ludopedagogia eliane petrov
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8/15/2019 Ludopedagogia Eliane Petrov
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Faculdade Aldeia de Carapicuíba
Ludopedagogia
O lúdico como instrumento pedagógico
Eliane Petov
São Bernardo do Campo2016
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Eliane Petov
O lúdico como instrumento pedagógico
Monografia apresentada como exigênciapara obtenção do grau de Especializaçãoem Ludopedagogia da Faculdade Aldeia
de Carapicuíba.
Orientador: Fernando Magalhães
São Bernardo do Campo2016
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RESUMO
Este trabalho teve por objetivo descrever as contribuições do brincar para odesenvolvimento da identidade da criança. De natureza qualitativa, quanto ao seuobjetivo a pesquisa foi descritiva, utilizando como procedimento técnico a pesquisabibliográfica e documental. Tomou-se como base o Referencial Curricular Nacionalpara a Educação Infantil (1998) e autores de referência no tema. Foi possívelconstatar que os estudiosos pesquisados entendem o brincar como uma importanteferramenta pedagógica da educação infantil, que oferece grande contribuição para odesenvolvimento da criança, favorecendo a criatividade, aproximando a fantasia dosfatos da vida real e contribuindo para a construção de sua identidade.
Palavras-chave: Brincar; Construção da identidade; Educação infantil
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ABSTRACT
This study aimed to describe the contributions of play to the development of thechild's identity. Qualitative in nature, according to the classification of Gil (2007) as itsobjective, the research was descriptive. Was used as a technical procedurebibliographic research, based on the National Curriculum for Early ChildhoodEducation (1998) and authors such as Bruno Bettelheim, Vera Barros de Oliveira,among other scholars. It was concluded that the play is an important educational toolin early childhood education, offers a great contribution to the development of thechild, fosters creativity, fantasy approaches the facts of real life and contributes to theconstruction of their identity.
Keywords: Play, Construction of identity; childhood education
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................5
2 O LUDICO ................................................................................................................82.1 O Lúdico na história da humanidade ..................................................................8
2.2 A arte do lúdico como incentivo pedagógico ....................................................11
2.3 O lúdico como estratégia de ensino .................................................................12
2.4 O papel do educador no ensino aprendizagem Lúdico .................................... 19
3 FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL ........................................................20
3.1 O desenvolvimento motor infantil .....................................................................20
3.2 Formas de Comunicação .................................................................................22
3.3 Caracterizações do bebê de 0 a 2 anos segundo Jean Piaget ........................ 25
3.4 Teorias Psicossociais .......................................................................................26
3.5 Fases orais (do nascimento aos 2 anos) .........................................................26
3.6 Fase anal - 2 aos 3 anos de idade ...................................................................27
3.6.1 Crises 1 - Confiança básica versus Desconfiança Básica – do nascimentoa 12-18 meses ....................................................................................................27
3.6.2 Crise 2 – Autonomia versus Vergonha - 18 meses a 3 anos ....................28
4 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE AO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO. ......... 29
4.1 Sala de aulas para a construção de conhecimento. .........................................294.2 Os jogos como reforço do ensino aprendizagem. ............................................30
4.3 As vantagens da utilização de jogos pedagógicos no ambiente escolar .......... 33
4.4 O Brincar para Educar e orientar limites ..........................................................34
5 A PEDAGOGIA LUDICA E SEUS DESAFIOS ....................................................... 36
5.1 O Uso do Lúdico na Pedagogia .......................................................................36
5.2 O pedagogo e a Ludicidade em sala de aulas .................................................38
5.3 O ensinar de forma lúdica ................................................................................ 39
6 CONCLUSÃO .........................................................................................................42REFERÊNCIAS .........................................................................................................44
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1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho do Lúdico na educação infantil pode indicar o quanto se
faz necessário o propósito de buscar uma maneira diferente de ensinar entrando no
universo infantil para que dele, o pedagogo, possa abstrair o criativo como
ferramenta de acesso do oferecer educação didática de maneira suave, sem
modificar de forma bruta esse universo.
Esta investigação será desenvolvida a partir de bases bibliográficas de
algumas pesquisas já concretizadas que confirmam o efeito do trabalho pedagógico
por meio de jogos e brincadeiras, como eficaz ao desenvolvimento físico, psicomotor
e psicológico, além de servir como uma solução motivacional ao aprendizado.
Em todas as sociedades, é reconhecido que a brincadeira faz parte da
infância. A partir desse raciocínio, logo se nota que toda criança traz consigo, desde
o nascimento, o instinto e a curiosidade por diversas brincadeiras e jogos e é
justamente por intermédio dessas atividades que começa a se relacionar com o meio
social e físico em seu cotidiano, como uma maneira de expandir seus
conhecimentos, habilidades motoras, linguísticas e cognitivas dentre outras
necessárias ao convívio em sociedade. Nessa perspectiva, a escola deve considerar
o Lúdico como companheiro e utilizá-lo largamente para operar no desenvolvimento
também pedagógico da criança.
Ao refletirmos a respeito do cotidiano em salas de aulas, logo nos damos
conta de que há um número significativo de alunos que encontram dificuldades de
aprender, o por este motivo são desmotivados aos estudos. Para que essa realidade
seja modificada, é importante que haja modificações nas praticas pedagógicas
tornando-as mais prazerosas e ativas. Além de ser um aliado que estimula a autonomia e autoconfiança das
crianças, o Lúdico na educação infantil também proporcionará o desenvolvimento da
atenção, concentração, linguagem dentre outros requisitos indispensáveis ao
aprendizado, pois é brincando que a criança inventa, aprende, descobre e, portanto,
aperfeiçoa suas habilidades. Desta maneira, a ludicidade se mostra importante ao
ser humano principalmente na primeira infância e por sua vez, fazer jus a sua
aplicação por parte dos educadores na tarefa do ensinar.Com essa medida, o professor pode exercitar a transmissão não somente
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didática, mas também a visão de mundo, nesse sentido, o estudioso Almeida
textualiza o seguinte:
A educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece
sempre como uma forma transacional em direção a algumconhecimento, que se redefine na elaboração constante dopensamento individual em permutações constantes com opensamento coletivo (ALMEIDA, 1995, p.11).
É importante também salientar que é dever da educação, por meio de seus
métodos, cultivar pessoas críticas e criadoras, que nomeiem, idealizem, exponham,
que estejam prontas no futuro, para arquitetar novas formas de disseminação do
conhecimento, e não simplesmente acatar algo que lhe é imposto.
O método pedagógico de forma lúdica é importante desde que seja praticado de
maneira controlada e utilizada de forma adequada. De acordo com Almeida (1994)
somente com o adequado preparo do educador em utilizar como ferramenta
pedagógica o lúdico, é que este alcançará seu sentido verdadeiro de funcionalidade.
Isso porque o educador deve propiciar o aprendizado de forma lúdica de
modo apropriado, ou seja, permitindo que a criança adquira com esse método,
conhecimentos e destrezas que favoreçam sua vida em sociedade.
Outro fator que deve ser lembrado, é que a educação pedagógica está
vivenciando um momento histórico de transformação favorável às reflexões de ações
que sejam fundamentais em relação às políticas públicas voltadas para essa
finalidade. Isso pode ser notado ao observarmos que a cada dia é vista com maior
atenção e cuidado a educação na primeira infância, tratando desse tema enquanto
prioridade por parte dos governantes, bem como por organizações da sociedade civil
e outros movimentos principalmente da área pedagógica e outras voltadas ao
conhecimento, que de modo crescente, por entenderem que a educação infantil dequalidade é o que certamente pode ser no futuro da criança, a ponte necessária à
formação absoluta do cidadão enquanto individuo.
O problema de pesquisa do presente trabalho é constituído pelas seguintes
perguntas:
- Quais atividades educativas que podem ser consideradas lúdicas?
- Quais as atividades lúdicas que podem ser utilizadas na educação infantil que
propiciam o desenvolvimento da criança?Na primeira hipótese acreditamos que por meio de contação de historia,
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cantiga de roda, desenhos, leituras, danças, jogos que não visam competição,
brincadeiras livres e teatros com fantoches.
Nossa segunda hipótese é de que a ação do brincar traz consigo uma
relevância muito importante na construção do pensamento infantil pois é justamente
a partir das brincadeiras e jogos que a criança revela sua condição visual, motora,
cognitiva e auditiva além de tantas outras que propiciam sua entrada em outras
relações sociais. O professor deve planejar sua aula para que o brincar não se torne
um passatempo, e sim um facilitador no processo da aprendizagem.
O objetivo do presente trabalho é entender o que é o lúdico e sua contribuição na
educação infantil bem como discutir o ponto pedagógico vigente, no sentido do
desenvolvimento psicomotor da criança na escola e a importância do lúdico nesseprocesso de desenvolvimento, tendo em vista que a criança levará consigo e em
suas relações, a aprendizagem, mais especificamente a alfabetização pedagógica
por toda sua existência. Daí, a responsabilidade de uma formação cuidadosa,
voltada não somente ao ambiente escolar frio, mas, sobretudo ao reconhecimento
da importância do conhecimento para a vida.
