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Metalografia
Prof. Márcio Mafra
Bibliografia:ASM International – ASM Handbook
COLPAERT, Hubertus – Metalografia dos produtos
siderúrgicos comuns – São Paulo - Edgard Blücher
Importância do Estudo
Correlação entre Microestrutura e Propriedades
Composição
Processamento
Estrutura
Microestrutura{ {Propriedades
Ambiente
Solicitações
Desempenho
Metalografia: análise da estrutura dos metais(microestrutura)
No exame metalográfico correlacionamos aestrutura do material com propriedadesfísicas, mecânicas, composição, processo defabricação, tratamentos térmicos, etc.
Análise de falha em implantes cirúrgicos
a) Falha de uma placa-pino p/fêmur(seta) fabricada em aço inoxidável.
b) Presença de defeitos de fabricação como cantos vivos e marcas de usinagem (seta)
c) Visão geral da superfície de fratura, apresentando sinais de estriais de fadiga.
Efeito da ampliação
Exame Macrograficos:
Exame Visual ou com ampliações de até 10x.
Informações de caráter geral:
Homogeneidade do material
Processo de fabricação
Aspecto da Fratura, etc.
Exame Micrográfico: Exame com ampliações superiores a 10x.
Observa-se:Granulação do material;Natureza, quantidade, distribuição e forma
dos diversos constituintes, inclusões,...
Preparação Metalográfica
Seqüência de Preparação
1. Determinação da quantidade de Amostras
i. Representatividade
ii. Tipo de Distribuição
iii. Possibilidades x Exigências
2. Determinação da região de corte
i. Regiões Específicas de Interesse
ii. Tipos de Análises
iii. Dimensões da Peça
iv. Anisotropia
v. Possibilidades
Preparação Metalográfica
3. Corte Metalográfico
i. Objetivos
i. Formas
ii. Dimensões
iii. Regiões de Análise
ii. Métodos
i. Fratura
ii. Tesoura
iii. Serra
iv. Policorte
v. Cut-off Saw
iii. Cuidados
i. Aquecimento
ii. Deformação
Preparação Metalográfica
Preparação Metalográfica
Corte Metalográfico
Cut-off Saw
Preparação Metalográfica
Preparação Metalográfica4. Embutimento
i. Dimensões da amostra
ii. Forma da Amostra
iii. Possibilidade de múltiplas amostras
iv. Cuidados
A Frio
A quente
Embutimento
Corpos de prova de pequenas dimensões;
Circundar a amostra já seccionada com um material adequado, formando um corpo único;
Tipos: À frio;
À quente.
Evita: Cantos vivos;
abaulamento.
Embutimento à Frio
Realizado com resina auto-polimerizante;
Reação de polimerização:
Temperatura - 50º a 120ºC;
Tempo - 0,2 a 24 h
Processo de moldagem:
Resina em pó com acelerador líquido;
Com resina líquida.
Embutimento à Frio - Processos
Embutimento à Quente
Prensa de embutimento:
Polimerização utilizando pressão e aquecimento;
Partes: Sistema hidráulico;
unidade de embutimento;
Anel de refrigeração.
Variável é o tempo (resinas termofixas mínimo 7
minutos);
Temperatura e pressão constantes (observar
valores estabelecidos pelo fabricante).
Embutimento à Quente
prensa
esquema
CP embutido
Preparação Metalográfica
5. Identificação
i. Objetivo
ii. Formas de Identificação – Codificação
iii. Aspectos Práticos
Preparação Metalográfica
6. Lixamento
i. Redução da rugosidade
ii. Progressivo
iii. Evitar deformação
iv. Evitar Aquecimento
v. Relacionado à ampliação
vi. Mudanças de direção – Lógica de preparação
Lixamento
Objetivo:
Remoção de sulcos e riscos;
Realização de uma superfície plana;
Pouco desbaste.
Tipos:
A seco;
A úmido.
Profundidade dos Riscos
Camada Deformada
Fatores de preparo:
Dureza do abrasivo;
Processo de lixamento;
Pressão de corte;
Velocidade de lixamento;
Quantidade de calor envolvida.
