revista agrorevenda nº55

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gestão da revenda agropecuária jun/jul 2014 • nº 55 • ano X GESTÃO DE PESSOAS O MAIOR INVESTIMENTO DA BELAGRÍCOLA MERCADO SUPLEMENTOS PARA AGROREVENDAS EVENTOS GLOBAL AGRIBUSINESS E HORTITEC PRATELEIRA OPORTUNIDADES EM SUINOCULTURA Equipe Belagrícola em constante treinamento. Circulação auditada pelo Uma empresa do

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gestão da revenda agropecuária

jun/jul 2014 • nº 55 • ano X

Gestão de Pessoaso maior investimentoda BelaGrÍcolaMercadoSupleMentoS para agrorevendaS

eventoSglobal agribuSineSS e Hortitec

prateleiraoportunidadeS eM Suinocultura

Equipe Belagrícola em constante treinamento.

circulação auditada pelo

U m a e m p r e s a d o

4 AgroRevenda jun/jul 2014

palavra do presidente

Funcionário, o principal ativo de uma empresa.

Nas próximas páginas o leitor poderá conferir que,

apesar dos altos investimentos em equipamentos, novas

aquisições, layouts e marketing, muitas agro revendas não

decolam porque não cuidam dos funcionários. “O grande

diferencial de um negócio é ter pessoas engajadas e

comprometidas com a organização”, afirma João Andreo

Colofatti, presidente-fundador da Belagrícola, empresa que

recebeu em 2013, o prêmio como a Melhor na Gestão de

Pessoas no agronegócio e que está na Reportagem de

Capa desta publicação.

A valorização do funcionário, sob suas diversas nuances,

também é o tema abordado por nosso time de articulistas,

não deixem de conferir.

O investimento pessoal também foi responsável pelo sucesso

da Agro100, a Revenda da Vez, que mostra os excelentes

resultados alcançados por um grupo de jovens estudantes que

hoje comanda 18 unidades nas regiões sul e sudeste do Brasil.

Em Prateleira, trazemos dados sobre o avanço do setor de

suplementação bovina e em Mercado, as oportunidades do

segmento de suinocultura para as agro revendas.

Para finalizar, em Eventos, o leitor poderá acompanhar a

cobertura de dois importantes encontros que trouxeram

informações e inovações fundamentais para o setor: A

Hortitec, realizada no final de maio em Holambra, SP, que

está cada vez mais moderna e com lançamentos e inovações

que tornam o agronegócio um ambiente sempre versátil; e

o Global Agribusiness Forum, encontro que reuniu em São

Paulo grandes expoentes mundiais da agricultura, com a

responsabilidade de discutir sustentabilidade, globalização

e os desafios do setor.

Que a leitura seja proveitosa!

Carlos Alberto da SilvaPrESidENtE dO GruPO PuBliQuE E PuBliSHEr dA PuBliQuE EditOrA

PUBLISHER: Carlos Alberto da Silva | Mtb 20.330

PRESIDENTE E FUNDADOR: Carlos Alberto da Silva

EDITORA:

REPORTAgENS:

ADMINISTRATIVO, FINANCEIRO E RH:

COMERCIAL:

DIAgRAMAÇÃO E ARTE:

PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO:

FOTO CAPA:

IMPRESSÃO:

TIRAgEM:

DISTRIBUIÇÃO DIRIgIDA:

ADMINISTRAÇÃO:

Mônica Costa | Mtb 26.580

Mônica [email protected]@agrorevenda.com.br(11) 9.9364.1398 | Skype: sra.costa37

Miriam [email protected](11) 9.9418.6684 | Skype: miriamrpinto

Adriana [email protected](11) 3042.6312 | Skype: adrianagsbonanni

Naira BarelliGerente [email protected](11) 9.9382.1999 / 9.5271.4488 | Skype: naira.neg

Carlos Alberto da [email protected](11) 9.9105.2030 | Skype: carlaodapublique

Mirian [email protected](11) 9.8905.3928 | Skype: mirian.domingues5

Gutche [email protected](11) 9.9108.0856 | Skype: gutche.alborgheti

Paulo [email protected](11) 9.9402.7078 | Skype: paulohsbonanni

Arquivo Belagrícola

Gráfica Pauligraf

5 mil exemplares

A revista Agrorevenda é uma publicação da Publique Editora, empresa do Grupo Publique, dirigida a proprietários, gerentes,balconistas de revendas agropecuárias e cooperativas.

iSSN 1808-4869

A revista Agrorevenda está matriculada sob nº 497629 no4º registro de títulos e documentos e Civil de Pessoa Jurídica,conforme a lei de imprensa e lei de registros Públicos.

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Fox. De primeira na lavoura, e com o seu apoio, o fungicida líder* de mercado.

Fox - De primeira, sem dúvida.

www.bayercropscience.com.br 0800 011 5560

O fungicida de primeira agora também é o primeiro do mercado, graças à confiança dos produtores que protegeram mais de 70 milhões de hectares. Sua eficácia foi testada e aprovada contra as principais doenças, e é por essas e outras que Fox é o fungicida que mais cresce em uso no Brasil.

*Fonte: pesquisa AMIS Soja 13/14, Kleffmann.

AF_An_Fox_pag simples trofeu21x28.indd 1 7/14/14 2:52 PM

Fox. De primeira na lavoura, e com o seu apoio, o fungicida líder* de mercado.

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O fungicida de primeira agora também é o primeiro do mercado, graças à confiança dos produtores que protegeram mais de 70 milhões de hectares. Sua eficácia foi testada e aprovada contra as principais doenças, e é por essas e outras que Fox é o fungicida que mais cresce em uso no Brasil.

*Fonte: pesquisa AMIS Soja 13/14, Kleffmann.

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6 AgroRevenda jun/jul 2014

44

nesta edição

índice de anunciantes

13 A Castellano

2ª Capa e 03 Agroquima

37 Basso Pancotte

05 Bayer CropScience

49 Connan

27 Dinagro

3ª Capa Mosaic

4ªCapa OurofinoAgrociência

31 OurofinoSaúdeAnimal

07 Stoller

22

28

18

notícias08 As principais informações

do agronegócio

fornecedores14 Notícias sobre as ações dedestaquedaindústria

mercado18 Produtor consciente,

gado bem suplementado

capa22 Belagrícola,

Investir em pessoas tem retorno garantido

icp rural28 Confiançadoprodutorrural

segue em alta

markestrat & uni.business30 Gestão de pessoas e

qualificaçãodeequipes

stracta32 Os caminhos do sucesso

em gestão de pessoas

profissionaldevendas32 Equipe comercial e o desempenho

estratégico da revenda

evento GAF 201428 LÍderes mundiais discutem

o futuro da produção agrícola

evento Hortitec30 Hortitec gera mais de

R$ 100 milhões em negócios

markestrat & uni.business42 Gente! O Problema e a Solução

dos Negócios

revenda da vez44 Grupo Agro100

O sucesso como meta

prateleira46 Suinocultura, um mercado

de oportunidades

48 por onde andamos...

50 fotolegenda

8 AgroRevenda jun/jul 2014

notícias

os períodos de carência constantes

nas bulas (estabelecidos pela

indústria veterinária e aprovados

pelo MAPA) e assumindo assim que

tais produtos são capazes de gerar

benefícios e eficiência à produção,

com total segurança para os

produtos finais”. A entidade lembrou

que as Avermectinas são aprovadas

pelo Mapa e usadas no Brasil há

mais de 25 anos.

Queda do Índicede confiança

O Índice de Confiança do

Agronegócio (iC Agro) apresentou

queda de dois pontos no primeiro

trimestre de 2014, em comparação

ao último trimestre de 2013. Os dados

foram divulgados no dia 27 de maio,

na sede da Federação das indústrias

do Estado de São (FiESP), na capital

paulista. Para Benedito da Silva

Ferreira, diretor do departamento

do Agronegócio da Fiesp, a queda

significativa na confiança do

primeiro elo da cadeia produtiva foi

provocada, especialmente, pelo setor

de máquinas agrícolas, que registrou

queda de 21,3% nas vendas entre

janeiro e março, se comparados com

o mesmo período do ano anterior.

“Embora pessimista em relação

à situação atual, os produtores

se mostram otimistas em relação

às expectativas futuras. Seja em

relação ao setor em que atuam, ou

à economia brasileira, eles acreditam

que o cenário mudará para melhor”,

explicou Ferreira. “Esse otimismo foi

influenciado, especialmente, pelas

revendas, indústrias de defensivos

maPa ProÍBe avermectinas delonGa duração

O Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento (Mapa) publicou,

na sexta-feira, dia 30 de maio uma

instrução Normativa (iN) proibindo a

fabricação de produtos veterinários

antiparasitas de longa duração

contendo avermectinas. Além da

fabricação, a iN restringe também

a manipulação, o fracionamento, a

comercialização, a importação e o

uso desses produtos.

Segundo o Mapa, a decisão foi

tomada por que algumas cargas

de carne brasileira continuavam

sendo rejeitadas pelos Estados

unidos em função da constatação

da presença dessa substância.

“Há uma superdosagem que

acaba contaminando a carne

bovina que está sendo exportada

para os EuA. Em função disso,

nós baixamos uma instrução

Normativa proibindo esse

produto, tendo em vista que

está prejudicando o mercado

internacional”, explicou o ministro

Neri Geller.

Medida polêmicaSebastião da Costa Guedes, diretor

de Sanidade Animal do Conselho

Nacional da Pecuária de Corte

(CNPC), se mostrou contrário a

posição anunciada pelo Mapa “A

atitude foi inaceitável, nenhuma

decisão desse gabarito pode ser

realizada em curto período de

tempo. Se existe algum problema,

as instituições envolvidas deveriam

ser comunicadas e propostos

estudos quanto ao assunto, até

porque a substância é extremamente

necessária para a produção animal.

isso só aumentará a entrada ilegal

deste produto”, declarou.

Em nota, a Associação dos Criadores

de Nelore do Brasil (ACNB) destacou

que “confia que as Avermectinas são

usadas de forma responsável pelos

produtores brasileiros, respeitando

Aplicação de Avamerctina: agora é proibido.

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jun/jul 2014 AgroRevenda 9

agrícolas e os bancos que financiam

o setor”, continuou.

Na escala de 0 a 200, o iC Agro geral

(que abrange os segmentos “antes” e

“depois da porteira” mais o “produtor

agropecuário”) variou de 104,5 para

102,7 pontos, demonstrando uma

percepção ainda mais cautelosa em

todos os elos da cadeia.

Já os produtores agropecuários se

mostraram satisfeitos em relação aos

preços e à confiança no setor. Porém,

isso não foi suficiente para manter o

Índice de Confiança deste elo em alta. A

preocupação com a economia brasileira

e os custos de produção puxaram os

resultados de 97,5 para 97,1.

“Apesar da evolução de preços de alguns

produtos agropecuários e da confiança

no próprio setor, é importante lembrar

que o primeiro trimestre deste ano foi

marcado como um período de falta de

chuvas em diversas regiões”, ressalta

Márcio lopes de Freitas, presidente

Organização das Cooperativas

Brasileiras (OCB), parceira da Fiesp na

divulgação do índice. “Consequência do

clima, a redução da produtividade média

e elevação de custos, somados ao

pessimismo em relação aos indicadores

macroeconômicos, fizeram com que a

confiança caísse.”

PesQuisa da aBmr&a revela Que Produtor rural está mais conectado

O aumento da renda no campo

tem estimulado a aquisição de

equipamentos e tecnologias que

dão mais agilidade nas atividades

do cotidiano e tornam o produtor

mais exigente quanto à qualidade

do que adquire e produz. O novo

perfil do homem do campo foi

apresentado durante a 6ª Edição

da Pesquisa Comportamental

e Hábitos de Mídia do Produtor

rural Brasileiro 2013/2014, no

dia 14 de maio pela Associação

Brasileira de Marketing rural e

Agronegócio (ABMr&A) durante

um café da manhã para a

imprensa em São Paulo.

O levantamento, feito em parceria

com o instituto de pesquisas iPSOS,

dados de 2.581 produtores – 1.920

agricultores e 661 criadores de gado,

aves ou suínos – responsáveis pela

compra de insumos, implementos e

maquinários de 10 estados brasileiros.

Entre os dados em destaque, está o

aumento da participação das mulheres

no comando das propriedades, que já

representa 10% do total.

Os acessos são feitos, em sua maioria

(71%) via computador pessoal e 19% via

celulares do tipo smartphone. Quanto

à escolaridade, 21% dos entrevistados

declararam ter nível superior ou mais.

Segundo a pesquisa a porção é maior

do que entre a população urbana, onde

apenas 17% foram além da conclusão

do curso superior. “Este público está

mais crítico e exigente, o que aumenta

a responsabilidade dos veículos

de comunicação na formatação de

campanhas e na oferta de produtos”, diz

daniel Baptistella, presidente da ABMrA.

O levantamento mostra que ainda

há uma parcela (42%) que resiste à

utilização de novos recursos e mantém

Daniel Baptistella, presidente da ABMR&A em apresentação da Pesquisa sobre o perfil do produtor rural.

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10 AgroRevenda jun/jul 2014

antigos hábitos. Entretanto, mais

da metade dos entrevistados (58%)

aposta na inovação. Os produtores

engajados e que apostam em ações

inovadoras como ferramenta para o

crescimento representam 34% e outros

24% conhecem novas tecnologias e

utilizam recursos digitais e serviços da

internet com certa frequência. Quanto

à comercialização, mais de 75%

dos entrevistados utilizam recursos

próprios ou da família para custearem

a atividade, principalmente entre os

pecuaristas. E o mercado futuro é

o mecanismo de comercialização

usado por 21% dos produtores da

pesquisa especialmente nas grandes

propriedades.

