oespaçocibernetico

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tendimento. Como regular os di- reitos autorais e de marcas dentro da Internet? 4) Fraudes, furt()s de dados do cartão de crédito. Quais as regras de conduta aplicáveis na rede? Os operadores de sistema podem ser responsabilizados por danos causados àqueles que usam o seu sistema? 5) Como a lei pode proteger nossos direitos de priva- cidade na Internet? 6) O que é con- siderado crime dentro da rede? O que pode ser feito quando se vê al- guém cometendo um cnme den- tro da rede? Qual a responsabilida- de do operador de sistemas por atús criminosos praticados na In- ternet? 7) Qual a lei que protege o sistema de informação e os mate- riais contra a busca e apreensão? 8) Como controlar e qual a lei aplicá- vel que regule a distribuição de materiais obscenos, pornografia infantil e discursos indecentes? Mesmo assumindo que leis exis- tentes no mundo físico são aplká- veis ao mundo cibernético, resta saber como aplicá-Ias. A maior di- ficuldade seria a de de terminar que país teria a jurisdição para jul- gar crimes ou proteger atos come- tidos na Internet. Enquanto não existir uma resposta a essas ques- tões, o usuário da Internet fica su- jeito às leis existentes. Indivíduos e empresas que fazem uso da Internet estão sujeitos pelo menQs.àlei d.o país ,de sua residên- cia ou local de negócios e não há dúvidas de que essas leis são apli- cáveis. Usar o bom senso e ter consciência de que os danos cau- sados na "vida real" por atos co- metidos na Internet podem trazer consequêncíasnada virtuais é uma boa maneira de evitar proble- mas legais futuros . Eric.a AofdJ 33, mestre em direito pela Universi- dade de Seijo, Tokyo, (Japão) e pela George Wa· shington Uníversity, (EUA) com especializaçao em direito comercial e direito de propriedade :0- telectual, é responsável pela área de proprieda· de. intelectual de Tozzini Freire, Teixeira e SilVa Advogados. .' ERICAAOKJ . o usuário da Internet pode obter informações do mundo inteiro em segundos, adqUirir um bem de um ;Jaís distante, assistir a um audio- ;isual, obter dados financeiros, entre outras coisas. A Internet não é propriedade de ninguém. Não existe um computador central que a controle ou um órgão que a go- verne. Mas, como em qualquer so- ciedade, necessita de unla lei que regule os seus comportamentos para evitar abusos. As empresas são as maiores interessadas na proteção de ~eus direitos na Ínter- net,' pois são as que possuem o maior número de informações va- liosas e que podem vir a sofrer grandes prejuízos. A corte americana tende a consi- derar a Internet um local onde as pessoas se encontram para gerir negócios. Portanto, qualquer ato ocorrido dentro dela que fira direi- tos reais merece um remédio legal adequado. Existe um mito de que as leis existentes não são aplicáveis ao mundo virtual. A jurisprudên- da americana vem provando que muito se pode extrair das leis exis- tentes para regular os comporta- mentos na Internet. As principais questões jurídicas levantadas .nos Estados Unidos com respeito ao mundo cibernéti- co são: 1) Liberdade de expressão na Internet. Quem controla o sis- tema da Internet e como limitar es- se controle? 2) Validade dos con- tratos e acordos feitos na Internet. Quem irá arcar com os riscos e co- mo controlar as relações dentro da Internet? Como regular a relação do usuário, provedores de acesso e serviços de informação e os negó- cios entre consumidores e torne- cedores de informação? 3) Liber- dade de transmissão de informa- ções sempre foi a regra dentro da Internet. Hoje a questão do direitú autoral tem modificado este en- o espaço cibernética , guena +3 . r 5.'170'" 1 Por esses motivos, está sendo preparada uma campanha de de- sarmamento da população. "Não temos a pretensão de atingir os cri- minosos' pois sabemos que esses não vão entregar as armas. O obje- tivo é mostrar para as pessoas que, sem treinamento específico e pre- paro psicológico, ter uma arma pode ser uma tragédia", afirma. Levantamento feito pela seccio- nal paulista da OAB nos últimos três anos mostra que, de cada 16 pessoas que reagem com arma a uma agressão, só lli-na tem suces- , 50. As outras 15 ficam gravemente j' feridas ou morrem. "A ex-per~ência mostra a absolu- ta ineficácia da arma como instru- i menta de defesa do cidadão contra I o bandido. É preciso provar para a l sociedade que andar armado não f fI. significa estar protegido", diz Jairo Fonseca, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP. f Com base nesses dados, a I' OAB-SP propõe a cassação de to- '• dos os portes de arma concedidos no Estado. Segundo Fonseca, a ... , .. ' concessão de porte de arma é pre- cária, pois trata-se de um gesto ad-· ministrativo da Secretaria da Segu _I" rança Pública. Logo, não gera di- " 'feito adquirido. Portanto, se a se- cretaria pode conceder o porte, também pode cassá -10. ma nas mâús de uma criança ou ainda uma pessoa armada e com a tabe,ça quente numa discussão. Casos que muitas vezes redundam na morte de ouem estava armado. Além dissô, segundo Afonso da Silva os donos de arma são alvos , . para os delinquentes. "E frequen- te a verda da arma para o bandido. Acaba sendo uina maneira d~ ar- mar os criminosos", alerta ele. c c~sparo aci- t:::·~;:;.·;eza, Ull1a ar- i. -que autorÍ- ·~':-:2.-1aconsigo :.::.:-tlnualmen- :::5. 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Page 1: Oespaçocibernetico

