platinoides

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PROGRAMA NACIONAL DE PROSPECÇÃO DE METAIS DO GRUPO DA PLATINA - UMA SÍNTESE (PARTE 1) Mário Farina RESUMO Este artigo apresenta uma síntese das atividades desenvolvidas no âmbito do Programa Nacional de Prospecção de Metais do Grupo da Platina, levado a efeito pela CPRM. São descritas as propriedades dos platinóides, suas aplicações, os principais traços dos cenários internacional e nacional, bem como os fatos mais relevantes relativos à importância desses metais. As ambiências geológicas são focalizadas à luz dos conceitos da gitologia quantitativa distinguindo-se os tipos gitológicos mais importantes. O artigo descreve, em linhas gerais, a caracterização e objetivos do programa. As metodologias de investigação são abordadas no tocante às atividades de escritório, campo e laboratório. Os trabalhos já realizados são destacados com as qualificações das diversas tarefas. Os resultados obtidos são apresentados por tipo gitológico das diversas regiões do Brasil, com indicações das áreas mais promissoras em função dos dados até agora disponíveis. São enfatizadas as dificuldades peculiares da prospecção dos metais do grupo da platina, especialmente as de caráter laboratorial. São postos em evidência os recursos aplicados e o seu significado. É reconhecida, finalmente, a elevada relevância do programa, principalmente na formação de uma cultura geológico-prospectiva sobre os metais do grupo da platina no Brasil. METAIS DO GRUPO DA PLATINA NATUREZA E PROPRIEDADES Os metais do grupo da platina compreendem seis elementos químicos: platina, paládio, ródio, rutênio, ósmio e irídio. Eles têm propriedades físicas e químicas semelhantes e ocorrem associadamente na natureza. Juntamente com o ouro e a prata são conhecidos como metais preciosos ou metais nobres. Têm extraordinárias propriedades: são refratários, quimicamente inertes a elevadas temperaturas, a ampla gama de materiais e possuem excelente atividade catalítica. Possuem densidades bastante elevadas, sendo o irídio o elemento químico mais denso que ocorre na natureza, com densidade de 22,65. Têm pontos de fusão também elevados (ósmio 3.045 o C, platina 1.769 o C). Ocorrem em depósitos, quase sempre relacionados com complexos máfico-ultramáficos, sob a forma de compostos químicos e ligas naturais, em número de espécies minerais que atinge cerca de uma centena, em variada e complexa mineralogia. Nos compostos químicos, os metais do grupo da platina, funcionando como cátions, estão combinados com oxigênio, enxofre, arsênico, antimônio, bismuto, telúrio, estanho e chumbo, que representam os ânions. Nas ligas naturais, os metais do grupo da platina estão combinados em variadíssimas proporções, às vezes associados com titânio, ferro, ouro e mercúrio, entre outros. Os minerais mais comuns são a sperrylita (Pt As 2 ), bragguita (Pt, Ni) S, cooperita (Pt, Pd) S, platina nativa, paládio nativo e osmirídio.

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Artigo Sobre Platinoides

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  • PROGRAMA NACIONAL DE PROSPECO DE METAIS DO GRUPO DA PLATINA - UMA SNTESE (PARTE 1)

