indústria da mineração nº 23

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PDAC 2009: IBRAM participa do maior evento mundial de exploração mineral É o segundo estudo realizado pelo Instituto na região O panorama da indústria cimenteira. José Otávio Carvalho, do SNIC, conta como o setor reage à crise EXPOSIBRAM 2009 já tem quase 50 expositores confirmados. Espera-se receber mais de 50 mil visitantes nesta edição IBRAM Amazônia divulga novo levantamento da Balança Comercial do Pará Salviano Machado/Vale março de 2009 Ano IV - nº 23 Mineração indústria da

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Page 1: Indústria da Mineração nº 23

PDAC 2009: IBRAM participa do maior evento mundial de

exploração mineral

É o segundo estudo realizado pelo Instituto na região

O panorama da indústria cimenteira. José Otávio Carvalho, do SNIC, conta como

o setor reage à crise

EXPOSIBRAM 2009 já tem quase 50 expositores

confirmados. Espera-se receber mais de 50 mil visitantes nesta edição

IBRAM Amazônia divulga novo

levantamento da Balança Comercial

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EXPEDIENTE Indústria da Mineração - Informativo do Instituto Brasileiro de Mineração

DIRETORIA EXECUTIVA: Presidente: Paulo Camillo Vargas Penna / Diretor de Assuntos Minerários: Marcelo Ribeiro Tunes / Diretor de Assuntos Ambientais: Rinaldo César MancinCONSELHO DIRETOR: Presidente: Roberto Negrão de Lima / Vice-Presidente: César Weinschenck de Faria

Produção: Profissionais do Texto – [email protected] / Jorn. Resp.: Sérgio Cross (MTB3978) Tiragem: 10 mil

Sede: SHIS QL 12 Conjunto 0 (zero) Casa 04 – Lago Sul – Brasília/DF – CEP 71630-205Fone: (61) 3364.7272 / Fax: (61) 3364.7200 – E-mail: [email protected] – Portal: www.ibram.org.br

IBRAM-Amazônia: Av Gov. José Malcher, 815 s/ 313/14 – Ed. Palladium Center – CEP: 66055-260 – Belém/PAFone: (91) 3230.4066/55 – E-mail: [email protected]

IBRAM - MG: Rua Alagoas, 1270, 10º andar, sala 1001, Ed. São Miguel, Belo Horizonte/MG – CEP 30.130-160 – Fone: (31) 3223.6751 – E-mail: [email protected]

Sugestões? Basta enviar um e-mail para [email protected]

EDITORIAL

IBRAM anuncia Programa de Segurança em Barragens de Rejeitos

Na segunda semana de maio, o IBRAM fará o lançamento oficial do Programa Especial de Segurança em Barragens de Rejeitos, em Belo Horizonte (MG). A iniciativa surgiu da preocupação do Instituto em reverter o quadro trágico dos acidentes em barragens de rejeitos, que acontecem no Brasil e, ainda, proporcionar um modelo de monitoramento constante nessas construções por meio de treinamentos de profissionais do setor. Para que isso se con-solide empresas mineradoras e órgãos dos governos municipais, estaduais e federal terão que formalizar sua adesão ao Programa. Confira mais informações sobre o assunto na próxima edição deste jornal e também no site do IBRAM.

CPRM realiza pesquisa sobre

produtos e serviços

O Serviço Geológico do Brasil – CPRM está promovendo pesquisa de opinião pública sobre seus produtos e serviços. Direcionado ao público externo, o objetivo é aferir o grau de satisfação dos usuários e clientes da CPRM quanto à qualidade e utilização dos produtos e serviços prestados.

Os dados obtidos neste levantamento auxiliarão a produção de relatórios de acom-panhamento dos projetos e das ações desen-volvidas pela empresa, dentro do Programa Geologia do Brasil. Esses relatórios são forne-cidos ao SIGPLAN – Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Os interessados podem responder o questio-nário pelo site: www.cprm.gov.br/ouvi/pesquisa

Ano ímpar é ano de Exposição Internacional de Mineração - EXPOSIBRAM, em Minas Gerais. Há mais de 20 anos, o IBRAM realiza este evento simultaneamente ao Congresso Brasileiro de Mineração, um marco para o setor. É neste encontro que muitas empresas fecham negócios e estabelecem excelentes contatos, conhecem novas tecnologias e aprofundam conhecimentos por meio das palestras promovidas no Congresso.

A EXPOSIBRAM 2009 espera receber mais de 50 mil visitantes entre 21 e 24 de setembro. A venda dos estandes já começou. Outras informações podem ser obtidas no site: www.exposibram.org.br

Nesta edição do jornal Indústria da Mineração, o leitor poderá conferir o último levan-tamento da Balança Comercial do Pará – realizado pelo IBRAM Amazônia. A exportação mineral neste Estado, por exemplo, atingiu US$ 9 bilhões em 2008, representando um crescimento de 43%.

Na seção Entrevista, José Otávio Carvalho, Vice-Presidente Executivo do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento - SNIC, conta como a indústria cimenteira está se comportando diante da crise econômica, e ainda explica como a indefinição na legislação de cavernas, em todos esses anos, trouxe grandes dificuldades a esta indústria.

Boa Leitura!

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O IBRAM promove a EXPOSIBRAM 2009 em BH há mais de 20 anos

Indústria da Mineração Ano IV - nº 23, março de 20092

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Muito dinheiro é gasto em vão no merca-do de mineração, em razão de imprecisões nas estimativas da produção mineral por causa de amostras coletadas de maneira incorreta. O assunto é tema do doutorado “Reconciliação Pró-Ativa em Empreendi-mentos Mineiros”, da Docente do Departa-mento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - USP, Ana Carolina Chieregati.

De acordo com a especialista, a amostra-gem é uma das operações mais importantes de um empreendimento mineiro e, até recen-temente, não recebia a atenção merecida. Em sua tese, ela aponta caminhos para realizar uma amostragem correta sem prejudicar a produção, o que aperfeiçoa as estimativas de teor e quantidade de minério, trazendo benefícios financeiros às empresas do setor.

“A avaliação econômica, o planejamento de lavra e a previsão de desempenho de uma operação mineira são feitos com base em estimativas de teor e quantidade de minério. Essas estimativas, por sua vez, são baseadas em amostras, selecionadas segun-do um plano de amostragem definido pela empresa. Quanto mais representativas forem as amostras, mais precisas e acuradas serão as estimativas. No caso de metais preciosos como o ouro, com depósitos econômicos a teores baixíssimos, ainda mais importantes são essas estimativas e, portanto, maior atenção deve ser dada à seleção de amostras corretas”, explica Ana Carolina.

