computacao2008

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    2008

    Computao

    Carlos Augusto Prolo

    Fabiano Passuelo Hessel

    Miriam Sayo

    (organizadores)

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    ENADE COMENTADO 2008:

    Computao

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    Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul

    Chanceler:Dom Dadeus Grings

    Reitor:Joaquim Clotet

    Vice-Reitor:Evilzio Teixeira

    Conselho Editorial:Antnio Carlos Hohlfeldt

    Elaine Turk FariaGilberto Keller de Andrade

    Helenita Rosa FrancoJaderson Costa da Costa

    Jane Rita Caetano da Silveira

    Jernimo Carlos Santos BragaJorge Campos da Costa

    Jorge Luis Nicolas Audy (Presidente)Jos Antnio Poli de Figueiredo

    Jussara Maria Rosa MendesLauro Kopper Filho

    Maria Eunice MoreiraMaria Lcia Tiellet Nunes

    Marlia Costa MorosiniNey Laert Vilar Calazans

    Ren Ernaini Gertz

    Ricardo Timm de SouzaRuth Maria Chitt Gauer

    EDIPUCRS:Jernimo Carlos Santos Braga DiretorJorge Campos da Costa Editor-chefe

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    Carlos Augusto Prolo

    Fabiano Passuelo Hessel

    Miriam Sayo

    (Organizadores)

    ENADE COMENTADO 2008:

    Computao

    Porto Alegre2009

    http://www.pucrs.br/inf/prof/fabiano.hessel.htmhttp://www.pucrs.br/inf/prof/miriam.sayao.htmhttp://www.pucrs.br/inf/prof/miriam.sayao.htmhttp://www.pucrs.br/inf/prof/fabiano.hessel.htm
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    EDIPUCRS, 2009

    Capa: Vincius de Almeida Xavier

    Preparao de originais: Carlos Augusto Prolo

    Diagramao: Josianni dos Santos Nunes

    Reviso lingustica: Grasielly Hanke Angeli

    Questes retiradas da prova do ENADE 2008 da rea de Computao

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    E56 ENADE comentado 2008 [recurso eletrnico] : computao /Carlos Augusto Prolo, Fabiano Passuelo Hessel, MiriamSayo (Organizadores). Porto Alegre : EDIPUCRS,2009.184 p.

    Sistema requerido: Adobe Acrobat ReaderModo de Acesso: World Wide Web:

    ISBN 978-85-7430-852-4 (on-line)

    1. Ensino Superior Brasil Avaliao. 2. ExameNacional de Cursos (Educao). 3. Computao EnsinoSuperior. I. Prolo, Carlos Augusto. II. Hessel, FabianoPassuelo. III. Sayo, Miriam.

    CDD 378.81Ficha Catalogrfica elaborada pelo

    Setor de Tratamento da Informao da BC-PUCRS

    Av. Ipiranga, 6681 - Prdio 33Caixa Postal 1429

    90619-900 Porto Alegre, RS - BRASILFone/Fax: (51) 3320-3711

    E-mail: [email protected]://www.edipucrs.com.br

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    SUMRIO

    APRESENTAO ............................................................................................... 12

    Avelino Francisco Zorzo

    QUESTES DO NCLEO COMUM

    QUESTO11....................................................................................................... 16

    Fernanda Denardin Walker

    QUESTO12....................................................................................................... 19

    Bernardo Copstein e Flvio Moreira de Oliveira

    QUESTO13....................................................................................................... 22

    Carlos Augusto Prolo

    QUESTO14....................................................................................................... 24Bernardo Copstein e Jlio Henrique Arajo Pereira Machado

    QUESTO15....................................................................................................... 28

    Dilnei Venturini e Jlio Henrique Arajo Pereira Machado

    QUESTO16....................................................................................................... 30

    Rafael Prikladnicki

    QUESTO17....................................................................................................... 33

    Alfio Ricardo de Brito Martini

    QUESTO18....................................................................................................... 36

    Michael da Costa Mra

    QUESTO19....................................................................................................... 38

    Csar Augusto Fonticielha De Rose e Tiago Coelho Ferreto

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    QUESTO20DISCURSIVA.............................................................................. 40

    Joo Batista Souza de Oliveira

    QUESTES DO BACHARELADO EM CINCIA DA COMPUTAO

    QUESTO21....................................................................................................... 43

    Eduardo Henrique Pereira de Arruda

    QUESTO22....................................................................................................... 45

    Alexandre Agustini

    QUESTO23....................................................................................................... 47

    Eduardo Henrique Pereira de Arruda

    QUESTO24....................................................................................................... 49

    Carlos Augusto Prolo

    QUESTO25....................................................................................................... 52

    Soraia Raupp Musse

    QUESTO26....................................................................................................... 54

    Isabel Harb Manssour, Marcelo Cohen e Mrcio Sarroglia Pinho

    QUESTO27....................................................................................................... 56

    Ana Cristina Benso da Silva e Cristina Moreira Nunes

    QUESTO28....................................................................................................... 57Renata Viera

    QUESTO29....................................................................................................... 59

    Carlos Augusto Prolo

    QUESTO30....................................................................................................... 62

    Ana Cristina Benso da Silva e Cristina Moreira Nunes

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    QUESTO31....................................................................................................... 63

    Michael da Costa Mra

    QUESTO32....................................................................................................... 65

    Paulo Henrique Lemelle Fernandes

    QUESTO33....................................................................................................... 69

    Alexandre Agustini

    QUESTO34....................................................................................................... 71

    Ana Cristina Benso da Silva e Cristina Moreira Nunes

    QUESTO35....................................................................................................... 73

    Ana Cristina Benso da Silva e Cristina Moreira Nunes

    QUESTO36....................................................................................................... 75

    Ana Cristina Benso da Silva e Cristina Moreira Nunes

    QUESTO37....................................................................................................... 78

    Hlio Radke Bittencourt

    QUESTO38....................................................................................................... 80

    Csar Augusto Missio Marcon

    QUESTO39DISCURSIVA.............................................................................. 82

    Carlos Augusto Prolo

    QUESTO40DISCURSIVA.............................................................................. 85

    Eduardo Henrique Pereira de Arruda

    QUESTES DA ENGENHARIA DE COMPUTAO

    QUESTO41....................................................................................................... 89

    Anderson Royes Terroso e Pablo Alberto Spiller

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    QUESTO42....................................................................................................... 94

    Ana Cristina Benso da Silva e Cristina Moreira Nunes

    QUESTO43....................................................................................................... 95

    Ney Laert Vilar Calazans

    QUESTO44(ANULADA)................................................................................... 98

    QUESTO45......................................................................................................100

    Dalcidio Moraes Claudio

    QUESTO46......................................................................................................102

    Dalcidio Moraes Claudio

    QUESTO47......................................................................................................104

    Fernando Gehm Moraes

    QUESTO48......................................................................................................105

    Dalcidio Moraes Claudio

    QUESTO49......................................................................................................106

    Mrcio Sarroglia Pinho, Isabel Harb Manssour e Marcelo Cohen

    QUESTO50......................................................................................................107

    Ney Laert Vilar Calazans

    QUESTO51......................................................................................................111Joo Batista Souza de Oliveira

    QUESTO52......................................................................................................114

    Alexandre Agustini

    QUESTO53......................................................................................................116

    Hlio Radke Bittencourt

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    QUESTO54......................................................................................................119

    Ana Cristina Benso da Silva e Cristina Moreira Nunes

    QUESTO55......................................................................................................121

    Eduardo Augusto Bezerra

    QUESTO56......................................................................................................124

    Fernando Gehm Moraes

    QUESTO57......................................................................................................126

    Fernando Gehm Moraes

    QUESTO58......................................................................................................127

    Ana Cristina Benso da Silva e Cristina Moreira Nunes

    QUESTO59DISCURSIVA............................................................................. 128

    Celso Maciel da Costa

    QUESTO60DISCURSIVA............................................................................. 130

    Edgar Bortolini

    QUESTES DO BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAO

    QUESTO61......................................................................................................134

    Gilberto Keller de Andrade

    QUESTO62......................................................................................................137Ronei Martins Ferrigolo

    QUESTO63......................................................................................................140

    Eduardo Henrique Pereira de Arruda

    QUESTO64......................................................................................................142

    Gilberto Keller de Andrade

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    QUESTO65......................................................................................................144

    Marcelo Hideki Yamaguti

    QUESTO66......................................................................................................146

    Dilnei Venturini

    QUESTO67......................................................................................................148

    Ana Cristina Benso da Silva e Cristina Moreira Nunes

    QUESTO68......................................................................................................149

    Eduardo Henrique Pereira de Arruda e Duncan Dubugras Alcoba Ruiz

    QUESTO69......................................................................................................151

    Miriam Sayo

    QUESTO70......................................................................................................153

    Ana Cristina Benso da Silva e Cristina Moreira Nunes

    QUESTO71......................................................................................................154

    Marcelo Hideki Yamaguti

    QUESTO72......................................................................................................156

    Rafael Prikladnicki

    QUESTO73......................................................................................................158

    Eduardo Meira Peres

    QUESTO74......................................................................................................164

    Marco Aurlio Souza Mangan

    QUESTO75......................................................................................................167

    Tiago Coelho Ferreto e Cristina Moreira Nunes

    QUESTO76......................................................................................................169

    Duncan Dubugras Alcoba Ruiz

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    QUESTO77......................................................................................................170

    Miriam Sayo

    QUESTO78......................................................................................................173

    Ana Paula Terra Bacelo

    QUESTO79DISCURSIVA............................................................................. 175

    Ana Paula Terra Bacelo, Carlos Augusto Prolo, Daniel Antonio Callegari, Gilberto

    Keller de Andrade, Jorge Luis Nicolas Audy, Marcelo Hideki Yamaguti, Marco

    Aurlio Souza Mangan, Miriam Sayo, Ronei Martins Ferrigolo

    QUESTO80DISCURSIVA............................................................................. 178

    Marcelo Hideki Yamaguti

    LISTA DE CONTRIBUINTES..............................................................................183

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    APRESENTAO

    A avaliao de estudantes tem sido prtica h muitos anos como forma de

    verificar o aprendizado dos alunos em relao a determinados contedos. Nos

    ltimos anos temos notado uma crescente demanda, da prpria sociedade, em

    conhecer o resultado da avaliao de estudantes no somente em relao a um

    determinado contedo, mas a um conjunto de contedos. Essas avaliaes

    buscam trazer informaes sobre a formao de um determinado estudante nas

    diversas instituies existentes no Brasil (o mesmo processo tambm aconteceem diversos outros pases).

