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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA JULIANA DE OLIVEIRA FIDÉLIX STWISON FELÍCIO PEREIRA ANÁLISE DA DOR LOMBAR AO LONGO DO DIA EM MULHERES MENOPÁUSICAS. Tubarão, 2009

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  • UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

    JULIANA DE OLIVEIRA FIDÉLIX

    STWISON FELÍCIO PEREIRA

    ANÁLISE DA DOR LOMBAR AO LONGO DO DIA EM MULHERES

    MENOPÁUSICAS.

    Tubarão,

    2009

  • JULIANA DE OLIVEIRA FIDÉLIX

    STWISON FELÍCIO PEREIRA

    ANÁLISE DA DOR LOMBAR AO LONGO DO DIA EM MULHERES

    MENOPÁUSICAS.

    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Fisioterapia como requisito a obtenção do título de bacharel em Fisioterapia.

    Orientador: Profº. Msc. Ralph Fernando Rosas

    Tubarão,

    2009

  • JULIANA DE OLIVEIRA FIDÉLIX

    STWISON FELÍCIO PEREIRA

    ANÁLISE DA DOR LOMBAR AO LONGO DO DIA EM MULHERES

    MENOPÁUSICAS.

    Este trabalho de Concluso de Curso foi julgado adequado obteno do ttulo de bacharel em Fisioterapia e aprovado em sua forma final pelo curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina.

    Tubaro, 16 de novembro de 2009.

    ____________________________________________________Prof. Orientador MSc. Ralph Fernando Rosas

    Universidade do Sul de Santa Catarina

    _____________________________________________________Dr. Slvio Barbosa de Castro – Mdico Geriatra

    _____________________________________________________Prof. MSc. Rodrigo da Rosa Iop

    Universidade do Sul de Santa Catarina

  • Dedicamos esse trabalho aos nossos pais, Jlio

    e Albertina e Waldir e Marilanda e ao

    namorado e amigo Jos Henrique “Kiko” dos

    Santos Romualdo que permaneceram ao nosso

    lado acreditando e apoiando os nossos sonhos.

  • AGRADECIMENTOS

    Juliana de Oliveira Fidélix

    Agradeço primeiramente a Deus por ter guiado meus passos até aqui.Agradeço aos meus pais, Júlio e Albertina pelo carinho e dedicação que sempre

    tiveram comigo, me apoiando nas decisões tomadas, fazendo com que meu sonho de graduação se tornasse realidade.

    Agradeço ao meu namorado José Henrique dos Santos Romualdo, por ter compreendido o meu mau humor e as minhas crises de histerismo, e por ter me ajudado diretamente na construção deste projeto.

    Agradeço a compreensão da minha família (os Oliveira, os Fidélix e os dos Santos Romualdo) pela ausência nos encontros dos finais de semana.

    Agradeço à minha prima Paloma pela companhia e auxílio nos dias de coleta nos grupos de 3ª- idade.

    Agradeço as mulheres que se dispuseram a participar deste estudo, nos ajudando de forma significativa para a conclusão deste estudo.

    Agradeço ao meu cachorro Tedy pelas madrugadas ao meu lado.Agradeço ao Prof. Rodrigo da Rosa Iop pela paciência e colaboração na questão

    metodológica do presente estudo.Agradeço ao Prof. Orientador MSc. Ralph Fernando Rosas por aceitar o convite de

    orientação do estudo e por ter colaborado para a conclusão do mesmo.

    Stwison Felício Pereira

    Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a oportunidade de chegar até aqui e com certeza avançar ainda mais.

    Agradeço aos meus pais, Waldir e Marilanda, que estiveram presente de certa forma o tempo todo; auxiliando-nos com um abraço, um colo, um conselho, uma oração para que pudéssemos concretizar essa tarefa tão árdua.

    Agradeço a José Henrique dos Santos Romualdo, o amigo Kiko, pelo imenso empenho na conclusão deste trabalho.

    Agradeço à minha avó Iolanda por dar todo o apoio, carinho e compreensão ao longo desta caminhada.

    Agradeços à minha irmã Maria Delícia e ao meu cunhado Ricardo pelo primeiro passo no ingresso acadêmico e apoio financeiro.

    Agradeço ao Prof. Rodrigo da Rosa Iop, pela grande colaboração na questão metodológica deste estudo.

    Agradeço às mulheres selecionadas por ter dedicado todo esse tempo na realização desta pesquisa para que obtivéssemos o resultado esperado.

    Agradeço ao nosso orientador e Prof. Ralph Fernando Rosas pela conclusão deste este estudo.

    Por fim, agradecemos também a todas as pessoas que nos auxiliaram direta e indiretamente para que conseguíssemos realizar com cautela todos os procedimentos.

  • RESUMO

    As disfunes da coluna lombar vertebral, causadoras de incapacidades funcionais, so de alta

    prevalncia no mundo. Destas disfunes, a lombalgia constitui um relevante problema de

    sade. A cronobiologia tem fundamentos para auxiliar no tratamento das doenas, conhecendo

    o cronotipo do paciente os profissionais da rea da sade podem intervir especificamente na

    hora em que o paciente ir melhor responde ao tratamento e assim acelerar a recuperao,

    diminuir o tempo de internaes hospitalares e economia dos gastos com a sade pblica. O

    objetivo geral deste estudo foi analisar a variao da dor ao longo do dia, em mulheres com dor

    lombar, menopusicas e inativas; e como objetivos especficos, procuramos identificar o

    cronotipo de cada paciente atendido no perodo de estudo; Analisar a dor dos pacientes segundo

    o dirio de dor (DD), ao longo do dia e comparar a dor dos pacientes matutinos e vespertinos.

