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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA KAREN SILVA DE OLIVEIRA TAMIRES DOS REIS BORGES EFEITOS COMPARATIVOS ENTRE A APLICAÇÃO DE ELETROTERAPIA E MEDICAÇÃO NO TRATAMENTO DE ESTRIAS Tubarão, 2009

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

KAREN SILVA DE OLIVEIRA

TAMIRES DOS REIS BORGES

EFEITOS COMPARATIVOS ENTRE A APLICAÇÃO DE ELETROTER APIA E

MEDICAÇÃO NO TRATAMENTO DE ESTRIAS

Tubarão,

2009

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KAREN SILVA DE OLIVEIRA

TAMIRES DOS REIS BORGES

EFEITOS COMPARATIVOS ENTRE A APLICAÇÃO DE ELETROTER APIA E

MEDICAÇÃO NO TRATAMENTO DE ESTRIAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito à obtenção de grau de Bacharel em Fisioterapia.

Orientadora: Prof. Msc. Inês Almansa Vinadé

Tubarão,

2009

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KAREN SILVA DE OLIVEIRA

TAMIRES DOS REIS BORGES

EFEITOS COMPARATIVOS ENTRE A APLICAÇÃO DE ELETROTER APIA E

MEDICAÇÃO NO TRATAMENTO DE ESTRIAS

Este trabalho de conclusão de curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia e aprovado em sua forma final pelo Curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Tubarão, 16 de novembro de 2009.

____________________________________

Prof. Orientadora Msc. Inês Almansa Vinadé

Universidade do Sul de Santa Catarina

__________________________________

Dra. Gabriela Coan Gabriel

Universidade do Sul de Santa Catarina

___________________________________

Prof. Paulo Madeira

Universidade do Sul de Santa Catarina

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DEDICATÓRIA

Dedico a todas as pessoas que colaboraram para o

desenvolvimento deste trabalho.

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AGRADECIMENTOS

Percorremos um longo trajeto, e, a partir de agora cada um trilha o seu

caminho. Entre nós ficará, como elo, a lembrança dos nossos encontros e desencontros,

erros e acertos; e a certeza de que cada um de nós contribuiu para o crescimento do

outro. Olhando para trás, lembraremos nossas lutas, decepções e brincadeiras.

Amadurecemos juntos, com o mesmo ideal de vermos nossos sonhos realizados, mas

com uma certeza: vencemos a primeira batalha de muitas que ainda virão. Fica,

portanto, a esperança de que este encontro não será o último.

Neste momento, conquistamos uma vitória. Passamos por vários

momentos, felizes, e hoje já não somos mais as mesmas. É com grande emoção que

agradecemos primeiramente a Deus que sempre esteve ao nosso lado, nas nossas

quedas, nas nossas fraquezas, nas lutas e controvérsias, vitórias e derrotas. Sabemos

que, principalmente agora, estais ao nosso lado. Obrigado por este presente que agora

nos ofereces. Obrigado por tudo que vi, ouvi e aprendi. Obrigado pela graça. Obrigado

pela Vida!

Aos pais que de vocês recebemos o dom mais precioso do universo - A

Vida. Só por isso, seriamos infinitamente gratas, mas vocês não se contentaram em

presentear-nos apenas com ela. Revestiram nossa existência de amor, carinho e

dedicação, cultivaram na criança todos os valores que a transformaram num adulto

responsável e consciente. Abriram as portas do nosso futuro, iluminando o nosso

caminho com a luz mais brilhante que puderam encontrar. A vocês, que nos passaram

sabedoria e nos ensinaram a viver com dignidade, não bastaria um obrigado. A vocês,

que iluminaram os caminhos obscuros com afeto e dedicação para que os trilhássemos

sem medo e cheios de esperanças, não bastaria um muito obrigado. A vocês, que se

doaram inteiros e renunciaram aos seus sonhos, para que, muitas vezes, pudéssemos

realizar os nossos. Pela longa espera e compreensão durante nossas longas viagens, não

bastaria um muitíssimo obrigado.

Obrigado, nossos pais, pela compreensão quando nos distanciamos da

família, apegando-nos aos livros; obrigado por tudo o que fizeram por nos, sem ao

menos que nós soubéssemos. A vocês, pais por natureza, por opção e amor, não bastaria

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dizer que não temos palavras para agradecer tudo isso. Mas é o que nos acontece agora,

quando procuramos arduamente uma forma verbal de exprimir uma emoção ímpar. Uma

emoção que jamais seria traduzida por palavras. Amamos vocês! Pais: (Karen: Elton e

Hilda, Tamires: Genesio e Margarete).

Aos irmãos que tantas foram as vezes pelas quais tomaram para vocês

nossos problemas, incentivando-nos a prosseguir. Obrigada a vocês nossos lindos

irmãos sempre presentes. Agora nos resta seguir em frente, buscar nossos objetivos, o

desconhecido chamado futuro. Seguiremos com a certeza de que obstáculos virão, mas

temos Deus sempre conosco. Valeu a pena os dias de angústia, de cansaço, de tédio e

exaustão cada momento vivido nessa louca correria em busca de um sonho que hoje se

torna real. Levaremos conosco a certeza de que se quereremos, somos capazes, de que

temos força e vontade para transformar o mundo. Irmãos: (Karen: Kleber e Kaylane,

Tamires: Claiton e Cristiane).

Aos namorados, com vocês, que entenderam nossas ausências, aceitaram

nossas omissões, compartilharam de nossas lágrimas e sorrisos, dividimos, agora, o

mérito desta conquista. Palavras são poucas próximas aos atos. Estes, muito nos

ajudaram, seja o imenso carinho seja o olhar de compreensão, seja a colaboração em

trabalhos, queremos agradecer e dizer que não foi por egoísmo que os delegamos e, sim,

por amor, para estar à sua altura e presenteá-los com o nosso companheirismo no saber.

As alegrias de hoje também são suas, pois seus amores, estímulo e carinho foram as

armas desta vitória. Namorados: (Karen: Rafael; Tamires: Daniel).

Aos colegas que soubemos conviver e respeitar-nos ainda que nem sempre

compartilhássemos as mesmas idéias. Lutamos, sobrevivemos, crescemos. Acima de

tudo, como seres humanos. E por tudo, a saudade há de ficar. Aos que não constam na

lista, que a ausência nunca signifique o esquecimento. E em especial a nossa amiga

Juliana Felippe por sempre compartilharmos dificuldade, conselhos, desafio e por se

tornar uma amiga muito querida em todo o decorrer do curso. O nosso muito obrigado.

A minha amiga Tamires dos Reis Borges parceira do TCC, que considero

como minha segunda família, que fortaleceram os laços da igualdade, num ambiente

fraterno e respeitoso. Aos tempos de estresse, choreiro, desespero e de divertimento.

Jamais lhe esquecerei.

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A minha amiga Karen Silva de Oliveira parceira de TCC que se tornou uma

pessoa muito especial em minha vida, pois foi ao seu lado que convivi por muitos anos.

A você, que com sua amizade verdadeira esteve ao meu lado, enfrentando obstáculos,

acreditando em mim e nos meus ideais. Estarás eternamente em meu coração.

Aos mestres: A um homem nada se pode ensinar, tudo o que podemos fazer

é ajudá-lo a encontrar as coisas dentro de si mesmo. Nossa gratidão a vocês que, pela

amizade ou pelo simples convívio, nos apontaram um caminho.

Quando se está ao pé de uma montanha, seja alta ou não, ela parece enorme.

Porém, basta olhar para cima, e ter como meta chegar ao seu topo, que a determinação

parece encurtar o caminho. O medo do novo pode atrapalhar, pois não se sabe o que vai

se encontrar lá em cima. Mas inicia-se a escalada. O tempo parece não passar e a

distância parece não diminuir. Porém com coragem, insistência, perseverança e

persistência avançam-se. A cada passo dado, a cada centímetro conquistado, é a base do

sucesso que vai se formando. E ao chegar ao topo, toda a montanha abaixo vira uma

única vitória e o melhor prêmio que se pode ter é uma linda vista, muito mais perto das

estrelas e muito mais próximo do sol. Daí acontece o encontro com a felicidade.

Agradecemos a nossa orientadora Inês Almansa Vinadé por nos indicar o caminho de

um novo horizonte

Aos pacientes, agradecemos a todos aqueles que, confiantes, se entregaram

ás nossas mãos, guardando o recato de nossas limitações.

E um agradecimento a todos que de alguma maneira colaboraram com o

projeto. E os nossos agradecimentos sinceros para o medico Luis Saulo Cunha pela sua

participação no projeto.

E a todos que recebam os nossos agradecimentos por tudo, repleto de amor

e carinho, lute, não desista dos teus sonhos, pois foi pensando assim que chegamos aqui.

Pois o amor que sentimos por vocês nessa hora fala mais alto e não há outra forma de

agradecer a não ser dizendo, agora e sempre, que amamos vocês.

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A pedra

O distraído nela tropeçou...

O bruto a usou como projétil.

O empreendedor, usando-a, construiu.

O camponês, cansado da lida, dela fez assento.

Para meninos, foi brinquedo.

Drummond a poetizou.

Já, Daví, matou Golias, e Michelangelo

extraiu-lhe a mais bela escultura...

E em todos esses casos, a diferença não esteve

na pedra, mas no homem!

Não existe “pedra” no seu caminho que você

não possa aproveitá-la para o seu próprio

crescimento.

Independente do tamanho das pedras, no

decorrer de sua vida, não existirá uma, que

você não possa aproveitá-la para seu

crescimento espiritual.

Quanto a sua pedra atual, tenho certeza que

Deus irá te dar sabedoria, para mais tarde você

olhar para ela, ter orgulho da maravilhosa

experiência que causou em sua vida, no seu

crescimento espiritual.

Autor Desconhecido

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RESUMO

A importância dada à aparência física, principalmente pela mídia, é notória nos atuais

dias, levando assim a uma busca incessante por corpos perfeitos. O ideal de um corpo

magro e belo do ponto de vista estético nem sempre é alcançado, e isso leva muitas

pessoas a um grande desconforto e à procura constantes tratamentos. Grandes

investimentos na área da Fisioterapia são propostos na área de eletroterapia com

aparelhos modernos e efetivos. As estrias são alterações cutâneas indesejáveis, definidas

como cicatrizes lineares visíveis que se dispõem paralelamente umas as outras, podendo

ser raras ou numerosas e indicam uma lesão na pele, pois ocorre um desequilíbrio

elástico localizado. Há evidências que o seu aparecimento seja multifatorial, não

somente fatores mecânicos e endocrinológicos, mas também predisposição genética e

familiar. A maior incidência se dá no gênero feminino em idade entre 12 e 14 anos, e,

em meninos de 12 e 15 anos. Neste sentido o presente estudo teve como objetivo a

comparação entre os efeitos da eletroterapia conjugada a vitamina C e do ácido

retinóico na redução das cicatrizes lineares das estrias. Foram selecionados 6 indivíduos

do sexo feminino, com idade entre 16 e 30 anos, de raça branca e portadores de estrias

na região do culote. Os participantes foram divididos aleatoriamente em Grupo A (n=3),

que realizou o tratamento da eletroterapia com a vitamina C e Grupo B (n=3), que

realizou o tratamento com o ácido retinóico. Os tratamentos foram realizados

semanalmente num período de 5 semanas. Através das fotos dos indivíduos, foi

observada grande melhora na redução e na coloração das estrias nos indivíduos do

Grupo A, o que não ocorreu no Grupo B. Quanto ao nível de satisfação, os indivíduos

pertencentes ao Grupo A relataram estar satisfeitos com o resultado do tratamento,

aumentando assim sua auto-estima. Já no Grupo B, o mesmo não ocorreu, pois a

maioria dos indivíduos não ficou satisfeita com o resultado do tratamento. Concluiu-se

que a eletroterapia com o uso da vitamina C mostrou-se mais uniforme e com tecido

menos marcado pelas lesões causadas pelas estrias, proporcionando uma melhora na

coloração da pele e um aumento da resposta inflamatória com lesão mínima de tecido.

Palavras-chave: Estrias. Eletroterapia. Ácido retinoico.

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ABSTRACT

The emphasis on physical appearance, especially by the media, is evident for the current

days, thus leading to an endless search for perfect bodies. The ideal of a lean body and

beautiful in the aesthetic point of view is not always achieved, and this leads many

people to great discomfort and is continually seeking treatment. Large investments in

physiotherapy are proposed in the field of electrotherapy with modern appliances and

effective. The grooves are undesirable skin changes, defined as visible linear scars

which have parallel each other and may be few or numerous and indicate a break in the

skin, as there is an imbalance elastic located. There is evidence that its appearance is

multifactorial, not only mechanical and endocrine factors, but genetic predisposition and

family. The highest incidence occurs in females aged between 12 and 14 years, and

boys of 12 and 15 years. In this sense the present study was to evaluate the effect of

electrotherapy with vitamin C and retinoic acid in reducing the linear scars of stretch

marks. We selected 6 female subjects, aged between 16 and 30 years, white stripes and

patients in the region of breeches. Participants were randomly divided into Group A (n

= 3), which held the electrotherapy treatment with vitamin C and Group B (n = 3), who

carried out the treatment with retinoic acid. Treatments were performed weekly over a

period of 5 weeks. Through pictures of individuals, has noticed a great improvement in

the reduction and color of stretch marks in subjects of Group A, which did not occur in

Group B. The level of satisfaction, individuals belonging to Group A reported being

satisfied with the outcome of treatment, thereby increasing their self-esteem. In Group

B, the same did not happen, because most people were not satisfied with the outcome of

treatment. It was concluded that electrical stimulation with the use of vitamin C was

more uniform and less tissue marked by injuries caused by the grooves, creating an

improvement in skin color and increased inflammatory response with minimal tissue

injury.