    Mrio Farina

    RESUMO

    Este artigo apresenta uma sntese das atividades desenvolvidas no mbito do Programa Nacional de Prospeco de Metais do Grupo da Platina, levado a efeito pela CPRM. So descritas as propriedades dos platinides, suas aplicaes, os principais traos dos cenrios internacional e nacional, bem como os fatos mais relevantes relativos importncia desses metais. As ambincias geolgicas so focalizadas luz dos conceitos da gitologia quantitativa distinguindo-se os tipos gitolgicos mais importantes. O artigo descreve, em linhas gerais, a caracterizao e objetivos do programa. As metodologias de investigao so abordadas no tocante s atividades de escritrio, campo e laboratrio. Os trabalhos j realizados so destacados com as qualificaes das diversas tarefas. Os resultados obtidos so apresentados por tipo gitolgico das diversas regies do Brasil, com indicaes das reas mais promissoras em funo dos dados at agora disponveis. So enfatizadas as dificuldades peculiares da prospeco dos metais do grupo da platina, especialmente as de carter laboratorial. So postos em evidncia os recursos aplicados e o seu significado. reconhecida, finalmente, a elevada relevncia do programa, principalmente na formao de uma cultura geolgico-prospectiva sobre os metais do grupo da platina no Brasil. METAIS DO GRUPO DA PLATINA NATUREZA E PROPRIEDADES Os metais do grupo da platina compreendem seis elementos qumicos: platina, paldio, rdio, rutnio, smio e irdio. Eles tm propriedades fsicas e qumicas semelhantes e ocorrem associadamente na natureza. Juntamente com o ouro e a prata so conhecidos como metais preciosos ou metais nobres. Tm extraordinrias propriedades: so refratrios, quimicamente inertes a elevadas temperaturas, a ampla gama de materiais e possuem excelente atividade cataltica. Possuem densidades bastante elevadas, sendo o irdio o elemento qumico mais denso que ocorre na natureza, com densidade de 22,65. Tm pontos de fuso tambm elevados (smio 3.045oC, platina 1.769oC). Ocorrem em depsitos, quase sempre relacionados com complexos mfico-ultramficos, sob a forma de compostos qumicos e ligas naturais, em nmero de espcies minerais que atinge cerca de uma centena, em variada e complexa mineralogia. Nos compostos qumicos, os metais do grupo da platina, funcionando como ctions, esto combinados com oxignio, enxofre, arsnico, antimnio, bismuto, telrio, estanho e chumbo, que representam os nions. Nas ligas naturais, os metais do grupo da platina esto combinados em variadssimas propores, s vezes associados com titnio, ferro, ouro e mercrio, entre outros. Os minerais mais comuns so a sperrylita (Pt As2), bragguita (Pt, Ni) S, cooperita (Pt, Pd) S, platina nativa, paldio nativo e osmirdio.

  • APLICAES As aplicaes dos metais do grupo da platina resultam de suas extraordinrias propriedades fsicas e qumicas. Alm de serem utilizados em joalheria e em investimentos como reserva de valor, tm importantes aplicaes em diversos setores da indstria, especialmente eletroeletrnica e em dispositivos para controle da poluio ambiental (catalisadores para automveis). crescente sua utilizao em tecnologia de ponta como em clulas energticas (fuel cells), novos produtos eletrnicos e na medicina. CENRIO INTERNACIONAL As reservas mundiais esto extremamente concentradas na frica do Sul, com segundo destaque para a Rssia. Apenas esses dois pases detm 98,5% das reservas bsicas mundiais. Com a produo ocorre o mesmo fenmeno. A Tabela 1 fornece os nmeros relativos a esse cenrio.

    PAS

    PRODUO DE MINAS

    (kg) 1994

    RESERVAS BSICAS

    (kg) 1994

    FRICA DO SUL

    150.000

    59.000.000

    RSSIA

    74.000

    6.000.000

    ESTADOS UNIDOS

    8.300

    780.000

    CANAD

    13.000

    280.000

    OUTROS

    5.000

    31.000

    TOTAL (ARREDONDADO)

    250.000

    66.000.000

    Tabela 1 Reserva e produo mundiais dos metais do grupo da platina Fonte: Mineral Commodity Summaries/1995

  • A Tabela 2 fornece uma imagem dos preos dos principais metais do grupo da platina e do ouro por comparao.

    METAL

    MDIO EM 1994

    PICO EM 1994

    SETEMBRO/1995

    PLATINA

    405

    428

    432

    PALDIO

    143

    161

    147

    RDIO

    803

    980

    350-390

    RUTNIO

    23

    27

    21-25

    IRDIO

    70

    70

    50-65

    OURO

    384

    396

    383

    Tabela 2 Preos (em US$/ona troy) dos principais metais do grupo da platina e ouro CENRIO NACIONAL No h registros de produo nem de reservas de metais do grupo no Brasil. Segundo o DNPM (1994), o consumo tem aumentado em 1993, em funo da fabricao de catalisadores automotivos, que utilizaram 77,8% do total do consumo aparente que foi de 2.993kg naquele ano. Alm dos trabalhos prospectivos levados a efeito pela CPRM, muito pouco vem sendo realizado, valendo destacar a atuao da Unamgen, no estado do Cear, aparentemente sem sucesso, e, atualmente, no estado de Gois, especialmente no complexo de Niquelndia. IMPORTNCIA A grande importncia internacional dos metais do grupo da platina advm de uma soma de fatores que podem ser assim sintetizados:

  • Trata-se, em alguns casos de metais preciosos com elevado significado em termos de investimento como ativo financeiro, dada sua funo como reserva de valor com preos em nveis semelhantes e geralmente superiores ao do ouro (platina e rdio, respectivamente).