    Os indivduos foram submetidos ao questionrio de Horne e Ostberg (1976), para identificar o

    cronotipo de cada participante. Em seguida, os indivduos responderam o dirio de dor para

    constatar a variao da dor lombar ao longo do dia. No dirio de dor cujo qual estava presente

    cada EVA foi utilizada nos 6 (seis) horrios de medio de dor e cujo qual as mulheres

    descreveram sua dor diariamente durante 7 (sete) dias. O resultado do teste estatstico de

    Kruskal-Wallis revelou significncia estatstica de p≤0,05 em mais da metade da

    populao/amostra. A maior parte dos indivduos neutros e a menor parte dos matutinos

    apresentaram p

  • ABSTRACT

    The dysfunctions of the lumbar spine, causing functional impairments are highly prevalent in

    the world. These disorders, low back pain is a health problem. Chronobiology has grounds to

    aid in the treatment of diseases, knowing the patient's diurnal professionals in the health field

    may intervene specifically at the time the patient will best respond to treatment and thus hasten

    recovery, shorten the hospital and economy spending on public health. The aim of this study

    was to analyze variations in pain throughout the day, in women with low back pain,

    menopausal women and inactive, and specific objectives sought to identify the diurnal

    preference of each patient seen during the study period; analyze the pain of patients according

    to headache diary (DD), throughout the day and compare patients' pain morning and evening.

    The subjects were submitted to the questionnaire of Horne and Ostberg (1976), to identify the

    diurnal preference of each participant. Next, subjects responded to the headache diary to note

    the change in pain throughout the day. In the headache diary which was present every where

    EVA was used in 6 (six) hours of pain measurement and which women described their pain

    daily for 7 (seven) days. The result of statistical test of Kruskal-Wallis test revealed statistical

    significance of p ≤ 0.05 in more than half the population / sample. Most individuals and smaller

    neutral part of the morning papers with p

  • LISTA DE GRÁFICOS

    Gráfico 1- Divisão das mulheres de acordo com o tempo de menopausa................................27

    Gráfico 2 - Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 1...................35

    Gráfico 3 - Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 2...................36

    Gráfico 4 - Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 3...................36

    Gráfico 5 - Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 4...................36

    Gráfico 6 - Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 5...................37

    Gráfico 7 - Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 6...................37

    Gráfico 8 - Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 7...................37

    Gráfico 9 - Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 8...................38

    Gráfico 10 - Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 9.................38

    Gráfico 11- Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 10................38

    Gráfico 12 - Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 11...............39

    Gráfico 13: Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 12................39

    Gráfico 14 - Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 13...............39

    Gráfico 15 - Quartis..................................................................................................................40

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Indivíduos, escore, cronotipo e significância...........................................................28

  • LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 - Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 1.........................................29

    Quadro 2 - Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 2.........................................29

    Quadro 3 - Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 3.........................................30

    Quadro 4 - Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 4.........................................30

    Quadro 5 - Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 5.........................................31

    Quadro 6 - Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 6.........................................31

    Quadro 7 - Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 7.........................................32

    Quadro 8 - Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 8.........................................32

    Quadro 9 - Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 9.........................................33

    Quadro 10 - Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 10.....................................33

    Quadro 11 - Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 11.....................................34

    Quadro 12 - Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 12.....................................34

    Quadro 13 - Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 13.....................................35

  • LISTA DE SIGLAS

    HO – HORNE & OSTBERG

    DD – DIRIO DE DOR

    EVA – ESCALA VISUAL ANALGICA

  • SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................13

    2 BASES TEÓRICAS SOBRE A LOMBALGIA, CRONOBIOLOGIA,

    CRONOTERAPIA E MENOPAUSA...................................................................................16

    2.1 LOMBALGIA.....................................................................................................................16

    2.2 CRONOBIOLOGIA...........................................................................................................18

    2.3 CRONOTERAPIA .............................................................................................................20

    2.4 MENOPAUSA....................................................................................................................22

    3 DELINEAMENTO DA PESQUISA..................................................................................24

    3.1 TIPO DE PESQUISA.........................................................................................................24

    3.1.1 Tipo de pesquisa quanto abordagem.............................................................................24

    3.1.2 Tipo de pesquisa quanto ao nvel.....................................................................................24

    3.1.3 Tipo de pesquisa quanto ao procedimento.......................................................................25

    3.2 POPULAO/AMOSTRA................................................................................................25

    3.3 INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA COLETA DE DADOS...................................25

    3.4 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PARA A COLETA DE DADOS.............................25

    3.5 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ANLISE E INTERPRETAO DE

    DADOS.....................................................................................................................................26

    4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.............................................................27

    5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................42

    REFERÊNCIAS......................................................................................................................43

    APÊNDICES............................................................................................................................46

    APNDICE A – Dirio de dor..................................................................................................47

    APNDICE B - Ficha para registro..........................................................................................53

  • ANEXOS..................................................................................................................................54

    ANEXO A - QUESTIONRIO PARA INVESTIGAO DO CRONOTIPO

    Hbitos e preferncias de cada pessoa..................................................................................55

    ANEXO B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO...................59

    ANEXO C – FOLHA DE APROVAO DO CEP.............................................................61

  • 13

    1 INTRODUÇÃO

    De acordo com Maciel o conceito de dor hoje mundialmente usado proposto

    pelo Comit de Taxonomia, da Associao Internacional para o Estudo da Dor (International

    Association for Study of Pain), ela definida como “uma experincia emocional e sensorial

    desagradvel, associada s leses reais ou potencias, ou descrita em termos dessas leses”

    (IASP – Subcomitee on Taxonomy, 1986) (1). Este conceito avana na direo de admitir que

    a dor uma experincia nica e individual, modificada pelo conhecimento prvio de um dano

    que pode ser existente ou presumido (2).

    Para Zauner, independentemente disso, as dores so sempre um sinal de alarme

    do corpo, a indicao de uma alterao, uma leso, que a provoca. a dor que, no fim,

    protege o indivduo de um dano permanente, indispensvel em uma vida normal, - disse H.

    Rein, um fisilogo ilustre, sobre o sentindo da dor, sobre o seu valor na evoluo da vida (3).

    Melo afirma que, a presena constante da dor altera o curso da vida diria e altera

    a relao do indivduo com os outros, com o mundo e por isso ela significa sofrimento. Esta

    situao evidencia o fato de estarmos em face de uma doena com fortes implicaes

    humanas e sociais (4).