Keywords: Stretch. Electrotherapy. Retinoic acid.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Anatomia da pele............................................................................................21

Figura 2 – Constituição da pele.......................................................................................23

Figura 3 – Camadas da pele............................................................................................24

Figura 4 – Epiderme........................................................................................................25

Figura 5 – Derme.............................................................................................................28

Figura 6 – Hipoderme......................................................................................................30

Figura 7 – Estrias Rubras.................................................................................................32

Figura 8 – Estrias Brancas...............................................................................................33

Figura 9 – Estrias Nascaradas..........................................................................................33

Figura 10: Aplicação da eletroterapia..............................................................................53

Figura 11: Aplicação da eletroterapia..............................................................................53

Figura 12: Aplicação do ácido retinóico..........................................................................54

Figura 13: Aplicação do ácido retinóico..........................................................................54

Figura 14: Culote.............................................................................................................59

Figura 15: Culote.............................................................................................................59

Figura 16: Processo inflamatório.....................................................................................59

Figura 17: Resultado do tratamento.................................................................................60

Figura 18: Resultado do tratamento.................................................................................60

Figura 19: Culote.............................................................................................................61

Figura 20: Culote.............................................................................................................61

Figura 21: Processo inflamatório.....................................................................................61

Figura 22: Resultado do tratamento.................................................................................62

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Figura 23: Resultado do tratamento.................................................................................62

Figura 24: Culote.............................................................................................................62

Figura 25: Culote ............................................................................................................62

Figura 26: Aplicação do ácido retinóico..........................................................................63

Figura 27: Resultado do tratamento.................................................................................63

Figura 28: Resultado do tratamento.................................................................................63

Figura 29: Culote.............................................................................................................64

Figura 30: Culote.............................................................................................................64

Foto 31: Aplicação do ácido retinóico.............................................................................64

Foto 32: Resultado do tratamento....................................................................................65

Foto 33: Resultado do tratamento....................................................................................65

Foto 34: Culote................................................................................................................65

Foto 35: Culote................................................................................................................65

Foto 36: Aplicação do ácido retinóico.............................................................................66

Figura 37: Resultado do tratamento.................................................................................66

Figura 38: Resultado do tratamento.................................................................................66

Figura 39: Culote.............................................................................................................67

Figura 40: Culote.............................................................................................................67

Figura 41: Processo inflamatório.....................................................................................67

Figura 42: Resultado do tratamento.................................................................................68

Figura 43: resultado do tratamento..................................................................................68

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Etiologia das estrias........................................................................................56

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Nível de Satisfação dos Indivíduos Portadores de Estrias..............................68

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LISTA DE ABREVIATURAS

C6H8O6 – Carbono,hidrogênio e oxigênio

CEP – Comitê de Ética e Pesquisa

SC - Santa Catarina

UA - micro anperes

Unisul – Universidade do Sul de Santa Catarina

UVB – Ultra violeta

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................................18

2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................20

2.1 FISIOLOGIA DA PELE..........................................................................................20

2.1.1 Conceito.................................................................................................................20

2.1.2 Funções..................................................................................................................21

2.1.3 Pele Normal...........................................................................................................23

2.2 CAMADAS DA PELE.............................................................................................23

2.2.1 Epiderme...............................................................................................................24

2.2.1.1 Camada basal.......................................................................................................25

2.2.1.2 Camada granulosa................................................................................................26

2.2.1.3 Camada lúcida.....................................................................................................27

2.2.1.4 Camada de transição............................................................................................27

2.2.1.5 Camada córnea....................................................................................................27

2.2.2 Derme.....................................................................................................................27

2.2.2.1 Camada papilar....................................................................................................29

2.2.2.2 Camada reticular..................................................................................................29

2.2.2.3 Camada adventicial..............................................................................................29

2.2.3 Hipoderme.............................................................................................................29

2.3 ESTRIAS...................................................................................................................30

2.3.1 Conceito.................................................................................................................31

2.3.2 Sinais e Sintomas..................................................................................................33

2.3.3 Etiologia.................................................................................................................34

2.3.3.1 Teoria Mecânica..................................................................................................34

2.3.3.2 Teoria Endocrinológica.......................................................................................35

2.3.3.3 Teoria Infecciosa.................................................................................................36

2.3.4 Incidências.............................................................................................................37

2.4 TIPOS DE TERAPIA................................................................................................37

2.4.1 Eletroterapia.........................................................................................................38

2.4.2 Striat......................................................................................................................38

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2.4.2.1 Efeitos.................................................................................................................39

2.5 ÁCIDO RETINOICO...............................................................................................40

2.5.1 Sinônimos..............................................................................................................40

2.5.2 Conceito.................................................................................................................40

2.5.3 Aplicação...............................................................................................................41

2.6 OUTROS TRATAMENTOS....................................................................................42

2.6.1 Massoterapia.........................................................................................................42

2.6.1.1 Tipos de massagens.............................................................................................42

2.6.2 Laser......................................................................................................................43

2.6.3 Mesoterapia...........................................................................................................45

2.6.4 Injeção de vitamina C..........................................................................................45

2.6.5 Cromopeel.............................................................................................................46

2.6.6 Peeling....................................................................................................................47

2.6.7 Esfoliação...............................................................................................................47

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA ........................................................................49

3.1 TIPO DE PESQUISA...............................................................................................49

3.1.1 Tipo de pesquisa quanto à abordagem...............................................................49

3.1.2 Tipo de pesquisa quanto ao nível........................................................................49

3.1.3 Tipo de pesquisa quanto ao procedimento.........................................................49

3.2 SUJEITOS DA AMOSTRA......................................................................................50

3.3 INTRUMENTOS UTILIZADOS NA COLETA DE DADOS.................................50

3.4 PROCESSO DE COLETA DE DADOS...................................................................51

3.5 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE E

INTERPRETAÇÃO DOS DADOS.................................................................................54

4 DISCUSSÃO E RESULTADOS................................................................................55

4.1 DISCUSSÃO GERAL...............................................................................................55

4.2 ANÁLISE DOS CASOS CLÍNICOS........................................................................58

4.3 CONCLUSÃO...........................................................................................................68

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................70

REFERÊNCIAS.............................................................................................................71

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APÊNDICES.................................................................................................................74

APÊNDICE A – Folder.................................................................................................75

APÊNDICE B – Questionário do Nível de Satisfação dos Indivíduos Portadores de

Estrias.............................................................................................................................76

ANEXOS........................................................................................................................77

ANEXO A – Ficha de Avaliação..................................................................................78

ANEXO B – Termo de Consentimento........................................................................79

ANEXO C – Termo de Consentimento para fotografias...........................................80

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18

1 INTRODUÇÃO

Os meios de divulgação, informação e de formação, estão constantemente

em busca de produtos que possam acrescentar, ou, alterar para mais a performance do

indivíduo, incluindo, neste contexto, a beleza.

Apesar de se questionar que beleza não é sinônimo de qualidade de vida e

vice e versa, procura-se, de modo em geral, unir estas duas questões. Porém, a cultuação

à beleza, hoje, gera indiscriminantemente grande parte da economia, e, por conseguinte,

vem alterar os conceitos, modificando o comportamento do indivíduo e, também, o

emocional.

A importância dada à aparência física, principalmente pela mídia, é notória

nos atuais dias, levando assim a uma busca incessante por corpos perfeitos. O ideal de

um corpo magro e belo do ponto de vista estético nem sempre é alcançado, e isso leva

muitas pessoas a um grande desconforto e à procura constante e indiscriminada por

tratamentos. (1,2)

A Fisioterapia, como área da saúde, não está isenta às questões do momento

relativo à beleza. Grandes investimentos nesta área estão sendo feitos e propostos, além

de tratamentos inéditos para se equiparar às demais áreas, como a medicina e a

cosmetologia. Um dos grandes investimentos que a Fisioterapia propôs foi na área de

eletroterapia com aparelhos modernos e efetivos. Estudos com relação às estrias em

eletroterapia já foram realizados (2), porém não foram colocados em confronto com

outros tratamentos que também são utilizados como a abrasão através de ácido

retinóico. Logo, o mote este trabalho científico é a busca de resultados perante a

equivalência de tratamentos. Coloca-se, também, que não foram encontrados estudos

buscando essa equivalência. As literaturas são isoladas quanto aos dois tratamentos, seja

a publicação referente ao Striat, seja referente ao ácido retinóico.

As estrias são alterações cutâneas indesejáveis, definidas como cicatrizes

lineares visíveis que se dispõem paralelamente umas as outras, podendo ser raras ou

numerosas e indicam uma lesão na pele, pois ocorre um desequilíbrio elástico

localizado. Há evidências que o seu aparecimento seja multifatorial, não somente

fatores mecânicos e endocrinológicos, mas também predisposição genética e familiar.

(3,4)

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19

As estrias podem ser encontradas em ambos os sexos, mas com

predominância no sexo feminino a partir da adolescência. Nas meninas, a maior

incidência ocorre dos 12 aos 14 anos, e nos meninos entre os 12 e 15 anos. A mulher

saudável apresenta 2,5 vezes mais chances de desenvolver estrias que o homem nas

mesmas condições. (4)

Há na literatura relatos quanto à utilização dos tratamentos, mas não há

estudos que compare essa terapia.

Este trabalho tem como objetivo geral verificar o efeito da eletroterapia com

a vitamina C e do ácido retinóico na redução das cicatrizes lineares das estrias. Essa

pesquisa tem como objetivo específico verificar a redução do número de estrias

presentes em culotes femininos, comparando a eficácia dos dois tratamentos propostos.

Em termos mais específicos, descrevem-se os efeitos quanto aos tratamentos propostos,

comparam-se o efeito na redução das estrias e o nível de satisfação das pacientes quanto

ao tratamento realizado.

Quanto ao nível, é uma pesquisa experimental comparativa e, quanto ao

levantamento, é qualitativa e quantitativa.

No primeiro capítulo, consta a introdução desta pesquisa. O segundo

capítulo aborda o referencial teórico dos assuntos trabalhados no presente estudo. No

terceiro capítulo é descrito o delineamento da pesquisa. O quarto capítulo trata da

análise e discussão dos dados obtidos na pesquisa, finalizando com as considerações

finais e possíveis sugestões para as próximas pesquisas.

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20

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 FISIOLOGIA DA PELE

A pele compreende 15% do peso total de um indivíduo, podendo então ser

considerada o maior órgão do corpo. Ela origina-se dos folhetos ectodérmicos e

mesodérmicos. Apresenta estrutura de tecidos de várias naturezas, adequando-se para o

desempenho de suas funções. Através da pele observam-se mudanças desde o

nascimento até a velhice em resultado das mudanças das condições ambientais. (5,6,7)

2.1.1 Conceito

A pele é denominada um órgão protetor e impermeável à água, é o manto de

revestimento do organismo delimitando o meio interno e o ambiente externo.

Caracteriza-se por uma complexa estrutura de tecidos que apresentam várias naturezas

dispostas e inter-relacionadas, que juntas atuam de maneira harmônica, a fim de

desempenhar suas funções. A pele possui variações ao longo de sua extensão, sendo em

alguns momentos mais flexível e elástica, e em outros casos mais rígida. Sua espessura

modifica-se dependendo da região anatômica, da idade e do sexo. A região do pescoço,

palmar e plantar apresentam o tegumento mais espesso, sendo que se encontra mais fino

nas mulheres e nas crianças. (8,9)

Sua superfície mede aproximadamente 1,50 m2, possuindo sulcos que

acompanham linhas de clivagem e saliências que ficam entre os sulcos, formadas pelas

papilas da derme. A pele apresenta aspecto de fino mosaico devido aos sulcos se

juntarem, dividirem ou entrecruzarem. A superfície cutânea apresenta variações e

pregas, articulares e musculares, orifícios polissebáceos e sudoríparos, de acordo com os

segmentos do corpo. (5,6,8,9,10)

A coloração da pele sofre influência segundo a raça da pessoa, da região do

corpo e das condições do meio. A maior coloração se dá nas auréolas mamárias, nos

órgãos genitais e nas regiões que se expõem à luz. (9)

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A pele encontra-se em alterações constantes tendo capacidade renovadora e

de reparação, apresentando também hipermeabilidade. É nela que se podem manifestar

condições psíquicas do indivíduo e também conotações de ordem racial, social e sexual.

(11)

Através da figura esquematizada abaixo, pode-se entender melhor sua

constituição anatômica e também topográfica. Qual seja:

Figura 1: Anatomia da pele. Fonte: Ana Luisa Miranda Vilela, 2009. (12)

2.1.2 Funções

Por ser considerado o maior órgão do corpo, a pele exerce múltiplas

funções, entre elas, a respiração de alguns animais, proteção física como as escamas nos

peixes, e no homem, através do cheiro das secreções glandulares, a atração sexual. Isso

se dá através da arquitetura e propriedades físicas, químicas e biológicas de suas várias

estruturas. (8,11)

Dentre as funções da pele, destacam a proteção, percepção, hemorregulação

e termorregulação, secreção, excreção e metabolização. (11)

A proteção da pele se dá através da capacidade do sistema melânico que

impede e absorve as radiações calóricas ultravioletas e ionizantes. Em função do

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colágeno e da elástina, ela torna-se moldável e elástica, resistindo assim a agentes

mecânicos como, por exemplo, os traumatismos. Por ser impermeável à água e aos

eletrólitos, ela mantém o equilíbrio hidroeletrolítico no meio interno e externo. A pele

tem a capacidade de manter a proteção físico-química através da manutenção do pH

ácido da camada córnea. (11)

A percepção da pele se dá pelas terminações nervosas situadas na derme, na

qual recebe estímulos do ambiente identificando os perigos externos, vindos da medula

espinhal, constituídos de fibras sensórias que procedem das raízes dorsais e das fibras

simpáticas provenientes dos gânglios simpáticos. É nela que estão localizados

corpúsculos nervosos que pretendem apresentar funções específicas. A sensibilidade

tátil tem distribuição ponteada, sendo mais sensíveis no nariz, lábios e pontas digitais e

menos sensíveis ao tronco e regiões plantares. Sendo também ponteada, a sensibilidade

térmica apresenta pontos para o frio e o calor, não sendo específicos. Com as mudanças

ambientais, ela tem a capacidade de se adaptar às mudanças de estímulos. Já na

sensibilidade dolorosa, encontram-se dois tipos de sensações: a queimadura que é

transmitida por fibras amedulares e a friúria através de fibras sensitivas medulares. (11)

Para que ocorra a manutenção e regulação do débito circulatório a pele

utiliza seus extensos plexos vasculares e seus glomos. O mecanismo comandado pelo

centro termorregulador através do sistema nervoso autônomo que permite a

vasoconstrição e a vasodilatação mantém a homeotermia e a termorregulação. (11)

Encontram-se a ceratina e a melanina sendo secretada pela pele, o sebo

tendo como função antimicrobiana por formar um manto lipídico e protetora e o suor.