Basf ofereceseGuro aGrÍcola

A Basf, indústria química mundial,

e a Swiss re Corporate Solutions,

companhia suíça especializada em

financiamento de risco, formaram uma

parceria para viabilizar a contratação

do seguro agrícola pelo produtor rural

brasileiro. “Este é mais um serviço do

portfólio da Basf para atender a demanda

crescente do agronegócio, com soluções

completas para o desenvolvimento do

setor”, afirma Fernando lobo, gerente

do departamento de Operações

Estruturadas da unidade de Proteção

de Cultivos da Basf para o Brasil. “Com

esta parceria será possível levar ainda

mais tecnologia e tranquilidade aos

produtores brasileiros. Hoje, eles podem

investir com confiança, pois o seguro

agrícola atende a uma das principais

necessidades do agronegócio brasileiro,

que é permitir ao agricultor conduzir

sua produção de forma

segura”, completa José

Cullen, diretor de Seguros

rurais da Swiss re

Corporate Solutions.

O projeto-piloto começou a

ser testado em 2012 e hoje

já atende 900 produtores

distribuídos em 110 mil

hectares, segurados na

sua maioria na região sul

do Brasil. “Atendemos

inicialmente os cultivos de

trigo, soja, cana, milho, café

e maçã, arroz, tomate e

uva. Em 2014 vamos focar

especialmente os produtores

de soja” afirma lobo.

O executivo explica que a

modalidade está disponível

apenas para clientes Basf, o

que garante uma cobertura maior que os

demais seguros do mercado. “A utilização

dos nossos produtos garante uma

produtividade media de até três vezes e

meia superior à média nacional, portanto a

cobertura será maior”, diz. O serviço pode

ser contratado diretamente nas revendas

e cooperativas agrícolas parceiras da

Basf espalhadas pelo País. As empresas

parceiras da Basf interessadas em

comercializar o seguro devem contatar

um representante da Swiss re que fará a

capacitação dos funcionários para operar

o simulador utilizado para mensurar o

tamanho da área e o valor a ser contratado.

comPanhia anuncia Parceria com emBraPa

A BASF, firmou um acordo com a Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(Embrapa), principal instituição brasileira

de pesquisa tecnológica agrícola, e com

a Fundação Espaço ECO® (FEE®)

para o desenvolvimento de pesquisas

e transferências de tecnologia na

agricultura. A parceria terá duração

inicial de 30 meses e terá como

objetivo promover ajustes e melhorias

nos critérios e fontes de informação

que compõem os indicadores para

avaliação de impactos socioambientais

de atividades agrícolas e agroindustriais.

também atuará na construção de

inventários de sistemas de produção

de cana-de-açúcar, bem como de seus

principais insumos e derivados, na

região Centro Sul brasileira, para estudos

de avaliação de ciclo de vida.

Esta ação é um desdobramento do Acordo

de Cooperação técnica estabelecido

entre a Basf e a Embrapa em 2011 para o

desenvolvimento de novas tecnologias e

produtos, com ênfase na identificação de

notícias

Fernando Lobo, gerente do Departamento de Operações Estruturadas da Unidade de Proteção de Cultivos da Basf para o Brasil.

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jun/jul 2014 AgroRevenda 11

estudos em biotecnologia, melhoramento

genético, fertilização, mecanização, proteção

de plantas e caracterização da fisiologia e

avaliação dos tratamentos das culturas.

“Este novo acordo fortalece o elo entre a

Embrapa e a BASF e é um exemplo positivo

de parceria público-privada. Com ela, é

possível comprovar a viabilidade de projetos

entre o Governo e indústria que favoreçam

a posição de destaque na produção de

fontes renováveis de energia”, afirma Celso

Manzatto, Chefe Geral da Embrapa Meio

Ambiente. O investimento faz parte dos

€1.835 milhões aportados pela BASF em

pesquisa & desenvolvimento em 2013, dos

quais 26% totalmente aplicados em seu

negócio agrícola.

esclarecimentosoBre aGroQuÍmicos

A senadora Kátia Abreu, presidente da

Confederação da Agricultura e Pecuária

do Brasil (CNA), apresentou ao presidente

da dow AgroSciences no Brasil, Welles

Pascoal, uma proposta para a divulgação

de uma campanha de esclarecimento

sobre a segurança dos agroquímicos,

condição obtida a partir de rígidos

processos de análise e de controle

realizados pelo Governo Federal.

de acordo com a presidente da CNA,

as pessoas precisam saber que a

evolução da agropecuária brasileira nos

últimos anos reflete os altos ganhos de

produtividade alcançados, em parte,

graças às tecnologias pesquisadas

pelas indústrias de agroquímicos e

que este processo é seguro e não traz

riscos para a saúde humana. “É preciso

A 17ª Edição do Prêmio ANdEF, uma das mais importantes

premiações da agricultura brasileira, anunciou na noite do

dia 21 de julho, no Esporte Clube Sírio, em São Paulo, os

25 profissionais ganhadores do troféu, carinhosamente

conhecido como “Oscar da Agricultura”.

A temática do Prêmio ANdEF neste ano foi: “Educando para

um novo tempo” e a grande estrela da noite foi o educador do

campo. “Não estamos falando de um único profissional, mas

de todos aqueles que se esforçam para levar conhecimento

até o produtor rural, como o engenheiro agrônomo, o técnico

agrícola, os representantes de cooperativas e tantos outros”,

explicou Fábio Kagi, gerente de educação da ANdEF.

Os vencedores de cada categoria receberam uma bolsa de

estudos no MBA em Fitossanidade do instituto Agronômico

de Campinas (iAC) e um tablet pida 2.

O evento é promovido pela Associação Nacional de

defesa Vegetal (ANdEF), entidade que reúne, há 40

anos, as empresas que investem em ciência e inovação,

pesquisa e desenvolvimento de novos defensivos

agrícolas no Brasil. Segundo os organizadores, desde

sua criação, o projeto já beneficiou mais de 18 milhões

de pessoas. Para conhecer cada um dos ganhadores

desta edição acesse a página da Andef:

www.andef.com.br

Prêmio andef

anDe

f

Da esquerda para a direita: Deputado Federal Guilherme Campos, Seneri Paludo, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Antônio Botelho Lima, da AgroLógica, contemplada pelo Projeto Horta Espaço Prima Jovem, Henrique Mazzotini, presidente executivo da Andav, que recebeu a homenagem pela Agrícola Alvorada, Roberto Motta, da Agro Amazônia e Carlos Henrique Franco Nottar, presidente do Conselho Diretor da Andav.

12 AgroRevenda jun/jul 2014

comparar a produtividade de áreas

tratadas com e sem esses produtos

e mostrar esses números”, propôs

a senadora. O presidente da dow

AgroSciences no Brasil informou

que a pesquisa de um novo produto

leva, em média, 12 anos para ser

concluída. Outros vincos anos são

gastos apenas com o registro nos

órgãos responsáveis pela análise e

liberação das moléculas no Brasil –

Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento (MAPA), instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos

recursos Naturais renováveis

(ibama) e Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (Anvisa). Os

gastos podem chegar a uS$ 300

milhões. “A demora na obtenção do

registro tem impactado na decisão

das indústrias de se instalarem no

Brasil”, afirmou Pascoal.

Nos Estados unidos, o tempo para

registro não supera dois anos e seis

meses. O trabalho de análise e liberação

é feito por 300 profissionais e os pedidos

são avaliados em três instâncias. No

Brasil, 30 técnicos fazem este trabalho e

o envio de um processo de um órgão

para outro pode levar até três meses.

nova diretoriana aBaG

A Associação Brasileira do Agronegócio

(Abag) anunciou a contratação do

executivo luiz Cornacchioni para

assumir a direção executiva da entidade.

O principal objetivo da Abag com a

nova contratação é aproveitar a vasta

experiência do executivo para aprofundar

ainda mais sua filosofia de disseminar e

valorizar o conceito de cadeia produtiva.

Formado em engenharia pela Escola

Superior de Agricultura luiz de Queiroz,

(ESAlQ/uSP), Cornacchioni possui

MBA na Kellogg School nos Estados

unidos e trabalhou nos últimos 27

anos em empresas nas áreas de

papel e celulose, florestas plantadas e

sucroalcooleiro. Antes de entrar para a

Abag, Cornacchioni exercia a função

de diretor executivo da Associação

Brasileira de Produtores de Florestas

Plantadas (Abraf). Ele também foi diretor

da terracal Alimentos e Bioenergia e da

Suzano Papel e Celulose.

aBramilho anuncia novo Presidenteinstitucional

Sérgio Bortolozzo é o novo presidente

institucional da Associação Brasileira

dos Produtores de Milho (Abramilho).

O ex-ministro Alysson Paolinelli

segue como presidente-executivo da

entidade. de acordo com Bortolozzo, a

prioridade da gestão será a finalização

do Plano de reestruturação da Cadeia

Produtiva do Milho, trabalho que já está

em desenvolvimento sob a liderança

de Paolinelli. “Queremos que o Brasil

seja conhecido como o maior player do

setor”, afirma Bortolozzo. “Acreditamos

que em 10 anos nossa produção

de milho chegue a 150 milhões de

toneladas. Hoje já temos produção

até de terceira safra. A concretização

deste plano depende da articulação

dos setores público, privado e claro,

dos produtores”, completa.Luiz Cornacchioni, novo diretor executivo da Abag.

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notícias

jun/jul 2014 AgroRevenda 13

Bortolozzo também é vice-presidente

da Maizall- the international Maize

Alliance –instituição que congrega as

principais associações de produtores

de milho do Brasil, Argentina e

Estados unidos – e da Federação da

Agricultura e Pecuária do Estado do

Piauí (FEAPi) e há 20 anos integra a

Comissão Nacional de Cereais, Fibras

e Oleaginosas da Confederação

Nacional da Agricultura (CNA).

A Abramilho é uma entidade civil criada

em 2007 que mantém como afiliados

associações estaduais, independentes

ou em parceria, nos Estados do rio

Grande do Sul, Santa Catarina, Minas

Gerais, São Paulo, Paraná e Piauí e

também no distrito Federal.

Sérgio Bortolozzo, presidente institucional da Abramilho.

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14 AgroRevenda jun/jul 2014

fornecedores

portfólio de produtos e nos permitirá

obter rápidas sinergias no Canadá,

Estados unidos, Austrália e, no médio

prazo, em outros mercados”, declarou

Matthieu Frechin, CEO da Vétoquinol.

“A venda da nossa unidade de saúde

animal à Vétoquinol está de acordo

com a nossa estratégia de reduzir

o peso de nosso endividamento e

de focar em nosso core business”,

completou dr. Michael Berendt, diretor

Geral da Bioniche life Sciences inc.

A Vetóquinol está entre as dez maiores

indústrias farmacêuticas do mundo

com foco nos mercados de grandes

animais (bovinos e suínos) e pet (cães

e gatos) e atua no Brasil desde 2011,

quando adquiriu a empresa nacional

Farmagrícola S.A.

controle de Percevejos

A BASF, unidade de Proteção de

Cultivos lançou o Fastac® duo,

inseticida voltado para o controle de

importantes percevejos nos cultivos da

soja e do arroz. O produto é composto

pelos ingredientes ativos acetamiprido

novo comandona unidade desementes da Bayer

O engenheiro agrônomo Eduardo

Mazzieri é o novo diretor da unidade

de Sementes da Bayer CropScience

Brasil, companhia mundial que atua

nas áreas de sementes, proteção de

cultivos e controle de pragas não-

agrícolas. Mazzieri assumiu o novo

posto no dia 1º de abril e tem como

principal desafio alavancar, ainda mais,

a estratégia de sementes da empresa

no Brasil, com foco na consolidação do

negócio e na integração da proposta

de valor para os clientes.

O executivo tem 15 anos de experiência

no agronegócio brasileiro. Começou no

segmento de fertilizantes, passando

também pelas áreas de marketing,

supply chain e vendas. Está na

multinacional desde 2007, atuando

nas áreas de marketing estratégico

e marketing regional no cerrado

brasileiro. Agora passa a ocupar o

cargo que desde 2012 estava sob o

comando de André Kraide, que agora

que assumiu as operações da Bayer

CropScience no México.

vétoQuinol comPra unidade de saúde animal da Bioniche life sciences

O grupo francês Vétoquinol anunciou

a conclusão do processo de aquisição

da canadense Bioniche em abril. “O

negócio representa uma nova etapa

na implementação de nossa estratégia

de desenvolvimento internacional e vai

reforçar de maneira significativa nosso

Fábrica Vétoquinol no Brasil.

Eduardo Mazzieri, diretor da unidade de Sementes da Bayer CropScience.

