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possa ter as informações necessárias e o poder de dirigir os pacientes para os locais mais adequados, em relação às suas necessidades. 2 - Regulação do Setor Privado de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel (incluídas as concessionárias de rodovias): O Setor privado de atendimento pré-hospitalar das urgências e emergências deve contar, obrigatoriamente, com Centrais de Regulação Médica, médicos reguladores e de intervenção, equipe de enfermagem e assistência técnica farmacêutica (para os casos de serviços de atendimentos clínicos). Estas Centrais de Regulação privadas devem ser submetidas à regulação pública, sempre que suas ações ultrapassarem os limites estritos das instituições particulares não-conveniadas ao Sistema Único de Saúde - SUS, inclusive nos casos de medicalização de assistência domiciliar não-urgente. 3 – Regulação Médica de Outras Entidades/Corporações/Organizações Os Corpos de Bombeiros Militares (incluídas as corporações de bombeiros independentes e as vinculadas às Polícias Militares), as Polícias Rodoviárias e outras organizações da Área de Segurança Pública deverão seguir os critérios e os fluxos definidos pela regulação médica das urgências do SUS, conforme os termos deste Regulamento. CAPÍTULO III ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR FIXO O Atendimento Pré-Hospitalar Fixo é aquela assistência prestada, num primeiro nível de atenção, aos pacientes portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou ainda psiquiátrica, que possa levar a sofrimento, seqüelas ou mesmo à morte, provendo um atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde hierarquizado, regulado e integrante do Sistema Estadual de Urgência e Emergência. Este atendimento é prestado por um conjunto de unidades básicas de saúde, unidades do Programa de Saúde da Família (PSF), Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), ambulatórios especializados, serviços de diagnóstico e terapia, unidades não- hospitalares de atendimento às urgências e emergências e pelos serviços de atendimento pré-hospitalar móvel (que serão abordados no Capítulo IV). 1 - AS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS E A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E O PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA As atribuições e prerrogativas das unidades básicas de saúde e das unidades de saúde da família em relação ao acolhimento/atendimento das urgências de baixa gravidade/complexidade devem ser desempenhadas por todos os municípios brasileiros, independentemente de estarem qualificados para atenção básica (PAB) ou básica ampliada (PABA), conforme detalhamento abaixo: 1.1 - Acolhimento dos Quadros Agudos: Dentro da concepção de reestruturação do modelo assistencial atualmente preconizado, inclusive com a implementação do Programa de Saúde da Família, é fundamental que a atenção primária e o Programa de Saúde da Família se

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  • possa ter as informaes necessrias e o poder de dirigir os pacientes para os locais mais adequados, em relao s suas necessidades.

    2 - Regulao do Setor Privado de Atendimento Pr-Hospitalar Mvel (includas as concessionrias de rodovias):

    O Setor privado de atendimento pr-hospitalar das urgncias e emergncias deve contar, obrigatoriamente, com Centrais de Regulao Mdica, mdicos reguladores e de interveno, equipe de enfermagem e assistncia tcnica farmacutica (para os casos de servios de atendimentos clnicos). Estas Centrais de Regulao privadas devem ser submetidas regulao pblica, sempre que suas aes ultrapassarem os limites estritos das instituies particulares no-conveniadas ao Sistema nico de Sade - SUS,inclusive nos casos de medicalizao de assistncia domiciliar no-urgente.

    3 Regulao Mdica de Outras Entidades/Corporaes/Organizaes

    Os Corpos de Bombeiros Militares (includas as corporaes de bombeirosindependentes e as vinculadas s Polcias Militares), as Polcias Rodovirias e outras organizaes da rea de Segurana Pblica devero seguir os critrios e os fluxos definidos pela regulao mdica das urgncias do SUS, conforme os termos desteRegulamento.