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2 O LUDICO
2.1 O Lúdico na história da humanidade
De acordo com o dicionário Michaelis, o verbete lúdico tem por significado tudo
aquilo em que se refere a jogos e brincadeiras (MICHAELIS, 2010). Essa palavra
tem origem no latim que significa locus, ou jogo. Assim, tanto o termo lúdico quanto
jogo tem muita proximidade em seus significados, usadas recentemente em dilatada
escala nos colégios brasileiros. Entretanto, nem sempre foi dessa forma, a história
da humanidade sugere que os jogos, mesmo estando sempre presentes nas mais
diversas atividades sociais, não foram sempre vistos como meios de educação
designados às crianças, pois até então eram vistos mais como forma de
entretenimento, com destaque na distração das sociedades como brincar. Esse
brincar é o uso de brinquedos que tanto pode servir para divertimentos como
também a observação de conduta de quem brinca, incluindo jogos que são comoutensílios para uma finalidade objetiva.
A ação de jogar pode ser dita que é tão antiga quanto o próprio homem, isso
porque o ser humano sempre teve uma disposição ao lúdico, melhor dizendo,
sempre teve um espírito voltado ao jogo, à disputa e ao entretenimento.
A cogitação sobre a história do ato lúdico e a respeito da história da criança,
bem como sua participação nesse ato em conjunto com a família e sociedade,
permitiu observar que além de expandir noções das mais diversas a respeito daimportância do lúdico na formação humana, também agrega na edificação do
incremento pueril cognitivo, afetuoso e igualitário.
Ao debruçarmos em pesquisas pertinentes das mais diversas formas de
utilizar métodos pedagógicos educacionais na história humana, nota-se que há em
todo seu contexto a procura em administrar maneiras das mais diversas de ensinar.
Voltando na história, no período da idade Média, o lúdico era destinado
primeiramente aos homens, isso porque crianças e mulheres não eram tidas comocidadãos, por esse motivo não participavam de ações organizadas pela e para a
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sociedade. No entanto, em ocasiões importantes, de festividades coletivas, o lúdico
proporcionava a união entre a sociedade (ARIÉS, 1981, p.55).
No entanto, na transição do período da Idade Media para a Moderna, o lúdico,
foi deixando de ser corriqueiro em todas as faixas etárias e classes sociais porque
muitos adultos largaram a tradição dos jogos, no entanto, permaneceu como
atividade infantil, e participação dos indivíduos em festividades no decorrer dos
tempos, o que fez com que fosse reconhecido como parte fundamental da formação
humana.
O termo brincar serve para designar o conjunto de atividades que se
assemelham entre si por seu caráter lúdico, as maneiras mais utilizadas de se
reportar à atividade de brincar são jogos e brincadeiras e que podem ser definidasde diferentes maneiras de acordo com a área do conhecimento e também entre
teorias.
Em continuidade ao raciocínio da importância da ludicidade na vida humana
desde antes do nascimento, ou seja, o ser humano desde sua concepção está
envolto aos movimentos e ações com que vem favorecer seu desenvolvimento
psicomotor como vimos no capitulo anterior.
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidadee da autonomia. O fato da criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio
de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira, faz com
que ele desenvolva sua imaginação e é nas brincadeiras que as crianças podem
desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a
memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de
socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e
papéis sociais (PCN, 1998).Para a criança, brincar é viver. Esta é uma afirmação bastante usada e,
certamente aceita. Poderíamos dizer que todos os adultos, com maior ou menor
intensidade, acreditam que as crianças não vivem sem seus brinquedos. Para Craidy
e Kaercher:
O jeito de lidar, organizar, propor, respeitar e valorizar asbrincadeiras das crianças demonstra, através da história dainfância, o entendimento que se tem das crianças. O que seobserva ao longo desta narrativa é que sempre existiramformas, jeitos e instrumentos para se brincar, como porexemplo: a bola roda de pena, os papagaios (pandorgas), jogarem pedrinhas na água (...) brinquedos e formas de brincar
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muito antigos (CRAIDY; KAERCHER, 2001, p.103).
O lúdico, portanto, é uma ação que vem se transformando entre vários grupos
humanos nos diferentes períodos históricos e estágios do desenvolvimento. A brincadeira é um meio pelo qual a criança pode construir sua identidade, já que
se trata de um processo onde ela irá aprender conhecer e construir como ser
pertencente a um grupo. Isso envolve atividade, emoção, estabelecimento e ruptura
de laços e compreensão da dinâmica que perpassa a ligação entre pessoas,
promovem ações onde há construção de significado, de indagação e transformação
do próprio significado, esta, funciona como estratégia para a construção da
individualidade e como indivíduo na cultura que pertence. Segundo Craidy eKaercher:
A criança se expressa pelo ato lúdico e é através desse atoque a infância carrega consigo as brincadeiras. Elas perpetuame renovam a cultura infantil, desenvolvendo formas deconvivência social, modificando-se e recebendo novosconteúdos, a fim de se renovar a cada geração. É pelo brincare repetir a brincadeira que a criança saboreia a vitória daaquisição de um novo saber fazer, incorporando-o a cada nobrincar (CRAIDY, KAERCHER, 2001, p. 103).
É na ludicidade que a criança se manifesta com dados da realidade em forma
de ficção, ela experimenta ações que percebem no seu meio, e à medida que
cresce, vai incorporando a representação que faz da vida real, os conhecimentos
adquiridos, bem como sentimentos e desejos, adquirem mudanças cada vez mais
complexas do seu próprio conhecimento. A esse respeito Vygotsky textualiza o
seguinte:
A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito navida da criança, pelo contrário, é a primeira manifestação daemancipação da criança em relação às restrições situacionais.O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criançaopera com um significado alienado numa situação real. Osegundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho domenor esforço – ela faz o que mais gosta de fazer, porque obrinquedo está unido ao prazer – e ao mesmo tempo, aprendea seguir os caminhos mais difíceis, subordinando-se a regras e,por conseguinte renunciando ao que ela quer, uma vez que asujeição a regras e a renúncia a ação impulsiva constitui o
caminho para o prazer do brinquedo (VYGOTSKY, 1998,p.130).
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Para o desenvolvimento do processo psíquico a atividade de brincar também é
importante. Brincar garante ao sujeito manter certa distância em relação ao real, fiel,
na concepção de Freud, e vê no brincar o modelo do principio da realidade. Dessa
maneira, o ato de brincar torna-se modelo de toda atividade cultural que, como a
arte, não se limita a uma relação simples com o real
A ação de brincar não é uma atividade que ocorre só na infância, mas a
ocorrência neste período é maior devido a sua funcionalidade no processo do
desenvolver humano. Assim, a atenção da criança ou de um grupo delas hoje
poderá ser trocado por outro e até mesmo esquecido. Isto é perfeitamente natural e
até esperado.
Durante cada período de desenvolvimento o jogo e a brincadeira assumemcaracterísticas diferentes, sendo que se estruturam nos movimentos da primeira
infância e do exercício dos expedientes necessários para o desenvolvimento
simbólico.
2.2 A arte do lúdico como incentivo pedagógico
A estruturação da atividade do jogo e da brincadeira envolve a linguagem que
passa ter um papel crescente, e sua utilização combinatória que funciona como
instrumento de pensamento e ação, para ser capaz de falar sobre o mundo com a
mesma desenvoltura que caracteriza a ação lúdica
O que faz a criança desenvolver seu poder combinatório não é a aprendizagem
da língua ou da forma de raciocinar, mas as oportunidades que têm de brincar com a
linguagem e o pensamento.
Bruner (2002, apud KISHIMOTO 1998), destaca um ponto fundamental para
educadores: a brincadeira livre contribui para liberar a criança de qualquer pressão.
Entretanto, é a orientação e a mediação com adultos que dará forma aos conteúdos
intuitivos, transformando-os em idéias lógico-científicas, características dos
processos educativos.
Há uma flexibilidade na ação de brincar, sendo que a criança não depende de
objetos, podendo criar situações de faz de conta, a partir de verbalizações referentes
a objetos ausentes, muitas situações surgem em torno de temas retirados da
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experiência cotidiana e os brinquedos podem ser escolhidos pela possibilidade que
oferece à criança de desenvolver o tema que lhe mobiliza o interesse em
determinado momento.
Portanto, as brincadeiras se apresentam de formato determinante para as
relações que a criança encontra de se adaptar no mundo, pois é brincando que a
criança aprende a se relacionar com as experiências e vivencias, e é nessas
vivencias, no intercambio com seu grupo, que possibilita a assimilação da realidade
da vida em sua perfeição.
2.3 O lúdico como estratégia de ensino
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) afirma que,
a brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo
que é o “não brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da
imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem
simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver consciência da diferença existenteentre brincadeira e a realidade imediata que lhe ofereceu conteúdo para realizar- se
Nesse sentido, para brincar é preciso significados. Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da
realidade. Toda brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e
das ideias, de uma realidade anteriormente vivenciada.
Ao refletirmos a respeito do cotidiano em salas de aulas, logo nos damos conta
de que há um numero interessante de alunos que encontram dificuldades das mais
diversas na aprendizagem, o que os desmotiva aos estudos. Para que essa
realidade seja modificada, é importante que haja modificações na prática
pedagógica tornando-a mais prazerosa e ativa.
Além de ser um aliado que estimula a autonomia e autoconfiança das crianças, o
Lúdico na educação infantil também proporcionará o desenvolvimento da atenção,
concentração, linguagem dentre outros requisitos indispensáveis ao aprendizado,
pois é brincando que a criança inventa, aprende, descobre e, portanto, aperfeiçoa
suas habilidades. Desta maneira, a ludicidade se mostra importante ao ser humano
principalmente na primeira infância e por sua vez fazer jus sua aplicação por parte
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dos educadores na tarefa do ensinar.