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jun/jul 2014 AgroRevenda 15

aumento de área plantada no País,

com ‘novas fronteiras agrícolas’ em

Estados como Pará e tocantins. tudo

isso faz com que a confiabilidade em

nossos produtos atraia clientes novos”,

apontou Silvio Furtado, gerente de

Vendas e de Projetos dos Sistemas de

Eixos e transmissões Fora de Estrada

da ZF.

landini aPresenta nova linha

A companhia italiana landini levou para

a 21ª edição da Agrishow o seu mais

recente lançamento. O trator landforce

foi apresentado ao público presente e

deve atender à demanda dos países

da América latina. “A landini buscou

na dedicação exclusiva a tratores, o

desenvolvimento de equipamentos

com a mais alta eficiência produtiva

no campo. isto foi o resultado de

permanente investimento em pesquisa

e desenvolvimento, o que permitiu uma

expressiva oferta por parte de seus

concessionários, de soluções flexíveis

a seus clientes”, comemora o CEO

para as Américas tiago Bonomo. O

landForce é um trator de alta eficiência

equipado com transmissão 12x12

com reversor mecânico sincronizado

e bloqueio do diferencial traseiro

acionado por um simples interruptor

no espaço do operador, tendo como

e alfacipermetrina - que têm

composição exclusiva e balanceada,

o que confere seletividade e eficácia

biológica contra os percevejos, que

são insetos sugadores e promovem

a deformação das plantas e má

formação dos grãos. Para a cultura do

arroz, o Fastac® duo foi registrado

para o controle do percevejo-do-

colmo e pode ser utilizado de forma

rotacionada e, consequentemente,

auxiliar no manejo de resistência

dos insetos. “É muito importante

monitorar a cultura do arroz, pois

o percevejo-do-colmo pode ser

encontrado nas fases vegetativa e

reprodutiva da cultura“, afirma Airton

leite, gerente de desenvolvimento

técnico Cerais Sul da unidade de

Proteção de Cultivos da BASF. “tanto

na produção de sementes de soja

como na de arroz, o percevejo causa

perda de poder germinativo e vigor.

Além disso, os campos de produção

de sementes muitas vezes são

descartados devido a má qualidade

dos grãos. Por isso, é importante

a aplicação do produto logo no

aparecimento dos primeiros insetos,

evitando-se a explosão da praga e

novas gerações“, complementa o

executivo.

Zf na aGrishow

O Grupo ZF, multinacional com atuação

no fornecimento de sistemas de

transmissão e tecnologia de chassis

para o setor automotivo expôs sua

linha de produtos durante a 21a.

Agrishow, realizada entre os dias 28 de

abril e 02 de maio em ribeirão Preto,

SP. Além dos eixos e transmissões

para máquinas agrícolas, a companhia

deu destaque para as transmissões

automatizadas e mecânicas para

veículos comerciais, embreagens,

componentes de chassis e peças de

reposição para todo tipo de veículo

ligado ao campo, do trator ao

caminhão.

As perspectivas de

mercado para os produtos

da área agrícola da ZF

são promissoras com as

projeções para o biênio

2013/2014: “dados da

Companhia Nacional de

Abastecimento (CONAB)

indicam que a próxima safra

brasileira de grãos deverá

atingir 190 milhões de

toneladas, um novo recorde

nacional. também houve LandForce da Landini: pronto para a América Latina.

Estande da ZF na Agrishow 2014.

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16 AgroRevenda jun/jul 2014

maior caPacidadede receBimento

A Mosaic Fertilizantes, produtora

global de fosfatados e potássio

combinados, anunciou no final de

maio, o início das operações do

novo guindaste no terminal portuário

da Fospar, em Paranaguá. “Este é

um investimento muito importante

para a otimização das atividades do

terminal portuário da Fospar e reflete

o comprometimento da empresa com

o desenvolvimento do país”, afirma o

gerente de porto da Mosaic, ronaldo

Sapateiro.

O projeto para a aquisição do novo

guindaste teve início em 2012 e

foi desenhado especialmente para

o terminal portuário da Fospar.

O equipamento é mais seguro,

econômico e de alta confiabilidade.

Outro aspecto relevante é o caráter

sustentável do guindaste, que possui

sistema de absorção da energia

cinética e geração de energia elétrica,

consumindo, assim, menos óleo diesel.

A expectativa é que esta nova

aquisição aumente a confiabilidade

e eficiência no recebimento de

fertilizantes no terminal. Além disso,

a previsão é de que o equipamento

apresente uma maior produtividade

comparado ao guindaste anterior.

A partir de agora a Fospar, unidade

administrada pela Mosaic, conta

com dois equipamentos de ponta,

considerados os melhores para

operação de descarga a granel.

opcional o super redutor. Sua tomada

de força é independente, com

potência de 103 cv e duas velocidades

540/1000rPM. Plataforma do trator com

ótima ergonomia sendo as alavancas

de acionamento da transmissão nas

laterais , levantador hidráulico com

capacidade de elevação de 5000kg,

acionamento mecânico e 2 válvulas de

controle remoto.

armaZenamentosa Granel

A Sansuy, tradicional fabricante

de laminados flexíveis e produtos

manufaturados de PVC, levou para a

Bahia Farm Show, realizada entre os

dias 27 e 31 de maio, em luís Eduardo

Magalhães, BA, o silobunker, seu novo

sistema para armazenamento de grãos

a granel. O equipamento é destinado a

produtores, empresas armazenadoras

e cooperativas e foi desenvolvido

para atender à grande demanda por

sistemas de armazenamento de grãos

no Brasil. Sua estrutura metálica de

contenção e cobertura em membrana

de PVC reforçada, também produzida

pela empresa impedirá a entrada

de água da chuva, preservando a

qualidade dos grãos.

Seu funcionamento é simples: primeiro

montam-se os perfis metálicos e,

conforme ocorre o enchimento de

grãos, vão sendo cobertos por módulos

de membrana de PVC reforçada. O

equipamento armazena diversos tipos

de grãos, sendo que a capacidade

padrão é de 10.000 toneladas de milho

ou soja.

fornecedores

Apresentacão do Topseed Premium durante a Hortitec em Holambra, SP.

Silobunker da Sansuy, o novo sistema para armazenamento de grãos a granel: novidade no Bahia Farm Show.

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ação

jun/jul 2014 AgroRevenda 17

destinada ao mercado de hortifrúti e

proporciona nutrição equilibrada em

todas as etapas da produção.

“A Ajinomoto investe na Hortitec por

ser uma das mais importantes feiras

do segmento de hortaliças do mundo.

Acreditamos ser uma oportunidade

única para estreitar relacionamentos

com clientes e fornecedores,

apresentando produtos inovadores,

de alta tecnologia e que entregam

soluções expressivas para produtores

rurais”, afirma Maurício Silva, gerente

de área da divisão.

A divisão Agronegócios da Ajinomoto

do Brasil foi estruturada no ano 2000.

Hoje atua no mercado de fertilizantes

em diversas culturas, entre elas frutas,

hortaliças e café.

O porto de Paranaguá é o principal

ponto de descarga de fertilizantes

do Brasil, recebendo 42% das

importações desse produto. No

terminal da Fospar atracam de sete a

dez navios por mês, sendo que cada

embarcação transporta em média 30

mil toneladas de fertilizantes.

ajinomotolança fertiliZante

A 21ª edição da Hortitec, realizada

entre os dias 28 e 30 de maio em

Holambra, interior de São Paulo, foi o

palco para o lançamento do AJiFOl®

Max, fertilizante organomineral

foliar desenvolvido pela Ajinomoto

do Brasil. O novo produto fornece

e facilita o acesso de nutrientes

a culturas variadas, como frutas,

hortaliças e café, pois combina

o efeito surfactante, que melhora

a dispersão das gotas sobre as

folhas e aumenta a absorção, com

os benefícios dos aminoácidos,

grande diferencial dos produtos da

companhia. As marcas AMiNO® Plus,

AMiOrGAN®, AJiPOWEr® e AJiFOl®

Gold também foram destacadas no

espaço da empresa, no pavilhão

marrom. A linha de fertilizantes é

Novidade na Hortitec 2014: lançamento do Fertilizante AJIFOL® da Ajinomoto.

Novo guindaste no terminal portuário da Fospar em Paranaguá.

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18 AgroRevenda jun/jul 2014

mercado

Fagundes, coordenador de Marke-

ting da Premix, empresa de nutri-

ção animal, com sede em Patrocínio

Paulista, interior de São Paulo.

de acordo com Fagundes, a Premix

é pioneira em assistência técnica no

campo e prioriza, desde sua funda-

A suplementação bovina é uma

ferramenta cada vez mais utili-

zada pelo pecuarista de corte

para garantir que seu rebanho mante-

nha o ritmo de engorda, mesmo nos

períodos mais secos do ano, quando

o pasto perde muito do vigor. A im-

portância da mineralização tem sido

percebida graças a uma forte estra-

tégia de esclarecimento da indús-

tria sobre os benefícios do produto.

“realizamos diversas palestras, dias

de campo, encontros com pecuaris-

tas e, principalmente, visitas às pro-

priedades com uma equipe técnica

altamente qualificada”, afirma Jonas

Paraindústria,asagrorevendassãoaliadasimportantespara manter o consumidor bem informado

Produtor consciente, Gado Bem suPlementado

Mônica Costa

jun/jul 2014 AgroRevenda 19

buscar melhores índices de produtivi-

dade. “E para alcançar esses índices,

o pecuarista deve focar em melhorias

na nutrição do rebanho, assim como

genética, manejo e etc.”, diz o coor-

denador de Marketing da Premix que

atende 10% deste mercado e espera

crescer até 15% em 2014.

Informação como baseA participação das agro revendas

como uma fonte para a divulgação

da importância da suplementação

também é considerada pela Con-

nan, Companhia Nacional de Nutri-

ção Animal, sediada em Boituva, SP.

Para Márcio de Nadai Bonin, médi-

co veterinário e gerente técnico da

indústria, a associação com estes

canais de distribuição é importante

por causa da proximidade com o

pecuarista. “As agro revendas po-

dem ser parceiras da indústria na

transferência de informações atra-

vés de ações conjuntas em eventos

que reúnam seus clientes e treina-

mento de seus funcionários sobre a

correta utilização das diferentes ca-

tegorias de suplementos.”, afirma.

ção, o compartilhamento da infor-

mação e do conhecimento com o

pecuarista. E as revendas têm papel

fundamental para este fim. “Na pe-

cuária isto é ainda mais perceptível,

pois os vendedores das lojas são

grandes influenciadores e possuem

relacionamento direto com os criado-

res” diz.

de todo o volume de suplementos

minerais produzidos pela companhia,

que atua há mais de 35 anos nesta

área, 25% passa pelas agro reven-

das. “Por isso temos este canal como

um grande parceiro e fomentamos

um trabalho conjunto realizando pa-

lestras técnicas e visitas a campo nos

clientes das revendas”, continua.

“A agro revenda é nossa parceira na

promoção e orientação dos nossos

clientes pecuaristas quanto ao uso

da nossa exclusiva tecnologia” acres-

centa Juliano Sabella, diretor de Marke-

ting de ruminantes da dSM Brasil.

Companhia holandesa com sede na

capital paulista, que possui o maior

corpo técnico a campo do mercado

e que trabalha exclusivamente com

produtos tortuga para ruminantes.

“realizamos eventos para difundir a

nossa tecnologia para o mercado.

também promovemos treinamentos

para as equipes das agro revendas

que são importantes para levar in-

formações técnicas adequadas ao

produtor rural”, diz.

Em 2013, de acordo com a Associa-

ção Brasileira das indústrias de Su-

plementos Minerais (Asbram), o setor

encerrou o ano com um crescimento

de 3,75% ante 2012, com a venda de

quase dois milhões de toneladas de

insumos para alimentação animal, o

faturamento regis-

trou aumento de

19% com a recei-

ta atingindo r$

2,57 bilhões. Este

resultado aponta

para uma melhoria

na quantidade e

qualidade do re-

banho suplemen-

tado. Fagundes

defende que este

é um reflexo do

avanço da agricul-

tura em áreas de

pastagens que for-

ça o pecuarista a se

tecnificar mais e

consequentemente Jonas Fagundes, coordenador de Marketing da Premix.

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20 AgroRevenda jun/jul 2014

de incentivo à tecnologia tortuga

(Pitt) que uma consultoria e ofere-

ce serviço personalizado constante

para os produtores com o objetivo

de estimular o aumento da produti-

vidade e da lucratividade. “A troca

de informações é fundamental para

que o criador possa fazer suas es-

colhas de maneira clara e eficiente”,

aponta Sabella.

de acordo com o executivo, a com-

panhia começa agora uma nova

fase com a introdução de novos

nutrientes e novas soluções para

os problemas enfrentados pelos

criadores brasileiros. “As nossas

perspectivas são ambiciosas, ain-

da mais agora com as tecnologias

advindas da dSM, que nos colo-

ca em novos mercados. Exemplo

disso são os produtos que foram

lançados na Megaleite, destinados

ao período de transição da vaca

leiteira, Bovigold Beta Pré-Parto e

Bovigold Beta Pós-Parto, que pro-

movem o melhor desempenho re-

produtivo das vacas, diminuindo o

intervalo de partos e aumentando

a taxa de prenhez e a rentabilidade

dos produtores”, completa.

O executivo lembra que os pecuaris-

tas comprometidos com o sucesso

do negócio compreendem a impor-

tância e o retorno que a suplemen-

tação nutricional proporciona. “Estes

procuram suplementar de forma cor-

reta. Entretanto, ainda existem produ-

tores que entendem a suplementação

como custo e não como investimen-

to, essa parcela de produtores tende

a não seguir as recomendações téc-

nicas, suplementando o rebanho de

forma inadequada”, explica.