tendimento. Como regular os di­reitos autorais e de marcas dentroda Internet? 4) Fraudes, furt()s dedados do cartão de crédito. Quaisas regras de conduta aplicáveis narede? Os operadores de sistemapodem ser responsabilizados pordanos causados àqueles que usamo seu sistema? 5) Como a lei podeproteger nossos direitos de priva­cidade na Internet? 6) O que é con­siderado crime dentro da rede? O

que pode ser feito quando se vê al­guém cometendo um cnme den­tro da rede? Qual a responsabilida­de do operador de sistemas poratús criminosos praticados na In­ternet? 7) Qual a lei que protege osistema de informação e os mate­riais contra a busca e apreensão? 8)Como controlar e qual a lei aplicá­vel que regule a distribuição demateriais obscenos, pornografiainfantil e discursos indecentes?

Mesmo assumindo que leis exis­tentes no mundo físico são aplká­veis ao mundo cibernético, restasaber como aplicá-Ias. A maior di­ficuldade seria a de de terminar

que país teria a jurisdição para jul­gar crimes ou proteger atos come­tidos na Internet. Enquanto nãoexistir uma resposta a essas ques­tões, o usuário da Internet fica su­jeito às leis existentes.

Indivíduos e empresas que fazemuso da Internet estão sujeitos pelomenQs.àlei d.o país ,de sua residên­cia ou local de negócios e não hádúvidas de que essas leis são apli­cáveis. Usar o bom senso e terconsciência de que os danos cau­sados na "vida real" por atos co­metidos na Internet podem trazerconsequêncíasnada virtuais já éuma boa maneira de evitar proble­mas legais futuros .Eric.a AofdJ 33, mestre em direito pela Universi­

dade de Seijo, Tokyo, (Japão) e pela George Wa·shington Uníversity, (EUA) com especializaçaoem direito comercial e direito de propriedade :0­telectual, é responsável pela área de proprieda·de. intelectual de Tozzini Freire, Teixeira e SilVa

Advogados. .'

ERICAAOKJ .

o usuário da Internet pode obterinformações do mundo inteiro emsegundos, adqUirir um bem de um;Jaís distante, assistir a um audio­;isual, obter dados financeiros,entre outras coisas. A Internet não

é propriedade de ninguém. Nãoexiste um computador central quea controle ou um órgão que a go­verne. Mas, como em qualquer so­ciedade, necessita de unla lei queregule os seus comportamentospara evitar abusos. As empresassão as maiores interessadas na

proteção de ~eus direitos na Ínter­net,' pois são as que possuem omaior número de informações va­liosas e que podem vir a sofrergrandes prejuízos.