A imprecisão e incorreção dessas estimati-vas podem acarretar vários prejuízos à empre-sa, tais como avaliação errônea do teor e da quantidade de minério existente, diminuição do desempenho da operação e envio de mi-nério à pilha de estéril e de estéril à usina de beneficiamento, causando, respectivamente, perda e diluição do minério.

Metodologia que permite minimizar erros de amostragem em mineração pode reduzir prejuízos das empresas

Evolução

Ana Carolina traça caminhos para a me-lhoria da amostragem e procura detectar as causas reais das diferenças entre as estima-tivas dos modelos e a produção observada. “As variâncias, ou erros de estimativa, advêm de equipamentos de amostragem inadequa-dos, métodos ou protocolos de amostragem incorretos, contaminação da amostra, entre outros fatores”, destaca.

A coleta de amostras pode ser feita na frente da lavra, em furos de desmonte, em transpor-tadores de correia, na descarga de fluxos de material etc. Equipamentos de amostragem e de análise química inadequados, bem como protocolos e procedimentos incorretos de amostragem e de preparação de amostras podem causar os chamados erros sistemáticos (“enviesamento” da amostra), erros analíticos e erros associados à variabilidade do material, prejudicando a confiabilidade das estimativas. “Eliminando-se as causas desses erros, as esti-mativas tornam-se prognósticos, ou seja, seus valores ficam bem mais próximos do valor real de teor ou quantidade de minério”, afirma.

Esta é a base da “reconciliação pró-ativa”, metodologia que analisa todas as etapas que geram uma estimativa e, caso haja diferença entre os valores estimados e os valores reais ou produzidos, procura-se avaliar quais eta-pas podem ter gerado os erros e corrigi-las. “Isso representa uma mudança no procedi-mento ou protocolo de amostragem e visa tornar o teor estimado mais próximo do teor real do minério”.

Normalmente, explica Ana Carolina, o caminho mais comum é a “reconciliação reativa”, em que se aplica às estimativas fu-turas um fator de correção (MCF – Mine Call Factor), que expressa a diferença entre a pro-dução prevista pelos modelos e a produção registrada na usina. Entretanto, este procedi-mento pode mascarar as causas responsáveis pelas discrepâncias entre os valores estimados e os valores produzidos. Assim, adotando-se a reconciliação pró-ativa é possível corrigir os métodos e processos envolvidos na coleta de dados que geram uma estimativa, e chegar a limites aceitáveis de erros de estimativa.

Com informações da Poli/USP

Mina de Brucutu, em Minas Gerais

Vale

Pesquisa da Poli/USP aponta caminhos

em estudo

Indústria da Mineração Ano IV - nº 23, março de 2009 3

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ENTREVISTAJosé otávio Carvalho, viCe-Presidente exeCutivo do sniC

“A indefinição na legislação de cavernas sempre trouxe grandes

dificuldades à indústria

do cimento”

Apesar da crise, a indústria cimenteira está em boa fase. O sr. pode fazer uma breve análise sobre este mercado? A que se deve isso? É por causa da construção civil?

A recente expansão da indústria cimenteira brasileira reflete um ambiente macroeconô-mico favorável, um melhor ordenamento jurídico do setor da construção civil e uma forte capitalização de construtoras e incor-poradoras, via mercado acionário. Um outro fator importante foi a criação, em 2004, da lei que regulamentou o Patrimônio de Afe-tação, que, junto com outras determinações do Banco Central, deu melhores garantias aos investimentos em construções imobiliárias.

Além disso, a expansão da massa salarial real, o aumento do crédito imobiliário (Go-verno e setor privado) e o crescimento do número de obras de infra-estrutura, motiva-do, principalmente, pelo PAC, contribuíram para o boom da construção tanto em capitais como no interior.

Essa expansão reverteu um quadro de estagna-ção, que se arrastou entre 1999 e 2006. Só em 2006, o setor cimenteiro voltou a registrar nível de consumo semelhante ao de 1999 e gerou um crescimento de 25%. Em 2008, apesar da crise mundial, o Brasil consumiu cerca de 52 milhões de toneladas de cimento, situando o País como o 5º maior consumidor mundial, após China, Índia, Estados Unidos e Rússia.

José Otávio Carvalho é Vice-Presidente Executivo do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento – SNIC. Graduou-se no ano de 1965 em Engenharia de Produção, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Quatro anos depois, em 1969, concluiu Pós-Graduação em Engenharia Econômica, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nos três primeiros anos de sua carreira, participou da montagem de uma fábrica de cimento no Estado do Rio de Janeiro. No início da década de 70, foi assessor da Diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES. E, entre 1975 e 1978, integrou a equipe de Assessoria Econômica do Ministro da Fazenda, na época, Mário Henrique Simonsen. No setor de cimento está desde 1982, como consultor em diversos projetos. Em 2001, foi convidado para fazer parte do SNIC. E, recentemente, assumiu a vice-presidência.

Na entrevista, o dirigente conta como está o panorama da indústria cimenteira diante da crise mundial. E como o setor encara a indefinição da legislação das cavidades subterrâneas – que sempre, segundo José Otávio, despertou dúvidas e impôs dificuldades à mineração e à indústria de cimento.

José Otávio Carvalho é Vice-Presidente Executivo do SNIC

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O papel da indústria do cimento sempre foi o de apoiar o crescimento do setor da mine-ração, mas buscando um desenvolvimento sustentável e com o uso das melhores práticas de exploração mineral.

As questões e dúvidas suscitadas pela le-gislação brasileira - anteriores ao Decreto 6640/2008 - sobre mineração em áreas cárs-ticas sempre trouxeram grandes dificuldades à indústria do cimento. Entre os principais prejuízos, estão a paralisação de diversas lavras e a não-renovação ou não-expedição de novas licenças. Tudo isso prejudicou o prosseguimento normal e planejado de lavras programadas para o abastecimento de várias unidades cimenteiras de todo o país.

Após a edição do decreto nº 6640/2008 que trata das cavidades subterrâneas existentes no território brasileiro, o sr. acredita que haverá uma solução?

No entendimento geral do setor produtivo, o Decreto nº 6.640/2008 representa uma evolução no tratamento do Patrimônio Es-peleológico, uma vez que estabelece graus de relevância para as cavernas existentes e normatiza a exploração mineral e a proteção dessas áreas.

