vim_2012

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    Vocabulrio Internacional

    de MetrologiaConceitos fundamentais e gerais e

    termos associados (VIM 2012)

    Traduzido por grupo de trabalho lusobrasileiro

    Inmetro

    Rio de Janeiro

    Edio Luso-Brasileira

    2012

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    2012 Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO)

    permitida a reproduo total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte.

    Ttulo original em ingls:International Vocabulary of MetrologyBasic and general concepts and associated terms - JCGM 200:2012

    Inmetro

    Joo Alziro Herz da JornadaPresidente

    Humberto Siqueira BrandiDiretor de Metrologia Cientfica e Industrial

    Amrico BernardesChefe do Centro de Capacitao

    Jos Carlos Valente de OliveiraChefe da Diviso de Metrologia Mecnica

    Desenvolvimento e Edio

    Jos Carlos Valente de Oliveira - InmetroAntnio Cruz - IPQ

    Coordenadores da traduo da 1 edio luso-brasileiraAlciene SalvadorCoordenao Editorial

    Andr RochaCapa

    Catalogao na fonte elaborada pelo Servio de Documentao e Informao do Inmetro

    V872 Vocabulrio Internacional de Metrologia:C

    onceitos fundamentais e gerais e termosassociados (VIM 2012). Duque de Caxias, RJ : INMETRO, 2012.94 p.

    Inclui ndice.Traduzido de: International Vocabulary of Metrology: Basic and general conceptsand associated terms JCGM 200:2012. 3rd. ed. 2012.Traduzido por: grupo de trabalho luso-brasileiroISBN: 978-85-86920-09-7.

    1. Vocabulrio controlado. 2. Metrologia. I. INMETRO II. Ttulo

    CDD 025.4962

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    Servio Pblico Federal

    MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDSTRIA E COMRCIO EXTERIORINSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA - INMETRO

    Portaria n. 232, de 08 de maio de 2012

    O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADEE TECNOLOGIA - INMETRO, no uso de suas atribuies, conferidas no 3 do artigo 4 daLei n. 5.966, de 11 de dezembro de 1973, nos incisos I e IV do artigo 3 da Lei n. 9.933, de

    20 de dezembro de 1999, e no inciso V do artigo 18 da Estrutura Regimental da Autarquia,aprovada pelo Decreto n 6.275, de 28 de novembro de 2007;

    Considerando que o Brasil membro signatrio da Conveno do Metro formalizadaem Paris, em 20 de maio de 1875, criando a Conferncia Geral de Pesos e Medidas (CGPM) eo Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM);

    Considerando a necessidade de se uniformizar a terminologia utilizada no Brasil, nocampo da metrologia, e de se minimizar ao mximo as diferenas de seu uso em relao aPortugal, resolve baixar as seguintes disposies:

    Art. 1 Adotar, no Brasil, a 1a edio luso-brasileira do Vocabulrio Internacional deMetrologia Conceitos fundamentais e gerais e termos associados (VIM 2012), em anexo,baseada na 3aedio internacional do VIM International Vocabulary of Metrology Basicand general concepts and associated terms JCGM 200:2012, elaborada pelo BureauInternacional de Pesos e Medidas (BIPM), pela Comisso Internacional de Eletrotcnica(IEC), pela Federao Internacional de Qumica Clnica e Medicina Laboratorial (IFCC), pelaCooperao Internacional de Acreditao de Laboratrios (ILAC), pela OrganizaoInternacional de Normalizao (ISO), pela Unio Internacional de Qumica Pura e Aplicada(IUPAC), pela Unio Internacional de Fsica Pura e Aplicada (IUPAP) e pela OrganizaoInternacional de Metrologia Legal (OIML), com a devida adaptao ao nosso idioma, s reaiscondies existentes no Pas e s j consagradas pelo uso.

    Art. 2 Esta Portaria entrar em vigor na data de sua publicao no Dirio Oficial da

    Unio, ficando revogada a Portaria Inmetro no 319, de 23 de outubro de 2009, publicada noD.O.U., em 09 de novembro de 2009, seo 01, pginas 129 a 142.

    JOO ALZIRO HERZ DA JORNADA

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    1aedio luso-brasileira do VIM 2012 (JCGM 200:2012)

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    Vocabulrio Internacional de Metrologia Conceitos fundamentaise gerais e termos associados

    (VIM 2012)

    (1aedio luso-brasileira, autorizada pelo BIPM, da 3aedio internacional do VIM - InternationalVocabulary of Metrology Basic and general concepts and associated terms- JCGM 200:2012)

    Concepo do Documento OriginalBIPM Bureau Internacional de Pesos e MedidasIEC Comisso Internacional de EletrotcnicaIFCC Federao Internacional de Qumica Clnica e Medicina LaboratorialILAC Cooperao Internacional de Acreditao de LaboratriosISO Organizao Internacional de NormalizaoIUPAC Unio Internacional de Qumica Pura e Aplicada

    IUPAP Unio Internacional de Fsica Pura e AplicadaOIML Organizao Internacional de Metrologia Legal

    Grupo de Trabalho luso-brasileiro para traduo do documento International Vocabulary ofMetrology Basic and general concepts and associated terms- JCGM 200:2012

    Portugal - Instituto Portugus da Qualidade, IPQBrasil - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade eTecnologia, Inmetro

    Coordenador: Antnio Cruz Coordenador: Jos Carlos Valente de Oliveira

    Eduarda FilipeOlivier Pellegrino

    Antonio Carlos BarattoSrgio Pinheiro de OliveiraVictor Manuel Loayza Mendoza

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    1aedio luso-brasileira do VIM 2012 (JCGM 200:2012)

    JCGM 2012 - Reservados todos os direitosv

    Prefcio da 1aedio luso-brasileira do VIM 2012

    1. Origem desta edio

    Esta verso em portugus corresponde 3aedio internacional do VIM (International vocabulary of

    metrology Basic and general concepts and associated terms JCGM 200:2012), edio bilngue emingls e francs, publicada em 2012 pelo JCGM (Joint Committee for Guides in Metrology), o comitpara guias de metrologia do BIPM (Bureau International des Poids et Mesures). Identificada comoJCGM 200:2012, esta verso engloba o contedo da verso publicada em 2008 (JCGM 200:2008) eas alteraes propostas em seu Corrigendum de maio de 2010. Paralelamente verso identificadacomo JCGM 200:2008, foi publicado conjuntamente pelas organizaes ISO (InternationalOrganization for Standardization) e IEC (International Electrotechnical Commission), sob a mesmadenominao e com o mesmo contedo, o documento ISO/IEC Guia 99:2007.

    2. Antecedentes

    O VIM surge no contexto da metrologia mundial da segunda metade do sculo XX como umaresposta e uma fuga sndrome de Babel: busca a harmonizao internacional das terminologias edefinies utilizadas nos campos da metrologia e da instrumentao. So desse perodo trs

    importantes documentos normativos cuja ampla aceitao contribuiu sobremaneira para uma maiorharmonizao dos procedimentos e da expresso dos resultados no mundo da medio. So eles oprprio VIM, o GUM (Guia para a Expresso da Incerteza de Medio, de 1993) e a norma ISO Guia25 (1978) que, revisada e ampliada, resultou na norma ISO/IEC 17025, Requisitos Gerais para aCompetncia de Laboratrios de Ensaio e Calibrao, de 2000. A adoo destes documentos auxiliaa evoluo e a dinmica do processo de globalizao das sociedades tecnolgicas e contribui parauma maior integrao dos mercados, com uma consequente reduo geral de custos. No que serefere ao interesse particular de cada pas, pode alavancar uma maior participao no mercadomundial e nos mercados regionais.A disseminao da cultura metrolgica constitui uma das mais importantes misses do Inmetro e doIPQ. Nesse sentido, alguns de seus tcnicos e pesquisadores dedicaram cerca de 15 meses detrabalho e muita discusso para que o pblico de lngua portuguesa ligado metrologia e aos

    diversos ramos da cincia possa ter acesso ao VIM no seu idioma nativo, sem incorrer emdesvantagem em relao queles que dominam a lngua das publicaes originais. O resultado destetrabalho estar aberto ao crivo crtico dessa comunidade metrolgica, que poder contribuirfuturamente para sanar as imperfeies que certamente sero identificadas. Algumas dessasimperfeies podero ser imputadas ao prprio texto original; outras, certamente a maioria, a nsmesmos os tradutores.

    Portugal

    A Direco-Geral da Qualidade publicou, em1985, a 1 Edio do VIM, depois de umtrabalho de consenso a que em boa hora aComisso Tcnica Portuguesa de

    Normalizao de Metrologia (CT 62) meteumos obra, conseguindo num prazo notvelelaborar e aprovar a traduo portuguesa doVocabulrio Internacional de Metrologiaeditado em 1984 por quatro organizaesinternacionais: BIPM, IEC, ISO e OIML. Nasua verso final, colaboraram inmerasentidades do campo da cincia e dainvestigao, alm de outras ComissesTcnicas de normalizao.Em 1996, o IPQ promoveu a elaborao deuma 2 Edio, com base na reviso efetuadaem 1994 2 Edio internacional. Essa nova

    edio, uma vez extinta a CT 62, foi preparadano seio da Comisso Permanente para aMetrologia do Conselho Nacional daQualidade, e permaneceu, durante quatro

    meses, em consulta pblica tendo em vistaobter contribuies para a sua melhoria. Foiento editada uma 2 edio do VIM, combase no trabalho desenvolvidointernacionalmente pelo Grupo de Trabalho,no qual participaram oito organizaesconsagradas e para a qual contriburamperitos nacionais, individual e coletivamente,quer atravs do Laboratrio Nacional deMetrologia, quer atravs do OrganismoNacional de Normalizao.Posteriormente, foi editada a 1 edio do VIM2008, fruto da traduo da 3 ediointernacional do VIM por peritos do LaboratrioCentral de Metrologia do IPQ. Esta edioaps um perodo de trs meses em versoprovisria foi objecto de comentrios e editadaento com distribuio gratuita em versoeletrnica pelo IPQ, atravs de download no

    seu stio www.ipq.pt.

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    1aedio luso-brasileira do VIM 2012 (JCGM 200:2012)

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    Brasil

    O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia,Qualidade e Tecnologia) publicouanteriormente cinco impresses da traduo

    brasileira da 2 edio do InternationalVocabulary of Metrology (VIM), de 1993.Essas impresses foram identificadas como1, 2, 3, 4 e 5 edies (brasileiras) do VIM.

    Com a publicao da 3 edio internacionaldo VIM pelo JCGM do BIPM, em 2008,montou-se no Inmetro um grupo de trabalhopara elaborar uma verso brasileira destenovo documento. A partir do trabalho desse

    grupo, o Inmetro publicou, em novembro de2009, uma primeira edio brasileira do VIM2008, tendo ficado disponvel no stiowww.inmetro.gov.br.

