intitutodaprevidencia

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 1 LEI N° 4.583/12 Institui o Regime Próprio de Previdência Social, cria o Instituto de Previdência do Município de Suzano – IPMS, e dá outras  providências. (Autoria: Executivo Municipal Projeto de Lei nº 056/2012) O PREFEITO MUNICIPAL DE SUZANO, usando das atribuições legais que lhe são conferidas; FAZ SABER  que a Câmara Municipal de Suzano aprova e ele  promulga a seguinte Lei: TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º. Esta Lei institui e disciplina o Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Suzano, Estado de São Paulo, cria o seu órgão gestor autônomo sob a denominação de Instituto de Previdência do Município de Suzano – IPMS e estabelece as normas correlatas. Art. 2º. O regime próprio de previdência de que trata esta Lei tem  por objetivo assegurar os benefícios de aposentadoria aos servidores públicos do município, a concessão de pensão por morte aos dependentes de seus segurados e o auxílio-reclusão. Art. 3º. São abrangidos pelas normas desta Lei todos os servidores públicos municipais ocupantes de cargos de provimento efetivo, admitidos por concurso  público, dos órgãos da administração direta e indireta dos Poderes Executivo e Legislativo, suas autarquias e fundações. § 1º. Os benefícios de salário-maternidade e salário-família, serão  pagos pelo IPMS. § 2º. O benefício de salário-maternidade será pago, nos primeiros 120 (cento e vinte) dias, pelo IPMS. § 3º. O beneficio de auxílio-doença será pago a partir do 16º (décimo sexto) dia, sendo calculado pelo IPMS e processado no departamento de Recursos Humanos (RH) do Ente em que o segurado estiver vinculado. TÍTULO II DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS Art. 4º. O regime próprio de previdência social dos servidores  públicos municipal atenderá aos seguintes princípios: I - universalidade de participação dos servidores municipais efetivos, ativos e inativos e seus dependentes, no plano previdenciário, mediante contribuição; Prefeitura Municipal de Suzano Estado de São Paulo  

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  • 1LEI N 4.583/12Institui o Regime Prprio de Previdncia Social, cria o Instituto de Previdncia do Municpio de Suzano IPMS, e d outras providncias.

    (Autoria: Executivo MunicipalProjeto de Lei n 056/2012)

    O PREFEITO MUNICIPAL DE SUZANO, usando das atribuies legais que lhe so conferidas;

    FAZ SABER que a Cmara Municipal de Suzano aprova e ele promulga a seguinte Lei:

    TTULO IDAS DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1. Esta Lei institui e disciplina o Regime Prprio de Previdncia Social dos Servidores Pblicos do Municpio de Suzano, Estado de So Paulo, cria o seu rgo gestor autnomo sob a denominao de Instituto de Previdncia do Municpio de Suzano IPMS e estabelece as normas correlatas.

    Art. 2. O regime prprio de previdncia de que trata esta Lei tem por objetivo assegurar os benefcios de aposentadoria aos servidores pblicos do municpio, a concesso de penso por morte aos dependentes de seus segurados e o auxlio-recluso.

    Art. 3. So abrangidos pelas normas desta Lei todos os servidores pblicos municipais ocupantes de cargos de provimento efetivo, admitidos por concurso pblico, dos rgos da administrao direta e indireta dos Poderes Executivo e Legislativo, suas autarquias e fundaes.

    1. Os benefcios de salrio-maternidade e salrio-famlia, sero pagos pelo IPMS.

    2. O benefcio de salrio-maternidade ser pago, nos primeiros 120 (cento e vinte) dias, pelo IPMS.

    3. O beneficio de auxlio-doena ser pago a partir do 16 (dcimo sexto) dia, sendo calculado pelo IPMS e processado no departamento de Recursos Humanos (RH) do Ente em que o segurado estiver vinculado.

    TTULO IIDO REGIME PRPRIO DE PREVIDNCIA SOCIAL DO MUNICPIO

    CAPTULO IDOS PRINCPIOS

    Art. 4. O regime prprio de previdncia social dos servidores pblicos municipal atender aos seguintes princpios:

    I - universalidade de participao dos servidores municipais efetivos, ativos e inativos e seus dependentes, no plano previdencirio, mediante contribuio;

    Prefeitura Municipal de SuzanoEstado de So Paulo

  • 2II - carter democrtico e descentralizado da gesto administrativa, com a participao de servidores ativos e inativos e pensionistas;

    III - inviabilidade de criao, majorao ou extenso de qualquer benefcio ou servio de seguridade social sem a correspondente fonte de custeio total;

    IV - custeio da previdncia social dos servidores pblicos municipais, mediante recursos provenientes, dentre outros, do oramento do Municpio e da contribuio compulsria dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas;

    V - subordinao das aplicaes de reservas, fundos e provises garantidoras dos benefcios previstos nesta Lei a padres mnimos adequados de diversificao, liquidez e segurana econmico-financeira, conforme estabelecido pelo Conselho Monetrio Nacional;

    VI - aplicao dos fundos e provises garantidores dos benefcios previstos nesta Lei, alm do disposto no inciso V, com observncia s normas federais que esto sujeitos os regimes prprios de previdncia social;

    VII - subordinao da constituio de reservas, fundos e provises garantidoras dos benefcios previstos nesta Lei a critrios atuariais aplicveis, tendo em vista a natureza dos benefcios;

    VIII - pleno acesso dos servidores s informaes relativas gesto dos rgos colegiados e s instncias de deciso em que seus interesses sejam objetos de discusso e deliberao;

    IX - registro e controle das contas dos fundos garantidores e provises do IPMS de forma distinta e apartada da conta do tesouro municipal;

    X - registro contbil individualizado das contribuies pessoais de cada servidor e dos entes pblicos do Municpio;

    XI - escriturao contbil, observadas as normas gerais de contabilidade aplicada ao Regime Prprio de Previdncia Social;

    XII - identificao e consolidao em demonstrativos financeiros e oramentrios de todas as despesas fixas e variveis com os servidores inativos e pensionistas, bem como dos encargos incidentes sobre os proventos e penses pagos;

    XIII - submisso s inspees e s auditorias de natureza atuarial, contbil, financeira, oramentria e patrimonial;

    XIV - a alquota de contribuio dos Poderes Executivo e Legislativo, de suas autarquias e fundaes no podero exceder, a qualquer ttulo, o dobro da que for estabelecida para os servidores pblicos e dependentes;

    XV - proibio de utilizao dos recursos, bens, direitos e ativos para emprstimos de qualquer natureza, inclusive s entidades do Municpio e aos servidores pblicos e dependentes, bem como a prestao de assistncia social, mdica e odontolgica;

    XVI - proibio da aplicao de recursos e ativos constitudos em ttulos pblicos, com exceo de ttulos de emisso do Governo Federal.

    CAPTULO IIDA GESTO PREVIDENCIRIA

    Prefeitura Municipal de SuzanoEstado de So Paulo

  • 3Art. 5. Preservada a autonomia do IPMS, o regime previdencirio criado por esta Lei ter por finalidade:

    I - estabelecer os instrumentos para a atuao, controle e superviso nos campos previdencirio, administrativo, tcnico, atuarial e econmico-financeiro, observada a legislao federal;

    II - fixar metas;

    III - estabelecer, de modo objetivo, as responsabilidades pela execuo e pelo prazo referentes aos planos, programas, projetos e atividades a cargo do IPMS;

    IV - avaliar o desempenho, com aferio de sua eficincia e da observncia dos princpios da legalidade, legitimidade, moralidade, razoabilidade, proporcionalidade, impessoalidade, economicidade e publicidade e atendimento aos preceitos constitucionais, legais, regulamentares, estatutrios e regimentais aplicveis;

    V - preceituar parmetros para a admisso, gesto e dispensa de pessoal prprio, sob o regime estatutrio, de forma a assegurar a preservao dos mais elevados e rigorosos padres tcnicos de seus planos, programas, projetos, atividades e servios;

    VI - formalizar outras obrigaes previstas em dispositivos desta Lei e da legislao geral aplicvel.

    CAPTULO IIIDOS BENEFICIRIOS

    Seo IDas Categorias de Beneficirios

    Art. 6. Os beneficirios da previdncia municipal de que trata esta Lei classificam-se em segurados e dependentes.

    Seo IIDos segurados

    Art. 7. So segurados do Regime Prprio de Previdncia Social:

    I - o servidor pblico titular de cargo efetivo dos rgos dos poderes Executivo e Legislativo, das autarquias, inclusive as de regime especial, e funes pblicas;

    II - os aposentados nos cargos citados neste artigo.

    1. Fica excludo do disposto no caput o servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao, bem como de outro cargo temporrio ou emprego pblico, ainda que aposentado.

    2. Na hiptese de acumulao remunerada de cargos efetivos, o servidor mencionado neste artigo ser segurado obrigatrio em relao a cada um dos cargos ocupados.

    3. A perda da qualidade de segurado do Regime Prprio de Previdncia Social dar-se- nas hipteses de morte, exonerao ou demisso do servidor.

    4. Permanece filiado ao IPMS, na qualidade de segurado, o servidor titular de cargo efetivo:

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  • 4I - quando afastado ou licenciado, desde que o tempo de afastamento ou de licenciamento seja considerado como efetivo exerccio no cargo, observado o disposto no artigo 8 desta Lei;

    II - cedido a rgo ou entidade da administrao direta e indireta de outro ente federativo, com ou sem nus para o Municpio;

    III - durante o afastamento do cargo efetivo para o exerccio de mandato eletivo e sindical;

    IV - durante o afastamento do pas por cesso ou licenciamento com remunerao.

    V - o servidor de cargo efetivo que esteja exercendo Funo Gratificada ou Comissionada.

    5. No caso de cesso de servidores titulares de cargo efetivo do Municpio para outro rgo ou entidade da Administrao direta ou indireta da Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou de outro Municpio, com nus para o cessionrio, inclusive para o exerccio de mandato eletivo, ser de responsabilidade do rgo ou da entidade em que o servidor estiver em exerccio o recolhimento e repasse das contribuies devidas pelo Municpio ao IPMS.