(11)

A excreção ocorre de maneira imperceptível pelas glândulas écrinas que

secretam água e eletrólitos. (11)

A pele metaboliza testosterona, progesterona, estrógenos, glicocorticoides e

vitamina D. (11)

Está relacionada com a regulação e conservação de fluídos corporais,

regulação térmica, excreção do suor e eletrólitos, secreção sebácea, síntese de vitamina

D, órgão sensorial e aspecto e individualização estética. (5,13)

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Figura 2: Constituição da pele. Fonte: Guirro e Guirro, 2005. (14)

2.1.3 Pele Normal

A palavra normal refere-se a uma pele não-afetada por nenhuma patologia.

Dentro deste contexto, há uma ampla variedade de texturas, competições e aparências

cutâneas. (8)

As diversas classificações dos tipos de pele são ligeiramente encontradas

nos balcões de perfumarias e seções de cosméticos, porém elas mostram poucas

informações úteis, não apresentando qualquer princípio fisiopatológico, visando, assim,

aos interesses dos fabricantes. (8)

2.2 CAMADAS DA PELE

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A pele é formada basicamente por 3 camadas: epiderme, derme e

hipoderme. Recentes descobertas a respeito dos componentes da pele resultaram em

diagnóstico pré-natal de muitas doenças hereditárias e terapias aperfeiçoadas e, no

futuro, conduzirá a um melhor entendimento do envelhecimento da pele e do efeito de

produtos tópicos sobre a ela utilizados. (15)

Figura 3: Camadas da pele. Fonte: (16)

2.2.1 Epiderme

A epiderme é considerada um epitélio estratificado que apresenta diferentes

camadas celulares. É a camada mais superficial da pele, sendo formada, basicamente,

de tecido epitelial estratificado córneo, os quais são chamados de ceratinócitos ou

corneócitos. (8)

Eles são produzidos por células-tronco, que formam a camada basal, por

estarem na camada mais profunda da epiderme. Essas células-tronco se dividem e criam

células-filhas que se deslocam para o topo da epiderme. Com a mudança e o

amadurecimento dessas células através da epiderme, elas passam a desenvolver

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características diferentes, sendo que essas características é que vão formar as camadas

da epiderme, como se pode observar abaixo. (8,11,15)

Figura 4: Epiderme. Fonte: JR, 2009. (17)

2.2.1.1 Camada basal

Esta camada é a mais profunda, sendo constituída por dois tipos de células,

as basais e os melanócitos. É essencialmente germinativa, dando origem às demais

camadas da epiderme pela progressiva diferenciação celular, sendo então observada

uma intensa atividade mitótica. Enquanto ocorre rápida renovação das células basais,

algumas encontram-se em formas de mitose em uma quantidade menor. Este processo

ocorre devido às biópsias serem realizadas durante o dia devido ao ritmo das mitoses

estarem reduzidas. O número de mitoses eleva-se quando retirada a camada córnea ou a

superfície da epiderme, levando a um resultado de recuperação daquela camada ou

hiperplasia epidérmica. (8,9)

Segundo Sampaio e Rivitti, 2007, a zona da membrana basal é composta de

quatro componentes: membrana plasmática das células basais, as vesículas

plasmalêmicas e os hemidesmossomas, sendo estas, estruturas que ligam as células

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basais e as demais estruturas da membrana basal; lâmina lúcida ou espaço

intermembranoso; lâmina densa ou basal; e zona da sublâmina densa. (8)

Elas são responsáveis pela manutenção da epiderme através da renovação

contínua da população celular. São formadas por células em divisão, sendo que as

células recém-produzidas deslocam-se para a superfície, substituindo a parte em que

foram descamadas. Sofrem modificações morfológicas e histoquímicas, sendo

poligonais e de citoplasma acidófilo, constituindo, assim, a camada espinhosa. (8)

Técnicas com radioisótopos mostraram que a maturação de uma célula

basal, até atingir a camada córnea, se dá em aproximadamente em 26 dias, sendo que a

renovação completa da célula basal até a eliminação das células córneas acontece de 52

a 75 dias, sendo divididos: o tempo de duração da divisão celular é de 19 dias, o trânsito

da camada de Malpighi se dá de 26 a 42 dias e o trânsito pelo estrato córneo é de 19

dias. (8,11)

2.2.1.2 Camada granulosa

Esta é composta de 4 fileiras de células dendríticas achatadas com

numerosos grânulos ceratoialínicos, aderentes umas as outras, não havendo ligação de

pontes intercelulares, mostrando sua desorientação na superfície que está ligada à

camada córnea. Os grânulos apresentam tamanho e forma irregulares e compõem-se de

querato-hialina. Nas áreas em que a queratinização está imperfeita, a camada granulosa

pode estar ausente. (8,9)

Nesta camada, encontram-se elementos componentes do envelope das

células corneificadas, sendo eles involucrina, queratolinina, pancornulinas e loricrina.

(8)

2.2.1.3 Camada lúcida

Não se encontram grandes evidências dessa camada nas literaturas. O

estrato lúcido encontra-se entre a camada córnea e a granulosa sendo composta de 2 ou

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3 camadas de células achatadas, anucleadas, planas, de aspecto homogêneo e

transparente, sendo encontrada nas regiões palmoplantares. Sua translucidez se dá

através da presença de citoqueratina, a eleidina. (5)

A lâmina lúcida tem de 25 a 50 nm de espessura, apresentando filamentos

de ancoragem que provém da membrana plasmática da célula basal, passando pela

lâmina lúcida e inserindo-se na lâmina densa. Esta é constituída de múltiplas

glicoproteínas não colagênicas: laminina intactina/nidógeno e fibronectina. (8)

2.2.1.4 Camada de transição

Para a formação da camada de transição tem a constituição da camada

granulosa e lúcida, tendo como função a permeabilidade entre o meio exterior e interior

ocorrendo resistência para que a água saia e a entrada de agentes nocivos. (8)

2.2.1.5 Camada córnea

Segundo Azulay e Azulay, 2006, é a camada mais externa da epiderme,

sendo o limite do indivíduo e o meio externo. Suas células são acidófilas e planas, as

mais largas do organismo, permitindo que ocorra sua descamação e movimento da

região sem gerar dano à integridade do tecido. São também células epidérmicas

anucleadas, onde apresentam membranas celulares espessas, sendo que seu citoplasma

corresponde a um sistema bifásico de filamentos de queratina encerrados em uma matriz

amorfa contínua. A camada externa possui lâminas superpostas de ceratina e a morta é

hidrófila e tem como função de proteção contra as agressões físicas, químicas e

biológicas, sendo formada de 5% de enxofre e 20% de nitrogênio. (8,11)

Esta camada leva a prevenção do trânsito de água e substâncias solúveis das

duplas lamelas lipídicas intercelulares presentes nas regiões médias e baixas, permitindo

a regulação da homeostasia em relação ao ambiente externo. (11)

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2.2.2 Derme

A derme está localizada entre a epiderme e a hipoderme, que é responsável

pela espessura da pele, desempenhando papel importante na aparência cosmética. Esta é

composta de células mesenquimais primitivas, fibroblastos, macrófagos/histiócitos e

mastócitos. Ela compreende um verdadeiro gel, rico em mucopolissacarídeo, a

substância fundamental e também de fibras elásticas e reticulares, assim como as de

colágeno (70% a 75% do peso seco) fornecendo resistência e integridade à pele,

apresentando vasos sanguíneos e linfáticos, nervos, folículos pilosos, ductos das

glândulas sudoríparas e sebáceas. As fibras elásticas, quando estiras, apresentam

distensibilidade e têm a capacidade de voltar ao seu estado normal após cessar o

estiramento. O mesmo não acontece com as fibras de colágeno, que mesmo

apresentando maior resistência, não conseguem voltar ao seu estado normal. Sua

espessura média é de aproximadamente 2 milímetros e sua superfície externa é

extremamente irregular.

Segundo Roos (1993) apud Guirro e Guirro (2002), seus receptores

sensoriais funcionam como nociceptores, isto é, receptores de dor. Devido ao

enriquecimento de vasos sanguíneos e nervos em seu leito, a derme tem como função a

flexibilidade e a elasticidade. Entre outras funções, estão a proteção contra traumas

mecânicos, manutenção da homeostase, definição da cor da pele através da melanina,

hemoglobina e dos carotenos, ruborização pelo estado emocional, depósito de sangue

em casos de necessidades primárias do organismo e proteção contra invasões por

microorganismos, devido a ação dos macrófagos e leucócitos. (4,6,8,11,15,18)

A derme interage com a epiderme para que ocorra a manutenção dos dois

tecidos, colaborando para a junção dermoepidérmica e dos anexos epidérmicos, e

também na reparação da pele. (11)

A derme é dividida em 3 camadas: papilar, reticular e adventicial.

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Figura 5: Derme. Fonte: 2006. (19)

2.2.2.1 Camada papilar

Apresenta esse nome porque possue papilas dérmicas que constituem a sua

parte mais importante. É uma camada delgada formada pelo tecido conjuntivo frouxo

com fibras elásticas e fibrilas de colágeno que atuam na fixação da derme à epiderme,

possuindo grande celularidade. Muitas dessas papilas apresentam alas capilares e outros

receptores sensoriais que respondem a estímulos externos como mudança de

temperatura e pressão. (4,5,6)

2.2.2.2 Camada reticular

É a camada mais espessa que se estende até o subcutâneo, formada de tecido

conjuntivo denso, com grossos feixes de fibras colágenas, fibras elásticas e reticulares,

vasos sanguíneos e linfáticos, corpúsculos de Pacini, nervos, folículos pilosos, glândulas

sudoríparas e sebáceas. Ela recebe este nome porque as fibras de colágeno se entrelaçam

em algo parecido a uma rede. (4,6,8)

2.2.2.3 Camada adventicial

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Essa camada é estruturalmente igual à derme papilar sendo constituída de

feixes finos de colágenos. Ela aparece ao redor dos folículos sebáceos e das glândulas e

vasos. (4)

2.2.3 Hipoderme

A hipoderme é a camada mais profunda da pele, sobre a qual a pele repousa,

sendo constituída de tecido conjuntivo frouxo ou adiposo, sendo que essa gordura

representa uma importante fonte de energia para o corpo, pois é nela que se deposita a

maioria dos lipídios de uma pessoa obesa. Essa camada está frouxamente conectada à

pele e à fáscia dos músculos subjacentes, o que faz com que os músculos se contraiam

sem repuxar a pele. Esse tecido adiposo, além da função energética, auxilia no

isolamento térmico do organismo, modela a superfície corporal, absorve choques

através dos coxins adiposos e é um tecido de preenchimento, sendo que auxilia na

fixação dos órgãos. (4)

Sua porção superior está interligada com a derme profunda, formando a

junção dérmo-hipodérmica, que normalmente é a sede das porções secretoras das

glândulas apócrinas ou écrinas e de pêlos, vasos e nervos. (8)

A hipoderme apresenta duas camadas: a areolar e a lamelar. A camada mais

superficial é a camada areolar, formada por adipócitos globulares e volumosos, em

forma vertical, apresentando vasos sanguíneos numerosos e delicados. Na camada

lamelar ocorre aumento na densidade no ganho de peso e aumento de volume de

adipócitos, e é nela que se dá a maior mobilização das gorduras quando um indivíduo

obeso se submete ao processo de redução ponderal. A proporção dessas camadas varia

de acordo com a espessura da pele, região e segmento corporal, sexo e idade. (8)

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Figura 6: Hipoderme. Fonte: 2006. (20)

2.3 ESTRIAS

Segundo Carramaschi (1995), as estrias têm sido motivo de estudo há

muitos anos. Roederer em 1773 fez o primeiro estudo científico em gestantes. Troisier e

Menetrier, em 1989, descreveram as estrias como uma doença inócua e desfigurante.

Em 1984, Unna suspeitou que fatores endógenos influenciassem as fibras elásticas do

tecido conjuntivo, e, em 1936, Nardelli pela primeira vez as chamou de estrias atróficas.

Assim teve início a busca da fisiopatologia e tratamento das estrias. (6)

A estria é caracterizada por uma lesão da pele, apresentando grande impacto

social, principalmente em mulheres, que estão em busca de satisfação pessoal. Ela

ocorre principalmente em obesos, na gravidez e nas infecções. Em muitos casos, há

comprometimento hormonal pelo aumento de glicocorticoides, como pode ser

evidenciado na Síndrome de Cushing. Nas estrias ocorrem alterações de coloração

dependendo da sua fase, gerando um processo de natureza estética, ocorrendo uma

alteração da função cutânea ou incapacitação física. (4,6,11)

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As estrias apresentam diversas denominações, dentre as principais pode-se

citar a atrofia estriada, atrofoderme estriada, estria atrófica, estria cutânea distensa,

estria traumática, linha albicante, linha atrófica, vergão linear. O termo vergão, aliás

muito usado, é impróprio, porque vergão que dizer vinco ou marca na pele produzido

por pancada, sobretudo de vergasta ou chicote. A vergasta produz equimoses lineares.