    CAPTULO III

    ATENDIMENTO PR-HOSPITALAR FIXO

    O Atendimento Pr-Hospitalar Fixo aquela assistncia prestada, num primeiro nvel de ateno, aos pacientes portadores de quadros agudos, de natureza clnica, traumtica ou ainda psiquitrica, que possa levar a sofrimento, seqelas ou mesmo morte, provendo um atendimento e/ou transporte adequado a um servio de sadehierarquizado, regulado e integrante do Sistema Estadual de Urgncia e Emergncia. Este atendimento prestado por um conjunto de unidades bsicas de sade, unidades do Programa de Sade da Famlia (PSF), Programa de Agentes Comunitrios de Sade (PACS), ambulatrios especializados, servios de diagnstico e terapia, unidades no-hospitalares de atendimento s urgncias e emergncias e pelos servios de atendimento pr-hospitalar mvel (que sero abordados no Captulo IV).

    1 - AS URGNCIAS E EMERGNCIAS E A ATENO PRIMRIA SADE E O PROGRAMA DE SADE DA FAMLIA

    As atribuies e prerrogativas das unidades bsicas de sade e das unidades de sade da famlia em relao ao acolhimento/atendimento das urgncias de baixagravidade/complexidade devem ser desempenhadas por todos os municpios brasileiros, independentemente de estarem qualificados para ateno bsica (PAB) ou bsicaampliada (PABA), conforme detalhamento abaixo:

    1.1 - Acolhimento dos Quadros Agudos:

    Dentro da concepo de reestruturao do modelo assistencial atualmentepreconizado, inclusive com a implementao do Programa de Sade da Famlia, fundamental que a ateno primria e o Programa de Sade da Famlia se

  • responsabilizem pelo acolhimento dos pacientes com quadros agudos ou crnicosagudizados de sua rea de cobertura ou adstrio de clientela, cuja complexidade seja compatvel com este nvel de assistncia.

    No se pode admitir que um paciente em acompanhamento em uma unidade bsica de sade, por exemplo, por hipertenso arterial, quando acometido por uma crisehipertensiva, no seja acolhido na unidade em que habitualmente faz tratamento. Nesta situao se aplicaria o verdadeiro conceito de pronto atendimento, pois, numa unidade onde o paciente tem pronturio e sua histria pregressa e atual so conhecidas, possvel fazer um atendimento rpido e de qualidade, com avaliao e re-adequao da teraputica dentro da disponibilidade medicamentosa da unidade. Quando este paciente no acolhido em sua unidade, por ausncia do profissional mdico, por falta de vagas na agenda ou por qualquer outra razo e recorre a uma unidade de urgncia como nica possibilidade de acesso, atendido por profissionais que, muitas vezes, possuem vnculo temporrio com sistema, no conhecem a rede loco regional e suas caractersticas funcionais e, freqentemente, prescrevem medicamentos no disponveis na rede SUS ede alto custo . Assim, o paciente no usa a nova medicao que lhe foi prescrita porque no pode adquiri-la e, to pouco, usa a medicao anteriormente prescrita e disponvel na unidade de sade, pois no acredita que esta seja suficiente para controlar sua presso.Esta situao problema apenas ilustrativa de uma grande gama de situaessemelhantes, que acontecem diariamente, no apenas com hipertensos, mas comdiabticos, pacientes portadores de dor aguda e/ou crnica, cardiopatas, portadores de doena pulmonar obstrutiva crnica, mulheres em acompanhamento ginecolgico e/ou obsttrico, crianas em programa de puericultura e etc.

    1.2 - Capacitao de Recursos Humanos de conhecimento geral que os aparelhos formadores oferecem insuficiente

    formao para o enfrentamento das urgncias. Assim, comum que profissionais da sade, ao se depararem com uma urgncia de maior gravidade, tenham o impulso de encaminh-la rapidamente para unidade de maior complexidade, sem sequer fazer uma avaliao prvia e a necessria estabilizao do quadro, por insegurana e desconhecimento de como proceder. Assim, essencial que estes profissionais estejam qualificados para este enfrentamento, se quisermos imprimir efetividade em sua atuao.