Lixadeiras
Tipos:
Lixamento - Procedimento
Identificar direção de lixamento;
Lixamento com emprego sucessivo de lixas de granulometria 220, 320, 400 e 600;
Pequeno fluxo de água;
Limpeza do CP a cada lixa;
Observar acabamento superficial;
Rotacionar a amostra 90º de lixa para lixa.
Lixamento - Procedimento
Lixamento - Procedimento
220
320
400
600
Não adianta querer apressar!!!!
Preparação Metalográfica
7. Polimento
i. Ampliação
ii. Redução final da rugosidade
iii. Mecânico
iv. Eletrolítico
Processos de polimento:
Polimento mecânico manual;
Polimento mecânico automático;
Polimento eletrolítico;
Polimento mecânico-eletrolítico;
Polimento químico;
Polimento vibratório.
Polimento mecânico manual:
Utiliza politrizes circulares;
Agentes polidores (diamante, óxidos);
Pano para polimento.
Espelhamento e remoção da película residual encruada deixada pelo lixamento.
Polimento mecânico manual:
Politrizes:
Polimento mecânico manual:
Agentes polidores mais empregados:
• Pasta de diamante (0,25 a 15 m);
• Alumina (0,5 a 1 m);
• Sílica Coloidal;
• Óxido de Cromo.
Obs. Apresentam elevada dureza.
Polimento mecânico manual:
Panos para polimento
Polimento mecânico manual:
Procedimentos:
Movimentos aleatórios entre partículas e amostra;
Refrigeração – evitar alteração microestrutural;
Evitar pressões elevadas – deformação.
Polimento mecânico automático:
Polimento simultâneo de até 12 CP;
Vantagens:
Rotação uniforme do CP no sentido inverso da rotação da politriz;
Aplicação de pressão ajustável;
Preservação das bordas do CP;
Preservação de inclusões e micro-constituintes;
Minimização do encruamento superficial.
Polimento mecânico automático:
Polimento eletrolítico:
Polimento eletrolítico:
Anodo, Catodo, solução eletrolítica;
redução (+é) no catodo e
oxidação (-é) no anodo (Mo –né ↔ M+n).
Polimento – amostra metálica » anodo.
Polimento eletrolítico - eletrólitos:
Polimento mecânico-eletrolítico:
Melhoria da qualidade de acabamento
superficial;
Diminuir tempo de polimento;
Ligas não ferrosas, metais preciosos e
Quando necessita-se preservar as inclusões e
constituintes não metálicos (menores deformações).
Polimento químico:
• Imersão do CP em solução apropriada, devidamente aquecida;
• Aplicado a superfícies de dimensões maiores;
Polimento
vibratório:
• Defeitos de polimento:
Cometas
Riscos
Após o polimento:No aços:
Observação de microinclusõesNos Ferros Fundidos
Observação da grafita
O Metal polido reflete a luz de forma homogênea
Sem o ataque podem ser observados:
Trincas, Inclusões Porosidade e
Grafita (FoFo)
Observação de microinclusões
ABNT – 9208
Sulfeto de manganês Silicatos Óxido de alumínio
Observação da grafita
Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D Tipo E
Classificação quanto ao tamanhodas lamelas de grafita, segundo norma ASTM A247.
Determinação de Micro Inclusões
•Importância
•Utilização
•Norma ABNT 9208
• Condições
• Ampliação
• Quadro de referência
• Número de imagens
•Execução Prática
Tipos de Ataques Metalográficos
• Óptico: Aumento do contraste sem interferência de corrosão da superfície da amostra.
» Luz Negra
» Luz Polarizada
» Lâmina de Quartzo
Tipos de Ataques Metalográficos
• Químico: Corrosão controlada da superfície por uma substância química adequada
» Por Imersão
» Por umedecimento
» Seletivo ou por Tingimento
Tipos de Ataques Metalográficos
Eletrolítico: Corrosão controlada pela ação de uma substância química em conjunto com uma DDP
Tipos de Ataques Metalográficos
• Térmico: Corpo de prova polido (ou mesmo atacado) é aquecido, controlando-se a atmosfera
» Matização ou Oxidante
» A Vácuo
» Plasma de Argônio (catódico)
Microscópios Metalográficos
Observação direta:
Platina
invertida:
Partes Principais:
Objetivas;
Oculares;
Filtros;
Iluminação.
