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PERCEPÇÃO MELÓDICA

Objetivos• Diferenciar,pormeiodaaudição,intervalosjustos;maioresemenores.

• Reconhecer, pormeio da audição, os intervalos que compõem a escalamaioreaescalamenor.

• Realizarleiturascomnomedenotas,massemalturadefinida.

Conteúdos• Intervalos.

• EscalaMaior.

• EscalaMenor.

• Consonância/Dissonância.

Orientações para o estudo da unidade

Antesdeiniciaroestudodestaunidade,leiaasorientaçõesaseguir:

1) Exerciteosconceitosestudadosdeformapráticarelacionando-oscomsuaexperiênciamusical.

2) Realize os exercícios propostos. Eles são parte importante do seuaprendizado.

3) NãodeixederecorreraosmateriaiscomplementaresdescritosnoConte-údoDigitalIntegrador.

UNIDADE 4

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UNIDADE 4 – PERCEPÇÃO MELÓDICA

1. INTRODUÇÃO

Nestaúltimaunidade,continuaremososestudosdeper-cepçãomelódica,agoracontextualizadosapartirdoselementosdamúsicatonal.

Iremos começar a desenvolver nossa percepção a par-tirdos intervalosmusicaisrelacionadosaumaescalamaioroumenor.Assim,serápossívelcompreendermos,nãosósuaspro-priedadessonorasenquantounidadedeformaçãodalinguagemmusical,mas tambémsuacontextualizaçãonoâmbitodeumacomposição.

Além disso, trabalharemos também, exercícios de leitu-ramusicalcomnomedenota,porém,semalturadefinida.Taisexercíciossãoimportantesparaodesenvolvimentodafluêncianaleituramusical.

2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA

OConteúdo Básico de Referênciaapresentadeformasu-cintaostemasabordadosnestaunidade.ParasuacompreensãointegralénecessáriooaprofundamentopeloestudodoConteú-doDigitalIntegrador.

2.1. CONSONÂNCIAS "PERFEITAS" E "IMPERFEITAS"

Iniciaremosnossosestudosdepercepçãomusicalapartirdoselementosmusicaisgeradospelaescalamaior.

Antesdeiniciarmososprimeirosexercícios,contextualizarnossametodologiarelaçãoaoestudodepercepção.Odesenvol-vimentodaacuidadeauditivamusicaldevepartirdocontextoao

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qualserelaciona.Ouseja,comoestamostratando,basicamente,demúsicatonal,éjustoquenossosestudosconvirjamparaessefim.

Sendo aMúsica Tonal um sistema no qual a construçãomusicalaconteceapartirdarelaçãodeseusdiversoselementosconstitutivos,odesenvolvimentoauditivodeveestaratreladoaessasrelações,emseusmaisdiferentesaspectos–melodia,har-monia,ritmo,forma,textura,instrumentação,etc.

Oqueseobservaemmuitassituaçõesdeensino/aprendi-zagemempercepçãomusical,éumabuscapelodesenvolvimen-todapercepçãomusical"absoluta"emalunosquenãopossuem"ouvidosabsolutos".Nãosetrataemacreditarqueochamado"ouvidoabsoluto"tenhavantagensnoquetangeaodesenvol-vimentomusical.Épossívelque,dopontodevistadoentendi-mentoedacompreensãodaMúsicaOcidental,aquele"ouvidoatento",quebuscanarelaçãocomoutroselementosoentendi-mentoglobaldacomposição,consigaestabelecercritériosmaiscoerentesparasecompreenderasdiversasrelaçõesintrínsecasdaconstruçãodamúsicatonal.

Assim sendo, os exercícios desenvolvidos a partir destaUnidade,visamaestabelecerasrelaçõesentreoqueseouveeoqueseconhecesobreaestruturaçãodamúsicaocidental.Porexemplo,oestudoauditivodeumintervalomusical,descontex-tualizadodesuaorigemoudesuaaplicaçãoemalgumcontextoespecífico,setornadesprovidodesignificadofrenteaosobjeti-vosdocurso.