    1.3 - Estruturao dos Recursos Fsicos

    Todas estas unidades devem ter um espao devidamente abastecido commedicamentos e materiais essenciais ao primeiro atendimento/estabilizao de urgncias que ocorram nas proximidades da unidade ou em sua rea de abrangncia e/ou sejam para elas encaminhadas, at a viabilizao da transferncia para unidade de maior porte, quando necessrio.

    A definio deste espao fundamental, pois, quando do recebimento de uma urgncia (o que pode acontecer com pouca freqncia neste tipo de unidade, mas que certamente ocorrer algumas vezes), obrigatrio que a equipe saiba em qual ambiente da unidade encontram-se os equipamentos, materiais e medicamentos necessrios ao atendimento. Numa insuficincia respiratria, parada cardaca, crise convulsiva ou outras situaes que necessitem de cuidado imediato, no se pode perder tempo procurando um local ou equipamentos, materiais e medicamentos necessrios ao atendimento.

    Alm disso, unidades de sade de sistemas municipais qualificados para a ateno bsica ampliada (PABA) devero possuir rea fsica especificamente destinada aoatendimento de urgncias e sala para observao de pacientes at 8 horas.

    Materiais: Amb adulto e infantil com mscaras, jogo de cnulas de Guedel (adulto e

  • infantil), sondas de aspirao, Oxignio, Aspirador porttil ou fixo, material para puno venosa, material para curativo, material para pequenas suturas, material para imobilizaes (colares, talas, pranchas).

    Medicamentos: Adrenalina, gua destilada, Aminofilina, Amiodarona, Atropina,Brometo de Ipratrpio, Cloreto de potssio, Cloreto de sdio, Deslanosdeo,Dexametasona, Diazepam, Diclofenaco de Sdio, Dipirona, Dobutamina, Dopamina,Epinefrina, Escopolamina (hioscina), Fenitona, Fenobarbital, Furosemida, Glicose,Haloperidol, Hidantona, Hidrocortisona, Insulina, Isossorbida, Lidocana, Meperidina,Midazolan, Ringer Lactato, Soro Glico-Fisiologico, Soro Glicosado.

    1.4 - Estruturao da Grade de Referncia fundamental que as unidades possuam uma adequada retaguarda pactuada para

    o referenciamento daqueles pacientes que, uma vez acolhidos, avaliados e tratados neste primeiro nvel de assistncia, necessitem de cuidados disponveis em servios de outros nveis de complexidade. Assim, mediados pela respectiva Central de Regulao, devemestar claramente definidos os fluxo e mecanismos de transferncia dos pacientes que necessitarem de outros nveis de complexidade da rede assistencial, de forma a garantir seu encaminhamento, seja para unidades no hospitalares, pronto socorros, ambulatriosde especialidades ou unidades de apoio diagnstico e teraputico. Alm disso, devem ser adotados mecanismos para a garantia de transporte para os casos mais graves, que no possam se deslocar por conta prpria, atravs do servio de atendimento pr-hospitalarmvel, onde ele existir, ou outra forma de transporte que venha a ser pactuada.

    2 - UNIDADES NO-HOSPITALARES DE ATENDIMENTO S URGNCIAS E EMERGNCIAS

    Estas unidades, que devem funcionar nas 24 horas do dia, devem estar habilitadas a prestar assistncia correspondente ao primeiro nvel de assistncia da mdia complexidade (M1). Pelas suas caractersticas e importncia assistencial, os gestores devem desenvolver esforos no sentido de que cada municpio sede de mdulo assistencial disponha de, pelo menos uma, destas Unidades, garantindo, assim, assistncia s urgncias com observao at 24 horas para sua prpria populao ou para um agrupamento de municpios para os quais seja referncia.