    A presente publicao deve ser referenciada como 1 edio luso-brasileira do VIM 2012 ou, de formamais resumida e informal, quando o contexto no permitir interpretaes equivocadas, como VIM3.Esta forma se refere 3 edio internacional do VIM. As expresses 3 edio e 3 edio doVIM, que aparecem no corpo deste trabalho, referem-se tambm 3 edio internacional do VIM.

    Esclarecimentos e complementos julgados convenientes aparecem como notas dos tradutores.

    Os tradutores

    3. Objetivo desta edio

    A verso que se apresenta agora, 1aedio luso-brasileira do VIM 2012, em lngua portuguesa, temem considerao as recomendaes do Acordo Ortogrfico de 1990. Foi elaborada no mbito doentendimento entre o Inmetro e o IPQ, por uma equipe de tcnicos de ambos os Institutos. Foi feitoum esforo mximo de harmonizao das verses j existentes, traduzidas por ambos os Institutos,tendo ficado alguns termos residuais no harmonizados devido s fortes tradies j enraizadas nume noutro pas. Neste sentido, ficaram presentes as diferenas existentes nos termos no abrangidospelo Acordo Ortogrfico, sob a forma de notas de rodap. Esta edio permite assim uma divulgaopara o mundo lusfono mais ampla e com maior rigor dos conceitos introduzidos pelo VIM 2012.

    Algumas das divergncias esto consagradas no prprio Acordo Ortogrfico, como, por exemplo, asda acentuao em algumas palavras (em Portugal com acento agudo e no Brasil com acentocircunflexo). Outras divergncias pontuais so anotadas ao longo do texto, em notas de rodap.

    Em ateno s bastante conhecidas e numerosas peculiaridades e diferenas lexicais entre oportugus de Portugal e aquele do Brasil (por exemplo, mensurando e mensuranda, fenmeno efenmeno, io e on), optou-se por um texto nico, porm em duas verses, cada umarespeitando os registros lexicais prprios de cada pas. Assim, ao acessar o documento, o leitorpoder escolher entre uma verso adequada ao falar de Portugal ou ao falar do Brasil. A menos dasdiferenas nos registros lexicais e de algumas peculiaridades da linguagem cotidiana prpria de cadapas, o texto, inclusive as formas sintticas, o mesmo, tendo constitudo o maior desafio para ogrupo de trabalho justamente a busca do melhor acordo sobre o fundamental na traduo de um

    documento desse tipo: a identificao dos conceitos e sua correta interpretao, a sintaxe, a clareza ea conciso. Sero diferentes tambm, em cada documento, a ordem dos termos.

    Por exemplo:

    - Na verso do Brasil

    2.14veracidade de medio ; justeza de medioveracidade ; justeza

    - Na verso de Portugal

    2.14justeza de medio ; veracidade de mediojusteza ; veracidade

    Ao longo do texto deste documento, escreve-se kilometro (sem a acentuao) e kilograma, tendoem vista a reintroduo do k no alfabeto portugus, assim como a observncia regra de escrita doSI que estabelece a juno simples dos prefixos aos nomes das unidades. Por conta desta regra,

    alm do uso de kilometro no lugar de kilmetro, escreve-se tambm, ao longo do texto destedocumento, milimetro e centimetro, respectivamente, no lugar de milmetro e centmetro.

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    viiJCGM 2012 - Reservados todos os direitos

    Tal ao tem como objetivo, a adaptao gradual da comunidade metrolgica grafia do prefixo kilono lugar de quilo e dos prefixos, de maneira geral, associados s unidades de medida do SI. Porconta disso, este documento na verso em uso no Brasil no tenciona, neste momento, impor talforma de escrita, dando tambm a opo de se continuar escrevendo prefixos associados sunidades de medida do SI na forma convencionada e adotada ao longo de anos.

    Para ampliar a utilizao deste documento no mbito dos pases lusfonos e ainda do SistemaInteramericano de Metrologia (SIM), foram includos, abaixo dos termos em portugus, oscorrespondentes termos originais em ingls e francs, assim como em espanhol da traduo feitapelo Centro Espaol de Metrologa (CEM). No final do texto, alm do portugus, foram includos osndices alfabticos em ingls, francs e espanhol. Os termos em negrito so os termos preferenciaispara utilizao.

    Estas incluses foram autorizadas pelo Diretor do BIPM.

    Na elaborao desta verso, mais que uma transcrio literal, buscou-se o objetivo primordial decaptar e transpor para o portugus os significados mais profundos dos conceitos. Visando facilitar acompreenso daqueles que se valero da presente verso, procurou-se garantir que a rigorosaexegese dos termos viesse acompanhada tambm pela clareza e fluncia do texto. Na transposio

    dos termos escolheu-se, dentre as diversas opes aventadas e discutidas, aquela que, ademais deparecer adequada segundo seu uso na linguagem comum, guardasse tambm uma semelhanafontica ou morfolgica com o termo ingls original. No demais lembrar que isso nem sempre foipossvel, pelo menos no mbito da capacidade e do esforo empenhados pela equipe. Em algunscasos, tornou-se imperativo inclusive o recurso ao uso de neologismos, como o adjetivo definicional,usado como qualificativo em incerteza definicional.

    Este documento est disponvel, gratuitamente, nos stios do Inmetro (www.inmetro.gov.br)e do IPQ(www.ipq.pt).

    Desta pgina em diante, com exceo dos termos e ndices nas outras lnguas, o documento umatraduo to fiel quanto possvel do documento original do JCGM. Esclarecimentos e complementosque os tradutores julgaram conveniente acrescentar aparecem como notas dos tradutores.

    Caparica, 20 de maio de 2012 Rio de Janeiro, 20 de maio de 2012

    Jorge Marques dos SantosPresidente do IPQ

    Joo Alziro Herz da JornadaPresidente do Inmetro

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    viiiJCGM 2012 - Reservados todos os direitos

    Contedo

    Prefcio da 1aedio luso-brasileira do VIM 2012 ............................................................................. v

    Prefcio da edio internacional do VIM JCGM 200:2012 ............................................................... ix

    Introduo .............................................................................................................................................. x

    Convenes .......................................................................................................................................... xi

    mbito .................................................................................................................................................... 1

    1 Grandezas e unidades ....................................................................................................................... 2

    2 Medio ............................................................................................................................................. 16

    3 Dispositivos de medio ................................................................................................................. 34

    4 Propriedades dos dispositivos de medio .................................................................................. 37

    5 Padres de medio ........................................................................................................................ 46

    Anexo A ................................................................................................................................................ 54

    Bibliografia ........................................................................................................................................... 69

    Lista de Siglas ..................................................................................................................................... 72

    ndice alfabtico (em portugus) ....................................................................................................... 73

    ndice alfabtico (em ingls) .............................................................................................................. 75

    ndice alfabtico (em francs) ............................................................................................................ 78

    ndice alfabtico (em espanhol) ......................................................................................................... 80

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    1aedio luso-brasileira do VIM 2012 (JCGM 200:2012)

    ixJCGM 2012 - Reservados todos os direitos

    Prefcio da edio internacional do VIM JCGM 200:2012

    Em 1997, o Comit Conjunto para Guias em Metrologia (JCGM), presidido pelo Diretor do BIPM, foiformado pelas sete Organizaes Internacionais que haviam preparado as verses originais do Guiapara a Expresso da Incerteza de Medio (GUM) e do Vocabulrio Internacional de Termos

    Fundamentais e Gerais de Metrologia (VIM). O JCGM foi composto originalmente por representantesdo Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), da Comisso Internacional de Eletrotcnica(IEC), da Federao Internacional de Qumica Clnica e Medicina Laboratorial (IFCC), daOrganizao Internacional de Normalizao (ISO), da Unio Internacional de Qumica Pura eAplicada (IUPAC), da Unio Internacional de Fsica Pura e Aplicada (IUPAP) e da OrganizaoInternacional de Metrologia Legal (OIML). Em 2005, a Cooperao Internacional de Acreditao deLaboratrios (ILAC) juntou-se oficialmente s sete organizaes internacionais fundadoras.

    O JCGM tem dois grupos de trabalho. O Grupo de Trabalho 1 (JCGM/WG1), sobre o GUM, tem atarefa de promover seu uso e de preparar Suplementos do GUM para ampliar seu campo deaplicao. O Grupo de Trabalho 2 (JCGM/WG 2), sobre o VIM, tem a tarefa de revis-lo e depromover seu uso. O Grupo de Trabalho 2 formado por at dois representantes de cadaorganizao-membro, complementado por um nmero limitado de especialistas. Esta 3a edio

    internacional do VIM foi preparada pelo Grupo de Trabalho 2.

    Em 2004, uma minuta desta 3a edio internacional do VIM foi submetida, para comentrios epropostas, s oito organizaes representadas no JCGM que, na maioria dos casos, consultaramseus membros ou afiliados, incluindo numerosos Institutos Nacionais de Metrologia. Os comentriosforam estudados e discutidos, levados em considerao, quando apropriado, e respondidos peloJCGM/WG 2. Uma proposta final da 3a edio foi submetida em 2006 s oito organizaes paracomentrios e aprovao.

    Todos os comentrios seguintes foram examinados e eventualmente levados em conta pelo Grupo deTrabalho 2.

    Esta 3aedio do VIM foi aprovada por unanimidade pelas oito organizaes-membro do JCGM.

    Esta 3aedio cancela e substitui a 2aedio de 1993.

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    xJCGM 2012 - Reservados todos os direitos

    Introduo

    Geralmente um vocabulrio um dicionrio terminolgico que contm designaes e definies deum ou mais campos especficos (ISO 1087-1:2000, 3.7.2). O presente Vocabulrio concerne metrologia, a cincia da medio e suas aplicaes. Cobre tambm os princpios bsicos que

    regulam as grandezas e as unidades. O campo das grandezas e das unidades pode ser tratado demuitas maneiras diferentes. O captulo 1 deste Vocabulrio um de tais tratamentos e baseado nosprincpios estabelecidos nas diversas partes da ISO 31, Grandezas e unidades, atualmente sendosubstituda pelas sries 80000 da ISO e 80000 da IEC Grandezas e unidades, e na brochura do SI, OSistema Internacional de Unidades(publicado pelo BIPM).

    A 2aedio do Vocabulrio Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia (VIM) foipublicada em 1993. A necessidade de abordar pela primeira vez medies em qumica e emmedicina laboratorial, bem como de incorporar conceitos, tais como aqueles que se referem rastreabilidade metrolgica, incerteza de medio e s propriedades qualitativas, levou a esta 3 aedio. O novo ttulo, agora Vocabulrio Internacional de Metrologia Conceitos Fundamentais eGerais e Termos Associados (VIM), procura enfatizar o papel primordial dos conceitos nodesenvolvimento de um vocabulrio.

    Neste Vocabulrio, assume-se que no h diferena fundamental nos princpios bsicos de medioem fsica, qumica, medicina laboratorial, biologia ou engenharia. Alm disso, foi feita uma tentativapara atender a necessidades conceituais de medio em campos tais como bioqumica, cinciaalimentar, cincia forense e biologia molecular.