Com essa medida, o professor pode exercitar a transmissão não somente
didática, mas também a visão de mundo, nesse sentido, o estudioso Almeida
textualiza o seguinte:
A educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparecesempre como uma forma transacional em direção a algumconhecimento, que se redefine na elaboração constante dopensamento individual em permutações constantes com opensamento coletivo (ALMEIDA, 1995, p.11).
Isto significa que uma criança que, por exemplo, bate ritmicamente como os
pés no chão e imagina-se cavalgando num cavalo, está orientando sua ação pelo
significado da situação e por uma atitude mental, e não somente pela percepção
imediata dos objetos e situações. A brincadeira favorece a auto-estima das crianças,
auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar
contribui assim, para a interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito
de grupos sociais diversos.
O que importa é que a criança brinque, experimentando os mais variados
tipos de brincadeiras ou jogos, sem preconceitos culturais.
O faz de conta é uma atividade que a criança pode exercer sozinha com outra
pessoa ou com um grupo podendo organizar-se de acordo com seus brinquedos,
objetos presentes no seu dia a dia. A duração pode variar de acordo com as
condições que brincam. No jogo simbólico a criança pode representar diferentes
papéis, introduzir pessoas, objetos, animais, dar vida a qualquer coisa e simular
qualquer situação.
Cabe ressaltar então, que o pedagogo deve oferecer maneiras de ensinar
diferenciadas, com atividades voltadas ao brincar para que, sem ferir o universoinfantil, apresente o ensinamento de maneira que a criança sinta prazer. O lúdico
oferece condições de a educação infantil ser vivenciada por meio de planejamento
de jogos e brincadeira que permitam o desenvolvimento do raciocínio lógico, com
atividades físicas e mentais que patrocinam a sociabilidade e instigam reações
afetuosas, morais, sociais, culturais, lingüística e cognitiva.
. Ante esses entendimentos é que Goleman textualiza a necessidade da
programação de atividades lúdicas nas escolas quando observou o conceito dainteligência emocional salientando o seguinte:
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A preparação da criança para a escola passa pelodesenvolvimento de competências emocionais – inteligênciaemocional – designadamente confiança, curiosidade,intencionalidade, autocontrole, capacidades de relacionamento,
de comunicação e de cooperação (GOLEMAN, 1999, p. 203).
A complexidade do faz de conta, por exemplo, depende das experiências pelas
quais a criança passa que podem enriquecer seu repertório e nutrir seu imaginário.
As brincadeiras permitem à criança realizar ações concretas, reais, relacionadas
com sentimentos que, de outro modo, ficaram guardados. Brincando, a criança vai,
pouco a pouco organizando suas relações sociais, aprendendo a se conhecer
melhor e a conhecer e aceitar a existência dos outros.
Como é possível observar em pesquisas direcionadas, a ludicidade está em
todas as fases da vida o ser humano devido sua constante busca pelo aprendizado
e descobrimento por meio do contato com seus semelhantes, com o propósito do
convívio em sociedade como ser atuante, critico, criativo e, sobretudo participativo.
Bem, nessa ótica, é considerável afirmar a importância dessa continuidade
natural na fase escolar.
Ao pensar a educação nos primeiros anos de ensino fundamental tendo em
vista seu inicio aos seis anos de idade, é que é importante uma ação que vá de
encontro ao universo infantil para daí traçar um trabalho pedagógico do qual a
criança possa se relacionar com ensino aprendizagem sem ferir sua natureza
infantil.
A infantilidade é a fase do brincar, por intermédio do Lúdico é que se torna
possível o despertar pelo interesse particular, o descobrimento das necessidades e
inserção ao meio em que vive. O ato de brincar reflete o universo da criança, desta
maneira, o lúdico propicia com eficácia a possibilidade de envolver a criança noensino aprendizagem de modo privilegiado, sem subtrair a alegria desse ato próprio
do universo infantil. Nessa ótica, Almeida textualiza o seguinte:
A educação Lúdica é uma ação inerente na criança e aparecesempre como uma forma transacional em direção a algumconhecimento, que se redefine na elaboração constante dopensamento individual em permutações constantes com opensamento coletivo (ALMEIDA, 1995, p.11).
Dessa maneira, o Lúdico surge como uma estratégia, por que não afirmar,insubstituível em se tratando de estimulo na edificação do aprendizado pedagógico.
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O formato de atividades Lúdicas para a educação é caracterizada por seu
formato maleável no sentido do entendimento das ações pela criança, os jogos
incitam a busca dos objetivos por meio de percurso criativo para atingi-lo, com a
adaptação necessária para essa finalidade a fim de adaptar-se aos novos desafios
que se apresentem durante o percurso. Assim, o jogo não é simplesmente um meio
de exploração, mas igualmente de invenção (BRUNER, apud BROUGÈRE, 1998,
p.193).
Em se tratando da utilização lúdica para a educação, os jogos surgem como
ferramenta de oportunidade à aprendizagem do saber pedagógico, de conhecimento
e concepção do mundo em que vivemos. De acordo com Piaget citado por
(WADSWORTH, 1984, p.44).O jogo Lúdico é formado por um conjunto lingüístico quefunciona dentro de um contexto social; possui um sistema deregras e se constitui de um objeto simbólico que designatambém um fenômeno. Portanto, permite ao educando aidentificação de um sistema de regras que permite umaestrutura seqüencial que especifica a sua moralidade(FRIEDMAN, 1996, p. 41).
Em pesquisas pertinentes ao tema, se nota a importância das atividades
lúdicas para a educação de forma contundente para o desenvolvimento dos
potenciais humano nas crianças, o quem vem proporcionar qualidades apropriadas
ao incremento emocional, cognitivo, social e psicomotor. Isso porque toda atividade
Lúdica traz consigo o propósito de trazer a baila prazer e entretenimento a quem a
pratica.
Toda experiência que completa um momento tem um formato Lúdico, quando
agregada a ação,o aforismo, e a emoção. A criança se pronuncia, assimila
informações e estabelece a sua realidade quando está experimentando aLudicidade. È quando parte a reproduzir de alguma forma as suas experiências
cotidianas, transformando sua realidade conforme seus anseios, interesses e
preocupações.
A partir do incentivo do brincar é que a criança pode ampliar enormes
habilidades, como a concentração, o cuidado, a repetição, e a lembrança. Para
poder alcançar esses objetivos, é importante que a criança exerça sua disposição de
inventar, observando a imprescindibilidade que deve haver na abundancia davariedade nos experimentos que lhes são apresentados.
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A essência da educação Lúdica deve estar pautada, no entanto, a ações em que
vá de encontro à busca da apropriação dos conhecimentos, para tanto, exige-se
também reflexão, indagação, participação e esforço dos envolvidos nessa
empreitada, considerando que esse formato de educar sempre esteve presente em
todas as épocas da historia da humanidade graças sua importância desde o ventre
da mãe, isso não somente com os olhos voltados a educação, mas também
psicológico fisiológico.
A Ludicidade surge então como meio de promoção da interação entre pessoas,
ou seja, mesmo com regras que requer cooperação para atingir o objetivo proposto
com parâmetros de respeito e educação para alcançá-lo, desta maneira, o estimulo
da convivência do grupo é fundamental. Desta maneira, a ludicidade assentada nasbases educativas, envolve critérios em que propiciará melhoria nas funções não
literárias e literárias, linguagem, comunicação, bem como outras bases para o bom
convívio social fundamentados em regras, flexibilidade e combinação de idéias,
comportamentos e propósitos.
Nessa perspectiva, é clara a proximidade que há entre o jogo lúdico e a
educação infantil, pois a ludicidade pode aprimorar o conteúdo do ensino
pedagógico se utilizado enquanto recurso de motivação da criança para oaprendizado. Segundo Vygotsky:
É na interação com as atividades que envolvemsimbologia e brinquedos que o educando aprende a agirnuma esfera cognitiva. Na visão do autor a criançacomporta-se de forma mais avançada do que nasatividades da vida real, tanto pela vivência de umasituação imaginária, quanto pela capacidade desubordinação às regras (VYGOTSKY, 1984, p. 27).
O que se percebe com essas pesquisas é que o Lúdico enquanto atividade
pedagógica abona com seriedade sua importância para o desenvolvimento infantil
de maneira sadia na apreensão do conhecimento, já que esse formato de ensinar
propicia melhora na percepção por intermédio dos sentimentos e da fantasia que
oferece uma comunicação sadia com o mundo que a cerca, com ela mesma, com a
coexistência reforçando desse modo relações sociais embasadas no respeito pelo
próximo.
Uma hipótese interessante, é que para poder alcançar esse entendimento, há
de considerar o cuidado que se deve ter, com a grandeza do Lúdico nas atividades
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escolares, para que possa possibilitar que as crianças sejam protagonistas de suas
próprias ações, obviamente que mobilizados pelo processo de aprendizagem, sem
perder de vista o limite das possibilidades se seu desenvolvimento.
Vygotsky (1984) defende em suas pesquisas que a ação do brincar traz
consigo um uma relevância muito importante na construção do pensamento infantil.
Segundo este estudioso, é justamente a partir das brincadeiras e jogos que a
criança revela sua condição visual, motora, cognitiva e auditiva além de tantas
outras que propicia sua entrada em outras relações sociais, símbolos e coisas.
