o paráclito - abril 2016

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O Paráclito Paróquia Divino Espírito Santo-Holambra /SP-Diocese de Amparo - Abril 2016 A creditar na ressurreição de Jesus, para o cristão, é uma condição de existência: é-se cristão porque se acredita que Jesus está vivo, triunfou da morte, ressuscitou, e é, para todos os humanos, o único mediador entre Deus e os homens. Dessa mediação participam a seu modo tudo aquilo (o universo e tudo aquilo que contém) e todos aqueles (dos mais sábios aos mais humildes) que, pela vida e pela pala- vra, proclamam o poder e a misericórdia de Deus que sustenta todo o universo e chama todos a participar de sua vida. A fé na ressurreição de Jesus Cristo é o fun- damento da mensagem cristã. A fé cristã es- taria morta se lhe fosse retirada a verdade da ressurreição de Cristo. A ressurreição de Jesus são as primícias de um mundo novo, de uma nova situação do homem. Ela cria para os homens uma nova dimensão de ser, um novo âmbito da vida: o estar com Deus. Também significa que Deus manifestou-se verdadeiramente e que Cristo é o critério no qual o homem pode confiar. A fé na ressurreição de Jesus é algo tão es- sencial para o cristão que São Paulo chegou a escrever: “Se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vazia, e vazia também a vossa fé” (1Cor 15, 14). A ressurreição de Cristo não é apenas o mi- lagre de um cadáver reanimado. Não se trata do mesmo evento que ocorreu com outros personagens bíblicos como a filha de Jairo (cf. Mc 5, 22-24) ou Lázaro (cf. Jo 11, 1-44), que foram trazidos de volta à vida por Jesus, mas que, mais tarde, num certo momento, Qual é o sentido da ressurreição de Jesus para um cristão? A ressur reição de C risto não se reduz à revitalização de um indivíduo qualquer. Com ela foi inaug urada uma dimensão que interessa a todos seres humanos morreriam fisicamente. A ressurreição de Jesus “foi a evasão para um gênero de vida totalmente novo, para uma vida já não sujeita à lei do morrer e do transformar- -se, mas situada para além disso: uma vida que inaugurou uma nova dimensão de ser homem”, explica o Papa Bento XVI no segundo volume do seu livro “Jesus de Nazaré”. Jesus ressuscitado não voltou à vida normal que tinha neste mundo. Isso foi o que aconte- ceu com Lázaro e outros mortos ressuscitados por Ele. Jesus “partiu para uma vida diversa, nova: partiu para a vastidão de Deus, e é a partir dela que Ele se manifesta aos seus”, prossegue o Papa. A ressurreição de Cristo é um acontecimen- to dentro da história que, ao mesmo tempo, rompe o âmbito da história e a ultrapassa. Ben- to XVI a explica com uma analogia. “Se nos é permitido por uma vez usar a linguagem da teoria da evolução”, a ressurreição de Jesus é “a maior ‘mutação’, em absoluto o salto mais decisivo para uma dimensão totalmente nova, como nunca se tinha verificado na longa his - tória da vida e dos seus avanços: um salto para uma ordem completamente nova, que tem a ver conosco e diz respeito a toda a história” (homilia da Vigília Pascal de 2006). Portanto, a ressurreição de Cristo não se re- duz à revitalização de um indivíduo qualquer. Com ela foi inaugurada uma dimensão que in- teressa a todos seres humanos, uma dimensão que criou para os homens “um novo âmbito da vida, o estar com Deus”, explica o Papa no livro “Jesus de Nazaré”. As narrativas evangélicas, na diversidade de suas formas e conteúdos, convergem todas para a convicção a que chegaram os primei- ros seguidores de Jesus, de que sua ação sal- vadora, tal como se havia pressentido nas Escrituras, não se frustrara nem se havia encerrado com sua morte. Pelo contrário, cumpria a promessa de Deus feita desde as origens da humanidade e, portanto, o fato de Jesus estar vivo e atuante na história tinha sua base em Deus, vinha confirmar a esperança que depositamos em Deus de que a verdade e o bem, a justiça e a paz hão de triunfar, te- rão a última palavra, porque Deus é fiel. O mistério da ressurreição de Cristo é um acontecimento que teve manifestações histo- ricamente constatadas, como atesta o Novo Testamento. Ao mesmo tempo, é um evento misteriosamente transcendente, enquanto entrada da humanidade de Cristo na glória de Deus (cf. CIC, 639 e 656). Dois sinais da ressurreição são reconhecidos como essenciais pela fé da Igreja Católica. O primeiro é o testemunho das pessoas que en- contraram Cristo ressuscitado. Essas testemu- nhas da ressurreição de Cristo são, antes de tudo, Pedro e os Doze apóstolos, mas não so- mente eles. São Paulo fala claramente de mais de quinhentas pessoas às quais Jesus apareceu de uma só vez, além de Tiago e de todos os apóstolos (cf. CIC, 642; 1 Cor 15, 4-8). O segundo sinal é o túmulo vazio. Significa que a ausência do corpo de Jesus não poderia ser obra humana. O sepulcro vazio e os panos de linho no chão significam por si mesmos que o corpo de Cristo escapou das correntes da morte e da corrupção, pelo poder de Deus (CIC, 656). O teólogo Francisco Catão, doutor em Teolo- gia pela Universidade de Estrasburgo e pro- fessor do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, explica que os sinais do sepulcro vazio e das aparições de Jesus ressuscitado foram válidos para os apóstolos e primeiros seguidores de Jesus. “Não há porque, racionalmente, duvidar. Se- ria levantar a suspeita de inautenticidade his- tórica de todo o Novo Testamento, no que hoje, depois dos abalos da exegese liberal e da ciência mal informada, nenhum autor sé- rio cientificamente acredita”. “O Novo Testamento relata a morte de Je- sus e seus primeiros seguidores, interpretando os sinais do túmulo vazio e das aparições. Fato que afirmaram solenemente, com base nas Es - crituras. Animados pelo Espírito Santo, deram o testemunho de sua vida pela fé em Jesus, vivo junto a Deus, como o sabemos desde os Atos dos Apóstolos”, afirma o teólogo. O ser humano é aquele ser que não tem per- manência em si mesmo. Continuar vivendo só pode significar, humanamente falando, conti - nuar existindo num outro. Mas existir no outro – por meio dos filhos ou da fama, por exemplo – não passa de uma sombra, porque o outro também se desfaz. Só Deus pode amparar o homem e fazê-lo perdurar. Neste sentido, a res- surreição é a força do amor que vence a morte. Ela não é um ato fechado em si, que pertence só à divindade de Cristo. É o princípio e a fonte Continuação do tex to na página 2