    Diversos conceitos que apareciam na 2aedio internacional do VIM no aparecem nesta 3aedioporque no so mais considerados como bsicos ou gerais. Por exemplo, o conceito tempo deresposta, utilizado para descrever o comportamento temporal de um sistema de medio, no estincludo. Para conceitos relacionados aos dispositivos de medio que no so cobertos por esta 3aedio internacional do VIM, recomenda-se que o leitor consulte outros vocabulrios, tal como o IEC60050, Vocabulrio Eletrotcnico Internacional (IEV - sigla em ingls). Para conceitos relacionados gesto da qualidade, a acordos de reconhecimento mtuo relativos metrologia ou metrologialegal, o leitor direcionado para os documentos listados na bibliografia.

    O desenvolvimento desta 3a edio internacional do VIM levantou algumas questes fundamentaissobre diferentes filosofias e descries de medio atuais, como ser resumido abaixo. Estasdiferenas algumas vezes acarretam dificuldades no desenvolvimento de definies que sejamcompatveis com as diferentes descries. Nesta 3aedio, nenhuma preferncia dada a qualquerabordagem particular.

    A mudana no tratamento da incerteza de medio de uma Abordagem de Erro (algumas vezeschamada de Abordagem Tradicional ou Abordagem do Valor Verdadeiro) a uma Abordagem deIncerteza levou reconsiderao de alguns dos conceitos relacionados que apareciam na 2aediodo VIM. O objetivo da medio na Abordagem de Erro determinar uma estimativa do valorverdadeiro que esteja to prxima quanto possvel deste valor verdadeiro nico. O desvio do valorverdadeiro composto de erros aleatrios e sistemticos. Os dois tipos de erros, supostos comosendo sempre distinguveis, tm que ser tratados diferentemente. Nenhuma regra pode serestabelecida quanto combinao dos mesmos para se chegar ao erro total caracterizando umdeterminado resultado de medio, tido geralmente como a estimativa. Geralmente apenas um limitesuperior do valor absoluto do erro total estimado, sendo, algumas vezes e de maneira imprpria,denominado incerteza.

    A Recomendao CIPM INC-1 (1980) sobre a Expresso de Incertezas Experimentais sugere que ascomponentes da incerteza de medio sejam agrupadas em duas categorias, Tipo A e Tipo B,dependendo de como elas foram avaliadas, isto , por mtodos estatsticos ou por outros mtodos, eque sejam combinadas para se obter uma varincia de acordo com as regras da teoria matemtica daprobabilidade, tratando as componentes do Tipo B tambm em termos de varincias. O desvio-padro resultante uma expresso da incerteza de medio. Uma descrio da Abordagem deIncerteza foi detalhada no Guia para a Expresso da Incerteza de Medio (GUM), no qual seenfocou o tratamento matemtico da incerteza de medio utilizando um modelo explcito da mediosob a suposio de que o mensurando pode ser caracterizado por um valor essencialmente nico.

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    xiJCGM 2012 - Reservados todos os direitos

    Alm disso, no GUM, bem como nos documentos da IEC, so dadas orientaes sobre a Abordagemde Incerteza no caso de uma nica leitura de um instrumento calibrado, situao normalmenteencontrada na metrologia industrial.

    O objetivo da medio na Abordagem de Incerteza no determinar um valor verdadeiro to melhor

    quanto possvel. Preferencialmente, supe-se que a informao oriunda da medio permite apenasatribuir ao mensurando um intervalo de valores razoveis, com base na suposio de que a mediotenha sido efetuada corretamente. Informaes adicionais relevantes podem reduzir a amplitude dointervalo de valores que podem ser razoavelmente atribudos ao mensurando. Entretanto, mesmo amedio mais refinada no pode reduzir o intervalo a um nico valor, devido quantidade finita dedetalhes na definio de um mensurando. A incerteza definicional, portanto, estabelece um limitemnimo a qualquer incerteza de medio. O intervalo pode ser representado por um de seus valores,denominado valor medido.

    No GUM, a incerteza definicional considerada desprezvel no que diz respeito s outrascomponentes da incerteza de medio. O objetivo da medio , portanto, estabelecer, com base nasinformaes disponveis a partir da medio, uma probabilidade de que este valor essencialmentenico se encontre dentro de um intervalo de valores da grandeza medida.

    Os documentos da IEC focalizam-se sobre medies com leituras nicas, que permitem investigar segrandezas variam em funo do tempo pela determinao da compatibilidade de resultados demedio. A IEC trata tambm do caso de incertezas definicionais no desprezveis. A validade dosresultados de medio altamente dependente das propriedades metrolgicas do instrumento,determinadas pela sua calibrao. O intervalo de valores atribudos ao mensurando o intervalo devalores de padres que teriam fornecido as mesmas indicaes.

    No GUM, o conceito de valor verdadeiro mantido para descrever o objetivo de uma medio,porm, o adjetivo verdadeiro considerado redundante. A IEC no utiliza o conceito para descrevereste objetivo. Neste Vocabulrio, o conceito e o termo so mantidos tendo-se em conta o seu usofrequente e a importncia do conceito.

    _____________Nota dos tradutores: O documento original Guide to the expression of uncertainty in measurement (GUM) foi publicado em1993, corrigido e reimpresso em 1995. A primeira edio no Brasil foi publicada em 1997 e teve uma edio revisada emagosto de 2003. Em Portugal no foi traduzido.O BIPM disponibiliza gratuitamente a ltima edio do GUM, em ingls e francs, nos acessos -http://bipm.org/en/publications/guides/gum.html - e - http://bipm.org/fr/publications/guides/gum.html - respectivamente.

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    Convenes

    Regras de terminologia

    As definies e os termos abordados nesta 3a edio, assim como seus formatos, atendem, tanto

    quanto possvel, s regras de terminologia indicadas nas normas ISO 704, ISO 1087-1 e ISO 10241.Em particular, o princpio da substituio se aplica: possvel substituir, em qualquer definio, umtermo que se refere a um conceito definido em outra parte do VIM pela definio correspondentequele termo, sem gerar contradio ou circularidade.

    Os conceitos so listados em cinco captulos e em ordem lgica em cada captulo.

    Em algumas definies, o uso de conceitos no definidos (tambm denominados primitivos") inevitvel. Neste Vocabulrio, tais conceitos no definidos incluem: sistema, componente, fenmeno,corpo, substncia, propriedade, referncia, experimento, exame, magnitude, material, dispositivo esinal.

    Para facilitar a compreenso das diferentes relaes entre os vrios conceitos dados nesteVocabulrio, foram introduzidos diagramas conceituais. Eles so apresentados no anexo A.

    Nmero de referncia

    Os conceitos que aparecem na 2ae na 3aedio tm um nmero de referncia duplo. Na 3aedio, onmero de referncia impresso em negrito e a referncia anterior da 2a edio dada entreparnteses e com fonte simples.

    Sinnimos

    Vrios termos para o mesmo conceito so permitidos. Se mais de um termo apresentado, oprimeiro termo o preferido e utilizado ao longo do texto na medida do possvel.

    Negrito

    Os termos que designam um conceito a ser definido so impressos em negrito. No texto de umdeterminado item, os termos correspondentes a conceitos definidos em outra parte do VIM sotambm impressos em negritona primeira vez que aparecem.

    Aspas

    Neste documento, as aspas duplas (") so utilizadas para citaes ou para pr em evidncia umapalavra ou um conjunto de palavras.

    Smbolo decimal

    O smbolo decimal adotado neste documento a vrgula.

    Termos em francs mesure e mesurage (respectivamente, medida e medio)

    A palavra francesa mesure tem diversos significados no dia-a-dia na lngua francesa. Por estemotivo, no documento original, no utilizada sem que a ela seja associada uma qualificao. Pelomesmo motivo, foi introduzida a palavra francesa mesurage para descrever o ato de medio.Entretanto, a palavra francesa mesure aparece muitas vezes neste documento para formar termos,seguindo o uso corrente e sem apresentar ambiguidade. Exemplos: instrument de mesure, appareilde mesure,unit de mesure,mthode de mesure. Isto no significa que o uso da palavra francesamesurage no lugar de mesure em tais termos no seja permissvel, caso apresente vantagens.

    _____________Nota dos tradutores: A palavra em portugus medida tem mltiplos significados. Assim, neste Vocabulrio (como nas edies

    anteriores), utilizada a palavra medio para significar o ato da medio e a palavra medida, em regra, est associada aoresultado da medio.Nesta verso, adotou-se a palavra medida para compor apenas quatro termos. So eles: unidade de medida, unidade demedida fora do sistema, rastreabilidade metrolgica a uma unidade de medida e medida materializada.

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    Smbolo de igualdade por definio

    O smbolo := significa por definio igual a, como indicado nas sries ISO 80000 e IEC 80000.

    Intervalo

    O termo intervalo e o smbolo [a; b] so utilizados para designar o conjunto dos nmeros reaisxtalque axb, onde ae b> aso nmeros reais. O termo intervalo utilizado aqui como intervalofechado. Os smbolos ae bindicam as extremidades do intervalo [a; b].

    EXEMPLO [-4; 2]

    As duas extremidades 2 e 4 do intervalo [4; 2] podem ser indicadas como 1 3. A ltima expresso nodesigna o intervalo [4; 2]. Entretanto, 1 3 utilizado frequentemente para designar o intervalo [4; 2].

    Amplitude do intervaloAmplitude

    A amplitude do intervalo [a; b] a diferena b- ae representada por r[a; b].

    EXEMPLO r[4; 2] = 2 (4) = 6

    NOTA Em ingls, o termo span algumas vezes utilizado para este conceito.

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    mbito

    Este Vocabulrio fornece um conjunto de definies e termos associados em portugus e determos associados em ingls, francs e espanhol, para um sistema de conceitos fundamentaise gerais utilizados em metrologia, alm de diagramas conceituais para ilustrar as suasrelaes. Para muitas definies, so fornecidas informaes adicionais sob a forma de

    exemplos e notas.

    Este Vocabulrio pretende ser uma referncia comum para cientistas e engenheiros incluindofsicos, qumicos, cientistas mdicos assim como professores e tcnicos envolvidos noplanear e realizar medies, independentemente do nvel de incerteza de medio e do campode aplicao. Ele tambm se prope a ser uma referncia para organismos governamentais eintergovernamentais, associaes comerciais, organismos de acreditao, agnciasreguladoras e associaes profissionais.

    Conceitos utilizados em diferentes abordagens para descrever as medies so apresentadosconjuntamente. As organizaes-membro do JCGM podem selecionar os conceitos edefinies de acordo com as suas terminologias respectivas. Contudo, este Vocabulriopretende promover a harmonizao global da terminologia utilizada em metrologia.

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    1 Grandezas e unidades

    1.1 (1.1)grandezaquantitygrandeurmagnitud

    Propriedade dum fenmeno dum corpo ou duma substncia, que pode ser expressaquantitativamente sob a forma dum nmero e duma referncia.