(18)

2.3.1 Conceito

A estria é considerada uma atrofia tegumentar adquirida, de aspecto linear,

algo sinuosa, a princípio avermelhada, depois esbranquiçada e abrilhantadas ou

nascaradas. Podem ser raras ou numerosas e apresentam-se paralelamente umas às

outras e perpendicularmente às linhas de fenda da pele, sendo um sinal de desequilíbrio

elástico localizado, considerada, então, uma lesão da pele. Sua tendência é distribuir-se

simetricamente em ambos os lados. (4)

As estrias são chamadas de atróficas devido as suas características, isto é,

diminuição da espessura da pele pela redução do número e volume de seus

componentes, apresentando adelgaçamento, pregueamento, secura, menor elasticidade,

diminuição dos pêlos, podendo apresentar também redução da coloração da pele no

local. (18)

As estrias contêm um aumento da quantidade de glicosaminoglicanos e uma

diminuição das fibras elásticas e verticais de fibrila. (15)

Normalmente, as estrias são simétricas e bilaterais. Seu comprimento pode

variar de alguns milímetros até 30 cm, e a sua largura de 2 a 3 mm podendo chegar a 3

cm e excepcionalmente, 6 cm. (18)

Guirro e Guirro (6) citam que a atrofia cutânea é a causa mais comum do

uso de corticoterapia tópica. Normalmente ela encontra-se na epiderme e derme,

podendo, em alguns casos, atingir o tecido celular subcutâneo e, consequentemente,

causar telangiectasias, lesões purpúricas e até mesmo esquimoses. (18)

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Figura 7: Estrias Rubras. Fonte: (21)

Figura 8: Estrias Brancas. Fonte: João Bosco, 2008. (22)

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Figura 9: Estrias Nascaradas. Fonte: Kátia P, 2008. (23)

2.3.2 Sinais e Sintomas

Apresenta como primeiros sinais clínicos prurido, dor (em alguns casos),

erupção papular plana e levemente eritematosa, sendo então chamada de estrias rubras.

Quando o processo de formação da estria já está praticamente estabelecido, as lesões

apresentam-se esbranquiçadas, quase nascaradas, e é denominada estria Alba. (4)

As estrias podem ser caracterizadas pelo seu tempo de instauração. Quanto

mais nova a estria, mais avermelhada ela se encontrará. E quanto mais antiga, mais

esbranquiçada ela estará. (6)

As estrias podem apresentar forma retilínea, curvilínea, em S ou em

ziguezague. Seu tamanho pode variar de um a dois centímetros, chegando até cinco

centímetros em sua largura. (6)

2.3.3 Etiologia

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Para Toschi (2004), a patogênese das estrias não está totalmente conhecida.

Diversos trabalhos as apresentam como de natureza multifatorial, sendo que há vários

fatores relacionados com sua origem. Mudanças que ocorrem nas estruturas que

suportam forças tênsil e elasticidade vão gerar um afinamento do tecido conectivo, que

ao estar aplicado a maiores tensões sobre a pele, irão produzir as estriações cutâneas. (6)

Guirro e Guirro 2007 (4) sugerem três teorias que explicam o surgimento

das estrias:

2.3.3.1 Teoria Mecânica

Acredita-se que o excesso de deposição de gordura no tecido adiposo cause

dano às fibras elásticas e colágenas na pele. Ventura e Simões 2003 (6) também

afirmam haver depósito de gordura nas células adiposas, ocorrendo uma lesão às fibras

elásticas em fases de crescimento rápido, estirando a pele e levando a uma ruptura ou

perdas dessas fibras. (4)

O estiramento da pele leva à ruptura ou perda das fibras elásticas,

justificando assim o aparecimento das estrias na distensão abdominal devido ao

crescimento do feto na gestante e no estirão de crescimento na puberdade no

adolescente. (4)

Estudos demonstram que 75% a 95% das mulheres, ao chegarem ao final da

gestação, apresentam alguns pares de estrias. Sua maior frequência está no último

trimestre quando a pele vence os limites de resistência das fibras elásticas, sendo que

estas já se encontram alteradas pelo aumento da atividade hormonal. (6)

Wilkins e Col. (1952) apud Guirro (2002) realizaram estudos sobre o

surgimento de estrias púrpuras nos pacientes com pseudo-hemafroditismo que fizeram

uso de cortisona. Observou-se o aparecimento de estrias vermelhas, sendo que estas se

encontravam paralelas e longitudinais nos glúteos e região trocanteriana. Visto a rápida

deposição de gordura nestes locais, concluiu-se que esta é a causa das estrias,

coincidindo com as que ocorrem no período da adolescência. (18)

Esteves (1992) apud Guirro (2002) considera que a ação mecânica constitua

apenas fator coadjuvante. Ele põe em questão o prestígio da distensão cutânea como

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fator determinativo principal, pois em casos de obesidade acentuada ou os tumores

abdominais de grande volume não se observou a presença de estrias. (18)

2.3.3.2 Teoria Endocrinológica

Observa-se, através de alguns fatos, que a teoria mecânica por si só não é

suficiente para explicar o estiramento da pele nos casos do aparecimento de estrias, quer

por deposição de gordura ou por crescimento. (4)

Sisson (1954) apud Guirro (2002) chama a atenção para o fato de que as

estrias normalmente surgem em crianças ou adolescentes que não são necessariamente

obesas. Podem ser observadas em ambos os sexos, obesos ou não, na adolescência,

sendo que este é o período de maior estimulação adrenocortical. Ele afirma, também,

que a estria surge espontaneamente em pequenos períodos em que ocorre estimulação

cortical, aparentando uma aplicação exógena de cortisona, podendo prolongar-se por

vários anos durante toda puberdade. (18)

Em torno de ano 1990, as estrias foram vistas e relacionadas com algumas

patologias, como a febre tifóide e reumática, porém a associação a essas debilidades não

eram compreendidas. A teoria endocrinológica teve surgimento quando a hipótese do

estiramento da pele estava desgastada e quando se passou a fazer uso de hormônios

adrenais corticais relacionadas com o surgimento das estrias como um efeito local. Com

essa teoria, relacionou-se o surgimento dessa atrofia com as medicações em uso. (18)

Guirro, 2002, explica-se o surgimento das estrias em várias patologias pela

utilização de drogas no seu tratamento. Acredita-se que o hormônio esteroide encontra-

se em altos níveis com o aparecimento das mesmas (obesidade, adolescência, gravidez)

e com o uso de medicamentos a base de corticoides tópicos ou não e anabolizantes. A

ocorrência é tanto no sexo masculino ou feminino, obesos ou não, sendo na

adolescência a maior estimulação adrenocortical, definida como uma Síndrome

chamada de Cushing fisiológica. (4)

Weill e Bernfeld (1951) apud Guirro (2002) relatam que as estrias que

surgem na gravidez, nas infecções agudas, em distúrbios nutricionais, na Síndrome de

Cushing e na puberdade, estão todas relacionadas com a hiperatividade do córtex da

adrenal. (18)

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O hormônio 17-cetosteroide é o principal andrógeno adrenal que apresenta

ampla atuação no tecido conjuntivo e nos fibroblastos, aumentando o catabolismo

proteico, sendo este, a mais provável origem das estrias. Essa ação hormonal só aocorre

quando inicia a puberdade, por isso as crianças abaixo de nove anos não aprentam

estrias, exceto quando fazem uso de corticoides. (18)

2.3.3.3 Teoria Infecciosa

Ventura e Simões afirmam que processos infecciosos causam danos às

fibras elásticas, permitindo assim o aparecimento de estrias. (6)

Toschi (2004) e Guirro e Guirro (2002) relatam que alguns medicamentos

levam à hiperpigmentação das estrias, como é o caso da bleomicina, o antibiótico e anti-

tumor, que em doses altas podem causar ainda esclerose, gangrena, preaguiamento e

eritema. A pigmentação inicial é parecida com a que ocorre na Síndrome de Cushing, ou

seja, violácea. Essa coloração pode evoluir para marrom escura. (6)

Essa teoria afirma que a febre tifoide, o tifo, a febre reumática, a hanseníase,

entre outras infecções, levam ao aparecimento de estrias, pois os processos infecciosos

causam danos às fibras elásticas. Esta teoria não possue grande aceitação, já que os

adeptos da teoria endocrinológica explicam o aparecimento da estria devido ao

tratamento recebido, nesse caso o corticoide, e não ao processo infeccioso em si. (4)

2.3.4 Incidências

As estrias podem ser encontradas em ambos os sexos, mas com

predominância no sexo feminino a partir da adolescência. Nas meninas, a maior

incidência ocorre dos 12 aos 14 anos, e nos meninos entre os 12 e 15 anos. A mulher

saudável apresenta 2,5 vezes mais chances de desenvolver estrias que o homem nas

mesmas condições. (4)

Sisson (1954) apud Guirro (2002) e Azulay (2004) observaram uma maior

incidência de estrias em regiões como os glúteos, seios, abdômem, coxas, regiões

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lombossacrais e partes externas da coxa, e menos comum na fossa poplítea, tórax,

regiões ilíaca, antebraço e porção anterior do cotovelo. (18)

Azulay (1999) e Guirro e Guirro (2002) afirmam que essa atrofia tem maior

incidência em indivíduos obesos, na puberdade, na gestação, nas Síndromes de Cushing,

de Marfan, com uso tópico ou sistêmico de esteroides, nos tumores da supra-renal,

infecções e estresse. (18)

Para Azulay (1999), o terceiro trimestre da gravidez é período em que pode

ocorrer até 90% dos casos de estrias, devido à distensão mecânica, com maior

incidência em multíparas e em primíparas, sendo que entre os locais mais afetados estão

o abdômen, mamas e quadris. (18)

2.4 TIPOS DE TERAPIA

Há diversas terapias apresentadas no tratamento das estrias, entre elas, a

eletroterapia e a terapia medicamentosa. (4)

A eficácia no tratamento de estrias é certa desde que as variáveis como

número de sessões de acordo com a cor da pele, idade, tamanho das estrias sejam

controladas. (7)

Kede e Sabatovich (2004) e Azulay e Azulay (1999) afirmam que o há uma

grande diversificação no tratamento de estrias recentes e de estrias tardias, pois

apresentam diferentes fases de evolução, havendo necessidade de terapêuticas

combinadas. (7)

Para Sampaio e Rivitti não há comprovação científica quanto à utilização de

óleos de amêndoa durante a gravidez para a prevenção de estrias, sendo este

considerado um tratamento místico. (7)

2.4.1 Eletroterapia

A galvanoterapia é a aplicação terapêutica da corrente galvânica, visando

exclusivamente os efeitos polares que ela promove. Esses efeitos são justificados pelo

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grande efeito polar que esta corrente causa aos tecidos, podendo ser agrupados em

quatro categorias: efeito eletrolítico, efeito osmótico, modificações vasomotoras e

alterações na excitabilidade. (4,18)

Essa corrente caracteriza-se por um método invasivo e superficial, na qual

gera o processo de regeneração das estrias através da combinação dos fatores intrínsecos

da corrente contínua e dos processos envolvidos na inflamação aguda. (18)

Através da estimulação elétrica, ocorre um aumento de fibroblastos jovens,

neovascularização, melhorando assim o aspecto da pele. (4)

Para Starkey (2001), a corrente galvânica caracteriza o movimento de cargas

que apresentam o mesmo sinal e se deslocam no mesmo sentido, tendo uma intensidade

fixa. Essa corrente pode ser chamada de corrente direta, pois sua intensidade permanece

constante em valor e sentido. (5)

Para Machado 1991, a corrente galvânica é de baixa frequência,

apresentando um fluxo de elétrons constante sem interrupção nem variação de

intensidade na unidade de tempo. (5)

Além de sua utilização em estrias, pode ser utilizada também para a

destruição de verrugas e pequenos tumores benignos salientes, sobretudo pediculados.

Tem efeito sobre o tratamento de foliculite, acne e em cistos, possibilitando seu

esvaziamento. (4)

2.4.2 Striat

Caracteriza-se por um gerador de corrente contínua filtrada constante,

apresentando dois eletrodos, um como placa e outro um ativo especial, o qual consiste

de uma fina agulha sustentada por uma caneta. (4)

O Striat age através de uma técnica que utiliza a corrente galvânica

associada a uma agulha que contém a maior concentração de corrente no pólo negativo

e de um eletrodo passivo ou dispersivo do tipo placa, sendo umedecido com água e

colocado no paciente, com o intuito de completar o circuito, a fim de reduzir o aspecto

da pele estriada. (4)

Através do eletrodo do tipo caneta, são feitas micropunturas subdérmicas,

diagonalmente, agindo superficialmente sobre toda a extensão da estria. A intensidade

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se dá pela sensibilidade de cada indivíduo. A corrente preferencial para esse tipo de

tratamento encontra-se na faixa de 70 a 100 micro ampéres (uA). Ocorre então um

processo de inflamação aguda pelo estímulo físico da penetração da agulha, sendo o

responsável pela regeneração do tecido, não ocorrendo efeito sistêmico, não carecendo

da retirada de objetos metálicos. (4)

Guyton (1997) mostra que a intensidade e à duração da resposta inflamatória

está diretamente ligada à intensidade da corrente e a reação do indivíduo. Os pacientes

com pele ressecada irão ter ausência de sensibilidade nas primeiras sessões, devido à

resistência da passagem da corrente para a sua pele. (4,5)

Machado (1991) afirma que a corrente galvânica, quando aplicada no tecido

causa uma sensação de cócega ou comichão; e com o aumento da intensidade, a

sensação passa para um leve formigamento, que recrudesce à medida que a intensidade

é elevada, acarretando uma sensação de agulhada, ardência e dor. (5)

Para o autor, os efeitos fisiológicos ocorrem devido à ação da corrente sobre

os nervos vasomotores, o que leva a uma hiperemia ativa, (pólo negativo). Há uma

hipersensibilização dos nervos vasomotores por longo tempo, levando a nível

superficial e profundo uma maior oxigenação dos tecidos, o que causa um aumento na

irrigação, aumento do aporte sanguíneo, da metabolização de substâncias como

nutrientes, eletrólitos, anticorpos e leucócitos, auxiliando a reparação e a defesa. (5)

2.4.2.1 Efeitos

O estímulo das agulhas desencadeia um processo de reparação para

restabelecer a integridade dos tecidos e, ao estar associada com a corrente, leva a uma

inflamação aguda localizada. Minutos após a lesão ocorre hiperemia e edema devido às

substâncias locais que são liberadas, responsáveis pela vasodilatação e permeabilidade

dos vasos. Encontram-se, então, na lesada, exudato inflamatório composto de

leucócitos, eritrócitos, proteínas plasmáticas e fáscias de fibrina. Inicia-se então o

processo de epitelização, fazendo com que as células epidérmicas penetrem para as

fendas da pele. Surgem então os fibroblastos que cumprem suas funções sintetizadoras,

sendo que a estimulação fibroblástica é importante na regeneração dessa atrofia

tecidual. (4)

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2.5 ÁCIDO RETINOICO

Sampaio e Rivitti citam que, por volta dos anos 80, foi introduzida a

concentração de 0,05% de tretinoína no tratamento de acne. (7)

É um agente farmacologicamente eficaz para a aplicação tópica na pele,

sendo que este estimula a microcirculação local e, se utilizado por longo prazo, leva à

melhora das estrias. (4,18)

2.5.1 Sinônimos

O ácido retinoico é também conhecido como tretinoína ou vitamina A ácida.