    2.1 - Atribuies Estas Unidades, integrantes do Sistema Estadual de Urgncias e Emergncias e de

    sua respectiva rede assistencial, devem estar aptas a prestar atendimento resolutivo aos pacientes acometidos por quadros agudos ou crnicos agudizados.

    So estruturas de complexidade intermediria entre as unidades bsicas de sade e unidades de sade da famlia e as Unidades Hospitalares de Atendimento s Urgncias e Emergncias, com importante potencial de complacncia da enorme demanda que hoje se dirige aos pronto socorros, alm do papel ordenador dos fluxos da urgncia. Assim, tm como principais misses:

    Atender aos usurios do SUS portadores de quadro clnico agudo de qualquer natureza, dentro dos limites estruturais da unidade e, em especial, os casos de baixa complexidade, noite e nos finais de semana, quando a rede bsica e o Programa de Sade da Famlia no esto ativos;

    Descentralizar o atendimento de pacientes com quadros agudos de mdia

  • complexidade; Dar retaguarda s unidades bsicas de sade e de sade da famlia; Diminuir a sobrecarga dos hospitais de maior complexidade que hoje atendem esta

    demanda; Ser entreposto de estabilizao do paciente crtico para o servio de atendimento

    pr-hospitalar mvel. Desenvolver aes de sade atravs do trabalho de equipe interdisciplinar, sempre

    que necessrio, com o objetivo de acolher, intervir em sua condio clnica e referenciar para a rede bsica de sade, para a rede especializada ou para internao hospitalar, proporcionando uma continuidade do tratamento com impacto positivo no quadro de sade individual e coletivo da populao usuria (beneficiando os pacientes agudos e no-agudos e favorecendo, pela continuidade do acompanhamento, principalmente os pacientes com quadros crnico-degenerativos, com a preveno de suas agudizaesfreqentes);

    Articular-se com unidades hospitalares, unidades de apoio diagnstico e teraputico, e com outras instituies e servios de sade do sistema loco regional, construindo fluxos coerentes e efetivos de referncia e contra-referncia;

    Ser observatrio do sistema e da sade da populao, subsidiando a elaborao de estudos epidemiolgicos e a construo de indicadores de sade e de servio que contribuam para a avaliao e planejamento da ateno integral s urgncias, bem como de todo o sistema de sade.

    2.2 - Dimensionamento e Organizao Assistencial Estas Unidades devem contar, no mnimo, com equipe de sade composta por

    mdico e enfermeiro nas 24 horas para atendimento contnuo de clnica mdica e clnica peditrica.

    Nos casos em que a estrutura loco regional exigir, tomando-se em conta as caractersticas epidemiolgicas, indicadores de sade como morbidade e mortalidade, e caractersticas da rede assistencial, poder ser ampliada a equipe, contemplando as reas de clnica cirrgica, ortopedia e odontologia de urgncia.

    Estas Unidades devem contar com suporte ininterrupto de laboratrio de patologia clnica de urgncia, radiologia, os equipamentos para a ateno s urgncias, osmedicamentos definidos por esta portaria, leitos de observao de 06 a 24 horas, alm de acesso a transporte adequado e ligao com a rede hospitalar atravs da central de regulao mdica de urgncias e o servio de atendimento pr-hospitalar mvel. Nos casos em que tais centrais ainda no estejam estruturadas, a referncia hospitalar bem como a retaguarda de ambulncias de suporte bsico, avanado e de transporte devero ser garantidos mediante pactuao prvia, de carter municipal ou regional.

