa, são

lesões atléticas comuns [...].” (ANDREWS et al apud BONETTI; COELHO; FELLIPPA, 2005).

“Durante a prática de exercícios, é natural que os músculos sejam alongados e contraídos todo o

tempo.” (CORREIO BRAZILIENSE, apud PORTO, 2004, p. 44). Segundo Malone, Mcpoil e Nitz

(2000), as distensões musculares ocorrem mais comumente nos músculos da virilha (adutores), coxa e

panturrilha.

Pode ocorrer lesão no músculo esquelético durante uma série de exercícios intensos, no

exercício concêntrico ou ao se exercitar um músculo por muito tempo (HAMILL, 1999). De acordo

com o mesmo autor, os músculos usados para terminar uma amplitude de movimento correm risco de

lesões, pois são usados excentricamente para reduzir a velocidade de um membro que está se movendo

muito rapidamente.

38

“As distensões musculares aparecem geralmente relacionadas com movimento de

retificação para recuperar o equilíbrio ou modificar a direção, frear ou acelerar para incrementar a

velocidade.” (RODRIGUES apud PORTO, 2004, p. 45). Sendo estes movimentos muito observados na

prática do futsal.

“A palavra contusão designa a lesão provocada por um golpe que incide diretamente sobre

a barriga do músculo da unidade musculotendinosa, levando a ruptura de capilares e a hemorragia

intramuscular.” (MALONE; MCPOIL; NITZ, 2000, p. 149).

4.9 Resultado observado em relação à localização anatômica

1

15

9

6

12

1 1

3

0

2

4

6

8

10

12

14

16

pubi

s

coxa

joelho

torn

ozelo pé

ombr

o

coto

velo

punh

om

ão

C.c

ervica

l

C.to

raxica

C.lo

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r

outro

s (p

erna

)

Gráfico 8 - Dados referentes à localização anatômica

A localização anatômica que sofreu maior número de lesões foi a coxa com quinze (15)

lesões, seguido do joelho com nove (9), tornozelo com seis (6), perna com três (3), ombro com duas

(2), púbis com uma (1), pé com uma (1), mão com uma (1) e coluna lombar também com uma (1)

lesão.

Sendo o futsal uma modalidade esprtiva que requer muitas saídas rápidas e mudança de

direção constante, o músculo adutor longo é o mais afetado pelos deslocamentos laterais em alta

velocidade (PORTO, 2004).

39

Na prática de esporte são bastante comuns as entorses de joelho e tornozelo. Para Macnicol

(apud BUCCO, 2003), na prática esportiva, o joelho é destinado a realização de movimentos rápidos e

complexos, ao mesmo tempo, comumente tem suas tarefas dificultadas pelo peso do corpo.

Para Hamill (1999), a articulação do joelho é uma área do corpo freqüentemente lesada,

dependendo da modalidade esportiva, responde por 25 a 70% das lesões relatadas. Aproximadamente

97% dessas lesões estão associadas com a atividade atlética.

“O tornozelo sustenta o peso e é imprescindível à marcha, deve ser tanto móvel quanto

estável. As torções em inversão ou eversão podem romper os ligamentos de suporte levando a

instabilidade.” (HOPPENFELD apud BUCCO, 2003, p. 29).

A maioria das lesões de tornozelo e pé ocorrem como resultados de treinamentos

excessivos, e a articulação é lesada freqüentemente em atividade como corrida durante o qual

o pé recebe uma carga súbita e repentinamente (HAMILL, 1999). Ficando comprovado nesta pesquisa

que as localizações anatômicas que foram mais acometidas, estão freqüentemente sendo solicitadas na

prática do futsal.

40

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os objetivos propostos pela pesquisa, procurou-se demonstrar a realidade

desta modalidade esportiva que está em grande evolução e passando por grandes mudanças, deparando-

nos assim com as lesões que acontecem durante a prática do futsal, comprometendo as estruturas físicas

e psíquicas do atleta, intervindo assim no seu potencial.

Com base nos questionários aplicados, observou-se na pesquisa que é característica da

equipe a presença de lesões nestes praticantes.

Analisando os dados obtidos, comprovou-se que, quanto ao período de treinamento o maior

número de lesões ocorreu durante a temporada, sendo estas bem superiores àquelas encontradas na pré-

temporada e pós-temporada.

Os treinamentos técnicos/ tácticos foram às atividades com maiores resultados de lesões.

Quanto ao período do jogo as lesões ocorreram no final do primeiro e segundo tempo.

Foram nas quadras de madeira a grande maioria das lesões.

No resultado obtido na categoria da lesão as mais comuns foram aquelas cujo mecanismo é

o trauma indireto.

O músculo foi o tecido mais acometido.

A localização anatômica que sofreu maior número de lesões foi a coxa.

41

Nesta pesquisa observou-se a escassez de trabalhos científicos para a modalidade de futsal.

Concluímos que há necessidade do desenvolvimento de trabalhos científicos na área de Fisioterapia

Desportiva, principalmente do futsal, contribuindo para prevenção de possíveis lesões para uma

melhora na qualidade dos treinos e qualidade de vida dos atletas.

42

REFERÊNCIAS

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43

GOULD, J. A. Fisioterapia na Ortopedia e na Medicina Desportiva. 2. ed. São Paulo: Manole, 1993. HALL, J. S. Biomecânica básica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. São Paulo: Manole, 1999. HISTORIA DO FUTSAL NO BRASIL. 2005. Disponível em: <http://www.futsalbrasil.com.br/historia>. Acesso em: 26 out. 2005. MALONE, T.; MCPOIL, T. G.; NITZ, A. J. Fisioterapia em Ortopedia e Medicina do Esporte. 3. ed. São Paulo: Santos, 2000. PORTO, F. Incidência de distensões musculares em atletas de futsal da Unisul. Monografia apresentada ao curso de fisioterapia – Universidade do Sul de Santa Catarina, 2004. RIBEIRO, C. Z. P. et al. Relacionamento entre mudanças e os ferimentos posturais do sistema locomotor em atletas de futsal. Revista Brasileira Medicina do Esporte, v. 9, n. 2. Niterói. Mar./Abr. 2003. Disponível em: <http:// scielo.com.br>. Acesso em: 13 out. 2005. SALTER, R. B. Distúrbios e lesões do sistema muculoesquelético. 3. ed. São Paulo: MEDSI, 2001. SANTANA, W. C. Contextualização histórica do futsal. 2005. Disponível em: <http:// www.pedagigiadofutsal.com.br/historia>. Acesso em: 26 out. 2005. STAKE, R.E. Pesquisa qualitativa/naturalista: problemas epistemológicos. Educação e seleção, v. 3, n. 7, jan./jun. 1983. VIANA, A. R. et al. Futebol. Rio de Janeiro: Sprint, 1987. WALTRICK, R. D. Incidência de lesões em equipes que disputam a divisão especial em Santa Catarina. Monografia apresentada ao curso de fisioterapia – Universidade do Sul de Santa Catarina, 2004. WHITING, W. C. Biomecânica da Lesão Musculoesquelética. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. WORD SPORTS MAGAZINE. Pisos de madeira: tradição e tecnologia. 2005. Disponível em: <http://www.sportsmagazine.com.br/pisosdemadeira>. Acesso em: 10 out. 2005.

44

ANEXOS

45

ANEXO A

Registro de lesões em atletas de futsal