    Uma grande parcela da populao nos dias de hoje, convive com dor nas costas,

    resultado de m postura, inatividade fsica, posies incorretas no ambiente de trabalho, nos

    afazeres domsticos entre outros fatores associados, incluindo, a execuo errada de

    exerccios. Ou seja, a causa no nica. A maioria desta populao constituda por

    mulheres com faixa etria entre 35 65 anos, devido a fatores acima citado (5).

    Conforme Momesso*, um dos maiores problemas que assolam os pases em

    desenvolvimento so os males da coluna, que contribuem sobremaneira para limitar a “vida

    ativa” de seus habitantes, tornando-os, na maioria dos casos, precocemente incapacitados para

    o trabalho, interrompendo assim uma existncia produtiva e acarretando nus social para o

    Estado. No Brasil, estatsticas demonstram que h uma parcela significativa da populao

    acometida por esse mal (6).

    As disfunes da coluna lombar vertebral, causadoras de incapacidades

    funcionais, so de alta prevalncia no mundo. Destas disfunes, a lombalgia constitui um

    relevante problema de sade (7).

    As lombalgias so entidades comuns na prtica reumatolgica. No s pela sua

    * Momesso RB. Proteja sua coluna. So Paulo: Cone, 1997. (6)

  • 14

    freqüência, mas também pela sua pluralidade de causas, torna-se importante o seu

    conhecimento para podermos fazer uma conduta terapêutica adequada (8).

    A referência de mais de 50 causas diferentes de lombalgia dá uma idéia do

    quanto o tema é um problema difícil e palpitante para as várias especialidades envolvidas no

    assunto. Além disso, muitos desses problemas continuam sem causas definidas após exautivos

    estudos (8).

    Para Miranda-Neto e Iwanko* com o avanço da cronobiologia enquanto ciência,

    ficou demonstrado que os seres vivos possuem genes que determinam o funcionamento de

    diversas estruturas, desde em nível celular até em nível do organismo como um todo,

    promovendo uma organização temporal das atividades fisiológicas, funcionando como

    verdadeiros relógios biológicos (9).

    Segundo Marques e Menna os avanços têm sido notados nos resultados de sobre

    vida e pacientes tratados segundo esquemas cronoterapêutico. Como exemplo, Hrushesky

    (1990) cita tratamentos quimioterápêuticos que resultaram em maior taxa de sobre vida de

    pacientes com câncer ovariano. Estes tratamentos levaram em conta a hora do dia em que as

    drogas citotóxicas foram administradas, a seqüência dessa e intervalos entre elas (10).

    Diante do que foi exposto por Marques e Menna a cronobiologia tem fundamentos

    para auxiliar no tratamento das doenças, conhecendo o cronotipo do paciente os profissionais

    da área da saúde podem intervir especificamente na hora em que o paciente irá melhor

    responde ao tratamento e assim acelerar a recuperação, diminuir o tempo de internações

    hospitalares e economia dos gastos com a saúde pública (10).

    Diante das informações aqui expostas, procurou-se com esse estudo, encontrar a

    resposta desta questão: Existe variação da dor ao longo do dia?

    O objetivo geral deste estudo foi analisar a variação da dor ao longo do dia, em

    mulheres com dor lombar, menopáusicas e inativas; e como objetivos específicos procuramos

    identificar o cronotipo de cada paciente atendido no período de estudo; Analisar a dor dos

    pacientes segundo o diário de dor (DD), ao longo do dia.

    Neste capítulo, realizou-se uma breve introdução sobre o tema abordado pelo

    estudo em questão, sua abrangência e problematização e objetivos a serem alcançados. O 2º

    capítulo expõe uma revisão literária sobre a lombalgia, cronobiologia, cronoterapia e

    * Miranda-Neto MH, Iwanko NS. Reflexões sobre a aplicação da cronobiologia nos ambientes de trabalho e escolar. Arq. Apadec 1997. (9)

  • 15

    menopausa. Descreve-se, no 3º capítulo, o delineamento da pesquisa e as considerações a

    respeito da amostra e métodos utilizados. A análise e discussão dos resultados da pesquisa

    foram apresentadas no 4º capítulo e, por fim, as considerações finais acerca deste estudo

    compõem o 5º capítulo.

  • 16

    2 BASES TEÓRICAS SOBRE A LOMBALGIA, CRONOBIOLOGIA,

    CRONOTERAPIA E MENOPAUSA

    Nesta reviso sero abordadas as bases tericas para lombalgia, cronobiologia,

    cronoterapia e menopausa.

    2.1 LOMBALGIA

    Segundo Furlan* a dor lombar ou lombalgia afeta 60-85% da populao pelo

    menos uma vez em suas vidas. Desses, 10-20% tem a dor lombar crnica (11).

    Para Deyo* as dores lombares atingem nveis epidmicos na populao em geral

    (12).

    Ressalta Starkwether (2006) * que os custos cumulativos estimados com cuidados

    atribudos dor lombar excedem 25 bilhes de dlares por ano nos Estados Unidos

    acometendo cerca de 80% da populao. Segundo Deccache et al (2007)† esta disfuno pode

    chegar cronicidade em 5 a 10% da populao(13).

    Para Cox, (2002); Herbert et al, (2003)* a causa da dor lombar pode ser dividida

    em duas possibilidades: (1) Causas mecnicas-degenerativas, constituindo 90% das

    lombalgias, ocasionadas por dor secundria ao uso excessivo de uma estrutura anatmica

    normal por trauma desta estrutura. (2) Causas no-mecnicas, onde se incluem a dor

    psicossomtica e/ou repercusso de doena sistmica, sendo possveis s causas inflamatrias

    (espondiloartropatias), infecciosas (espondiloscites), tumores primrios e/ou secundrios,

    aneurisma abdominal, lcera pptica, doenas metablicas (Paget, osteoporose, osteomalcia,

    hiperparatireoidismo) e a sndrome da dor miofascial. A dor deve, portanto ser avaliada de

    acordo com suas dimenses fsicas, emocionais e cognitivas, visto suas possveis associaes

    com estruturas adjacentes ou com fatores psquicos (13).