Para iniciarmos nosso estudo, partiremos do que pode-mos considerar como o "alicerce" daMúsica Tonal – a escaladiatônica.



Comofoivistoanteriormente,aescaladiatônicanomodomaiorpossuisomenteintervalosMaioreseJustos.

Assim sendo, começaremosdiferenciandoestasduas ca-tegorias intervalares. Para isso, ainda não nos preocuparemosemclassificarosintervalosesim,simplesmente,reconhecê-loscomojustosounão.

Porexemplo:

Justo"NãoJusto"Justo"NãoJusto"

Essa primeira identificação é extremamente importante,pois,dizrespeitoàcapacidadedereconhecermososintervalosapartirdesuanaturezaacústica.Sãoconsideradas"consonânciasperfeitas".

Quandoduasoumaisnotasmusicaissãotocadassimulta-neamente,osharmônicosdecadaumadelasserãosobrepostos,e o som resultante desta sobreposição pode apresentar bati-mentosounão.(Goldemberg,Zumpano)

Osbatimentosconstituem-senumfenômenofísicoresul-tantedasuperposiçãodeondassonoras,eseuefeitocorrespon-de a umamodulação regular na intensidade do som, ou seja,ocorrempequenasvariaçõesnaamplitudesonora,asquaisse-rãomaisoumenosrápidasdependendodaproximidadedasfre-quênciasdasnotasenvolvidas(GOLDEMBERG,2007).

Destaforma,diz-sequeumintervaloépuro(ouPerfeito)senãoapresentabatimentos,eimpuro(ouimperfeito)sehába-



timentos.Naafinaçãonatural,porexemplo,ointervalodeterçamaiorépuro(Goldemberg,Zumpano).

Proposta de Exercício

Toqueos intervalos indicadosaseguireprocurediferen-ciarapropriedadesonoradeum intervalo Justo,emrelaçãoaoutrointervalomaioroumenor.

2.2. INTERVALOS DIATÔNICOS – MODO MAIOR

Uma vez estabelecida (auditivamente) a diferença entreumintervaloJustoounão,vamosagoraidentificá-losnoâmbitodaescaladiatônica.

Comojáfoiditoanteriormente,poraescalamaiorseres-truturada,emrelaçãoàsuafundamental,somenteporinterva-losjustosemaiores,temosaseguinteconfiguraçãointervalar:



Quadro 1IntervalosnaEscalaMaior

GRAUS DA ESCALA EXEMPLO EM DÓ MAIOR INTERVALO

I–II Dó–Ré 2ªMaior

I–III Dó–Mi 3ªMaior

I–IV Dó–Fá 4ªJusta

I–V Dó–Sol 5ªJusta

I–VI Dó–Lá 6ªMaior

I–VII Dó–Si 7ªMaior

I–VIII Dó–Dó 8ªJusta


Toque as escalasmaiores em diferentes tonalidades ob-servandoacaracterística intervalardecadagrauemrelaçãoàtônicadaescala.

F2ªM3ªM4ªJ5ªJ6ªM7ªM8ªJ








Apartirdeumaescalaespecífica, toqueos intervalosdaescaladeformaaleatória,melódicaeharmonicamente,sempreemrelaçãoàtônicadaescala.Repitaoexercíciocomdiferentesescalas.



2.3. INTERVALOS DIATÔNICOS – MODO MENOR

Agora,estudaremososintervalosgeradospelaescalame-nor.Nessecaso,buscaremos identifica-losapartirdesuadife-rençaemrelaçãoaosintervalosqueconstituemaescalamaior.Ouseja,tentaremosreconhece-losapartirdasuadiferença.