    6. No termo ou no ato de cesso do servidor com nus para o rgo cessionrio, ser prevista a responsabilidade desse servidor pelo desconto, recolhimento e repasse das contribuies previdencirias ao IPMS, conforme valores informados mensalmente pelo Municpio.

    7. Caso o cessionrio no efetue o repasse das contribuies ao IPMS do Municpio no prazo legal, caber ao ente municipal cedente efetu-lo, buscando o reembolso de tais valores junto ao cessionrio.

    8. Nas hipteses de cesso, licenciamento ou afastamento do servidor, sem recebimento de vencimento ou remunerao do ente municipal, o clculo da contribuio ser feito de acordo com a remunerao do cargo efetivo de que o servidor titular.

    9. No incidiro contribuies para o Instituto de Previdncia do ente cedente ou do ente cessionrio, nem para o Regime Geral de Previdncia Social, sobre as parcelas remuneratrias complementares no componentes da remunerao do cargo efetivo pagas pelo ente cessionrio ao servidor cedido.

    10. As disposies deste artigo se aplicam aos afastamentos dos servidores para o exerccio de mandato eletivo em outro ente federativo.

    11. No ser concedida aposentadoria por invalidez aos servidores pblicos admitidos com doenas pr-existentes que o incapacite para o trabalho, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progresso ou agravamento dessa doena ou leso.

    Art. 8. segurado facultativo o servidor ocupante de cargo efetivo em gozo de licena sem remunerao, na forma instituda pelo Estatuto dos Funcionrios Pblicos Municipais de Suzano, desde que recolha as contribuies relativas ao servidor e ao Poder Pblico estabelecidas nos incisos I e II do artigo 60 desta Lei, levando-se em considerao a sua ltima remunerao, devidamente atualizada, sob pena de perda da qualidade de segurado.

    Pargrafo nico Ficar suspenso o direito aos benefcios previstos nesta Lei, inclusive aos dependentes, do segurado facultativo que deixar de recolher trs parcelas, consecutivas ou no, sendo que somente poder ser reabilitado mediante o recolhimento do valor devido, acrescido dos encargos respectivos.

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  • 5Seo IIIDos dependentes

    Art. 9. So dependentes do segurado:

    I - o cnjuge, a companheira, o companheiro, os filhos no emancipados de qualquer condio, menores de 21 (vinte e um) anos ou invlidos;

    II - os pais que comprovem dependncia econmica do segurado;

    III - os irmos, no emancipados, de qualquer condio, menores de 21 (vinte e um) anos, ou invlidos, que comprovem dependncia econmica do segurado.

    1. Os dependentes elencados no inciso I concorrem entre si para a percepo dos benefcios.

    2. O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho, mediante tutela do segurado e desde que comprovada a dependncia econmica, na forma estabelecida em regulamento.

    3. Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantm unio estvel com o segurado (a), como entidade familiar, com convivncia duradoura, pblica e contnua, estabelecida com o objetivo de constituio de famlia, nos termos da legislao civil.

    4. At prova em contrrio, a dependncia econmica das pessoas indicadas no inciso I do caput presumida e a das demais deve ser comprovada, na forma a ser estabelecida em regulamento.

    5. A comprovao de invalidez dos casos previstos neste artigo ser feita mediante exame mdico-pericial a cargo do IPMS.

    6. O ex-cnjuge ou ex-companheiro, separado, de fato ou de direito, e o divorciado concorrer com os dependentes elencados no inciso I deste artigo, desde que tenha assegurado por deciso judicial o direito percepo de penso alimentcia.

    7. Cabe ao segurado a inscrio de seus dependentes, que, contudo, podero promov-la caso aquele no o faa, na forma estabelecida em regulamento.

    CAPTULO IVDO PLANO DE BENEFCIOS

    Seo IDos Benefcios

    Art. 10. Os benefcios de natureza previdenciria compreendem:

    I - quanto ao segurado:a) aposentadoria por invalidez;

    b) aposentadoria compulsria;

    c) aposentadoria por idade e tempo de contribuio;

    d) aposentadoria por idade;

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  • 6e) auxlio-doena;

    f) salrio-maternidade;

    g) salrio-famlia.

    II - quanto ao dependente:

    a) penso por morte;

    b) auxlio-recluso.

    Seo IIDa Aposentadoria por Invalidez

    Art. 11. A aposentadoria por invalidez ser devida ao segurado que, estando ou no em gozo de auxlio-doena, for considerado incapaz de readaptao para o exerccio de seu cargo e ser-lhe- paga a partir da data da publicao do ato que declarar a incapacidade e enquanto permanecer nessa condio.

    1. Na aposentadoria por invalidez decorrente de acidente em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, na forma da Lei os proventos sero integrais, observado, quanto ao seu clculo, o disposto no artigo 33, e nos demais casos os proventos sero proporcionais ao tempo de contribuio, respeitado o valor mnimo de 30% (trinta por cento) da ltima remunerao do segurado.

    2. Acidente em servio aquele ocorrido no exerccio do cargo que se relacione, direta ou indiretamente, com as atribuies deste, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a perda ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho.

    3. Para os efeitos desta Lei, equiparam-se ao acidente em servios;

    I - o acidente ligado ao servio que, embora no tenha sido a causa nica, haja contribudo diretamente para a reduo ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido leso que exija ateno mdica para a sua recuperao;

    II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horrio do trabalho, em consequncia de:

    a) ato de agresso, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de servio;

    b) ofensa fsica intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao servio;

    c) ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de terceiro ou de companheiro de servio;

    d) ato de pessoa privada do uso da razo;

    e) desabamento, inundao, incndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de fora maior.

    III - a doena proveniente de contaminao acidental do segurado no exerccio do cargo;

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  • 7IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e do horrio de servio:

    a) na execuo de ordem ou na realizao de servio relacionado ao cargo;

    b) na prestao espontnea de qualquer servio ao Municpio para lhe evitar prejuzo ou proporcionar proveito;

    c) em viagem a servio, inclusive para estudo quando financiada pelo Municpio dentro de seus planos para melhor capacitao da mo-de-obra, independentemente do meio de locomoo utilizado, inclusive veculo de propriedade do segurado;

    d) no percurso da residncia para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoo, inclusive veculo de propriedade do segurado.

    4. Nos perodos destinados refeio ou ao descanso, ou por ocasio da satisfao de outras necessidades fisiolgicas, no local do trabalho ou durante este, o servidor considerado no exerccio do cargo.

    5. O disposto nos 2 e 3 deste artigo no se aplica ao acidente ocorrido por dolo, ainda que eventual do segurado.

    6. Consideram-se doenas graves, contagiosas ou incurveis, que se refere o 1, as seguintes: tuberculose ativa; hansenase; alienao mental; neoplasia maligna; cegueira de ambos os olhos, adquirida aps o ingresso no servio pblico municipal; paralisia irreversvel e incapacitante; cardiopatia grave; doena de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avanado da doena de Paget (ostete deformante); sndrome da deficincia imunolgica adquirida - AIDS; contaminao por radiao, com base em concluso da medicina especializada; hepatopatia e outras que assim forem reconhecidas pelo RGPS.

    7. A concesso de aposentadoria por invalidez depender da verificao da condio de incapacidade, mediante exame mdico pericial do IPMS.

    8. Em caso de doena que impuser afastamento compulsrio, com base em laudo conclusivo da medicina especializada, ratificado pela junta mdica, a aposentadoria por invalidez independer de auxlio-doena e ser devida a partir da publicao do ato de sua concesso.

    9. O pagamento do benefcio de aposentadoria por invalidez decorrente de doena mental somente ser feito ao curador do segurado, condicionado apresentao do termo de curatela, ainda que provisrio.

    10. Na ocorrncia de quaisquer das hipteses citadas no inciso IV, 3.,do artigo 11, devero ser apresentados os seguintes documentos: CAT, Boletim de Ocorrncia, Mapa de percurso e tempo, trs testemunhas e relatrio da Chefia.

    Seo IIIDa Aposentadoria Compulsria

    Art. 12. O segurado ser aposentado aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio, calculados na forma estabelecida no artigo 33, no podendo ser inferiores a um salrio mnimo vigente no pas.

    1. A autoridade competente para nomear, no mbito de entidade qual estiver vinculado o servidor, expedir ato formal de afastamento do servidor para fins

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  • 8de aposentadoria, notificando o segurado at a data em que completar a idade limite para permanncia no servio pblico, e encaminhar cpia do respectivo ato at o final do mesmo ms ao IPMS, sob pena de responsabilidade.

    2. Os proventos da aposentadoria compulsria sero devidos a partir do dia imediato quele em que o servidor completar 70 (setenta) anos de idade.

    Seo IVDa Aposentadoria por Idade e Tempo de Contribuio

    Art. 13. O segurado far jus aposentadoria voluntria por idade e tempo de contribuio com proventos integrais calculados na forma prevista no artigo 33, desde que preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos:

    I - tempo mnimo de 10 (dez) anos de efetivo exerccio no servio pblico federal, estadual, distrital e municipal;

    II - tempo mnimo de 5 (cinco) anos de efetivo exerccio no cargo em que se dar a aposentadoria;

    III - 60 (sessenta) anos de idade e 35 (trinta e cinco) anos de tempo de contribuio se homem e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade e 30 (trinta) anos de tempo de contribuio, se mulher.

    1. Os requisitos de idade e tempo de contribuio previstos no inciso III deste artigo sero reduzidos em 5 (cinco) anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exerccio da funo de magistrio na educao infantil, no ensino fundamental e no ensino mdio.

    2. Para os efeitos do disposto no 1 deste artigo, so consideradas funes de magistrio as exercidas por professores e especialistas em educao no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educao bsica em seus diversos nveis e modalidades, includas:

    I - o exerccio da docncia, a qualquer tempo;

    Seo VDa Aposentadoria por Idade

    Art. 14. O segurado far jus aposentadoria por idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio, calculados na forma prevista no artigo 33, desde que preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos:

    I - tempo mnimo de 10 (dez) anos de efetivo exerccio no servio pblico federal, estadual, distrital e municipal;

    II - tempo mnimo de 5 (cinco) anos de efetivo exerccio no cargo em que se dar a aposentadoria;

    III - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos de idade, se mulher.