    * Furlan AD, Sinclair S, Bombardier C. A critical review of reviews on the treatment of chronic low back pain. Spine. 2001. (11).* Deyo R. Low-back pain. Aci Am. 1998. (12).* Starkwether AJ. Neurosci Nurs. 2006. (13).† Deccache T, Silva MAG. Mtodo teraputico-pedaggico no tratamento da dor lombar. Fisioterapia Brasil. 2007. (13).* Cox JM. Dor lombar: mecanismo, diagnstico e tratamento. 6 ed. So Paulo: Manole, 2002. (13).

  • 17

    A maioria das dores na região lombar é considerada idiopática ou não-específica.

    A prevalência destes distúrbios variam com a idade, sendo que discos herniados são mais

    comuns em pacientes entre 20 e 50 anos (13).

    A coluna lombar é uma estrutura mecânica que sustenta o indivíduo durante toda

    a sua vida, desafiando a gravidade ou, pelo menos, estando em equilíbrio com ela, permitindo

    que o ser humano funcione durante a as atividades de vida diária (14).

    A dor lombar essa é uma disfunção que acomete ambos os sexos, podendo variar

    de uma dor súbita à dor intensa e prolongada, geralmente de curta duração. A lombalgia afeta,

    com maior freqüência, a população em seu período de vida mais produtivo, resultando em

    custo econômico substancial para a sociedade (15).

    A unidade funcional da coluna vertebral é composta por dois corpos vertebrais é

    separado pelo disco intervertebral. Esta unidade funcional é a que suporta o peso da coluna

    vertebral, do corpo e permite a inclinação e um pouco de rotação e balanceio, na inclinação

    para frente, no arqueamento para frente ao recostar-se, levantar-se (14).

    O músculo responsável pela manutenção da postura lordódica nos seres humanos

    é o multífido. A função desse músculo está relacionada à extensão do tronco. Tem sido

    demonstrado que a função do multífido está prejudicada em pacientes com lombalgia. Por

    outro lado, a função dos flexores do tronco parece não ser alterada em pacientes com

    lombalgia, reforçando a maior importância da realização de exercícios para a musculatura

    extensora. O sedentarismo está diretamente relacionado ao enfraquecimento da musculatura

    envolvida na extensão do tronco e, conseqüentemente, é considerado fator de risco para a

    etiologia da lombalgia (2).

    A lombalgia do dia-a-dia é o que muitos chamam distensão muscular lombar.

    Geralmente indivíduo que não faz exercícios e com tendência a obesidade e com tendência

    depressiva. A hérnia de disco lombar é uma das causas mais comum de lombalgia.

    Geralmente acomete indivíduos entre os 20 e os 50 anos. Inicia-se com dor lombar aos

    movimentos, a que o indivíduo não dá muita importância. Artrose lombar é a causa mais

    comum de dor lombar, acometendo as pessoas acima de 40 anos, principalmente mulheres

    (15).

    A dor lombar pode ser desencadeada por vícios posturais, tensão emocional, má

    posicionamento ao dormir, esforços imiscíveis que pode fazer micro-lesões em músculos e

    ligamento, no caso das mulheres principalmente após a menopausa devido osteoporose. A

    ocorrência da lombalgia precede às alterações da postura corporal. Essa associação pode ser

    explicada pelo fato de que muitas posturas corporais adotadas no dia-a-dia são inadequadas

  • 18

    para as estruturas anatmicas, pois aumentam o estresse total sobre os elementos do corpo,

    especialmente sobre a coluna vertebral, podendo gerar desconfortos, dores ou incapacidades

    funcionais (16).

    2.2 CRONOBIOLOGIA

    O termo “cronobiologia” de cunhagem recente, tendo surgido na poca que

    marcou a afirmao desta rea do saber como um ramo do conhecimento cientfico. A

    cronobiologia na qualidade de disciplina cientfica formalizada essencialmente nova, o que

    contrasta com a antiguidade das primeiras descries, essencialmente fenomenolgicas, dos

    ritmos biolgicos (17).

    Para Marques, Golombek & Moreno (1999)* a cronobiologia uma rea de

    conhecimento que estuda as caractersticas temporais dos organismos em todos os seus nveis

    de organizao e a relao temporal desses organismos com o meio. Inclui o estudo dos

    ritmos biolgicos, que so eventos biolgicos que oscilam em funo do tempo, sendo que

    essa oscilao se repete regularmente (18).

    Sentimos a existncia do tempo atravs das transformaes no meio ambiente e

    nos nossos organismos. Sabemos intuitivamente que o tempo passa, independente da nossa

    vontade (19).

    Uma das sensaes mais ntidas que temos a existncia de ciclos, ou seja,

    fenmenos que se repetem de tempos em tempos, sugerindo uma imagem de avano do tempo

    em crculos ou em espiral. Os seres vivos normalmente expressam esses ciclos de forma em

    geral bem clara, atravs de hbitos diurnos ou noturnos, sono e viglia, reproduo, etc. (19).

    Essas flutuaes, que aparecem como qualidade inata do organismo, so

    conhecidas como ritmos biológicos (20).

    Muitos ritmos biolgicos so associados a um ciclo geofsico (21). Exemplos

    disso so os ciclos das mars, importantes para a reproduo de algumas espcies, o ciclo

    claro-escuro (dia-noite), que determina a alocao da fase de atividade, sendo, para os animais

    diurnos, durante o perodo de claridade, e, para os animais noturnos, durante o perodo de

    escurido (18).

    O ciclo claro/escuro peridico possui o sinal ambiente luminoso para que o

    marcapasso circadiano seja sincronizado com as 24 horas-dias. Infradianos so ritmos de

    * Marques MD, Golombek DE, Moreno C. Adaptao Temporal. In: Marques N. Menna-Barreto C. (orgs). Cronobiologia: Princpios e Aplicaes. So Paulo Fiocruz e Edusp. 1999. (18)

  • 19

    baixa freqncia com perodos maiores que 28 horas, j os ritmos ultradianos so oscilaes

    de repeties rpidas, com perodo menor que 20 horas (21).

    A demonstrao do carter endgeno dos ritmos biolgicos provm de

    experimentos em que animais ou plantas so isolados de pistas do tempo ambiental, que se

    poderia supor estarem determinando a ocorrncia dos fenmenos em estudo, como as

    variaes dirias de luminosidade (ciclo claro-escuro), de temperatura etc. (19).