Desta forma, se entende que é justamente á partir do Lúdico que a criança constrói
seus pensamentos.
Nessa perspectiva, este teórico nos exorta que a expressão, do brincar temimportante desempenho na ampliação cognitiva da criança no grau que sistematiza
seus conhecimentos, contribuindo na acomodação das metodologias em curso.
A brincadeira cria para as crianças uma "zona de desenvolvimento proximal" que
não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento,
determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o
nível atual de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um
problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiromais capaz (VYGOTSKY, 1984, p.97).
Importante salientar nessa pesquisa que a educação pedagógica está
vivenciando um momento histórico de transformação favorável á reflexões de ações
que sejam fundamentais em relação á políticas públicas voltadas para essa
finalidade. Isso pode ser notado ao observarmos que a cada dia é visto com maior
atenção o cuidado a educação na primeira infância, tratando desse tema enquanto
prioridade por parte dos governantes, bem como por organizações da sociedade civile outros movimentos principalmente da área pedagógica e outras voltadas ao
conhecimento, que de modo crescente, por entenderem que a educação infantil de
qualidade é o que certamente pode ser no futuro da criança, a ponte necessária à
formação absoluta do cidadão enquanto individuo. Nesse sentido, como afirma
Barros (2008) o Plano Nacional de Educação abaliza múltiplas metas qualitativas,
dentre elas:
Em primeiro lugar, determina que sejam elaborados, no prazo de um ano,
padrões de infra-estrutura para o funcionamento adequado das instituições de
Educação Infantil. Esses padrões também devem orientar novas autorizações de
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funcionamento. O Plano define que o executivo municipal deve assumir a
responsabilidade pelo acompanhamento, controle e supervisão das creches e pré-
escolas. Também exige a colaboração entre os setores de educação, saúde e
assistência, bem como entre os três níveis de governo, no atendimento à criança de
0 a 6 anos de idade. E determina a efetiva inclusão das creches no sistema nacional
de estatísticas educacionais. Outra meta importante é assegurar que, em todos os
Municípios, além de outros recursos municipais, 10% (dos 25%) das verbas de
manutenção e desenvolvimento do ensino sejam aplicados, prioritariamente, na
Educação Infantil. Para isso, exige a colaboração da União (PNE, 2008, p. 13).
Essas mediadas adotadas pelo Estado nada mais é que um sublinhar do que
já se sabe sobre a educação infantil, que propicia na criança o preparo primordial aoconvívio social, pois é o momento em que passa a observar as primeiras noções de
valores morais, graças ao aprimoramento de suas capacidades cognitivas e motoras
que esta oferece.
Assim, é chegado o momento de se pensar na importância do preparo
adequado do professor para que este possa desenvolver suas atividades
adequadamente a criança, respeitando a faixa etária de cada uma delas. Para tanto,
é imprescindível que se repense as metodologias escolares de praxe, poishabitualmente as escolas designam professores nem tão preparados como se deve,
nem tão comprometidos como se espera para desenvolver um trabalho adequado de
educação infantil, isso porque ainda não há uma obrigatoriedade legislativa no que
se refere à apresentação de resultados de desempenho da criança aluno.
Cada teórico, portanto, tem uma maneira peculiar de observar a metodologia
construtiva do Lúdico, entretanto, se tomarmos enquanto modelo o pensamento de
Dantas (1988) “o termo Lúdico se refere à f unção de brincar (de maneira livre eindividual) e jogar (no que se refere a uma conduta social que supõe regras)”.
Qualquer que seja, por conseguinte, a forma de como se expressa a
importância do lúdico na educação pedagógica, esta é firmemente colocada
enquanto uma metodologia cuja importância na contemporaneidade se faz latente,
observando que o propósito fundamental da educação está embasado não somente
na pratica didática, mas principalmente no entendimento e compreensão do que o
lápis traça.
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2.4 O papel do educador no ensino aprendizagem Lúdico
As modalidades ou formas de alcançar a transmissão do conhecimento chama-se
educação pedagógica. Conforme textualizou Jean Piaget: “O professor não ensina,
mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações, problemas”.
E de extrema relevância observar que a utilização de jogos e brincadeiras na
Educação Infantil, está muito condicionada à função do educador em sala de aulas.
Isso porque o professor ao propor esse tipo de atividade como uma abordagem
pedagógica deve antes de tudo observar a criança como um ser em
desenvolvimento (MELHADO, 2001).
O Lúdico em sala de aulas tem que ser utilizado como incentivo ao despertar
do interesse pela aprendizagem, pela absorção do conhecimento, se tornando uma
ferramenta que aguça as funções psicológicas consolidadas naturalmente no
individuo. Segundo Vygotsky (1998, p.137), “ao educador, cabe conhecer suas
crianças, antecipar suas reações e escolher atividades que sejam interessantes á
faixa etária e aquele grupo em particular. É necessário utilizar materiais que
provoquem reações na criança, que sejam interessantes e desafiadoras".
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3 FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
3.1 O desenvolvimento motor infantil
Primeiro estágio: o uso dos reflexos (trinta dias de nascido). Nesse período de
vida, o bebê possui reflexos ou as reações inatas a estimulação, eles são adaptáveis
no tocante que permite o bebê sobreviver e aprender. O comportamento reflexo é
adaptável e por conseqüência inteligente, pois permite que ocorra a aprendizagem.
No reflexo de sucção, por exemplo, é adaptável e permite o bebê a ingerir o
alimento. Neste estágio o bebê é recebedor passivo de estimulação.
Quanto à relevância do desenvolvimento motor infantil Piaget afirma que:
Os comportamentos de reflexos que são importantes inicialmente são: o de
sucção, o de pressão, os de acomodações visuais e de movimentos dos olhos, bem
como os que se ligam à audição e fonação (PIAGET 1982, p.190).
Segundo estágio: Reações primárias (de 1 a 4 meses). Neste estágioquando o bebê está no seu berço e suga o seu polegar de maneira satisfatória, está
exemplificando uma resposta circular primária. Portanto, chupar o dedo e mamar
representa duas atividades diferentes, cada uma das quais ocorre em momento
adequado. Este esforço ativo foi conseguido por acaso, através de alguma atividade
aleatória. A capacidade de o bebê sugar é inata, por acidente ele colocou o dedo na
boca.
E exercitando seu reflexo inato de sugar, ele sugou o objeto em sua boca egostou, e com isso fez algumas adaptações.
O bebê faz grandes esforços para colocar o polegar na boca e continua
sugando não para alimentar- se, mas, pela satisfação que este ato lhe proporciona,
isso porque está interessado no efeito dessa ação. Sugará todas as coisas que ele
pegar tanto para seu alimento quanto para sentir- se contente com o ato de sugar.
No estágio um e dois o bebê está constantemente encontrando objetos, perdendo o
contato com eles e reencontrando. O objeto deixa de existir quando não pode servisto, tocado, ouvido, cheirado ou degustado.
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Terceiro estágio: Reações circulares secundárias - de 4 a 8 meses; Neste
estágio o bebê marca o início da ação intencional. No estágio anterior o bebê repetia
suas reações circulares pelo prazer das ações. Mas agora está ficando interessado
pelos resultados de suas ações. Ainda continuam a acontecer padrões de
comportamento durante os movimentos aleatórios, eles os aprende e repete para ver
os resultados. O bebê já focaliza seu corpo e se interessa pelos objetos e eventos
externos. A permanência do objeto é parcial, ela passa a recuperar objetos
desaparecidos, mas isso ocorre apenas sob condições específicas, isto é, quando
pode prolongar o movimento de acomodação que estava ocorrendo quando o objeto
desapareceu, dessa maneira, pode recapturar visualmente um objeto, se já o está
seguindo com os olhos quando perde contato com ele, e se o objeto permanecernum caminho em linha reta. Não existe busca do objeto fora desse caminho.
Segundo Piaget:
As principais realizações no estágio três são: o desenvolvimento de preensão
visual motora, a aprendizagem de novos esquemas, que reproduzam ou prolongam
um acontecimento interessante, embora o esquema precise ser construído desde o
início, a partir de atividades antes casuais finalmente, o prolongamento de
acomodações, que estão em processo quando um objeto desaparece (PIAGET1973, p. 13).
Quarto estágio: Coordenação dos esquemas secundários de 8 a 12 meses;
Neste estágio o bebê já pode resolver problemas simples, usando respostas
anteriores dominadas, suas ações são cada vez mais orientadas para a meta.
O bebê já começa a desenvolver o esquema de objeto permanente. Se
mostrar um objeto e esconde-lo o bebê vai à procura, se mudar para outro lugar, ele
irá primeiramente ao primeiro esconderijo.Quinto estágio: Reações circulares terciárias - 12 a 18 meses; O bebê está
descobrindo novos meios mediante a experimentação ativa. Este é o ultimo estágio
cognitivo que não inclui representações mentais de eventos externos, ou que
imaginemos como pensamento, e o primeiro que inclui é a tentativa de novas
atividades.
O bebê ainda está fazendo descobertas acidentais de ações e produz alguns
resultados agradáveis, mas já não repete estas ações descobertas acidentais
totalmente. Acomoda para descobrir novas situações para novos problemas, tenta
novos padrões de comportamento para atingir a meta e aprende por ensaio e erro.
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Embora o bebê tenha um esquema para um objeto permanente e possa seguir uma
seqüência de deslocamento do objeto, ele não pode imaginar movimentos que não
veja.