    Seo VIAuxlio-Doena

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  • 9Art. 15. O auxlio-doena ser devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho por mais de 15 (quinze) dias consecutivos e consistir no valor adotado como regra de mdia no RGPS.

    1. Ser concedido auxlio-doena, a pedido ou de oficio, com base em inspeo mdica que definir o prazo de afastamento.

    2. Findo o prazo do beneficio, superior a 60 (sessenta) dias, o segurado ser submetido nova inspeo mdica, que concluir pela volta ao servio, pela prorrogao do auxlio-doena, pela readaptao.

    3. Nos primeiros 15 (quinze) dias consecutivos de afastamento do segurado por motivo de doena, responsabilidade do Municpio o pagamento de sua remunerao.

    4. Se concedido novo beneficio decorrente da mesma doena dentro de 60 (sessenta) dias seguintes cessao do beneficio anterior, este ser prorrogado, ficando o Municpio desobrigado do pagamento relativo aos primeiros 15 (quinze) dias.

    5. O segurado em gozo de auxlio-doena, insusceptvel de readaptao para o exerccio do seu cargo, ou outro de atribuies e atividades com a limitao que tenha sofrido, respeitada a habilitao exigida, ser aposentado por invalidez.

    Seo VIISalrio-Maternidade

    Art. 16. Ser devido salrio-maternidade segurada gestante, por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, com incio entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrncia desse.

    1. Em casos excepcionais, os perodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante inspeo mdica.

    2. O salrio-maternidade consistir numa renda mensal igual ltima remunerao da segurada.

    3. Em caso de aborto no criminoso, comprovado mediante atestado mdico, a segurada ter direito ao salrio-maternidade correspondente a duas semanas.

    4. O salrio-maternidade no poder ser acumulado com benefcio por incapacidade.

    5. segurada que adotar, ou obtiver guarda judicial para fins de adoo de criana, devido salrio-maternidade previsto no RGPS.

    Seo VIIIDo Salrio-Famlia

    Art. 17. Ser devido o salrio-famlia, mensalmente ao segurado ativo de acordo com o estabelecido no RGPS, na proporo de nmeros de filhos e equiparados, na forma da lei, de at 14 (quatorze) anos ou invlidos.

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    1. O valor limite referido no caput ser corrigido pelos mesmos ndices aplicados aos benefcios do RGPS.

    2. O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos ou mais, se do sexo feminino, tero direito ao salrio-famlia, pago juntamente com a aposentadoria.

    3. O valor da cota do salrio-famlia por filho ou equiparado de qualquer condio ser o mesmo praticado pelo RGPS.

    4. Quando pai e me forem segurados do IPMS, ambos tero direito ao salrio-famlia.

    5. O pagamento do salrio-famlia est condicionado apresentao da certido de nascimento do filho ou da documentao relativa ao equiparado ou invalido, e apresentao anual de atestado de vacinao obrigatria e de comprovao de frequncia escola do filho ou equiparado.

    6. O salrio-famlia no se incorporar remunerao ou ao beneficio para qualquer efeito.

    Seo IXDa Penso por Morte

    Art. 18. A penso por morte consistir numa importncia mensal conferida ao conjunto dos dependentes do segurado, definidos no artigo 9, quando do seu falecimento, correspondente:

    I - totalidade dos proventos percebidos pelo aposentado na data anterior do bito, at o limite mximo estabelecido para os benefcios do Regime Geral de Previdncia Social - RGPS, acrescido de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a esse limite;

    II - totalidade da remunerao de contribuio percebida pelo servidor no cargo efetivo na data anterior do bito, at o limite mximo estabelecido para os benefcios do Regime Geral de Previdncia Social - RGPS, acrescido de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a este limite.

    1. Ser concedida penso provisria por morte presumida do segurado, nos seguintes casos:

    I - sentena declaratria de ausncia, expedida por autoridade judiciria competente;

    II - desaparecimento em acidente, desastre ou catstrofe, a contar da data da ocorrncia, mediante prova hbil.

    2. A penso provisria ser transformada em definitiva com o bito do segurado ausente ou deve ser cancelada com o reaparecimento do segurado, ficando os dependentes desobrigados da reposio dos valores recebidos, salvo m-f.

    Art. 19. A penso por morte ser devida aos dependentes a contar:

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    I - da data do bito, se requerida no prazo de 30 (trinta) dias desta data, ou da data do requerimento, se requerida aps esse prazo, salvo se menor ou incapaz, hiptese em que ser devida sempre da data do bito;

    II - da data da deciso judicial, no caso de declarao de ausncia;

    III - da data da ocorrncia do desaparecimento do segurado por motivo de acidente, desastre ou catstrofe, mediante prova idnea.

    Art. 20. A penso ser rateada entre todos os dependentes em partes iguais e no ser protelada pela falta de habilitao de outro possvel dependente.

    1. O cnjuge ausente no exclui do direito penso por morte o companheiro ou a companheira.

    2. A habilitao posterior que importe incluso ou excluso de dependente s produzir efeitos a contar da data da inscrio ou habilitao.

    Art. 21. O pensionista de que trata o 1 do artigo 18 dever, anualmente, declarar que o segurado permanece desaparecido, ficando obrigado a comunicar imediatamente ao IPMS o reaparecimento deste, sob pena de ser responsabilizado civil e penalmente pelo ilcito.

    Art. 22. A penso poder ser requerida a qualquer tempo, observado o disposto nos artigos 19 e 50.

    Art. 23. Ser admitido o recebimento, pelo dependente, de at duas penses no mbito do IPMS, exceto a penso deixada por cnjuge, companheiro ou companheira que s ser permitida a percepo de uma, ressalvado o direito de opo pela mais vantajosa.

    Art. 24. A condio legal de dependente, para fins desta Lei, aquela verificada na data do bito do segurado, observados os critrios de comprovao de dependncia econmica.

    Pargrafo nico A alterao de condies quanto ao dependente, supervenientes morte do segurado, no dar origem a qualquer direito penso, exceto em casos de invalidez, comprovada por exame mdico pericial, que o acometer enquanto perdurar a condio de dependente.

    Art. 25. O pagamento da cota individual da penso por morte extinguir-se- nos seguintes casos:

    I - pela morte do pensionista;

    II - quando o pensionista completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for invlido, ou pela emancipao, ainda que invlido, exceto, neste caso, se a emancipao for decorrente de colocao de grau em curso de ensino superior; ou

    III - para o pensionista invlido, pela cessao da invalidez, verificada em exame pericial realizado pelo IPMS.

    Seo XDo Auxlio-recluso

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    Art. 26. O auxlio-recluso consistir numa importncia mensal concedida aos dependentes do servidor segurado recolhido priso, que tenha remunerao igual ou inferior ao limite estabelecido para este benefcio pelo Regime Geral de Previdncia Social RGPS, at que Lei Federal o discipline, e que no perceba remunerao dos cofres pblicos correspondendo ultima remunerao de contribuio do segurado no cargo efetivo.

    1. O auxlio-recluso ser rateado em cotas - partes iguais entre os dependentes do segurado.

    2. O auxlio-recluso ser devido a contar da data do efetivo recolhimento do segurado priso, para cumprimento de sentena transitada em julgado e que deixar de perceber dos cofres pblicos.

    3. Na hiptese de fuga do segurado, o benefcio ser restabelecido a partir da data da recaptura ou da reapresentao priso, nada sendo devido aos seus dependentes enquanto estiver o segurado evadido e pelo perodo da fuga.

    4. Para a instruo do processo de concesso deste benefcio, alm da documentao que comprovar a condio de segurado e de dependentes, sero exigidos:

    I - documento que certifique o no pagamento da remunerao ao segurado pelos cofres pblicos, em razo da priso; e

    II - certido emitida pela autoridade competente sobre o efetivo recolhimento do segurado priso e o respectivo regime de cumprimento da pena, sendo tal documento renovado semestralmente.

    5. Caso o segurado venha a ser ressarcido com o pagamento da remunerao correspondente ao perodo em que esteve preso, e seus dependentes tenham recebido auxlio-recluso, o valor correspondente ao perodo de gozo do benefcio dever ser restitudo ao IPMS pelo segurado ou por seus dependentes, aplicando-se os juros e ndices de correo incidentes no ressarcimento da remunerao.

    6. Aplicar-se-o ao auxlio-recluso, no que couberem, as disposies atinentes penso por morte.

    7. O auxlio-recluso devido apenas durante o perodo em que o segurado estiver recolhido priso sob regime fechado ou semi-aberto.

    8. Se o segurado detido ou recluso vier a falecer na priso, o benefcio ser convertido em penso por morte, observado o disposto nos artigos 18 a 25 desta Lei.

    CAPTULO VDO DCIMO TERCEIRO SALRIO

    Art. 27. O dcimo terceiro salrio ser devido quele que, durante o ano, tiver recebido proventos de aposentadoria, penso por morte ou auxlio-recluso, pago pelo IPMS.

    Pargrafo nico A gratificao de que trata o caput ser proporcional em cada ano ao nmero de meses de benefcio pago pelo IPMS, em que cada ms corresponder a um doze avos, e ter por base o valor do benefcio do ms de dezembro, exceto quando o benefcio encerrar-se antes desse ms, hiptese em que o valor ser o do ms da cessao.

    CAPTULO VIDAS REGRAS DE TRANSIO

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  • 13

    Art. 28. Ao segurado do IPMS que tiver ingressado por concurso pblico de provas ou de provas e ttulos em cargo pblico efetivo na administrao pblica direta, autrquica e fundacional, at 16 de dezembro de 1998, ser facultada sua aposentadoria com proventos calculados de acordo com o artigo 33, quando o servidor, cumulativamente:

    I - tiver 53 (cinquenta e trs) anos de idade, se homem, e 48 (quarenta e oito) anos de idade, se mulher;

    II - tiver 5 (cinco) anos de efetivo exerccio no cargo em que se der a aposentadoria;

    III - contar tempo de contribuio igual, no mnimo, soma de:

    a) 35 (trinta e cinco) anos, se homem, e 30 (trinta) anos, se mulher; e

    b) um perodo adicional de contribuio equivalente a 20% (vinte por cento) do tempo que, na data de publicao da Emenda Constitucional n 20/98 faltaria para atingir o limite de tempo constante da alnea a deste inciso.