No artigo 5º do decreto, ficou estabelecido que o Ministério do Meio Ambiente, após ouvir o IBAMA, o Instituto Chico Mendes e outros órgãos governamentais, emitirá ato normativo estabelecendo a metodologia para classificação de cavernas. Diante da com-plexidade do tema e das visões divergentes de segmentos ambientalistas, esse prazo foi prorrogado por mais 60 dias, o qual deve expirar no dia 10 de março.

A questão é que a complexidade deste debate poderá provocar uma demora na definição dessa metodologia, o que virá a afetar os setores produtivos, já que, como disse na resposta anterior, paralisará lavras e causará atrasos e revisões na emissão de licenças ambientais.

O sr. acredita que a questão indefinida das cavernas terá solução? Qual a sua visão para os problemas da legislação das cavidades subterrâneas?

A indústria do cimento acredita que o bom senso prevalecerá. Apesar das diferentes vi-sões existentes, essa regulamentação precisa ser estabelecida, encontrando-se um denomi-nador comum entre o interesse econômico e os limites legítimos da responsabilidade am-biental, evitando-se, assim, os radicalismos.

“em um dos artigos do deCreto que

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ClassifiCação de Cavernas. a questão é que a ComPlexidade deste debate Poderá

ProvoCar uma demora na definição dessa metodologia, o que

virá a afetar os setores Produtivos”

A rapidez desse movimento obrigou a indús-tria a tomar medidas emergenciais para não deixar de abastecer todos os mercados, seja religando fornos, reativando fábricas paradas ou despachando cimento a partir de outras regiões. Este quadro, aliado à perspectiva de continuidade de expansão da demanda, levou todas as empresas a anunciarem importantes investimentos para os próximos quatro anos em ampliação das unidades existentes e construção de novas fábricas.

Hoje, apesar da crise internacional, a perspectiva para 2009 é manter o patamar de consumo de cimento alcançado em 2008, e também de uma retomada do crescimento a partir de 2010, o que significa uma situação excepcional, considerando o quadro atual de retração em outros setores.

Do ponto de vista da mineração, o que o sr. destaca na indústria cimenteira?

Para que a indústria possa continuar expandin-do sua produção, é necessário que, além dos investimentos para aumentar a capacidade ins-talada, haja incremento na exploração mineral de forma a garantir o suprimento das fábricas.

O calcário é o mineral básico na fabricação do cimento. Assim, qualquer gargalo em sua produção pode interferir prejudicialmente no atendimento do mercado desse importante insumo, que é fundamental para a construção de moradias e de obras de infra-estrutura de que o país tanto necessita.

Como é a atuação do SNIC?

A indústria do cimento sempre se manifestou em favor da valorização do setor de minera-ção. A economia brasileira sempre teve uma relação estreita com a extração mineral. Desde os tempos de colônia, o Brasil transformou a mineração - também responsável por parte da ocupação territorial - em um dos setores básicos da economia nacional.

Além do cimento, os metais, as cerâmicas, os combustíveis, plásticos, equipamentos elétricos, eletrônicos, computadores e muitos outros produtos e materiais que utilizamos, todos têm origem na mineração. É preciso levar ao conhecimento da população brasileira a im-portância fundamental do setor na economia nacional, já que o subsolo brasileiro representa um importante depósito mineral.

Até que ponto a indústria do cimento é afetada pela indefinição na legislação de cavernas?

A expansão da mineração de calcário tem encontrado grandes dificuldades em decorrência da legislação federal, sobre intervenção em áreas de cavidades naturais subterrâneas (cavernas). As ocorrências mais freqüentes e conhecidas de cavernas se en-contram nos chamados sistemas cársticos, onde prevalecem as rochas calcárias, prin-cipal matéria-prima da indústria do cimento, assim como a de corretivos de solos (calcário agrícola) e a de produção de cal.

Indústria da Mineração Ano IV - nº 23, março de 2009 5

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PDAC 2009: IBRAM participa do maior evento mundial de exploração mineral

Entre os dias 1º e 4 de março, o IBRAM participou, em Toronto, no Canadá, do PDAC 2009 (Prospectors and Developers Association of Canadá), considerado o maior evento de classe internacional da indústria mineral e que está em sua 78ª edição. O Instituto, representado pelo seu Presidente Paulo Camillo Vargas Penna, divulgou os eventos mais importantes do setor da mine-ração na América Latina, promovidos pelo IBRAM há mais de 20 anos: a Exposição Internacional de Mineração (EXPOSIBRAM 2009) e o 13º Congresso Brasileiro de Mi-neração, que acontecerão entre 21 e 24 de setembro. Assim como esses eventos são im-portantes para os países da América Latina, o PDAC é para a América do Norte, pois é

o momento em que se discutem os novos rumos da mineração mundial.

Este evento reúne anualmente os mais expressivos representantes em prospecção e pesquisa geológica, exploração e desenvolvi-mento mineral. No total, contabiliza-se mais de 400 expositores e uma média de 20 mil visitantes de representativos países produtores e exportadores de bens minerais.

Segundo especialistas do setor, o PDAC é uma grande vitrine, tanto para as empresas já consolidadas, como para aquelas que buscam referências, investimentos ou parcerias, com destaque para as empresas juniors. É um fórum abrangente, onde se podem avaliar tendências e medir a diretriz de investimento

das maiores corporações da indústria mineral em escala global.

Mesmo diante das atuais circunstâncias da economia, a produção mineral brasileira é muito expressiva e deve ser acompanhada de perto pelos principais players do merca-do no PDAC. “O Brasil continua abrindo oportunidades imperdíveis em mineração, como a exploração em terras indígenas – que deve ser liberada e aprovada ainda em 2009 pelo Congresso Nacional –, e a nucle-ar”, afirma Paulo Camillo. Para o IBRAM, o 13º Congresso Brasileiro de Mineração é uma grande oportunidade para debater a mineração e inserí-la no novo modelo de desenvolvimento sustentável que está surgindo em razão da crise.

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Estande Brasileiro: BRASIL PAVILION

O BRASIL PAVILION, estande brasileiro no PDAC, é resultado de um esforço conjugado entre o Governo Federal e empresas privadas nacionais e estrangeiras e estaduais de minera-ção, e prestadoras de serviços para prospecção e pesquisa mineral, consultorias, imprensa especializada e entidades representativas do empresariado, que, reunidas em consórcio, trabalham para a construção de um espaço compartilhado visando a promoção organi-zada do setor mineral brasileiro no evento. Neste ano, além dos órgãos de Governo, mais 24 empresas brasileiras e o Consulado canadense foram parceiros no estande.