Sexto estágio: A invenção de novos meios por intermédio de combinações
mentais - 18 a 24 meses; Neste estágio o bebê já possui entendimento da natureza
dos objetos, dos relacionamentos entre diferentes trajetórias e um pouco de
entendimento de causalidade. Desenvolve a capacidade de imaginar eventos em
sua mente e de segui-lo em certo grau. Ele pode pensar. Este estágio representa um
grande avanço, ele já não passa mais através do processo de ensaio e erro na
solução de novos problemas.
Agora o bebê pode experimentar soluções em sua mente e descartaraquelas, que sabe que não funciona. Também pode imitar ações mesmo que algo
ou alguém não esteja em sua presença. Permanência do objeto, o bebê já está com
o conceito desenvolvido, agora ele já entende os deslocamentos dos objetos visíveis
e invisíveis, também procura um objeto nos últimos esconderijos e não no primeiro
(VYGOTSKY).
3.2 Formas de Comunicação
Outro estudioso marcante nessa temática foi Vygotsky, para esse pensador é o
aforismo verbal que nos ajuda a organizar a realidade em que vivemos.
O Bebê ou a criança pequena, antes de desenvolver a fala, já pensam,
portanto têm querer, desejos e emoções. O choro, o olhar, o corpo falam por si para
expressarem suas necessidades físicas e ou emocionais.
O educador, na sua prática diária, deve ter em mente a importância do
reconhecimento dos sinais que a criança passa no cotidiano, obviamente que, com a
cautela necessária para que não haja confusão entre artimanhas infantis e
necessidades reais, embora nunca ignorando sejam quais forem os sinais de alerta.
Voltando as experiências postas pela médica italiana Maria Montessori, que
considerava o aprendizado como um exercício de desenvolvimento para alcançar as
idéias abstratas a partir dos objetos concretos, se, associando as ideias de
Vygotsky, que colocava a necessidade da conivência social para a construção do
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conhecimento, certamente vamos encontrar, o entendimento comum de que o
aprendizado se torna mais acessíveis e prazerosos se oferecido dentro do universo
infantil, em se tratando do ensino na primeira infância.
Embora para o olhar de um adulto sem o exercício necessário da observação
direcionada, esse movimento pode não tem sentido algum, e se acaba perguntando:
“O que será que ele esta fazendo?”.
O educador, portanto, deve estar buscando o preparo imprescindível de se
ter consciência e presença para investigar todas as pistas fornecidas pela criança na
sua linguagem corporal, iniciando, principalmente, com a devida observação, se há a
necessidade de estreitar o contato com a família.
Os estudos de Vygotsky nos trazem algumas conclusões, ele demonstra quea criança utiliza a imitação para que possa aprender, isso quer dizer que na prática é
necessário o contato com a experiência, com o objeto ou a observação do fazer.
Ainda de acordo com os pensamentos de Vygotsk, o nível superior da
reflexão, do conhecimento abstrato do mundo, tem inicio com as interações sociais
cotidianas, desde as atividades praticas da criança até tornar-se capaz de formular
conceito. Ao analisar os fenômenos da linguagem e do pensamento, buscam
compreendê-los dentro do processo sócio e histórico como “internalização dasatividades socialmente enraizadas e historicamente desenvolvidas”. No processo de
internalização é fundamental a interferência do outro – a mãe, os companheiros de
brincadeiras e estudo, os professores – para que os conceitos sejam construídos e
sofram constantes transformações.
Com o pequenino não é diferente, trata-se da referência que ele tem o mote
para um aprendizado. Desta maneira, nota-se que a imitação faz parte do cotidiano
e do universo infantil e cabe ao educador ou responsável saber organizá-lo para quea criança se desenvolva de forma positiva. Assim, uma criança que frequenta um lar
bem estruturado apresentará menos problemas de convivência do que uma que
mora numa casa onde ocorrem maus tratos dos mais diversos e que inclusive a
atingem. Logo, a interferência do outro é fundamental para a aprendizagem dos
signos socialmente elaborados.
Voltando às investigativas das prematuridades, a criança, conforme os
estímulos recebidos, ou seja, ações para serem imitadas terão um desenvolvimento
considerado padrão, sorrirá em resposta entre um e três meses, sentar-se-á sozinho
entre os cinco e nove meses, engatinhará entre seis e doze meses, ficar em pé
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sozinho entre oito e dezessete meses, andará sozinho entre nove e dezoito meses,
e assim sucessivamente.
A convivência nas unidades de atendimento escolar, que podem receber
diversos nomes, tais como CEI (Centro de Educação Infantil – SP/SP) EMEB
(Escola Municipal de Educação Básica – SBC/SP), NRI (Núcleo de Recreação
Infantil [em geral instituições privadas]), etc. os educandos desenvolvem mais
rapidamente suas habilidades, desta maneira, poderão fazer uso de talheres para
alimentar-se sozinho mais rapidamente do que a criança que não freqüenta esse
tipo de instituição, isso demonstra que o convívio e prática de movimentos e da
linguagem aguçam o desenvolvimento psicomotor do individuo desde a primeira
infância.Outro estudioso importante de ser lembrado nessa fase é Jean Piaget que em
suas pesquisas demonstra que não só fisicamente, mas também psicologicamente,
o educando se desenvolve em estágios definidos, com um desenvolvimento mais ou
menos padrão. Para ele, a criança se amplia em estágios da seguinte maneira:
O sensório-motor de 0 a 2 anos.
O pré-operatório de 2 aos 7 anos.
O operatório concreto dos 7 aos 12 anos e;O de operações formais dos12 aos 15 anos.
O estágio sensório- motor é uma ocasião de comportamento inteligente antes
do desenvolvimento da linguagem. Neste período o bebê formula esquemas que
organizam a informação obtida através dos sentidos ambientais. O comportamento
do bebê na infância é adaptável, porque ele está sempre modificando os esquemas
em respostas ao ambiente e, portanto é inteligente. Esses esquemas motores são as
raízes da histórica das quais mais tarde se desenvolve os esquemas conceituais(PIAGET, 1982).
Conforme Piaget (1982) a criança, no estágio pré-operatório - entre 24 e 36
meses de idade, pode começar a desenvolver a leitura, por exemplo, desde que
estimulada, mas não consegue escrever, pois não desenvolveu ainda a habilidade
motora necessária para segurar o lápis.
Nessa linha de raciocínio, a passagem de um estágio para outro é possível,
graças ao mecanismo de organização e adaptação. Ou seja, os quatro
estágios/sensório-motor, intuitivo, das operações concretas e das operações
abstratas/ representam o desenvolvimento:
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Da inteligência (da lógica), que evoluiu da simples motricidade do bebê até o
pensamento abstrato do adolescente;
Da afetividade, que parte do egocentrismo infantil até atingir a reciprocidade e
cooperação, típicas da vida adulta;
Da consciência moral, que resulta de uma evolução que parte da anomia
(ausência de leis), passa pela heterônoma ( aceitação da norma externa) até atingir
a autonomia ou capacidade de auto determinação, que indica a superação da moral
infantil (HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E DA PEDAGOGIA GERAL E BRASIL,2006).
3.3 Caracterizações do bebê de 0 a 2 anos segundo Jean Piaget
Para Piaget (1982), o desenvolvimento ocorre numa seqüência. Este conceito
envolve a organização mental, um esquema é a unidade básica, e este se
desenvolve de uma simples ação reflexiva para uma atividade controlada.
Há dois princípios gerais, organização e adaptação, estes por sua vez têm
muita influência no desenvolvimento cognitivo do bebê. A organização envolve a integração de todos os processos em um sistema
global. O esquema que um bebê cria de olhar e agarrar são diferentes resultando
em uma coordenação defectiva olho e mãos. O bebê organiza estes esquemas a fim
de segurar e olhar o objeto desejado ao mesmo tempo.
A adaptação é um processo duplo, por meio do qual o bebê cria novas
estruturas para lidar com o novo aprendizado e este envolve assimilação e a
acomodação que são fundamentais para o comportamento inteligente. A assimilação
é a apreensão à incorporação de um novo objeto, experiência em um conjunto de
esquemas existentes. Quando o bebê responde a um estímulo, está assimilando;
por exemplo, assimila o bico de borracha de uma mamadeira a seu esquema de
sucção.
Ao tratar da acomodação, esta é a metodologia pela qual o bebê modifica
suas ações para manejar objetos e situações, é um processo de mudança. Os
movimentos da boca no mamilo da mãe são diferentes do bico da mamadeira, mas
quando o bebê percebe esta diferença nos movimentos da língua e na ingestão do
alimento, ele acomoda o bico de borracha e desenvolve um novo tipo de sucção.
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A assimilação e a acomodação estão sempre atuando juntos para produzirem
modificações na conceituação do bebê ao mundo, relativo ao seu ambiente e a sua
reação a ele, esta sensatez entre assimilação e acomodação é chamada de
equilíbrio.
O conhecimento é um processo ativo que depende da interação do bebê e
seu meio ambiente, pois ele aprende por meio dos seus encontros ativos, pois o
mesmo não é recebedor passivo de estimulação do ambiente nem possuidor de um
conjunto pré- formado das capacidades intelectuais. Na infância a atividade motora
dá origem a pensamentos (o que Piaget chama de operações mentais).