    DeMarian j havia evidenciado que o ritmo de abrir e fechar as folhas de uma

    planta sensitiva continuava ocorrendo mesmo em escuro constante. Portanto, esse ritmo no

    estava sendo determinado pelo ciclo de luz ambiental, mas era uma propriedade intrnseca da

    planta (19).

    A endogenicidade dos ritmos proporciona uma capacidade antecipatria, que

    permite organizar recursos e atividades antes que seja necessrios, como a preparao para

    viglia em humanos, que implica na liberao de cortisol e elevao da temperatura interna

    nas ltimas etapas do sono (21).

    Para Morales; Garcia, (2003)* a endogenicidade define o cronotipo sendo que o

    mesmo determina os tipos extremos de um espectro de diferenas individuais na preferncia

    temporal para realizar as atividades dirias. Os matutinos preferem realizar as suas atividades

    de manh, os vespertinos tarde, e os neutros no mostram uma predileo clara pela manh

    ou tarde (22).

    O cronotipo uma propriedade do sistema de temporizao circadiana. Os fatores

    determinantes para os cronotipos humanos, distribudos em determinada populao num

    continuum de extrema vespertinidade extrema matutinidade, so ainda desconhecidos (23).

    Wittmann M et al. (2006)*, Afirma que a genotipagem tem sido empregada como

    ferramenta molecular importante para identificar a associao entre polimorfismos nos genes-

    relgio Clock e Per3 – engrenagens genticas do relgio central e o cronotipo. Tanto as

    variaes genticas nos genes Clock, como as influncias ambientais, contribuem para a

    distribuio dos cronotipos (23).

    O cronotipo pode relacionar-se com a capacidade de adaptao e o desempenho

    de atividades dirias quando so exigidas mudanas dos hbitos de sono que possam

    determinar privao ou dbito desse importante estado funcional (23).

    Hidalgo et al (2002) ressalta que em 1976, Horne e Ostberg desenvolveram um

    * Morales JFD, Garcia MA. Relaciones entre matutinidad-vespertinidade y estilos de personalidad. Anales de psicologia. 2003. (22)* Wittmann M, Dinich J, Merrow M, Roennerberg T. “Social Jetlag”: misalignment of biological and social time. Chrobiol Int. 2006 (23).

  • 20

    questionrio para identificao de tipos matutinos, vespertinos e indiferentes (neutros)

    baseado em horrios de pico de curvas de temperatura de cada sujeito (questionrio de

    Matutinidade-Vespertinidade de Horne e Ostberg – HO). Matutinos tm horrios de pico

    significativamente mais cedo que os vespertinos, no tocante temperatura, como mencionado

    anteriormente. O horrio em que ocorre o mximo valor de temperatura corporal do tipo

    indiferente localiza-se entre os dois outros tipos. No foram encontradas diferenas

    significantes na reduo do sono entre os trs tipos, contudo, matutinos deitavam-se e

    levantavam-se mais cedo que os vespertinos (22).

    Para Baehr; Revelle; Eastman (2000)*, o questionrio de matutinidade-

    vespertinidade de Horne-Ostberg (HO) um questionrio de 19 itens que avalia diferenas

    individuais na preferncias pessoais da hora do dia para realizar vrias atividades (22).

    Para Adan e Natale (2002)* um estudo com uma amostra italiana e espanhola de

    estudantes universitrios de 18 a 30 anos de idade, os homens e as mulheres apresentam

    escores totais do MEQ diferentes e nas distribuies da tipologia circadiana (23).

    A cronobiologia, na medida em que privilegia o tempo, interessa queles que

    atribuem valor essencial dinmica dos processos e, portanto, buscam, nessa dinmica, a

    compreenso dos indivduos (18).

    2.3 CRONOTERAPIA

    A cronoterapia tem como objetivo aplicar os princpios cronobiolgicos no

    tratamento das doenas, desenvolvendo padres rtmicos para a administrao dos

    medicamentos a eficcia e reduzir os efeitos indesejveis segundo HALBERG et al, 1980 (19)*.

    Os relgios biolgicos esto intrnsecos nos sistemas de manuteno do tempo, que

    regulam o comportamento e as funes fisiolgicas na maioria dos organismos vivos. Obras

    recentes, nesta rea, tm abordado ligaes moleculares possveis entre o relgio circadiano

    endgeno e a regulao do ciclo celular (24). Vrios estudos in vivo tm fortemente apoiado

    idia de que o tempo circadiano coordena a progresso do ciclo celular. Ao nvel dos tecidos,

    dados experimentais e clnicos demonstram uma coordenao circadiana das clulas

    progredindo atravs do ciclo celular (25).

    * Baehr EK, Revelle W, Eastman CI. Individual differences in the phase and amplitude of the human circadian temperature rhythm: with an emphasis on morningness-eveningness. J. Sleep. Res. 2000. (22).*Adan A, Natale V. Gender differences in morningness-eveningness preference. Chronobiol Int. 2002. (23).

  • 21

    A cronoterapia é um conceito recente que pode auxiliar no tratamento de várias

    patologias. Estudos como de Iniciais tentativas clínicas tinham indicado benefícios clínicos

    significantes da específica temporização circadiana de quimioterapia (vinblastine combinado,

    ciclofosfamida e methotrexate ou 5-FU) ou radioterapia. (66,67). A média de sobrevivência

    de crianças com leucemia aguda linfoblástica (ALL) foi achada para diferir, acentuadamente,

    dependendo do tempo de apoio da quimioterapia. Assim, 80% dos pacientes dosados com 6-

    mercaptopurine e methotrexate, pela noite, estavam com vida e livres da doença, 5 anos

    depois de iniciada a doença, comparado com 40% das crianças que recebem as mesmas

    drogas pela manhã (P < 0.001). Embora este estudo não foi randomizado, a magnitude da

    diferença relacionada ao tempo é impressionante. Estes resultados indicaram que linfoblastos

    malignos sobreviventes pudessem ser mais suscetíveis a antimetabolizantes pela noite que

    pela manhã (26).