Para Bonin, o apoio governamental,

embora não seja suficiente frente a

enorme demanda do setor produti-

vo, é uma estratégia importante para

a conscientização do produtor. “En-

tendemos que órgãos como a Co-

ordenadoria de Assistência técnica

integral (CAti), em São Paulo ou as

Empresas de Assistência técnica e

Extensão rural (EMAtEr) em outros

Estados, são fundamentais na trans-

ferência de novas tec-

nologias, principalmente

aos pequenos produto-

res”, completa o gerente

técnico da indústria que

completou 10 anos em

2014 e que já se posi-

ciona entre as 10 maio-

res empresas do país

no setor e tem como ex-

pectativa o crescimento

de 33% em 2014.

A Connan tem como

rotina a orientação dos

clientes quanto ao uso

correto e os benefícios

da suplementação. Além

disso, são realizados

treinamentos de funcio-

nários e dias de campo

em fazendas de diversas

regiões do país, levando

informações e tecnolo-

gias que proporcionam o

aumento da produção e da lucrativi-

dade da pecuária brasileira.

A prática também é uma rotina na

dSM que investe na informação de

seus parceiros através do Programa ar

Márcio De Nadai Bonin, médico veterinárioe gerente técnico da Connan.

Juliano Sabella, Diretor de Marketing de Ruminantes da DSM Brasil.

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mercado

jun/jul 2014 AgroRevenda 21

maIs tecnologIa na suplementação

Os produtos da linha Connan diferem dos sais minerais comuns por se tratar de um produto elaborado através

de exclusivo processo de aglomeração em que todos os nutrientes garantidos encontram-se na mesma partícula

(microgrânulo). isto confere ao produto maior homogeneidade, uma vez que não está sujeito à segregação. Outra

grande vantagem é a presença do cloreto de sódio no interior das partículas do produto, evitando a absorção

de umidade em excesso e o empedramento no cocho. Além da qualidade

química e física do produto, a Connan busca sempre a melhoria da eficiência

produtiva e financeira dos clientes. Com a linha Connan Mais que combina

aditivos promotores de crescimento e eficiência alimentar com modernas

fórmulas e técnicas de suplementação. Os produtos proporcionam acesso

à tecnologia de ponta e inovações produtivas para sistemas tradicionais,

tecnificados e altamente tecnificados nas fases de cria, recria e engorda

através de manejo de fácil adoção e implantação.

soluções para todas as categorIas

A Premix tem soluções para a pecuária de corte, leite, equinocultura, caprinocultura e

ovinocultura. Como destaque, os protocolos de monta com uma linha de minerais

orgânicos e o FAtOr P que é a mais avançada biotecnologia que auxilia na produção de

carne e leite orgânicos. É um aditivo orgânico composto por aminoácidos, probióticos e

ácidos graxos essenciais que melhoram a digestão de alimentos fibrosos, o metabolismo

ruminal e a absorção de nutrientes. A sua inclusão no sistema de alimentação favorece

aumentos no ganho de peso em até 20%, melhora a reprodução de fêmeas, pode reduzir

o manejo sanitário e melhorar a resposta imunológica.

maIor produtIvIdade

A dSM tem como destaque o Programa Boi Verde, que é uma linha completa de suplementos que aumentam a

produtividade do gado de corte, com produtos específicos para cada fase do animal e época do ano permitindo

que os animais cresçam/engordem mais rapidamente, diminuindo

o tempo necessário para atingirem o peso ideal. “Programa de

Suplementação Estratégica tem o mesmo propósito e pode ser

adequado para atender necessidades pontuais de manejo da

propriedade”, completa o diretor de marketing de ruminantes da

companhia.

22 AgroRevenda jun/jul 2014

investirem Pessoas temretorno Garantido

Grupo Belagrícola se destaca entre as agro revendas pelo trabalhodeexcelêncianagestãodepessoas

Mônica Costa

No atual cenário empresarial, marcado pela globalização e competitividade, é

essencial que as empresas invistam no aprimoramento profissional de seus

colaboradores. Equipes motivadas, competitivas, eficientes e que garantam

bons resultados são alguns dos principais objetivos das empresas nos dias de hoje.

capaBelagrícola

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jun/jul 2014 AgroRevenda 23

“ter na companhia equipes qualificadas

para as funções que desempenham é

primordial para o sucesso do negócio.

isto porque a qualidade dos produtos

e serviços tem relação direta com o

nível de capacitação das pessoas que

trabalham na organização”, ressalta

renan de Marchi Sinachi, coordenador

de projetos da leme Consultoria –

especializada em soluções para Gestão

de Pessoas e Estratégia Empresarial.

Para que uma empresa conquiste

visibilidade no mercado em que atua,

ficando à frente da concorrência, é

importante ter profissionais capacitados

e em sintonia com os seus valores,

objetivos e metas e este tem sido o foco

da Belagrícola, agro revenda sediada

em londrina, a 400 km de Curitiba,

capital do Paraná, que apostou em

novos serviços e na confiança dos

mais de dois mil funcionários para

ser uma das maiores empresas do

agronegócio do País.

“A gestão de pessoas é uma das

forças mais importantes no contexto

organizacional. Nós não vamos para

lugar nenhum se não contarmos com

profissionais comprometidos com a

empresa”, diz Adilséia Batista, gerente

do departamento de recursos humanos

da companhia. de acordo com a

Equipe Belagrícola: integrada e unida com os objetivos da empresa.

segundo especIalIstas,as empresas que não estImulam nem Investem na capacItação de seus profIssIonaIs estão fadadas ao fracasso, poIs este é um processo contínuo para aprImorar habIlIdades e adquIrIr novos conhecImentos e manter os colaboradorese a empresa atualIzados.

24 AgroRevenda jun/jul 2014

capaBelagrícola

executiva, é fundamental que toda a

equipe trabalhe com foco no processo

de desenvolvimento dos parceiros,

para tanto é preciso que haja políticas

e práticas de recursos humanos

consistentes com o pensamento e

valores da Belagrícola.

“A área de Gestão de Pessoas

ganhou força a partir de 2008, mas

o foco nos funcionários existe desde

o nascimento da empresa em 1985,

porque João Andreo Colofatti, o

presidente-fundador, sempre priorizou

os seus colaboradores por entender

que o grande diferencial de um

negócio é ter pessoas afinadas com

os objetivos da organização”, afirma.

empresa destaqueO resultado do investimento no quadro

de funcionários é o destaque que a

Belagrícola tem recebido no cenário

nacional como uma das melhores

empresas em gestão de pessoa.

Em novembro de 2013 a Belagrícola

foi a única do agronegócio a ser

premiada pelo ranking “As Melhores

na Gestão de Pessoas”, da revista

Valor Carreira, publicação anual do

jornal Valor Econômico. depois de ser

classificada para o ranking por quatro

vezes consecutivas, a Belagrícola

conquistou o terceiro lugar na

categoria “Empresas de 1001 à 2.000

funcionários”. A pesquisa elaborada

pela consultoria Aon Hewitt, apresenta

as 30 empresas mais bem avaliadas

por seus próprios funcionários e

serve como um indicador importante

para as empresas que participam

porque revela como a satisfação dos

funcionários se traduz também em

resultados para os negócios.

“Estes prêmios confirmam que

estamos no caminho certo. uma vez

que cuidamos das nossas pessoas

e percebemos que há um retorno

de envolvimento e comprometimento

dos profissionais com a empresa”,

continua a gerente.

Entre os critérios para apontar os

ganhadores do ranking está a análise

por meio do nível de engajamento,

ou seja, quando os funcionários falam

positivamente sobre a empresa, têm

grande desejo de fazer parte da

organização e mostram esforço extra,

contribuindo para o sucesso da equipe.

A “média final” da Belagrícola foi 80,

calculada a partir de três quesitos

gerais: engajamento (85%), cultura de

alto desempenho (74%) e satisfação

(78%). O item mais bem avaliado

na pesquisa entre os funcionários

foi “reputação da empresa” 93%.

“idoneidade é uma característica

importante que a empresa preza e exige

de seus colaboradores”, completa a

gerente de recursos humanos.

No mês de agosto de 2013, a

Belagrícola também foi destaque no

ranking 1000, do Valor Econômico, que

apresenta as mil maiores empresas do

Brasil. Entre as cinco londrinenses que

aparecem na relação, a Belagrícola é

a primeira da lista, na 241ª posição.

“também fomos ganhadores do

prêmio “Ser Humano Paraná – 2011

na Modalidade Gestão de Pessoas

e Prêmio FidAGH 2013 na categoria

Excelência Empresarial da república

do Panamá” lembra Adilséia.

Capacitar os funcionários é a ferramenta

usada pela agro revenda para se

manter em ascensão. A companhia

oferece aos 2.194 funcionários cursos

de treinamento, bolsas de graduação

e pós-graduação. “temos plano de

Adilséia Batista, gerente do departamento de recursos humanos da Belagrícola.

Sede da Belagrícola em Londrina, PR

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jun/jul 2014 AgroRevenda 25

cargos e oportunidades, avaliação

de desempenho e reconhecimentos

financeiros instituídos na empresa”,

afirma a gerente. Os funcionários têm

participação nos resultados, e os que

mais se destacam ganham viagens

com a família e prêmios internos.

“tenho aprendido muito aqui e

a possibilidade de ampliar meus

conhecimentos tornam o meu trabalho

ainda mais prazeroso”, assegura

rodrigo Bragante, engenheiro

agrônomo, que trabalha há quatro anos

na Belagrícola como consultor técnico

na unidade localizada em Arapongas,

Pr, a 40 km da sede em londrina.

Bragante é um dos funcionários

da agro revenda que frequenta

a Academia de Vendas, projeto

de capacitação desenvolvido pela

Syngenta, multinacional com atuação

em proteção de cultivos, em parceria

com seus revendedores.

O curso tem duração de quatro anos

e oferece educação contínua para

os profissionais de venda das agro

revendas parceiras, certificado pela

Escola Superior de Propaganda e

Marketing (ESPM). As aulas são

planejadas a partir das necessidades

dos parceiros e ministradas de forma

que levem aos alunos conhecimentos

relevantes para o dia a dia, como

administração rural, tecnologia de

produção e informações sobre o

mercado. Além disso, os alunos

têm a oportunidade de produzir

resenhas técnicas, estudos de caso e

levantamento de dados experimentais.

“Com o conhecimento adquirido nos

cursos promovidos pela empresa tenho

mais embasamento e segurança para

lidar com os clientes no campo e isso

aumenta a fidelidade ”, diz o engenheiro

agrônomo, que também participa de

outros treinamentos técnicos e cursos

de atualização dentro da Belagrícola.

conscIentIzação e humoruma das inovações da Belagrícola

foi apresentada durante a Semana

interna de Prevenção de Acidentes de

trabalho (Sipat) em 2013. A companhia

apostou na presença de palhaços para

conscientizar os funcionários sobre

a importância da utilização correta

dos equipamentos de proteção e

das medidas preventivas para evitar

Unidade Belagrícola em Cambé, PR.

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26 AgroRevenda jun/jul 2014

acidentes no ambiente de trabalho. O

Plantão Sorriso, um grupo de palhaços

repleto de carisma e bom-humor

criou o projeto Plantão de Qualidade,

especializado em “rH”, ou seja, em

“risos e Humor”. São ações dirigidas

a empresas e instituições que buscam

qualidade nas relações de trabalho e

bem-estar.

Por meio do teatro, os doutores-palhaços

do Plantão Sorriso realizaram 14

apresentações na Belagrícola, abordando

a segurança no trabalho, a prevenção de

doenças, a motivação e a qualidade de

vida: “Na Sipat da Belagrícola, criamos

um roteiro de atividades baseado nos

gargalos da empresa para reforçar a

questão da segurança no trabalho”,

explica a coordenadora geral do grupo,

Emilia Miyazaki. Quando contratados

pelas empresas, o Plantão Sorriso

também faz intervenções no ambiente

de trabalho. Os doutores-palhaços

percorrem as salas, os departamentos

e os corredores da empresa, passando

uma mensagem diferenciada. uma

das características do grupo é interagir

com os funcionários, levando humor,

informação e descontração. “A presença

do palhaço no ambiente empresarial

muda a rotina de trabalho, desperta a

criatividade e gera energia positiva”,

comenta Emilia.

clIente satIsfeIto Com funcionários bem tratados, o

resultado não poderia ser outro: a

Belagrícola tem uma base com mais

de 15 mil clientes fidelizados e deve

registrar em 2014 um faturamento

de aproximadamente r$ 2,4 bilhões.

Com profissionais especializados,

entre eles engenheiros agrônomos,

capazes de ajudar os clientes sobre

o uso adequado de insumos em

suas propriedades, a Belagrícola

iniciou um plano de venda de muito

sucesso. ‘Havia muita carência por

assistência técnica aos produtores

nas revendas agrícolas”, lembra

João Andreo Colofatti, presidente da

empresa. Segundo ele, o processo

que faz uma empresa crescer, em

qualquer setor, é a inovação. No caso

da Belagrícola, a assistência técnica

prestada aos produtores ajudou a

fidelizar clientes. ‘’Naquela época, os

agricultores compravam de diversos

fornecedores, por isso decidimos

contratar engenheiros agrônomos para

darem o suporte necessário para os

clientes‘’, relembra Colofatti. Com essas

parcerias, as revendas começaram a

se tornar filiais. Segundo o dirigente,

o trabalho de campo foi muito intenso.

‘’Não basta contato comercial, se não

houver uma interação com o produtor’’,

salienta. Hoje, a Belagrícola possui

50 unidades filiais, sendo 35 só de

recebimento e sete delas localizadas

no estado de São Paulo.

Unidade Belagrícola em Tamarana, PR.