    Utilizao em equipamentos controladores de poluio ambiental e em

    equipamentos de tecnologia de ponta, inclusive com vistas ao terceiro milnio. Demanda crescente em 1994, a demanda da platina cresceu 11%, em relao a

    1993, atingindo um recorde de 4,5 milhes de onas troy. A demanda da platina pelas indstrias automobilsticas (utilizao em

    catalizadores) e de joalheria cresceu s elevadas taxas de 11 e 7%, respectivamente, entre 1994 e 1993.

    O preo mdio da platina em 1994 cresceu 8%, em relao a 1993, atingindo a

    mdia de US$ 405/ona troy. Carter estratgico de metais cujas reservas e produes esto extremamente

    concentradas em apenas dois pases (frica do Sul e Rssia). No tocante ao Brasil, essa importncia deve ser enfatizada, em funo de sua

    potencialidade geolgica e da instabilidade poltico-social verificada na frica do Sul e na Rssia, que poder eventualmente, no futuro, influenciar negativamente os nveis de suas produes.

    AMBINCIAS GEOLGICAS A GITOLOGIA QUANTITATIVA As mineralizaes de metais do grupo da platina ocorrem em diversos ambientes geolgicos, quase que exclusivamente nos domnios dos complexos mfico-ultramficos. Os diversos tipos de ambientes que abrigam os depsitos econmicos produtivos e os potenciais so classificados atravs da gitologia quantitativa que trata de mensurar as importncias geolgico-econmicas de tais tipos, em funo do total das reservas e produes mundiais a eles atribudas. Nesse sentido, Farina (1988) distingue 15 tipos de ambientes, formulando seus conceitos e apresentando os valores correspondentes s suas reservas e produes mundiais. Nos quadros apresentados, trs tipos destacam-se como os mais importantes, sendo responsveis por cerca de 99% das reservas bsicas mundiais e 98% da produo mundial. Os trs tipos, em ordem de importncia geolgico-econmica, so os seguintes:

  • Complexos intrusivos acamadados de natureza mfico-ultramfica, de ambientes intracontinentais sem relao com basaltos de plat, em zonas intraplacas ou anorognicas Aqui representados pela sigla LI (layered intrusions).

    Intruses sob forma principalmente de sills, dominantemente de diabsios e

    gabros, geralmente acamadadas, relacionadas com rifteamento continental e derrames de basaltos de plat, em zonas intraplacas ou anorognicas Aqui representados pela sigla FB (flood basalts).

    Lavas, principalmente, e intruses acamadadas freqentemente komatiticas, em

    greenstone belts Aqui representados pela sigla GB ( greenstone belts). A Tabela 3 mostra alguns exemplos de cada um dos trs tipos e os valores de suas reservas e produes mundiais.

    TIPO

    EXEMPLOS

    RESERVAS BSICAS MUNDIAIS

    (1988) %

    PRODUO

    MUNDIAL (1988) %

    LI

    BUSHVELD (FRICA DO SUL) SUDBURY (ONTRIO, CANAD) STILLWATER (MONTANA, USA) GREAT DIKE (RODSIA)

    90,2

    50

    FB NORILSK, TALMAKH, MAIAK E TAYMIR (SIBRIA, RSSIA)

    8,0 37

    GB

    THOMPSON, MANITOBA (CANAD) KAMBALDA (OESTE DA AUSTRLIA) FORTALEZA DE MINAS (MINAS GERAIS, BRASIL)

    1,2

    11

    OUTROS

    0,6

    2

    TOTAL

    100

    100

    Tabela 3 Valores de reservas e produo mundias dos tipos LI, FB e GB. Os conhecimentos disponveis, algumas vezes, no so suficientes para caracterizar certas reas ou corpos entre os 15 tipos estabelecidos. Da surge a necessidade de estabelecerem-se tipos gitolgicos provisrios que, apesar de interessantes, ainda no podem ser devidamente qualificados. Nesse sentido, estabeleceram-se dois tipos:

    AI Intruses mfico-ultramficas anorognicas (Anorogenic Intrusions) Levantamentos e estudos complementares podero vir a caracterizar esse tipo como LI ou outro tipo mfico-ultramfico de importncia gitolgica pequena ou mesmo inexistente.