    Na rea de Computao as principais instituies de ensino superior do

    Brasil com programas de ps-graduao sentiam a necessidade de uma

    avaliao global de estudantes dos cursos de Computao. Como a rea no

    possua um sistema de avaliao nacional, o Frum de Coordenadores de Ps-

    Graduao, um Grupo de Trabalho da Sociedade Brasileira de Computao

    (SBC), props uma avaliao para todos os alunos que desejassem concorrer a

    uma vaga em um programa de ps-graduao em Computao no Brasil. Esta

    avaliao recebeu o nome de POSCOMP e realizada h diversos anos pela

    SBC. A necessidade desta avaliao surgiu para que o processo de seleo fosse

    o mais justo possvel, pois, em geral, a mdia final de cada aluno difere muito de

    instituio para instituio. Entretanto, o POSCOMP uma avaliao

    individualizada, na qual os resultados no so divulgados de maneira ampla e

    realizada de maneira voluntria, no servindo para um processo de avaliao de

    cursos ou institucionais de maneira ampla.

    Para uma avaliao mais geral, no Brasil existem duas principais

    avaliaes oficiais realizadas com estudantes que finalizam o Ensino Mdio ou

    Ensino Superior. Quando terminam o Ensino Mdio, os estudantes so avaliados

    por meio do Exame Nacional de Ensino Mdio (ENEM). Por outro lado, os

    estudantes ingressantes (aqueles que j realizaram de 7% a 22% da carga

    horria do curso) ou concluintes (aqueles que j realizaram pelo menos 80% da

    carga horria do curso) de algum curso de graduao so avaliados atravs do

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    Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE). O ENADE faz parte do

    Sistema Nacional de Avaliao da Educao Superior (SINAES) e busca aferir o

    rendimento dos estudantes dos cursos de graduao das Instituies de EnsinoSuperior no Brasil. Tal importncia dada ao ENADE pelo MEC, que o aluno

    selecionado a participar tem sua formatura condicionada ao efetivo

    comparecimento prova, e atualmente cogita-se em universalizar a participao

    do ENADE tornando-o obrigatrio a todos os estudantes. O ENADE composto

    por uma prova, um questionrio de impresses dos estudantes sobre a prova, um

    questionrio socioeconmico e um questionrio do coordenador do(a)

    curso/habilitao. A prova composta por 40 questes, sendo 10 questes deformao geral e 30 questes de componente especfico.

    Este livro surgiu de um senso comum existente entre os professores de

    que os alunos tm procurado provas j realizadas como fonte de consulta por

    diversos motivos, entre os quais, curiosidade, para sentirem-se seguros quando

    da realizao do ENADE, para verificar em que reas no possuem determinado

    conhecimento ou como fonte de exerccios para os cursos que esto realizando.

    Apesar de indicar para os estudantes onde encontrar as provas e resultados,

    diversas vezes os estudantes trazem as questes para os professores no sentido

    de entender a resposta apresentada. Assim este livro tenta responder alguns dos

    questionamentos dos alunos.

    Muitas das discusses sobre esta necessidade aconteceram na sala de

    convivncia dos professores da Faculdade de Informtica (FACIN) da Pontifcia

    Universidade Catlica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Essas discusses

    aconteciam entre os intervalos de aula, quando o professor Gilberto Keller de

    Andrade props um desafio ao conjunto de professores: que os mesmos

    respondessem s questes do ENADE de maneira comentada e juntassem essas

    respostas em um livro para consulta dos estudantes.

    Atravs deste volume, a Pr-Reitoria de Graduao da PUCRS, atravs da

    EDIPUCRS, lana o e-book ENADE 2008 Comentado: Computao, primeiro

    volume da Coleo ENADE Comentado. Esta obra apresenta as questes do

    componente especfico das provas aplicadas aos alunos dos trs cursos da rea

    de Computao (Cincia da Computao, Engenharia de Computao e Sistemas

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    de Informao). Este volume consiste de 10 questes comuns aos trs cursos

    mais 20 questes particulares de cada curso (70 questes no total da obra).

    Optou-se por no abordar neste livro as 10 questes de conhecimentos geraiscomuns a todas as provas.

    O livro contou com o apoio de diversos professores das Faculdades de

    Informtica, de Engenharia e de Matemtica. A organizao das questes de

    cada uma das provas foi realizada pelos professores Carlos Augusto Prolo

    (questes comuns e do curso de Cincia da Computao), Fabiano Passuelo

    Hessel (questes do curso de Engenharia de Computao) e Miriam Sayo

    (questes do curso de Sistemas de Informao). Os professores foram orientadosa responderem de maneira livre, sem seguir um padro predeterminado, podendo

    trabalhar questes conceituais em suas respostas ou at observaes crticas

    quanto formulao das questes. Algumas questes foram respondidas no por

    um nico professor, mas por um conjunto de professores que discutiram a melhor

    forma de responder s mesmas.

    Este livro com certeza ser um excelente apoio aos alunos da rea de

    Computao dos diversos cursos de graduao existentes no Brasil. Ao mesmo

    tempo, professores tambm podero utilizar o mesmo para enriquecer o material

    utilizado em sala de aula.

    Porto Alegre, maio de 2009

    Avelino Francisco Zorzo

    Diretor da Faculdade de Informtica da PUCRS

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    QUESTES DO NCLEO COMUM

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    QUESTO 11

    Com relao s diferentes tecnologias de armazenamento de dados, julgue os

    itens a seguir.

    I Quando a tenso de alimentao de uma memria ROM desligada, os

    dados dessa memria so apagados. Por isso, esse tipo de memria

    denominado voltil.

    II O tempo de acesso memria RAM maior que o tempo de acesso a um

    registrador da unidade central de processamento (UCP).

    III O tempo de acesso memria cache da UCP menor que o tempo deacesso a um disco magntico.

    IV O tempo de acesso memria cache da UCP maior que o tempo de

    acesso memria RAM.

    Esto certos apenas os itens

    (A) I e II.(B) I e III.(C) II e III.(D) II e IV.(E) III e IV.

    Gabarito: Alternativa C

    Autora: Fernanda Denardin Walker

    Comentrio:

    Sobre o item I, segundo Loureno [1], a memria ROM (Read Only Memory

    - Memria Apenas de Leitura) uma memria no voltil e apenas de leitura que

    chega ao usurio j previamente gravada. O fabricante grava as informaes na

    pastilha e estas so permanentes, no havendo possibilidade de alterao. Esse

    tipo de memria utilizado no armazenamento de programas e/ou informaes

    fixas para sistemas produzidos em srie. No entanto, existem tipos especiais de

    memria ROM que permitem alterao:

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    PROM (ProgrammableRead Only Memory Memria Apenas de Leitura

    Programvel): uma memria no voltil e apenas de leitura, porm

    programvel. Nesta memria, a programao pode ser realizada peloprprio usurio. No entanto, uma vez programada, no permite a alterao

    de seu contedo.

    EPROM (ErasableProgrammableRead Only Memory Memria Apenas

    de Leitura Programvel e Apagvel): uma memria no voltil, apenas de

    leitura e reprogramvel. Sua programao feita eletricamente, podendo

    ser apagada atravs da exposio de sua pastilha luz ultravioleta.

    EEPROM (Electrically Erasable Programmable Read Only Memory Memria Apenas de Leitura Programvel e Apagvel Eletricamente): assim

    como a EPROM, esta memria pode ser programada e apagada, porm,

    ao invs de utilizar luz ultravioleta para apag-la, utiliza-se um sinal

    eltrico.

    Pode-se concluir, ento, que a afirmativa I FALSA.

    Com relao s afirmaes II, III e IV, Monteiro [2] apresenta o subsistema

    de memria constitudo de um conjunto de diferentes tipos, organizados de forma

    hierrquica. Para representar esta hierarquia, utilizada uma estrutura na forma

    de pirmide, cuja base larga simboliza a elevada capacidade, o tempo de acesso

    e o custo do componente ali representado.

    Registradores

    Memria cache

    Memria principal

    Memria auxiliar

    Custo alto

    Velocidade altaCapacidade baixa

    Custo baixoVelocidade baixa

    Capacidade elevada

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    Um dos aspectos considerados a velocidade, que se refere ao tempo de

    acesso, ou seja, quanto tempo a memria gasta para colocar uma informao no

    barramento de dados aps uma determinada posio ter sido endereada. Ovalor do tempo de acesso de uma memria dependente da sua tecnologia de

    construo e da velocidade dos seus circuitos. Ele varia bastante para cada tipo,

    de alguns poucos nanossegundos (ns) at dezenas ou mesmo centenas de

    milissegundos (ms), no caso da memria auxiliar.

    Diante desse esquema comparativo, chega-se concluso de que as

    afirmativas II e III so VERDADEIRAS, enquanto a IV FALSA.

    Ento a letra C, que afirma que II e III esto CERTAS, a alternativacorreta para a questo.

    Referncias:

    [1] LOURENO, Antonio Carlos, et al. Circuitos Digitais. So Paulo: Editora rica,1996.

    [2] MONTEIRO, Mrio A. Introduo Organizao de Computadores. Editora:

    LTC.

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    QUESTO 12

    Ao longo de todo o desenvolvimento do software, devem ser aplicadas

    atividades de garantia de qualidade de software (GQS), entre as quais

    se encontra a atividade de teste. Um dos critrios de teste utilizados

    para gerar casos de teste o denominado critrio dos caminhos

    bsicos, cujo nmero de caminhos pode ser determinado com base na

    complexidade ciclomtica. Considerando-se o grafo de fluxo de

    controle apresentado na figura ao lado, no qual os ns representam os

    blocos de comandos e as arestas representam a transferncia de

    controle, qual a quantidade de caminhos bsicos que devem ser testados noprograma associado a esse grafo de fluxo de controle, sabendo-se que essa

    quantidade igual complexidade ciclomtica mais um?

    (A) 1.(B) 3.(C) 4.(D) 7.(E) 8.