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capaBelagrícola

jun/jul 2014 AgroRevenda 27

dIretrIzes estratégIcas do rh

A Belagrícola apresenta um crescimento exponencial, mas tem como objetivo

manter a cultura, a forma simples de trabalhar e a proximidade entre os

colaboradores. Sendo assim a Área de Recursos Humanos tem como papel:

• Apoiar e instrumentar a direção nas decisões estratégicas;

• Criar mecanismos de manutenção da cultura;

• Capacitar a liderança tanto na parte de gestão como em

questões relacionadas à cultura e procedimento organizacional;

• Munir a direção de informações que a auxilie

na tomada de decisão;

• Ser uma área aberta a todos os colaboradores com o objetivo

de trazer soluções e respostas rápidas e eficientes a todos.

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28 AgroRevenda jun/jul 2014

índice de confiança do produtorICP

A 29ª rodada do Índice de

Confiança do Produtor rural

realizada pelo AgroFEA/uSP

mostra que a confiança dos produtores

rurais, medida pelo iCPrural registrou

alta em relação à última rodada,

realizada no mês de janeiro, ficando

acima do nível de confiança. Enquanto

isso a confiança dos produtores de

soja (iCPSoja) permaneceu no mesmo

nível. O destaque do levantamento

de maio ficou por conta do subíndice

preço: alta de 16% no iCPrural

e elevação de 25% no iCPSoja.

A elevação deste item é reflexo,

segundo os entrevistados, da queda

significativa na produtividade, devido

ao clima desfavorável durante a safra.

ICPRuRAl REGIStRA AltAO iCPrural fechou a rodada marcando

104,3 pontos, aumento de 12% em

relação a janeiro, quando havia

registrado 93 pontos. O subíndice

insumos que havia marcado 123 pontos

em janeiro, sofreu elevação de 4%.

O que sinaliza uma alta no consumo,

principalmente defensivos. O subíndice

Equipamentos que havia marcado 68,2

pontos em janeiro foi o único a registrar

queda na rodada de abril, redução de

3%, marcando 66,1 pontos. O subíndice

Condições Atuais registrou leve alta de

2%, fechando a rodada em 94 pontos.

O iCPrural de abril passou a fechar

acima dos 100 pontos, indicando

produtores mais confiantes, sendo o

maior valor registrado nas últimas duas

rodadas. dos subíndices que compõem

o iCPrural, apenas Preço e insumos

fecharam acima dos 100 pontos,

mostrando que os produtores não

diminuíram e, em algumas situações,

elevaram a utilização de insumos em

suas lavouras. A principal justificativa

para a queda registrada no subíndice

Equipamentos foi a de que os produtores

já haviam feito à aquisição de novos

equipamentos no ano passado.

CoNfIANçA DoS SojICultoRES PERMANECE EStÁVElO iCPSoja fechou a rodada estável em

relação à rodada de janeiro, marcando

114,5 pontos. Este resultado expressa

a confiança dos sojicultores para a

safra de 2014. O destaque da rodada

ficou para o item Preço que fechou em

abril com forte alta de 25%, quando fonte: agrofea ribeirão preto/usp e markestrat / uni.business

Roberto Fava Scare, Matheus Kfouri Marino, Beatriz Paro Barison e Fernanda Branco Rodrigues

confiança do Produtor rural seGue em alta

28 AgroRevenda jun/jul 2014

29ª rodada do ICPRural mostra aumento de 12% em relação à pesquisa anterior

jun/jul 2014 AgroRevenda 29

fonte: agrofea ribeirão preto/usp e markestrat / uni.business

resultados trimestrais:

comparado à rodada de janeiro. Os

subíndices Equipamentos, insumos

e Condições Atuais apresentaram

redução, quando comparados com

a rodada de janeiro, com quedas de

8%, 2% e 16% respectivamente. Com

exceção dos subíndices Equipamentos

e Condições Atuais, todos os outros

indicadores permaneceram acima do

nível de confiança.

Em comparação ao mesmo período de

2013 o iCPSoja registrou alta de 7,2%. O

subíndice Preço, registrou alta de 55,2%,

quando comparado ao mesmo período

de 2013, indicando uma maior confiança

em relação aos preços da safra 2014.

Para o subíndice Equipamentos a queda

registrada no comparativo com abril de

2013 foi de 79%. O subíndice insumos

que apesar de registrar queda no período

de abril quando comparado a janeiro de

2014, apresentou elevação de 10,4% no

comparativo com abril de 2013.

O valor registrado de 93,9 pontos no

subíndice Condições atuais mostra que

as condições da safra de soja deste ano

não estão muito satisfatórias, embora

haja grandes expectativas de elevação

nos preços e de que uma quantidade

satisfatória de insumos na lavoura

aumente a produtividade. desta forma

a expectativa de lucro dos produtores

segue ainda a tendência da safra 2013.

MEtoDoloGIAA confiança do produtor é avaliada

por questões que abordam a intenção

de compra de insumos (defensivos

e fertilizantes), equipamentos e

implementos agrícolas, avaliação

sobre o preço do produto cultivado

e percepções sobre as condições

atuais do seu negócio. O iCPrural e o

iCPSoja se desdobram em subíndices

que refletem a expectativa para cada

um desses tópicos. Os índices são

apurados pelo AgroFEA ribeirão Preto

em entrevistas telefônicas com base

em uma amostra representativa de

produtores de soja, milho, cana, café,

arroz, citros e algodão em 16 estados

brasileiros. A coleta é realizada entre o

primeiro e o último dia útil do mês e a

divulgação é trimestral.

O objetivo dos indicadores é o de

aprofundar o conhecimento sobre a

tomada de decisão do produtor rural e

tem apoio da universidade de São Paulo

por meio do seu programa “Aprender

com Cultura e Extensão”.

Markestrat / Uni.Business

A Markestrat / uni.Business é umaorganização que desenvolve consultoria, pesquisa e treinamento em estratégia e busca a geração e a difusão de conhecimento sobre o agronegócio brasileiro.

Site: www.markestrat.org www.unibusiness.orgTel.: (11) (11) 3034.3316 / (11) 3034.3316Parceria: Canal rural

ar

AgroRevenda 29jun/jul 2014

30 AgroRevenda jun/jul 2014

Gestão de Pessoase Qualificaçãode eQuiPes

Matheus Consoli, Lucas Prado, Isabela G. R. Teixeira e Anamaria Gandra *

As revendas devem repensar a forma como contratam e aplicam ostreinamentos,quenãodevemsereventosúnicoseseparados,mas integrados e relacionados com a estratégia da empresa

markestrat & uni.business

30 AgroRevenda jun/jul 2014

centro de pesquisa e projetos em marketing e estratégia

Observa-se, há algum tempo

no mercado brasileiro, o

aumento nas movimentações

de fusão, aquisição, compra e vendas

de empresas. Essas mudanças

ocorrem porque o mercado precisa

ganhar competitividade e geralmente

as empresas que passam por

esse processo estão preparadas e

organizadas para isso.

Nesse sentido, observa-se a importância

das revendas agrícolas se organizarem

internamente. tanto em relação

aos processos e procedimentos de

trabalhos rotineiros, quanto em relação à

preparação da equipe para uma eventual

operação que exija sinergia. Além do

mais, deve-se considerar que o resultado

de um processo de consolidação será

o surgimento de empresas mais fortes

e estruturadas, acirrando ainda mais

a competição de mercado. Sendo

assim, esse cenário exige investimento

na capacitação da equipe para que

a revenda se mantenha atualizada e

competitiva.

Estudos apontam que a aprendizagem do

indivíduo no ambiente de trabalho ocorre

por duas maneiras, a informal e a formal.

A primeira é baseada nas experiências

do trabalho diário, nas relações pessoais

e nos feedbacks. Geralmente ocorre fora

das salas de aula e sem planejamento.

A segunda está relacionada com

treinamento e capacitação da equipe de

forma planejada e estruturada. destaca-

se que as ações de capacitação formal

são cada vez mais importantes num

contexto de mudanças econômicas,

políticas e sociais.

Nesse cenário, as revendas devem

repensar a forma como contratam e

aplicam os treinamentos, que não devem

ser eventos únicos e separados, mas

sim, integrados e relacionados com a

estratégia da empresa. Além do mais,

devem ser expandidos para as diversas

áreas e níveis hierárquicos, de acordo com

a necessidade. É comum observarmos

a contratação de treinamentos apenas

para a equipe de vendas, quando na

verdade, é importante capacitar também

a equipe interna, como por exemplo, no

uso correto do software, planejamento,

gestão financeira e do negócio, gestão

operacional, entre outros. isso se deve ao

fato de que a gestão eficiente da empresa

jun/jul 2014 AgroRevenda 31

ar

Tradiçãoe liderança

absolutas no mercado

Mais de 7,5 milhões debisnagas vendidas no Brasil desde 2008.

Agora o Mastifin® é exclusivamente

comercializado pelo Atacado. O

representante do atacadista mais

próximo de você será o responsável

pela venda do produto à sua loja, não

mais o representante da Ourofino

Saúde Animal. É mais oportunidades

para você com o antimastítico líder de

vendas no Brasil.

depende da análise de indicadores de

desempenho confiáveis.

Mas, para que a revenda não invista

dinheiro além do necessário, é preciso que

ela avalie a necessidade do treinamento,

planeje o programa de capacitação e

faça uma avaliação ao final para medir a

eficácia do treinamento.

A etapa de reconhecimento das

necessidades é primordial para as

organizações. Muito dinheiro é gasto

em treinamento sem realmente ser

necessário, apenas para cumprir com

um cronograma preestabelecido.

Quando isso ocorre, as chances de

retenção do conhecimento por parte da

equipe tendem a ser menores.

Os treinamentos realizados de acordo com

a estratégia da empresa e baseados nas

necessidades da equipe, independente

do nível hierárquico e da área, acabam

de certa forma, transformando a cultura

organizacional e, como consequência

influenciará os próximos programas

de capacitação. Cabe ressaltar que as

ações de treinamento e desenvolvimento

de equipe devem ser programadas para

atender às necessidades específicas de

cada participante. Ela pode ser detectada

por simples observação no trabalho, por

roteiros de avaliação e também pelo

resultado da avaliação de desempenho.

Quanto mais precisa for a ferramenta

utilizada para detectar os pontos de

melhoria, maior será a probabilidade de

eficácia do treinamento.

Assim, para garantir o retorno do

investimento feito em formação, as

organizações precisam começar a tratar

os investimentos em treinamento como

tratam outros investimentos financeiros.

É importante entender as necessidades

da organização, dos empregados

e assegurar que as concepções da

formação, do conteúdo e da entrega

proporcionarão captação máxima.

* Os autores são consultores da Markestrat

Uni.Business e atuam em projetos em

agronegócios e distribuição de insumos

agropecuários. Para maiores informações,

acesse www.markestrat.org

* Matheus Alberto Consoli - Especialista

em Estratégias de Negócios, Distribuição,

Marketing e Vendas, Gestão de Cadeias de

Suprimentos, e Avaliação de Investimentos.

Doutor em Eng. Produção pela EESC/USP.

Mestre pela FEA/USP. Professor de MBA’s

na FGV e FUNDACE/USP.

* Lucas Sciencia do Prado - Especialista

em Sustentabilidade Social no Varejo

e Negociação Empresarial. Mestre em

Administração de Empresas pela FEA-RP/

USP. Administrador de Empresas também

pela FEA-RP/USP.

* Isabela grespan da Rocha Teixeira -

Mestre em Administração de Organizações

pela FEA-RP/USP. Possui MBA em Gestão de

Comércio Exterior e Negócios Internacionais

e graduação em Administração de

Empresas.

* Anamaria guimarães gandra - Mestre

em Administração de Organizações pela

FEA-RP/USP e graduação em Administração

pela UNESP. Participou de diversos projetos

nas áreas de Planejamento Estratégico e de

Marketing para empresas.

jun/jul 2014

Markestrat / Uni.Business

A Markestrat / uni.Business é umaorganização que desenvolve consultoria, pesquisa e treinamento em estratégia e busca a geração e a difusão de conhecimento sobre o agronegócio brasileiro.

Site: www.markestrat.org www.unibusiness.orgTel.: (11) (11) 3034.3316 / (11) 3034.3316Parceria: Canal rural

32 AgroRevenda jun/jul 2014

gestão

32 AgroRevenda jun/jul 2014

stracta

Boas práticas das empresas que as revendas devem saber

Camila Mourad *

Em um trabalho de diagnóstico

de gestão realizado pela Stracta

em cerca de 60 revendas

agropecuárias distribuídas por todo o

país, uma das principais deficiências

gerenciais identificadas foi a gestão de

pessoas.

Nesses diagnósticos, encontramos

problemas como alta rotatividade de

funcionários, conflitos internos entre

chefias, desempenho da equipe abaixo

da expectativa e ações trabalhistas. Estes

problemas enfrentados pelas revendas

estão altamente relacionados com a

deficiência nas práticas de gestão de

pessoas identificadas pela Stracta em

cerca de 70% das revendas visitadas.

Com o aumento da concorrência pela

mão de obra observada no país nos

últimos anos, a implementação de

práticas ligadas a pessoas é uma saída

utilizada pelas empresas de diversos

setores. Mas que práticas são essas

e como elas podem contribuir para

a manutenção do bom funcionário e

para a melhora nos relacionamentos

interpessoais dentro empresa? A seguir

apontamos uma pequena lista para

falar sobre a importância de cada uma

dessas práticas:

Desenho da Estrutura organizacionalO desenho da estrutura organizacional,

também chamado de organograma,

é o primeiro passo rumo à gestão de

pessoas. isso porque uma parte dos

conflitos, principalmente nas empresas

de pequeno porte, é resultado da

indefinição das linhas de comando e das

funções de cada área ou departamento.