À medida que o bebê se desenvolve, sua atividade motora cede lugar cada
vez mais à atividade cognitiva, mas a aprendizagem continua pelo processo ativo.
3.4 Teorias Psicossociais
Segundo Sigmund Freud (2005) ao longo dos primeiros dois anos de vida, os
bebês tem grande prazer em sugar e colocar coisas na boca. Esta atitude é arealização da satisfação sexual pelo sugar e seguido pelo morder, isto é, os bebês
levam objetos à boca e sugam mesmo quando não há mais alimento a ser ingerido,
portanto, sugam pelo prazer de sugar.
Muito importante de ser lembrado é que, a estudiosa, Ana Mercês Bahia
Bock, em suas pesquisas aborda o seguinte:
A criança não é um adulto em miniatura. Ao contrario, apresenta características
próprias de sua idade. Compreender isso é compreender a importância do estudo do
desenvolvimento humano. Estudos e pesquisas de Piaget demonstraram que
existem formas de perceber, compreender e se comportar diante do mundo, próprias
de cada faixa etária, isto é, existe uma assimilação progressiva do meio ambiente,
que implica uma acomodação das estruturas mentais a este novo dado do mundo
exterior (BOCK, 2005, p.98).
3.5 Fases orais (do nascimento aos 2 anos)
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Nesta fase oral os bebês são inteiramente uma boca, passa maior parte de sua
satisfação sugando mamilos, mamadeiras, dedos e qualquer outra coisa que
possam colocar na boca. Eles formam pontes de ligação com fontes de gratificação.
Durante este estágio de “narcisismo primário” os bebês estão interessados em suas
próprias gratificações.
3.6 Fase anal - 2 aos 3 anos de idade
O maior prazer da criança durante a fase anal vem da retenção das fazes e
também da estimulação dos movimentos intestinais, a mamadeira de treinamento ao
toalete, determina a resolução deste estágio. Erick H. Erikson textualiza o seguinte a
esse respeito:
Enquanto Freud realça os determinantes biológicos do comportamento, Erikson
considera as influências culturais e sociais, seu maior interesse está no crescimento
do ego, especialmente nas maneiras pelas quais a sociedade molda seu
desenvolvimento (ERIKSON 1977, p.14).
Segundo Erikson (1977) “oito idades do homem” ocorrem crises que
influenciam o desenvolvimento do ego e a maneira pela qual essas crises são
resolvidas, pois são as que determinam o curso de seu desenvolvimento. Podemos
citar como exemplo, duas dessas crises:
3.6.1 Cri ses 1 - Con fi ança básica ver su s Desc on fi ança Básica – do nasc imentoa 12-18 meses
A criação da confiança acontece através dos cuidados sensíveis e pelas
necessidades físicas e emocionais, esta por sua vez, é à base de identidade
posterior. Os bebês confiantes dormem tranquilamente, comem bem e desfrutam de
uma relaxação intestinal, mostrando seus sentimentos seguros de que o mundo é
um bom lugar para viver.
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3.6.2 Cris e 2 – Auton om ia versus Vergonha - 18 meses a 3 anos
O senso de confiança das crianças em suas mães e no mundo leva-as àcompreensão do seu próprio senso do eu, compreendendo que tem uma vontade,
compreendem suas limitações e sua capacidade e dependência continuada fazem
com que duvidem de sua capacidade para autonomia. Se a criança não receber um
controle suficiente do adulto, desenvolve sua própria “consciência precoce” e com
ela um senso de vergonha, ou raiva voltada contra o eu. As crianças que deixam de
se desenvolver por falta de autonomia, em consequência de posicionamentos de
seus pais, por serem permissivos demais ou excessivamente controladores, podemtornar- se compulsivas quando se controlarem.
O medo de perder o autocontrole pode inibir sua autoexpressão, e fazê-las
duvidar de si próprias, de se envergonharem e, consequentemente, de sofrerem
uma perda de autoestima (ERIKSON, 1977).
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4 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE AO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO.
4.1 Sala de aulas para a construção de conhecimento.
A sala de aulas, pode não e somente um espaço absolutamente frio, este
ambiente de disseminação da aprendizagem e conhecimento, também, deve ser um
espaço onde a criança em idade que inicia sua vida escolar, seja adequadamente
preparado para melhor auxiliá-lo nessa fase de desenvolvimento infantil. Para essa
finalidade, o professor será a figura mediadora que proporcionara o auxilio
necessário nesse raciocínio, será tido como um referencial, cuja afetividade e
disposição deve brotar de modo natural. Segundo o estudioso Piaget, a construção
do conhecimento, a aprendizagem e a inteligência, estão estritamente vinculadas
principalmente na primeira infância, desta forma, com aplicação de atividades
lúdicas para a disseminação do conhecimento e da educação a criança aprende
brincando A escola como uma instituição cujo conceito maior e a responsabilidade pela
construção e promoção do ensino aprendizagem, o profissional da educação deve
oferecer oportunidades que o aluno possa assimilar sua mensagem sem ferir seu
universo infantil com atitudes que estimule as capacidades criticas e cognitivas da
criança. (HAIDT 2002, p.48).
Importante salientar que o profissional da educação esta abrigado pelos
Parâmetros Curriculares Nacionais no que se refere à orientação de praticaspedagógicas que norteiam os novos profissionais:
A formação de professores se coloca, portanto, como necessária para que a
efetiva transformação do ensino realize. Isso implica revisão e atualização dos
currículos oferecidos na formação continuada que cumpram não apenas a formação
inicial, mais que constituam em espaços privilegiados de investigação didática,
orientada para a produção de novos materiais, para a analise e reflexão sobre a
pratica docente, para a transposição didáticas dos resultados de pesquisasrealizadas na lingüística e na educação em geral. (PCN - LÍNGUA PORTUGUESA,
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P.66).
Nessa ótica, nota-se que o brincar pode ser observado como um recurso
intermediador na metodologia pedagógica com o objetivo de facilitar o ensino
aprendizagem graças sua capacidade em enriquecer a dinâmica, no trato das
relações sociais na escola, o que certamente possibilitara o fortalecimento da
relação entre professor e aluno.
A escola não muda a sociedade, mas pode, partilhando esse projeto com
segmentos sociais que assumem os princípios democráticos, articulando-se a eles,
constituir-se não apenas como espaço de reprodução, mas também como espaço de
transformação. Essa possibilidade não é dada, nem automaticamente decorrente da
vontade. É antes um projeto de atuação político-pedagógico que implica avaliarpraticas e buscar, explicita e sistematicamente, caminhar nessa direção. (PCN,
1997, p. 25-26).
Logo, o despertar do interesse pelo conhecimento por meio de atividades
lúdicas e suas manifestações, são propostas em que proporciona a expansão do
conhecimento e sua apreensão de forma alegre com o auxilio de experiências
infantis que desperta de forma humana e sensível a educação não somentepedagógica, mas também em conviver com o outro.
4.2 Os jogos como reforço do ensino aprendizagem.
Esse tipo de ensino aprendizagem também reforça o potencial de convívio, isso
porque estabelece uma relação forte entre o real e o irreal por intermédio da
adequação simbólica que o modo formal de ensinar não proporciona.
Eu agora diria a nós, como educadores: ai daqueles e daquelas, entre nós, que
pararem, com a sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem, de denunciar
e de anunciar. Ai daqueles e daquelas que em lugar de visitar de vez em quando o
amanhã, o futuro, pelo profundo engajamento com o agora, ai daqueles que em
lugar desta viagem constante no amanha se atrelem a um passado de exploração e
de rotina. (PAULO FREIRE, p.26).
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Segundo Kishimoto (2001), deve ser considerada a diferença que há
entre brinquedo e material pedagógico com base na atuação do educar, isso no que
se refere à utilização de jogos no processo pedagógico graças ao interesse que a
criança demonstra a respeito dos jogo pedagógicos, textualiza o seguinte;
Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos
dispostos intencionalmente, à função pedagógica subsidia o desenvolvimento
integral da criança. Nesse sentido, qualquer jogo empregado na escola, desde que
respeite a natureza do ato lúdico, apresenta caráter educativo e pode receber
também a denominação geral de jogo educativo (KISHIMOTO, 2001, p.83).
A respeito do jogo, Piaget nos exorta da seguinte maneira:O jogo é um caso típico das condutas negligenciadas pela escola tradicional,
dado o fato de parecerem destituídas de significado funcional. Para a pedagogia
correta, á apenas um descanso ou o desgaste de um excedente de energia. Mas
esta visão simplista não explica nem a importância que as crianças atribuem aos
jogos e muito menos a forma constante de que se revestem os jogos infantis,
simbolismo ou ficção (PIAGET, 1972, p.156).
A luz desses pensamentos pode ser afirmado que nas atividadeseducativas os jogos, utilizados como ferramenta de ensino traz à oportunidade de
proporcionar ao educando de forma divertida e descontraída, um modo mais
tranquilo de aquisição do saber, do conhecimento e entendimento de mundo e
convívio social graças às regras que esse tipo de atividade exige.
De acordo com Piaget citado por Wadsworth:
O jogo lúdico é formado por um conjunto lingüístico que funciona dentro de um
contexto social; possui um sistema de regras e se constitui de um objeto simbólicoque designa também um fenômeno. Portanto, permite ao educando a identificação
de um sistema de regras que permite uma estrutura sequencial que especifica a sua
moralidade. (WADSWORTH, 1984, p. 44).