    NOTA 1 O conceito genrico de grandeza pode ser dividido em vrios nveis de conceitosespecficos, conforme apresentado na tabela a seguir. O lado esquerdo da tabela mostraconceitos especficos do conceito de grandeza. Estes, por sua vez, so conceitos genricospara as grandezas individuais situadas na coluna direita.

    comprimento, l raio, r raio do crculo A, rAou r(A)comprimento de onda, comprimento de onda da radiao D do sdio,

    Dou (D; Na)

    energia,E energia cintica, T energia cintica da partcula inum dadosistema, Ticalor, Q calor de vaporizao da amostra ide gua, Qi

    carga eltrica, Q carga eltrica do prton , eresistncia eltrica,R resistncia eltrica do resistor inum dado

    circuito,Riconcentrao em quantidade de substnciadum constituinte B, cB

    concentrao em quantidade de substncia deetanol na amostra ide vinho, ci(C2H5OH)

    concentrao em nmero da entidade B, CB concentrao em nmero de eritrcitos naamostra ide sangue, C(Eris; Bi)

    dureza Rockwell C, HRC dureza Rockwell C da amostra ide ao, HRCi

    NOTA 2 A referncia pode ser uma unidade de medida, um procedimento de medio,um material de refernciaou uma combinao destes.

    NOTA 3 As sries ISO 80000 e IEC 80000 Quantities and units fornecem os smbolos dasgrandezas. Os smbolos das grandezas so escritos em itlico. Um dado smbolo pode indicardiferentes grandezas.

    NOTA 4 O formato preferido pela IUPAC-IFCC para designar as grandezas na rea demedicina laboratorial Sistema-Componente; natureza duma grandeza.

    EXEMPLO Plasma (Sangue)on4 sdio; concentrao em quantidade desubstncia igual a 143 mmol/L numa determinada pessoa, num determinado instante.

    NOTA 5 Uma grandeza, conforme aqui definida, um escalar. No entanto, um vetor ou umtensor, cujas componentes so grandezas, so tambm considerados grandezas.

    NOTA 6 O conceito grandeza pode ser genericamente dividido em, por exemplo,grandeza fsica, grandeza qumica e grandeza biolgica, ou grandeza de base egrandeza derivada.

    1Nota dos tradutores: uso em Portugal proto, no Brasil prton.2Nota dos tradutores: uso em Portugal resistncia, no Brasil resistor.3Nota dos tradutores: uso em Portugal quantidade de matria, no Brasil quantidade de

    substncia.4Nota dos tradutores: uso em Portugal io, no Brasil on.

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    1.2(1.1, NOTA 2)natureza duma grandezanaturezakind of quantity ; kindnature de grandeur;naturenaturaleza de una magnitud; naturaleza

    Aspecto comum a grandezasmutuamente comparveis.

    NOTA 1 A diviso de grandeza de acordo com natureza duma grandeza de certamaneira arbitrria.

    EXEMPLO 1 As grandezas dimetro, circunferncia e comprimento de onda sogeralmente consideradas grandezas da mesma natureza, isto , da natureza dagrandeza denominada comprimento.

    EXEMPLO 2 As grandezas calor, energia cintica e energia potencial so geralmenteconsideradas grandezas da mesma natureza, isto , da natureza da grandezadenominada energia.

    NOTA 2 Grandezas da mesma natureza, num dado sistema de grandezas, tm a mesmadimenso. Contudo, grandezas de mesma dimenso no so necessariamente da mesmanatureza.

    EXEMPLO As grandezas momento duma fora e energia no so, por conveno,consideradas da mesma natureza, apesar de possurem a mesma dimenso. O mesmoocorre para capacidade trmica e entropia, assim como para nmero de entidades,permeabilidade relativa e frao mssica.

    NOTA 3 Nesta verso, os termos para as grandezas situados na metade esquerda databela em 1.1, NOTA 1, so utilizados frequentemente para designar as correspondentesnaturezas das grandezas.

    1.3(1.2)sistema de grandezassystem of quantitiessystme de grandeurssistema de magnitudes

    Conjunto de grandezas associado a um conjunto de relaes no contraditrias entre estasgrandezas.

    NOTA Grandezas ordinais, tais como dureza Rockwell C, geralmente no soconsideradas como pertencentes a um sistema de grandezas porque esto relacionadas aoutras grandezas mediante relaes meramente empricas.

    1.4(1.3)grandeza de basebase quantitygrandeur de basemagnitud de base ; magnitud bsica

    Grandezadum subconjunto escolhido, por conveno, de um dado sistema de grandezas, noqual nenhuma grandeza do subconjunto possa ser expressa em funo das outras.

    NOTA 1 O subconjunto mencionado na definio denominado conjunto de grandezas debase.

    EXEMPLOO conjunto de grandezas de base doSistema Internacional de Grandezas (cuja sigla

    em ingls ISQ) dado em 1.6.

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    NOTA 2 As grandezas de base so consideradas como mutuamente independentes, vistoque uma grandeza de base no pode ser expressa por um produto de potncias de outrasgrandezas de base.

    NOTA 3 Nmero de entidades pode ser considerado como uma grandeza de base emqualquer sistema de grandezas.

    1.5 (1.4)grandeza derivadaderived quantitygrandeur drivemagnitud derivada

    Grandeza, num sistema de grandezas, definida em funo das grandezas de base dessesistema.

    EXEMPLO Num sistema de grandezas que tenha como grandezas de base ocomprimento e a massa, a massa especfica5 uma grandeza derivada definida peloquociente duma massa por um volume (comprimento ao cubo).

    1.6Sistema Internacional de GrandezasISQInternational System of Quantities ; ISQSystme international de grandeurs ; ISQSistema Internacional de Magnitudes;ISQ

    Sistema de grandezasbaseado nas sete grandezas de base: comprimento, massa, tempo,corrente eltrica, temperatura termodinmica, quantidade de substncia e intensidadeluminosa.

    NOTA 1 Este sistema de grandezas est publicado nas sries ISO 80000 e IEC 80000Quantities and units.

    NOTA 2 O Sistema Internacional de Unidades (SI)(ver 1.16) baseado no ISQ.

    1.7(1.5)dimenso duma grandezadimenso ; dimensional duma grandezaquantity dimension; dimension of a quantity ; dimensiondimension;dimension d'une grandeurdimensin de una magnitud; dimensin

    Expresso da dependncia duma grandezaem relao s grandezas de basedum sistemade grandezas, na forma dum produto de potncias de fatores correspondentes s grandezasde base, omitindo-se qualquer fator numrico.

    EXEMPLO 1 No ISQ, a dimenso da grandeza fora representada pordim F= LMT-2.

    EXEMPLO 2 No mesmo sistema de grandezas, dim B = ML-3 a dimenso da

    grandeza concentrao em massa do constituinte B, e ML-3 tambm a dimenso dagrandeza massa especfica, .

    EXEMPLO 3 O perodo Tdum pndulo de comprimento lnum lugar com aceleraoda gravidade local g

    g

    lT 2=

    ou lgCT )(=

    5Nota dos tradutores: uso em Portugal massa volmica, no Brasil massa especfica.

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    ondeg

    2gC =)(

    Logo dim TL 21/=)(gC .

    NOTA 1 Uma potncia dum fator o fator elevado a um expoente. Cada fator a dimensoduma grandeza de base.

    NOTA 2 Por conveno, a representao simblica da dimenso duma grandeza de base uma letra maiscula nica em caractere romano direito, sem serifa. Por conveno, arepresentao simblica da dimenso duma grandeza derivada o produto de potncias dasdimenses das grandezas de base conforme a definio da grandeza derivada. A dimensoduma grandeza Q representada por dim Q.

    NOTA 3 Para estabelecer a dimenso duma grandeza, no se leva em conta o seu carterescalar, vetorial ou tensorial.

    NOTA 4 Num dado sistema de grandezas,- grandezas de mesma naturezatm a mesma dimenso,- grandezas de diferentes dimenses so sempre de naturezas diferentes e- grandezas que tm a mesma dimenso no so necessariamente da mesma

    natureza.

    NOTA 5 No ISQ, os smbolos correspondentes s dimenses das grandezas de base so:

    Grandeza de base Smbolo da dimensocomprimento Lmassa Mtempo T

    corrente eltrica Itemperatura termodinmica quantidade de substncia Nintensidade luminosa J

    Portanto, a dimenso duma grandeza Q representada por dim Q= LMTINJondeos expoentes, denominados expoentes dimensionais, so positivos, negativos ou nulos.

    1.8(1.6)grandeza adimensionalgrandeza de dimenso um ; grandeza sem dimensoquantity of dimension one; dimensionless quantitygrandeur sans dimension; grandeur de dimension un

    magnitud de dimensin uno; magnitud adimensional

    Grandeza para a qual todos os expoentes dos fatores correspondentes s grandezas debase, na sua dimenso, so nulos.

    NOTA 1 O termo grandeza sem dimenso comumente utilizado e mantido por razeshistricas, tendo por origem o fato de que todos os expoentes so nulos na representaosimblica da dimenso de tais grandezas. O termo grandeza de dimenso um reflete aconveno segundo a qual a representao simblica da dimenso de tais grandezas osmbolo 1 (ver ISO 80000-1:2009, 3.8)6.

    NOTA 2 As unidades de medidae os valoresde grandezas adimensionais so nmeros,mas tais grandezas contm mais informao do que um simples nmero.

    6Nota dos tradutores: no VIM 2012 original est referida a norma ISO 31-0:1992, entretantosubstituda pela ISO 80000-1:2009.

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    NOTA 3 Algumas grandezas adimensionais so definidas como razes entre duasgrandezas da mesma natureza.

    EXEMPLOS ngulo plano, ngulo slido, ndice de refrao, permeabilidade relativa,frao mssica, coeficiente de atrito, nmero de Mach.

    NOTA 4 Nmeros de entidades so grandezas adimensionais.

    EXEMPLOS Nmero de espiras numa bobina, nmero de molculas numa dadaamostra, degenerescncia de nveis de energia dum sistema quntico.

    1.9(1.7)unidade de medidaunidademeasurement unit; unit of measurement ; unitunit de mesure; unitunidad de medida; unidad

    Grandeza escalar real, definida e adotada por conveno, com a qual qualquer outra grandezada mesma naturezapode ser comparada para expressar, na forma dum nmero, a razo entreas duas grandezas.

    NOTA 1 As unidades de medida so designadas por nomes e smbolos atribudos porconveno.

    NOTA 2 As unidades de medida das grandezas da mesma dimenso podem serdesignadas pelos mesmos nome e smbolo, ainda que as grandezas no sejam da mesmanatureza. Por exemplo, joule por kelvin e J/K so, respectivamente, o nome e o smbolo dasunidades de medida de capacidade trmica e de entropia, que geralmente no soconsideradas como grandezas da mesma natureza. Contudo, em alguns casos, nomesespeciais de unidades de medida so utilizados exclusivamente para grandezas dumanatureza especfica. Por exemplo, a unidade de medida segundo elevado ao expoente menosum (1/s) chamada hertz (Hz) quando utilizada para frequncias, e becquerel (Bq) quandoutilizada para atividades de radionucldeos.