Com isso, várias pessoas se sentem

responsáveis pelas mesmas atividades

ou, o contrário, nenhum departamento

assume a responsabilidade sobre

determinadas atividades, “jogando a

bola” para o outro lado.

Para solucionar este tipo de

conflito, é preciso conversar com

todos os funcionários ou com um

representante de cada função, para

entender como as atividades estão

distribuídas entre as pessoas e como

se dá fluxo de poder. A partir desse

primeiro diagnóstico, será possível

desenhar uma estrutura de áreas e

cargos que atenda as necessidades

da empresa. Nesse momento, será

possível, inclusive, identificar a

necessidade de novas posições e

extinção de algumas que apresentem

sobreposições de tarefas.

Plano de Cargos e SaláriosCom as áreas e cargos definidos no

organograma, passamos para o passo

seguinte que é o detalhamento das

atividades e responsabilidades de cada

cargo, bem como as remunerações

atribuídas a eles. Para isso, fazemos uma

descrição de cargo, neste documento fica

estabelecido quais são as atribuições,

os requisitos de conhecimento e

as habilidades necessárias para

desempenhar bem a função.

Os benefícios da formalização dos

cargos estão inicialmente na clareza

que o colaborador tem sobre quais

são, de fato, suas responsabilidades e

sobre quais aspectos ele será cobrado

pela empresa. Essa simples informação,

muitas vezes dispersa nas pequenas

empresas do agronegócio, traz certo

conforto ao funcionário, permitindo que

ele se planeje para cumprir o acordo

estabelecido ao assumir a função. O

segundo benefício está na seleção de

novos colaboradores, pois o processo

seletivo poderá ser estruturado para atrair

profissionais com o perfil (conhecimentos

e habilidades) previamente descrito,

reduzindo a probabilidade de contratação

da pessoa errada. O baixo desempenho e

a rotatividade de funcionários podem estar

os caminhos do sucessoem Gestão de Pessoas

A Stracta Consultoria é uma empresa de prestação de serviços e treinamentos focada no atendimento personalizado de seus parceiros. Buscando participar dos desafios diários de seus clientes, a Stracta auxilia na melhor tomada de decisão para resoluções de problemas, permitindo o sucesso a longo prazo para a empresa.Tel: (11) 2339-4616 Site: www.stractaconsultoria.com.br E-mail: [email protected]

jun/jul 2014

ligados à má alocação das pessoas por

não atenderem às competências técnicas

e, principalmente, às comportamentais

que o cargo exige.

tanto na manutenção dos colaboradores

atuais como na atração de novos, o

acordo estabelecido entre empregado e

empregador deve deixar claro os direitos

e deveres de cada parte. Os deveres do

funcionário estão explícitos na descrição

de cargos, ao passo que os deveres do

empregador estão no plano de cargos

e salários . Esse tipo de ferramenta

permite o planejamento orçamentário

das promoções e novas contratações,

pois o valor da remuneração de cada

cargo já está previsto. Além disso,

a presença de planos de cargos e

salários que demonstre as diferenças

de remuneração em função do tipo

de atribuição dos cargos é um ponto

favorável às empresas em situações de

reclamações trabalhistas.

Avaliação de DesempenhoA partir do momento que temos um

acordo de direitos e deveres, todos

deveriam cumprir a sua parte, certo? Mas

como o colaborador pode ter certeza

de que sua atuação está atendendo

às expectativas dos gestores? Como o

colaborador pode saber se o seu gestor

está percebendo que ele se dedica mais

ao trabalho que outra pessoa na equipe?

As respostas para essas questões estão

na avaliação de desempenho.

A reação inicial de gestores e

funcionários que nunca passaram

por um processo de avaliação de

desempenho é a resistência, afinal as

pessoas serão “medidas” e alguns

pontos que às vezes fingimos ignorar

serão levados à tona. Essa resistência,

no entanto, pode ser quebrada com a

demonstração dos benefícios envolvidos

nesse tipo de prática, já que o avaliado

poderá adquirir maior consciência

sobre sua função e oportunidades de

desenvolvimento e crescimento.

Para o gestor, a avaliação proporciona

indicadores de gestão de sua área, que

também devem ser analisados a fim de

desenvolver a equipe em sua totalidade.

Além disso, os resultados das avaliações

podem ser utilizados como indicadores

para outros processos, como para a

elaboração de um plano de capacitação.

Portanto, a avaliação de desempenho

nos permite dar um feedback consistente

ao colaborador, algo que impacta

diretamente em sua motivação, e planejar

as ações de desenvolvimentos das

equipes de trabalho.

Plano de treinamento e DesenvolvimentoCom base nas necessidades de

desenvolvimento identificadas na

avaliação de desempenho de cada

colaborador, fazemos um levantamento

das necessidades de treinamento e

desenvolvimento de toda a empresa. Com

essas informações em mãos, é possível

elaborar um plano de capacitação voltado

aos objetivos estratégicos e à realidade da

empresa. um bom plano de capacitação

deverá responder às seguintes questões:

Quais são as nossas necessidades?

Onde devemos e queremos chegar?

Como iremos proceder para chegar

onde queremos? Como iremos mensurar

os resultados? Quanto irá custar o que

definimos fazer? Sem a resposta para

essas perguntas, a empresa corre o risco

de investir em treinamentos isolados cuja

efetividade não é percebida.

Além de melhorar o desempenho técnico

e comportamental dos colaboradores,

as ações de desenvolvimento também

apresentam caráter motivacional, pois traz

a possibilidade de crescimento individual

do colaborador.

Plano de Carreiraum dos componentes para que o

colaborador se engaje no aprimoramento

de suas habilidades e conhecimentos

é a visualização de como suas ações

irão contribuir para sua evolução dentro

da empresa. Apresentar quais são as

possibilidades de crescimento em termos

de posições possíveis dentro da empresa

é a função do Plano de Carreira.

O desafio central ao se elaborar esse

plano é atender tanto às necessidades

da organização, quanto aos anseios

e ambições profissionais e pessoais

do colaborador. diante da disputa

no mercado por bons profissionais,

apresentar as possibilidades reais e os

mecanismos de ascensão na empresa

confere reconhecimento e segurança

aos profissionais, contribuindo para a

manutenção dos talentos da empresa.

A adoção dessas práticas de gestão

de pessoas trazem excelentes

resultados para as empresas quando

bem implementadas, reduzindo a

rotatividade, melhorando o desempenho

das equipes e o clima organizacional.

O sucesso da implementação, por

sua vez, irá depender da presença

de um profissional qualificado em

gestão de pessoas para conduzir os

processos, mas principalmente, do

comprometimento dos gestores em

inserir a valorização e o reconhecimento

das pessoas à cultura da empresa.

* Camila Mourad - Consultora Associado

da Stracta Consultoria.

ar

AgroRevenda 33

34 AgroRevenda jun/jul 2014

profissional de vendas

Um departamento de Gestão de Pessoas ativo desenvolve treinamentos para capacitação dos colaboradores, cria condições de trabalho ideais, realiza descrições de atividades claras, monitora e acompanha o desempenho e amarra os objetivos estratégicos com os planos de remuneração e incentivo.

Lucas Sciencia do Prado*

Ao visitarmos as mais diversas

regiões do Brasil, notamos

que muitos distribuidores

estão trabalhando com o tema de

planejamento. Nesse aspecto temos

aqueles que já realizaram há algum

tempo o seu planejamento, aqueles que

estão em desenvolvimento, aqueles

que perceberam a necessidade e estão

se estruturando ou ainda aqueles que

não perceberam tal importância.

isso é consequência das

transformações no ambiente da

distribuição de insumos, que já

discutimos em outros artigos. O maior

detalhamento dessas mudanças foge

do escopo deste tema, no entanto,

podemos relembrar algumas dessas

transformações. Entre elas, o aumento

da competitividade (distribuidores

ampliando a sua área de atuação),

a presença de outros players na

distribuição, a maior verticalização dos

eQuiPe comerciale o desemPenho estratéGicoda revenda

jun/jul 2014 AgroRevenda 35

negócios ou ainda as mudanças no

comportamento do cliente: o produtor.

também é comum observarmos que

boa parte dos distribuidores sente

que o seu planejamento não está

sendo executado da maneira como

foi idealizado ou, ainda, que somente

um grupo seleto dentro da empresa

entende a estratégia. isso pode estar

ligado a resposta de uma pergunta

simples: quem implementa a sua

estratégia? talvez neste momento a

resposta já tenha sido dada em seu

pensamento: são as pessoas.

Assim o envolvimento das pessoas,

notadamente para o foco deste artigo,

da equipe comercial é fundamental para

a implementação do planejamento. Na

sequência, vamos destacar como o

vendedor pode contribuir para esse

processo, assim como a empresa

pode criar algumas bases para essa

integração:

(1) Envolvimento na definição

das estratégias.

Grande parte dos métodos de

estratégia trabalham com análises

internas e externas. A equipe comercial

pode levantar quais são os principais

pontos de melhoria de sua área,

assim como monitorar e trazer dados

de mercado, sobre culturas, atuação

dos concorrentes, novos entrantes e

tendências da região. Outro tópico

que merece destaque envolve as

informações sobre o que o cliente

valoriza. isso será muito útil para que as

empresas possam criar a sua proposta

de valor. A definição dos objetivos e

metas também pode ser facilitada com

a participação da equipe comercial.

Conhecer o potencial da área de

atuação e traçar metas de crescimento

para o longo prazo é importante.

(2) Envolvimento na execução

da estratégia.

Após definidos os planos de ação,

o time deve escalonar as metas e

colocar o projeto em prática. do lado

da equipe comercial é preciso ser

organizado, utilizar as ferramentas

que possam facilitar o trabalho do dia

a dia, tais como plano e relatórios de

visitas e fichas de relacionamento. O

vendedor deve buscar onde estão as

oportunidades para cumprir a meta

desenhada no longo prazo e quais são

os clientes que deverão fazer parte

desse processo.

do lado da gestão é preciso

acompanhar esse trabalho e criar

momentos para discussão e redesenho

dos planos de ação. A definição de

indicadores de desempenho pode ser

uma boa ferramenta. Esses indicadores

devem gerar informações sobre a

evolução dos principais objetivos

da organização. Por exemplo, se a

estratégia da empresa é aumentar a

penetração de mercado, sem expandir

muito a carteira de clientes, então

um bom indicador é o seu customer

share (participação de mercado) nos

principais clientes da empresa.

(3) Envolvimento no

ajuste estratégico.

todas as estratégias devem ser

acompanhadas e revisadas. Assim,

é importante que a equipe comercial

consiga gerar constantemente

informações sobre como o mercado

está se desenvolvendo, como a

concorrência se posiciona, quais são

os preços e ações praticadas. também

é importante observar a maneira como

o produtor (cliente) está respondendo a

oferta levada até ele. isso auxiliará os

gestores da organização a monitorarem

o planejamento estratégico, bem como

gerar ações para correção de curso.

Essas e outras ações podem ser

acompanhadas nas reuniões mensais

como a equipe.

Os tópicos listados neste artigo são

apenas alguns exemplos de como

as atividades desenvolvidas pela

equipe comercial podem auxiliar no

desenvolvimento estratégico da agro

revenda. Não podemos deixar de

ressaltar que a mesma análise feita

para a área comercial pode ser aplicada

para todas as áreas da organização.

* lucas Sciencia do Prado -

Especialista em Sustentabilidade Social

no Varejo e Negociação Empresarial.

Mestre em Administração de Empresas

pela FEA-rP/uSP. Administrador de

Empresas também pela FEA-rP/uSP.

ar

Centro de Pesquisa e Projetos em Marketing e Estratégia“Missão de gerar valor para pessoas e organizações, desenvolvendo e aplicando conhecimento em administração, com a visão de ser referência internacional no planejamento e gestão de estratégias integradas e sustentáveis com orientação para o mercado”.E-mail: [email protected].: (16) 3456-5555

Seção direcionada a você

BAlCoNIStA. Sua opinião é muito

importante para nós da revista

Agrorevenda. Envie um e-mail

para [email protected]

e encaminhe os seus dados nos

informando o que você achou deste

tema. Sugira novos assuntos que

você, BAlCoNIStA, gostaria que

abordássemos nas próximas edições.

36 AgroRevenda jun/jul 2014

eventos

lÍderes mundiaisdiscutem o futuro daProdução aGrÍcola

brasileiro faz cada vez mais com

menos, registrando seguidos

recordes de produtividade, gerando

desenvolvimento socioeconômico,

e atuando com respeito ao meio

ambiente.” afirmou.

O GAF 14, que está entre os maiores

fóruns de agronegócio do mundo,

reuniu mais de 1200 produtores,

Os desafios para atender ao

crescimento da população mundial

que deverá alcançar nove bilhões de

pessoas até 2050 e a incorporação

de mais de três bilhões de pessoas

à classe média até 2030 foi o centro

das discussões promovidas pelo

Global Agribusiness Fórum 2014,

realizado nos dias 24 e 25 de março,

em São Paulo, SP.