    Gabarito: Alternativa C

    Autores: Bernardo Copstein e Flvio Moreira de Oliveira

    Comentrio:

    Complexidade ciclomtica uma mtrica de software desenvolvida por

    Thomas J. McCabe em 1976. Ela mede a quantidade de lgica de deciso usada

    em um mdulo de software. Mais especificamente, mede o nmero de caminhos

    linearmente independentes atravs do cdigo fonte de um programa.

    A complexidade ciclomtica medida a partir do grafo de fluxo de controle

    de um programa: os nodos do grafo correspondem aos comandos do programa e

    uma aresta orientada conecta dois nodos se o segundo comando puder ser

    executado imediatamente aps o primeiro.

    O conceito de complexidade ciclomtica importante na rea de teste de

    software porque ajuda a definir o esforo de teste necessrio para se verificar um

    determinado mdulo. Quanto maior a complexidade, maior o nmero de casos de

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    teste necessrios para verificar adequadamente o mdulo. Por exemplo, dado

    que Cm seja a complexidade ciclomtica de um mdulo m, sabe-se que:

    a) Cm a quantidade mxima de testes necessrios para se obter cobertura deramos sobre o grafo de fluxo de controle do mdulo m.

    b) Cm a quantidade mnima de testes necessrios para se obter cobertura de

    caminhos sobre o grafo de fluxo de controle do mdulo m.

    A questo 12 solicita que se avalie a quantidade de caminhos bsicos que

    devem ser testados no programa associado ao grafo de fluxo de controle

    apresentado (ver figura 1).

    Figura 1 Grafo de fluxo de controle apresentado na questo 12.

    O mtodo dos caminhos bsicos de McCabe apresentado por Jorgensen(1995). Por este mtodo, o nmero ciclomtico de um grafo G, denotado por V(G),

    igual a:

    V(G) = e n + p

    Onde:

    e = nmero de arestas do grafo

    n = nmero de nodos do grafop = nmero de componentes de G

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    21

    A proposta de McCabe baseia-se na teoria dos grafos, de onde se sabe

    que o nmero ciclomtico de um grafo fortemente conectado corresponde

    quantidade de circuitos independentes do grafo (um circuito similar a umacadeia, sem laos ou decises).

    Para Jorgensen, um componente de um grafo um conjunto maximal de

    nodos conectados. Neste caso, todo grafo de programa ter p = 1, visto que

    nodos no conectados correspondem a comandos que nunca sero alcanados.

    No caso da figura 1, o nmero ciclomtico seria: V(G) = 9 7 + 1 = 3.

    O mtodo dos caminhos bsicos de McCabe coloca ainda que, como os

    grafos de programa no so fortemente conexos, necessrio acrescentar umaaresta conectando o ltimo nodo ao primeiro de maneira a obter esta

    caracterstica. Por esta razo a questo coloca que o nmero de caminhos

    bsicos a serem testados igual complexidade ciclomtica mais um.

    Por esta razo, dado que o nmero ciclomtico calculado foi 3, somando-

    se 1, a resposta correta da questo 12 4.

    A questo, porm, polmica. O prprio Jorgensen coloca que existe

    confuso na literatura sobre a frmula da complexidade ciclomtica. Algumas

    fontes usam a frmula V(G) = e n + p, enquanto outras usam V(G) = e n + 2p,

    j prevendo na prpria frmula o acrscimo do arco extra que torna o grafo

    fortemente conexo. Alm disso, todos concordam que e igual ao nmero de

    arestas e que n igual ao nmero de nodos, mas alguns consideram p como o

    nmero de componentes do grafo e outros como sendo o nmero de regies (p.

    ex. Pezz e Young (2008) e Delamaro et al. (2007)). So diferenas sutis, mas

    que podem causar alteraes no resultado.

    Referncias:

    JORGENSEN, P.C. Software Testing a Craftsmans Approach. CRC Press,1995.

    DELAMARO, M.E.; MALDONADO, J.C.; JINO, M. Introduo ao Teste deSoftware. Campus, 2007.

    PEZZ, M.; YOUNG, M. Teste e Anlise de Software. Bookman, 2008.

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    QUESTO 13

    Considerando o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, qual opo corresponde a uma

    partio desse conjunto?

    (A) {{1}, {2}, {3}, {4}, {5}, {6}}(B) {{1}, {1,2}, {3,4}, {5, 6}}(C) {{ }, {1, 2, 3}, {4, 5, 6}}(D) {{1, 2, 3}, {5, 6}}(E) {{1, 2}, {2, 3}, {3, 4}, {4, 5}, {5, 6}}

    Gabarito: Alternativa A

    Autor: Carlos Augusto Prolo

    Comentrio:

    Esta uma questo bastante simples. Dado um conjunto A, uma partio

    de A um conjunto de subconjuntos de A tal que:

    1. A unio de todos os subconjuntos igual a A.

    2. Os subconjuntos so disjuntos, isto , no h elementos comuns a dois

    ou mais subconjuntos, a interseco de cada par de subconjuntos vazia.3. No permitido o subconjunto vazio.

    Mais formalmente, PA = {A1, A2, ..., An}, para n>0 uma partio de A, se:

    1. A1 A2 ... An = A

    2. Para todo 1

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    A alternativa A est correta porque a unio dos conjuntos {1}, {2}, {3}, {4},

    {5}, {6} precisamente o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}; os conjuntos {1}, {2}, {3},

    {4}, {5}, {6} so disjuntos entre si, isto , no h elemento repetido em mais de umconjunto, e nenhum conjunto vazio.

    A alternativa B est errada porque desrespeita a restrio 2: os conjuntos

    no so disjuntos ({1} e {1,2} tem elemento em comum). A alternativa C est

    errada porque desrespeita a restrio 3: o subconjunto vazio no pode estar

    incluso. A alternativa D est errada porque desrespeita a regra 1: falta o elemento

    4. A alternativa E est errada pelo mesmo motivo que a B: os subconjuntos no

    so disjuntos.

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    QUESTO 14

    Um programador props um algoritmo no-recursivo para o percurso em

    preordem de uma rvore binria com as seguintes caractersticas.

    Cada n da rvore binria representado por um registro com trs campos:

    chave, que armazena seu identificador; esq e dir, ponteiros para os filhos

    esquerdo e direito, respectivamente.

    O algoritmo deve ser invocado inicialmente tomando o ponteiro para o n

    raiz da rvore binria como argumento.

    O algoritmo utiliza push() e pop() como funes auxiliares deempilhamento e desempilhamento de ponteiros para ns de rvore binria,

    respectivamente.

    A seguir, est apresentado o algoritmo proposto, em que representa o

    ponteiro nulo.

    Procedimento preordem (ptraiz : PtrNoArvBin)Var ptr : PtrNoArvBin;ptr := ptraiz;Enquanto (ptr ) Faa

    escreva (ptr.chave);Se (ptr.dir ) Ento

    push(ptr.dir);Se (ptr.esq ) Ento

    push(ptr.esq);ptr := pop();

    Fim_Enquanto

    Fim_Procedimento

    Com base nessas informaes e supondo que a raiz de uma rvore binria com n

    ns seja passada ao procedimento preordem(), julgue os itens seguintes.

    I O algoritmo visita cada n da rvore binria exatamente uma vez ao longodo percurso.

    II O algoritmo s funcionar corretamente se o procedimento pop() forprojetado de forma a retornar caso a pilha esteja vazia.

    III Empilhar e desempilhar ponteiros para ns da rvore so operaes quepodem ser implementadas com custo constante.

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    IV A complexidade do pior caso para o procedimento preordem() O(n).

    Assinale a opo correta.

    (A) Apenas um item est certo.(B) Apenas os itens I e IV esto certos.(C) Apenas os itens I, II e III esto certos.(D) Apenas os itens II, III e IV esto certos.(E) Todos os itens esto certos.

    Gabarito: Alternativa E

    Autores: Bernardo Copstein e Jlio Henrique Arajo Pereira Machado

    Comentrio:

    Esta uma questo tpica da disciplina de algoritmos e programao. Ela

    envolve os conceitos bsicos de manipulao de estruturas de dados para a

    soluo de um problema. No caso da questo de nmero 14, as estruturas de

    dados utilizadas so: rvore binria e pilha. Alm desses conceitos, a questo

    tambm aborda os tpicos de algoritmos recursivos e complexidade de

    algoritmos. Em termos de linguagem de programao, a questo foi construdasobre o paradigma estruturado.

    Para a soluo da questo, deve ser utilizada a estrutura de dados rvore

    binria, implementada atravs do encadeamento de ns, conforme indicado pela

    primeira caracterstica do algoritmo apresentado Cada n da rvore binria

    representado por um registro com trs campos: chave, que armazena seu

    identificador; esq e dir, ponteiros para os filhos esquerdo e direito,

    respectivamente. A figura 2 traz um exemplo de rvore binria juntamente comsua representao da estrutura de dados encadeada.

    Figura 2 rvore binria e estrutura de dados correspondente

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    Alternativa I:

    Essa alternativa correta, pois o procedimento apresentado (pr-ordem)

    um dos muitos algoritmos de caminhamento (outros algoritmos muito utilizadosso ps-ordem, ordem central e amplitude) cujo propsito percorrer uma rvore

    binria de modo que cada n seja visitado uma nica vez.

    A definio do algoritmo de caminhamento em pr-ordem inerentemente

    recursiva e pode ser enunciada como:

    1. visitar o n;

    2. percorrer em pr-ordem o n filho esquerdo;

    3. percorrer em pr-ordem o n filho direito.

    Como exemplo, tomando a rvore da figura 2 e comeando a percorrer a

    estrutura pelo n A, teramos como resultado do algoritmo de caminhamento a

    sequncia de visitao: A, B, D, E, C.

    O algoritmo apresentado para o caminhamento em pr-ordem uma das

    possveis solues que no utilizam a recurso na soluo. Nesse caso foi

    utilizada a estrutura de dados pilha como uma estrutura auxiliar que mantm uma

    coleo de ns que ainda no foram visitados. Seguindo-se a execuo do

    algoritmo passo a passo, verifica-se que o mesmo visita cada n da rvore uma

    nica vez.

    Alternativa II:

    A alternativa correta.