    Não é sabido, somente, que alterada a ritmicidade pode exacerbar o câncer, mas

    também, que muitos agentes quimioterápêuticos têm, drasticamente, diferentes níveis de

    eficácia quando administrada em diferentes fases do ciclo cardíaco (27).

    Esta disparidade de eficácia é devido a diferenças na susceptibilidade do tumor à

    droga e ao nível de tolerância do hospedeiro. O objetivo da quimioterapia do módulo-cardíaco

    ou "cronoterapia" é encontrar a hora para a entrega da droga, que resulta em baixa toxicidade

    para o acolhimento e alta toxicidade para as células cancerígenas (27).

    Os relógios biológicos estão presentes em muitos tecidos e células do corpo e

    tumores, freqüentemente, mantidos em robusto ritmo cardíaco. O acesso à cronoterapia

    capitaliza sobre a ausência de sincronismo na divisão celular e os ritmos metabólicos da droga

    entre as células normais e cancerígenas. Esta abordagem tem sido utilizada com bons

    resultados no tratamento de vários animais com câncer, e foi recentemente estendido aos

    pacientes em estágio avançado do câncer, incluindo o câncer gastrintestinal e o câncer

    coloretal com metástases hepáticas não ressecáveis (27).

    A relevância clínica do princípio da cronoterapia (i.e., administração de

    tratamento como uma função de ritmos) tem sido investigada, previamente, em tentativas

    multicentradas randomizadas (26).

    A cronoterapia é um conceito relativamente novo no desenvolvimento de agentes

    anti-hipertensivos. A meta da cronoterapia é coordenar o momento da liberação da droga e,

    portanto, o efeito terapêutico, com os ritmos biológicos humanos e as necessidades

    fisiológicas. O controle inicial, da liberação prolongada (COER) de verapamil é uma terapia

    anti-hipertensora moderna, desenvolvida para controlar a liberação do cálcio antagonista, do

  • 22

    verapamil, em sincronia com o ritmo circadiano da presso arterial (PA) e da freqncia

    cardaca (FC) (28).

    Devido a esses parmetros hemodinmicos e os eventuais riscos cardiovasculares

    adversos: enfarte do miocrdio, sbita morte cardaca, e derrame cerebral chegando ao pico

    nas primeiras horas da manh e gradualmente diminuindo para nveis mais baixos noite, a

    COER-verapamil formulada de maneira a atingir o efeito mximo nas horas iniciais da

    manh, com reduo, mas ainda teraputica, durante o perodo de 24hs. Embora estudos

    tenham demonstrado a segurana e eficcia do COER-verapamil na populao geral de

    pacientes com hipertenso, no foram efetuados estudos em populaes especficas,

    conhecidas por estar em maior risco s doenas cardiovasculares, tais como os obesos. A

    presente anlise foi realizada para comparar a eficcia e a tolerabilidade da primeira

    formulao cronoteraputica de um clcio antagonista, COER-verapamil, em obesos e no-

    obesos com hipertenso (28).

    2.4 MENOPAUSA

    Segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS) a menopausa se define como

    sendo a interrupo das menstruaes resultante do trmino da atividade folicular ovariana. A

    perimenopausa ou climatrio o perodo em que se iniciam as manifetaes endocrinolgicas,

    biolgicas e clnicas imediatamente anteriores menopausa, e que se estende at o final do

    seu primeiro ano. A ps-menopausa definida como a poca que comea a partir da

    menopausa, desde que tenha sido observada 12 meses de amenorria espontnea (29).

    O incio do climatrio varivel de mulher para mulher, comeando

    aproximadamente aos 40 anos, tendo como mdia 47-48 anos. No climatrio, a produo de

    estrognio do ovrio vai gradativamente diminuindo (30).

    A menopausa pode ocorrer precocemente em fumantes, naquelas mulheres com

    m nutrio ou doena crnica, ou nas que tiveram perda do material gentico do brao longo

    do cromossomo X (31).

    Os principais sintomas da menopausa so: (1) Instabilidade emocional, depresso,

    irritabilidade fcil, choro, insnia, cefalia, insatisfao, angstia; (2) Alterao do padro

    menstrual, inclusive ciclos anovulatrios, fertilidade diminuda, fluxo diminudo – s vezes,

    hipermenorria e freqncia irregular da menstruao; (3) Instabilidade vasomotora (calores,

    suores) – “fogachos), que so ondas de calor seguidas de suores frios, extremamente

    desconfortveis, que perturbam o sono da mulher; (4) Ressecamento vaginal, prurido vulvar,

  • 23

    dificuldades urinárias e cistite. Temos queixas como: andralgias, mialgias, diminuição do

    brilho dos cabelos, do frescor da pele e também de manifestações metabólicas como

    osteoporose (30).

    Outros desconfortos comuns que as mulheres relatam no período da menopausa

    são: dor de cabeça, fadiga, tontura, insônia, humor instável, palpitações, formigamento nos

    dedos artelhos, falta de ar, aumento de peso, dores nas articulações, nervosismo e

    irritabilidade (32).

    A maior parte das mulheres sentirá alguns desses desconfortos durante a

    menopausa, mas poucas terão todos eles. Num estudo realizado, cerca de dezesseis por cento

    das mulheres não tinham nenhum sintoma (32).

  • 24

    3 DELINEAMENTO DA PESQUISA

    Este capítulo torna-se responsável por retratar o planejamento da pesquisa

    realizada, ou seja, tipo de pesquisa, população e amostra, instrumentos e procedimentos

    utilizados na coleta de dados e análise e interpretação dos mesmos.

    3.1 TIPO DE PESQUISA

    A presente pesquisa é considerada como descritiva quantitativa transversal, pois o

    referido tema tem a necessidade de ser explorado a fundo e a pesquisa foi feita através de

    coleta de dados e análise estatística dos dados coletados de uma população/amostra.

    3.1.1 Tipo de pesquisa quanto à abordagem

    Quanto à abordagem, a pesquisa realizada é quantitativa, sendo que a preocupação

    da mesma é o aspecto mensurável (33). A abordagem da pesquisa é classificada como

    quantitativa que se caracteriza pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta

    de informações quanto no tratamento através de técnicas estatísticas, desde mais simples até as

    mais complexas (34).