Para Gustavo diniz Junqueira,

presidente da Sociedade rural

Brasileira (SrB) entidade

organizadora do evento, com

a curadoria técnica da datagro

Consultoria, o desafio de abastecer

o mundo tem que caminhar lado

a lado com a necessidade de

remuneração adequada e justa

para quem produz. “E o produtor

Miriam Pinto

Manter a produção sustentável para alimentar um mundo em constante crescimento foi o foco dos debates do Global Agribusiness Forum

Gustavo Diniz Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira em discurso de abertura do GAF 2014

Divu

lgaç

ão

jun/jul 2014 AgroRevenda 37

autoridades e representantes

de governos, pesquisadores e

membros da iniciativa privada de

cada um dos elos da cadeia de

produção e serviços de apoio, para

discutir os principais desafios e

oportunidades da agricultura e do

agronegócio, a nível mundial. Estas

discussões foram acompanhadas

e interagiram com mais de 36 mil

participantes remotos, localizados

em 19 universidades, mais de 4800

agências do Banco Bradesco e na

rede nacional integrada do sistema

BNdES.

segurança alImentarEm 2030 serão 8.3 bilhões de

pessoas no mundo, de acordo com

projeções do Fundo de Populações

das Nações unidas e, de acordo

com os especialistas, o aumento da

produtividade de grãos é um passo

importante para garantir a segurança

alimentar. “É preciso planejar para

que a produção seja suficiente

para atender consumidores cada

vez mais exigentes” afirmou Plínio

Nastari, presidente da datagro.

O aumento da demanda por

alimentos no mundo é explicado

por dois fatores principais:

crescimento populacional e renda

dos consumidores. dessa forma,

o incremento populacional e o

crescimento econômico dos países

resultarão na procura por alimentos

que consomem mais recursos para

serem produzidos, como as carnes.

“Existe potencial para novos ganhos

de eficiência em toda a cadeia

produtiva. Precisamos diminuir o

desperdício de alimentos, que é de

mais de 40%”, completou diniz.

O crescimento da produção de

alimentos aliado ao crescimento

populacional foi também lembrado

por Mônika Bergamaschi, secretária

da agricultura do Estado de São

Paulo. “Novecentos milhões de

pessoas estão sem comida. A

produção tem que crescer, de forma

sustentável, para uma população

também crescente”, disse.

Neri Geller, ministro da agricultura,

reforçou a linha de pensamento,

afirmando que a pasta irá se

empenhar para quebrar barreiras

fitossanitárias, abrir novos

mercados e no abastecimento com

grãos. ”Não precisamos aumentar

preços, precisamos efetivamente

é baixar custos. temos potencial

extraordinário de aumento da

produção”, considerou o ministro.

Outros temas como a alavancagem

da infraestrutura, comércio, valor da

produção, rastreabilidade, energia,

clima, logística, organização e

valorização do setor, comunicação

e cooperação do agronegócio no

mundo também foram abordados.

“Os painéis contemplaram

contrapontos e os debates foram

realizados com o objetivo de

oferecer diferentes visões sobre os

temas, a fim de propor reflexão e

produzir conteúdos abrangentes,

profundos e claros sobre os

assuntos”, sintetizou o presidente

da SrB.

Entre os palestrantes estavam

José Manuel Silva rodriguez,

diretor geral da Agricultura da

Comissão Européia; Peter Baron,

diretor executivo da Organização

internacional do Açúcar (iSO);

roberto Silva, diretor executivo

da Organização internacional do

Café (iCO) e Jean Marc Anga,

diretor executivo da Organização

internacional do Cacau (iCCO). ar0800 541 1170054 3323 1900

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38 AgroRevenda jun/jul 2014

biotecnologia e assessoria técnica

que resultaram na movimentação de

mais de r$ 100 milhões em negócios.

A busca por tecnologia e inovação no

segmento de horticultura é reflexo do

crescimento acelerado de produção

estimado em mais de 120% na última

década e do faturamento superior

a r$ 45 bilhões por ano, de acordo

com a Associação Brasileira de

Sementes e Mudas (ABCSEM). A

entidade revela, ainda, que as áreas

durante três dias, em Holambra,

a 130 quilômetros da capital

paulista, mais de 27 mil

pessoas participaram de palestras,

rodadas de negócios e troca de

experiências dentro da 21ª edição

da Hortitec - Exposição técnica

de Horticultura, Cultivo Protegido e

Culturas intensivas.

O evento, que tradicionalmente

é realizado no mês de junho, foi

antecipado para os dias 28, 29 e 30

de maio em função das festividades

durante a Copa do Mundo no Brasil

e reuniu o que há de mais inovador

em tecnologia para todos os elos da

cadeia produtiva do setor de flores,

frutas, hortaliças, florestais e demais

culturas intensivas. Foram mais de

400 empresas expositoras brasileiras

e estrangeiras que apresentaram

novidades em sementes, bulbos,

mudas, fertilizantes, irrigação,

ferramentas, estufas, embalagens,

vasos, telas, substratos, climatização,

hortitecGera mais der$ 100 milhõesem neGócios

Perfiltécnicoatraicadavezmaisvisitanteseexpositoresparaoeventoqueseconsolida como um dos mais importantes da horticultura brasileira

Mônica Costa

Divu

lgaç

ão

eventos

jun/jul 2014 AgroRevenda 39

Já a Sakata Seeds, multinacional

japonesa sediada em Bragança

Paulista, SP, levou oito novas variedades

de hortaliças. Segundo Paulo Koch,

diretor de Marketing da companhia,

os novos produtos visam suprir as

necessidades e expectativas pré e pós-

colheita dos produtores rurais, bem

como as tendências de consumo do

mercado hortícola. “todos os esforços

da área de pesquisa da Sakata são

voltados ao desenvolvimento de

variedades com genética aprimorada,

ocupadas por hortaliças representam

500 mil hectares no país.

“O diferencial da Hortitec esteve, mais

uma vez, no nível técnico do público

que a visitou. isto porque grande

parte dos convites foi distribuída pelos

próprios expositores aos seus clientes

atuais e potenciais” aponta renato

Opitz, diretor geral da Hortitec.

de acordo com o executivo, além

dos negócios que são iniciados

durante a feira, a Hortitec tem um

papel fundamental na multiplicação

do conhecimento sobre a tecnologia

existente para a horticultura,

contribuindo de forma decisiva para

tornar a atividade cada vez mais

produtiva, rentável e ecologicamente

viável. “Capacitação técnica e

reciclagem de conhecimento também

são atividades consolidadas no

evento”, completou Opitz.

durante a feira, diversas palestras

com foco em orientação e inovação

sobre o mercado foram ministradas

para os profissionais do agronegócio

e empresários rurais do setor

hortícola. Entre os temas

abordados estavam: usos

da reserva legal; inovações

no Manejo integrado de

Pragas; Fundamentos da

rastreabilidade; Ferramentas

de Marketing no Agronegócio

e relacionamento Comercial.

cores e saboresAs mudanças de formato e

de cores das hortaliças e

legumes estiveram entre as

atrações da 21ª Hortitec para

o consumidor final. A isla

Sementes, empresa gaúcha

com mais de 50 anos no

mercado, levou para a 21ª

Hortitec os mini pimentões,

em quatro cores: laranja,

vermelho, amarelo

e branco. O público

presente também pode

conferir o lançamento

das alfaces Prado,

Carminia, Cacimba,

Joaquina e Palmas;

a abóbora Glória; as

berinjelas tetti, Niobe

e Morella; a beterraba

híbrida; o manjericão

Gennaro de Menta;

pepinos pré-comerciais;

os pimentões talento

e Bárbaro; e uma linha

de tomates com novas resistências e

formatos. “Os produtos dessa linha

especial de tomates são fornecidos

por produtores selecionados, que

atendem a rigorosos requisitos e são

controlados durante todo o processo

de produção, desde o cultivo

protegido até as boas práticas de

manejo. isso permite um volume de

produção mais controlado, garantindo

a maior qualidade do produto” aponta

diana Werner, diretora-Presidente

da isla.

Público presente na Hortitec em Holambra, SP.

Renato Opitz, diretor geral da Hortitec.

Divu

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ãoDi

vulg

ação

40 AgroRevenda jun/jul 2014

o destaque da instrutherm, marca

especializada em equipamentos de

medição. O medidor, modelo MP-150,

facilita o trabalho por ter um formato

tipo caneta que permite acesso aos

locais de difícil alcance. Pode ser

utilizado para uma série de finalidades,

como a inspeção em áreas agrícolas,

para analisar pragas e fungos em

folhas, plantas e frutos. Possui lentes

ópticas internas, com aumento máximo

de até 300 vezes, foco automático, com

distância focal de 10 mm, iluminação

controlada manualmente de oito lEds,

aproximação máxima de operação de

15 mm e conexão uSB.

de olho no mercado Atenta ao crescimento do setor, a Basf

anunciou, durante a 21ª Hortitec, a

entrada no mercado de fertilizantes

no Brasil com a linha librel totalmente

voltada para o segmento de hortifrútis.

Os produtos foram desenvolvidos pela

Ciba, empresa adquirida pela Basf

há cerca de cinco anos. “tivemos

a preocupação de testar a eficácia

e adaptabilidade dos produtos

ano após ano, para adaptação ao local

de cultivo, inclusão de resistências a

novas doenças, melhorias de padrão

e coloração dos frutos, dentre outros

aspectos importantes”, afirmou Koch.

Foram apresentados dois tomates

(Valerin e Santy), três pimentões (Marli

r, Beti r e Cida r), uma abobrinha

(Alanis) e dois pepinos (Compadre e

Campeiro).

Inovação como marcaO novo Pulverizador Costal de Alavanca

12l PrO foi a novidade levada pela

Guarany, empresa líder em tecnologia

de aplicação. O equipamento

apresenta um tanque com design

inovador, com capacidade para 12

litros para suportar uma jornada de

trabalho intenso e proporcionar total

conforto ao operador melhorando seu

desempenho durante a operação.

Além disso, o tanque reforçado feito

de polietileno extremamente resistente

diminui a possibilidade de vazamento

e trincas. O equipamento também

com um sistema de

filtragem que reduz

a possibilidade

de entupimento

e para garantir

mais segurança ao

usuário, a tampa do

pulverizador possui

um copo dosador

acoplado que

facilita a dosagem

e diminui o risco de

contato do operador

com os defensivos.

um microscópio

portátil que ajuda a

detectar e analisar

pragas em meio

ao campo foi

Os mini-pimentões coloridos da Isla.

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ão

Tomates Sakata.

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ão

eventos

jun/jul 2014 AgroRevenda 41

ao perfil climático brasileiro“, diz

Marcelo Manieiro ismael, diretor

de Especialidades da unidade de

Proteção de Cultivos empresa no

Brasil. toda a linha foi formulada a

partir de micro grânulos dispersíveis

em água para aplicação foliar ou

fertirrigação. Entre os benefícios estão

o aumento da produção, qualidade do

produto final, equilíbrio nutricional da

planta, eficiência em ampla faixa de Ph,

alta estabilidade em soluções nutritivas e

maior resistência ao stress da planta.

Pulverizador Costal de Alavanca 12l PRO da Guarany.

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crescImento baseadona Inovação Em 2012 o setor de horticultura

produziu 19,6 milhões de toneladas

de hortaliças no Brasil, o que

representou um aumento de 13,4%

na comparação com o ano anterior.

O produtor investiu cerca de r$

475 milhões na aquisição de

sementes e obteve uma receita

de mais de r$ 14,2 bilhões. “Os

índices de produtividade e lucro

de comercialização aumentaram,

evidenciando que a horticultura

brasileira tem investido cada vez mais

em tecnologia, profissionalização

e qualidade técnica”, apontou

Steven udsen, presidente

da Associação Brasileira do

Comércio de Sementes e

Mudas (ABCSEM) que, e parceria

com MNAgro Consultoria compilou e

apresentou, com exclusividade durante a 21ª Hortitec, os novos dados da

Pesquisa Socioeconômica da Cadeia Produtiva de Hortaliças no Brasil.

O setor, que tem como base a mão de obra familiar, gerou dois

milhões de empregos no campo, número bastante considerável

quando comparado a outras culturas. A pesquisa considerou 18

espécies hortícolas e identificou também dados sobre os valores

de comercialização das hortaliças pelo produtor, atacado e varejo;

gastos totais com mão de obra e insumos agrícolas; além de um

panorama sobre a produção e comércio das principais espécies e os

fatores que influenciaram diretamente no aumento da produtividade

e lucratividade do segmento hortícola.

Os números foram levantados com base em dados fornecidos pelos

associados da entidade, que representam 98% do setor sementeiro

do País, e complementados por informações de órgãos públicos e

privados, redes de hortifrúti, consultorias, cooperativas, produtores e

profissionais experientes do setor.

ar

42 AgroRevenda jun/jul 2014

markestrat & uni.business

Está cada vez mais comum escutar

de empresas reclamações quanto

ao seu pessoal. Qualificação

inferior ao esperado, problemas de

rotatividade, dificuldade para atrair e reter

pessoas e até falta de candidatos para

assumir vagas disponíveis.

E esta não é uma questão localizada.

reclamações sobre este assunto

são relatadas por empresas de

todo o Brasil. Atualmente a taxa de

desemprego estrutural é muito baixa e

aqueles que querem trabalhar já estão

com alguma ocupação em muitas

localidades. Assim, na distribuição de

insumos, como em outros setores, lidar

com essa nova realidade passa a ser

uma rotina dos negócios.

um ponto que sugere o título desse

artigo, é que muitos veem as pessoas

Matheus Alberto Consoli *

Entre as agro revendas como em outros setores da economia, lidar com essa nova realidade passa a ser uma rotina dos negócios.