    1. O servidor de que trata este artigo que cumprir as exigncias para aposentadoria na forma do caput ter os seus proventos de inatividade reduzidos para cada ano antecipado em relao aos limites de idade estabelecidos pelo artigo 13 e 1, na seguinte proporo:

    I - 3,5% (trs inteiros e cinco dcimos por cento), para aquele que completar as exigncias para aposentadoria na forma do caput at 31 de dezembro de 2005;

    II - 5% (cinco por cento), para aquele que completar as exigncias para aposentadoria na forma do caput a partir de 1 de janeiro de 2006.

    2. O segurado professor que, at a data de publicao da Emenda Constitucional n. 20, de 15 de dezembro de 1998, tenha ingressado, regularmente, em cargo efetivo de magistrio no Municpio, includas suas autarquias e fundaes, e que opte por se aposentar na forma do disposto no caput, ter o tempo de servio exercido at a publicao daquela Emenda contado com o acrscimo de 17% (dezessete por cento), se homem, e de 20% (vinte por cento), se mulher, desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo exerccio nas funes de magistrio, observado o disposto no 1 deste artigo.

    Art. 29. Ressalvado o direito de opo aposentadoria pelas normas estabelecidas no artigo 13, ou pelas regras estabelecidas pelo artigo 31, o segurado do IPMS que tiver ingressado no servio pblico at 31 de dezembro de 2003 poder aposentar-se com proventos integrais, que correspondero totalidade da remunerao do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria quando, observadas as redues de idade e tempo de contribuio contidas no 1 do artigo 13, vier a preencher, cumulativamente, as seguintes condies:

    I - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher;

    II - 35 (trinta e cinco) anos de contribuio, se homem, e 30 (trinta) anos de contribuio, se mulher;

    III - 20 (vinte) anos de efetivo exerccio no servio pblico federal, estadual, distrital e municipal;

    IV - 10 (dez) anos de carreira e 5 (cinco) anos de efetivo exerccio no cargo em que se der a aposentadoria.

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  • 14

    Pargrafo nico Aplica-se aos proventos de aposentadorias dos servidores pblicos que se aposentarem na forma do caput deste artigo o disposto no artigo 31 desta Lei.

    Art. 30. assegurada a concesso de aposentadoria e penso, a qualquer tempo, aos segurados e seus dependentes que, at 31 de dezembro de 2003, tenham cumprido os requisitos para a obteno desses benefcios, com base nos critrios da legislao ento vigente, observado o disposto no inciso XI do artigo 37 da Constituio Federal.

    Pargrafo nico Os proventos da aposentadoria a ser concedida aos segurados referidos no caput, em termos integrais ou proporcionais ao tempo de contribuio j exercido at 31 de dezembro de 2003, bem como as penses de seus dependentes, sero calculados de acordo com a legislao em vigor poca em que foram atendidas as prescries nela estabelecidas para a concesso desses benefcios ou nas condies da legislao vigente.

    Art. 31. Observado o disposto no artigo 37, inciso XI da Constituio Federal, os proventos de aposentadoria dos segurados do IPMS, em fruio em 31 de dezembro de 2003, bem como os proventos de aposentadoria dos servidores e as penses dos dependentes abrangidos pelo artigo 30, sero revistos na mesma proporo e na mesma data, sempre que se modificar a remunerao dos servidores em atividade, sendo tambm estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benefcios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, na forma da lei, inclusive quando decorrentes da transformao ou reclassificao do cargo ou funo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da penso.

    Art. 32. Ressalvado o direito de opo aposentadoria pelas normas estabelecidas pelos artigos 13, 28, 29 e 30 desta Lei, o servidor do municpio, includas suas autarquias e fundaes, que tenha ingressado no servio pblico at 16 de dezembro de 1998 poder aposentar-se com proventos integrais na data da aposentadoria, desde que preencha, cumulativamente, as seguintes condies:

    I - 35 (trinta e cinco) anos de contribuio, se homem, e 30 (trinta) anos de contribuio, se mulher;

    II - 25 (vinte e cinco) anos de efetivo exerccio no servio pblico, 15 (quinze) anos de carreira e 5 (cinco) anos no cargo em que se der a aposentadoria;

    III - idade mnima resultante da reduo, relativamente aos limites do artigo 13, III, desta Lei, de 1 (um) ano de idade para cada ano de contribuio que exceder a condio prevista no inciso I do caput deste artigo.

    Pargrafo nico Aplica-se ao valor dos proventos de aposentadorias concedidas com base neste artigo o disposto no artigo 31 desta Lei, observando-se igual critrio de reviso s penses derivadas dos proventos de servidores falecidos que tenham se aposentado em conformidade com este artigo.

    CAPTULO VIIDAS REGRAS DE CLCULO DOS PROVENTOS E REAJUSTE DOS BENEFCIOS

    Art. 33. No clculo dos proventos das aposentadorias asseguradas por esta Lei ser considerada a mdia aritmtica simples das maiores remuneraes utilizadas como base para as contribuies do servidor ao IPMS e aos regimes de previdncia a que esteve vinculado, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o perodo contributivo desde a competncia julho de 1994 ou desde a do incio da contribuio, se posterior quela competncia.

    1. As remuneraes consideradas no clculo do valor inicial dos proventos tero os seus valores atualizados, ms a ms, de acordo com a variao integral do ndice fixado para a atualizao dos salrios de contribuio considerados no clculo dos benefcios do Regime Geral de Previdncia Social - RGPS.

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  • 15

    2. Nas competncias a partir de julho de 1994 em que no tenha havido contribuio para regime prprio, a base de clculo dos proventos ser a remunerao do servidor no cargo efetivo, inclusive nos perodos em que houve iseno de contribuio ou afastamento do cargo, desde que o respectivo afastamento seja considerado como de efetivo exerccio.

    3. Na ausncia de contribuio do servidor no titular de cargo efetivo vinculado a regime prprio at dezembro de 1998, ser considerada a sua remunerao no cargo ocupado no perodo correspondente.

    4. Os valores das remuneraes a serem utilizadas no clculo de que trata este artigo sero comprovados mediante documento fornecido pelos rgos e entidades gestoras do regime de previdncia ao qual o servidor esteve vinculado ou por outro documento pblico.

    5. Para os fins deste artigo, as remuneraes consideradas no clculo da aposentadoria, atualizadas na forma do 1, no podero ser:

    I - inferiores ao valor do salrio mnimo vigente no pas;

    II - superiores aos valores dos limites mximos de remunerao vigentes no Municpio;

    III - superiores ao limite mximo do salrio de contribuio, quanto aos meses em que o servidor esteve vinculado ao Regime Geral de Previdncia Social RGPS.

    6. As maiores remuneraes de que trata o caput sero definidas depois da aplicao dos fatores de atualizao e da observncia, ms a ms, dos limites estabelecidos no 5.

    7. Se a partir de julho de 1994 houver lacunas no perodo contributivo do segurado por ausncia de vinculao a regime previdencirio, esse perodo ser desprezado do clculo de que trata este artigo.

    8. Os proventos, calculados de acordo com o caput, por ocasio de sua concesso, no podero exceder a remunerao do respectivo servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria.

    9. Considera-se remunerao do cargo efetivo o valor constitudo pelos vencimentos e vantagens pecunirias permanentes desse cargo estabelecidas em lei, acrescido dos adicionais de carter individual e das vantagens pessoais permanentes.

    10. Para o clculo dos proventos proporcionais ao tempo de contribuio, ser utilizada frao cujo numerador ser o total desse tempo e o denominador, o tempo necessrio respectiva aposentadoria voluntria com proventos integrais, conforme o artigo 13, III, desta Lei.

    11. A frao de que trata o caput ser aplicada sobre o valor dos proventos calculado conforme este artigo, observando-se previamente a aplicao do limite de que trata o 8.

    12. Os perodos de tempo utilizados no clculo previsto neste artigo sero considerados em nmero de dias, tendo o ano, para efeito desta Lei, 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

    Art. 34. assegurado o reajuste anual dos benefcios previdencirios de que trata esta Lei, na mesma poca em que se der o reajuste dos benefcios do RGPS, com base na variao do INPC - ndice Nacional de Preos ao Consumidor, calculado pelo IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, nos 12 (doze) meses anteriores.

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  • 16

    Pargrafo nico O disposto neste artigo no se aplica aos benefcios de que tratam os artigos 29, 30, 31 e 32 desta Lei.

    CAPTULO VIIIDAS DISPOSIES GERAIS E FINAIS SOBRE OS BENEFCIOS

    Seo IDas Disposies Gerais

    Art. 35. vedada a incluso, para efeito de percepo de benefcios, de parcelas remuneratrias pagas em decorrncia de local de trabalho, de funo de confiana ou cargo em comisso, exceto se tiverem integrado a remunerao de contribuio do servidor que se aposentar com proventos calculados conforme artigo 33 desta Lei, respeitada, em qualquer hiptese, como limite, a remunerao do servidor no cargo efetivo.

    Pargrafo nico A incluso na remunerao de contribuio da parcela percebida em decorrncia de local de trabalho, de funo de confiana ou cargo em comisso, nos termos deste artigo, depender de opo expressa formalizada pelo segurado junto ao IPMS.

    Art. 36. A aposentadoria vigorar a partir da data da publicao do respectivo ato, ressalvada a aposentadoria compulsria.

    Art. 37. Para fins de concesso de aposentadoria pelo IPMS vedada a contagem de tempo de contribuio fictcia.