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Page 1: O Paráclito - Abril 2016

O ParáclitoParóquia Divino Espírito Santo-Holambra /SP-Diocese de Amparo - Abril 2016

Acreditar na ressurreição de Jesus, para o cristão, é uma condição de existência:

é-se cristão porque se acredita que Jesus está vivo, triunfou da morte, ressuscitou, e é, para todos os humanos, o único mediador entre Deus e os homens. Dessa mediação participam a seu modo tudo aquilo (o universo e tudo aquilo que contém) e todos aqueles (dos mais sábios aos mais humildes) que, pela vida e pela pala-vra, proclamam o poder e a misericórdia de Deus que sustenta todo o universo e chama todos a participar de sua vida.A fé na ressurreição de Jesus Cristo é o fun-

damento da mensagem cristã. A fé cristã es-taria morta se lhe fosse retirada a verdade da ressurreição de Cristo. A ressurreição de Jesus são as primícias de um mundo novo, de uma nova situação do homem. Ela cria para os homens uma nova dimensão de ser, um novo âmbito da vida: o estar com Deus. Também significa que Deus manifestou-se verdadeiramente e que Cristo é o critério no qual o homem pode confiar.A fé na ressurreição de Jesus é algo tão es-

sencial para o cristão que São Paulo chegou a escrever: “Se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vazia, e vazia também a vossa fé” (1Cor 15, 14).A ressurreição de Cristo não é apenas o mi-

lagre de um cadáver reanimado. Não se trata do mesmo evento que ocorreu com outros personagens bíblicos como a filha de Jairo (cf. Mc 5, 22-24) ou Lázaro (cf. Jo 11, 1-44), que foram trazidos de volta à vida por Jesus, mas que, mais tarde, num certo momento,

Qual é o sentido da ressurreição de Jesus para um cristão?