Aestruturaintervalardaescalamenoréaseguinte:

Quadro 2IntervalosnaEscalaMenor

GRAUS DA ESCALA EXEMPLO EM DÓ MAIOR INTERVALO

I–II Dó–Ré 2ªMaior

I–III Dó–Mib 3ªMenor

I–IV Dó–Fá 4ªJusta

I–V Dó–Sol 5ªJusta

I–VI Dó–Láb 6ªMenor

I-VII Dó–Sib 7ªMenor

I-VIII Dó–Dó 8ªJusta



Comopodemosobservar,adiferençaemrelaçãoàescalamaiorseencontranoIII,VIeVIIgraus,respectivamente,osin-tervalosde3ªmenor,6ªmenore7ªmenor–osquaisnaescalamaiorseapresentamcomointervalosmaiores.


Toqueasescalasmenoresemdiferentes tonalidadesob-servandoacaracterística intervalardecadagrauemrelaçãoàtônicadaescala.

F2ªM3ªm4ªJ5ªJ6ªm7ªm8ªJ








Apartirdeumaescalaespecífica, toqueos intervalosdaescala,deformaaleatória,melódicaeharmonicamente,sempreemrelaçãoàtônicadaescala.Repitaoexercíciocomdiferentesescalas.

2.4. SOLFEJO COM NOME DE NOTAS

Os próximos exercícios devem ser realizados em duasetapas:

1) Faça a leitura dasmelodias, respeitando sua divisãorítmica, porém, sementoar as alturasdasnotas, so-mente falandoonomedanota. Este tipode estudodesolfejoauxilianodesenvolvimentodafluênciaemleiturasmusicais.



2) Umavezquealeiturasemalturadefinidaestejasen-dofeitacomfluênciaenaturalidade,comeceabuscarcantarasnotasdeacordocomasuaalturaespecífica.Nessemomento, você pode utilizar um instrumentomelódicocomoreferênciaparaoestudo.

NestaUnidade,trabalharemosasleiturasnatonalidadedeDóMaior.

Melodia 1

Melodia 2



Melodia 3

Melodia 4

Melodia 5



Melodia 6

Melodia 7

Melodia 8



Melodia 9

Melodia 10

Melodia 11



Melodia 12

Melodia 13

Melodia 14



Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.

• Para assistir ao vídeo, pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e a Disciplina (Percepção e Estruturação Musical – Complementar 1).

• Para assistir ao vídeo, pelo seu CD, clique no Botão – Vídeos Complementares, e selecione: Percepção e Estruturação Musical – Complementar 1.

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

AntesderealizarasquestõesautoavaliativaspropostasnoTópico4,vocêdevefazerasleituraspropostasnoTópico 3.1.,afimdeaprofundarseusconhecimentossobreosconcei-tosestudadosatéomomento.

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR

OConteúdo Digital Integradoréacondiçãonecessáriaein-dispensávelparavocêcompreenderintegralmenteosconteúdosapresentados.

• BONA, Pasquale. Método Completo para Divisão em Áudio. Disponível em: http://mais.uol.com.br/view/za2803lnibap/bona--metodo-completo-para-divisao--em-audio-04024E993466DCA12326?types=A

• CAPARELLI,CoraPavan.Conservatório Estadual de Mú-sica.Disponívelem:http://professorashirleymusicaliza-cao.blogspot.com.br/2011/07/praticando-solfejo-me-lodico.html

• POZZOLI Heitor. Guia teórico-prático para ensino de ditado musical. São Paulo: Ricordi, 1983. Dispo-



nível em: <http:// www.contemplus.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=718:pozzoli-guia-teorico-pratico&catid=40&Itemid=165>.

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVASAautoavaliaçãopodeserumaferramentaimportanteparavocêtestaroseu desempenho. Se encontrar dificuldades em responder as questõesaseguir,vocêdeverárevisarosconteúdosestudadosparasanarassuasdúvidas.