Com o BRASIL PAVILION, busca-se apresentar a realidade da mineração bra-sileira no sentido de motivar os visitantes e congressistas do PDAC a conhecerem melhor o setor mineral. Sendo um dos mais concorridos estandes, o BRASIL PAVILION é a vitrine para seus participantes oferecerem seus prospectos com potencialidade para descoberta de novas jazidas e abertura de novas minas, atraindo investidores, rea-lizando joint-ventures ou divulgando as condições favoráveis, com vistas à realiza-ção de novos negócios.

Desde 1998, o Brasil tem conquistado importante espaço no cenário internacional, em virtude de sua participação organizada no PDAC, em decorrência da política de divulgação e promoção implementada pelo Ministério de Minas e Energia.

Delegação Brasileira

A delegação brasileira de 2009 no PDAC foi coordenada pelo Secretário–Adjunto da Secretaria de Geologia, Mineração e Trans-formção Mineral do Ministério de Minas e Energia, Carlos Nogueira Junior. Como inte-grantes da delegação estavam Miguel Nery (Diretor-Geral do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM), Fernando Carvalho (Diretor do Serviço Geológico do Brasil - CPRM), Telton Correa (Diretor da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral - SGM/Ministério de Minas e Energia - MME); Paulo Santana (Assessor do DNPM); Maria Glicia (Assessora do Serviço Geológico do Brasil - CPRM) e Otto Bitencourt, (Diretor de Geologia da Indústrias Nucleares do Brasil - INB).

Ao longo do evento, os dirigentes do Governo brasileiro mantiveram encontros com diversos investidores interessados em aportar no Brasil recursos financeiros em projetos de mineração.

Dentre as instituições e empresas que participam do BRASIL PAVILION, além dos órgãos já citados, estão a Agência Brasileira para o Desenvolvimento da Indústria Mine-ral – ADIMB; as revistas Brasil Mineral, In The Mine e Minerios & Minerales; e as asso-ciadas do IBRAM: Vale, Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM, Votorantim Metais, Kinross, Anglo American, Rio Tinto e Yamana Gold.

Relatório

O relatório anual do Metals Economics Group, distribuído no PDAC, faz a análise do orçamento mundial em exploração mi-neral de 2008. O documento apontou que o total mundial dos orçamentos em explo-ração mineral, para metais não ferrosos (ex-cluído urânio), foi estimado em US$ 13,2 bilhões, considerando 2.095 empresas de mineração. Incluindo o urânio, o orçamento mundial em exploração é estimado em US$ 14,4 bilhões. Em 2007, os investimentos ex-cluindo urânio foram de US$ 10,5 bilhões. Algumas empresas sofreram fortes cortes nos seus orçamentos no último trimestre de 2008. Mesmo assim, é provável que os gastos reais em exploração mineral no mundo, em 2008, tenham sido superiores aos de 2007. BRASIL PAVILION no PDAC 2009

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Delegação oficial do Governo Brasileiro. Da esquerda para a direita: Otto Bittencourt (Diretor da INB), Maria Glicia (Assessora do CPRM), Miguel Nery (Diretor-Geral

do DNPM), Telton Correa (Diretor do SGM), Carlos Nogueira (Secretário-Adjunto SGM), Paulo Santana (Assessor do DNPM) e Fernando Carvalho (CPRM).

Os orçamentos em exploração mineral por região revelam a América Latina com 25% do total, Canadá com 19%, Austrália com 14%, África com 15%, EUA com 7%, o Pacifico/Sudeste da Ásia com 5% e os demais com 15%. O Brasil ocupou o oitavo lugar dentre os dez maiores orçamentos executados para exploração mineral.

Pela primeira vez, os metais base (cobre, níquel e zinco) ultrapassaram o ouro como alvos de maior orçamento em exploração mineral, sendo o cobre o principal foco. Os investimentos em exploração mineral para urânio também cresceram em 2008 considerando-se 383 empresas consultadas, que investiram US$ 1,15 bilhão.

Segundo o relatório, a crise durará seis meses na visão dos otimistas. Um maior número de fechamentos é inevitável para os proximos meses. Espera-se contração nas atividades das juniors, em torno de 50%, com forte impacto nos investimentos totais em 2009.

o PdaC é uma grande vitrine, tanto Para

as emPresas Já Consolidadas, Como

Para aquelas que busCam referênCias,

investimentos ou ParCerias, Com destaque

Para as emPresas Juniors.

Indústria da Mineração Ano IV - nº 23, março de 2009 7

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As licenças ambientais da Samarco Mineração (associada ao IBRAM) tiveram acréscimo de um ano na validade, em Minas Gerais. A ampliação do prazo é fruto da Deliberação Normativa nº 121 do Conselho de Política Ambiental do Estado de Minas Gerais (Copam), que estabelece condições aos empreendimentos e acres-centam mais um prazo de validade da Licença de Operação.

Em agosto de 2008, o Copam passou a permitir que as empresas que possuem cer-tificação no Sistema de Gestão Ambiental Subestação de britagem da Samarco

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A segurança eletrônica tornou-se um re-curso valioso para proteção, monitoramento e controle em diversos setores, seja na esfera pública ou privada. São sistemas de alarmes, câmeras de segurança, linhas de monitora-mento de comunicação, circuitos fechados de televisão (CFTV), equipamentos de iden-tificação por dados biométricos, controles para acesso, cartões magnéticos, sensores de movimento, gás e temperatura que utilizam tecnologia de última geração a fim de garantir a qualidade dos processos industriais, fabris, logísticos e mercadológicos. O setor movi-mentou, em 2008, cerca de R$ 2,5 bilhões, de acordo com dados da ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica.

Um dos principais segmentos de atuação do segmento de segurança eletrônica é o mercado de mineração, que respondeu, ano passado, por quase 6% do PIB Nacional e por 48% do saldo da balança comercial brasileira, com US$ 12 bilhões de um total de US$ 24,7 bilhões. Diversas empresas têm desenvolvido soluções de segurança eletrônica, para este setor, cada vez mais eficientes devido aos complexos processos utilizados para extração e transformação de minérios e, principalmen-te, de pedras preciosas, como por exemplo, as câmeras de longa distância que permitem

Soluções de segurança eletrônica otimizam processos do setor de mineração

Participantes durante a Feira e Conferência Internacional de Segurança Eletrônica de 2008

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çãomonitorar todo o transporte dos

minerais, desde sua extração até seu destino final; os senso-res sísmicos, térmicos e de gás para prevenir possíveis aciden-tes com os trabalhadores nos locais de extração; os sistemas de monitoramento de linhas de comunicação; e os rígidos controles de acesso.