(3)

2.5.2 Conceito

É um ácido insolúvel em água e pouco solúvel em etanol e clorofórmio e

está relacionado com a regulação da diferenciação epitelial. Atua aumentando a síntese

de colágeno, estimula a microcirculação local, renova a epiderme e causa uma leve

esfoliação da pele. (3,4,24)

Devido a sua concentração, esse ácido causa vasodilatação dérmica,

aumento das mitoses da epiderme e descamação da pele, por isso sua indicação em

casos de acne. As concentrações mais moderadas refazem ou aumentam a camada

granulosa. Através da liberação de enzimas proteolíticas e hidrolíticas dos lisossomas

ocorre o processo inflamatório. Leva a uma normalização celular dos queratinócitos,

diminuição da atrofia da pele senil, reaparecimento dos cones epiteliais na epiderme

retificada, eleva a vascularização dérmica e a colagenogênese ao nível da derme

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superior levando o material elastótico da pele acniticamente lesada para a derme mais

profunda. (7,8)

Os retinoides agem para inibir a ceratinização e a transformação de tecido

normal em tecido neoplásico, reduzem a produção sebácea, como da prostaglandina E2 e

da colagenase. (24).

Nas fases inicias de tratamento poderá ocorrer eritema, ardor, prurido e

descamação da pele, ocorrendo melhora devido à adaptação com o passar do tempo. No

caso de irritação da pele, quando associada à exposição do sol e ao uso de

queratolíticos, há potencialização de seus efeitos. (7,8)

2.5.3 Aplicação

Tem sido muito utilizado em diversas lesões da pele, como em estrias,

acnes, fotoenvelhecimento e verrugas planas. Os efeitos sobre a acne estão relacionados

pela inibição da secreção sebácea. Apresenta utilização em casos proriáticos, ictióticos,

ceratodermias e pitiríase rubra pilar. (3,24).

Com o término do tratamento, após 6 a 12 meses, é que se perceberá

melhora da textura, manchas, rugas e sulcos superficiais da pele. (7)

A aplicação do ácido retinoico causa melhoras aparentes nas primeiras

semanas, ou seja, nas estrias recentes, sendo feito um controle de tempo das aplicações

quando se passa a verificar a redução das lesões, havendo assim aumento de elastina na

derme e tornando a pele aparentemente melhor. (18)

Áreas de maior sensibilidade como boca, narinas, lábios, olhos e pescoço,

deve ser evitada a sua aplicação. Não é indicado a aplicação de esfoliantes e produtos à

base de álcool para que não ocorra aumento dos efeitos colaterais, pois este pode levar à

irritação. (18)

2.6. OUTROS TRATAMENTOS

2.6.1 Massoterapia

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A massagem é a compressão repetida da pele ou do grupo cutâneo-muscular,

tendo como função a melhora nutricional dos tecidos. A temperatura da pele pode

aumentar até 3ºC após determinado tempo de massagem. Ela leva a uma hidratação da

pele, tornando-a levemente edematosa por um período de até duas horas. (24)

Essas alterações podem afetar a hipoderme e até as massas musculares, em

resultado da liberação de histamina. Pode-se ainda melhorar o metabolismo local e

reabsorção do tecido adiposo. Pelos seus atos reflexos ocorre repercussão em vários

tecidos e órgãos internos. (24)

É utilizada para melhorar a absorção de produtos específicos, sendo que a

massagem não apresenta bases fisiológicas comprovadas cientificamente na regeneração

do tecido dérmico lesado. Promove alívio do estresse levando a um relaxamento,

mobiliza estruturas variadas, diminui a dor e o edema, previne deformidades e

independência funcional em pessoas que tem um problema de saúde específico. (4)

Os efeitos da massagem para Guirri e Guirro (4) são:

• Relaxamento muscular local e geral;

• Diminuição da dor;

• Melhora da circulação sanguínea e linfática;

• Aumento da perspiração, nutrição tecidual e secreção sebácea;

• Remoção de catabólicos;

• Aumento da maleabilidade, extensibilidade tecidual e mobilidade

articular;

• Deslocamento, direcionamento e remoção de secreções pulmonares;

• Estímulo de funções viscerais e autonômicas;

• Melhora na penetração de fármacos.

2.6.1.1 Tipos de massagens

Fonseca e Prista (24) determinam cinco tipos de massagens:

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• Amassamento ou amassadura: comprime ou aperta a pele com as pontas

dos dedos em movimentos ritmados como se estivesse amassando com

uma ou duas mãos.

• Expressão ou espremedura: com uma mão aperta-se a pele.

• Mobilização: os dedos bem distendidos sobre a pele mobilizam os

tecidos com movimentos circulares, com pressão sucessiva e sem

deslocar as mãos.

• Percussão: são suaves pancadas na pele sendo os movimentos do pulso

(percussão digital) ou com a borda cubital (percussão cubital).

• Massagem direcionada: passa-se a mão suave com o mesmo sentido

sobre a pele na direção da circulação venosa ativando-a.

O tipo de massagem vai depender das alterações cutâneas da pele e do

objetivo pretendido. (24)

2.6.2 Laser

O significado da palavra laser na expressão inglesa é amplificação de luz por

emissão estimulada da radiação. (4)

Para Guirro e Guirro, o laser é uma emissão de luz monocromática coerente,

tendo uma grande concentração de energia que pode provocar alterações físicas e

biológicas. Estudos realizados por Karu demonstram que a fotoestimulação que ocorre

pela radiação laser depende da monocromaticidade da emissão, tendo vários efeitos

devido ao comprimento de onda e da dose utilizada. (4)

Ele consiste de uma fonte de energia que, ao ser utilizado em um meio ativo

do sistema, eleva os níveis de energia. As moléculas deste nível voltam a seu estado

normal liberando o excesso de energia pela emissão de fótons de energia

eletromagnética. Este estimula a emissão de outra molécula do local utilizado. O laser é

monocromático intenso e de direção precisa quando apresenta um processo em cadeia

onde produz uma quantidade elevada de fótons emitidos simultaneamente, com mesma

direção e comprimento de onda. (4)

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O laser produz uma radiação que quando absorvida gera calor e determina

termocoagulação de vasos e lesões gerando um processo terapêutico. (8)

O laser consegue penetrar na pele apenas 2 mm, sendo que a sua energia é

absorvida em vários estratos da pele. (4)

Fonseca e Prista (1984) mostram que o laser foi idealizado por Schawlow e

Towner em 1958 e produzido por Maian em 1960. Ele consiste em feixes de luz

intensamente concentrados, contendo uma alta potência, podendo ser dirigidos para

determinada região. Esse feixe de luz é constituído por fotões com sensivelmente o

mesmo número de energia, sendo emitido de forma ordenada. (24)

Tem sua utilização na eliminação de manchas hemangióticas (angiomas),

lesões melânicas e melanose de dubreuilh. (24)

Para Azulay e Azulay (2006), a interação do laser com os tecidos permite o

uso a fim de atingir estruturas profundas da pele como vasos sanguíneos, as partículas

de pigmentos e os folículos pilosos. Com sua aplicação, o calor é dissipado por difusão

ao atingir o local de absorção, sendo que grandes regiões levam um tempo maior para a

perda deste calor, o que não acontece em pequenas regiões. O tempo de relaxamento é

aquele em que o tecido irradiado perde 50% da energia recebida sem ocorrer difusão. O

número de energia liberado por um local da pele tratado em um pulso é chamado de

irradiância. (11)

A proteção da epiderme com os sistemas de resfriamento diminui os riscos

de efeitos colaterais aumentando a tolerância do paciente, permitindo o uso de fluências

mais altas para aumentar a eficácia do tratamento. (11)

Ele causa descamação da pele e formação de crosta e que, ao se recuperar,

sofre retração e se torna mais uniforme. Possui sua ação em nível celular, pois aumenta

o número de fibras colágenas, resultando também no aumento da tensão epidérmica que

leva a melhora no aspecto da pele. Sua efetividade é maior quando aplicado

imediatamente após o surgimento das estrias. (4)

O laser tem que ser monocromático, coerente, colimado e de alta energia.

Quando disparado pelo tecido, ele é absorvido por cromóforos, sendo eles hemoglobina,

melanina, água, caroteno e tinta exógena de tatuagens. Podendo ter os efeitos

fototérmicos, sendo o alvo destruído ocorrendo um calor local; fotoquímico tendo

ligação com agentes fotossensibilizantes e fotomecânico formando ondas acústicas e

propiciando uma rápida expansão do tecido e sua explosão. (3)

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Quanto maior sua penetração no tecido, maior é o comprimento de onda da

luz visível. (7)

Segundo Sampaio e Rivitti (7), existem vários tipos de laser como:

• Contínuos: os feixes de luz são propagados na pele sem descanso,

ocorrendo maior chance de cicatrizes.

• Quase - contínuos: interrompem os feixes contínuos.

• Pulsados: é um bom tratamento para diminuir as cicatrizes, pois emitem

os feixes de luz com intervalos, podendo o tecido ter um tempo para se

resfriar.

2.6.3 Mesoterapia

Nesse caso, injeta-se um ativo estimulante do metabolismo dérmico nas

linhas das estrias, como por exemplo, ginkgo biloba. Introduz-se o medicamento através

de pinçamentos com a finalidade de regenerar a produção de colágeno, elastina e ácido

hialurónico na derme. Pode-se também infiltrar vitaminas, minerais e estratos de

plantas, sendo indicado em peles mais maduras. As infiltrações são pouco dolorosas,

pois se utiliza anestesia tópica, sendo realizado sessões semanais ou quinzenais,

totalizando de 6 a 8 sessões. Para manutenção do tratamento, será realizada uma nova

aplicação em um período de 2 a 3 meses. (4)

2.6.4 Injeção de vitamina C

É a retroinjeção da vitamina C na linha da estria. É chamada também de

ácido ascórbico e desempenha importante função na produção de colágeno e absorção

de ferro, respiração celular, metabolismo de aminoácidos ativação de enzimas, defesa

do organismo contra infecções, toxiinfecções e na síntese de hormônios

corticoesteroides. Ela também interfere na conversão do ácido fólico em ácido folínico,

no metabolismo da vitamina B12 e no mecanismo de produção de hemoglobina e

maturação dos glóbulos vermelhos. Sua fórmula química bruta é composta por C6H8O6.

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É uma substância branca, cristalina, de sabor amargo, solúvel em água e no álcool, e

insolúvel nos solventes das gorduras. É comumente encontrada em frutas como caju,

goiaba, uva, laranja, limão, tangerina, manga e abacaxi e verduras frescas como

brócolis, tomate, agrião, espinafre e couve. (4,8,25)

O mecanismo da vitamina C funciona como um agente regulador das

reações de oxiredução intracelulares, sendo ativo no transporte de hidrogênio ou

catalisador respiratório ao nível das mitocôndrias e dos microssomas. (25)

Ela é muito sensível à oxidação e é destruída quando exposta ao ar do meio

ambiente. Sua utilização inibe os danos causados pela radiação ultravioleta, e é o

principal antioxidante presente no sangue e fluídos teciduais. (3)

A aplicação de sua maior concentração leva a uma proteção de danos devido

à radiação UVB, medidos pela formação de eritema e células de queimadura solar, o

que permite proteção profilática. (3)

A epiderme apresenta cinco vezes o nível de vitamina C em relação à derme.