    MU Complexos ou corpos mficos e/ou ultramficos indiscriminados,

    tendo interesse aparente e necessitando de definio de sua tipologia gitolgica.

  • PROGRAMA NACIONAL DE PROSPECO DE METAIS DO GRUPO DA PLATINA O programa foi implantado na CPRM, tendo por base quatro fatos essenciais:

    Elevada importncia econmica e estratgica dos metais do grupo da platina.

    Significativa potencialidade do contexto geolgico brasileiro, prdigo em complexos mfico-ultramficos.

    Extrema carncia de levantamentos prospectivos. Ausncia de produo nacional de platinides.

    O programa teve incio em meados de 1990, quando foram definidos seus objetivos e estabelecidas as bases cientficas de seus mtodos operacionais. Tem carter permanente (com uma grande etapa a encerrar-se no final de 1995) e amplitude nacional, incluindo todas as regies geolgicas favorveis do territrio brasileiro. composto de 10 projetos, sediados nas diversas superintendncias regionais da CPRM, operando com 11 gelogos em tempo integral e um ncleo de coordenao e superviso tcnica com mais 3 gelogos, atuando em tempo parcial. O programa tem caractersticas de ao governamental, voltado a apoiar e subsidiar a iniciativa privada, desempenhando seu papel nas etapas da prospeco bsica e da gitologia, sem tratar de trabalhos detalhados como cubagem e avaliao econmica dos depsitos. Atua indistintamente nas reas julgadas potenciais, independentemente de quem sejam os detentores dos direitos minerrios, no visando, portanto, a requerimentos de pesquisa em favor da CPRM. Os objetivos do programa so os seguintes: Descortinar a potencialidade mineral em metais do grupo da platina, representada

    por ambincias geolgicas favorveis, ocorrncias e depsitos minerais de platina, paldio, rdio, rutnio, smio e irdio.

    Estimular o descobrimento de jazidas e fomentar seu aproveitamento econmico,

    suplementando as aes da iniciativa privada. Contribuir para obteno de matrias-primas minerais, a partir de fontes da prpria

    nao, indispensveis para o controle do meio ambiente, especialmente platina, paldio e rdio.

  • METODOLOGIAS DE TRABALHO As metodologias postas em prtica vm sendo aprimoradas medida que os trabalhos evoluem e as informaes obtidas so coligidas e interpretadas. Treinamento Especializado Aps a constituio das equipes e iniciados os primeiros reconhecimentos de campo, teve lugar a realizao de uma srie de cursos e treinamentos que representaram as atividades prioritrias no decorrer de 1991. Todos os eventos incluram uma parte de campo, buscando torn-los os mais prticos possveis. Suas duraes foram em geral relativamente curtas, variando em uma a trs semanas para cada caso. Os cursos e treinamentos realizados esto a seguir sumariamente caracterizados. Denominao Local Instrutor a) Geologia e petrologia Braslia e Ariplnio Antnio Nilson dos complexos mficos interior de da UNB ultramficos Gois b) Mineralogia dos depsitos Fortaleza de Celina Maria Leite Marchetto minerais do grupo da platina Minas Minas Consultora independente e associados Gerais c) Mineralizaes das Fortaleza de Noevaldo Araujo Teixeira associaes ultramficas Minas Minas RTZ dos greenstones belts Gerais d) Introduo ao estudo Belm e Marcondes Lima da Costa de lateritos e gossans interior do UFPA Par e) Treinamento de Goinia e Carlos Alberto C. Lins prospeco geoqumica interior de CPRM/Recife Gois f) Platinum-group element Rio de Janeiro A.J. Naldrett deposits and their e interior de University of Toronto exploration methods Sergipe, So Paulo e Paran Esses cursos so complementados por workshops peridicos, objetivando apresentaes e descries das diversas atividades das equipes na busca de melhores desempenhos.

  • Seleo de reas de Trabalho A seleo foi realizada considerando-se as informaes disponveis e devidamente interpretadas, atravs dos seguintes principais elementos:

    Varredura dos mapeamentos geolgicos bsicos j realizados, escolhendo-se corpos mficos e ultramficos, especialmente os de grande porte.