    NOTA 3 As unidades de medida de grandezas adimensionais so nmeros. Em algunscasos, so dados nomes especiais a estas unidades de medida, por exemplo, radiano,esferorradiano e decibel, ou so expressos por quocientes tais como milimol7por mol, que igual a 10-3, e micrograma por kilograma8, que igual a 10-9.

    NOTA 4 Para uma dada grandeza, o termo abreviado unidade frequentementecombinado com o nome da grandeza como, por exemplo, unidade de massa.

    1.10(1.13)unidade de basebase unitunit de baseunidad de base ; unidad bsica

    Unidade de medidaque adotada por conveno para uma grandeza de base.

    NOTA 1 Em cada sistema coerente de unidades, h apenas uma unidade de base paracada grandeza de base.

    EXEMPLO No SI,o metro a unidade de base de comprimento. No sistema CGS, ocentimetro9 a unidade de base de comprimento.

    7Nota dos tradutores: uso em Portugal a mole, no Brasil o mol.8Nota dos tradutores: uso em Portugal kilograma, no Brasil kilograma ou quilograma. 9Nota dos tradutores: uso em Portugal centimetro, no Brasil centimetro ou centmetro.

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    NOTA 2 Uma unidade de base pode tambm servir para uma grandeza derivada demesma dimenso.

    EXEMPLO A precipitao pluvial, quando definida como volume por rea, tem ometro como uma unidade derivada coerenteno SI.

    NOTA 3 Em relao ao nmero de entidades, o nmero um, de smbolo 1, pode serconsiderado como uma unidade de base em qualquer sistema de unidades.

    1.11(1.14)unidade derivadaderived unitunit driveunidad derivada ; unidad de medida de una magnitud derivada

    Unidade de medidaduma grandeza derivada.

    EXEMPLOS O metro por segundo, de smbolo m/s, e o centimetro por segundo, desmbolo cm/s, so unidades derivadas de velocidade no SI. O kilometro por hora, desmbolo km/h, uma unidade de medida de velocidade fora do SI, porm aceite para usocom o SI. O n, igual a uma milha nutica por hora, uma unidade de medida develocidade fora do SI.

    1.12(1.10)unidade derivada coerentecoherent derived unitunit drive cohrenteunidad derivada coherente

    Unidade derivadaque, para um dado sistema de grandezase para um conjunto escolhido deunidades de base, um produto de potncias de unidades de base, sem outro fator deproporcionalidade alm do nmero um.

    NOTA 1 Uma potncia duma unidade de base a unidade de base elevada a umexpoente.

    NOTA 2 A coerncia s pode ser determinada com respeito a um sistema de grandezasparticular e a um dado conjunto de unidades de base.

    EXEMPLOS Se o metro, o segundo e o mol so unidades de base, o metro porsegundo a unidade derivada coerente da velocidade quando a velocidade definidapela equao das grandezasv= dr/dt, e o mol por metro cbico a unidade derivadacoerente da concentrao em quantidade de substncia quando a concentrao emquantidade de substncia definida pela equao das grandezas c= n/ V. O kilometro10por hora e o n, dados como exemplos de unidades derivadas em 1.11, no sounidades derivadas coerentes neste sistema de grandezas.

    NOTA 3 Uma unidade derivada pode ser coerente com respeito a um sistema degrandezas, mas no a um outro.

    EXEMPLO O centimetro por segundo a unidade derivada coerente da velocidadenum sistema de unidadesCGS, mas no uma unidade derivada coerente no SI.

    NOTA 4 A unidade derivada coerente para toda grandeza adimensional derivada numdado sistema de unidades o nmero um, smbolo 1. O nome e o smbolo da unidade demedidaum so geralmente omitidos.

    10Nota dos tradutores: uso em Portugal kilometro, no Brasil kilometro ou quilmetro.

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    1.13(1.9)sistema de unidadessystem of unitssystme dunitssistema de unidades

    Conjunto de unidades de basee de unidades derivadas, juntamente com os seus mltiplos e

    submltiplos, definidos de acordo com regras dadas, para um dado sistema de grandezas.

    1.14(1.11)sistema coerente de unidadescoherent system of unitssystme cohrent dunitssistema coherente de unidades

    Sistema de unidades, baseado num dado sistema de grandezas, em que a unidade demedidapara cada grandeza derivada uma unidade derivada coerente.

    EXEMPLO Conjunto de unidades SI coerentes e as relaes entre elas.

    NOTA 1 Um sistema de unidades s pode ser coerente com respeito a um sistema degrandezas e s unidades de baseadotadas.

    NOTA 2 Para um sistema coerente de unidades, as equaes de valores numricostma mesma forma, incluindo os fatores numricos, que as equaes das grandezascorrespondentes.

    1.15(1.15)unidade de medida fora do sistemaunidade fora do sistemaoff-system measurement unit; off-system unitunit hors systmeunidad fuera del sistema

    Unidade de medidaque no pertence a um dado sistema de unidades.

    EXEMPLO 1 O eltron-volt11 (cerca de 1,602 18 x 10-19J) uma unidade de medidade energia fora do sistema com respeito ao SI.

    EXEMPLO 2 O dia, a hora e o minuto so unidades de medida de tempo fora dosistema com respeito ao SI.

    1.16 (1.12)Sistema Internacional de UnidadesSIInternational System of Units ;SISystme international dunits; SI

    Sistema internacional de Unidades ;Sistema SI ; SI

    Sistema de unidades,baseado no Sistema Internacional de Grandezas, com os nomes e ossmbolos das unidades, incluindo uma srie de prefixos com seus nomes e smbolos, emconjunto com regras de utilizao, adotado pela Conferncia Geral de Pesos e Medidas(CGPM).

    NOTA 1 O SI baseado nas sete grandezas de basedo ISQ. Os nomes e os smbolosdas unidades de baseesto contidos na tabela seguinte.

    11Nota dos tradutores: uso em Portugal eletro-volt, no Brasil eltron-volt.

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    Grandeza de base Unidade de base

    Nome Nome Smbolo

    comprimento metro m

    massa kilograma kg

    tempo segundo s

    corrente eltrica ampere A

    temperatura termodinmica kelvin K

    quantidade de substncia mol mol

    intensidade luminosa candela cd

    NOTA 2 As unidades de base e as unidades derivadas coerentes do SI formam umconjunto coerente, denominado conjunto de unidades SI coerentes.

    NOTA 3 Para uma descrio e uma explicao completas do Sistema Internacional de

    Unidades, ver a mais recente edio da SI brochure publicada pelo Bureau International desPoids et Mesures(BIPM), disponvel no stio do BIPM na Internet www.bipm.org.

    NOTA 4 Na lgebra das grandezas, a grandeza nmero de entidades frequentementeconsiderada uma grandeza de base com a unidade de base igual a um, de smbolo 1.

    NOTA 5 Os prefixos SI para os mltiplose submltiplos das unidadesso:

    FatorPrefixo

    Nome Smbolo

    1024 yotta Y

    1021 zetta Z

    1018 exa E1015 peta P

    1012 tera T

    109 giga G

    106 mega M

    103 kilo12 k

    102 hecto h

    101 deca da

    10-1 deci d

    10-2 centi c

    10-3 mili m10-6 micro

    10-9 nano n

    10-12 pico p

    10-15 femto f

    10-18 atto a

    10-21 zepto z

    10-24 yocto y

    12Nota dos tradutores: uso em Portugal kilo, no Brasil kilo ou quilo.

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    1.17(1.16)mltiplo duma unidademultiple of a unitmultiple dune unitmltiplo de una unidad

    Unidade de medida obtida pela multiplicao duma dada unidade de medida por um inteiro

    maior que um.

    EXEMPLO 1 O kilometro um mltiplo decimal do metro.

    EXEMPLO 2 A hora um mltiplo no-decimal do segundo.

    NOTA 1 Os prefixos SI para mltiplos decimais das unidades de base e das unidadesderivadasdo SI so dados na Nota 5 de 1.16.

    NOTA 2 Os prefixos SI referem-se estritamente a potncias de 10 e no devem serutilizados para potncias de 2. Por exemplo, 1 kilobit no deve ser utilizado para representar1024 bits (210bits), que 1 kibibit.

    Os prefixos para mltiplos binrios so:

    Fonte: IEC 80000-13.

    1.18(1.17)submltiplo duma unidadesubmultiple of a unitsous-multiple dune unitsubmltiplo de una unidad

    Unidade de medidaobtida pela diviso duma dada unidade de medida por um inteiro maiorque um.

    EXEMPLO 1 O milimetro13 um submltiplo decimal do metro.

    EXEMPLO 2 Para um ngulo plano, o segundo um submltiplo no-decimal dominuto.

    NOTA Os prefixos SI para submltiplos decimais das unidades de basee das unidadesderivadasdo SI so dados na Nota 5 de 1.16.

    13Nota dos tradutores: uso em Portugal milimetro, no Brasil milimetro ou milmetro.

    Fator PrefixoNome Smbolo

    (210)8 yobi Yi

    (210)7 zebi Zi

    (210)6 exbi Ei

    (210)5 pebi Pi

    (210)4 tebi Ti

    (210)3 gibi Gi

    (210)2 mebi Mi(210)1 kibi Ki

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    1.19 (1.18)valor duma grandezavalorquantity value; value of a quantity ; valuevaleur dune grandeur ; valeurvalor de una magnitud; valor

    Conjunto, formado por um nmero e por uma referncia, que constitui a expresso quantitativaduma grandeza.

    EXEMPLO 1 Comprimento duma determinada haste: 5,34 m ou 534 cm

    EXEMPLO 2 Massa dum determinado corpo: 0,152 kg ou 152 g

    EXEMPLO 3 Curvatura dum determinado arco: 112 m-1

    EXEMPLO 4 Temperatura Celsius duma determinada amostra: -5 C

    EXEMPLO 5 Impedncia eltrica dum determinado elemento de circuito a uma dadafrequncia, onde j a unidade imaginria: (7+3j)

    EXEMPLO 6 ndice de refrao duma determinada amostra de vidro: 1,32

    EXEMPLO 7 Dureza Rockwell C duma determinada amostra: 43,5 HRC

    EXEMPLO 8 Frao mssica de cdmio numa determinada amostra de cobre: 3 g/kgou 3 x 10-9

    EXEMPLO 9 Molalidade de Pb2+numa determinada amostra de gua: 1,76 mol/kg

    EXEMPLO 10 Concentrao arbitrria em quantidade de substncia de lutropina numadeterminada amostra de plasma sanguneo humano (utilizando a norma internacional

    80/552 da OMS): 5,0 UI/L, onde UI significa Unidade Internacional da OMS

    NOTA 1 De acordo com o tipo de referncia, o valor duma grandeza

    - um produto dum nmero e uma unidade de medida(ver os EXEMPLOS 1, 2, 3,4, 5, 8 e 9); a unidade um geralmente omitida para as grandezasadimensionais (ver EXEMPLOS 6 e 8);

    - ou um nmero e uma referncia a um procedimento de medio (verEXEMPLO 7);

    - ou um nmero e ummaterial de referncia (ver EXEMPLO 10).