Apresentação MEV – Prof. Ana Maria Maliska - UFSC
METALOGRAFIA QUANTITATIVA(Estereologia Quantitativa)
Objetivo:
Quantificar a microestrutura;
Determinar a quantidade, forma, tamanho e distribuição de fases e defeitos;
Fornecer subsídios para a compreensão das propriedades dos materiais.
Medidas e Equações Básicas:
Pp – Método de contagem de pontos (%Área)
Consiste em se dispor uma rede de pontos sobre uma determinada área da microestrutura O o valor de pontos interceptados pela fase em análise dividido pelo total de pontos é o valor Pp).
Recomendações:
1- Os pontos que parecem estar em um contorno devem ser contados como ½.
2- A rede selecionada deve ser de forma que na média não mais que um ponto incida sobre o objeto de interesse e que o espaçamento da rede seja próximo do espaçamento entre os objetos de interesse.
Medidas e Equações Básicas:
PL – Método de contagem de intersecções (Área de Contorno de grão)
Consiste em se dispor um arranjo de linhas retas ou de circunferências sobre uma determinada área da microestrutura. Quando da análise de estruturas orientadas o arranjo de circunferências é mais indicado. Os comprimentos das linhas são prefixados para facilitar o calculo. O valor de pontos interceptados pela fase em análise dividido pelo total de pontos é o valor PL).
Recomendações:
1- Quando as linhas teste tangenciam as linhas de interesse deve se considerar como 1 intersecção e
2- quanto a intersecção for uma junção tripla deve se considerar 1 e ½.
Sv=2PL (Sv= Área de Contorno de grão)
Exercícios
•Metais, cerâmicas, ...
•Materiais porosos: formados, pelo menos, por uma fase
sólida e uma fase fluídica (poros)
•As propriedades macroscópicas dos materiais multifásicosdependem das propriedades de suas fases bem como da suageometria (forma) e da organização espacial
Materiais Multifásicos
Por quê a utilização de imagens digitais?
•Uniformidade e repetibilidade das análises
•Maior produtividade e representatividade nas
análises
•Redução de custos se comparado aos métodos
experimentais
•Determinados parâmetros só podem ser obtidos
diretamente a partir da imagem
•Obtenção de vários parâmetros através da mesma
amostra
•Fração de fases
•No caso específico de materiais porosos chamamosa fração da fase fluídica de porosidade
totalV
V
Determinação de
Determinação de
Com considerações da estereologia pode-se demonstrar:
totaltotaltotaltotal P
P
L
L
A
A
V
V
Hipótese: estrutura randômica
Pré-processamento
Segmentação Binária
Granulometria
Estudo da distribuição de tamanho dos objetos
A origem do termo se deve ao procedimento de separação por tamanhos de uma amostra de grãos
com peneiras de malhas diferentes
Granulometria
Organização Espacial
Fatores de forma
•Área
•Perímetro
•Esfericidade
•Calibres
•Etc...
Fatores de Forma - aplicação
Classificação automática de grafita em ferros fundidosGomes, Monteiro, Marinkovic, Paciornik (2000)
Parâmetros descritores de forma Classificação
“Limitação”
Estaremos quase sempre trabalhando
com seções planas do material
partículas de grafita em ferro fundido
Modelos Microestruturais 3-D
Criação de sistemas 3-D de tal maneira que suas seções planasconservem parâmetros geométricos medidos em imagens 2-D
Aplicação: Simulação de fenômenos físicos
Caracterização microestrutural
Modelos microestruturais 3D
Amostra materialAquisição de
imagens
Imagem digital
Propriedades macroscópicas
Lâmina delgada
Tamanho de Grão
Réplica Metalográfica
• Peças de grandes dimensões
• Peças que não podem ser cortadas para análise
• Componentes montados e/ou em serviço
Seqüência de Execução
Preparação da superfície (até o polimento)
Ataque Químico
Execução da Réplica Metalográfica
Observação Metalográfica
Exames Adicionais
Espectroscopia
Microdureza
Raios X
Microscopia eletrônica
Micro-sonda
A legenda deve incluir
- Barra de dimensão
- Identificação da amostra
- Comentários que facilitem a interpretação da microestrutura