    Informaes oriundas de levantamentos aerogeofsicos, com nfase

    aeromagnetometria. Contextos geoqumicos anmalos em Ni, Cu e Co (Cr). Mineralizaes sulfetadas de Ni-Cu (e cromita) Critrios de gitologia quantitativa, em funo dos tipos prioritrios indicados

    a seo Ambincias Geolgicas, no incio deste artigo. Mapeamento Geolgico Seletivo Trata-se de mapeamento geolgico propriamente dito ou apenas aprimoramentos e adaptaes de mapeamentos j realizados. So executados em carter seletivo, significando dizer que os mapeamentos so dirigidos aos condicionamentos especficos controladores de mineralizaes de platinides. As escalas utilizadas variam bastante, de caso para caso, fixando-se principalmente entre 1:50.000 e 1:10.000. Prospeco Aluvionar Mineralgica Considerada a elevada densidade dos minerais de platinides (so comuns ligas naturais com densidade em torno de 20), a prospeco aluvionar por minerais pesados concentrados em bateia tem papel muito relevante. Esse mtodo aplicado como rotina, com coleta de material original em torno de 15 a 20 litros. Em casos especficos, a prospeco feita tambm com solos residuais. Prospeco Geoqumica Utiliza rotineiramente dois meios de amostragem: concentrados de bateia e sedimentos de corrente, em pontos de localizao comum. Em alguns casos, h uma complementao utilizando-se solos residuais.

  • Prospeco Geofsica Terrestre Utilizada apenas em casos especficos. Os mtodos so a magnetometria e a polarizao induzida (IP). Sondagens Exploratrias Ocorrem s muito raramente. At o momento, somente foram realizados quatro furos, com profundidade mdia de 136m, em Nova Brasilndia, Rondnia. Anlises Laboratoriais Rotineiramente so realizados os seguintes tipos de anlises:

    Rochas : petrografia. Rochas com sulfetos : petrografia, calcografia, dosagem de Pt, Pd, Au, Cu,

    Co, Ni e Mg. Gossans : Cu, Co, Ni, Zn, e eventualmente Pt, Pd, Au. Concentrados de bateia mineralogia por lupa binocular e microscopia

    eletrnica de varredura em gros especificamente separados; dosagem de Pt, Pd, Au, Cr, eventualmente Ir.

    Sedimentos finos de corrente e solos : Cu, Ni, Co, Zn, Au e Cr. Anlises eventualmente realizadas em rochas: 13 xidos, REE, S, Ba, Sr, Rb, H2O+ e H2O- . Processamento de Dados Para todas as amostras analisadas geoquimicamente preenchida uma ficha de campo, contendo as informaes bsicas sobre o material coletado, com localizao, geologia etc.. Tais dados, associados aos resultados analticos, so digitados e incorporados ao Sistema Estatstico da Amostragem Geoqumica, podendo gerar-se, a partir da, variadas listagens e interpretaes geoqumicas. Elaborao de Mapas e Relatrios As informaes obtidas no campo e no laboratrio so devidamente tratadas e interpretadas, elaborando-se relatrios tcnicos de progresso e anuais. Divulgao dos Resultados Os relatrios tcnicos do programa, seus mapas especializados e listagens de computador, esto disponveis para consulta e/ou aquisio pelos interessados. A divulgao dos trabalhos realizados, sua evoluo e seus registros so feitos pela CPRM, atravs de eventos como congressos, simpsios, artigos tcnicos diversos e

  • pela imprensa de um modo geral. O Servio Geolgico do Brasil procura sempre melhor alcanar seu pblico usurio, como as empresas de minerao, rgos governamentais, universidades etc. com esse objetivo que este artigo est sendo veiculado neste nmero de A TERRA EM REVISTA. Os interessados em informaes complementares podero dirigir-se ao Departamento de Projetos Especiais, na Av. Pasteur, 404, no Rio de Janeiro, ou pelo telefone (021) 295-5446 e pelo fax (021) 542-3647.

  • FICHA BIBLIOGRFICA: FARINA, MARIO. Programa Nacional de Prospeco de Metais do Grupo da

    Platina: uma sntese (Parte 1). A Terra em Revista, Belo Horizonte, v.2, n.1, p.50-55, mar.1996.

    RESUMOMETAIS DO GRUPO DA PLATINAAMBINCIAS GEOLGICASPROGRAMA NACIONAL DE PROSPECO DE METAIS DO GRUPO DA PLATINAMETODOLOGIAS DE TRABALHOFICHA BIBLIOGRFICA