    A observao de unidades 24 horas no hospitalares de atendimento s urgncias em vrias localidades do pas mostrou ser adequada a seguinte relao entre cobertura populacional /nmero de atendimentos em 24 horas / nmero de profissionais mdicos por planto / nmero de leitos de observao / percentual de pacientes em observao e percentual de encaminhamentos para internao:

    PORTE

    Populao da regio

    Nmerode

    atendime

    Nmero de

    mdico

    Nmero de leitos

    Percentual

    pacient

    Percentualencaminhamentos para

  • regiode

    cobertura

    atendimentos

    mdicosem 24 horas

    mdicos por

    planto

    leitosde

    observao

    pacientes em observao

    entos para internao

    I 50.000a

    75.000habitan

    tes

    100paciente

    s

    1pediatr

    a

    1clnico

    6 leitos 10 % 3 %

    II 75.000a

    150.000

    habitantes

    300paciente

    s

    2pediatr

    as

    2clnicos

    12leitos

    10 % 3 %

    III 150.000 a

    250.000

    habitantes

    450paciente

    s

    3pediatr

    as

    3clnicos

    18leitos

    10 % 3 %

    Estes nmeros e mesmo a composio das equipes podero variar, de forma complementar, de acordo com a realidade loco-regional, tomando-se em conta inclusive a sazonalidade apresentada por alguns tipos de afeces, como por exemplo, o aumento de demanda de doenas respiratrias verificado na clnica peditrica e na clnica de adultos / idosos durante o inverno ou o aumento no nmero de acidentes em estradas nos perodos de frias escolares. Da mesma forma, nas regies onde a morbi-mortalidade por causas externas como violncias, traumas e/ou acidentes de trnsito seja estatisticamente marcante, estando os bitos por estas causas entre as primeiras causas de mortalidade, as equipes podero ser acrescidas de mdicos cirurgies gerais e ortopedistas, a critrio dos gestores loco-regionais.

    Na Unidade tipo I, por se tratar de servio com equipe reduzida, dever haver sempre um profissional mdico adicional de sobreaviso, que possa ser ac ionado para acompanhamento de pacientes crticos ou com instabilidade cardiorespiratria, quando estes necessitem ser removidos e no haja servio pr-hospitalar mvel estruturado.

    2.3 - Recursos Humanos

    As Unidades No-Hospitalares de Atendimento s Urgncias e Emergnciasdevero contar, obrigatoriamente, com os seguintes profissionais: coordenador ougerente, mdico clnico geral, mdico pediatra, enfermeiro, tcnico/auxiliar deenfermagem, tcnico de radiologia, auxiliar de servios gerais, auxiliar administrativo e, quando houver laboratrio na unidade, tambm devero contar com bioqumico, tcnico de laboratrio e auxiliar de laboratrio.

  • Outros profissionais podero compor a equipe, de acordo com a definio do gestor local ou gestores loco-regionais, como: assistente social, odontlogo, cirurgio geral, ortopedista, ginecologista, motorista, segurana e outros.

    2.3.1 - Habilitao dos Profissionais

    Considerando-se que as urgncias no se constituem em especialidade mdica ou de enfermagem e que nos cursos de graduao a ateno dada rea ainda bastante insuficiente, entende-se que os profissionais que venham a atuar nas Unidades No-Hospitalares devam ser habilitados pelos Ncleos de Educao em Urgncias, cujacriao indicada pelo presente Regulamento - Captulo VII.

    2.4 - rea Fsica

    A rea fsica deve ser estruturada de acordo com o tamanho e complexidade da unidade, conforme legenda a seguir:

    Opcional: *

    Desejvel: **

    Obrigatrio: ***

    So consideradas as seguintes reas fsicas para a adequada estruturao das Unidades No Hospitalares de Atendimento de Urgncia:

    2.4.1 - Bloco de Pronto Atendimento:

    Sala de recepo e espera (com sanitrios para usurios) ***

    Sala de arquivo de pronturio mdico ***

    Sala de triagem classificatria de risco ***

    Consultrios mdicos ***

    Consultrio odontolgico *

    Sala para Assistente Social *

    Sala para Atendimento Psicolgico *

    2.4.2 - Bloco de Apoio Diagnstico

    Sala para radiologia *** (no local, exceto quando houver hierarquia entre as unidades 24 horas no hospitalares de atendimento de urgncia de diferentes portes em uma determinada localidade e desde que haja garantia de acesso e transporte, dentro de intervalo de tempo tecnicamente aceitvel, de acordo com parmetros construdos pelas

  • equipes loco-regionais).