    O algoritmo utiliza uma pilha para manter uma coleo de ns ainda novisitados da rvore e, a cada lao de iterao (o lao enquanto), aps visitar o

    n corrente, empilha respectivamente seus filhos direito e esquerdo, escolhendo,

    dessa maneira, quais ns devero ser visitados no futuro. Como ltimo comando

    no lao de iterao, o algoritmo executa uma operao de pop() que remove

    dessa pilha o prximo n que ser visitado em pr-ordem. Contudo, esse n

    recm removido da pilha o elemento principal na condio de trmino do lao de

    repetio (ptr

    ) e, caso nunca seja nulo(), o algoritmo ir incorrer em um

    lao de repetio infinito! Mas em nenhum momento o algoritmo executa uma

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    operao de empilhamento do valornulo (push()), sendo assim, a operao

    pop que dever retornar o valor nulo () caso no exista mais nenhum n a ser

    visitado, ou seja, caso o nodo A esteja vazio.

    Alternativa III:

    Essa alternativa correta, pois as operaes de empilhamento (push) e

    desempilhamento (pop) podem ser implementadas de maneira eficiente sobre

    uma pilha utilizando tanto uma estrutura encadeada quanto uma estrutura

    esttica.

    Para entender que o custo de tempo de execuo dessas operaes

    constante, assume-se que o tempo necessrio para recuperar e armazenar um

    dado na memria constante. Tambm se assume que o tempo necessrio para

    efetuar operaes aritmticas bsicas e de comparao de valores tambm

    constante.

    Sendo assim, considere o seguinte algoritmo para implementar as

    operaes de push e pop sobre um estrutura esttica de arranjo. Note que

    ambas as operaes realizam apenas operaes cujo tempo de execuo

    considerado constante e, portanto, o tempo de execuo da mesma tambm ser

    constante.

    Procedimento push(no : PtrNoArvBin)arranjo[contador++] := no;

    Fim_Procedimento

    Procedimento pop(no : PtrNoArvBin)retorne arranjo[--contador];

    Fim_Procedimento

    Alternativa IV:

    Essa alternativa correta, pois para imprimir toda a rvore o algoritmo

    precisa visitar todos os n nodos e cada passagem pelo lao uma visita a um

    nodo. Cada operao de visita realiza um nmero constante de operaes desde

    que as operaes de push() e pop() sejam implementadas em tempo

    constante. Como no total so n passos com um nmero constante de operaes

    em cada passo, o trabalho total O(n).

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    QUESTO 15

    Alm do acesso a pginas html, a Internet tem sido usada cada vez mais para a

    cpia e troca de arquivos de msicas, filmes, jogos e programas. Muitos desses

    arquivos possuem direitos autorais e restries de uso. Considerando o uso das

    redes ponto-a-ponto para a troca de arquivos de msicas, filmes, jogos e

    programas na Internet, a quem cabe a identificao e o cumprimento das

    restries de uso associados a esses arquivos?

    (A) aos programas de troca de arquivo

    (B) aos usurios(C) ao sistema operacional(D) aos produtores dos arquivos(E) aos equipamentos roteadores da Internet

    Gabarito: Alternativa B

    Autores: Dilnei Venturini e Jlio Henrique Arajo Pereira Machado

    Comentrio:

    A questo trata de definir a quem cabe a identificao e o cumprimento

    das restries de uso de arquivos trocados atravs de redes ponto-a-ponto.

    Assim, compreende-se duas questes: 1) quem identifica as restries de uso?

    e 2) quem cumpre as restries de uso?

    A opo A refere-se aos programas de troca de arquivo. Tecnicamente

    falando, esses programas podem identificar a existncia de questes autorais.

    Porm, no atual estado da tecnologia, os programas de troca de arquivo ainda

    no possuem funcionalidades capazes de fazer cumprir eventuais restries em100% das situaes.

    A opo C refere-se ao sistema operacional. Para este pode ser utilizado

    o mesmo raciocnio da opo A, porm em situao ainda mais prejudicada pelo

    prprio objetivo (mais genrico) de um sistema operacional.

    A opo D refere-se aos produtores dos arquivos. Ao alcance destes

    est a possibilidade da utilizao da tecnologia para buscar bloquear a utilizao

    da sua obra em situaes no autorizadas. Entretanto, novamente a experincia

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    demonstra que atualmente este objetivo impossvel de ser atingido em 100%

    dos casos.

    A opo E refere-se aos equipamentos roteadores da Internet. A funobsica de um roteador definir a melhor rota (caminho) para que uma informao

    (pacote de dados) chegue ao seu destino. Outras funes adicionais existentes

    atualmente (p. ex., priorizao de mensagens e recursos de segurana) no so

    capazes de identificar restries de uso sobre o contedo transmitido e fazer

    cumprir tais restries.

    A opo B refere-se aos usurios. A evoluo da tecnologia tem

    proporcionado o surgimento de novas formas de relaes entre consumidores efornecedores. Essas novas formas tanto contribuem para a divulgao do produto

    quanto, em muitos casos, facilitam a quebra das regras do jogo. Independente

    dos recursos tecnolgicos, os usurios possuem condies tanto de

    identificar (reconhecer) um contedo restrito quanto, em conhecendo-o, no

    execut-lo, ou execut-lo cumprindo as restries de uso existentes. Alm

    disso, sobre outra abordagem, um dos princpios gerais do Direito declara: a

    ningum lcito desconhecer a leiouinvocar o desconhecimento da lei em

    benefcio prprio. Deste fato decorre a responsabilidade civil e criminal do

    indivduo que no cumpre as restries legais. Independente das facilidades

    tcnicas disponibilizadas pela tecnologia.

    Assim, a quem cabe a parte do processo de identificao e cumprimento

    das restries de uso associados aos arquivos o usurio (opo B).

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    QUESTO 16

    O gerenciamento de configurao de software (GCS) uma atividade que deve

    ser realizada para identificar, controlar, auditar e relatar as modificaes que

    ocorrem durante todo o desenvolvimento ou mesmo durante a fase de

    manuteno, depois que o software for entregue ao cliente. O GCS embasado

    nos chamados itens de configurao, que so produzidos como resultado das

    atividades de engenharia de software e que ficam armazenados em um

    repositrio. Com relao ao GCS, analise as duas asseres apresentadas a

    seguir.

    No GCS, o processo de controle das modificaes obedece ao seguinte fluxo:comea com um pedido de modificao de um item de configurao, que leva

    aceitao ou no desse pedido e termina com a atualizao controlada desse

    item no repositrio

    porque

    o controle das modificaes dos itens de configurao baseia-se nos processosde check-in e check-outque fazem, respectivamente, a insero de um item de

    configurao no repositrio e a retirada de itens de configurao do repositrio

    para efeito de realizao das modificaes.

    Acerca dessas asseres, assinale a opo correta.

    (A) As duas asseres so proposies verdadeiras, e a segunda umajustificativa correta da primeira.

    (B) B As duas asseres so proposies verdadeiras, e a segunda no umajustificativa correta da primeira.

    (C) C A primeira assero uma proposio verdadeira, e a segunda umaproposio falsa.

    (D) D A primeira assero uma proposio falsa, e a segunda umaproposio verdadeira.

    (E) E As duas asseres so proposies falsas.

    Gabarito: Alternativa B

    Autor: Rafael Prikladnicki

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    Comentrio:

    A Gerncia de Configurao de Software (GCS), tambm conhecida como

    Gerncia de Configurao (GC) ou ainda Gesto de Configurao de Software, uma rea da Engenharia de Software que fornece apoio s atividades de

    desenvolvimento. Suas principais atribuies so o controle de verso, o controle

    de mudana e a auditoria das configuraes. Tambm pode ser definida como o

    conjunto de atividades projetadas para controlar as mudanas pela identificao

    dos produtos do trabalho que sero alterados, estabelecendo um relacionamento

    entre eles, definindo o mecanismo para o gerenciamento de diferentes verses

    desses produtos, controlando as mudanas impostas, e auditando e relatando asmudanas realizadas. Geralmente as mudanas so realizadas em itens de

    configurao.

    Um item de configurao um artefato produzido durante o

    desenvolvimento de software e precisa sofrer controle de verses e de mudanas.

    O item de configurao um elemento unitrio que ser gerenciado. Pode ser um

    arquivo de cdigo fonte, um documento de texto, entre outros. A configurao de

    um sistema basicamente a lista de todos os itens de configurao necessrios

    para se reproduzir um determinado estado de um sistema.

    Dito isto, possvel analisar as asseres apresentadas na questo 16.Vamos a elas:

    A primeira assero diz que No GCS, o processo de controle das

    modificaes obedece ao seguinte fluxo: comea com um pedido de modificao

    de um item de configurao, que leva aceitao ou no desse pedido e termina

    com a atualizao controlada desse item no repositrio.

    De fato, quando existe a necessidade de modificar um item deconfigurao, uma solicitao deve ser feita. Se for possvel modificar o item

    desejado, a resposta ser um aceite, e ento possvel modificar o item de

    configurao. Ao final, o item modificado atualizado no repositrio do projeto e

    liberado para futuras modificaes.

    A segunda assero diz que o controle das modificaes dos itens de

    configurao baseia-se nos processos de check-in e check-out que fazem,

    respectivamente, a insero de um item de configurao no repositrio e a

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    retirada de itens de configurao do repositrio para efeito de realizao das

    modificaes.

    Para algum alterar um item de configurao, necessrio permisso paraisto. O comando que deve ser utilizado para poder alterar qualquer item de

    configurao em um projeto o check-out. Aps realizar um check-out, e

    com as modificaes finalizadas, possvel usar o check-in para armazenar as

    alteraes feitas no sistema de gerncia de configurao. Ao fazer isto, as

    verses anteriores do item de configurao alterado so mantidas no repositrio,

    permitindo com isto a comparao entre as diferentes verses do mesmo item.

    Portanto, a segunda assero tambm verdadeira.Em relao questo em si, podemos ento analisar as possveis

    alternativas. Se as duas asseres so verdadeiras, existem apenas duas

    respostas candidatas: A e B. Analisando novamente as asseres, conclui-se que

    a resposta correta a letra B. A razo para isto que a segunda assero no

    uma justificativa da primeira. De fato, ambas so caractersticas do processo de

    gerncia de configurao de software, mas a segunda no justifica a necessidade

    descrita na primeira. A segunda assero apenas apresenta como funciona oprocesso de permisso para alterar itens de configurao. Uma justificativa

    correta da primeira assero seria que o processo de controle das modificaes

    obedece ao fluxo descrito PORQUE necessrio um controle contnuo da

    evoluo das funcionalidades de um sistema, com as mudanas devidamente

    gerenciadas e documentadas.