A corte americana tende a consi­derar a Internet um local onde as

pessoas se encontram para gerirnegócios. Portanto, qualquer atoocorrido dentro dela que fira direi­tos reais merece um remédio legaladequado. Existe um mito de queas leis existentes não são aplicáveisao mundo virtual. A jurisprudên­da americana vem provando quemuito se pode extrair das leis exis­tentes para regular os comporta­mentos na Internet.

As principais questões jurídicaslevantadas .nos Estados Unidoscom respeito ao mundo cibernéti­co são: 1) Liberdade de expressãona Internet. Quem controla o sis­tema da Internet e como limitar es­se controle? 2) Validade dos con­tratos e acordos feitos na Internet.Quem irá arcar com os riscos e co­mo controlar as relações dentro daInternet? Como regular a relaçãodo usuário, provedores de acesso eserviços de informação e os negó­cios entre consumidores e torne­cedores de informação? 3) Liber­dade de transmissão de informa­

ções sempre foi a regra dentro daInternet. Hoje a questão do direitúautoral tem modificado este en-

o espaço cibernética

,

guena+3 . r 5.'170'"

1

Por esses motivos, está sendo

preparada uma campanha de de­sarmamento da população. "Nãotemos a pretensão de atingir os cri­minosos' pois sabemos que essesnão vão entregar as armas. O obje­tivo é mostrar para as pessoas que,sem treinamento específico e pre­paro psicológico, ter uma armapode ser uma tragédia", afirma.

Levantamento feito pela seccio-nal paulista da OAB nos últimostrês anos mostra que, de cada 16pessoas que reagem com arma auma agressão, só lli-na tem suces- ,

50. As outras 15 ficam gravemente j'

feridas ou morrem."A ex-per~ência mostra a absolu-

ta ineficácia da arma como instru- i

menta de defesa do cidadão contra Io bandido. É preciso provar para a lsociedade que andar armado não f

fI.

significa estar protegido", diz Jairo •Fonseca, presidente da Comissãode Direitos Humanos da OAB-SP. f

Com base nesses dados, a I'

OAB-SP propõe a cassação de to- '•dos os portes de arma concedidos

no Estado. Segundo Fonseca, a ...,..'concessão de porte de arma é pre­cária, pois trata-se de um gesto ad-·

ministrativo da Secretaria da Segu _I"rança Pública. Logo, não gera di- "'feito adquirido. Portanto, se a se­cretaria pode conceder o porte,também pode cassá -10.

ma nas mâús de uma criança ouainda uma pessoa armada e com atabe,ça quente numa discussão.Casos que muitas vezes redundamna morte de ouem estava armado.

Além dissô, segundo Afonso daSilva os donos de arma são alvos, .para os delinquentes. "E frequen-te a verda da arma para o bandido.Acaba sendo uina maneira d~ ar-mar os criminosos", alerta ele.

c c~sparo aci­t:::·~;:;.·;eza,Ull1a ar-

i. -que autorÍ­·~':-:2.-1aconsigo:.::.:-tlnualmen-

:::5. E <::omprar":::;;i~eQuecada:ó: :eG irmas de

)porte ilegal é p• ;; e M

:,;c.::.rança Públi­~:, ?aulo, desde

resolveu'i:,as [Ydra aque­,::: necessidade,":!C :>rofissional.~\:::i.uma :queda'e:-J de conces­::':'::'5, ',::omparan­'i'r;D "~têríor.'Ancidos deferi­~ê::i 1994, para

::.dias registra­:: _~5.oPaulo em! da Seg-~irança::'300docorreram;c::.:i!ü de matar.. '': a população a~edel:eSa,ml~itas;;,. ,:omo a com­f.:;; •• -i falta d~ex­

, =,csão provoca-5'2...:. node levar o":::_ 'a' matar al­:~~ as pessoas se, 5..ec:·êtário José