    Laboratrio de Patologia Clnica *** (no local ou com acesso garantido aos exames, dentro de um intervalo de tempo tecnicamente aceitvel, de acordo comparmetros construdos pelas equipes loco-regionais).

    Sala de coleta * (quando o laboratrio for acessvel, isto , fora da unidade).

    2.4.3 - Bloco de Procedimentos:

    Sala para suturas ***

    Sala de curativos contaminados ***

    Sala para inaloterapia / medicao ***

    Sala de gesso *

    Sala de Pequena Cirurgia *

    2.4.4 - Bloco de Urgncia / Observao:

    Sala de reanimao e estabilizao / Sala de urgncia ***

    Salas de observao masculina, feminina e peditrica (com posto de enfermagem, sanitrios e chuveiros) ***

    Sala de isolamento (com ante-sala, sanitrio e chuveiro exclusivos) **

    2.4.5 - Bloco de Apoio Logstico

    Farmcia (exclusiva para dispensao interna) ***

    Almoxarifado ***

    Expurgo/Lavagem de material ***

    Central de material esterilizado ***

    Rouparia ***

    Necrotrio ***

    2.4.6 - Bloco de Apoio Administrativo

    Salas de Gerncia e Administrao ***

  • Sala de reunio *

    Sala de descanso para funcionrios (com sanitrios e chuveiros) ***

    Vestirios para funcionrios ***

    Copa/Refeitrio ***

    Depsito de Material de Limpeza ***

    rea para limpeza geral ***

    Local de acondicionamento de lixo ***

    Estacionamento (ambulncias, pacientes e funcionrios) **

    2.4.7 - Caracterizao da rea fsica em relao aos fluxos internos e organizao do processo de trabalho:

    A rea fsica acima descrita foi dividida em blocos porque aconselhvel, do ponto de vista funcional, que estas reas estejam mais ou menos contguas, dando o mximo de racionalidade possvel ao fluxo dentro da unidade.

    Assim, o bloco de pronto atendimento deve apresentar uma entrada para pacientes que vem por busca espontnea, deambulando, que d acesso direto recepo e sua respectiva sala de espera. Neste mesmo bloco, deve ser estruturado o acolhimento dos pacientes, que pode ser feito pela prpria recepo ou por funcionrios designados e treinados para este fim, dependendo do volume da demanda. A seguir deve ser realizada a triagem classificatria de risco. O processo de triagem classificatria deve ser realizado por profissional de sade, de nvel superior, mediante treinamento especfico e utilizao de protocolos pr-estabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgncia das queixas dos pacientes, colocando-os em ordem de prioridade para o atendimento. A esta triagem classificatria vedada a dispensa de pacientes antes que estes recebam atendimento mdico. Aps a triagem, os pacientes so encaminhados aos consultrios mdicos. Uma vez realizado o atendimento, o paciente deve ter sua referncia garantida mediante encaminhamento realizado atravs das centrais de regulao ou, quando estas no existirem, atravs de fluxos previamente pactuados.

    O bloco de urgncia deve ter uma outra entrada, com acesso coberto paraambulncias, portas amplas para a entrada de pacientes em macas e fluxo gil at a sala de emergncia. Esta deve comportar o atendimento de dois ou mais casossimultaneamente, dependendo do porte da unidade. As macas devem apresentar rodas e grades e devem estar distribudas de forma a garantir a livre circulao da equipe ao seu redor. Esta sala deve ser equipada com materiais e equipamentos necessrios para atendimento de urgncia clnica e/ou cirrgica de adultos e crianas. Os medicamentos utilizados na primeira abordagem do paciente grave tambm devem estar disponveis na prpria sala. A entrada de um paciente na sala de urgncia poder ser anunciada por aviso sonoro ou comunicao verbal. Em qualquer uma das situaes, um mdico, um enfermeiro e auxiliares de enfermagem devem dirigir-se imediatamente para a sala. O acesso da sala de urgncia aos leitos de observao deve ser fcil e estas reas devem

  • ser, de preferncia, contguas.

    aconselhvel que os blocos de apoio diagnstico e de procedimentos tenham situao intermediria entre os blocos de pronto atendimento e de atendimento de urgncia, com acesso fcil e ao mesmo tempo independente para cada um deles.