Quando o indivíduo sofre exposição aguda à radiação ultravioleta, as concentrações

dessa vitamina se esgotam tanto na derme quanto na epiderme. O esgotamento relativo é

comum em pessoas mais velhas, principalmente quando estas apresentam patologias

como o câncer. Em grande parte dos casos, essa falta está relacionada com a má

ingestão da vitamina, podendo haver assim uma suplementação a fim de restaurar seus

níveis normais. (3)

É utilizada no tratamento do escorbuto, na aceleração da cicatrização de

feridas, restauração do tecido lesado por queimaduras graves ou traumatismos, para

aumentar a resistência do organismo às infecções e durante a recuperação, e também em

casos de diátese hemorrágica e de distúrbios na formação dos ossos e dos dentes. (25)

2.6.5 Cromopeel

Associação de ácidos, resorcina e corante, que coram o local e fazem com

que a pele e a estria apresentem uma coloração semelhante. (4)

Introduz-se na derme através de pinceladas para que ocorra produção de

colágeno, elastina e ácido hialurônico. Pode-se também infiltrar vitaminas, minerais,

estrato de plantas e vários outros, sendo indicado para peles mais velhas, podendo

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também infiltrar ácido hialurônico sintetizando nossa pele, com o objetivo de produzir o

que nos falta com a idade. (26)

As infiltrações são pouco dolorosas, pois aplica-se anestesia tópica. As

sessões são semanais ou quinzenais, sendo um total de seis a oito sessões. A cada dois a

três meses é realizado uma sessão para manutenção do tratamento. (26)

2.6.6 Peeling

Ocorre descamação da pele para a produção de novas fibras na derme no

período de regeneração. (4)

O peeling é uma aplicação na pele com uma ou mais substâncias químicas

esfoliantes, removendo assim as alterações da superfície cutânea. Esta técnica promove

o rejuvenescimento da pele, pois ocorre a remoção da pele fotoenvelhecida, em que a

derme e a epiderme alterada são substituídas, observando-se uma redução das rugas

finas e das hipercromias, deixando a pele mais uniforme e melhorando sua textura. (11)

Este procedimento divide-se em superficial e profundo, variando segundo o

objetivo a ser alcançado. Deve-se levar em consideração o tipo de pele, o local

anatômico a ser tratado e o agente químico, também a limpeza e o desengorduramento

da pele, o método de aplicação, a quantidade de camadas aplicadas e o tempo em que o

agente permanece em contato com a pele. (11)

Para Sampaio e Rivitti, o peeling superficial utiliza esfoliantes diariamente

que reduzem a coesão entre os queratinócitos e, a longo prazo, diminuem a atividade

dos melanócitos, estimulando a proliferação celular, a síntese de colágeno, alteração de

mucina e alterações vasculares. Este procedimento é considerado de baixo risco e bem

aceito pelos pacientes. (7)

Eles, ainda, citam que o peeling médio é utilizado desde a década de 60

sendo atualmente de grande valia. Tem como objetivo correção na atenuação de rugas,

manchas hipercrômicas, cicatrizes, controle de acne, diminuição de queratoses actinicas

múltiplas. Não existe um peeling químico que seja o mais efetivo, isso depende da

escolha adequada, a indicação e a experiência pessoal, sendo assim decisivos. O mais

ideal é aquele que provoca a menor necrose e leva a formação de tecido novo. (7)

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O peeling médio apresenta melhor resultado que o superficial, mas

consequentemente leva a maiores riscos de complicações com um maior período de

recuperação. (7)

2.6.7 Esfoliação

É a esfoliação da pele através de jatos de microcristais de óxido de alumínio

e sílica, tendo como consequência uma nova lesão. Ocorre inflamação para a

regeneração do tecido local. (4)

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3 DELINEMENTO DA PESQUISA

Segundo Fábia Liliã Luciano, a pesquisa é descrita apresentando sua

classificação, natureza, abordagem do problema, objetivo e os procedimentos técnicos,

além de descrever as etapas de seu planejamento. (27)

3.1 TIPO DE PESQUISA

3.1.1 Tipo de pesquisa quanto à abordagem

Quanto à abordagem da pesquisa, este trabalho é classificado como um

estudo quase experimental. O método experimental destina-se a um objeto de estudo,

onde as variáveis capazes de influenciá-los seriam selecionadas. Define-se então a

forma de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. (27)

3.1.2 Tipo de pesquisa quanto ao nível

Quanto ao nível, esta pesquisa é considerada comparativa. Este método se

dá pela investigação de indivíduos, classes, fenômenos ou fatos, com vistas a ressaltar a

diferença e similaridades entre elas. (28)

Sua grande utilização nas ciências sociais se dá ao fato de possibilitar o

estudo comparativo de grandes grupamentos sociais, separados pelo espaço e pelo

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tempo, podendo assim, realizar estudos comparando diferentes culturas ou sistemas

políticos. Os trabalhos de Piaget, no campo do desenvolvimento intelectual da criança,

constituem importantes exemplos da utilização do método comparativo. (28)

3.1.3 Tipo de pesquisa quanto ao procedimento

Quanto ao procedimento utilizado, trata-se de uma pesquisa quantitativa, ou

seja, o conhecimento é obtido de modo quantificável, sendo utilizado recursos e de

técnicas estatísticas, como por exemplo, a percentagem e o desvio padrão. (27)

3.2 SUJEITOS DA AMOSTRA

A população que fez parte deste trabalho de pesquisa foram indivíduos do

sexo feminino, de cor branca, com idade entre 16 e 30 anos, que apresentavam estrias na

região dos culotes.

A amostragem foi tirada da população, constando de seis indivíduos da

cidade de Tubarão do estado de Santa Catarina, as quais se interessaram em um recurso

terapêutico para estrias e que possuíram os critérios de inclusão, isto é, possuíam estrias

brancas na região do culote, que não fizessem uso de nenhum tipo de tratamento para

estrias e medicamentoso.

Foram eliminadas as mulheres que estiveram dentro dos critérios de

exclusão, isto é, grávidas, mulheres alérgicas à corrente elétrica e a medicamentos,

doenças de pele.

3.3 INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA COLETA DE DADOS

Foi necessária a utilização de:

• Maca Legma: posicionamento da paciente na horizontal.

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• Aparelho Striat Ibramed: com ele foi realizada a aplicação da eletroterapia,

através do Striat.

• Medicação a ser aplicada: o ácido retinóico a 2% foi utilizado a fim de

comparar o tratamento com a eletroterapia, sendo que este foi manipulado

na Farmácia Maria Rocha em Tubarão, Santa Catarina, com receituário do

medico Luis Saulo Cunha.

• Vitamina C, manipulada na Farmácia Escola a 10%, em solução tópica.

• Luvas Tex, máscaras e tocas: serão usadas pelas acadêmicas na aplicação

de ambos os tratamentos visando à higienização.

• Lenços umedecidos Jhonson & Jhonson: para a higienização da pele antes

da acepssia.

• Germi-Rio Rioquímica: agente para acepssia da pele antes do tratamento.

• Câmera digital 10.0 MG Canon (Power Shot SD 1200 IS): a área afetada

será fotografada para a visualização da evolução do tratamento.

• Ficha de avaliação conforme anexo A: para a identificação e

caracterização da patologia.

• Questionário de satisfação.

3.4 PROCESSO DE COLETA DE DADOS

Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, sendo o registro

no CEP (código): 09.079.4.08.III

A divulgação sobre o projeto de pesquisa foi realizada pelas pesquisadoras

através de folders conforme modelo anexado neste documento (apêndice A), os quais

foram entregues em salas de aula desta Universidade, bem como nos demais apêndices

do campo, por exemplo, Clínica Escola de Fisioterapia, Coordenações, Restaurantes

Universitários, Biblioteca, etc.

Outra medida de divulgação sobre o trabalho foi tomada fazendo-se a

distribuição dos folders a conhecidos, amigos e outras pessoas interessadas sobre o

mesmo.

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A amostra inicial constava de sete indivíduos, no entanto a amostra final

consta de seis indivíduos em função da desistência de um indivíduo por situação de

doença. Logo, da amostra final perfazem dois grupos de três indivíduos.

Esta pesquisa trata-se de uma amostra aleatória, pois selecionaram-se dois

grupos em que o primeiro é o de eletroterapia com aplicação de vitamina C e o segundo

grupo com a aplicação do ácido retinoico, os quais sofreram sorteio para a composição

de cada grupo.

O sorteio referido procedeu-se da seguinte maneira: colocou-se o nome de

cada participante do projeto em papéis separados e procedeu-se o devido sorteio, o

primeiro participante sorteado foi para o grupo da eletroterapia e vitamina C e o

segundo para o grupo do ácido retinoico, e assim sucessivamente até o término do

grupo.

Cada participante foi esclarecida quanto à sistemática do processo e teve de

assinar o consentimento pós-informado (Anexo B), bem como o consentimento pós-

informado para a realização e utilização de suas fotos, conforme anexo C. O tratamento

foi administrado na Clínica Escola de Fisioterapia na Universidade do Sul de Santa

Catarina – campus Tubarão – em dia e hora previamente determinados.

No primeiro dia, aplicou-se uma ficha de avaliação contendo os dados

pessoais das pacientes, a ficha clínica e a caracterização da patologia, conforme anexo

A a cada paciente, baseada em Guirro e Guirro (2), sendo esta adaptada pelas

pesquisadoras. Também foi fotografado o local acometido pelas estrias, para que ao

término do tratamento se pudesse comparar se obteve efetividade. Cada paciente foi

fotografada com roupas íntimas em decúbito ventra, sem flash na máquina e com uma

distância de 30 cm do culote. O tratamento a ser realizado, ocorreu da segunda à quarta

sessão, sendo que na quinta as pacientes foram reavaliadas e fotografadas. Antes de

cada sessão, realizava-se a limpeza local da pele com lenços higiênicos, e após, para

assepsia utilizou-se algodão com dermocril. Foi realizada uma sessão por semana,

totalizando 5 sessões.

O aparelho striat caracteriza-se por um gerador de corrente contínua filtrada

constante, apresentando dois eletrodos, um como placa e outro um ativo especial, o qual

consiste de uma fina agulha sustentada por uma caneta.

O processo de regeneração das estrias ocorreu pelos efeitos da corrente

contínua associados aos processos envolvidos na inflamação aguda. O estímulo da

agulha levou a um processo de reparação, restabelecendo, assim, de forma satisfatória, a

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integridade dos tecidos. É um método invasivo, porém superficial. Cada paciente teve

agulha individualizada e guardada na Clínica Escola de Fisioterapia. A agulha foi

penetrada sobre as estrias, ocorrendo efeito puramente subcutâneo, conforme figuras 10

e 11.

Figura10: Aplicação da eletroterapia. Figura11: Aplicação da eletroterapia. Fonte: Autoras, 2009. Fonte: Autoras, 2009.

Cada paciente do grupo da eletroterapia recebeu um recipiente contendo

50ml de Vitamina C pura líquida (ácido ascórbico 10% solução tópica) para levar para

sua casa, o qual foi aplicado dois dias após o tratamento com a corrente no local das

estrias e assim consecutivamente até a realização da próxima sessão. Orientou-se a cada

indivíduo do primeiro grupo para que utilizasse a aplicação da vitamina C à noite após

limpeza da pele, uma vez que seria uma forma sistemática para o uso da mesma sem

haver esquecimento. Quanto ao grupo do ácido retinoico, foi feito a sua aplicação nos

indivíduos do segundo grupo pelas próprias pesquisadoras em dia e hora estabelecidas,

seguindo a mesma sistemática do primeiro grupo, isto é, aplicabilidade uma vez por

semana.

Esclarece-se que o ácido retinoico aplicado contava de uma percentagem de 2%

aplicado no local das estrias (culotes) com o auxílio de um pincel, cuja fórmula foi

prescrita pelo Dr. Luís Saulo Cunha. (Figuras 12 e 13)

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Figura 12: Aplicação do ácido retinóico. Figura 13: Aplicação do ácido retinóico. Fonte: Autoras, 2009. Fonte: Autoras, 2009.

Esclarece-se também que cada indivíduo da amostra assinou um

consentimento pós-informado, no qual ficavam cientes de todos os procedimentos a

serem realizados conforme anexo B e também um para que se pudesse utilizar suas

fotos conforme anexo C.

3.5 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTO PARA ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO

DE DADOS

Após os tratamentos propostos, cada grupo recebeu um questionário criado

pelas pesquisadoras para verificar o nível de satisfação conforme apêndice B.

Os dados coletados foram compilados numa tabela do Microsoft Office

Word estruturada pelas pesquisadoras a fim de serem analisados. Os dados da tabela

(Tabela 1) foram então analisados e as conclusões obtidas relatadas no capítulo

referente às discussões e resultados.

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4 DISCUSSÃO E RESULTADOS

Neste capítulo passa-se a fazer a analise de todos os casos com a respectiva

discussão e seus resultados.

4.1 DISCUSSÃO GERAL

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), sendo que

as voluntárias tomaram conhecimento do Termo de Consentimento, declarando estarem

plenamente de acordo em participar desta pesquisa e cientes dos procedimentos, riscos,

benefícios, dentre outras situações que podem advir.

De acordo com Guirro e Guirro (2004), as estrias atróficas são encontradas

em ambos os sexos, com predominância no feminino, principalmente a partir da

adolescência. Na mulher adulta saudável, a incidência de estrias é de 2,5 vezes mais

frequente que no homem nas mesmas condições. (4)

A causa do surgimento das estrias nas pacientes selecionadas houve

predominância no período da adolescência, como mostra o gráfico 1. De acordo com

Kede e Sabatovich (2004), as causas mais comuns para a formação de estrias são:

obesidade, gravidez e puberdade (quando ocorre grande estiramento). O surgimento

pode também estar associado ao uso prolongado de corticoides, tanto por via oral como

tópica, para tratamento de algumas patologias, como por exemplo, síndrome Cushing e

alterações respiratórias. Os trabalhos científicos reconhecem sua natureza multifatorial e

vêm demonstrando os vários fatores implicados em sua origem. (6)

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012345678

Etiologia das estrias

Gráfico 1 – Etiologia das estrias.

Quanto aos resultados obtidos, Tsuji (1993) apud Veridiana Biscaro Bonetti,

(2007), explica que a cor, normalmente, é caracterizada de acordo com o período de

instauração: quanto mais avermelhada, mais recente; e quanto mais esbranquiçada, mais

antiga. Guirro e Guirro (2004) afirmam também que as estrias são denominadas na fase

inicial de rubras (striae rubrae). Na fase seguinte, onde o processo de formação já está

praticamente estabelecido, as lesões tornam-se esbranquiçadas, quase nacaradas, sendo

denominadas nessa fase de estria Alba (striae albae). (6)

Diversos autores afirmam que não existe tratamento para estrias por serem

estas uma lesão irreversível e relutante a tratamentos, no entanto é de conhecimento a

possibilidade de uma alteração da cutânea, e o tratamento fisioterapêutico está

embasado nos efeitos da corrente contínua e na inflamação aguda. (5)

Após o levantamento de dados bibliográficos, procedeu-se ao início da

coleta quando foram avaliadas sete pacientes do sexo feminino, e tratadas seis, com

idades entre 16 a 30 anos. Do material coletado, foram efetuadas fotos para a análise da

fissura e da coloração das estrias, dado objetivo como forma comparativa, e, assim,

podendo acompanhar a evolução do tratamento.