A ressurreição de Cristo não se reduz à revitalização de um indivíduo qualquer. Com ela foi inaugurada uma dimensão que interessa a todos seres humanos

morreriam fisicamente.A ressurreição de Jesus “foi a evasão para um

gênero de vida totalmente novo, para uma vida já não sujeita à lei do morrer e do transformar--se, mas situada para além disso: uma vida que inaugurou uma nova dimensão de ser homem”, explica o Papa Bento XVI no segundo volume do seu livro “Jesus de Nazaré”.Jesus ressuscitado não voltou à vida normal

que tinha neste mundo. Isso foi o que aconte-ceu com Lázaro e outros mortos ressuscitados por Ele. Jesus “partiu para uma vida diversa, nova: partiu para a vastidão de Deus, e é a partir dela que Ele se manifesta aos seus”, prossegue o Papa.A ressurreição de Cristo é um acontecimen-

to dentro da história que, ao mesmo tempo, rompe o âmbito da história e a ultrapassa. Ben-to XVI a explica com uma analogia. “Se nos é permitido por uma vez usar a linguagem da teoria da evolução”, a ressurreição de Jesus é “a maior ‘mutação’, em absoluto o salto mais decisivo para uma dimensão totalmente nova, como nunca se tinha verificado na longa his-tória da vida e dos seus avanços: um salto para uma ordem completamente nova, que tem a ver conosco e diz respeito a toda a história” (homilia da Vigília Pascal de 2006).Portanto, a ressurreição de Cristo não se re-

duz à revitalização de um indivíduo qualquer. Com ela foi inaugurada uma dimensão que in-teressa a todos seres humanos, uma dimensão que criou para os homens “um novo âmbito da vida, o estar com Deus”, explica o Papa no livro “Jesus de Nazaré”.As narrativas evangélicas, na diversidade de

suas formas e conteúdos, convergem todas para a convicção a que chegaram os primei-ros seguidores de Jesus, de que sua ação sal-vadora, tal como se havia pressentido nas Escrituras, não se frustrara nem se havia encerrado com sua morte. Pelo contrário, cumpria a promessa de Deus feita desde as origens da humanidade e, portanto, o fato de Jesus estar vivo e atuante na história tinha sua base em Deus, vinha confirmar a esperança que depositamos em Deus de que a verdade e o bem, a justiça e a paz hão de triunfar, te-rão a última palavra, porque Deus é fiel.O mistério da ressurreição de Cristo é um

acontecimento que teve manifestações histo-ricamente constatadas, como atesta o Novo Testamento. Ao mesmo tempo, é um evento

misteriosamente transcendente, enquanto entrada da humanidade de Cristo na glória de Deus (cf. CIC, 639 e 656).Dois sinais da ressurreição são reconhecidos

como essenciais pela fé da Igreja Católica. O primeiro é o testemunho das pessoas que en-contraram Cristo ressuscitado. Essas testemu-nhas da ressurreição de Cristo são, antes de tudo, Pedro e os Doze apóstolos, mas não so-mente eles. São Paulo fala claramente de mais de quinhentas pessoas às quais Jesus apareceu de uma só vez, além de Tiago e de todos os apóstolos (cf. CIC, 642; 1 Cor 15, 4-8).O segundo sinal é o túmulo vazio. Significa

que a ausência do corpo de Jesus não poderia ser obra humana. O sepulcro vazio e os panos de linho no chão significam por si mesmos que o corpo de Cristo escapou das correntes da morte e da corrupção, pelo poder de Deus (CIC, 656).O teólogo Francisco Catão, doutor em Teolo-

gia pela Universidade de Estrasburgo e pro-fessor do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, explica que os sinais do sepulcro vazio e das aparições de Jesus ressuscitado foram válidos para os apóstolos e primeiros seguidores de Jesus.“Não há porque, racionalmente, duvidar. Se-

ria levantar a suspeita de inautenticidade his-tórica de todo o Novo Testamento, no que hoje, depois dos abalos da exegese liberal e da ciência mal informada, nenhum autor sé-rio cientificamente acredita”.“O Novo Testamento relata a morte de Je-

sus e seus primeiros seguidores, interpretando os sinais do túmulo vazio e das aparições. Fato que afirmaram solenemente, com base nas Es-crituras. Animados pelo Espírito Santo, deram o testemunho de sua vida pela fé em Jesus, vivo junto a Deus, como o sabemos desde os Atos dos Apóstolos”, afirma o teólogo.O ser humano é aquele ser que não tem per-

manência em si mesmo. Continuar vivendo só pode significar, humanamente falando, conti-nuar existindo num outro. Mas existir no outro – por meio dos filhos ou da fama, por exemplo – não passa de uma sombra, porque o outro também se desfaz. Só Deus pode amparar o homem e fazê-lo perdurar. Neste sentido, a res-surreição é a força do amor que vence a morte. Ela não é um ato fechado em si, que pertence só à divindade de Cristo. É o princípio e a fonte