    Art. 38. Ser computado, integralmente, o tempo de contribuio no servio pblico federal, estadual, distrital e municipal, prestado sob a gide de qualquer regime jurdico, bem como o tempo de contribuio junto ao Regime Geral de Previdncia Social RGPS.

    Art. 39. Ressalvadas as aposentadorias decorrentes de cargos acumulveis na forma da Constituio Federal, ser vedada a percepo de mais de uma aposentadoria por conta do IPMS.

    Art. 40. Sero descontados dos benefcios pagos aos segurados e aos dependentes:

    I - a contribuio prevista nesta Lei ao IPMS;

    II - o valor da restituio do que tiver sido pago indevidamente pelo IPMS;

    III - o imposto de renda retido na fonte, que ser recolhido ao Tesouro Municipal;

    IV - a penso de alimentos prevista em deciso judicial;

    V - as contribuies associativas ou sindicais autorizadas pelos beneficirios;

    VI - as parcelas de emprstimos realizadas com instituies financeiras mediante consignao em folha de pagamento;

    VII - as parcelas decorrentes de acordos administrativos firmados com o IPMS, em razo de pagamentos recebidos indevidamente, no podendo o desconto ser superior a 10% (dez por cento) do valor do benefcio, mediante autorizao expressa do segurado.

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  • 17

    Art. 41. Salvo em caso de diviso entre aqueles que a ele fizerem jus nenhum benefcio previsto nesta Lei ter valor inferior a um salrio mnimo vigente no pas.

    Art. 42. Independe de carncia a concesso de benefcios previdencirios pelo IPMS, ressalvado o cumprimento dos requisitos estabelecidos para concesso das aposentadorias previstas nesta Lei.

    Pargrafo nico Para efeito do cumprimento dos requisitos de concesso das aposentadorias mencionadas no caput, o tempo de efetivo exerccio no cargo em que se dar a aposentadoria dever ser cumprido no cargo efetivo em que o servidor estiver em exerccio na data imediatamente anterior da concesso do benefcio.

    Art. 43. Concedida a aposentadoria ou a penso, ser o ato publicado e encaminhado apreciao do Tribunal de Contas do Estado de So Paulo.

    1. Concedido o beneficio de aposentadoria, caber ao IPMS comunicar imediatamente o fato ao rgo Pblico ou Instituto Previdencirio emitente da Certido de Tempo de Contribuio referente aos perodos considerados na concesso do beneficio, para as anotaes devidas nos respectivos registros funcionais e, se for o caso, declarao de vacncia do cargo pblico.

    2. Caso o Tribunal de Contas negue registro ao ato de concesso, o processo de concesso do beneficio dever ser revisto, promovendo-se as medidas jurdicas pertinentes, garantindo ao beneficirio, em qualquer hiptese, o direito de defesa e do contraditrio.

    Art. 44. vedada a celebrao de convnio, consrcio ou outra forma de associao para a concesso dos benefcios previdencirios de que trata esta Lei com a Unio, Estado, Distrito Federal ou outro Municpio.

    Seo IIDos Recursos

    Art. 45. Das decises relativas concesso de benefcios caber recurso dirigido ao Superintendente do IPMS.

    Art. 46. Do despacho proferido em grau de recurso caber um segundo recurso, a ser dirigido ao Conselho Deliberativo do IPMS.

    Art. 47. Os recursos de que tratam os artigos 48 e 49, devero ser protocolizados no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da cincia da deciso.

    Art. 48. Os recursos no tero efeito suspensivo, salvo se requerido pelo interessado e a critrio da instncia julgadora.

    Art. 49. O despacho decisrio do Conselho Deliberativo do IPMS, em grau de recurso, bem como o decurso de prazo recursal, encerra definitivamente a instncia administrativa.

    Seo IIIDas Disposies Finais

    Art. 50. de 5 (cinco) anos o prazo de decadncia de todo e qualquer direito ou ao do segurado ou beneficirio para reviso do ato de concesso de benefcio, a contar do dia primeiro do ms seguinte ao do recebimento da primeira prestao ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da deciso indeferitria definitiva no mbito administrativo.

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    Pargrafo nico Prescreve em 5 (cinco) anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ao para haver prestaes vencidas ou quaisquer restituies ou diferenas devidas pelo IPMS, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma da legislao civil.

    Art. 51. O segurado em gozo de aposentadoria por invalidez est obrigado a se submeter, sob pena de suspenso do pagamento do benefcio, a exame mdico pericial a cargo do IPMS, bem assim a tratamentos, processos, readaptaes profissionais e demais procedimentos prescritos nos prazos a serem estabelecidos em regulamento.

    Art. 52. O benefcio ser pago diretamente a quem de direito ou a procurador constitudo, cujo instrumento de mandato no ter prazo de validade superior a 6 (seis) meses, podendo ser renovado a cada seis meses.

    Pargrafo nico O procurador dever firmar, perante o IPMS, termo de responsabilidade, mediante o qual se comprometa a comunicar qualquer fato que venha a determinar a perda da qualidade de procurador ou evento que possa invalidar a procurao, principalmente a supervenincia de bito ou incapacidade civil do outorgante, sob pena de incorrer em sanes penais cabveis.

    Art. 53. O benefcio devido ao segurado ou dependente civilmente incapaz ser pago ao representante legal, tutor ou curador, nos termos e requisitos da legislao civil.

    Art. 54. Os valores dos benefcios pagos em atraso sero corrigidos monetariamente pelo mesmo ndice aplicvel aos tributos pagos com atraso.

    Art. 55. Todo segurado, dependente ou representante legal dos mesmos, assinar os formulrios e fornecer os dados e documentos exigidos periodicamente pelo IPMS, para provar o cumprimento dos requisitos necessrios obteno dos benefcios, ou garantir a sua manuteno.

    Pargrafo nico O cumprimento dessa exigncia indispensvel para o recebimento dos benefcios, ou sua manuteno.

    Art. 56. Sem prejuzo da exigncia de apresentao de documentos hbeis, comprobatrios das condies necessrias para o recebimento dos benefcios, o IPMS poder tomar providncias no sentido de comprovar ou suplementar as informaes fornecidas.

    Art. 57. O IPMS poder negar qualquer reivindicao de benefcio, declar-lo nulo ou reduzi-lo, se por dolo ou culpa, forem omitidas ou declaradas falsamente informaes essenciais para a obteno do mesmo.

    Art. 58. O segurado que tenha completado as exigncias para aposentadoria voluntria estabelecida nos artigos 13, 28 e 30 e que opte por permanecer em atividade far jus a um abono de permanncia equivalente ao valor da sua contribuio previdenciria, at completar as exigncias para aposentadoria contida no artigo 12 desta Lei.

    CAPTULO IXDO PLANO DE CUSTEIO

    Art. 59. A previdncia municipal estabelecida por esta Lei ser custeada por recursos de contribuies compulsrias dos Poderes Executivo e Legislativo, de suas autarquias e fundaes e dos segurados e respectivos dependentes, bem assim por outros recursos que lhe forem atribudos.

    1. O Plano Anual de Custeio dever ser elaborado por assessoria atuarial com registro no Instituto Brasileiro de Aturia (IBA).

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    2. A assessoria atuarial, ao elaborar o Plano Anual de Custeio, dever projetar as reservas de forma segregada, referentes aos segurados, em data anterior vigncia desta Lei, para efeito de registro contbil, acompanhamento e controle de sua cobertura.

    CAPTULO XDAS CONTRIBUIES

    Art. 60. A contribuio a cargo do Poder Pblico Municipal e dos segurados ativos, aposentados e pensionistas, destinada ao custeio da previdncia municipal, observar as seguintes alquotas:

    I - dos servidores pblicos ativos, dos aposentados e dos pensionistas: 11% (onze por cento);

    II - dos Poderes Executivo e Legislativo, das autarquias e fundaes: 18,66% (dezoito vrgula sessenta e seis por cento), includa alquota prevista no artigo 109, desta Lei.

    1. A contribuio dos aposentados e dos pensionistas somente incidir sobre a parcela dos proventos ou da penso que supere o limite estabelecido para os benefcios do RGPS.

    2. A contribuio incidente sobre o beneficio de penso por morte ter como base de clculo o valor total do beneficio, antes de sua diviso em cotas, respeitado o disposto no 1 deste artigo.

    3. O valor da contribuio calculado conforme o 1 deste artigo ser rateado entre todos os pensionistas, na proporo de suas cotas-parte.

    4. As contribuies devidas ao IPMS pelos Entes, sero repassadas at o dia cinco do ms subsequente ao da competncia.

    5. O Poder Pblico Municipal obrigado a arrecadar a contribuio dos servidores a seu servio, descontando-a da respectiva remunerao e efetuando o recolhimento ao IPMS no prazo referido no 4 deste artigo.

    6. Sobre as contribuies devidas e no creditadas na conta do IPMS no prazo estabelecido, incidiro a taxa SELIC, calculada na forma e condies estabelecidas pelo RGPS.

    7. Para os fins desta Lei, o valor base de contribuio ser constitudo pelo vencimento-base, proventos ou penso, auxlio-doena, auxlio-recluso, salrio-maternidade, frias e licena-prmio gozadas, acrescidos de:

    I - adicional de tempo de servio;

    II - sexta-parte de vencimentos;

    III - demais vantagens pecunirias de carter permanente.

    8. O dcimo terceiro salrio constitui base de clculo das contribuies dos entes pblicos e dos segurados, sendo considerada, para fins contributivos, separadamente da remunerao ou dos proventos relativos ao ms em que for pago.

    9. No haver contribuio patronal sobre o auxlio-recluso.

    10. Na hiptese de acumulao de cargos permitida por lei, a contribuio ser calculada sobre os totais de remuneraes de contribuio correspondentes aos cargos ou funes acumulados.

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    11. No caso de contribuinte inativo ou pensionista que venha a exercer cargo ou funo com percepo cumulativa de proventos e vencimentos, a contribuio ser calculada sobre cada um dos respectivos valores.

    12. A alquota prevista no inciso II deste artigo inclui os recursos destinados taxa de administrao, prevista no artigo 96 desta Lei.