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    QUESTO 17

    Uma frmula bem formada da lgica de predicados vlida se ela verdadeira

    para todas as interpretaes possveis. Considerando essa informao, analise as

    duas asseres apresentadas a seguir.

    A frmula bem formada ( x) P(x) ( x) P(x) vlida

    porque,

    em qualquer interpretao de uma frmula da lgica de predicados, se todo

    elemento do conjunto universo tem a propriedade P, ento existe um elemento doconjunto que tem essa propriedade.

    Assinale a opo correta com relao a essas asseres.

    (A) As duas asseres so proposies verdadeiras, e a segunda umajustificativa correta da primeira.

    (B) As duas asseres so proposies verdadeiras, e a segunda no uma

    justificativa correta da primeira.(C) A primeira assero uma proposio verdadeira, e a segunda umaproposio falsa.

    (D) A primeira assero uma proposio falsa, e a segunda uma proposioverdadeira.

    (E) As duas asseres so proposies falsas.

    Gabarito: Alternativa D.

    Autor: Alfio Ricardo de Brito Martini

    Comentrio:

    Primeiramente, provaremos que a primeira assero no uma proposio

    verdadeira, mostrando uma interpretao em que a frmula dada falsa. Antes

    de prosseguirmos, convm lembrar a definio da noo de interpretao de uma

    frmula na lgica de predicados.

    Dada uma frmula (bem-formada) A qualquer da lgica de predicados,

    uma interpretao para A dada conforme o esquema abaixo (estou fazendo

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    uma simplificao aqui, j que o correto seria definir uma interpretao com

    relao a uma assinatura e no com relao a uma frmula):

    a. Um conjunto no vazio D , chamado de domnio.

    b. Para cada constante k presente na frmula A , um elemento )(kI do

    domnio D .

    c. Para cada smbolo de funo f com n argumentos em A , uma

    funo total )( fI com n argumentos sobre D .

    d. Para cada smbolo de predicado Q com n argumentos em A , uma

    relao )(QI com n argumentos sobre D .

    No nosso caso, )()()()( xPxxPxA = e, portanto, temos apenas um

    smbolo de predicado P com um argumento. Dessa forma, qualquer interpretao

    para esta frmula resume-se em um conjunto no vazio D e uma parte dele

    (subconjunto) para interpretar o predicado P . Vejamos ento dois exemplos de

    interpretao para essa frmula.

    1. }1,0{)(},1,0{ == PID .

    2. }0{)(},1,0{ == PID .

    Primeiramente, uma frmula A vlida se e somente se ela

    verdadeira para qualquer interpretao. Note que o operador principal da

    frmula uma implicao e, portanto, se o antecedente da implicao for

    verdadeiro ( )()( xPx ), ento o consequente tambm deve ser ( )()( xPx ). Note

    que, no primeiro exemplo de interpretao, a propriedade verdadeira para

    todos os valores do domnio, isto , 0=x ou 1=x , o que faz com que a frmula

    seja trivialmente verdadeira. No segundo caso, existe um valor que torna o

    antecedente verdadeiro, e.g., 0=x , mas o consequente falso, j que a

    propriedade P no verdadeira para todos os valores do domnio, por exemplo,

    para 1=x . Dessa forma, a segunda interpretao um contra-exemplo para a

    frmula A , isto , uma situao em que A falsa. Desta forma A no vlida.

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    Com relao segunda assero da questo, isto , que em qualquer

    interpretao de uma frmula da lgica de predicados, se todo elemento do

    conjunto universo tem a propriedade P, ento existe um elemento do conjunto que

    tem essa propriedade, a mesma est correta, embora seja uma justificativa

    incorreta para a assero anterior, j que ela afirma o contrrio da primeira. Na

    linguagem da lgica de predicados, essa assero equivale a dizer que a frmula

    )()()()( xPxxPx uma tautologia (ou um teorema). Isto , essa frmula

    precisa ser verdadeira para qualquer interpretao. Note que, nos dois exemplos

    que mostramos acima, essa frmula verdadeira. No primeiro caso, porque tanto

    o antecedente ( )()( xPx ) como o consequente ( )()( xPx ) da implicao soverdadeiros. No segundo tambm, porque o antecedente falso (a propriedade

    no verdadeira para todos os casos, somente para 0=x ) e, logo, a implicao

    trivialmente verdadeira. Agora, para mostrar que a mesma frmula acima

    verdadeira para qualquer interpretao, suficiente mostrar uma prova da

    mesma, utilizando o clculo de deduo natural que consistente e completo com

    relao noo de interpretao colocada anteriormente.

    1. )()( xPx hiptese2. 1,)( EaP 3. )(. xPx 2,I 4. )()()()( xPxxPx I 31

    Dessa forma, a resposta correta para esta questo a alternativa D.

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    QUESTO 18

    Os nmeros de Fibonacci constituem uma seqncia de nmeros na qual os dois

    primeiros elementos so 0 e 1 e os demais, a soma dos dois elementos

    imediatamente anteriores na seqncia. Como exemplo, a seqncia formada

    pelos 10 primeiros nmeros de Fibonacci : 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34. Mais

    precisamente, possvel definir os nmeros de Fibonacci pela seguinte relao

    de recorrncia:

    fib (n) = 0, se n = 0

    fib (n) = 1, se n = 1fib (n) = fib (n - 1) + fib (n - 2), se n > 1

    Abaixo, apresenta-se uma implementao em linguagem funcional para essa

    relao de recorrncia:

    fib :: Integer -> Integerfib 0 = 0fib 1 = 1

    fib n = fib (n - 1) + fib (n - 2)

    Considerando que o programa acima no reutilize resultados previamente

    computados, quantas chamadas so feitas funo fib para computarfib 5?

    (A) 11(B) 12(C) 15(D) 24

    (E) 25

    Gabarito: Alternativa C

    Autor: Michael da Costa Mra

    Comentrio:

    Pode-se utilizar diferentes abordagens para resolver esta questo. Um

    caminho possvel seria construir a rvore de chamadas da funo gerada pela

    recurso sobre a funo fib. Repare que a implementao oferecida, sem

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    reutilizao de resultados computados (tcnica conhecida como Memoizao),

    reexecutaria a chamada da funo sobre argumentos previamente tratados.

    Figura 3 rvore de Chamadas de Funo fib

    Uma vez gerada a rvore, conta-se a quantidade de chamadas funo

    fib. Neste caso, para o argumento 5, seriam 15 chamadas. importante notar que

    esta abordagem no seria vivel para argumentos com valores muito elevados.

    Logo, a resposta correta a letra C.

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    QUESTO 19

    Uma alternativa para o aumento de desempenho de sistemas computacionais o

    uso de processadores com mltiplos ncleos, chamados multicores. Nesses

    sistemas, cada ncleo, normalmente, tem as funcionalidades completas de um

    processador, j sendo comuns, atualmente, configuraes com 2, 4 ou mais

    ncleos. Com relao ao uso de processadores multicores, e sabendo que

    threads so estruturas de execuo associadas a um processo, que compartilham

    suas reas de cdigo e dados, mas mantm contextos independentes, analise as

    seguintes asseres. Ao dividirem suas atividades em mltiplas threads que

    podem ser executadas paralelamente, aplicaes podem se beneficiar maisefetivamente dos diversos ncleos dos processadores multicores

    porque

    o sistema operacional nos processadores multicores pode alocar os ncleos

    existentes para executar simultaneamente diversas seqncias de cdigo,

    sobrepondo suas execues e, normalmente, reduzindo o tempo de resposta dasaplicaes s quais esto associadas.

    Acerca dessas asseres, assinale a opo correta.

    (A) As duas asseres so proposies verdadeiras, e a segunda umajustificativa correta da primeira.

    (B) As duas asseres so proposies verdadeiras, mas a segunda no umajustificativa correta da primeira.

    (C) A primeira assero uma proposio verdadeira, e a segunda, umaproposio falsa.

    (D) A primeira assero uma proposio falsa, e a segunda, uma proposioverdadeira.

    (E) Tanto a primeira quanto a segunda asseres so proposies falsas.

    Gabarito: Alternativa A

    Autores: Csar Augusto Fonticielha De Rose e Tiago Coelho Ferreto

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    Comentrio:

    A resposta correta a letra A, pois as duas asseres so proposies

    verdadeiras, sendo que a segunda uma justificativa correta da primeira.Tanto as definies sobre arquiteturas multicore quanto sobre threads na

    primeira assero esto corretas. A afirmao principal, a qual diz que aumento

    de desempenho de sistemas computacionais pode ser obtido com o uso de

    processadores com mltiplos ncleos, tambm est correta, e ainda se tomou o

    cuidado de destacar que esta apenas uma das alternativas possveis para que

    este ganho de desempenho ocorra.

    A segunda assero pode ser entendida como uma justificativa correta daprimeira, no sentido que descreve mais detalhadamente uma das formas como as

    aplicaes podem ser preparadas para que este ganho de desempenho seja

    possvel. Tambm est correta a explicao de como essas aplicaes com

    vrias threads so executadas pelo sistema operacional para que este aumento

    de desempenho possa efetivamente ser obtido. Aqui tambm se tomou o cuidado

    de se fazer uma ressalva indicando que, mesmo com todas as condies

    atendidas, o tempo de execuo das aplicaes pode no ser reduzido (por

    exemplo, devido a questes de E/S).

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    QUESTO 20 DISCURSIVA

    Tabelas de disperso (tabelas hash) armazenam elementos com base no

    valor absoluto de suas chaves e em tcnicas de tratamento de colises. As

    funes de disperso transformam chaves em endereos-base da tabela, ao

    passo que o tratamento de colises resolve conflitos em casos em que mais de

    uma chave mapeada para um mesmo endereo-base da tabela.

    Suponha que uma aplicao utilize uma tabela de disperso com 23

    endereos-base (ndices de 0 a 22) e empregue h(x) = xmod 23 como funo de

    disperso, em quexrepresenta a chave do elemento cujo endereo-base deseja-

    se computar. Inicialmente, essa tabela de disperso encontra-se vazia. Emseguida, a aplicao solicita uma seqncia de inseres de elementos cujas

    chaves aparecem na seguinte ordem: 44, 46, 49, 70, 27, 71, 90, 97, 95.

    Com relao aplicao descrita, faa o que se pede a seguir.

    A Escreva, no espao reservado, o conjunto das chaves envolvidas em colises.