Continuação do texto na página 2

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2 Paróquia Divino Espírito Santo-Holambra /SP-Diocese de Amparo - Abril 2016

de nossa própria ressurreição futura.Só existe “um” que nos pode amparar, “aque-

le que ‘é’, que não vem ao ser e que não deixa de ser, mas que permanece em meio ao vir a ser e ao desaparecer: o Deus dos vivos que susten-ta não apenas uma sombra e o eco de meu ser e cujos pensamentos não são apenas cópias da realidade” (Joseph Ratzinger, “Introdução ao Cristianismo”).Nesse sentido, a ressurreição “é a força maior

do amor diante da morte. Ela prova, ao mes-mo tempo, que a imortalidade só pode ser fruto do existir no outro que continua de pé mesmo quando eu estou em farrapos” (idem).Os relatos da ressurreição de Jesus testemunham

um fato novo, que não brotou simplesmente do coração dos discípulos. Trata-se de um fato que chegou a eles de fora, se apoderou deles contra as suas dúvidas e os fez ter a certeza de que Jesus

Celebrar a Páscoa nes-

te período con-vulsivo da política faz brotar a cer-teza de que Deus conduz a história e suscita, em meio do seu povo, vo-zes proféticas com grande ge-nerosidade. Se assim não fosse, já estaríamos mais que perdidos. Per-ceber que nosso

país sobrevive às tentativas de impor o caos é, de alguma maneira, a prova de que é Deus mesmo que o tem conduzido. Basta vermos os noticiários e refletir, diante de tantas desor-dens e irresponsabilidades; a nação somente se mantém porque Deus a provê. Se estivesse desamparada de Deus, já estaria abaixo do fra-casso da miséria completa. Mas ainda há sinais de esperança, já que muitas vozes se levantam para pedir justiça e mudanças.Uma visão de conjunto pode nos ajudar a me-

lhor compreender e podemos traçar algumas comparações. O homem se destaca das demais criações por ser um composto de corpo, alma e espírito, como explica São Paulo. Ele tam-bém nos dá uma explicação muito sábia sobre o que é uma comunidade(coletividade de ir-mãos a viver a fé, que tem Deus como mesmo pai), que também chama-se corpo místico de Cristo, onde ele é a cabeça. No Corpo Místico de Cristo há um só coração a bater constante-mente, por almejar a vida que não conhece a corrupção, isto é, a eternidade. Na língua latina, corruptus significa ato ou efeito de corromper--se, putrefação, deterioração, decomposição, e geralmente seu sentido é a de consequência da morte. Pensemos de modo particular no ser hu-mano e nas suas necessidades diárias: a) o Cor-

Um corpo incorrupto

realmente ressuscitou.“Aquele que estava no túmulo já não está lá, ele

vive – e é realmente ele próprio. Ele que passara ao outro mundo de Deus mostrou-se suficien-temente poderoso para mostrar-lhes de forma palpável que era ele mesmo que se encontrava na frente deles, que nele o poder do amor se revelara re-almente mais forte do que o poder da morte” (idem).A ressurreição de Jesus Cristo constitui a compro-

vação de tudo o que o próprio Cristo fez e ensinou. Todas as verdades, mesmo as mais inacessíveis ao es-pírito humano, encontram sua confirmação se, ao ressuscitar, Cristo deu a prova definitiva, que havia prometido, de sua autoridade divina (CIC, 651).Nenhum homem pode ressuscitar um morto. Por

conseguinte, se Jesus, como homem, ressuscitou, isto é obra de Deus. A ressurreição de Jesus crucificado demonstrou que ele era verdadeiramente o Filho de Deus e Deus mesmo (CIC, 653).A ressurreição é o cumprimento das promes-

sas do Antigo Testamento e das promessas que o próprio Jesus fez durante sua vida terrestre. A verdade da divindade de Jesus é confirmada por sua ressurreição.A ressurreição de Jesus não é um ato fechado

em si. É o início de um processo que se estende a todos os homens. Ela é o princípio e a fonte da ressurreição futura dos homens, atuando “desde já pela justificação de nossa alma” e, mais tarde, “pela vivificação de nosso corpo” (CIC, 658).“Não foi nada fácil, através da história, nem

o é, nos dias de hoje, para os cristãos, sustentar sua fé. Nunca, porém, lhes faltou a assistência do Espírito, senão para provar a ressurreição, pelo menos para evidenciar que não pode ser validamente contestada, por nenhum tipo de argumento científico ou filosófico”, afirma o teólogo Francisco Catão.