    NOTA 2 O nmero pode ser complexo (ver EXEMPLO 5).

    NOTA 3 O valor duma grandeza pode ser representado por mais duma forma (verEXEMPLOS 1, 2 e 8).

    NOTA 4 No caso de grandezas vetoriais ou tensoriais, cada componente tem um valor.

    EXEMPLO Fora atuante sobre uma determinada partcula, por exemplo, emcoordenadas cartesianas (Fx;Fy;Fz) = (-31,5; 43,2; 17,0) N.

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    1.20(1.21)valor numrico duma grandezavalor numriconumerical quantity value; numerical value of a quantity ; numerical valuevaleur numrique; valeur numrique d'une grandeurvalor de una magnitud; valor

    Nmero, na expresso do valor duma grandeza, diferente de qualquer nmero que sirvacomo referncia.

    NOTA 1 Para grandezas adimensionais, a referncia uma unidade de medidaque um nmero e este nmero no considerado como fazendo parte do valor numrico.

    EXEMPLO Para uma frao molar igual a 3 mmol/mol, o valor numrico 3 e aunidade mmol/mol. A unidade mmol/mol numericamente igual a 0,001, mas estenmero 0,001 no faz parte do valor numrico, que permanece como 3.

    NOTA 2 Para grandezasque tm uma unidade de medida (isto , aquelas diferentes dasgrandezas ordinais), o valor numrico {Q} duma grandeza Q frequentemente representadocomo {Q} = Q/[Q], onde [Q] representa a unidade de medida.

    EXEMPLO Para um valor duma grandeza de 5,7 kg, o valor numrico {m} = (5,7 kg)/kg = 5,7. O mesmo valor pode ser expresso como 5700 g, onde o valornumrico {m} = (5700 g)/g = 5700.

    1.21lgebra das grandezasquantity calculusalgbre des grandeurslgebra de magnitudes

    Conjunto de regras e operaes matemticas aplicadas a outras grandezasque no sejam asgrandezas ordinais.

    NOTA Na lgebra das grandezas, as equaes das grandezas so preferidas emrelao s equaes de valores numricos porque as equaes das grandezas soindependentes da escolha das unidades de medida, enquanto as equaes de valoresnumricos no o so (ver ISO 80000-1:2009, 3.21).

    1.22equao das grandezasquantity equationquation aux grandeursecuacin entre magnitudes

    Relao matemtica entre grandezasnum dado sistema de grandezas, independentementedas unidades de medida.

    EXEMPLO 1 Q1= Q2Q3, onde Q1, Q2e Q3representam diferentes grandezas e um fator numrico.

    EXEMPLO 2 T = (1/2) mv2, onde T a energia cintica e v a velocidade dumapartcula especfica de massa m.

    EXEMPLO 3 n =It/Fonde n a quantidade de substncia dum composto univalente, I a corrente eltrica, ta durao da eletrlise e F a constante de Faraday.

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    1.23equao das unidadesunit equationquation aux unitsecuacin entre unidades

    Relao matemtica entre unidades de base, unidades derivadas coerentes ou outras

    unidades de medida.

    EXEMPLO 1 Para as grandezasno EXEMPLO 1 do item 1.22, [Q1] = [Q2] [Q3] onde[Q1], [Q2] e [Q3] representam as unidades de medida de Q1, Q2e Q3, respectivamente, nacondio de que estas unidades de medida estejam num sistema coerente deunidades.

    EXEMPLO 2 J := kg m2/s2, onde J, kg, m e s so, respectivamente, os smbolos dojoule, do kilograma, do metro e do segundo. (O smbolo := significa por definio iguala, como indicado nas sries ISO 80000 e IEC 80000.)

    EXEMPLO 3 1 km/h = (1/3,6) m/s.

    1.24fator de converso entre unidadesconversion factor between unitsfacteur de conversion entre unitsfactor de conversin entre unidades

    Razo entre duas unidades de medidacorrespondentes a grandezas da mesma natureza.

    EXEMPLO km/m = 1000 e, por consequncia, 1 km = 1000 m.

    NOTA As unidades de medida podem pertencer a diferentes sistemas de unidades.

    EXEMPLO 1 h/s = 3600 e, por consequncia, 1 h = 3600 s.

    EXEMPLO 2 (km/h)/(m/s) = (1/3,6) e, por consequncia, 1 km/h = (1/3,6) m/s.

    1.25equao de valores numricosnumerical value equation ; numerical quantity value equationquation aux valeurs numriquesecuacin entre valores numricos

    Relao matemtica entre valores numricos, baseada numa dada equao das grandezase unidades de medidaespecificadas.

    EXEMPLO 1 Para as grandezas no EXEMPLO 1 do item 1.22, {Q1} = {Q2} {Q3} onde{Q1}, {Q2} e {Q3} representam os valores numricos de Q1, Q2e Q3, respectivamente, nacondio de que sejam expressos em unidades de baseou em unidades derivadascoerentesou em ambas.

    EXEMPLO 2 Para a equao da energia cintica duma partcula, T = (1/2) mv2, sem= 2 kg e v= 3 m/s, ento {T} = (1/2) x 2 x 32 uma equao de valores numricos, aqual fornece o valor numrico 9 para T, em joules.

    1.26grandeza ordinalordinal quantitygrandeur ordinale; grandeur reprablemagnitud ordinal

    Grandeza, definida por um procedimento de medioadotado por conveno, que pode serordenada com outras grandezas de mesma natureza, de acordo com a ordem crescente ou

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    decrescente das suas expresses quantitativas, mas para a qual no h qualquer relaoalgbrica entre estas grandezas.

    EXEMPLO 1 Dureza Rockwell C.

    EXEMPLO 2 ndice de octano para combustveis.

    EXEMPLO 3 Magnitude dum tremor de terra na escala Richter.

    EXEMPLO 4 Nvel subjetivo de dor abdominal numa escala de zero a cinco.

    NOTA 1 As grandezas ordinais somente podem aparecer em relaes empricas e no tmunidades de medida nem dimenses. Diferenas e razes entre grandezas ordinais nopossuem significado fsico.

    NOTA 2 As grandezas ordinais so classificadas de acordo com as escalas ordinais(ver1.28).

    1.27

    escala de valoresquantity-value scale; measurement scalechelle de valeurs; chelle de mesureescala de valores; escala de medida

    Conjunto ordenado de valores de grandezas duma determinada natureza, utilizado paraclassificar grandezas desta natureza de acordo com as suas expresses quantitativas.

    EXEMPLO 1 Escala de temperatura Celsius.

    EXEMPLO 2 Escala de tempo.

    EXEMPLO 3 Escala de dureza Rockwell C.

    1.28 (1.22)escala ordinalordinal quantity-value scale; ordinal value scalechelle ordinale; chelle de reprageescala ordinal de una magnitud; escala ordinal

    Escala de valorespara grandezas ordinais.

    EXEMPLO 1 Escala de dureza Rockwell C.

    EXEMPLO 2 Escala dos ndices de octano para combustveis.

    NOTA Uma escala ordinal pode ser estabelecida por medies, conforme um

    procedimento de medio.

    1.29escala de referncia convencionalconventional reference scalechelle de rfrence conventionnelleescala de referencia convencional

    Escala de valoresdefinida por um acordo oficial.

    1.30propriedade qualitativanominal propertyproprit qualitative; attribut

    propiedad cualitativa; cualidad

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    Propriedade dum fenmeno, corpo ou substncia, a qual no pode ser expressaquantitativamente.

    EXEMPLO 1 Sexo dum ser humano.

    EXEMPLO 2 Cor duma amostra de tinta.

    EXEMPLO 3 Cor de spot test em qumica.

    EXEMPLO 4 Cdigo ISO de pas com duas letras.

    EXEMPLO 5 Sequncia de aminocidos num polipeptdeo.

    NOTA 1 Uma propriedade qualitativa tem um valor que pode ser expresso em palavras, pormeio de cdigos alfanumricos ou por outros meios.

    NOTA 2 O valor duma propriedade qualitativa no deve ser confundido com o valornominal duma grandeza.

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    2 Medio

    2.1 (2.1)mediomeasurementmesurage ; mesuremedicin; medida

    Processo de obteno experimental dum ou mais valores que podem ser, razoavelmente,atribudos a uma grandeza.

    NOTA 1 A medio no se aplica a propriedades qualitativas.

    NOTA 2 A medio implica a comparao de grandezas ou a contagem de entidades.

    NOTA 3 A medio pressupe uma descrio da grandeza que seja compatvel com o usopretendido dum resultado de medio, segundo um procedimento de medioe com umsistema de medio calibrado que opera de acordo com o procedimento de medioespecificado, incluindo as condies de medio.

    2.2 (2.2)metrologiametrologymtrologiemetrologa

    Cincia da medioe suas aplicaes.

    NOTA A metrologia engloba todos os aspectos tericos e prticos da medio, qualquerque seja a incerteza de medioe o campo de aplicao.

    2.3 (2.6)mensurando; mensuranda14

    measurandmesurandemensurando

    Grandezaque se pretende medir.

    NOTA 1 A especificao dum mensurando requer o conhecimento da natureza dagrandeza e a descrio do estado do fenmeno, do corpo ou da substncia da qual agrandeza uma propriedade, incluindo qualquer constituinte relevante e as entidades qumicasenvolvidas.

    NOTA 2Na 2aedio do VIM e na IEC 60050-300:2001, o mensurando definido como a grandezaparticular submetida medio. Na 2a edio do Brasil, a grandeza era adjetivada deespecfica,em vez de particular.

    NOTA 3 A medio, incluindo o sistema de medioe as condies sob as quais ela realizada, pode modificar o fenmeno, o corpo ou a substncia, de modo que a grandeza queest sendo medida pode diferir do mensurando como ele foi definido. Neste caso, necessriauma correoadequada.

    EXEMPLO 1 A diferena de potencial entre os terminais duma bateria pode diminuirquando na realizao da medio utilizado um voltmetro com uma condutncia internasignificativa. A diferena de potencial em circuito aberto pode ser calculada a partir dasresistncias internas da bateria e do voltmetro.

    14Nota dos tradutores: uso em Portugal mensuranda, no Brasil mensurando.

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    EXEMPLO 2 O comprimento duma haste de ao em equilbrio com a temperaturaambiente de 23 C ser diferente do comprimento temperatura especificada de 20 C,que o mensurando. Neste caso, necessria uma correo.

    NOTA 4 Em qumica, analito, ou o nome duma substncia ou dum composto, so termosutilizados algumas vezes para mensurando. Tal uso errneo porque esses termos no se

    referem a grandezas.

    2.4 (2.3)princpio de mediomeasurement principle; principle of measurementprincipe de mesureprincipio de medida

    Fenmeno que serve como base para uma medio.

    EXEMPLO 1 Efeito termoeltrico aplicado medio de temperatura.