    Art. 61. As contribuies previdencirias previstas no artigo anterior sero revistas anualmente com base no Plano Anual de Custeio, elaborado por assessoria atuarial.

    Art. 62. O Prefeito Municipal, o Presidente da Cmara de Vereadores, os Titulares de Autarquias e Fundaes e os ordenadores de despesa sero responsabilizados, solidariamente, na forma da lei, caso o recolhimento das contribuies dos rgos sob sua responsabilidade no ocorra nas datas e nas condies estabelecidas nesta Lei.

    Pargrafo nico O Municpio o responsvel pela cobertura de eventuais insuficincias financeiras do Regime Prprio de Previdncia Social, decorrentes do pagamento de benefcios previdencirios.

    CAPTULO XIDAS DEMAIS RECEITAS

    Art. 63. Constituem outras receitas do IPMS:

    I - os rendimentos e juros provenientes da aplicao dos recursos do IPMS;

    II - as doaes, legados, transferncia, subvenes e outras receitas eventuais;

    III - a renda de bens mveis e imveis vinculados ao IPMS;

    IV - os aportes do Poder Executivo para amortizao de dficits;

    V - as compensaes previdencirias obtidas das entidades pblicas de previdncia social da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios;

    VI - as dotaes previstas no oramento municipal.

    Pargrafo nico A utilizao das receitas de que trata este artigo, bem como das contribuies referidas no artigo 60, observaro o disposto nos artigos 95 e 96 desta Lei.

    Art. 64. A compensao financeira de recursos, entre os regimes previdencirios, ser providenciada pela Previdncia Municipal quando da contagem de tempo recproco, nos termos do 9, do artigo 201, da Constituio Federal e da legislao federal, constituindo fonte de custeio do IPMS.

    CAPTULO XIIDAS OBRIGAES ACESSRIAS

    Art. 65. O Poder Pblico Municipal tambm obrigado a:

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  • 21

    I - lanar mensalmente em ttulos prprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuies, o montante das quantias descontadas, as contribuies do Poder Pblico Municipal e os totais recolhidos;

    II - prestar ao IPMS, todas as informaes cadastrais, financeiras e contbeis de interesse do Instituto, bem como os esclarecimentos necessrios fiscalizao.

    III - informar, mensalmente, Previdncia Municipal os valores individualizados da contribuio previdenciria descontada de seus servidores.

    1. O Poder Pblico Municipal dever manter a disposio da fiscalizao do IPMS, durante 10 (dez) anos, os documentos comprobatrios do cumprimento das obrigaes referidas neste artigo.

    2. A folha de pagamento dever discriminar:

    I - nomes dos segurados, bem como indicao de seus registros;

    II - cargo ocupado pelos segurados constantes da relao;

    III - parcelas integrantes da remunerao;

    IV - parcelas no integrantes da remunerao;

    V - descontos legais.

    Art. 66. O IPMS poder, por Resoluo do Conselho Deliberativo, instituir demonstrativos, declaraes e procedimentos de carter obrigatrio para prestao de informaes do rgo ou entidade.

    Art. 67. Pelo descumprimento das obrigaes acessrias previstas nesta Lei, o servidor ou agente responsvel responder por infrao funcional ou por ato de improbidade administrativa, na forma da lei.

    CAPTULO XIIIDA DIVULGAO DE INFORMAES

    Art. 68. O IPMS afixar no quadro de avisos existente em sua sede o relatrio anual de atividades contendo os pareceres dos Conselhos Deliberativos e Fiscal, da assessoria atuarial, juntamente com as demonstraes financeiras do exerccio anterior, para conhecimento dos seus segurados e dependentes.

    Art. 69. O IPMS far publicar, no quadro de avisos, at 30 (trinta) dias aps o encerramento de cada ms, demonstrativo da execuo oramentria mensal e acumulada at o ms anterior ao do demonstrativo.

    TITULO IIIDO INSTITUTO DE PREVIDNCIA DO MUNICPIO DE SUZANO

    CAPTULO IDO OBJETIVO

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  • 22

    Art. 70. Fica criado o Instituto de Previdncia do Municpio de Suzano (IPMS), Estado de So Paulo, autarquia municipal autnoma, integrante do Poder Executivo, com personalidade jurdica de direito pblico, de natureza social, de conformidade com a Lei Orgnica do Municpio e a Constituio Federal, com o objetivo de custear benefcios previdencirios aos servidores municipais, titulares de cargos efetivos, inativos e a seus dependentes, observadas as normas estabelecidas na presente Lei e demais disposies legais.

    CAPTULO IIDA SEDE, FORO E PRAZO

    Art. 71. O IPMS ter como sede e foro o Municpio de Suzano, Estado de So Paulo, e sua durao ser por prazo indeterminado.

    CAPTULO IIIDA ADMINISTRAO DO IPMS

    Seo IDa Organizao Administrativa

    Art. 72. A organizao do IPMS compor-se- de:

    I - Superintendncia;

    II - Conselho Deliberativo;

    III - Conselho Fiscal.

    Seo IIDa Administrao

    Art. 73. O Superintendente ser escolhido e nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para um mandato de 4 (quatro) anos, iniciando-se no primeiro dia do primeiro ms de fevereiro do mandato do Executivo, e tendo seu trmino no dia 31 de janeiro do ano subsequente ao final do mandato do Executivo.

    1. O escolhido poder ter uma nica reconduo no Cargo.

    2. Equipara-se a Secretrio Municipal o cargo de Superintendente do Instituto para fins de remunerao mensal.

    3. Uma vez nomeado o Superintendente, somente perder seu mandato, por morte, renncia ou pelo disposto no artigo 79, inciso III, item XIV.

    Art. 74. Nos impedimentos do Superintendente do Instituto, por um perodo de at 15 (quinze) dias, responder pelo expediente da Superintendncia, o Diretor Administrativo Financeiro.

    Art. 75. Ocorrendo a vacncia da Superintendncia do Instituto, o cargo passar a ser exercido na sua plenitude pelo presidente do Conselho Deliberativo, at o final do mandato vigente.

    Art. 76. O Conselho Deliberativo ser composto por 7 (sete) membros:

    I - 1 (um) servidor municipal estatutrio indicado pelo Poder Executivo;

    II - 1 (um) servidor municipal estatutrio indicado pelo Sindicato da Categoria;

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    III - 5 (cinco) eleitos por voto secreto e direto, pelos segurados ativos e inativos, atravs do competente processo eleitoral previamente divulgado.

    1. Respeitado o Regimento Eleitoral bem como o quorum mnimo de votantes, todos os segurados do IPMS podero candidatar-se, desde que cumprido o estgio probatrio.

    2. O mandato dos membros do Conselho Deliberativo, ser de 4 (quatro) anos, com incio e trmino de acordo com o mandato do Superintendente, sendo permitida uma nica reeleio.

    3. Na primeira reunio do Conselho Deliberativo dever ser realizada a eleio do Presidente e do Secretario;

    4. As reunies do Conselho Deliberativo apenas podero ser promovidas com a presena mnima de 5 (cinco) de seus membros.

    5. O Conselho reunir-se- ordinariamente uma vez por ms e, extraordinariamente, mediante convocao do seu Presidente ou por solicitao de pelo menos 5 (cinco) de seus membros.

    6. Far jus a uma gratificao de R$ 60,00 (sessenta reais), reajustado anualmente pelo IPCA (ndice nacional de preo ao consumidor amplo), cada membro do Conselho Deliberativo, pela reunio mensal ordinria trabalhada.

    7. O Conselheiro que, sem justa motivao, faltar a trs sesses consecutivas ou a seis alternadas, durante o exerccio, ter seu mandato declarado extinto, devendo ser promovida a nomeao de membro suplente.

    8. Na ausncia temporria ou vacncia do cargo de Presidente, em especial na hiptese prevista no artigo 75 desta Lei, assumir a presidncia do Conselho Deliberativo o Secretrio, devendo ser promovida a nomeao de membro suplente e votao de um novo Secretrio.

    9. O Superintendente do Instituto dar posse aos Membros do Conselho Deliberativo, no mesmo dia do incio de seu mandato.

    Art. 77. O Conselho Fiscal ser composto de 5 (cinco) membros:

    I - 1 (um) servidor municipal estatutrio indicado pelo Poder Executivo;

    II - 1 (um) servidor municipal estatutrio indicado pelo Sindicato da Categoria;

    III - 3 (trs) eleitos por voto secreto e direto, pelos segurados ativos e inativos, atravs do competente processo eleitoral previamente divulgado.

    1. Os membros do Conselho Fiscal devero possuir a condio de servidores efetivos, terem implementado o estgio probatrio e terem comprovadamente conhecimentos tcnicos em administrao ou contabilidade.

    2. As reunies do Conselho Fiscal sero obrigatoriamente promovidas mensalmente e apenas podero ser realizadas com a presena de, no mnimo, 3 (trs) de seus membros.

    3. O Conselho Fiscal eleger, dentre seus membros, o seu Presidente e seu Secretario, em sua primeira reunio ordinria, aps a posse de seus membros, dada pelo Superintendente do Instituto.

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    4. Na ausncia temporria ou vacncia do Cargo de Presidente, assumir o Conselho Fiscal o Secretrio, devendo ser promovida a nomeao de membro suplente e votao de um novo Secretrio.

    5. Far jus a uma gratificao de R$ 60,00 (sessenta reais), reajustado anualmente pelo IPCA (ndice nacional de preo ao consumidor amplo), cada membro do Conselho Fiscal, pela reunio mensal ordinria trabalhada.

    6. O Conselheiro que, sem justa motivao, faltar a trs sesses consecutivas ou seis alternadas durante o exerccio, ter seu mandato declarado extinto, devendo ser promovida a nomeao de membro suplente.

    7. O mandato dos membros do Conselho Fiscal, ser de 4 (quatro) anos, com incio e trmino de acordo com o mandato do Superintendente, sendo permitida uma nica reeleio.