    3.1.2 Tipo de pesquisa quanto ao nível

    Esta é uma pesquisa descritiva com grupo único. Para Leopardi, pesquisa descritiva

    são estudos caracterizados pela necessidade de se explorar uma situação não conhecida, da qual

    se tem necessidade de maiores informações. Explorar uma realidade significa identificar suas

    características, sua mudança ou sua regularidade (34).

    Segundo Gil pesquisa descritiva tem como objetivo primordial à descrição das

    características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações

    entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de

    suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de

    dados, tais como questionário e a observação sistemática (35).

  • 25

    3.1.3 Tipo de pesquisa quanto ao procedimento

    Os estudos transversais são realizados para descrever as pessoas de uma

    determinada população em relação às suas características pessoais com suas histórias de

    exposição aos fatores causais, em determinado momento (36).

    3.2 POPULAÇÃO/AMOSTRA

    A população é do tipo não-probabilística e foi constituída por mulheres com dor

    lombar que participam dos grupos de 3º idade do município de Laguna/SC. A amostra foi

    constituída por 13 (treze) mulheres que obedecerem aos seguintes critérios:

    a - Inclusão: estar na menopausa há pelo menos 2 anos, idade maior que 50 anos, ter dor

    lombar há mais de 6 (seis) meses, ser um indivíduo matutino ou vespertino conforme a

    classificação de HO.

    b - Exclusão: fazer uso de analgésico durante a coleta de dados, fazer uso de antiinflamatórios

    durante a coleta de dados, praticar atividade física regular, ter feito fisioterapia há pelo menos 6

    (seis) meses, fazer anotações de forma errada no DD (p.ex., duas anotações em uma mesma

    EVA) ou caso se algum horário completo do DD não seja preenchido em nenhum dos dias.

    3.3 INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA COLETA DE DADOS

    Os materiais utilizados na coleta de dados foram:

    a - Questionário de avaliação de matutinidade-vespertinidade de HO (ANEXO A);

    b - DD cujo qual está presente cada EVA que foi utilizada nos 6 (seis) horários de medição de

    dor e cujo qual as mulheres descreveram sua dor diariamente durante 7 (sete) dias (APÊNDICE

    A);

    c - Ficha de registro das mulheres (APÊNDICE B).

    3.4 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PARA A COLETA DE DADOS

    Após aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da

    Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL, com o protocolo número 09.342.4.08 III,

    foram iniciados os procedimentos.

  • 26

    Inicialmente foi realizada uma visita a Fundao Irm Vera, que um rgo

    pblico anexo Prefeitura Municipal de Laguna, do qual responsvel pelos grupos de 3

    idade do municpio, com o intuito de esclarecer os objetivos da pesquisa. Aps a aprovao da

    responsvel, tivemos acesso lista completa dos grupos cadastrados e suas respectivas

    presidentes, com local de encontros e telefone para contato.

    O primeiro contato aos grupos de 3 idade foi realizado via telefone, com as

    respectivas presidentes, onde foi esclarecido o objetivo da pesquisa e posteriormente o

    agendamento da visita.

    Aps os devidos esclarecimentos acerca da pesquisa e dos reais objetivos e

    procedimentos, obtivemos a amostra selecionada conforme os critrios de incluso e excluso

    que esto contidas na ficha de registro (APNDICE B), do qual foi aplicado o termo de

    consentimento livre e esclarecido (TCLE). Sequencialmente aplicou-se o questionrio de

    matutinidade-vespertinidade de Horne e Ostberg (HO) (1976) (ANEXO A).

    A primeira entrevista foi finalizada com a entrega do dirio de dor (DD) as

    mulheres, na qual, foi explicado todo o procedimento para preenchimento do mesmo. O DD

    contm 7 folhas, onde em cada uma delas contm uma EVA e o seu respectivo horrio para

    marcao do valor da dor. Cada EVA apresenta-se como uma linha impressa, medindo 10 cm

    de comprimento sendo que valor 0 (zero) ausncia de dor e 10 (dez) a indica a “pior dor

    possvel”, onde o indivduo fez um trao na escala onde correspondeu sua dor no momento.

    Esse trao foi mensurado com o auxlio de uma rgua de 10 (dez) cm. Essa mensurao foi

    realizada a cada trs horas, num total de 6 (seis) horrios portanto. Seu horrio inicial foi s

    800h e o horrio final foi s 2300h.

    3.5 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ANLISE E INTERPRETAO DE

    DADOS

    Foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis (p≤0,05) para verificar se houve diferena

    estatstica entre os registros do DD de cada EVA, de cada mulher.

  • 27

    4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

    O presente item tem a finalidade de apresentar os resultados das anlises dos

    dados coletados com o intuito de corroborar os objetivos apresentados e bases tericas

    mencionadas nos captulos anteriores.

    A populao do estudo foi composta por mulheres dos grupos de 3 idade do

    municpio de Laguna/SC. A coleta realizou-se, durante o perodo de setembro de 2009 a

    outubro de 2009. A amostra foi composta por 13 mulheres menopusicas, inativas e com dor

    lombar.

    Aps a aplicao da ficha de registro das mulheres (APNDICE A) constatou-se

    que 23,1% esto na menopausa h menos de 2 (dois) anos, 15,4% esto h 2 (dois) anos na

    menopausa e 61,5% esto na menopausa h mais de 2 (dois) anos, conforme o grfico abaixo:

    Grfico 1: Diviso das mulheres de acordo com o tempo de menopausa.

    Divisão das mulheres de acordo com o tempo de menopausa

    23%15%

    62% - de 2 anos demenopausa2 anos demenopausa+ de 2 anos demenopausa

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    A amostra foi submetida ao questionrio de HO (1976) (ANEXO A) para

    identificao do cronotipo das respectivas participantes do estudo. Classifica-se de acordo

    com o escore indivduo definitivamente matutino entre 70 – 86 pontos, moderadamente

    matutino com escore entre 59 – 69 pontos, indivduos neutros/indiferentes com escore entre

    42 – 58 pontos, moderadamente vespertinos com escore entre 31 – 41 pontos e indivduos

    definitivamente vespertinos com escore 16 – 30 pontos.