    Quanto aos blocos de apoio logstico e administrao, devem estar situados de forma a no obstruir o fluxo entre os demais blocos j mencionados.

    As salas e reas de assistncia devem obedecer s Normas e Padres de Construes e Instalaes de Servios de Sade.

    2.5 - Materiais e Equipamentos

    Alguns materiais e equipamentos devem, necessariamente, fazer parte do arsenal de qualquer unidade 24 horas como:

    Estetoscpio adulto/infantil, esfigmomanmetro adulto/infantil, otoscpio comespculos adulto/infantil, oftalmoscpio, espelho larngeo, bolsa autoinflvel (amb)adulto/infantil, desfibrilador com marca-passo externo, monitor cardaco, oxmetro depulso, eletrocardigrafo, glicosmetro, aspirador de secreo, bomba de infuso com bateria e equipo universal, cilindro de oxignio porttil e rede canalizada de gases ou torpedo de O (de acordo com o porte da unidade), maca com rodas e grades, respirador mecnico adulto/infantil, foco cirrgico porttil, foco cirrgico com bateria, negatoscpios nos consultrios, serra de gesso, mscaras larngeas e cnulas endotraqueais de vrios tamanhos, cateteres de aspirao, adaptadores para cnulas, cateteres nasais, sondas para aspirao traqueal de vrios tamanhos, luvas de procedimentos, mscara para ressuscitador adulto/infantil, ressuscitadores infantil e adulto com reservatrio, cadaros para fixao de cnula, laringoscpio infantil/adulto com conjunto de lminas, cnulas oro-farngeas adulto/infantil, jogos de pinas de retirada de corpos estranhos de nariz, ouvido e garganta, fios cirrgicos, fios-guia para intubao, pina de Magyll, bisturi (cabo e lmina), material para cricotiroidostomia, drenos para trax, pacotes de gaze estril, pacote de compressa estril, esparadrapo, material para puno de vrios tamanhos incluindo agulhas metlicas e plsticas, agulhas especiais para puno ssea, garrote, equipos de macro e microgotas, cateteres especficos para disseco de veias, tamanho adulto/infantil, tesoura, seringas de vrios tamanhos, torneiras de 3 vias, frascos de soluo salina, caixa completa de pequena cirurgia, frascos de drenagem de trax,extenses para drenos torcicos, sondas vesicais, coletores de urina, esptulas de madeira, sondas nasogstricas, eletrodos descartveis, equipamentos de proteoindividual para equipe de atendimento, cobertor para conservao do calor do corpo, travesseiros e lenis, pacote de roupas para pequena cirurgia, conjunto de colares cervicais (tamanho P, M e G), prancha longa para imobilizao da vtima em caso de trauma, prancha curta para massagem cardaca, gerador de energia eltrica compatvel com o consumo da unidade, sistema de telefonia e de comunicao.