    Seo IIIDas Competncias

    Subseo IDo Superintendente

    Art. 78. Compete ao Superintendente:

    I - representar o Instituto, ativa e passivamente, em juzo ou fora dele;

    II - participar das reunies do Conselho Deliberativo;

    III - movimentar as contas bancrias do Instituto e efetuar as aplicaes financeiras, em conjunto com o Diretor Financeiro;

    IV - nomeao, contratao e demisso de servidores do Instituto, nos termos da legislao pertinente, gerenciando os recursos humanos do Instituto;

    V - autorizar licitaes e contrataes;

    VI - prestar contas de sua administrao;

    VII - prestar informaes solicitadas pelos rgos competentes;

    VIII - encaminhar ao rgo competente a proposta de oramento;

    IX - apresentar ao Conselho Deliberativo e ao Conselho Fiscal, at o dia 31 de maro, relatrio dos trabalhos realizados no ano anterior, bem como prestao de contas, enviando cpia do primeiro ao Executivo e ao Legislativo Municipal;

    X - emitir resolues e portarias no mbito de suas atribuies, a serem publicadas no Dirio Oficial do Municpio ou jornal de circulao no municpio;

    XI - a convocao de eleies;

    XII - praticar, em conjunto com o Diretor de Benefcios e Gesto de Pessoas, atos relativos concesso dos benefcios previdencirios previstos nesta Lei.

    Subseo IIDo Conselho Deliberativo

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    Art. 79. O Conselho Deliberativo do Instituto composto por 7 (sete) membros, e lhe compete:

    I - estabelecer as diretrizes gerais da poltica de gesto do Instituto;

    II - aprovar o plano de custeio, os planos de aplicao financeira dos recursos do Instituto, bem como de seu patrimnio;

    III - elaborar e votar o Regimento Interno do Conselho;

    IV - aprovar proposta do oramento do Instituto;

    V - aprovar proposta de abertura de crditos suplementares e especiais;

    VI - propor ao Poder Executivo a criao, extino e modificao de cargos do quadro de pessoal da autarquia ou alterao de sua estrutura administrativa, bem como a instituio ou extino de benefcios, nos termos da legislao pertinente;

    VII - aprovar as Contas do Instituto, aps anlise do Conselho Fiscal;

    VIII - promover a anlise tcnica e atuarial do Instituto;

    IX - deliberar sobre a aceitabilidade de doaes e legados com encargos;

    X - aprovar proposta de despesas extraordinrias, proposta pelo Superintendente do Instituto;

    XI - fiscalizar os atos de gerenciamento do Superintendente do Instituto bem como dos Diretores e Coordenadores;

    XII - autorizar o parcelamento de dbitos existentes;

    XIII - autorizar a alienao de patrimnio do Instituto;

    XIV - representar ao Prefeito Municipal, em relatrio fundamentado e circunstanciado, sobre a convenincia da exonerao do Superintendente do Instituto, tendo sempre em vista a prtica de atos contrrios aos interesses do Instituto, inpcia, desdia, ou procedimento incompatvel com a dignidade do cargo;

    XV - decidir, em ltima instncia, os recursos interpostos contra atos do Superintendente.

    Subseo IIIDo Conselho Fiscal

    Art. 80. O Conselho Fiscal do Instituto composto por 5 (cinco) membros e lhe compete:

    I - eleger seu Presidente e Secretrio;

    II - examinar os balancetes mensais e as contas, emitindo parecer a respeito;

    III - pronunciar-se sobre despesas extraordinrias autorizadas pelo Conselho Deliberativo;

    IV - elaborar e votar seu Regimento Interno;

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    V - propor ao Conselho Deliberativo, medidas que julgar convenientes.

    Seo IVDo Registro de Candidaturas e Eleies

    Art. 81. O candidato dever fazer sua inscrio, indicando no ato o pleito que deseja concorrer, devendo no ato estar na posse de seus direitos de segurado.

    1. As inscries de candidatos so de nmero ilimitado, no sendo permitida a inscrio em mais de um pleito.

    2. No poder inscrever-se o segurado que no estiver rigorosamente em dia com as suas contribuies para com o Instituto, tratando-se de segurado facultativo, e cumprido o Estagio Probatrio.

    3. Tero direito a voto todos os segurados ativos e inativos do Instituto, rigorosamente em dia com suas contribuies, tratando-se de segurado facultativo, ainda que em estgio probatrio.

    Art. 82. As eleies para membros do Conselho Deliberativo, bem como de membros do Conselho Fiscal do Instituto sero realizadas entre os dias 15 (quinze) e 30 (trinta) de janeiro, conjuntamente.

    1. A convocao de eleies ser feita pelo Superintendente do Instituto, por edital publicado ao menos 02 (duas) vezes, no Dirio Oficial do Municpio ou jornal de circulao no municpio, com antecedncia mnima de 10 (dez) dias.

    2. O Superintendente do Instituto, ao convocar as eleies, designar o local, dia e hora, bem como determinar as demais instrues necessrias realizao do pleito.

    3. O voto ser dado atravs de cdula nica, oficial, contendo a relao dos candidatos por ordem alfabtica para cada pleito, na qual o votante poder assinalar apenas um nome para cada eleio.

    Art. 83. Para eleio de Membros do Conselho Deliberativo, consideram-se eleitos os 5 (cinco) primeiros classificados mais votados, devendo os demais serem considerados suplentes.

    Art. 84. Para eleio de Membros do Conselho Fiscal, consideram-se eleitos os 03 (trs) primeiros classificados mais votados, devendo os demais serem considerados suplentes.

    Art. 85. Havendo empate entre dois ou mais candidatos, ser considerado, para efeito de classificao, o que tiver a inscrio mais antiga no Instituto e, se persistir o empate, o que apresentar maior tempo de servio municipal, seja da administrao direta, autarquias, fundaes ou Cmara Municipal.

    Art. 86. As impugnaes contra eventuais irregularidades ocorridas durante o pleito devero ser feitas, por escrito, ao Superintendente do Instituto, nas vinte e quatro horas seguintes ao encerramento das eleies.

    Pargrafo nico Em caso de desistncia de qualquer candidato eleito, ser convocado o suplente, observando-se o critrio de classificao do pleito.

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    Seo VDa Estrutura Administrativa e do Quadro de Pessoal

    Art. 87. A estrutura Administrativa do Instituto ser constituda por:

    I - Gabinete da Superintendncia;

    II - Diretoria Administrativa Financeira:

    a) Setor de Administrao e Expediente;

    b) Setor de Processamento de Dados (CPD);

    c) Setor de Controle Financeiro;

    d) Setor de Contabilidade.

    III - Diretoria de Benefcios e Gesto de Pessoas:

    a) Setor de Benefcios,

    b) Setor de Gesto de Pessoas.

    IV - Procuradoria Jurdica.

    1. Os rgos referidos nos incisos II, III e IV deste artigo sero subordinados Superintendncia do IPMS.

    2. As atribuies de cada rgo sero determinadas no Regimento Interno, mediante Resoluo.

    Art. 88. O quadro do pessoal do Instituto compe-se de:

    I - cargos de provimento efetivo;

    II - cargo de provimento em comisso.

    1. Os cargos de provimento efetivo so os constantes do Anexo I desta Lei.

    2. Os cargos de provimento em comisso, so os constantes do Anexo II desta Lei.

    Art. 89. Os cargos de provimento em comisso constantes do Anexo II desta Lei so de livre nomeao e exonerao pelo Superintendente do Instituto.

    Art. 90. Os cargos sero distribudos em padres de referncias, cujos valores sero os constantes da tabela adotada pela Prefeitura Municipal.

    Seo VIDas Disposies Gerais da Administrao

    Art. 91. Os Poderes Executivo e Legislativo, as autarquias e fundaes podero colocar disposio do IPMS, at que sejam providos os cargos de seu quadro de pessoal permanente e at a instalao adequada de sua sede prpria:

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    I - servidores municipais, sem prejuzo dos vencimentos ou salrios, com todos os seus direitos e vantagens assegurados, garantias e deveres previstos em lei;

    II - instalaes fsicas, servios, materiais e bens mveis necessrios consecuo de seus objetivos.

    Pargrafo nico O Poder Executivo poder realizar aportes financeiros especficos para a complementao de despesas administrativas do IPMS, quando estas superarem, justificadamente, o limite anual da taxa de administrao prevista nesta Lei.

    Seo VIIDos Atos Normativos

    Art. 92. O Conselho Deliberativo, por sua iniciativa ou por solicitao da Superintendncia ou do Conselho Fiscal, deliberar quanto emisso de instrues e normas operacionais por meio de Resolues.

    Pargrafo nico Os atos normativos sero emitidos sobre assuntos omissos em lei, ou em complemento com o objetivo de esclarecer situaes, publicados no Dirio Oficial do Municpio ou jornal de circulao no municpio.

    CAPTULO IVDO PATRIMNIO E DO EXERCCIO SOCIAL

    Art. 93. O patrimnio do IPMS, constitudo na forma desta Lei, ser autnomo, livre e desvinculado de qualquer outra entidade ou rgo municipal.

    Art. 94. Os recursos do IPMS, garantidores dos benefcios por este assegurados, sero aplicados, por meio de instituies privadas ou pblicas, sendo que a aplicao de seu patrimnio ser feita no Pas, de conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Deliberativo e de acordo com a determinao do Conselho Monetrio Nacional.

    Pargrafo nico As diretrizes estabelecidas pelo Conselho Deliberativo devero orientar-se pelos seguintes objetivos:

    I - segurana dos investimentos;

    II - rentabilidade real compatvel com as hipteses atuariais;

    III - liquidez das aplicaes para pagamento dos benefcios.

    Art. 95. Caber ao Superintendente e ao Diretor Administrativo Financeiro, a administrao dos recursos e do patrimnio constitudo pelo IPMS, atendidas as polticas estabelecidas pelo Conselho Deliberativo.

    Art. 96. Os recursos de que trata o artigo 94, somente podero ser utilizados para pagamento de benefcios previdencirios do IPMS, e da taxa de administrao destinada manuteno desse Instituto.