1) AcesseaSAV,naabaVideoaula-faixaAudio 5,emarqueaalternativaquerepresentaaclassificaçãocorretadosquatrointervalostocados:a) 2ªM–4ªJ–6ªM–3ªMb) 2ªM–5ªJ–7ªM–4ªJc) 3ªM–4ªJ–5ªJ–4ªJd) 2ªM–6ªM–4ªJ–3ªMe) 4ªJ–3ªM–5ªJ–6ªM

2) AcesseaSAV,naabaVideoaula-faixaAudio 6,emarqueaalternativaquerepresentaaclassificaçãocorretadosquatrointervalostocados:a) 4ªJ–2ªM–7ªM–5ªJb) 3ªM–4ªJ–6ªM–8ªJc) 2ªM–7ªM–3ªM–4ªJd) 6ªM–4ªJ–3ªM–7ªMe) 5ªJ–3ªM–2ªM–6ªM

3) AcesseaSAV,naabaVideoaula-faixaAudio 7,emarqueaalternativaquerepresentaaclassificaçãocorretadosquatrointervalostocados:a) 2ªM–4ªJ–3ªm–6ªmb) 3ªm–5ªJ–7ªm–2ªMc) 4ªJ–6ªm–2ªM–7ªmd) 5ªJ–3ªm–4ªJ–6ªme) 7ªm–2ªM–3ªm–4ªJ



4) AcesseaSAV,naabaVideoaula-faixaAudio 8,emarqueaalternativaquerepresentaaclassificaçãocorretadosquatrointervalostocados:a) 3ªm–5ªJ–7ªm–2ªMb) 4ªJ–6ªm–8ªJ–2ªMc) 2ªM–5ªJ–7ªm–3ªmd) 6ªm–2ªM–4ªJ–7ªme) 8ªJ–3ªm–5ªJ–2ªM

Gabarito

Confira,aseguir,asrespostascorretasparaasquestõesau-toavaliativaspropostas:

1) C.

2) D.

3) B.

4) E.

5. CONSIDERAÇÕES

Nestaunidadetivemosaoportunidadedeestreitarmosoconhecimentoteóricoabordadonocomeçodocursocomaprá-ticamusicalefetiva,realizandoexercíciosdepercepçãoauditiva,assimcomosolfejosmelódicoscomesemalturadefinida.

Oprincipalobjetivodestetrabalhofoibuscarumdesenvol-vimentoglobaldapercepçãomusicalapartirdoentendimentodequetodososelementosconstituintesdodiscursomusicalserelacionamedevemserpercebidoscomotal.Acreditamosquesóassimnosaproximaremosdeumapercepção"musical"efeti-



vaereduziremosadistânciaentreosconteúdosteóricosmusi-caisesuaefetivarelaçãocomaprática.

6. E-REFERÊNCIASMANCINI, Orlando Marcos Martins. Contemplus: Projeto de ensino-aprendizagemmusical.Disponívelem:<www.contemplus.com.br>.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBONA,Paschoal.Método Completo para Divisão Musical. SãoPaulo:Vitale,2000.

BREIM,Ricardo.Para uma aprendizagem musical integrada. DissertaçãodeMestrado,InstitutodeLinguística/USP.SãoPaulo,2001.

FELDSTEIN, Sandy.Pratical theory complete: a self-instructionmusic theory course.AlfredPublishing,1982.

GOLDEMBERG,Ricardo.A Prática da entoação nos instrumentos de afinação não fixa.Opus,Goiânia,v.13,nº1,p.65-74,jun.2007.

HINDEMITH,Paul.Treinamento elementar para músicos. Trad.CamargoGuarnieri.SãoPaulo:Ricordi,1988.

MED,Bouhumil.Teoria musical.SãoPaulo:EditoraSaraiva,1980.

POZZOLI,Heitor.Guia teórico-prático para ensino de ditado musical.SãoPaulo:Ricordi,1983.

WILLEMS,Edgar.Solfejo:cursoelementar.Adap.portuguesaRaquelMarquesSimões.SãoPaulo:FermatadoBrasil,2000.

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