    B Assuma que a tabela de disperso trate colises por meio de encadeamento

    exterior. Esboce a tabela de disperso para mostrar seu contedo aps a

    seqncia de inseres referida.

    Autor: Joo Batista Souza de Oliveira

    Resposta e comentrio do item A

    As chaves envolvidas em colises so:

    -- 49 e 95 tm coliso direta, caem na posio 3 da tabela

    -- 44 e 90 tm coliso direta, caem na posio 21 da tabela

    Neste item, a questo no descreve como feito o tratamento de colises,

    e dependendo do caso outras chaves podem ser consideradas envolvidas.

    Por exemplo, a chave 95 vai para a posio 6 porque quando ela entra natabela as posies 3, 4 e 5 j esto ocupadas pelos elementos 49, 27 e 97

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    respectivamente. Mas a questo no diz se as chaves dessas posies devem

    ser consideradas envolvidas.

    Resposta e comentrio do item B

    O mais importante que a questo esclarece que o tratamento de colises

    por encadeamento exterior. Isso significa que quando uma posio da tabela j

    foi ocupada os novos itens que chegam para a mesma posio so colocados em

    uma lista associada posio. Ou seja, a tabela passa a se comportar como uma

    lista de listas (ou lista de rvores, ou outra estrutura) onde as chaves x guardadas

    na estrutura que foi associada a uma posio p tm a funo de hashing h(x)=p.Desenhando apenas as posies da tabela que tm elementos, temos

    Posio Contedos

    0 46

    1 70

    2 71

    3 49 954 27

    5 97

    21 44 90

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    QUESTES DO

    BACHARELADO EM CINCIA DA COMPUTAO

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    QUESTO 21

    Considere a relao EMPREGADO (NumeroEmp, RG, nome, sobrenome,

    salario, endereco), em que o atributo grifado corresponde chave primria

    da relao. Suponha que se deseje realizar as seguintes consultas:

    1 Listar o nome dos empregados com sobrenome Silva;

    2 Listar o nome dos empregados em ordem crescente de seus

    sobrenomes.

    Em relao definio de um ndice sobre o atributo sobrenome para melhorar o

    desempenho das consultas acima, julgue os itens a seguir.

    I Um ndice que implemente rvore-B+ ser adequado para melhorar o

    desempenho da consulta 1.

    II Um ndice que implemente rvore-B+ ser adequado para melhorar o

    desempenho da consulta 2.

    III Um ndice que implemente uma funo hash ser adequado para melhorar odesempenho da consulta 1.

    IV Um ndice que implemente uma funo hash ser adequado para melhorar o

    desempenho da consulta 2.

    Assinale a opo correta.

    (A) Apenas um item est certo.(B) Apenas os itens I e II esto certos.(C) Apenas os itens III e IV esto certos.(D) Apenas os itens I, II e III esto certos.(E) Todos os itens esto certos.

    Gabarito: Alternativa D

    Autor: Eduardo Henrique Pereira de Arruda

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    Comentrio:

    O tema central da questo est relacionado otimizao de desempenho,

    mais precisamente s estruturas de acesso que podem ser utilizadas paraotimizar a execuo de consultas. So referidas duas estruturas: rvores-B e

    Funes Hash.

    Particularmente, a questo cinge-se ao fato de que rvores-B se prestam

    para otimizar consultas por igualdade, desigualdade e com ordenao. J

    Funes Hash podem otimizar o acesso apenas para consultas por igualdade.

    A consulta 1 uma consulta por igualdade e a consulta 2 uma consulta

    com ordenao, ambas sobre a coluna sobrenome.A assertiva I est correta, pois uma rvore-B se presta para otimizao de

    consultas por igualdade, caso da consulta 1.

    A assertiva II est correta, pois uma rvore-B se presta para otimizao de

    consultas com ordenao, caso da consulta 2.

    A assertiva III est correta, pois uma Funo Hash se presta para

    otimizao de consultas por igualdade, caso da consulta 1.

    J a assertiva IV est incorreta, pois a existncia da Funo Hash sobre a

    coluna sobrenome no auxiliar na ordenao do resultado e acabar sendo

    empregado um algoritmo de EXTERNAL SORTING para executar tal tarefa.

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    QUESTO 22

    Qual tipo de software tradutor deve ser utilizado para programas em geral,

    quando a velocidade de execuo uma exigncia de alta prioridade?

    (A) compiladores(B) interpretadores(C) tradutores hbridos(D) macroprocessadores(E) interpretadores de macroinstrues

    Gabarito: Alternativa A

    Autor: Alexandre Agustini

    Comentrio:

    Esta questo diz respeito a diferentes tipos de tradutores: programas que

    recebem como entrada um programa em uma linguagem-fonte e traduzem esta

    entrada para um programa equivalente em uma linguagem-objeto, ou linguagem-

    alvo:

    - compilador realiza a traduo de um programa em linguagem de altonvel (pascal, c, etc.) para linguagem de mquina, eventualmente de montagem. A

    execuo de um programa compilado corresponde ao carregamento em memria

    e desvio do fluxo de execuo.

    - interpretadores realiza a traduo para um programa objeto apenas no

    momento da execuo medida que as instrues so executadas, tornando os

    programas interpretados claramente mais lentos que os programas compilados.

    - tradutores hbridos um termo utilizado para compiladores que geram

    cdigo para um cdigo intermedirio (virtual), que ser, em tempo de execuo,

    interpretado por uma mquina virtual. So exemplos de tradutores hbridos o

    tradutor Java e linguagens que geram cdigo para a plataforma .NET. Como o

    cdigo gerado ser interpretado em tempo de execuo, esta alternativa tambm

    torna o cdigo menos eficiente que o cdigo gerado por um compilador.

    - macroprocessadores traduzem programas escritos em linguagem de

    alto nvel (macros) em outros programas tambm escritos em linguagem de alto

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    nvel, que dever ser posteriormente traduzido. Desta forma no se aplicam como

    resposta questo.

    - interpretadores de macroinstrues macroinstrues dizem respeito aconjuntos de instrues que podem ser utilizados como uma nica instruo ao

    longo de um programa em linguagem de montagem, no se aplicando a

    programas em geral.

    Conclui-se, ento, que a resposta correta a alternativa A (Compiladores).

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    QUESTO 23

    Considere o esquema de banco de dados relacional apresentado a seguir,

    formado por 4 relaes, que representa o conjunto de estudantes de uma

    universidade que podem, ou no, morar em repblicas (moradias compartilhadas

    por estudantes). A relao Estudante foi modelada como um subconjunto da

    relao Pessoa. Considere que os atributos grifados correspondam chave

    primria da respectiva relao e os atributos que so seguidos da palavra

    referenciasejam chaves estrangeiras.

    Pessoa(IdPessoa:integer, Nome:varchar(40),Endereco:varchar(40))FonePessoa(IdPessoa:integer referencia Pessoa,DDD:varchar(3), Prefixo:char(4), Nro:char(4))Republica(IdRep:integer, Nome:varchar(30),Endereco:varchar(40))Estudante(RA:integer, Email:varchar(30), IdPessoa:integerreferencia Pessoa, IdRep:integer referencia Republica)

    Suponha que existam as seguintes tuplas no banco de dados:

    Pessoa(1, Jos Silva, Rua 1, 20);

    Republica(20, Vrzea, Rua Chaves, 2001)

    Qual opo apresenta apenas tuplas vlidas para esse esquema de banco de

    dados relacional?

    (A) Estudante(10, [email protected], null, 20);FonePessoa(10, 019, 3761, 1370)

    (B) Estudante(10, [email protected], 1, null);FonePessoa(10, 019, 3761, 1370)

    (C) Estudante(10, [email protected], 1, 20); FonePessoa(1,null, 3761, 1370)

    (D) Estudante(10, [email protected], 1, 50); FonePessoa(1,019, 3761, 1370)

    (E) Estudante(10, [email protected], 1, null); FonePessoa(1,019, 3761, 1370)

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    Gabarito: Alternativa E

    Autor: Eduardo Henrique Pereira de Arruda

    Comentrio:

    A questo trata de restries de integridade de identidade (chave primria)

    e referencial (chaves estrangeiras).

    Elimina-se de pronto as alternativas onde est violada a integridade

    referencial:

    Alternativa A: FonePessoa referencia IdPessoa = 10.

    Alternativa B: FonePessoa referencia IdPessoa = 10.Alternativa D: Estudante referencia IdRep = 50.

    Restam as alternativas C e E que esto corretas neste ponto.

    No que se refere integridade de entidade, a alternativa C est incorreta,

    pois em FonePessoa h um atributo integrante da chave primria com valor nulo.

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    QUESTO 24

    Considere o bloco decodificador ilustrado acima, o qual opera segundo a tabela

    apresentada. Em cada item a seguir, julgue se a funo lgica mostrada

    corresponde ao circuito lgico a ela associado.

    Assinale a opo correta.

    (A) Apenas um item est certo.(B) Apenas os itens I e II esto certos.(C) Apenas os itens I e III esto certos.

    (D) Apenas os itens II e III esto certos.(E) Todos os itens esto certos.

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    Gabarito: Alternativa E

    Autor: Carlos Augusto Prolo

    Comentrio:

    Das questes que eu comentei, esta foi sem dvida a que deu mais

    trabalho. No porque seja difcil. Mas porque existem vrias maneiras diferentes

    de se resolver a questo em um tempo razovel, aproveitando-se

    oportunisticamente dos conhecimentos que se dispe. Tendo resolvido a questo,

    quando mais tarde comecei a escrever meu comentrio, iniciei com a seguinte

    frase: O decodificador apresentado o tradicional gerador de mintermos... e

    quando percebi estava prestes a escrever um tratado. E percebi que eu no tinha

    usado para resolver a questo nem 10% do que estava escrevendo. Embora todo

    esse conhecimento seja relevante e til como possvel abordagem para esta e

    outras questes, isto funo de um livro e no de um comentrio como este.

    Serei aqui mais objetivo.