Na avaliação objetiva das pesquisadoras, inicialmente foram observadas

alterações no aspecto da pele, região estriada, junto ao grupo dos indivíduos da terapia

combinada, isto é, a aplicação da eletroterapia e, após uso da vitamina C, protocolo

aderido a partir da 1ª sessão. Logo, há de se esclarecer que houve uma melhora tanto na

fissura quanto no aspecto de pele, durante todo o processo. Já, no grupo do ácido

retinoico, as pacientes não apresentaram alterações objetivas referentes aos quesitos

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citados acima, isto é, no aspecto da pele e nas fissuras, ou seja, na região estriada seja

no início do tratamento, seja ao final do tratamento. Tal situações, isto é, a falta de

alterações nos indivíduos que usufruíram do ácido retinoico, foram também notados

pelos mesmos indivíduos que compuseram a pesquisa.

Durante o tratamento da eletroterapia combinada com a vitamina C,

percebeu-se que o aspecto da pele estriada tratada obteve uma coloração muito próxima

da coloração da pele local, o que permitiu a visibilidade de estrias menores, as quais não

foram selecionadas para serem tratadas, e que antes do tratamento passavam

despercebidas. No entanto, quando tratou-se as estrias grandes, e estas tornou-se mais

invisíveis, permitiu que as estrias rejeitadas tornasse visíveis,dando uma uniformidade

em toda região.

Conforme procedimento já esclarecido, foram realizadas 5 sessões para as

devidas aplicações, em que cada aplicação ocorreu semanal com um intervalo de 7 dias

cada, sendo que constando da primeira sessão a anamnese sobre o quadro da paciente,

tornando-se consecutivas as demais sessões para o tratamento. A reavaliação de todo o

processo foi realizada após a todas as sessões.

A camada papilar apresenta um suprimento sanguíneo bastante rico, o que

não é observado na camada reticular da derme. Os resultados obtidos através da corrente

galvânica sugerem uma diminuição vascular na estria não tratada, e, uma

neovascularização após o tratamento. Essa observação concorda com a prática clínica e

com os relatos de Guirro e Guirro (2004), onde se verificou rompimento de pequenos

vasos desde a primeira sessão. Há que se esclarecer, também, que o rompimento de

vasos durante o procedimento vem beneficiar a região estriada, uma vez que o mesmo

provoca o aumento de nutrientes, chamado por Guirro e Guirro (2004) de processo

inflamatório. (4,5)

Segundo o relato das pacientes tratadas com a eletroterapia, acrescentando-

se que houve um aumento significativo da sensibilidade durante a aplicação do mesmo.

De acordo com Guirro e Guirro (2002), na literatura disponível sobre

estrias, os autores são unânimes em considerá-las como sendo sequela irreversível, o

que confirma Arnold Jr, Odom e James (1994), afirmando que não há tratamento efetivo

para as estrias atróficas. Porém, para Kede e Sabatovich (2004) e Azulay & Azulay

(1999), atualmente encontram-se técnicas efetivas e seguras no tratamento tanto das

estrias eritematosas quanto das estrias albas. Ainda que os resultados por vezes não

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alcancem um total desaparecimento das lesões, sem dúvida algumas terapêuticas atuais

em muito contribuíram para melhores resultados e satisfação dos pacientes. (5)

De acordo com Guirro e Guirro (2002), a eficácia do tratamento é grande.

Obviamente o resultado pode variar em diferentes indivíduos, como em qualquer outro

tratamento de diversas afecções. Este fato está centrado na capacidade reacional de cada

indivíduo. (4)

Para os mesmos autores, várias formulações terapêuticas têm sido testadas

para o tratamento das estrias atróficas, onde os resultados não são unânimes, tampouco

conclusivos, o que, para Azulay e Azulay (1999), não contribuem para melhores

resultados e satisfação dos pacientes. (5)

Os resultados obtidos com esse estudo indicam que houve superioridade de

um método em relação ao outro.

4.2 ANÁLISE DOS CASOS CLÍNICOS

Indivíduo 1.

Paciente com idade de 21 anos, com ano de menarca 2001, número de

gestações zero, não faz uso de medicamentos, não apresenta nenhum tipo de disfunção

hormonal ou transtorno circulatórios, nem de cicatrização e propensão à queloide ou

hipertrófica, não apresenta alergia, com hábitos alimentares normais e o aparecimento

da estria ocorreu no período da adolescência.

As pesquisadoras perceberam no início do tratamento estrias antigas de

coloração branca na região do culote. Na situação da anamnese foi registrada a situação

da paciente com fotos conforme figuras abaixo. Já na ocasião da terceira sessão as

mesmas perceberam uma modificação considerável tanto na coloração quanto na fissura

das estrias antes de proceder a segunda aplicação, dando motivo para a realização de

fotos como registro.

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Figura 14: Culote. Figura 15: Culote. Fonte: Autoras, 2009. Fonte: Autoras, 2009.

Na segunda sessão, observou-se um eritema nas estrias, onde foi aplicada a

eletroterapia. (Figura 16)

Figura 16: Processo inflamatório. Fonte: Autoras, 2009.

Segundo o relato dos indivíduos houve um aumento significativo da

sensibilidade durante a aplicação do tratamento da eletroterapia, o que já consta dos

relatos de Guirro e Guirro. (4)

Na terceira e na quarta sessão não existia mais heritema, só processo de

continuidade da agulha no local onde a mesma foi aplicada, notou-se uma diminuição

sifignificativa e esta modificada, aproximou-se da coloração normal da pele da paciente,

podendo-se perceber que as demais estrias que eram antes despercebidas tornaram-se

percebidas.

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Na ultima sessão realizou-se a reavaliação e fotografou-se novamente a

região acometida para comparação conforme figuras 17 e 18. Esta observação foi

verbalizada pelos indivíduos vindo ao encontro da observação e do registro das

pesquisadoras, o que vem ratificar o que as pesquisas tem demonstrado conforme

Guirro e Guirro, 2007 (4) a qual nos cita, que ocorre um aumento no número dos

fibroblastos jovens, neovascularização e produção de colágeno, elastina e fibroblastos,

como consequência uma grande melhora no aspecto da pele, que fica muito próxima do

normal.

Figura 17: Resultado do tratamento. Figura 18: Resultado do tratamento. Fonte: Autoras, 2009. Fonte: Autoras, 2009.

Indivíduo 2.

Paciente com idade de 20 anos, com ano de menarca em 2003, número de

gestações zero, não faz uso de medicamentos, não apresenta nenhum tipo de disfunção

hormonal, não tem transtorno circulatórios e nem de cicatrização, não tem propensão à

queloide ou hipertrófica, não tem alergia, possui hábitos alimentares normal e o

aparecimento da estria deu no período da adolescência.

As pesquisadoras perceberam no início do tratamento estrias antigas de

coloração branca na região do culote. Na situação da anamnese foi registrada a situação

da paciente com fotos conforme figuras abaixo. Já na ocasião da terceira sessão as

mesmas perceberam uma modificação considerável tanto na coloração quanto na fissura

das estrias antes de proceder à segunda aplicação, dando motivos para a realização de

fotos como registro.

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Figura 19: Culote. Figura 20: Culote. Fonte: Autoras, 2009. Fonte: Autoras, 2009.

Na segunda sessão observou-se um heritema nas estrias, onde foi aplicada a

eletroterapia conforme figura 21.

Figura 21: Processo inflamatório. Fonte: Autoras, 2009.

Na terceira e na quarta sessão não existia mais heritema, só processo de

continuidade da agulha no local onde a mesma foi aplicada. Notou-se uma diminuição

significativa e esta modificada, aproximou-se da coloração normal da pele da paciente,

podendo-se perceber que as demais estrias que eram antes despercebidas tornaram-se

percebidas.

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Na ultima sessão realizou-se a reavaliação e fotografou-se novamente a

região acometida para comparação conforme figuras 22 e 23.

Figura 22: Resultado do tratamento. Figura 23: Resultado do tratamento. Fonte: Autoras, 2009. Fonte: Autoras, 2009.

Indivíduo 3.

Paciente com idade de 22 anos, com ano de menarca em 1999, número de

gestações zero, faz uso de medicamentos esteroides, não apresenta nenhum tipo de

disfunção hormonal, nem apresenta transtornos circulatórios e de cicatrização, não tem

propensão à queloide ou hipertrófica, não possue nenhum tipo de alergia, com hábitos

alimentares normais e o aparecimento da estria se deu no período da adolescência.

Na primeira sessão foi realizada a avaliação e fotografou-se o lugar

acometido pelas as estrias. (Figuras 24 e 25)

Figura 24: Culote. Figura 25: Culote. Fonte: Autoras, 2009. Fonte: Autoras, 2009.

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Na segunda sessão, não se observou modificação tecidual, nem descamação

e nem heritema, conforme figura 26.

Figura 26: Aplicação do ácido retinoico. Fonte: Autoras, 2009.

Na terceira e na quarta sessão, as pesquisadoras não notaram nenhuma

diferença da coloração e do tamanho da fissura da pele estriada. Por ocasião da última

sessão, ao ser realizada a reavaliação, novamente se fotografou o local afetado para

comparação com as fotos retiradas inicialmente, ocasião esta que está registrada e

visivelmente percebida, ratificando observação inicial. (Figuras 27 e 28)

Figura 27: Resultado do tratamento. Figura 28: Resultado do tratamento.

Fonte: Autoras, 2009. Fonte: Autoras, 2009.

Indivíduo 4.

Paciente com idade de 22 anos, com ano de menarca 2002, número de

gestações zero, não faz uso de medicamentos, não apresenta nenhum tipo de disfunção

hormonal e de transtorno circulatórios, seu processo de cicatrização é normal, não tem

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propensão à queloide ou hipertrófica, não tem nenhum tipo alergia, hábitos alimentares

normais e o aparecimento da estria deu-se no período da adolescência.

Na primeira sessão, foi realizada a avaliação e fotografou-se o lugar

acometido pelas as estrias conforme figuras abaixo.

Figura 29: Culote. Figura 30: Culote. Fonte: Autoras, 2009. Fonte: Autoras, 2009.

Na segunda sessão, não se observou modificação tecidual, nem

descamação e nem heritema, conforme figura 31.

Figura 31: Aplicação do ácido retinóico. Fonte: Autoras, 2009.

Na terceira e na quarta sessão, as pesquisadoras não notaram nenhuma

diferença da coloração e do tamanho da fissura da pele estriada. Por ocasião da ultima

sessão, ao ser realizada a reavaliação, novamente se fotografou o local afeta para

comparação com as fotos retiradas inicialmente, ocasião esta que está registrada e

visivelmente percebida, ratificando observação inicial. (Figuras 32 e 33)

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Figura 32: Resultado do tratamento. Figura 33: Resultado do tratamento. Fonte: Autoras, 2009. Fonte: Autoras, 2009.

Indivíduo 5.

Paciente com idade de 20 anos, com ano de menarca 2001, nenhuma

gestação, faz uso de esteroides, não apresenta nenhum tipo de disfunção hormonal, nem

transtorno circulatórios e ou de cicatrização. Não tem propensão a queloides e nem

alergia a corrente elétrica ou a produtos. O tipo de alimentação é normal e o

aparecimento da estria ocorreu quando entrou na adolescência.

Na primeira sessão, foi realizada a avaliação e fotografou-se o local

acometido pelas estrias. (Figuras 34 e 35)

Figura 34: Culote. Figura 35: Culote. Fonte: Autoras, 2009. Fonte: Autoras, 2009.

Na segunda sessão não se observou modificação tecidual, nem descamação

e nem eritema conforme figura 36.

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Figura 36: Aplicação do ácido retinóico. Fonte: Autoras, 2009.

Na terceira e na quarta sessão, as pesquisadoras não notaram nenhuma

diferença da coloração e do tamanho da fissura da pele estriada. Por ocasião da ultima

sessão, ao ser realizada a reavaliação, novamente se fotografou o local afeta para

comparação com as fotos retiradas inicialmente,ocasião esta que está registrada e

visivelmente percebida, ratificando observação inicial. (Figuras 37 e 38)

Figura 37: Resultado do tratamento. Figura 38: Resultado do tratamento.

Fonte: Autoras, 2009. Fonte: Autoras, 2009.

Indivíduo 6.

Paciente com idade de 22 anos, com ano de menarca 1999, nenhuma

gestação, faz uso de esteroides, não apresenta nenhum tipo de disfunção hormonal, nem

transtorno circulatórios e ou de cicatrização. Não tem propensão a queloide e nem

alergia a corrente elétrica ou a produtos. O tipo de alimentação é normal e o

aparecimento da estria ocorreu quando entrou na adolescência.

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As pesquisadoras perceberam no início do tratamento estrias antigas de

coloração branca na região do culote. Na situação da anamnese foi registrada a situação

da paciente com fotos conforme figuras abaixo. Já na ocasião da terceira sessão as

mesmas perceberam uma modificação considerável tanto na coloração quanto na fissura

das estrias antes de proceder a segunda aplicação, dando motivo para a realização de

fotos como registro (figura 39 e 40).

Figura 39: Culote. Figura 40: Culote. Fonte: Autoras, 2009. Fonte: Autoras, 2009.

Na segunda sessão, observou-se um heritema nas estrias, onde foi aplicada a

eletroterapia. (Figura 41)

.