Gente!o ProBlema e a solução dos neGócios

jun/jul 2014 AgroRevenda 43

como um problema: não querem

trabalhar em localidades distantes,

querem receber salários mais elevados,

precisam ser capacitadas “on the job”,

estão mais exigentes e difíceis de serem

gerenciadas, entre outras reclamações.

Entretanto, poucos percebem, de

maneira estratégica, que são essas

pessoas que executam as atividades-

chave da empresa e que, sem gente,

de fato, não haveria problemas, mas

também não haveria negócio!

Assim, passamos a olhar as pessoas

como solução, com todos os desafios

inerentes à gestão de pessoas e

sugerimos atenção às questões abaixo:

Rotatividade/retenção: como

está a política de remuneração

e incentivos? A organização

deve manter um processo de

acompanhamento e meritocracia.

É importante lembrar que a

motivação dos colaboradores não

está apenas ligada à remuneração,

mas também aos benefícios,

reconhecimento, oportunidades

internas e ambiente de trabalho.

Há pouco tempo recebemos o caso

de uma revenda que está em pleno

crescimento em sua região, mas

que não consegue contratar um

novo gerente administrativo. Fizemos

algumas perguntas e análises a

respeito dos itens acima mencionados

e descobrimos vários problemas:

salário incompatível com a função,

falta de clareza do cargo, objetivos

indefinidos, dificuldades dos gestores

em lidar com o gerente. Não basta

culpar os “candidatos”, mas também

tem que se considerar os aspectos

internos, políticas e gestão de pessoas

da empresa.

Capacitação: O sonho do empresário

de distribuidoras agrícolas é encontrar

alguém pronto, bem formado e com

experiência no setor, se possível

cobrando pouco. infelizmente, essas

são situações cada vez mais difíceis de

serem encontradas.

Além dos aspectos setoriais, como

concorrência por mão de obra

e qualidade dos egressos das

universidades, a disponibilidade de

profissionais qualificados em algumas

regiões é realmente restrita. dessa

forma, será necessário cada vez

mais que as empresas invistam em

capacitação das suas equipes. isso

pode ser feito com cursos abertos ou

in-company (com ou sem apoio dos

parceiros), além de atuação conjunta

entre revendas para capacitarem seus

funcionários de forma colaborativa,

unindo empresas para realização de

programas de profissionalização ou por

meio de associações.

Por fim, há que se conscientizar que

gente mais capacitada, trabalhando

motivada em um bom ambiente

de trabalho produz mais, dá mais

resultados! Certa vez escutamos de

uma empresa que – “não vou investir

nas pessoas, pois elas aprendem,

ficam boas e depois vão embora”.

lembrem-se: pessoas são a solução

e não o problema. Pense nisso e

bons negócios!

* Matheus Alberto Consoli - Especialista

em Estratégias de Negócios, Distribuição,

Marketing e Vendas, Gestão de Cadeias

de Suprimentos, e Avaliação de Investi-

mentos. Doutor em Eng. Produção pela

EESC/USP. Mestre pela FEA/USP. Profes-

sor de MBA’s na FGV e FUNDACE/USP.

E-mail: [email protected]

ar

Markestrat / Uni.Business

A Markestrat / uni.Business é umaorganização que desenvolve consultoria, pesquisa e treinamento em estratégia e busca a geração e a difusão de conhecimento sobre o agronegócio brasileiro.

Site: www.markestrat.org www.unibusiness.orgTel.: (11) (11) 3034.3316 / (11) 3034.3316Parceria: Canal rural

44 AgroRevenda jun/jul 2014

revenda da vez

Mônica Costa

um sonho de jovens engenheiros

agrônomos transformou-se

em uma das mais importantes

empresas do agronegócio do Paraná.

interessados em levar melhorias e

avanços tecnológicos para o campo,

Walter Bussadori Jr e João Fernando

Garcia, fundaram em 1996, no município

de londrina, a Agro100, revenda de

insumos agropecuários, sementes,

fertilizantes e defensivos agrícolas. A

unidade logo se consolidou e permitiu

a abertura de novas lojas nos mais

importantes núcleos agrícolas do Paraná.

Hoje são 18 filiais, 14 no Paraná, três

no Mato Grosso do Sul e uma em

São Paulo. “Nossa meta é continuar

crescendo e investindo constantemente

em todos os setores da cadeia produtiva

do agronegócio, buscando novas

oportunidades para atender um número

cada vez maior de produtores parceiros”,

salienta Walter Bussadori Júnior. tanto

Bussadori quanto o sócio, Garcia, são de

famílias de produtores rurais e, segundo

eles, esta experiência ajudou a perceber

quais as necessidades dos clientes e

passaram a tê-los como parceiros. “Se

o trabalho dos nossos clientes recebe

o incentivo necessário para prosperar

o sucesso do nosso negócio também

estaria garantido”, lembra o executivo.

“Acreditamos que nosso sucesso esteja

pautado na confiança que o produtor

tem em fazer negócios conosco.

Confiança esta, conquistada com muito

Jovens visionários criaram há 18 anos uma das maiores redes de agro revenda do Paraná

Divu

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ão

o sucesso como meta

jun/jul 2014 AgroRevenda 45

trabalho, seriedade e responsabilidade

junto ao produtor”, acrescenta Garcia.

Com o crescimento da empresa e sua

necessidade de expansão, mais três

sócios passaram a integrar o grupo:

o agrônomo roger Alberto Bolsoni, o

técnico agrícola Antônio luiz Giuliangeli e,

por último, em 1999, entrou para o grupo

o agrônomo Carlos Henrique Arrabal

Garcia. “Com muito trabalho, dedicação

e uma equipe de colaboradores bem

treinados e eficientes estamos presentes

em todas as etapas do processo

produtivo, do planejamento do plantio à

exportação”, diz Carlos Henrique Arrabal

Garcia.

bons frutos O sucesso da agro revenda incentivou a

criação de novas unidades. A Nutri100,

outra empresa do grupo, foi fundada

em 1999 e conta com 10 unidades em

operação nos Estados do Paraná, Mato

Grosso do Sul e São Paulo, já desponta

entre os 10 maiores exportadores da

região. A unidade opera no recebimento,

armazenagem, compra, venda e

exportação de grãos, e no setor de

logística. Anualmente são mais de 500 mil

toneladas de grãos (soja, milho e trigo),

transportados por mais de cinco milhões

de quilômetros com sua frota de cerca

70 caminhões. Em 2010, ainda no apoio

à exportação de commodities (grãos,

açúcar e calcário) o Grupo Agro100

associou-se a Nutri rico. Esta empresa,

instalada em rolândia, Pr, com seu

terminal de transbordo rodoferroviário,

movimentou no ano passado mais de 1

milhão de toneladas, oferecendo logística

de qualidade para as empresas do grupo

e importantes clientes que atuam no

agronegócio na região.

Atualmente o Grupo Agro100, formado por

três vertentes - distribuição de insumos;

transporte e armazenagem de grãos, e

terminal de transbordo rodoferroviário

- atende mais de 60 municípios dos

Estados do Paraná, Mato Grosso, Mato

Grosso do Sul e São Paulo. São mais

de 400 colaboradores, entre eles, 65

engenheiros agrônomos e técnicos

em agropecuária atuando no campo,

repassando tecnologia de produção.

melhor canal de dIstrIbuIçãodo sul do brasIl A Agro100 que se especializou na

distribuição de insumos para grãos,

recebeu da Companhia Monsanto, da

qual é distribuidora, os seguintes prêmios:

“melhor empresa do Sul do Brasil na área

de proteção de cultivares”; “destaque

na geração de demanda no Sul do

Brasil”; “Melhor empresa em gestão e

alinhamento estratégico”; e ainda foi

premiada pelo pioneirismo na implantação

do Sistema Qi.on, colocando a gestão

do agronegócio na era virtual. Em 2012

empresa tornou-se o maior distribuidor

das Sementes Agroceres, ultrapassando

a barreira das 100 mil sacas de híbridos

de milho fornecidos aos produtores rurais

e seus parceiros no Paraná, Mato Grosso

do Sul e Sul de São Paulo, na safra de

inverno, a chamada “safrinha”.

Em 2013 a Agro100 alcançou um

faturamento de r$ 250 milhões, o

equivalente a 45% da receita aferida pelo

grupo, que chegou a r$ 550 milhões, e a

expectativa é avançar mais 15% em 2014. ar

Da esquerda para direita: Carlos Arrabal Garcia, Walter Bussadori Júnior, Antônio Luiz Giuliangeli, Róger Alberto Bolsoni e João Fernando Garcia.

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46 AgroRevenda jun/jul 2014

prateleira

e exportador no ranking mundial de carne

suína e este mercado segue abrindo novas

frentes, o que garante as expectativas de

manutenção do crescimento.

O mercado de insumos para a

suinocultura movimentou mais

de r$ 12 bilhões em 2013 -

considerando o segmento de rações e

medicamentos veterinários - e estima-se

que 10% desta receita tenha passado

pelas agro revendas em todo o território

nacional. O Brasil é o quarto maior produtor

suinocultura, um mercado de oPortunidades

Aumento da demanda por insumos para suínos abre espaço para a participação das agro revendas no segmento

Mônica Costa

jun/jul 2014 AgroRevenda 47

“Embora tenha uma participação ainda

pequena na comercialização de nossos

produtos, consideramos este canal de

extrema importância para a distribuição

dos produtos Bayer” completa rogério

Petri, gerente da unidade de Suínos da

Bayer. A multinacional tem uma forte

presença neste segmento e estima

registrar um crescimento acima do

mercado. “Nossa expectativa é que o

mercado cresça em torno de 2% ao

ano até 2020, e nosso crescimento

deverá ser ao redor de 6% no mesmo

período”, afirma Petri. Atualmente a

Bayer atende aproximadamente e 5%

de share do mercado e mantém a

liderança no segmento de coccidiose

suína. ”temos levantamentos que

mostram que a cada segundo 300

leitões são tratados mundialmente

com Baycox”, diz Petri. A distribuição

dos produtos Bayer está concentrada

em agroindústrias, grandes clientes e

cooperativas. A companhia mantém

programas de treinamentos para

balconistas, “neste caso importante

na suinocultura quando falamos de

grandes cooperativas”.

Na Nutron, empresa do Grupo Cargill

desde 2012, as previsões são otimistas

e a previsão é de que o setor de

suinocultura acompanhe o ritmo de

crescimento da companhia, que estima

um avanço de 10% em 2014 conforme

anunciou o presidente Celso Mello. “A

Nutron não é apenas uma indústria de

nutrição animal. É uma empresa de

produção animal. Com essa filosofia,

‘vendemos’ soluções que ajudam

criadores a obter melhores resultados

econômicos em seus negócios”,

ressaltou Marcos Aurélio Nicoluzzi,

diretor comercial monogástricos da

Cargill Alimentos – Nutron.

Neste segmento cerca de 10% do

total vendido pela Cargill passa pelas

revendas agrícolas. Nos Estados da

região Sul, além das vendas diretas

aos clientes, a companhia utiliza as

cooperativas como canal de revenda

e nos demais Estados predominam

produtores independentes. “Por isso,

além da venda direta, temos utilizado

canais de distribuição exclusiva de

produtos da Cargill Alimentos - Nutron e

de representantes”, continua Nicoluzzi.

A companhia tem como filosofia oferecer

soluções completas e individualizadas,

que incluem serviços

com profissionais

especializados nas

diferentes necessidades

do negócio, como

nutrição, sanidade,

genética ou questões

estruturais. “Entendemos

o que o cliente precisa

para, então, oferecer

o que realmente

poderá ajudá-lo”, diz

o executivo. Por isso o

treinamento de todos os

profissionais envolvidos

na comercialização dos

produtos passam por

capacitações constantes.

Marcos Aurélio Nicoluzzi, diretor comercial monogástricos da Cargill Alimentos da Nutron.

Rogério Petri, gerente da Unidade de Suínos da Bayer.

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48 AgroRevenda jun/jul 2014

Marcos Gaio, Gregório Gaio e Francisco Oliveirana MegaLeite em Uberaba, MG.

Gabriel Garcez Ghirardi, Diretor de Integração Tortuga/DSM, Carlos Roberto Silva, Vice Presidente,Dra.Irmgard Imming, Global Category Manager Ruminant, A. Ruy Freire, Presidente DSM Latin Américae Silvia Lopez, diretora de vendas DSM Latin América, no Coquetel de Lançamento de Novos Produtos daTortuga, a marca para ruminantes da DSM, no estande da empresa em Uberaba, MG, durante a MegaLeite.

por onde andamos

Ricardo Viacava, Carlos da Publiquee Carlos Viacava, em São Paulo, SP.

Paulo Hermann, presidente da John Deeredo Brasil, e Carlão em Indaiatuba, SP.

Carlão e Renata Okano, da Casa do Produtor,de Ituverava, SP.

Naira Barelli e Priscila Barros, na sededa Zoetis, em São Paulo, SP.

Vicente Lobo, da Vale, Carlão e Juan Lebron,diretor de Marketing da da ABCZ.

Carlão no estúdio do SBA na Matsudaem Presidente Prudente, SP.Jorge Matsuda e José Edimir Dos Santos Júnior,

da DuPont, na sede da Matsuda em Presidente Prudente, SP.

Naira Barelli, Revista AgroRevenda,Fernanda Brito e Renata Marques e Carlãona sede da DuPont em Barueri, SP.

jun/jul 2014 AgroRevenda 49

50 AgroRevenda jun/jul 2014

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fotolegenda

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Na sua missão de produzir e prover alimento e energia às pessoas, você não está sozinho. A Ourofino está ao seu lado levando soluções para garantir produtividade

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