Outro serviço disponível é o circuito fechado de televisão. “As tecnologias disponíveis no mercado já permitem, com relativa facilidade, disponibilizar serviços de CFTV em ambientes de mineração. Como principais benefícios, citamos as melhorias em segurança, tanto do pessoal, quanto dos investimentos e garantias na qualidade da produção, que refletem na rentabilidade do negócio como um todo”, ex-plica o Consultor de vendas da Bosch Security Systems, Kung Hung, que ministrará palestra sobre o assunto, na 4ª Conferência ISC BRA-SIL – que acontece entre 17 e 19 de março, em São Paulo. “Os critérios na definição dos projetos e produtos de qualidade para atu-ação em situações extremas, como é o caso das mineradoras, interferem diretamente nos resultados esperados”, complementa.

ISC BRASIL e INTERSECURITY 2009 e 4ª Conferência ISC BRASIL

A ISC BRASIL (Feira e Conferência In-ternacional de Segurança Eletrônica) e a INTERSECURITY 2009 (Feira Internacional de Segurança Urbana), acontecem entre os dias 17 e 19 de março, no Expo Center Nor-te, em São Paulo. Tanto esses eventos com a 4ª Conferência ISC BRASIL são promovidas Reed Exhibitions Alcântara Machado.

Mais informações: www.iscexpo.com.br / www.intersecurityexpo.com.br

Samarco ganha mais um ano de licença ambiental

(SGA), nos termos da Norma ABNT NBR ISO 14001, tenham um acréscimo de um ano no prazo de validade das Licenças de Operação (LO) ou de Autorização Ambiental de Funcionamento (AFF).

De acordo com o Gerente de Meio Am-biente da Samarco, Rodrigo Dutra Amaral, a medida é bem-vinda. “Além de reconhecer a importância estratégica da implantação e manutenção de um Sistema de Gestão Ambiental para as empresas, esta iniciativa inédita no Brasil poderá ser modelo para outros estados”, afirmou.

Indústria da Mineração Ano IV - nº 23, março de 20098

Page 9: Indústria da Mineração nº 23

EXPOSIBRAM 2007 recebeu mais de 43 mil visitantes

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EXPOSIBRAM 2009 já tem quase 50 expositores confirmados

A venda de estandes começou em fevereiro

A venda de estandes para a Exposição Internacional de Minera-ção - EXPOSIBRAM 2009 é intensa. O evento acontece simultanea-mente ao 13º Congresso Brasileiro de Mineração, entre os dias 21 e 24 de setembro, em Belo Horizonte (MG) e já estão confirmados quase 50 expositores. Espera-se que, até a primeira quinzena de março, mais de 20 empresas interessadas confirmem os seus espa-ços. Veja a lista dos confirmados na página 11. O tema do 13º Con-gresso, que também está sendo alvo de muitas consultas no Brasil e exterior, é A mineração e o novo cenário Socioeconômico.

Os estandes da Exposição estão à venda para patrocinadores e asso-ciados desde 9 de fevereiro. Desde 16 de março, os expositores partici-pantes da EXPOSIBRAM 2007 e da EXPOSIBRAM Amazônia começaram a adquirir seus espaços. Os demais interessados devem estar atentos à data 16 de abril, quando as vendas estarão abertas a este público.

Quanto aos patrocinadores, os eventos já têm como parceiros, as empresas AngloGold Ashanti Brasil Mineração Ltda e BHP Billiton Metais S.A, ambas associadas ao IBRAM, e a Comercial Rodrigues Importação Exportação Ltda.

Mais informações pelo fone 31 3444-4794SITE OFICIAL EXPOSIBRAM: www.exposibram.org.br

Espera-se mais de 50 mil visitantes

Oferecer a mais completa linha de produtos, tecnologia e ser-viços e equipamentos para a mineração, além de novidade e uma excelente oportunidade para fechar negócios entre as empresas. Estas são marcas registradas da EXPOSIBRAM que acontece, neste ano, pela 13ª vez, em Belo Horizonte. O evento – que é uma realização do IBRAM, a cada dois anos – espera receber mais de 50 mil visitantes nos seus quatro dias. A capital mineira recebe a Exposição Internacional de Mineração e o Congresso Brasileiro de Mineração há mais de 20 anos.

Os últimos eventos, em 2007, receberam mais de 43 mil pessoas. Nesta edição, foram contabilizados 445 estandes, mais do que em 2005, com 370.

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Somente área

Montagem básica

"Chave na mão"

Área Externa Descoberta

CATEGORIA Início Término Mínimo de 18 m²

Obrigatório até 16 m²

Opcional de até 16 m²

Mínimo de 100 m²

Associados e Patrocinadores

09/02/09 15/03/09 430,00 520,00 560,00 180,00

16/03/09 15/04/09 465,00 550,00 595,00 200,00

16/04/09 10/09/09 585,00 670,00 715,00 255,00

Ex-expositores16/03/09 15/04/09 585,00 670,00 715,00 255,00

16/04/09 10/09/09 630,00 715,00 760,00 275,00

Demais 16/04/09 10/09/09 630,00 715,00 760,00 275,00

TABELA DE ESPAÇOS (preço por m²)

Descrição dos tipos de áreas

Somente área:• disponível para estandes acima de 18m². Área demarcada no piso do pavilhão, sem qualquer elemento de montagem. A infra-estrutura de energia e hidráulica será cobrada sepa-radamente e deverá ser solicitada por meio de formulário disponível no Manual do Expositor.

Área com montagem básica:• obrigatória para estandes de até 16m². Incluí fornecimento de carpete, divisórias brancas, iluminação com spot light a cada 3m2 de área montada, tomada de 500w por estande e nome da empresa expositora em placa padronizada na testeira.

Área com “Chave na mão”:• opcional para estandes de até 16m². Estão incluídos itens da “área com montagem básica”, e ainda, mobiliário de acordo com a dimensão do estande.

Área externa descoberta:• disponível para aquisição acima de 100m². Será demarcada no piso, sem elemento de montagem.