http://pt.aleteia.org/2015/04/05/qual-e-o-sentido--da-ressurreicao-de-jesus-para-um-cristao/3/

Continuação do texto da capa

PALAVRA DO PÁRACO

po, necessita de alimentação e hidratação para manutenção do aspecto biológico ;b) alma, por ser animal racional também precisa relacionar--se, entreter-ser, empenhar-se na sabedoria e na prática das virtudes e dos valores de bem, do belo, da verdade; c) espiritual, abrir-se ao trans-cendente, a capacidade de bem amar bem e ser solícitos. O homem é uma integralidade destas três dimensões.A vida humana contém esta rica composição

de necessidades, tanto para si mesmo, quanto da sua dependência do outro. Nenhuma das necessidades humanas são auto supridas, pre-cisamos de um outro. A cessação de uma das necessidades, ou mesmo um desiquilíbrio de-las, afetam o individuo e as pessoas como num corpo. Por isso a importância de cuidarmos do corpo e evitamos tudo o que pode causar-lhe morte e a sua consequente corrupção. Note-se que a causa da corrupção é a morte.

O corpo, quando vivo, não se corrompe, sem que antes tenha morrido. Costumamos inver-ter o efeito pela causa. Um corpo bem cuidado permanece vivo. Quando deixamos de cuidar de nosso corpo, nossa mente e nosso espírito, vamos percebendo sua falência, e os sinais da corrupção vão aparecendo. O mesmo vale à vida social; a falta de cuidado

e do empenho em manter ou curar o exercí-cio do bem comum leva à falência nossas ins-tituições. Nossa família quando não é cuidada, quando não lhe damos amor, educação, curati-vos, e não festejamos seus frutos, ela começa a morrer e vemos os sinais da corrupção; numa comunidade, quando eu não tenho zelo pelos outros e deixo a fé e meus dons e serviços para viver somente com meus próprios objetivos, a falência dada convivência vai surgindo e, com ela morta, os sinais da corrupção aparecem em forma de intransigência, arrogância, egoísmo, ateísmo militante, antropofobia e misantropia. Um país que não cultiva uma ética sobre os va-lores irrenunciáveis para a nação, isto é, a ver-dade honesta(não há interpretações individuais

destas, elas estão historicamente fundamentas, e ninguém pode submetê-las às sua maneira de ver), da justiça, da representatividade, da gratui-dade em fazer o bem-comum, vida social vai morrendo e brevemente veremos a morte da saúde pública, da cultura e da educação, e da própria arte da política.Uma melhor compreensão sobre a vida, sua

preservação e ações que a protegem faz dela uma experiência única acerca da nossa peregri-nação rumo ao céu. Cultivar uma ética e uma política honestas leva um povo a crescer como ser humano. Por enquanto alimentemo-nos da esperança das virtudes da fé, da esperança e da caridade, com o auxílio da graça de Deus, para que aumentem em nós nossa saciedade pela eternidade e nos leve a mergulhar profunda-mente nos mistérios de Deus que são inesgo-táveis.O colapso na saúde política é consequência

direta da falta de cultivo da ética no âmbito público e privado. A sabedoria nas ciências po-líticas não podem prescindir da ética nos ne-gócios, e perante a representatividade da qual nossos governantes devem seguir e ser respon-sáveis por bom cumprimento das leis que re-gem o pais, inclusive submeter-se às mesmas, por uma razão de igualdade na democracia. Na política deve-se praticar a ética e não manipulá--la, nem tampouco criar uma ética partidarista e messianista. O que tem a ver então, Páscoa e Política? Seu

ponto de convergência está na verdade do serviço. A palavra páscoa tem sua origem na expressão “fazer passagem”, enquanto que a Política encontra uma certa definição em exprimir-se “como arte das relações que elevam uma coletividade para o exercício do bem comum”.Que a deterioração e revelação de Cristo so-

bre a incorruptibilidade do ser depois da morte inspire nossa sociedade a buscar também sanar a corrupção das instituições políticas que insta-lam sistemas de morte nessa vida.