Friedman considera que:
Os jogos lúdicos permitem uma situação educativa cooperativa e interacional, ou
seja, quando alguém está jogando está executando regras do jogo e ao mesmo
tempo, desenvolvendo ações de cooperação e interação que estimulam a
convivência em grupo (FRIEDMAN, 1996, p. 41).
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Nesta perspectiva, os brinquedos utilizados em sala de aulas, mais
propriamente dizendo, jogos lúdicos, enquadram-se nos princípios pedagógicos, isso
porque, abarcam critérios importantes para tal finalidade como:
Ÿ Auxilio no letramento a partir do desenvolvimento da atenção,
Ÿ Significados e importância das regras,
Ÿ Flexibilidade de observação e comportamentos do “adversário“,
Ÿ Auxilia a aprendizagem partindo da noção de habilidades inatas,
Como pode ser notado, há uma relação intrínseca entre a ludicidade e a
educação das crianças no que se refere ao favorecimento do processo pedagógico
nos conteúdos escolares, assim como um recurso que propicia a motivação noensino aprendizado.
Isso porque os jogos lúdicos proporcionam condições favoráveis ao educando
para vivenciar situações-problemas que mais a frente entenderão que faz parte do
convívio em sociedade bem como com o raciocínio lógico partindo do principio das
atividades físicas e mentais que favorecem a sociabilidade e estimula de modo
favoráveis as relações afetivas, sociais, morais, cognitivas, linguísticas e culturais.
De acordo com Vygotsky:É na interação com as atividades que envolvem simbologia e brinquedos que o
educando aprende a agir numa esfera cognitiva. Na visão do autor a criança
comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real, tanto pela
vivência de uma situação imaginária, quanto pela capacidade de subordinação às
regras (VYGOTSKY, 1984, p. 27).
Observando os benefícios que a atividade lúdica em sala de aulasproporciona aos educando assim como inúmeros pensadores e estudiosos que
abordam esse tema, e que se torna possível defender que o lúdico deve e pode ser
considerado como fator importante na vida do ser humano em seu desenvolvimento
bem como uma maneira de penetrar na realidade infantil para fins pedagógicos.
Kishimoto diz que:
Brincando as crianças aprendem a cooperar com os companheiros a obedecer às
regras do jogo a respeitar os direitos dos outros a acatar a autoridade a assumir
responsabilidades, aceitar penalidades que lhe são impostas a dar oportunidades
aos demais enfim, a viver em sociedade (KISHIMOTO, 1993, p.110).
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E ainda:
“Por ser uma ação iniciada e mantida pela criança, a brincadeira possibilita a
busca de meios, pela exploração ainda que desordenada, e exerce papel
fundamental na construção de saber fazer” (KISHIMOTO, 2002, p.146).
Vygotsky diz que “O brinquedo cria na criança uma nova forma de desejos a
um eu fictício”.
A metodologia lúdica, proporciona um aprendizado prazeroso, descontraído e
alegre, sendo importante que seja ressaltado que o formato de um ensino
aprendizagem com a utilização de metodologia lúdica está distante de um
entendimento meramente de diversão, vulgar ou um ingênuo passatempo (VYGOTSKY, 1998, p. 131).
4.3 As vantagens da utilização de jogos pedagógicos no ambiente escolar
Após debruçar em pesquisas pertinentes, logo se observa que a utilização dos jogos pedagógicos como ferramentas para o ensino aprendizagem oferecem
vantagens como:
Ÿ Promove a integração social, motora, cognitiva e afetiva.
Ÿ Motiva a criança a explorar o conhecimento
Ÿ Mobiliza e exercita o raciocínio lógico, com esquemas em que favorece o
estimulo mental.
Ÿ Estimula o pensamento e coordenação e ordenação de tempo espaço.
Ÿ Favorece a apropriação de condutas cognitivas, de habilidades, rapidez,
destrezas, concentração, dentre outras.
Segundo Vygotsky (1994 p. 56), “o jogo traz oportunidade para a o
preenchimento de necessidades irrealizáveis e também a possibilidade para
exercitar-se no domínio do simbolismo”.
O foco do pensamento teórico desse pensador e a Zona de Desenvolvimento
Proximal por intermédio dos jogos pedagógicos que permite tal proximidade, nesse
sentido, ele exorta o seguinte:
No desenvolvimento a imitação e o ensino desempenham um papel de primeira
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importância. Põem em evidencia as qualidades especificamente humanas do
cérebro e conduzem a criança a atingir novos níveis de desenvolvimento. A criança
fará amanha sozinha aquilo que hoje e capaz de fazer em cooperação. Por
conseguinte, o único tipo correto de pedagogia e aquele que segue em avanço
relativamente ao desenvolvimento e o guia; deve ter por objetivo não as funções
maduras, mas as funções em vias de maturação (VYGOTSKY, 1979, p.138).
O lúdico faz com que a criança em seu universo tenha condições de
satisfazer desejos irrealizáveis. Ela brinca para aprender a se colocar no mundo, o
brinquedo nessa questão nada mais é do que instrumento maior que a realidade.
4.4 O Brincar para Educar e orientar limites
Se for descrever os vários conceitos a respeito de o termo brincar, nos remetera
a uma infinidade deles. Mas em suma, trata-se da ação com a qual se torna possível
a aprendizagem por meio de exercícios de raciocínio cujo finalidade pode ser das
mais diversas, brincando a criança, principalmente, pode desenvolver múltiplashabilidades cujo efeitos trará benefícios ao longo de sua vida. Nesse sentido, e
importante salientar os limites, que por meio dos jogos pode absolutamente deixar
claro, isso já de principio considerando que terá obrigatoriamente que haver outro,
que tem o mesmo objetivo, entretanto tem que esperar sua vez, declinar-se as
regras estabelecidas para se alcançar a vantagem na disputa.
http://www.google.com.br/imgres?q=jogos+de+amarelinhabrincadeira
Amarelinha.
Segundo Piaget, a respeito da inteligência infantil, esta relacionada ao lúdico
em seu universo aprendizagem, considerando que esta não e mecanicista, e sim
criadora e livre tal qual a educação pedagógica deve ser. Ainda de acordo com as
pesquisas desse pensador, a criança esta continuamente recriando sua realidade
por meio de suas descobertas e inventos nas brincadeiras, ou seja, formas de
alimentar o desenvolvimento do raciocínio, senso lógico e formas de integra-se com
outro semelhante.
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http://www.google.com.br/imgres?q=jogos+com+bolinha+de+gude
Para tanto, mesmo que sozinho, se a criança esta envolvida numa atividade
pedagógica lúdica, esta envolvida num processo continuo de trocas mesmo que com
ele mesmo, e nessa ação vai adquirindo estruturas mentais e ou esquemas de
ações que possibilitam sua atuação no mundo bem como a capacidade em
compreendê-lo, desta maneira, passa acontecer o mundo por meio de estruturas
mentais, nesse sentido, Piaget textualiza que (E DE VCS)“O desenvolvimento
mental aparecera, então, em sua organização progressiva como uma adaptação
sempre mais precisa a realidade” (PIAGET, 1969, p.16). (E DO LIVRO)
Os exercícios lúdicos em salas de aulas facilita a aprendizagem e odesenvolvimento psicomotor, pois não retira a criança de modo bruto e mecânico, de
seu ambiente psicologicamente infantil, isso pode ser feito com atividades que
favoreça o desenvolvimento mental.
http://wwwww.google.com.br/imgres?q=graficos+do+brinquedo
Logo, ainda de acordo com esse estudioso:
O desenvolvimento mental e uma construção continua, comparável a edificaçãode um grande prédio que a medida que se acrescenta algo ficara mais solido, ou a
montagem de um mecanismo delicado, cujas fases gradativas de ajustamento
conduziriam a uma flexibilidade e uma mobilidade das pecas tanto maiores quanto
mais estável se tornasse equilíbrio (PIAGET, 1969, p.12).( DO LIVRO)
www.google.com.br=imagem+de+educacao / dsvpedagogia.blogs por.com
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5 A PEDAGOGIA LUDICA E SEUS DESAFIOS
5.1 O Uso do Lúdico na Pedagogia
O processo pedagógico esta em constante evolução, é preciso que o profissional
da educação busque formas de acompanhar esse desenvolvimento. Se há anos
atrás as crianças brincavam nas ruas com jogo de bolas de gude, casinha,
amarelinha dentre outras, hoje a tecnologia oferece outros modelos de jogos e
brincadeiras que da mesma maneira que estimula seus interesses infantis.
O formato não importa, na realidade o que ainda e considerável, é justamente
a essência da Ludicidade, entretanto, há de se considerar que determinadas
brincadeiras didatizadas podem provocar bloqueios no sentido da não alimentação
criativa e de organização mental independente.
Marcelino afirma que:
E de fundamental importância que se assegure a criança o tempo e os espaços
para que o caráter lúdico do laser seja vivenciado com intensidade capaz de formar
a base solida para a criatividade e a participação cultural e, sobretudo para o
exercício do prazer de viver, e viver, como diz a canção...como se fora brincadeira
de roda ... ( MARCELINO, 1996, p.38).
www.google.com.br=imagem+de+educacao
A influencia externa para a aquisição do conhecimento ocorre com a
influencia da utilização de atividades de corpos externos sobre nosso corpo. Dessa
maneira, o conhecimento e obtido graças a soma de ações associadas para
desenvolvimento da percepção, e tais ações devem ser utilizadas com a frequência
necessária, repetições e , sobretudo, a sucessão de estímulos.