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O evento mantém espaço exclusivo para pavilhões internacionais

Indústria da Mineração Ano IV - nº 23, março de 200910

Page 11: Indústria da Mineração nº 23

TAXAS DE INSCRIÇÕES

Até 10/07/09*

Até 11/09/09* No local

Associados R$ 550,00 R$ 770,00 R$ 990,00

Não associados R$ 770,00 R$ 1.100,00 R$ 1.430,00

Membros de Universidades(1) R$ 330,00 R$ 385,00 R$ 440,00

Profissionais Seniores(2) R$ 330,00 R$ 385,00 R$ 440,00

Estudantes(3) R$ 165,00 R$ 220,00 R$ 275,00

Inscrição para 1 dia R$ 255,00 R$ 365,00 R$ 470,00

FORMAS DE PATROCíNIO DOS EVENTOS

PATROCINADORES (cotas diamante, ouro, prata e bronze)

Diamante 2 cotas de R$ 200.000,00 cada

Ouro 4 cotas de R$ 120.000,00 cada

Prata 6 cotas de R$ 50.000,00 cada

Bronze 8 cotas de R$ 30.000,00 cada

Cordão Crachá R$ 20.000,00

* Valores para pagamento através de boleto bancário emitido no ato da inscrição através do site: www.exposibram.org.br.

(1) Universidade: destina-se a professores, mestrandos e doutorandos (mestrandos e doutorandos deverão anexar comprovante junto à ficha de inscrição).

(2) Profissional Sênior (acima de 60 anos de idade): enviar cópia da carteira de identidade junto com a ficha de inscrição.

(3) Estudante de nível técnico ou universitário das áreas de Engenharia de Minas e Metalurgia, Geologia, Direito e Meio Ambiente: deverá anexar comprovante escolar junto à ficha de inscrição.

Obs.: a taxa de inscrição inclui almoço no local do Congresso (dias 22, 23 e 24/9) e pasta contendo o CD-ROM com as palestras recebidas.

Debate entre grandes nomes da mineração, mediado pelo jornalista da Globo, William Waack. Uma das atrações em 2007

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EMPRESAAkaflex Indústria e Comércio Ltda.ALS Brasil Ltda.Anglo American BrasilAngloGold Ashanti Brasil Mineração Ltda.Atlas Copco Brasil Ltda.Bucyrus Brasil Ltda.Casquel Tecnologia Comércio e Indústria Ltda.Centroprojekt do Brasil S.A.Comercial Rodrigues Importadora Exportadora Ltda.Comércio de Equipamentos Norte Sul Ltda.Companhia Baiana de Pesquisa Mineral - CBPMCPE Equipamentos Topográficos Ltda.Datamine Latin America Com. e Serviços de Informática Ltda.Devex Tecnologia e Sistema Ltda.Engendrar Eng. Assoc. Ltda.Flender Brasil Ltda.Fornac Ltda.Gemcom do Brasil Ltda.Geoexplore Consultoria e Serviços Ltda.Geoflex Comércio Importação e Exportação Ltda.GEOSOL - Geologia e Sondagens S/A.Graneisa Equipamentos Ltda.GRD Minproc Engenharia e Consultoria Ltda.Haver & Boecker Latinoamericana Máquinas Ltda.Interfusão Distribuidor Comercial Imp. e Exportadora Ltda.Larox Tecnologia de Separação de Líquidos e Sólidos Ltda.Lavrita Engenharia Cons. e Equipamentos Industriais Ltda.Liebherr Brasil G.M.O. Ltda.Maccaferri do Brasil Ltda.Martin Engineering Ltda.Mincom International Ltda.Modular Mining Systems do Brasil Ltda.Netzsch AKW Equipamentos e Processos Ltda.Nucleus Empreendimentos e Participações Ltda.Outotec Tecnologia Brasil Ltda.Pipe Sistemas Tubulares Ltda.Prominas Projetos e Serviços de Mineração Ltda.PTI - Power Transmission Industries do Brasil S.A.Rio Paracatu Mineração S/A.SEW-EURODRIVE Brasil Ltda.Soldering Comércio e Indústria Ltda.SOTREQ S/A.Takraf do Brasil Soluções Tecnológicas Ltda.Tecnometal Engenharia e Construções Mecânicas Ltda.TMSA - Tecnologia em Movimentação S.A.Visual Virtual Ilustrações Digitais Ltda.VMX do Brasil Indústria e Comércio Ltda.Weir do Brasil Ltda.

EXPOSIBRAM 2009RELAÇÃO DE EXPOSITORES

(confirmados até 13/03/2009)

Indústria da Mineração Ano IV - nº 23, março de 2009 11

Page 12: Indústria da Mineração nº 23

segurança e saÚde

AÇÕES DO MINERAÇÃO PARA 2009

O Programa MinerAÇÃO começou o ano com toda a força, apesar da crise econômica. De modo a minimizar o custo das empresas mante-nedoras do Programa, o sistema de reuniões foi modificado. E agora, intercalam-se os encontros presenciais com dois virtuais. Só neste ano, foram realizadas seis reuniões virtuais e duas presenciais.

Em fevereiro, o Programa também contratou nova consultoria •técnica para auxiliar no desenvolvimentos dos trabalhos de um dos grupos do MinerAÇÃO. A partir do final de março, a área restrita – disponível para os par-•ticipantes do Programa – estará disponível no site do IBRAM.

Os Grupos Técnicos de Trabalho estão trabalhando com muita responsabilidade e dedicação, pois a previsão de término dos protocolos escritos é outubro/2009.

Mais detalhes sobre o Programa no site www.ibram.org.br

Para aderir ao MinerAÇÃO, basta ligar para 31 32236751 ou enviar e-mail: [email protected]

PROGRAMA ESPECIAL DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO

ATUALIDADES

DIA INTERNACIONAL DE PREVENÇÃO àS LER/DORT

No dia 28 de fevereiro, comemorou-se o Dia Internacional de Conscientização sobre as LER (Lesões por Esforço Repetitivo) /Dort (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). Essas duas questões são consideradas problemas de saúde pública mundial. Conscientização é o remédio mais eficiente para acabar com as doenças. Portanto, desde 2000, o último dia do mês de fevereiro é lembrado em vários países como o Dia de prevenção dessas lesões.