Page 3: O Paráclito - Abril 2016

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AGENDA DE ABRIL

Paróquia Divino Espírito Santo-Holambra /SP-Diocese de Amparo - Abril 2016

No terceiro domingo de cada mês nossa Pa-róquia (MATRIZ), celebra a Partilha, mais co-nhecida por todos como Missa do Dizimista.

O dízimo se traduz na gratidão a Deus por seus inúmeros favores. Compreendem, na prática, três dimensões: religiosa, social e mis-sionária.

O objetivo de todos os paroquianos, quan-to ao Dizimo, é poder tornar realidade essas dimensões em eficácia pastoral, espiritual e so-lidária. A Missa do Dizimista traz um convite, um estímulo em nosso dever de cristão com-prometido com a evangelização. Quem ama

partilha. Amando a Jesus e a sua Igreja, quere-mos ser dizimistas, a fim de que cresçam nos-sos gestos de solidariedade cristã, sendo “discí-pulos e missionários de Jesus Cristo,” para que n’Ele tenhamos vida. Assim, a celebração do Dízimo – Partilha Eclesial – é um convite à re-flexão, ao compromisso e à partilha. Para que ela seja frutuosa, a ajuda e a compreensão de todos são de fundamental importância.

Para ser dizimista é só procurar a “pastoral do dízimo” antes ou após as missas na MA-TRIZ e fazer o seu cadastro com um dos membros da Equipe da Pastoral do Dízimo.

• Saia de casa com reta Intenção: Encontrar-se com Deus na celebração• Chegue com antecedência: 10 minutos antes.

• Use roupas adequadas ao lugar sagrado: O mistério de Deus é quem deve aparecer.

• Tenha postura corporal adequada ao lugar sagrado: Respeitar o ambiente.• Desligue os aparelhos eletrônicos: Momento de encontrar-se com Deus.

• Coloque-se em silêncio e oração pessoal: Respeito aos outros em oração.• Participe de forma consciente, ativa e frutuosa: Coopere com a

ação de Deus.• Saia da Igreja com a Fé renovada, com esperança: Comunique a alegria

de Cristo às pessoas.

O dízimo na nossa Paróquia

Para Bem Participar da Missa

16 de MarçoLouva-Kids Cde. N.Sra. da Rosa

MísticaHorário: 14h30Local: Capela

Horário de Atendimento na Paróquia

Programação Semanal em sua ComunidadeSEMANA LOCAL PROGRAMA HORÁRIO LOCAL 2ª Feira Cde. N S Rosa Mística – Imigrantes Terço 19h30m Capela 3ª Feira Cde N S Fátima – Rincão Terço 20h Capela 4ª Feira Cde. N S Amparo– Fundão

Cde. N S Rosa Mística – Imigrantes Reunião dos missionários da Mãe Rainha

TerçoTerço dos Homens Encontro

19h30m 19h30m 19h30m

Residência Capela Matriz

5ª feira Cde São José – Bairrinho Cde. N Sra. Aparecida – Bairros Grupo de Oração – Rincão Cde. N S Rosa Mística - Imigrantes

TerçoTerçoEncontroTerço das mulheres

19h 19h30m 19h30m 19h30m

Capela 3ª idade Capela Capela

6ªFeira Grupo de Oração – Matriz Encontro Após a missa Matriz 6ª Feira Cde. Santa Cruz – Palmeiras (Primeira 6ªFeira do mês) Terço 20h Capela Sábado Coroinhas – Matriz Encontro 14h30m Matriz Domingo Grupo de Jovens - Matriz Encontro 17 h30m Matriz

PADREAtendimento ao público:4ª Feira – 14h30 até 17h

5ª; 6ª e Sábado- 09h30 até 11h.