    Cada item da questo apresenta um circuito e uma expresso booleana e

    pede que se avalie se eles representam a mesma funo lgica. Uma maneira de

    fazer isto em cada item produzir a tabela verdade de ambos, circuito e

    expresso, e verificar se so idnticas. Abaixo seguem as tabelas para cada um

    dos itens. A seguir, comentrios a respeito das mesmas:

    ITEM IIIA B CIRCUITO EXPRESSO0 0 0 00 1 1 11 0 1 11 1 1 1

    ITEM IIA B CIRCUITO EXPRESSO0 0 0 00 1 0 01 0 0 01 1 1 1

    ITEM IA B CIRCUITO EXPRESSO0 0 0 00 1 1 11 0 1 11 1 0 0

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    Dadas as tabelas acima, fica bvio que nos trs casos o circuito e a

    expresso representam a mesma funo (o que remete alternativa E). Agora

    vamos discutir como as tabelas podem ser construdas.A funo dada pela expresso a mais fcil. Basta avaliar a funo para

    cada par de valores da entrada: 00, 01, 10, e 11. No entanto, se voc

    simplesmente percebe que a primeira funo um ou-exclusivo (xor) e dado que

    as outras duas expresses so triviais (ande or), a tabulao simples.

    Quanto coluna do circuito: no item I, temos um ordas sadas 1 e 2 do

    decodificador. Neste caso, voc pode fazer o ordas colunas das sadas 1 e 2 da

    tabela no topo da questo, ou se voc entendeu que o decodificador umgerador de mintermos e que a porta orest implementando a funo como soma

    de mintermos (1 e 2), voc imediatamente coloca 1s nessas duas linhas e 0s

    nas linhas 0 e 3. Ou seja, dependendo da sua familiaridade com os diversos

    conceitos voc pode agilizar a resoluo da questo ou ainda usar uma

    abordagem para verificar a correo do que voc fez atravs da outra abordagem,

    reduzindo chance de erros.

    No circuito do item II, o processo semelhante ao anterior, porm o

    resultado da porta or invertido, conforme indicado pela bolinha na sada da

    porta. Ento temos uma linha em que preliminarmente haveria 1s nas linhas 0, 1

    e 2, e 0 na linha 3, porm a bolinha inverte esses valores, resultando os valores

    na coluna da tabela II acima.

    Infelizmente, o circuito do item III, que bastante sutil, pode comprometer

    toda a questo, pois se voc analis-lo mal optar pela resposta B para a

    questo. As sutilezas aqui so duas. Primeiro, voc tem que saber o que fazer

    com aquele ou-exclusivo de trs entradas. Tecnicamente, voc seria instado a

    lembrar que uma porta xorcom mltiplas entradas, por conveno, implementa

    uma generalizao do ou-exclusivo definida como tendo sada 1 se e somente se

    o nmero de entradas com o valor 1 mpar. A segunda sutileza perceber que,

    como o decodificador gera apenas uma sada em 1 num dado momento, aquela

    porta xor, na verdade, est tendo o mesmo papel que seria desempenhado por

    uma porta or, ou seja, soma de mintermos.

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    QUESTO 25

    A figura acima ilustra uma imagem binria com pixels brancos formando retas

    sobre um fundo preto. Com relao aplicao de transformadas sobre essa

    imagem, assinale a opo correta.

    (A) A transformada de Fourier, quando aplicada imagem descrita, produz

    como resultado um mapa de freqncias que equivale ao histograma dosnveis de cinza das retas presentes.(B) A transformada de Hadamard da imagem apresentada tem resultado

    equivalente aplicao de um filtro passa-baixas, o que destaca as retasexistentes.

    (C) Ao se aplicar a transformada da distncia imagem binria, considerandopixels brancos como objetos, so geradas as distncias entre as retaspresentes e o centro da imagem, o que permite identificar as equaes dasretas formadas na imagem.

    (D) O uso da transformada dos cossenos produz uma lista dos coeficienteslineares e angulares das diversas retas existentes nessa imagem binria.

    (E) O resultado da aplicao da transformada de Hough usando parametrizaode retas um mapa cujos picos indicam ospixels colineares, permitindo quesejam identificados coeficientes que descrevem as diversas retas formadasna imagem.

    Gabarito: Alternativa E

    Autora: Soraia Raupp Musse

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    Comentrio:

    A questo poderia ser respondida por intermdio da eliminao de algumas

    opes. Ainda assim, dentre os conceitos vistos em graduao (normalmente emdisciplina de Computao Grfica), no se aprofundam as reas de

    transformadas e filtros. Portanto, os alunos no conheceriam transformadas

    especficas como Hadamard e Hough. Acredito que somente alunos bolsistas de

    iniciao cientfica na rea especfica de processamento de imagens teriam

    condies de acertar esta questo.

    A) A Transformada de Fourier no equivalente a um histograma dos

    nveis de cinza. De fato, a Transformada de Fourier reflete adecomposio da imagem original em seus componentes de

    frequncia espacial nas direes horizontal e vertical.

    B) A Transformada de Hadamard no um filtro passa-baixa. Alm

    disso, um filtro passa-baixa suaviza a imagem, o que borraria as retas

    ao invs de destac-las.

    C) A transformada da distncia aplicada a uma imagem binria gera

    outra imagem (em tons de cinza) cujo valor para cada pixel a menor

    distncia entre esse pixel e qualquer outro do objeto da imagem

    binria de entrada (e no a distncia entre as retas e o centro da

    imagem, conforme o enunciado).

    D) A Transformada dos Cossenos (DCT) similar Transformada de

    Fourier, mas usa apenas cossenos como base para a transformao.

    Seu resultado descreve os componentes de frequncia da imagem, e

    no coeficientes lineares ou angulares de retas.

    E) RESPOSTA CORRETA. A Transformada Hough usada para

    reconhecimento de linhas ou crculos.

    Agradeo a Cludio Jung e Jlio C. J. Jr pela colaborao nesta resposta.

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    QUESTO 26

    Figura I

    Figura II

    As figuras I e II apresentam duas imagens, ambas com resoluo de 246 pixels

    300 pixels, sendo que a figura I apresenta 256 nveis de cinza e a figura II, 4

    nveis de cinza. Considere que a imagem da figura I seja a original, tendo sidomanipulada em um nico atributo para gerar a imagem da figura II. Nessa

    situao, em qual atributo se diferenciam as imagens I e II acima?

    (A) resoluo(B) quantizao(C) iluminao(D) escala(E) amostragem espacial

    Gabarito: Alternativa B

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    Autores: Isabel Harb Manssour, Marcelo Cohen e Mrcio Sarroglia Pinho

    Comentrio:Tanto pelo enunciado da questo, como pelas figuras, fica claro que houve

    uma reduo nos nveis de cinza da imagem. Este processo de reduo do

    nmero de cores conhecido como quantizao, e um dos conceitos bsicos

    de Processamento de Imagens estudado na Graduao. Portanto:

    A) Resoluo a quantidade depixels (geralmente expressa por colunas

    x linhas) de uma determinada imagem. Neste caso, no h diferena

    entre as duas imagens apresentadas.

    B) RESPOSTA CORRETA, conforme explicado acima.

    C) Iluminao diz respeito distribuio e caracterstica da luz que incide

    em toda uma imagem. Considerando esse aspecto, no se nota

    diferena entre as duas imagens.

    D) Escala o tamanho com que uma imagem exibida. Neste caso, as

    imagens I e II so mostradas com o mesmo tamanho.

    E) Para uma imagem ser armazenada em um computador, deve ser

    aplicado um processo de discretizao de coordenadas espaciais, que

    chamado de amostragem. Uma mudana na taxa de amostragem

    espacial implicaria em uma mudana de resoluo, o que no ocorreu

    nas imagens apresentadas.

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    QUESTO 27

    Em redes locais de computadores, o protocolo de controle de acesso ao meio

    define um conjunto de regras que devem ser adotadas pelos mltiplos dispositivos

    para compartilhar o meio fsico de transmisso. No caso de uma rede Ethernet

    IEEE 802.3 conectada fisicamente a um concentrador (hub), em que abordagem

    se baseia o protocolo de controle de acesso ao meio?

    (A) na passagem de permisso em anel(B) na ordenao com conteno(C) na ordenao sem conteno

    (D) na conteno com deteco de coliso(E) na arbitragem centralizada

    Gabarito: Alternativa D

    Autoras: Ana Cristina Benso da Silva e Cristina Moreira Nunes

    Comentrio:

    O protocolo de controle de acesso ao meio utilizado em uma rede Ethernet

    IEEE 802.3 o CSMA/CD, o qual se baseia na conteno com deteco de

    coliso. Isso significa que, ao enviar um quadro, a estao de envio deve primeiro

    verificar se o meio est livre (conteno) para ento realizar a transmisso do

    mesmo. Caso durante o envio ocorra uma coliso com outro quadro que tambm

    est sendo transmitido no mesmo tempo, a coliso ser detectada e ambas as

    estaes, que estavam transmitindo seus quadros, devem esperar um tempo

    aleatrio para tentar retransmiti-los.

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    QUESTO 28

    A figura acima mostra uma rvore de deciso construda por um algoritmo de

    aprendizado indutivo a partir de um conjunto de dados em que os objetos so

    descritos por 4 atributos: X1, X2, X3 e X4. Dado um objeto de classe

    desconhecida, essa rvore classifica o objeto na classe 1 ou na classe 2. A tabela

    a seguir apresenta trs objetos a serem classificados: O1, O2 e O3.

    A que classes corresponderiam, respectivamente, os objetos O1, O2 e O3?

    (A) 1, 1 e 2

    (B) 1, 2 e 1(C) 2, 1 e 2(D) 2, 2 e 1(E) 1, 1 e 1

    Gabarito: Alternativa A

    Autora: Renata Viera

    Comentrio:

    A questo apresenta uma rvore de deciso e solicita, como resposta, aclassificao de trs objetos 01, 02 e 03.

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    Para responder questo, necessrio observar as caractersticas

    descritivas de cada objeto, que so apresentadas na tabela, e seguir o fluxo

    descrito pela rvore. Os ns das rvores representam cada uma dascaractersticas observveis dos objetos, e os ns folhas representam as classes,

    que o valor solicitado como resposta para cada objeto.

    Conforme o valor apresentado pelo objeto para um conjunto predefinido de

    caractersticas, um determinado caminho ser percorrido na rvore, levando a

    uma classificao.

    O objeto O1, por exemplo, possui para a caracterstica X1 o valor a. De

    acordo com o fluxo definido na rvore para objetos com valor X1 = a, a prximacaracterstica a ser observada X3. O valor do objeto O1 para X3 20 (conforme

    descrito na tabela) e, portanto, menor ou igual a 35, o que indica que devemos

    seguir para o prximo n esquerda. O prximo nodo esquerda um nodo

    folha (ou terminal). Como dito acima, os nodos folhas representam as classes.