De acordo com os dados publicados pelo Ministério da Previ-dência Social, em 2006, o Brasil registrou 503.890 acidentes e doenças do trabalho, dentre estes 26.645 foram doenças ocupacionais. Parte destes acidentes e doenças tiveram como conseqüência o afastamento das atividades de 440.124 tra-balhadores devido à incapacidade temporária (303.902 até 15 dias e 136.222 com tempo de afastamento superior a 15 dias), 8.383 trabalhadores por incapacidade permanente, e o óbito de 2.717 cidadãos.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

A proteção, a integridade e o bem-estar dos colaboradores nas dependências da SAMA Mineração (associada ao IBRAM) são garantidos por medidas que eliminam e neutralizam condições potenciais de risco associadas às atividades, prevenindo os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Veja abaixo algumas medidas adotadas:

Umidificação dos furos durante a perfuração de rocha evitando a emissão de partículas no ambiente de trabalho. As pistas recebem •um pequena quantidade de água antes de iniciar o carregamento dos caminhões;

• Os filtros de mangas são dispositivos que fazem a filtragem do ar e previnem as emissões para a atmosfera;

• O alto-vácuo é utilizado em 100% das limpezas de pisos e equipamentos;

O coletor Big Bag evita a dispersão de partículas proveniente dos filtros, durante a alimentação das caçambas e transporte para a •banca de rejeito, eliminando assim a exposição dos colaboradores e também a emissão para a atmosfera.

BOAS PRÁTICAS

Umidificação de furos Filtros de mangas Big Bag

Page 13: Indústria da Mineração nº 23

Vale

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IBRAM Amazônia divulga novo levantamento da

Balança Comercial do ParáEste é o segundo estudo promovido pelo Instituto na região. O primeiro foi lançado em outubro de 2008

A indústria mineral paraense conse-guiu resistir aos efeitos da crise econômica mundial em 2008. Uma prova disso são os números divulgados no levantamento da Balança Comercial do Pará, no último mês de fevereiro, pelo IBRAM Amazônia. A exportação mineral, por exemplo, atingiu US$ 9 bilhões em 2008, representando um crescimento de 43%.

Só a Amazônia Legal, registrou um au-mento de 39 % nas exportações. O estudo destacou também o Estado do Pará como sendo o que mais contribuiu para alcançar esta marca. O primeiro levantamento dos indicadores do setor mineral ocorreu em

outubro de 2008, referente ao período de janeiro a agosto do mesmo ano.

O saldo da indústria mineral paraense é positivo pelo fato de que, entre janeiro e se-tembro de 2008, as cotações das commodities minerais ainda não tinham sido drasticamente afetadas pela queda da demanda internacio-nal. “Entretanto, em um segundo período, a partir do agravamento da crise em setembro, observou-se uma onda de incerteza no mer-cado financeiro mundial, culminando em um efeito em cadeia em que a retração no crédito originou uma queda na demanda internacio-nal e, consequentemente, nas cotações das commodities minerais”, explica Paulo Camillo Penna, Presidente do IBRAM.

Parque Zoobotânico de Carajás, Pará, mantido pela Vale

Indústria da Mineração Ano IV - nº 23, março de 2009 13

Page 14: Indústria da Mineração nº 23

No ranking nacional, o Pará é o se-gundo Estado em produção e exportação mineral, após Minas Gerais, que é o maior produtor e exportador brasileiro de mi-nérios. Em 2008, a indústria extrativa de Minas Gerais registrou US$ 7 bilhões e a de transformação mineral, US$ 8 bilhões. No Pará, a indústria extrativa registrou US$ 5,6 bilhões e a de transformação mineral, US$ 3,4 bilhões em exportações.

De acordo com André Reis, Coordenador do IBRAM Amazônia, Pará e Maranhão repre-sentaram 98% da exportação mineral da Ama-zônia Legal. O crescimento do Maranhão foi de 25%, em 2008. “Entretanto, o destaque em termos relativos foi para o Estado do Amapá, cujas exportações aumentaram 62%, saltando de 222 mil para 695 mil toneladas de minério, notadamente minério de ferro”, revelou.

os PrinCiPais destinos do minério de ferro, Produzido

na amazônia, foram China, JaPão, alemanha, Coréia do

sul, bulgária, frança, ChiPre, bélgiCa, estados

unidos, finlândia, Canadá e irlanda.

toneladas de minério em 2008, número este 4% superior ao de 2007. Na Amazônia, o cres-cimento foi maior e chegou a 8%, refletindo um salto de 90 para 97 milhões de toneladas exportadas de um ano para outro. No Pará, o salto também foi de 8%, passando de 83 para 90 milhões de toneladas exportadas.

Momento atual é de incerteza, diz Simineral

Sobre o impacto da crise na Balança Co-mercial Mineral da Amazônia, em 2009, o Presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), Eugênio Victo-rasso, diz que o momento é de incerteza e que seria prematuro prever o desempenho da indústria mineral no Pará. Entretanto, diz que neste primeiro trimestre, a expectativa é que os resultados sejam menos favoráveis que a média de 2008. Segundo Victorasso, por causa dos impactos da crise, as empresas do setor adota-ram medidas de ajustes para se adequarem ao mercado até o reaquecimento da economia. “Essa não é a primeira e nem a última crise enfrentada pelo setor. Devemos encará-la como uma oportunidade”, lembrou.

Para driblar a crise, de acordo com o Victorasso, as empresas devem se adequar para atender a demanda mundial, visto que, em algum momento, a crise será superada e o setor voltará a crescer. “Acreditamos que ações adotadas pelos Governos de vários países propiciarão um aumento da demanda por bens minerais e, consequentemente, o setor voltará à normalidade”.

Inauguração do Simineral durante EXPOSIBRAM Amazônia

Minério de ferro é o destaque

Na lista de minérios exportados pelo Pará, o ferro aparece em primeiro lugar e foi responsável por movimentar US$ 4 bilhões em 2008. A exportação do minério de ferro representa 71% da exportação extrativo mi-neral da Amazônia Legal. Os outros miné-rios são cobre, manganês, caulim e bauxita. Os principais destinos foram China, Japão, Alemanha, Coréia do Sul, Bulgária, França, Chipre, Bélgica, Estados Unidos, Finlândia, Canadá e Irlanda.

A valorização das cotações internacio-nais dos minérios, que já vinha ocorrendo desde 2007, foi o principal motivo para os nú-meros positivos de 2008. Não obstante, em toneladas exportadas, também houve cres-cimento. O Brasil exportou 296 milhões de

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Indústria da Mineração Ano IV - nº 23, março de 200914

Page 15: Indústria da Mineração nº 23

A Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira - ADIMB já começou os preparativos para o EXMIN 2009 - Curso de Aperfeiçoamento em Exploração Mineral.