Figura 41: Processo inflamatório. Fonte: Autoras, 2009.

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Na terceira e na quarta sessão não existia mais heritema, só processo de

continuidade da agulha no local onde a mesma foi aplicada, notou-se uma diminuição

sifignificativa e esta modificada, aproximou-se da coloração normal da pele da paciente,

podendo-se perceber que as demais estrias que eram antes despercebidas tornaram-se

percebidas.

As imagens abaixo mostram o resultado do tratamento.

Figura 42: Resultado do tratamento. Figura 43: Resultado do tratamento. Fonte: Autoras, 2009. Fonte: Autoras, 2009.

4.3 CONCLUSÃO

Este estudo trata-se de dois grupos: grupo A (eletroterapia e vitamina C)

com três componentes e grupo B (ácido retinoico) também com componentes.

Deseja-se saber qual dos dois grupos apresenta maior eficiência visando

redução das estrias.

A tabela apresentada a seguir indica os resultados obtidos nos dois grupos

após a aplicação do questionário denominado “Nível de Satisfação dos Indivíduos

Portadores de Estrias”, constante do Apêndice B.

Quadro 1: “Nível de Satisfação dos Indivíduos Portadores de Estrias”

Paciente Satisfação Satisfação

Quantificada

Alteração

Visual

Pagamento

Eventual

Grupo A –

Eletroterapia

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1 Sim 8 Sim Sim

2 Sim 10 Sim Sim

3 Sim 10 Sim Sim

Grupo B –

Ácido

Retinóico

1 Não 0 Não Não

2 Sim 9 Sim Sim

3 Não 0 Não Não

Fonte: Pesquisa de campo realizada pelas autoras.

A partir dos dados da tabela 1 é possível perceber que o grupo submetido à

eletroterapia e vitamina C apresenta uma opinião unânime em relação aos benefícios do

procedimento, o que já não ocorre com o grupo submetido ao ácido retinóico, onde se

percebe evidente disparidade de opiniões em todos os quatro requisitos

(satisfação/satisfação quantificada/satisfação visual/pagamento eventual).

Assim sendo, não resta dúvida quanto à opinião que prevalece no sentido de

acolher o procedimento baseado à eletroterapia.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por ser a Fisioterapia Dermato-Funcional uma área de atuação muito

recente, conseqüentemente a pesquisa também o é, o que abre caminhos para que os

profissionais nesta especialidade venham a desenvolver mais pesquisa. Todas as

patologias que acometem a pele e relacionadas à ética do indivíduo são extremamente

importantes para que se busque alternativas e tratamentos, o que faz engrandecer este

estudo desenvolvido pelas pesquisadoras.

Ratifica-se os dados colhidos na literatura científica, a qual nos coloca

diversos recursos para serem utilizados na área da Dermato-Funcional.

Para as pesquisadoras este trabalho veio contribuir tanto em conhecimentos

quanto em experiência clínica, oportunizando uma interdisciplinaridade, o que só

enriquece o saber na área da estética quanto na saúde em geral.

Observou-se, também, o quanto se torna difícil a busca por uma

amostragem, pois a intensão das pesquisadoras era colher maior da que se obteve,

causando surpresa a estas pesquisadoras, pois, tratando-se de um desenvolvimento na

área de estética supunha-se que a amostra poderia ser maior, ocorrendo o contrário, o

que causou surpresa.

Na conclusão deste trabalho científico ficou demonstrado que o mote desta

pesquisa obteve sucesso, isto é, a comparação entre os protocolos apresentam resultados

significativos, porém diversos.

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REFERÊNCIAS

1 Poli Neto P; Caponi SNC. A medicalização da beleza. Interface (Botucatu). [Internet] 2007 Set/Dez [citado 2008 Nov 5];11(23). Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141432832007000300012&lng=pt&nrm=iso

2 Braga PD, Molina M del CB, Cade NV. Expectativas de adolescentes em relação a mudanças no perfil nutricional. Ciência e Saúde Coletiva. [Internet]. 2007 Set/Out [citado 2008 Nov 5];12(5). Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232007000500019&lng=pt&nrm=iso.

3 Ribeiro CJ. Cosmetologia aplicada a Dermoestética. São Paulo: Pharmabooks; 2006. Estrias; p.225-30.

4 Guirro ECO, Guirro RRJ. Fisioterapia Dermato-Funcional: fundamentos, recursos, patologias. 3ªed. rev. e ampl. Barueri: Manole; 2002. Estrias; 391-414.

5 Osório ACR. Estudo comparativo do tratamento de estrias atróficas em duas pacientes tratadas com o eletrolifting [monografia]. Cascavel: Faculdade Assis Gurgacz – FAG; 2005 [citado 2009 Jun 02]. Disponível em: http://www.fag.edu.br/tcc/2005/Fisioterapia/estudo_comparativo_do_tratamento_de_estrias_atr%C3%B3ficas_em_duas_pacientes_tratadas_com_o_eletrolifting.pdf

6 Boneti VB. Incidência de estrias em acadêmicos da faculdade Assis Gurcacz, identificando a sua principal causa. [monografia]. Cascavel: Faculdade Assis Gurgacz – FAG; 2007 [citado 2009 Jun 02]. Disponível em: http://www.fag.edu.br/tcc/2007/Fisioterapia/incidencia_de_estrias_em_academicos_da_faculdade_assis_gurgacz_identificando_a_sua_principal_causa.pdf 7 (Sampaio SAP, Rivitti EA. Dermatologia. 3ªed.rev. e ampl. São Paulo: Artes Médicas; 2007

8 Sampaio SAP, Castro RM, Rivitti EA. Dermatologia básica. 3ªed. São Paulo: Artes Médicas; 1985

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9 Bechelli LM, Curban GV. Compêndio de dermatologia. 5ªed. São Paulo: Atheneu; 1978

10 Souza VM. Ativos dermatológicos: guia de ativos dermatológicos utilizados na farmácia de manipulação, para médicos e farmacêuticos. São Paulo: Pharmabooks; 2006. V.4

11 Azulay RD, Azulay DR. Dermatologia. 4ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006 12 Vilela ALM. Sistema Tegumentar: Estrutura do Tegumento (pele). [citado 2009 Jun 02]. Disponível em: http://www.afh.bio.br/tegumentar/tegumentar.asp

13 O'Sullivan SB, Schmitz TJ. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 2ªed. São Paulo: Manole; 2004. 14 Guirro ECO, Guirro RRJ. Fisioterapia Dermato-Funcional: fundamentos, recursos, patologias. In: Silva JT. Tratamento de estrias com corrente galvânica associado ao uso diário dos ácidos retinóico e glicólico. [monografia]. Cascavel: Faculdade Assis Gurgacz – FAG; 2005 [citado 2009 Jun 02];p.10. Disponível em: http://www.fag.edu.br/tcc/2005/Fisioterapia/tratamento_de_estrias_com_corrente_galvanica_associado_ao_uso_diario_dos_acidos_retinoico_e_glicoico.pdf

15 Baumann L. Dermatologia cosmética: princípios e prática. Rio de Janeiro: Revinter; 2004.

16 [Citado em 2009 Jun 02]. Disponível em: http://www.provitae.com.br/pele.htm

17 JR. 2009 [citado 2009 2009 Jun 02]. Disponível em: http://projetoferidas.zip.net/

18 Silva JT. Tratamento de estrias com corrente galvânica associado ao uso diário dos ácidos retinóico e glicólico. [monografia]. Cascavel: Faculdade Assis Gurgacz – FAG; 2005 [citado 2009 Jun 02]. Disponível em: http://www.fag.edu.br/tcc/2005/Fisioterapia/tratamento_de_estrias_com_corrente_galvanica_associado_ao_uso_diario_dos_acidos_retinoico_e_glicoico.pdf

19 2006 [citado em 2009 Jun 02]. Disponível em: http://www.saudeparavoce.com.br/prevencao/topicos/histoderme.asp

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20 2006 [citado em 2009 Jun 02]. Disponível em: http://www.saudeparavoce.com.br/prevencao/topicos/histohipoderme.asp

21 http://infonerds.blogspot.com/2008_09_01_archive.html

22 Bosco J. 2008 [citado em 2009 Jun 02]. Disponível em: http://joaobosco.wordpress.com/2008/03/

23 P K. 2008 [citado em 2009 Jun 02]. Disponível em: http://www.revistademulher.com.br/ver_materia.asp?id=2548

24 Fonseca A, Prista LVN. Manual de terapêutica dermatológica e cosmetologia. São Paulo: Roca;1984.

25 Silva Pl. Farmacologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;1998 26 Pérez-Cejuela P. Calidad de vida tu piel dice mucho de tí. [citado em 2009 Jun 20]. Disponível em: http://www.segsocial.es/imserso/documentacion/ses266/266calidad.pdf 27 Luciano FL. Metodologia científica e da pesquisa. Criciúma: Ed. Do autor; 2001 28 Gil, AC. Métodos e técnics de pesquisa social. 2ºed. São Paulo: Atlas; 1999

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APÊNDICES

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Apêndice A:

DIGA NÃO ÀS

ESTRIAS

Participe do projeto de TCC: EFEITOS

COMPARATIVOS ENTRE A APLICAÇÃO DE

ELETROTERAPIA E MEDICAÇÃO NO

TRATAMENTO DE ESTRIAS.

Seleciona-se:

� Indivíduos do sexo feminino;

� Idade de 16 a30 anos;

� Cor branca;

� Estrias na região do culote.

Local da entrevista: Clínica Escola de Fisioterapia, campus

Tubarão, Unisul.

Não perca essa oportunidade marque seu horário, com as

Acadêmicas Tamires (48) 91324252 e Karen (48) 99422692

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Apêndice B

Universidade do Sul de Santa Catarina

Questionário do Nível de Satisfação dos Indivíduos Portadores de Estrias

Professora Orientadora: Inês Almansa Vinadé

Acadêmicas: Karen Silva de Oliveira e Tamires dos Reis Borges

Título do projeto: Efeitos comparativos entre a aplicação de eletroterapia e

medicação no tratamento de estrias

1. Você ficou satisfeita com o tratamento realizado? ( )Sim ( ) Não

2. De 0 a 10, dê um número para o seu nível de satisfação com o tratamento?

3. Ao olhar suas fotos tiradas antes e depois do tratamento, você percebeu alguma alteração em sua pele estriada? ( ) Sim ( ) Não

4. Se você tivesse que pagar, pelo tratamento você pagaria por ele? ( ) Sim ( ) Não

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ANEXOS

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Anexo A

Ficha de avaliação - Estrias*

• Identificação Nome: Idade:

Profissão:

Endereço: Fone:

Cidade: UF:

CEP:

• Ficha Clínica Cor da pele: ( ) branca ( ) parda ( ) negra ( ) amarela

Ano da menarca:

Número de Gestações:

Faz usos de medicamentos: ( ) a base de corticoides ( ) anti-histamínico ( ) esteroides

( ) antiinflamatórios ( ) outros

Apresenta algum tipo de disfunção hormonal:

Transtornos circulatórios: ( ) sim ( ) não

Cicatrização: ( ) sim ( ) não

Propensão: ( ) queloides ( ) hipertrófica

Alergia: ( ) corrente elétrica ( ) produtos

Tipo de alimentação: ( ) normal ( ) vegetariana

• Caracterização do quadro Período de aparecimento das estrias: ( ) adolescente ( ) gravidez ( ) obesidade ( ) medicamento

Coloração inicial: ( ) avermelhada ( ) violácea ( ) branca

* (2) Guirro ECO, Guirro RRJ. Fisioterapia Dermato-Funcional: fundamentos, recursos, patologias. 3ªed. rev. e ampl. Barueri: Manole; 2002. Estrias; p.

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Coloração atual: ( ) avermelhada ( ) violácea ( ) branca

Anexo B

TERMO DE CONSENTIMENTO

Declaro que fui informado sobre todos os procedimentos da pesquisa e que recebi, de forma clara e objetiva, todas as explicações pertinentes ao projeto e que todos os dados a meu respeito serão sigilosos. Eu compreendo que neste estudo as medições dos experimentos/procedimentos de tratamento serão feitas em mim.

Declaro que fui informado que posso me retirar do estudo a qualquer momento.

Nome por extenso : _______________________________________________

RG : _______________________________________________

Local e Data: _______________________________________________

Assinatura: _______________________________________________

Adaptado de: (1) South Sheffield Ethics Committee, Sheffield Health Authority, UK; (2) Comitê de Ética em pesquisa - CEFID - Udesc, Florianópolis, BR.

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Anexo C

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA COMISSÃO DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP UNISUL CONSENTIMENTO PARA FOTOGRAFIAS, VÍDEOS E

GRAVAÇÕES

Eu _________________________________________________________________ permito que o grupo de pesquisadores relacionados abaixo obtenha fotografia, filmagem ou gravação de minha pessoa para fins de pesquisa científica, médica e/ou educacional.

Eu concordo que o material e informações obtidas relacionadas à minha pessoa possam ser publicados em aulas, congressos, eventos científicos, palestras ou periódicos científicos. Porém, a minha pessoa não deve ser identificada, tanto quanto possível, por nome ou qualquer outra forma.

As fotografias, vídeos e gravações ficarão sob a propriedade do grupo de pesquisadores pertinentes ao estudo e sob sua guarda.

Nome do sujeito da pesquisa e/ou

paciente:

______________________________________________

RG:

______________________________________________

Endereço:

______________________________________________

Assinatura:

______________________________________________

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Nome dos pais ou responsáveis:

______________________________________________

RG:

______________________________________________

Endereço:

______________________________________________

Assinatura:

Se o indivíduo é menor de 18 anos de idade, ou é legalmente incapaz, o consentimento deve ser obtido e assinado por seu representante legal.

Equipe de pesquisadores: Nomes:

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

Data e Local onde será realizado

o projeto:

_______________________________________________

Adaptado de: Hospital de Clínicas de Porto Alegre / UFRGS

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