    EXEMPLO 2 Absoro de energia aplicada medio da concentrao emquantidade de substncia.

    EXEMPLO 3 Reduo da concentrao de glucose no sangue dum coelho em jejumaplicada medio da concentrao de insulina numa preparao.

    NOTA O fenmeno pode ser de natureza fsica, qumica ou biolgica.

    2.5 (2.4)mtodo de mediomeasurement method ; method of measurementmthode de mesuremtodo de medida

    Descrio genrica duma organizao lgica de operaes utilizadas na realizao dumamedio.

    NOTA Os mtodos de medio podem ser qualificados de vrios modos, como:- mtodo de medio por substituio,- mtodo de medio diferencial, e- mtodo de medio de zero;ou- mtodo de medio direto, e- mtodo de medio indireto.

    Ver IEC 60050-300:2001.

    2.6 (2.5)

    procedimento de mediomeasurement procedureprocdure de mesure ; procdure opratoireprocedimiento de medida

    Descrio detalhada duma mediode acordo com um ou mais princpios de medioe comum dado mtodo de medio, baseada num modelo de medio e incluindo todo clculodestinado obteno dum resultado de medio.

    NOTA 1 Um procedimento de medio geralmente documentado em detalhes suficientespara permitir que um operador realize uma medio.

    NOTA 2 Um procedimento de medio pode incluir uma declarao referente incerteza-alvo.

    NOTA 3 Um procedimento de medio algumas vezes chamado em ingls standardoperating procedure, abreviado como SOP. A 2 edio do VIM em francs usava a expresso

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    mode opratoire de mesure. O termo usado no Brasil procedimento operacional padro,abreviado como POP. Em Portugal, utiliza-se o termo Procedimento Tcnico.

    2.7procedimento de medio de refernciareference measurement procedureprocdure de mesure de rfrence ; procdure opratoire de rfrenceprocedimiento de medida de referencia

    Procedimento de medio considerado capaz de fornecer resultados de medioadequados para a avaliao da veracidadede medio de valores medidos obtidos a partirde outros procedimentos de medio para grandezasde mesma natureza,em calibraoouem caracterizao de materiais de referncia.

    2.8procedimento de medio primrioprocedimento de referncia primrio ; procedimento de medio de referncia primrioprimary reference measurement procedure ; primary reference procedureprocdure de mesure primaire ; procdure opratoire primaireprocedimiento de medida primario; procedimiento primario

    Procedimento de medio de referncia utilizado para obter um resultado de mediosemrelao com um padro duma grandeza de mesma natureza.

    EXEMPLO O volume de gua duma pipeta de 5 mL a 20 C medido atravs dapesagem da gua vertida da pipeta num bquer, levando-se em conta a massa total dobquer e da gua, menos a massa do bquer vazio, e corrigindo-se a diferena demassa para a temperatura real da gua por intermdio da massa especfica.

    NOTA 1 O Comit Consultivo de Quantidade de Substncia - Metrologia em Qumica(CCQM) utiliza para este conceito o termo "mtodo de medio primrio".

    NOTA 2 O CCQM (5 Reunio de 1999) definiu dois conceitos subordinados, que podemser denominados "procedimento de medio primrio direto" e "procedimento de medioprimrio de razes.

    2.9 (3.1)resultado de mediomeasurement result ; result of measurementrsultat de mesure ; rsultat dun mesurageresultado de medida; resultado de una medicin

    Conjunto de valores atribudos a um mensurando, juntamente com toda outra informaopertinente disponvel.

    NOTA 1 Um resultado de medio geralmente contm informao pertinente sobre oconjunto de valores, alguns dos quais podem ser mais representativos do mensurando do que

    outros. Isto pode ser expresso na forma duma funo densidade de probabilidade (FDP).

    NOTA 2 Um resultado de medio geralmente expresso por um nico valor medido euma incerteza de medio. Caso a incerteza de medio seja considerada desprezvel paraalguma finalidade, o resultado de medio pode ser expresso como um nico valor medido. Emmuitos domnios, esta a maneira mais comum de expressar um resultado de medio.

    NOTA 3 Na literatura tradicional e na edio anterior do VIM, o resultado de medio eradefinido como um valor atribudo a um mensurando obtido por medio, que podia se referir auma indicao, ou um resultado no corrigido, ou um resultado corrigido, de acordo com ocontexto.

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    2.10valor medido duma grandezavalor medidomeasured quantity value ; value of a measured quantity ; measured valuevaleur mesurevalor medido de una magnitud; valor medido

    Valor duma grandezaque representa um resultado de medio.

    NOTA 1 Para uma medio envolvendo indicaes repetidas, cada indicao pode serutilizada para fornecer um valor medido correspondente. Este conjunto de valores medidosindividuais pode ser utilizado para calcular um valor medido resultante, como uma mdia ouuma mediana, geralmente com uma menorincerteza de medioassociada.

    NOTA 2 Quando a amplitude de valores verdadeiros tidos como representativos domensurando pequena em relao incerteza de medio, um valor medido pode serconsiderado uma estimativa dum valor verdadeiro essencialmente nico, sendofrequentemente uma mdia ou uma mediana de valores medidos individuais, obtidos por meiode medies repetidas.

    NOTA 3 Nos casos em que a amplitude dos valores verdadeiros, tidos comorepresentativos do mensurando, no pequena em relao incerteza de medio, um valormedido duma grandeza frequentemente uma estimativa duma mdia ou duma mediana doconjunto de valores verdadeiros.

    NOTA 4 No GUM, os termos resultado de medio e estimativa do valor do mensurandoou apenas estimativa do mensurando so utilizados para valor medido duma grandeza.

    2.11 (1.19)valor verdadeiro duma grandezavalor verdadeirotrue quantity value; true value of a quantity ; true valuevaleur vraie ; valeur vraie dune grandeur

    valor verdadero de una magnitud; valor verdadero

    Valor duma grandezacompatvel com a definio da grandeza.

    NOTA 1 Na Abordagem de Erro para descrever as medies, o valor verdadeiro dumagrandeza considerado nico e, na prtica, impossvel de ser conhecido. A Abordagem deIncerteza consiste no reconhecimento de que, devido quantidade intrinsecamente incompletade detalhes na definio duma grandeza, no existe um valor verdadeiro nico, mas sim umconjunto de valores verdadeiros consistentes com a definio. Entretanto, este conjunto devalores , em princpio e na prtica, impossvel de ser conhecido. Outras abordagens evitamcompletamente o conceito de valor verdadeiro duma grandeza e avaliam a validade dosresultados de mediocom auxlio do conceito de compatibilidade metrolgica.

    NOTA 2 No caso particular duma constante fundamental, considera-se que a grandezatenha um valor verdadeiro nico.

    NOTA 3 Quando a incerteza definicional, associada ao mensurando, consideradadesprezvel em comparao com as outras componentes da incerteza de medio, pode-seconsiderar que o mensurando possui um valor verdadeiro essencialmente nico. Esta aabordagem adotada pelo GUM e documentos associados, onde a palavra verdadeiro considerada redundante.

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    2.12valor convencional duma grandezavalor convencionalconventional quantity value ; conventional value of a quantity ; conventional valuevaleur conventionnelle ; valeur conventionnelle dune grandeurvalor convencional de una magnitud; valor convencional

    Valor atribudo a uma grandeza por um acordo, para um dado propsito.

    EXEMPLO 1 Valor convencional da acelerao da gravidade, gn= 9,806 65 m.s-2.

    EXEMPLO 2 Valor convencional da constante de Josephson, KJ-90= 483 597,9 GHz.V-1.

    EXEMPLO 3 Valor convencional dum dado padro de massa, m= 100,003 47 g.

    NOTA 1 O termo valor verdadeiro convencional algumas vezes utilizado para esteconceito, porm seu uso desaconselhado.

    NOTA 2 Um valor convencional duma grandeza algumas vezes uma estimativa dumvalor verdadeiro.

    NOTA 3 Geralmente considera-se que um valor convencional duma grandeza estassociado a uma incerteza de medioconvenientemente pequena, que pode ser nula.

    2.13 (3.5)exatido de medioexatidomeasurement accuracy ; accuracy of measurement ; accuracyexactitude de mesure ; exactitudeexactitud de medida; exactitud

    Grau de concordncia entre um valor medidoe um valor verdadeirodum mensurando.

    NOTA 1 A exatido de medio no uma grandeza e no lhe atribudo um valornumrico. Uma medio dita mais exata quando fornece um erro de mediomenor.

    NOTA 2 O termo exatido de medio no deve ser utilizado no lugar de veracidade demedio, assim como o termo preciso de medio no deve ser utilizado para expressarexatido de medio, o qual, contudo, est relacionado a ambos os conceitos.

    NOTA 3 A exatido de medio algumas vezes entendida como o grau de concordnciaentre valores medidos que so atribudos ao mensurando.

    2.14veracidade de medio ; justeza de medio15

    veracidade ; justeza

    measurement trueness ; trueness of measurement ; truenessjustesse de mesure ; justesseveracidad de medida; veracidad

    Grau de concordncia entre a mdia dum nmero infinito de valores medidosrepetidos e umvalor de referncia.

    NOTA 1 A veracidade de medio no uma grandeza e, portanto, no pode ser expressanumericamente. Porm, a norma ISO 5725 apresenta caractersticas para o grau deconcordncia.

    15 Nota dos tradutores: uso em Portugal justeza de medio, no Brasil veracidade demedio.

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    NOTA 2 A veracidade de medio est inversamente relacionada ao erro sistemtico,porm no est relacionada aoerro aleatrio.

    NOTA 3 No se deve utilizar o termo exatido de medio no lugar de veracidade demedio.

    2.15preciso de medio;fidelidade ou preciso de medio16preciso ; fidelidade ou precisomeasurement precision ; precisionfidlit de mesure ; fidlitprecisin de medida; precisin

    Grau de concordncia entre indicaesou valores medidos, obtidos por mediesrepetidas,no mesmo objeto ou em objetos similares, sob condies especificadas.

    NOTA 1 A preciso de medio geralmente expressa numericamente por caractersticascomo o desvio-padro, a varincia ou o coeficiente de variao, sob condies especificadasde medio.

    NOTA 2 As condies especificadas podem ser, por exemplo, condies derepetibilidade, condies de preciso intermediria ou condies de reprodutibilidade(ver ISO 57251:1994).

    NOTA 3 A preciso de medio utilizada para definir a repetibilidade de medio, apreciso intermediria de medioe a reprodutibilidade de medio.

    NOTA 4 O termo preciso de medio algumas vezes utilizado, erroneamente, paradesignar aexatido de medio.

    2.16 (3.10)erro de medioerromeasurement error ; error of measurement ; errorerreur de mesure ; erreurerror de medida; error

    Diferena entre ovalor medido dumagrandeza eumvalor de referncia.