Para os intelectuais, a sensação e a percepção dependem do sujeito do
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conhecimento, e a coisa exterior e apenas a ocasião para que tenhamos a
sensação ou a percepção.Nesse caso, o sujeito e ativo e a coisa externa e passiva,
ou seja, sentir e perceber são fenômenos que dependem da capacidade do sujeito
para decompor um objeto em suas qualidades simples ( a sensação) e de recompo-
lo como um todo, dando-lhe organização e significação ( a percepção). A passagem
da sensação para a percepção e, neste caso, um ato realizado pelo intelecto do
sujeito do conhecimento, que confere organização e sentido as sensações (
CHAUI,2009, p. 151).
www.google.com.br=imagem+de+educacaoOs jogos e brinquedos estimulam o desenvolvimento e aprimoramento da
inteligência , são importantes pois esta intrinsecamente condicionado ao
pensamento e a linguagem, que permitira estabelecer relações, concebe-las e
compreende-las no decorrer de sua vida.
Outro fator importante, e que por intermédio da utilização de formas e
imagens que lembram pessoas e coisas em situações cotidianas, remete à criança a
lembrança, o que facilita o aprendizado graças a lembrança do objeto e a linguagem.
Cada objeto, a principio, recebeu um nome particularizem levar em consideração
os gêneros e as espécies, que esses primeiros instituidores nãos estavam em
condições de distinguir - todos os indivíduos se apresentam isolados e seu espírito
como o são no quadro da natureza. Se um carvalho se chamava A, um outro
chamava-se B, pois a primeira idéia que se tem de duas coisas e que são a mesma
coisa e, freqüentemente, necessita-se de muito tempo para observar o que possuemde comum; eis que quanto mais se limitam os conhecimentos, mais extensos se
tornavam o dicionário. (ROUSSEU, 2005, p.71 e 72)
http://www.google.com.br/search?q=imagem+de+educacao+ludica
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5.2 O pedagogo e a Ludicidade em sala de aulas
O pedagogo deve ter como principio básico de entendimento, sua própria
importância no processo do educar. Como especialista nesse processo de
intervenção das técnicas de apreensão do conhecimento a disseminação de modo
que a criança perceba a importância do aprendizado como fator que assegurara seu
lugar no mundo. Todo ser humano já nasce com o instinto de estar em constante
busca por aprendizado e conhecimento, e, desde a mais tenra idade já procura de
forma lúdica os descobrimentos necessários para compreender objetos, utilidades,
linguagens e afins.
http://www.google.com.br/search?q=IMAGEM+DE+BEBE+BRINCANDO
Criar um sistema em que o brincar passe a ter o significado da reorganização
das práticas de ensino convencionais, ou seja abandonar um velho método e
absorver o lúdico como principal instrumento de desenvolvimento didático e
pedagógico e o desafio do pedagogo contemporâneo. Isso porque se faz cada vez
mais necessário, criar mecanismos em que facilite o desenvolver das habilidades
humanas de modo tranquilo e alegre sem perder sua eficácia.
http://www.google.com.br/search?q=imagem+de+educacao+ludica
Os jogos e o modo pelo qual o professor direciona a ludicidade em sala de
aulas, fará com que o desenvolvimento psicológico, intelectual, psicomotor, social e
emocional seja estimulado de modo que entenderão com maior facilidade a
mensagem de ensinamento que o professor está passando. E ainda,
Brincando as crianças aprendem a cooperar com os companheiros , a obedeceràs regras do jogo , a respeitar os direitos dos outros , a acatar a autoridade , a
assumir responsabilidades, a ceitar penalidades que lhe são impostas a dar
oportunidades aos demais , enfim, a viver em sociedade.(Kishimoto, 1993, p.110)
http://www.google.com.br/search?q=imagem+de+educacao+ludica
O filosofo e pensador Emanuel Kant, nos exorta em suas pesquisas sobre o
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conhecimento e formas de obter que o entendimento se trata da faculdade de julgar
e unificar a multiplicidade de impressões dos sentidos, e suas categorias funcionam
enquanto conceitos puros, ou seja, sem conteúdos por se tratarem de formas a
priori, condição do conhecimento.
Nesse ponto de vista, com a observação se chega a compreensão de que um
objeto e isto, ou que tal coisa e causa de outra, ou isto existe, ai, se tem de um lado,
as coisas que são percebidas pelos sentidos, e de outro, sempre escapa algo, isto e,
as categorias, respectivamente, de substancia, de causalidade,de existência (KANT,
1781,p.33).
www.google.com.br=imagem+de+educacaoEm consonância ao pensamento de Kant, Vygostsky ( 1979) esclarece em
seus pensamentos que a criança vê e escuta ( impressões percebidas) daí passam
a constituir pontos que lhes servirão de apoio, que servirão para sua próxima
criação, dessa maneira, passa a juntar materiais que servirão para sua próxima
fantasia, ou seja, um processo continuo de acúmulos de materiais para outras, e
outras finalidades. Desse modo, toda a impressão passa a representar um conjunto
de partes de diferentes composições que servirão posteriormente como elounificador de elementos que servirão de base para o conhecimento de modo geral
numa capacidade combinatória do exercício contínuo que o aprendizado requer.
5.3 O ensinar de forma lúdica
Segundo Freire (1996, p.67),’’ Saber que deve respeito a autonomia e identidade
do educando exige de mim uma prática em tudo coerente”.
Tornar as aulas atraentes principalmente de primeira infância, é um desafio
que deve ser observado com máxima atenção pelo professor. Ensinar de modo que
as crianças entendam com responsabilidade as brincadeiras e jogos oferecido não e
uma tarefa fácil se considerarmos que para a criança o ato de brincar não tem nada
a ver com aprendizagem.
Entretanto, com base no referencial Curricular Nacional Para Educação
Infantil;
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A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças
oferecendo-lhe material adequado, assim como espaço estruturado para brincar
permite o enriquecimento das competências imaginativas, criativas e organizacional
(CNE, 1998, p.29).
Ora, desse modo, se deve criar condições de descontração para que possa
envolver a criança num ambiente didático sem ferir seu universo, e daí, oferecer os
conteúdos que gerem a integração das matérias curriculares.
Para tanto, o espaço escolar deve ser devidamente aparelhado por
ludicidade, para que se torne um ambiente fértil tanto para a aprendizagem quanto
para desenvolvimento psicomotor e principalmente de socialização, ou seja, umambiente que propicie expressão livre e espontânea da construção do
conhecimento.
Nesse raciocínio “A criança aprende muito ao brincar, o que aparentemente
ela faz apenas para distrair-se ou gastar energia e na realidade uma importante
ferramenta para o seu desenvolvimento cognitivo,emocional, social e psicológico”(
VYGOTSKY, 1979,p.45).
Logo, a escola deve ser um ambiente em que seja possível a promoção daaprendizagem de modo significativo sem ser realizada de forma forçada, contrario a
isso, pode e deve ser realizado o ensino aprendizagem de maneira alegre e
prazerosa que somente com a ludicidade se torna possível. O Lúdico, auxilia no
desenvolvimento da capacidade criativa, os jogos são exemplos fieis desse
raciocínio se considerarmos a ampla significância dessa atividade na ampliação das
mais diversas características humanas. Sobre essa importância, Vygotsky textualiza:
“E na atividade de jogo que a criança desenvolve seu conhecimento do mundo
adulto, e e também nele que surgem os primeiros sinais de uma capacidade
especificamente humana, a capacidade de imaginar (...). Brincando a criança cria
situações fictícias, transformando com algumas ações o significado de alguns
objetos’’ ( VYGOTSKY, 1991,p.122 aspas do autor)
E ainda:
Mesmo havendo uma significativa distancia entre o comportamento na vida real e
o comportamento no brinquedo, a atuação no mundo imaginário e o estabelecimento
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de regras a serem seguidas criam uma zona de desenvolvimento proximal, na
medida em que impulsionam conceitos e processos em desenvolvimento
(VYGOTSKY, 1991, p.36).
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6 CONCLUSÃO
Após debruçarmos na pesquisa sobre a ludicidade da educação , essa se mostra
claramente como uma ferramenta apropriada para o incremento dos métodos
pedagógicos vigentes.
Isso, pode ser claramente observado ao considerar que o desenvolvimento
humano esta pautado em observações, jogos e brincadeiras que aguçam os
sentidos proporcionando um melhor desempenho no desenvolvimento psicomotor
infantil, característica esta, que acompanhara por toda sua existência.
Essa investigação indica que inserir atividades pedagógicas de uma maneira
lúdica nas praticas escolares propiciara uma melhor absorção do ensino.
Entretanto, e importante que haja o entendimento do educador e das
instituições de ensino no sentido de perceber o real valor do lúdico enquanto
elemento importante na formação integral da criança.
Em suma, o brincar pode ser considerado enquanto uma necessidade da
criança tal qual a saúde, a educação de um modo geral,a nutrição, e outros critérios
importantes ao seu desenvolvimento, porque o auxilia, intelectualmente, fisicamente,
e socialmente.
Por meio de uma educação pedagógica lúdica, a criança cria e aprimora
conceitos, estabelece relações lógicas, relaciona idéias, auxilia nas expressões
corporal e oral, promove habilidades social, se torna dócil, se integra a sociedade , e
por fim, edifica seus conhecimentos próprio a respeito dos seme