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O Nation é um clube de investimento de pequeno porte entre os milhares que operam na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Tem dez integrantes e desde a sua criação no segundo semestre do ano pas- sado alcançou uma rentabilidade de 10%. O clube segue a mesma lógica dos seus similares: buscar boas oportunidades no mercado acionário brasi- leiro. Um dos diferenciais do Nation é uma crença compartilhada por todos os sócios. “Sem tecnolo- gia não há como ser rápido na tomada de decisões e na distribuição de informações para os cotistas”, afirma Ana Barbas, gestora do clube. Diante dessa premissa, os dados e resultados dos investimen- tos são acessados através de um portal fechado na internet onde cada pessoa envolvida na ope- ração pode saber em segundos como está o an- damento da sua carteira. É possível identificar a variação diária e o histórico do clube. São Paulo,07 de abril de 2008 – Edição 568 – www.bites.com.br Redes de investimento O conceito de redes sociais fechadas agora chega aos clubes de investidores da Bovespa O próximo movimento nessa direção da ino- vação ocorrerá em algumas semanas. O Nation será o primeiro clube de investimento do País a ter uma rede social fechada. “Pegamos o conceito de mídia social, fizemos alguns ajustes e o adota- mos dentro do mercado de ações”, afirma Sérgio Cavalcanti , diretor da Sonet, a companhia respon- sável pelo desenvolvimento do software que será utilizado pelo Nation e um dos cotistas do clube. “Quem está no mercado de ações quer conversar, trocar informações e obter dicas para continuar operando.” O teste no clube é apenas o piloto da Sonet. A empresa vai oferecer o seu programa de computador para clientes de matizes diferentes, incluindo os clubes de investimento. Segundo a Bovespa existem hoje em operação 2.312 clubes que reúnem cerca de 150 mil investidores. É den- tro desse mercado que a Sonet espera criar várias redes sociais privadas. O mundo corporativo descobriu o potencial das comunidades fechadas dentro da internet. Após a explosão de serviços como o Orkut, que tem no Brasil o seu maior mercado, e Facebook, as empre- sas estão apostando em caminhos baseados no conceito de web 2.0 para aglutinar interesses e conteúdo dos seus funcionários. A Sonet é apenas parte de um fenômeno que começa a tomar conta do setor privado. Há quatro semanas, o Centro de Estudos Avançados do Recife (CESAR) também anunciou seu ingresso nesse mercado com um software batizado de AMIGOS. O produto da insti- tuição pernambucana é mais voltado para empre- sas acima de 1.000 funcionários. O Sonet vai em busca dos pequenos e médios, interessados em garantir para os seus empregados a mesma expe- riência virtual de quem utiliza hoje o Orkut ou ser- viços do gênero. “O mercado está na nossa frente à espera de ser explorado”, afirma Cavalcanti.

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O conceito de redes sociais fechadas agora chega aos clubes de investidores da Bovespa São Paulo,07 de abril de 2008 – Edição 568 – www.bites.com.br

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O Nation é um clube de investimento de pequeno porte entre os milhares que operam na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Tem dez integrantes e desde

a sua criação no segundo semestre do ano pas-sado alcançou uma rentabilidade de 10%. O clube segue a mesma lógica dos seus similares: buscar boas oportunidades no mercado acionário brasi-leiro. Um dos diferenciais do Nation é uma crença compartilhada por todos os sócios. “Sem tecnolo-gia não há como ser rápido na tomada de decisões e na distribuição de informações para os cotistas”, afirma Ana Barbas, gestora do clube. Diante dessa premissa, os dados e resultados dos investimen-tos são acessados através de um portal fechado na internet onde cada pessoa envolvida na ope-ração pode saber em segundos como está o an-damento da sua carteira. É possível identificar a variação diária e o histórico do clube.

S ã o P a u l o , 0 7 d e a b r i l d e 2 0 0 8 – E d i ç ã o 5 6 8 – w w w. b i t e s . c o m . b r

Redes de investimentoO conceito de redes sociais fechadas agora chega aos clubes de investidores da Bovespa

O próximo movimento nessa direção da ino-vação ocorrerá em algumas semanas. O Nation será o primeiro clube de investimento do País a ter uma rede social fechada. “Pegamos o conceito de mídia social, fizemos alguns ajustes e o adota-mos dentro do mercado de ações”, afirma Sérgio Cavalcanti, diretor da Sonet, a companhia respon-sável pelo desenvolvimento do software que será utilizado pelo Nation e um dos cotistas do clube. “Quem está no mercado de ações quer conversar, trocar informações e obter dicas para continuar operando.” O teste no clube é apenas o piloto da Sonet. A empresa vai oferecer o seu programa de computador para clientes de matizes diferentes, incluindo os clubes de investimento. Segundo a Bovespa existem hoje em operação 2.312 clubes que reúnem cerca de 150 mil investidores. É den-tro desse mercado que a Sonet espera criar várias redes sociais privadas.

O mundo corporativo descobriu o potencial das comunidades fechadas dentro da internet. Após a explosão de serviços como o Orkut, que tem no Brasil o seu maior mercado, e Facebook, as empre-sas estão apostando em caminhos baseados no conceito de web 2.0 para aglutinar interesses e conteúdo dos seus funcionários. A Sonet é apenas parte de um fenômeno que começa a tomar conta do setor privado. Há quatro semanas, o Centro de Estudos Avançados do Recife (CESAR) também anunciou seu ingresso nesse mercado com um software batizado de AMIGOS. O produto da insti-tuição pernambucana é mais voltado para empre-sas acima de 1.000 funcionários. O Sonet vai em busca dos pequenos e médios, interessados em garantir para os seus empregados a mesma expe-riência virtual de quem utiliza hoje o Orkut ou ser-viços do gênero. “O mercado está na nossa frente à espera de ser explorado”, afirma Cavalcanti.