    NOTA 1 O conceito de erro de medio pode ser utilizado:

    a) quando existe um nico valor de referncia, o que ocorre se uma calibraofor realizada por meio dum padro de medio com um valor medido cujaincerteza de medio desprezvel, ou se um valor convencional forfornecido; nestes casos, o erro de medio conhecido;

    b) caso se suponha que um mensurando representado por um nico valorverdadeiroou um conjunto de valores verdadeiros de amplitude desprezvel;neste caso, o erro de medio desconhecido.

    NOTA 2 No se deve confundir erro de medio com erro de produo ou erro humano.

    2.17 (3.14)erro sistemticosystematic measurement error ; systematic error of measurement ; systematic errorerreur systmatiqueerror sistemtico de medida; error sistemtico

    16 Nota dos tradutores: uso em Portugal fidelidade ou preciso de medio, no Brasilpreciso de medio.

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    Componente do erro de medioque, em mediesrepetidas, permanece constante ou variade maneira previsvel.

    NOTA 1 Um valor de refernciapara um erro sistemtico um valor verdadeiro, ou umvalor medido dum padro com incerteza de medio desprezvel, ou um valorconvencional.

    NOTA 2 O erro sistemtico e suas causas podem ser conhecidos ou desconhecidos. Pode-se aplicar uma correopara compensar um erro sistemtico conhecido.

    NOTA 3 O erro sistemtico igual diferena entre o erro de medio e o erro aleatrio.

    2.18tendncia de medio;erro de justeza17measurement bias ; biasbiais de mesure ; biais ; erreur de justessesesgo de medida; sesgo

    Estimativa dum erro sistemtico.

    2.19 (3.13)erro aleatriorandom measurement error ; random error of measurement ; random errorerreur alatoireerror aleatorio de medida; error aleatorio

    Componente do erro de medioque, em mediesrepetidas, varia de maneira imprevisvel.

    NOTA 1 O valor de referncia para um erro aleatrio a mdia que resultaria dumnmero infinito de medies repetidas do mesmo mensurando.

    NOTA 2 Os erros aleatrios dum conjunto de medies repetidas formam uma distribuioque pode ser resumida por sua esperana matemtica ou valor esperado, o qual geralmente

    assumido como sendo zero, e por sua varincia.

    NOTA 3 O erro aleatrio igual diferena entre o erro de medio e o erro sistemtico.

    2.20 (3.6, NOTAS 1 e 2)condio de repetibilidade de mediocondio de repetibilidaderepeatability condition of measurement ; repeatability conditioncondition de rptabilitcondicin de repetibilidad de una medicin; condicin de repetibilidad

    Condio de medio num conjunto de condies, as quais incluem o mesmoprocedimentode medio, os mesmos operadores, o mesmo sistema de medio, as mesmas condiesde operao e o mesmo local, assim como medies repetidas no mesmo objeto ou em objetossimilares durante um curto perodo de tempo.

    NOTA 1 Uma condio de medio uma condio de repetibilidade apenas com respeitoa um conjunto especificado de condies de repetibilidade.

    NOTA 2 Em qumica, o termo condio de preciso intrassrie algumas vezes utilizadopara designar este conceito.

    2.21 (3.6)repetibilidade de mediorepetibilidademeasurement repeatability ; repeatabilityrptabilit de mesure ; rptabilit

    repetibilidad de medida; repetibilidad

    17Nota dos tradutores: uso em Portugal erro de justeza, no Brasil tendncia de medio.

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    Preciso de mediosob um conjunto de condies de repetibilidade.

    2.22condio de preciso intermediria ;condio de fidelidade ou preciso intermdia18

    intermediate precision condition of measurement ; intermediate precision conditioncondition de fidlit intermdiairecondicin de precisin intermedia de una medicin; condicin de precisin intermedia

    Condio de medio num conjunto de condies, as quais compreendem o mesmoprocedimento de medio, o mesmo local e medies repetidas no mesmo objeto ou emobjetos similares, ao longo dum perodo extenso de tempo, mas pode incluir outras condiessubmetidas a mudanas.

    NOTA 1 As condies que podem variar compreendem novas calibraes, padres,operadores e sistemas de medio.

    NOTA 2 conveniente que uma especificao referente s condies contenha, namedida do possvel, as condies que mudaram e aquelas que no.

    NOTA 3 Em qumica, o termo condio de preciso intersrie algumas vezes utilizadopara designar este conceito.

    2.23preciso intermediria de medio;fidelidade ou preciso intermdia de medio19

    preciso intermediria ; fidelidade ou preciso intermdiaintermediate measurement precision ; intermediate precisionfidlit intermdiaire de mesure; fidlit intermdiaireprecisin intermedia de medida; precisin intermedia

    Preciso de mediosob um conjunto de condies de preciso intermediria.

    NOTA Termos estatsticos pertinentes so apresentados na ISO 5725-3:1994.

    2.24 (3.7, Nota 2)condio de reprodutibilidade de mediocondio de reprodutibilidadereproducibility condition of measurement ; reproducibility conditioncondition de reproductibilitcondicin de reproducibilidad de una medicin; condicin de reproducibilidad

    Condio de medio num conjunto de condies, as quais incluem diferentes locais,diferentes operadores, diferentes sistemas de medio e medies repetidas no mesmoobjeto ou em objetos similares.

    NOTA 1 Os diferentes sistemas de medio podem utilizar procedimentos de mediodiferentes.

    NOTA 2 Na medida do possvel, conveniente que sejam especificadas as condies quemudaram e aquelas que no.

    2.25 (3.7)reprodutibilidade de medioreprodutibilidademeasurement reproducibility ; reproducibilityreproductibilit de mesure ; reproductibilitreproducibilidad de medida; reproducibilidad

    Preciso de medioconforme um conjunto de condies de reprodutibilidade.

    18Nota dos tradutores: uso em Portugal condio de fidelidade ou preciso intermdia, no

    Brasil condio de preciso intermediria.19Nota dos tradutores: uso em Portugal fidelidade ou preciso intermdia de medio, noBrasil preciso intermediria de medio.

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    NOTA Termos estatsticos pertinentes so apresentados na ISO 5725-1:1994 e naISO 5725-2:1994.

    2.26 (3.9)incerteza de medio

    incertezameasurement uncertainty ; uncertainty measurement ; uncertaintyincertitude de mesure ; incertitudeincertidumbre de medida; incertidumbre

    Parmetro no negativo que caracteriza a disperso dos valores atribudos a ummensurando, com base nas informaes utilizadas.

    NOTA 1 A incerteza de medio inclui componentes provenientes de efeitos sistemticos,tais como componentes associadas a correese a valores atribudos a padres, assim comoa incerteza definicional. Algumas vezes, no so corrigidos efeitos sistemticos estimadosmas, em vez disso, so incorporadas componentes de incerteza de medio associadas.

    NOTA 2 O parmetro pode ser, por exemplo, um desvio-padro denominado incerteza-padro (ou um de seus mltiplos) ou a metade da amplitude dum intervalo tendo umaprobabilidade de abrangnciadeterminada.

    NOTA 3 A incerteza de medio geralmente engloba muitas componentes. Algumas delaspodem ser estimadas por uma avaliao do Tipo A da incerteza de medio, a partir dadistribuio estatstica dos valores provenientes de sries de medies e podem sercaracterizadas por desvios-padro. As outras componentes, as quais podem ser estimadas poruma avaliao do Tipo B da incerteza de medio , podem tambm ser caracterizadas pordesvios-padro estimados a partir de funes de densidade de probabilidade baseadas naexperincia ou em outras informaes.

    NOTA 4 Geralmente para um dado conjunto de informaes, subentende-se que aincerteza de medio est associada a um determinado valor atribudo ao mensurando. Umamodificao deste valor resulta numa modificao da incerteza associada.

    2.27incerteza definicionaldefinitional uncertaintyincertitude dfinitionnelleincertidumbre debida a la definicin ; incertidumbre intrnseca

    Componente da incerteza de medio que resulta da quantidade finita de detalhes nadefinio de um mensurando.

    NOTA 1 A incerteza definicional a incerteza mnima que se pode obter, na prtica, emqualquer mediode um dado mensurando.

    NOTA 2 Qualquer modificao nos detalhes descritivos conduz a uma outra incertezadefinicional.

    NOTA 3 No Guia ISO/IEC 98-3:2008, D.3.4 e na IEC 60359, o conceito incertezadefinicional denominado incerteza intrnseca.

    2.28avaliao do Tipo A da incerteza de medioavaliao do Tipo AType A evaluation of measurement uncertainty ; Type A evaluationvaluation de type A de lincertitude ; valuationde type Aevaluacin tipo A de la incertidumbre de medida; evaluacin tipo A

    Avaliao duma componente da incerteza de medio por uma anlise estatstica dosvalores medidos, obtidos sob condies definidas de medio.

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    NOTA 1 Para diversos tipos de condies de medio, ver condio de repetibilidade,condio de preciso intermediriae condio de reprodutibilidade.

    NOTA 2 Ver, por exemplo, o Guia ISO/IEC 98-3 para informaes sobre anlise estatstica.

    NOTA 3 Ver tambm o Guia ISO/IEC 98-3:2008, 2.3.2, a ISO 5725, a ISO 13528, a ISO/TS

    21748 e a ISO 21749.

    2.29avaliao do Tipo B da incerteza de medioavaliao do Tipo BType B evaluation of measurement uncertainty ; Type B evaluationvaluation de type B de lincertitude ; valuation de type Bevaluacin tipo B de la incertidumbre de medida; evaluacin tipo B

    Avaliao duma componente da incerteza de medio determinada por meios diferentesdaquele adotado para uma avaliao doTipo A da incerteza de medio.

    EXEMPLOS Avaliao baseada na informao:

    -associada a valores publicados por autoridade competente,-associada ao valor dum material de referncia certificado,-obtida a partir dum certificado de calibrao,-relativa deriva,-obtida a partir da classe de exatido dum instrumento de medioverificado,-obtida a partir de limites deduzidos da experincia pessoal.

    NOTA Ver tambm o Guia ISO/IEC 98-3:2008, 2.3.3.

    2.30incerteza-padrostandard measurement uncertainty ; standard uncertainty of measurement ; standard uncertaintyincertitude-typeincertidumbre tpica de medida; incertidumbre estndar de medida ; incertidumbre tpica ; incertidumbre estndar

    Incerteza de medioexpressa na forma dum desvio-padro.

    2.31incerteza-padro combinadacombined standard measurement uncertainty ; combined standard uncertaintyincertitude-type composeincertidumbre tpica combinada de medida ; incertidumbre tpica combinada ; incertidumbre estndar combinada

    Incerteza-padro obtida ao se utilizarem incertezas-padro individuais associadas sgrandezas de entrada num modelo de medio.

    NOTA Em caso de correlaes entre grandezas de entrada num modelo de medio, ascovarincias tambm devem ser levadas em considerao no clculo da incerteza-padrocombinada; ver tambm o Guia ISO/IEC 98-3:2008, 2.3.4.

    2.32incerteza-padro relativarelative standard measurement uncertaintyincertitude-type relativeincertidumbre tpica relativa de medida ; incertidumbre estndar relativa de medida ; incertidumbre e