    2.6 - Medicamentos Abaixo a lista de medicamentos que devem estar disponveis na unidade de

    urgncia, contemplando medicamentos usados na primeira abordagem dos pacientes graves e tambm sintomticos, antibiticos e anticonvulsivantes, uma vez que alguns pacientes podero permanecer nestas unidades por um perodo de at 24 horas ou, excepcionalmente, por mais tempo se houver dificuldade para internao hospitalar:

    Adrenalina, gua destilada, Aminofilina, Amiodarona, Amitriptilina, Ampicilina, Atropina, Bicarbonato de sdio, Biperideno, Brometo de Ipratrpio, Bupivacana, Captopril,

  • Carbamazepina, Carvo ativado, Cefalexina, Cefalotina, Cetoprofeno, Clister Glicerinado, Clordiazepxido, Cloridrato de Clonidina, Cloridrato de Hidralazina, Cloreto de potssio, Cloreto de sdio, Clorpromazina, Clorafenicol, Codena, Complexo B injetvel, Deslanosdeo, Dexametasona, Diazepam, Diclofenaco de sdio, Digoxina, Dipirona, Enalapril, Escopolamina (hioscina), Fenitona, Fenobarbital, Fenoterol Bromidrato, Flumazenil, Furosemida, Gentamicina, Glicose isotnica, Glicose hipertnica, Gluconato de Clcio, Haloperidol, Hidrocortisona, Insulina, Isossorbida, Lidocana, Manitol, Meperidina, Metildopa, Metilergometrina, Metilprednisolona, Metoclopramida, Metropolol, Midazolan, Nifedipina, Nistatina, Nitroprussiato de sdio, leo mineral, Omeprazol, Oxacilina, Paracetamol, Penicilina, Prometazina, Propranolol, Ranitidina, Ringer Lactato, Sais para reidratao oral, Salbutamol, Soro glico-fisiologico, Soro Fisiolgico, Soro Glicosado, Sulfadiazina prata, Sulfametoxazol + trimetoprim, Sulfato de magnsio, Tiamina (Vit. B1), Tramadol, Tobramicina Colrio, Verapamil, Vitamina K.

    2.7 - Estruturao da Grade de Referncia As Unidades No-Hospitalares de Atendimento s Urgncias e Emergncias devem

    possuir retaguarda de maior complexidade previamente pactuada, com fluxo e mecanismos de transferncia claros, mediados pela Central de Regulao, a fim de garantir o encaminhamento dos casos que extrapolem sua complexidade.

    Alm disso, devem garantir transporte para os casos mais graves, atravs do servio de atendimento pr-hospitalar mvel, onde ele existir, ou outra forma de transporte que venha a ser pactuada.

    Tambm devem estar pactuados os fluxos para elucidao diagnstica e avaliao especializada, alm de se dar nfase especial ao re-direcionamento dos pacientes para a rede bsica e Programa de Sade da Famlia, para o adequado seguimento de suas patologias de base e condies de sade, garantindo acesso no apenas a aes curativas, mas a todas as atividades promocionais que devem ser implementadas neste nvel de assistncia.

    CAPTULO IV

    ATENDIMENTO PR-HOSPITALAR MVEL

    Considera-se como nvel pr-hospitalar mvel na rea de urgncia, o atendimento que procura chegar precocemente vtima, aps ter ocorrido um agravo sua sade (de natureza clnica, cirrgica, traumtica, inclusive as psiquitricas), que possa levar asofrimento, sequlas ou mesmo morte, sendo necessrio, portanto, prestar-lheatendimento e/ou transporte adequado a um servio de sade devidamente hierarquizado e integrado ao Sistema nico de Sade. Podemos cham-lo de atendimento pr-hospitalar mvel primrio quando o pedido de socorro for oriundo de um cidado ou de atendimento pr-hospitalar mvel secundrio quando a solicitao partir de um servio de sade, no qual o paciente j tenha recebido o primeiro atendimento necessrio estabilizao do quadro de urgncia apresentado, mas necessite ser conduzido a outro servio de maior complexidade para a continuidade do tratamento.

    O Servio de atendimento pr-hospitalar mvel deve ser entendido como umaatribuio da rea da sade, sendo vinculado a uma Central de Regulao, com equipe e frota de veculos compatveis com as necessidades de sade da populao de um municpio ou uma regio, podendo, portanto, extrapolar os limites municipais. Esta regio de cobertura deve ser previamente definida, considerando-se aspectos demogrficos,