SECRETARIA PAROQUIAL2ª à 6ª Feira: 07h às 17h

Sábado: 08h às 11hTelefone: 3802 1213 |

E mail: [email protected]

AGENDA DE ABRILDIA SEM HR

01/04 6ª 19h Adoração ao Santíssimo e Missa 02/04

SÁB18h 19h

19h30

Missa no Cond. Duas Marias. Celebração da Palavra - Cde. N.Sra da Rosa Mística Missa na Matriz

PRIM

EIR

A S

EM

AN

A

03/04

DOM

7h30 8h 10h 19h

Início da Festa da Divina Misericórdia Celebração da Palavra na Cde. São José Missa na Matriz-Primeira Eucaristia Missa na Matriz- Encerramento da Festa da Divina Misericórdia

04/04 2ª 05/04 3ª 19h

19h30 Celebração da Palavra na Matriz Reunião Pastoral Familiar

06/04 4ª 19h30 Reunião para Avaliação da Semana Santa 07/04 5ª 19h30 Celebração da Palavra - Cde. N.Sra do Amparo 08/04 6ª 19h

19h30 Celebração da Palavra na Matriz Celebração da Palavra - Cde. Santa Cruz

09/04 SÁB 19h30 Missa na Matriz

SEG

UN

DA

SE

MA

NA

10/04 DOM

8h 10h 19h

Celebração da Palavra- Cde. N.Sra de Fátima Missa na Matriz Missa na Matriz

11/04 2ª 19h30 Reunião da Pastoral da Criança 12/04 3ª 19h Celebração da Palavra na Matriz 13/04 4ª 19h30 Reunião da Pastoral do Dízimo

14/04 5ª

19h30

19h30

Celebração da Palavra - Cde. N.Sra Aparecida (Bairros/3ªIdade) Preparação para o Batismo

15/04 6ª 19h 19h30

Celebração da Palavra na Matriz Preparação para o Batismo

16/04

SÁB

14h30 18h 19h

19h30

Louva-Kids Cde. N.Sra. da Rosa Mística Missa no Cond. Duas Marias. Celebração da Palavra - Cde. N.Sra da Rosa Mística Missa na Matriz Após a Missa Festa da Mini Pizza

TE

RC

EIR

A S

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AN

A

17/04

DOM

8h 8h 8h 10h 19h

Encontro da Pastoral Familiar Missa na Cde. São José (Bairrinho) Celebração da Palavra - Cde. N.Sra de Fátima Missa na Matriz Missa na Matriz

18/04 2ª 19/04 3ª 19h Missa na Matriz

Após a Missa Reunião da Pastoral da Saúde 20/04 4ª 20h Pós Encontro ECC 21/04 5ª Tiradentes (Não haverá expediente

na secretária paroquial)22/04

6ª 17h

19h00

Matrimônio de Guilherme Bernardo van der Geest e Vanessa Monteiro Cesnik Missa na Matriz

23/04 SÁB 19h30 Missa na Matriz

QU

AR

TA

SE

MA

NA

24/04

DOM

10h 15h

19h

Missa na Matriz e Batizados Missa na Catedral em Amparo- Encerramento da Peregrinação da Imagem Jubilar de N.Sra Aparecida Missa na Matriz

25/04 2ª Retiro de Atualização do Clero

26/04 3ª 19h Retiro de Atualização do Clero Celebração da Palavra na Matriz

27/04 4ª Retiro de Atualização do Clero 28/04 5ª Retiro de Atualização do Clero 29/04 6ª 19h

19h Celebração da Palavra na Matriz Missa na Cde.São Francisco de Assis

30/04 SÁB 19h30 Missa na Matriz

Page 4: O Paráclito - Abril 2016

4 Paróquia Divino Espírito Santo-Holambra /SP-Diocese de Amparo - Abril 2016

Aconteceu na Paróquia

Missa dos Óleos Santos

Procissão do Domingo de Ramos

Dia 16/04/2016Às 20h

Nas dependências da Igreja Matriz

Paróquia Divino Espírito Santo Holambra

11ª FESTA DA MINI PIZZA E PASTEL

Mini pizza, pastel, batata frita, cerveja, refrigerante, sucosBrinquedos para as crianças | Show de Prêmios

Em prol da Pastoral Familiar e do E.C.C.

Procissão de Encontro

Sete Dores de Maria

Via Sacra

Missa da Ceia do Senhor e Lava-Pés

Missa –Solenidade da Ressurreição

Vigília

Celebração da Paixão do Senhor

Procissão do Senhor Morto

Encenação da Paixão de Cristo

Sábado de Aleluia

Mini pizza, pastel, batata frita, cerveja, refrigerante, sucos