    Portanto, dadas as caractersticas de O1 (representadas na primeira linha da

    tabela) e o fluxo correspondente na rvore para estas caractersticas, pode-se

    concluir que O1 pertence classe 1.

    Procedemos da mesma maneira para os prximos objetos O2 e O3. O2

    possui b como valor de X1, o que nos leva imediatamente a uma definio de

    classe. Nesse caso, a classe de O2 definida como 1.

    Para classificar O3, que apresenta X1=c, seguimos para a verificao do

    valor de X2, que M e nos leva identificao de O3 como sendo um objeto da

    classe 2.

    A resposta da questo , portanto, letra A: 1,1,2.

    A questo de soluo simples, pois considera a aplicao de uma rvore

    de deciso a um conjunto de exemplos (os objetos). Requer apenas o

    conhecimento do conceito principal do que uma rvore de deciso. No tema

    rvores de deciso, questes mais complexas poderiam considerar o processo de

    induo, ou seja, os algoritmos que a partir de exemplos induzem

    automaticamente uma rvore.

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    QUESTO 29

    Considere a gramtica G definida pelas regras de produo ao lado,

    em que os smbolos no-terminais so S, A e B, e os smbolos

    terminais so a e b.

    Com relao a essa gramtica, correto afirmar que

    (A) a gramtica G ambgua.(B) a gramtica G uma gramtica livre de contexto.(C) a cadeia aabbb gerada por essa gramtica.(D) possvel encontrar uma gramtica regular equivalente a G.

    (E) a gramtica G gera a cadeia nula.

    Gabarito: Alternativa D

    Autor: Carlos Augusto Prolo

    Comentrio:

    Esta questo muito bem feita, mas difcil, porque consegue entrelaar, de

    maneira sutil, vrios conceitos de Linguagens Formais em uma nica questo: a

    diferena entre o conceito de linguagem e o formalismo usado para descrev-la,

    tipos de gramticas, classes de linguagens, conceito de ambiguidade em

    linguagens formais, interpretao da linguagem expressa por uma gramtica

    irrestrita que no livre de contexto, e ainda a capacidade de classificar a

    linguagem extrada da gramtica original, percebendo que ela bem mais

    simples do que o poder de descrio do tipo de gramtica usado na questo.

    Devido ao nmero de tpicos envolvidos, vou resistir tentao de cobrir cada

    tpico envolvido de maneira sistemtica. Ao invs, vou usar uma abordagem mais

    guiada.

    Quanto ao tipo da gramtica, ela no livre de contexto (alternativa B),

    pois uma das regras, a segunda, tem dois smbolos do lado esquerdo. As

    gramticas livres de contexto so caracterizadas por terem as regras na forma:

    A, onde A um no terminal (ou varivel) e uma sequncia de smbolos

    terminais e no terminais possivelmente vazia. Alm de obviamente se adequar

    ao tipo mais geral de gramticas irrestritas da Hierarquia de Chomsky, a

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    gramtica tambm obedece s restries do tipo de gramtica sensvel ao

    contexto.

    Quanto linguagem gerada, a gramtica gera sentenas que tm a formaanb, com n>=1, ou, de outra maneira, a*ab. Se no, vejamos: o smbolo inicial

    obviamente S. (Apesar de isto no estar explcito, francamente falando, no vejo

    o menor cabimento em algum sugerir anulao da questo devido a este

    filigrana.) O primeiro passo de uma derivao tem que serS==> AB. A partir da,

    pode-se usar a regra AB AAB um nmero indefinido de vezes, acrescentando

    assim novos As. Finalmente as duas ltimas regras permitem substituir os no

    terminais A e B pelos terminais a e b, respectivamente. Uma sequncia dederivao tpica tem ento a forma (tomamos a liberdade de usar o asterisco

    caracterstico da operao de fechamento de Kleene, como em A*, para denotar

    uma sequncia de 0 ou mais As na forma sentencial):

    S ==> AB ==> AAB ==> AAAB ==> ... ==> AA*B ... ==> aa*b.

    A linguagem aa*b gerada (as sentenas so iniciadas por um a, seguido

    de 0 ou mais as, e terminadas por um b) claramente uma linguagem regular,

    pois a expresso aa*b uma expresso regular, que exatamente um dos

    formalismos usados para caracterizar a classe de linguagens regulares. Em

    termos de gramticas, h dois subtipos particulares de gramticas livres de

    contexto cujo poder de representao se restringe exatamente s linguagens

    regulares. Esses dois tipos de gramtica, as gramticas regulares direita e as

    gramticas regulares esquerda, so conjuntamente conhecidos como

    gramticas regulares. Portanto, a alternativa D correta. Por curiosidade, uma

    gramtica linear direita para aa*b pode ser to simples como a formada pelas

    regras:

    S aS | ab

    (A caracterstica de uma gramtica regular direita que o lado esquerdo

    das produes pode ter no mximo um no terminal, e, quando houver, este deveser o smbolo mais direita.)

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    Pode parecer bastante surpreendente para alguns que uma gramtica que

    sequer livre de contexto, gera uma linguagem que no s livre de contexto,

    mas, mais do que isso, regular. Esta foi provavelmente uma das intenes dosformuladores da questo. Uma linguagem regular aquela que to simples que

    pode ser representada por uma gramtica regular. Mas nada impede que

    sejam usadas regras tpicas de formalismos das gramticas com poder de

    descrio bem maior, dependendo do contexto da aplicao. Uma rea em que

    uma situao como esta poderia fazer sentido a de aplicaes relacionadas

    modelagem da fala.

    Uma gramtica livre de contexto dita ambgua se existir alguma sentenapara a qual exista mais de uma rvore de derivao. No caso, a gramtica no

    livre de contexto. E lcito perguntar qual seria a interpretao para o conceito de

    ambiguidade em gramticas que no so livres de contexto. Uma resposta que

    a literatura no define ambiguidade nem sequer para gramticas sensveis ao

    contexto como a acima. E me arrisco a adotar a posio de que realmente no faz

    sentido, a menos que as regras fossem marcadas quanto ao contexto. Por

    exemplo, a segunda produo da gramtica da questo poderia ser vista como

    (os contextos esto entre colchetes)

    [] A [B] [] AA [B] ou [A] B [] [A] AB [].

    Sem este tipo de marcao, nem o conceito de rvore faz sentido, menos

    ainda o de ambiguidade. Vejam que o exemplo da prpria questo justifica que

    no faz sentido julgar que uma gramtica sensvel ao contexto ambgua. Por

    fim, alguns s vezes confundem ambiguidade com a mera existncia de mais deuma sequncia de derivao. Veja ento o comentrio a este respeito na

    questo 39.

    Para encerrar a questo, as alternativas C e E esto incorretas porque nem

    a sentena nula, nem a sentena aabbb tm o formato aa*b (note que as

    sentenas da linguagem tm exatamente um b).

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    QUESTO 30

    Na comunicao sem fio, o espectro de radiofreqncia adotado um recurso

    finito e apenas determinada banda de freqncia est disponvel para cada

    servio. Dessa forma, torna-se crtico explorar tcnicas de mltiplo acesso que

    permitam o compartilhamento da banda de freqncia do servio entre os

    usurios. Qual opo apresenta apenas tcnicas de mltiplo acesso para o

    compartilhamento da banda de freqncia alocada a um servio?

    (A) Bluetooth, WiFi e WiMax

    (B) CDMA, GSM, TDMA(C) 3G, WAP e ZigBee(D) CDMA, FDMA e TDMA(E) CCMP, TKIP e WEP

    Gabarito: Alternativa D

    Autoras: Ana Cristina Benso da Silva e Cristina Moreira Nunes

    Comentrio:

    A questo faz relao a tcnicas de mltiplo acesso que compartilham

    banda de frequncia entre os usurios. A nica resposta que indica somente

    tcnicas de mltiplo acesso a letra D, onde:

    CDMA (Code Division Multiple Access): tanto os dados quanto a voz

    so separados dos sinais por cdigos e depois so transmitidos em

    um amplo conjunto de frequncias.

    FDMA (Frequency Division Multiple Access): o espectro de

    frequncias disponvel dividido em faixas relativamente estreitas(30KHZ), que so os canais. Cada um desses canais alocado a um

    usurio no momento de realizao da chamada.

    TDMA (Time Division Multiple Access): divide os canais de frequncia,

    e cada usurio utiliza um espao de tempo especfico para impedir

    interferncias.

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    QUESTO 31

    Julgue os itens a seguir, relativos a mtodos de busca com informao (busca

    heurstica) e sem informao (busca cega), aplicados a problemas em que todas

    as aes tm o mesmo custo, o grafo de busca tem fator de ramificao finito e as

    aes no retornam a estados j visitados.

    I A primeira soluo encontrada pela estratgia de busca em largura a

    soluo tima.

    II A primeira soluo encontrada pela estratgia de busca em profundidade a

    soluo tima.III As estratgias de busca com informao usam funes heursticas que,

    quando bem definidas, permitem melhorar a eficincia da busca.

    IV A estratgia de busca gulosa eficiente porque expande apenas os ns que

    esto no caminho da soluo.

    Esto certos apenas os itens

    (A) I e II.(B) I e III.(C) I e IV.(D) II e IV.(E) III e IV.

    Gabarito: Alternativa B

    Autor: Michael da Costa Mra

    Comentrio:

    Analisando as quatro alternativas elencadas, temos:

    I a Busca em Largura gera a rvore de busca nvel a nvel, ou seja, antes de

    testar um novo nodo em um nvel n da rvore, o algoritmo garante que verifica

    todos os nodos do nvel n-1. Como o grafo de busca tem fator de ramificao

    finito, garantido que a estratgia de busca em amplitude no incorrer em um

    lao infinito gerando nodos de um determinado nvel. Como as aes tm todas o

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    mesmo custo c (positivo), se uma soluo for encontrada em um nvel n, esta ser

    necessariamente melhor que uma soluo encontrada em um nvel m > n, pois

    se m > n ento c*m > c*n

    Da mesma forma, como todas as aes tm o mesmo custo, todos os

    nodos de um mesmo nvel tero o mesmo custo. Logo, essa estratgia encontra

    uma soluo tima, e a afirmao est correta.

    II J na busca e