Entre os vários temas, já está confirmado o curso Spatial Modeling Workshop, que será realizado entre os dias 25 e 29 de maio, em Brasília (DF), e ministrado pelos professores Vesa Nykänen/GTK - Finlândia e Adalene Moreira Silva/UnB (Universidade de Brasília). As inscrições já estão abertas e devem ser encaminhadas para o e-mail [email protected]

Mais informações podem ser obtidas no site www.adimb.com.br

Instalada Comissão Especial da MineraçãoA Confederação Nacional da Indústria

(CNI) instalou a Comissão Especial da Mineração – grupo composto por 28 re-presentantes de Federações Estaduais de Indústrias e Instituições do setor em todo o País. A Comissão Especial identificará a agenda comum dos setores da mineração, além de desenvolver propostas de aperfeiço-amento das políticas e do marco regulatório e institucional e promover o alinhamento e

Canadá prorroga Flow-Through-ShareO governo do Canadá decidiu prorrogar o Flow-Through-Share, mecanismo de incentivo

às atividades de exploração mineral no país, utilizado principalmente pelas Junior Companies. Com isto, os canadenses poderão continuar abatendo, até o limite de 15% do seu imposto de renda, os recursos aplicados em companhias que desenvolvam atividade de exploração de recursos naturais. Este mecanismo é vital para cerca de 150 comunidades onde a indústria mineral atua e para os 363 mil empregados da mineração canadense.

Mineração de ouro suspensa

no Amapá será retomada

em 2011

O Diretor-Geral do Departamen-to Nacional de Produção Mineral (DNPM), Miguel Nery, anunciou que a Mineração Pedra Branca do Amapari (MPBA) voltará em junho de 2011 a operar em extração de ouro na região centro-oeste do Amapá. Programada para extrair ouro no município de Pedra Branca do Amapari durante dez anos, a MPBA recentemente paralisou os serviços na região, depois de quatro anos de atividades. A suspensão foi acompanhada de demissão de mais de quatrocentos funcionários.

Nery informou que a empresa se comprometeu a elaborar um novo projeto de mina em Pedra Branca do Amapari, com redefinição de jazida, no prazo de dois anos. Todo o minério à flor da terra foi exaurido e agora o ouro existente está encra-vado em rochas.

Sxc

a articulação da ação de defesa de interesses da indústria de mineração. A Comissão deve debater temas importantes para o setor, como as questões tributárias e de meio ambiente. Ela será coordenada pelo Presidente da Fe-deração das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Robson Braga de Andrade, e terá como Coordenador Adjunto, o geólo-go Luiz Antônio Vessani, da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG).

Com informações da CNI

ADIMB realiza EXMIN 2009

Indústria da Mineração Ano IV - nº 23, março de 2009 15

Page 16: Indústria da Mineração nº 23

Laboratório do Sono começa a funcionar em Porto Trombetas

O Programa de Medicina do Sono e Fadiga é uma iniciativa da Mineração Rio do Norte

Começam em março as atividades do La-boratório do Sono do hospital de Porto Trom-betas, no Município de Oriximiná, no Pará. Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e saúde de seus empregados, a Mineração Rio do Norte – MRN (associada ao IBRAM) inicia a segunda etapa do seu Programa de Medicina do Sono e Fadiga. As instalações do hospital passaram por adequações físicas e, equipamentos de polissonografia foram adquiridos para a realização de exames.

“Antes, só era possível realizarmos esse tipo de exame em Belém. Trouxemos o que há de mais moderno no mercado. Com esse investimento, vamos cuidar do sono de nossos empregados”, explica o Gerente de Saúde Ocupacional da MRN, Dr. Paulo Mendonça.

Atualmente, o sono é uma das principais preocupações da MRN com a saúde de seus empregados, já que a qualidade do sono

está diretamente ligada ao desempenho das pessoas quando acordadas. O sono aumenta a possibilidade de erros na operação e é, re-conhecidamente, fator de aumento no risco e na gravidade de acidentes. Por meio do Programa, devem ser identificadas e tratadas desordens respiratórias do sono, sonolência diurna, insônia, desordens da neurologia e psiquiatria que afetam o sono.

Em 2008, a MRN passou a usar a luz (foto-terapia ou luxterapia) para combater a sono-lência no ambiente de trabalho, especialmen-te com empregados que trabalham em turnos e na operação de máquinas como tratores, locomotivas, escavadeiras e caminhões. A luz inibe a produção de melatonina, hormônio que induz ao sono, produzido à noite. Assim, foram implantadas nessas máquinas lâmpadas com capacidade de 2.000 LUX e baixa emis-são ultravioleta, que acendem gradativamente para não ofuscar o operador.

Ainda em 2008, uma enfermaria do hospital recebeu tratamento acústico para a realização de exames polissonográficos - em que o pacien-te dorme no hospital sendo monitorado por uma câmera que registra imagens em DVD. A adequação na estrutura foi implementada em parceria com a Pró-Saúde, empresa que admi-nistra o hospital de Trombetas. A polissonografia fará parte dos exames periódicos de todos os empregados da empresa.

Também serão realizadas ações de cor-reção nutricional e orientações de adequa-ção das condições no ambiente doméstico (higiene do sono), como, por exemplo, a adequação dos colchões usados para dormir segundo a norma NBR 13579 - que indica a densidade adequada da espuma em relação ao perfil biofísico do usuário. “Não adianta tratar o sono no trabalho, se a pessoa chega em casa e não consegue dormir por causa de barulho, do mofo que causa alergia ou do colchão inadequado”, avalia o Gerente.

Para boas noites de sono

De acordo com o médico Sérgio Barros, especialista em Medicina do Sono, a privação do sono pode afetar diretamente a saúde das pessoas, aumentando, por exemplo, os níveis açúcar e colesterol no sangue. “Algumas substâncias são produzidas apenas durante o sono, como o hormônio do crescimento e da sensação de saciedade”, avalia o especialista, pesquisador do Hospital de Dieu, na França.

Dentre os distúrbios mais comuns, estão a insônia crônica e a apnéia do sono – que tem o ronco como sintoma. “Esse problema é muito mais comum do que se imagina, já que 40% da população ronca”. Esse distúrbio pode levar à pressão alta, derrame cerebral e infarto. “Uma pessoa que faz apnéia aumenta em até oito vezes as chances de se envolver em um acidente”, ressalta.

Sobre Saúde Ocupacional

O conceito de Saúde Ocupacional vai muito além dos aspectos de possíveis doenças causadas pelo trabalho. Aspectos sociais, psi-cológicos, qualidade das relações no trabalho, segurança institucional e perspectivas de futuro influenciam a saúde no trabalho. Dessa forma, todos os aspectos de relações no trabalho influenciam de maneira direta ou indireta a saúde física e psicológica dos empregados.

Funcionário da MRN durante exame polissonográfico, no Laboratório do Sono.

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