    1. O valor anual da taxa de administrao mencionada no caput ser de 2% (dois por cento) do valor total da remunerao, subsdios, proventos e penses pagos aos segurados e benefcios do IPMS, no exerccio financeiro anterior, e ser contabilizado de forma independente das demais despesas.

    2. Para fins do disposto no 1, considera-se remunerao dos segurados o somatrio das despesas do ente da federao com os servidores ativos vinculados ao

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    IPMS, includas quaisquer espcies remuneratrias, de acordo com a folha de pagamentos da competncia informada.

    3. A taxa de administrao ser destinada exclusivamente ao custeio das despesas correntes e de capital necessrias organizao e ao funcionamento da unidade gestora do IPMS do Municpio, inclusive para conservao do seu patrimnio.

    4. Na verificao da utilizao dos recursos destinados taxa de administrao no sero computadas as despesas diretamente decorrentes das aplicaes de recursos em ativos financeiros, conforme previsto em norma do Conselho Monetrio Nacional.

    5. O IPMS poder constituir reserva com as sobras do custeio das despesas do exerccio, cujos valores sero utilizados para fins a que se destina a taxa de administrao.

    6. A aquisio, construo ou reforma de bens imveis com recursos destinados taxa de administrao restringem-se aos destinados ao uso prprio do IPMS, sendo vedada a utilizao desses bens para investimento ou uso por outro rgo pblico ou particular, em atividades assistenciais ou quaisquer outros fins no previstos no caput deste artigo.

    Art. 97. O IPMS dever manter registros contbeis prprios, em plano de contas que espelhe com fidedignidade a sua situao econmico-financeira e patrimonial de cada exerccio, evidenciando, ainda, as despesas e receitas previdencirias, patrimoniais, financeiras e administrativas, alm de sua situao ativa e passiva, respeitado o que dispe a legislao vigente.

    Art. 98. O IPMS, na condio de autarquia municipal, prestar contas anualmente ao Tribunal de Contas do Estado de So Paulo, respondendo seus gestores pelo fiel desempenho de suas atribuies e mandatos, na forma da lei.

    Art. 99. O IPMS poder contratar empresa de consultoria econmica, para avaliao da carteira de ativos, qual compete apresentar relatrio amplo e circunstanciado de suas concluses, para avaliao pelos Conselhos Deliberativo e Fiscal, Superintendncia, Executivo e Legislativo Municipais e Tribunal de Contas do Estado, o qual dever integrar o processo de prestao de contas anual.

    Art. 100. A Superintendncia do IPMS dever contratar empresa de assessoria atuarial devidamente habilitada, para proceder s reavaliaes atuariais de seus fundos e reservas, bem como organizao e reviso de seu plano de custeio, visando garantir o seu equilbrio financeiro e atuarial, nos prazos previstos na legislao federal.

    Art. 101. vedado ao IPMS atuar como instituio financeira, conceder emprstimo, aval, aceite, bem como prestar fiana ou obrigar-se de favor por qualquer outra forma.

    Art. 102. No caso de extino do regime prprio de previdncia social, o Municpio assumir integralmente a responsabilidade pelo pagamento dos benefcios concedidos durante a sua vigncia, bem como daqueles benefcios cujos requisitos necessrios sua concesso foram implementados anteriormente extino do regime prprio de previdncia social.

    TTULO IVDAS DISPOSIES GERAIS E TRANSITRIAS

    Art. 103. As contribuies de que tratam os incisos I, II e III do artigo 60 e artigo 109 e seus pargrafos sero devidas noventa dias aps o incio de vigncia desta Lei.

    Art. 104. A remunerao dos servidores cedidos ao IPMS nos termos do artigo 91 desta Lei competir aos rgos que os cederem.

    Art. 105. Nenhum servidor do IPMS ser colocado disposio de outro rgo, com nus para o Instituto.

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    Art. 106. No caso de licena de servidor com reduo da remunerao mensal, fundamentada por direito constante do Estatuto dos Funcionrios Pblicos Municipais, suas contribuies mensais, bem assim eventuais obrigaes contradas perante o IPMS, que guardem proporo com seus vencimentos, tero como base a ltima remunerao mensal recebida.

    Art. 107. O Prefeito, o Vice-Prefeito, os ocupantes exclusivamente de cargos em comisso, os contratados em carter temporrio e os Vereadores no so considerados segurados do IPMS, no havendo, dessa forma, contribuies destes, salvo se tambm forem titulares de cargos de provimento efetivo no Municpio.

    Art. 108. Fica o IPMS Instituto de Previdncia do Municpio de Suzano autorizado a celebrar convnio do COMPREV com o Ministrio da Previdncia Social na esfera Federal, com rgos Estaduais e municipais, em conformidade com a legislao federal pertinente, cabendo integralmente ao IPMS os valores obtidos com a compensao.

    Art. 109. Para cobertura do dficit tcnico, apurado em clculos atuariais, a Prefeitura, o Legislativo, as Autarquias e as Fundaes devero, obrigatoriamente, proceder ao recolhimento de contribuio adicional, incidente sobre o total da folha de pagamento dos servidores ativos efetivos, conforme Tabela abaixo, sem prejuzo da contribuio de que trata o artigo 60, II, desta Lei.

    Ano Custo em % sobre o totalda Folha de Pessoal Ativo Efetivo

    2012 e 2013.....................................................1,50%2012 e 2013.....................................................1,50%2014.................................................................3,00%2014.................................................................3,00%2015.................................................................4,50%2015.................................................................4,50%2016 a 2047.....................................................6,00%2016 a 2047.....................................................6,00%

    Art. 110. Os atuais servidores estatutrios, admitidos por concurso pblico, sero desligados do Regime Geral de Previdncia Social 90 (noventa) dias aps aprovao e publicao desta Lei e inscritos no IPMS.

    Art. 111. Os servidores pblicos j aposentados pelo Regime Geral de Previdncia Social, podero fazer opo pelo novo regime previdencirio, desde que no estejam a 05 (cinco) anos da aposentadoria compulsria na data da aprovao e publicao da presente Lei.

    Art. 112. Os servidores pblicos que estejam 90 (noventa) dias aps a publicao desta Lei a 05 (cinco) anos ou menos da aposentadoria no Regime Geral de Previdncia Social podero ingressar no novo sistema por opo, devendo cumprir os interstcios estabelecidos, para concesso dos benefcios.

    Art. 113. O IPMS no conceder aposentadoria aos servidores que contarem com menos de 05 (cinco) anos de cargo efetivo e com menos de 10 (dez) anos de efetivo exerccio no servio pblico, excetuadas as aposentadorias por invalidez permanente.

    Art. 114. As despesas decorrentes da execuo da presente Lei correro conta de verbas oramentrias prprias, suplementadas, se necessrio.

    Art. 115. A primeira constituio dos rgos diretivos do Instituto de Previdncia de Suzano criado por esta Lei ser:

    I - nomeao direta do senhor Prefeito Municipal, do Superintendente, com mandato previsto nesta Lei.

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    II - o Superintendente dever providenciar excepcionalmente de pronto obedecendo aos prazos estabelecidos, eleies, para preenchimento dos cargos do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal para a elaborao de Regulamentos e promover a adequao e a aplicao das normas contidas nesta legislao,

    1. O preenchimento dos demais cargos previstos na Direo do Instituto anexo presente Lei ser efetuado por meio de concurso pblico e os cargos em comisso de livre nomeao, pelo seu Superintendente.

    2. A Superintendncia do Instituto ter o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a partir da publicao da presente Lei para, por meio de resoluo aprovada pelo Conselho Deliberativo, regulamentar a mesma e criar o seu regimento interno.

    Art. 116. O Primeiro mandato excepcionalmente ter tempo diferenciado para o Superintendente e os Membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal.

    Pargrafo nico Tendo em vista a criao da presente Lei estar fora do perodo total do mandato do Poder Executivo, agregar-se-, aos 04 (quatro) anos de mandato, os meses correspondentes data de aprovao desta Lei, at o dia primeiro de fevereiro de 2013.

    Art. 117. Excepcionalmente, dever o Superintendente do Instituto providenciar eleies, imediatamente aps sua posse, mantendo-se os prazos e condies estabelecidos na presente Lei, para preenchimento dos cargos de membros do Conselho Deliberativo e Fiscal referidos no artigo 76 e 77, com mandatos estabelecidos no artigo anterior e seu pargrafo.

    Art. 118. Esta Lei entrar em vigor 90 (noventa) dias aps a data da sua publicao, revogando-se as disposies em contrrio.

    Pao Municipal Prefeito Firmino Jos da Costa, 29 de junho de 2012, 63 da Emancipao Poltico Administrativa.

    MARCELO DE SOUZA CANDIDOPrefeito Municipal

    MARCO AURLIO PEREIRA TANOEIROSecretrio Municipal dos Negcios Jurdicos

    JOEL DE BARROS BITTENCOURTSecretrio Municipal de Administrao

    Registrado na Secretaria Municipal de Administrao, publicado na portaria do Pao Municipal e demais locais de costume.

    JOEL DE BARROS BITTENCOURTSecretrio Municipal de Administrao

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    ANEXO I

    CARGOS PBLICOS DE PROVIMENTO EFETIVO

    N deOrdem Denominao do Cargo Referncia Quantidade

    01 Diretor Administrativo e Financeiro R 01

    02 Diretor de Benefcios e Gesto de Pessoas R 01

    03 Procurador Jurdico 17 01

    04 Setor Administrativo e Expediente L 01

    05 Setor Processamento de Dados (CPD) 5 01

    06 Setor de Gesto de Pessoas 5 01

    07 Chefe de Setor de Benefcios O 01

    08 Contador 14 01

    09 Auxiliar Administrativo 2 04

    10 Servios Gerais 1 01

    TOTALTOTALTOTAL 13

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    ANEXO II

    CARGOS PBLICOS DE PROVIMENTO EM COMISSO

    N deOrdem Denominao do Cargo Referncia Quantidade

    1 Superintendente SUBSDIO 01

    2 Assessor Administrativo Financeiro O 01

    3 Assessor Benefcios e Gesto de Pessoas Q 01

    TOTALTOTALTOTAL 03

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