    Foram detectados na amostra segundo as caractersticas cronobiolgicas, os

  • 28

    cronotipos conforme ilustrado na tabela abaixo:

    Tabela 1: Indivduos, escore, cronotipo e significncia.

    Indivíduos Escore Cronotipo Significância1 62 Moderadamente matutina No2 67 Moderadamente matutina No3 60 Moderadamente matutina No4 74 Definitivamente matutina Sim5 63 Moderadamente matutina Sim6 54 Neutra/indiferente Sim7 57 Neutra/indiferente Sim8 56 Neutra/indiferente Sim9 49 Neutra/indiferente Sim

    10 53 Neutra/indiferente Sim11 72 Definitivamente matutina No12 68 Moderadamente matutina Sim13 50 Neutra/indiferente No

    Fonte: Pesquisa elaborada pelos autores.

    Esses dados mostram que 15,4% das mulheres que participaram do estudo

    classificam-se como definitivamente matutinas; 38,5% so moderadamente matutinas e 46,1%

    so neutras/indiferentes.

    No estudo realizado por Painer, Gander e Travier (2006) foi encontrado que na

    populao estudada havia 49,8% de indivduos matutinos e isso corroborava com outros

    estudos realizados em populaes maiores (37).

    No presente estudo, foram encontrados 38,5% matutinos e 46,1% neutros, o no

    que corrobora com o estudo em questo.

    Foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis (p≤0,05) para verificar se houver

    diferena estatstica entre os registros do DD de cada EVA, de cada indivduo, onde podemos

    perceber que os indivduos 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 12, mostraram uma variao considervel

    como mostram os quadros que se seguem:

  • 29

    Quadro 1: Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 1.Indivíduo 1

    800 hrs 1100 hrs 1400 hrs 1700 hrs 2000 hrs 2300 hrs29/9/2009 2,5 3,5 3 2,25 1,25 1,2530/9/2009 2 4,5 4,5 6,75 8,25 91/10/2009 0,75 3,75 3,5 2,75 4 52/10/2009 0,75 1,5 4,5 2,25 3 7,53/10/2009 4,5 5,75 7 7,25 7,5 44/10/2009 3 4 1,75 3 2,75 35/10/2009 3 1,75 3 2 1,75 5,75

    média 2,35 3,53 3,89 3,75 4,07 5,07desvio-pad 1,33 1,49 1,66 2,25 2,75 2,64

    mínimo 0,75 1,5 1,75 2 1,25 1,25máximo 4,5 5,75 7 7,25 8,25 9moda 0,75 não há 3 2,25 não há não háp>0,05, portanto não houve variação da dor ao longo dos dias e horários

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    Quadro 2: Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 2.Indivíduo 2

    800 hrs 1100 hrs 1400 hrs 1700 hrs 2000 hrs 2300 hrs30/9/2009 2 2,25 2 1,75 2,25 21/10/2009 2,25 1,75 1,75 1,75 2,25 2,252/10/2009 2 2 2,25 2 2,25 2,253/10/2009 2 2 2,25 2,25 2,25 2,254/10/2009 2,5 2 2,5 2,5 2,25 2,255/10/2009 2,25 2 2,5 2,5 2 26/10/2009 2,25 2,5 2,5 2,5 2 2,25

    média 2,17 2,07 2,25 2,17 2,17 2,17desvio-pad 0,18 0,23 0,28 0,34 0,12 0,12

    mínimo 2 1,75 1,75 1,75 2 2máximo 2,5 2,5 2,5 2,5 2,25 2,25moda 2 2 2,5 2,5 2,25 2,25p>0,05, portanto não houve variação da dor ao longo dos dias e horários

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

  • 30

    Quadro 3: Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 3.Indivíduo 3

    800 hrs 1100 hrs 1400 hrs 1700 hrs 2000 hrs 2300 hrs30/9/2009 1,25 4,5 4,5 2,25 7,5 8,351/10/2009 1,35 1,5 3,6 3,75 5,75 72/10/2009 0,5 1,5 7,5 7,75 8,5 103/10/2009 3,25 3 8 6,75 8,75 9,754/10/2009 1 1,5 10 10 8,25 9,255/10/2009 10 10 10 10 6 106/10/2009 9 9 5 6 7 5

    média 3,76 4,42 6,94 6,64 7,39 8,47desvio-pad 4,02 3,64 2,61 2,93 1,19 1,87

    mínimo 0,5 1,5 3,6 2,25 5,75 5máximo 10 10 10 10 8,75 10moda não há 1,5 10 10 não há 10p>0,05, portanto não houve variação da dor ao longo dos dias e horários

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    Quadro 4: Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 4.Indivíduo 4

    800 hrs 1100 hrs 1400 hrs 1700 hrs 2000 hrs 2300 hrs30/9/2009 0,75 0,75 4,75 4,75 1,25 5,751/10/2009 0,75 2,75 5,5 6 1,5 6,52/10/2009 0,5 2,5 5,25 5 2,25 73/10/2009 0,75 3 5,5 7 1,25 7,254/10/2009 0,75 4,5 5 7,5 2 85/10/2009 0,75 3,75 6,5 2 7 8,256/10/2009 0,75 3 7 4,75 3,75 8,25

    média 0,71 2,89 5,64 5,28 2,71 7,28desvio-pad 0,09 1,16 0,81 1,81 2,07 0,95

    mínimo 0,5 0,75 4,75 2 1,25 5,75máximo 0,75 4,5 7 7,5 7 8,25moda 0,75 3 5,5 4,75 1,25 8,25

    p

  • 31

    Quadro 5: Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 5.Indivíduo 5

    800 hrs 1100 hrs 1400 hrs 1700 hrs 2000 hrs 2300 hrs30/9/2009 5,5 1 1 0,75 0,5 0,51/10/2009 5,5 1,75 1 0,75 0,5 0,52/10/2009 5,5 1,25 1 1 0,75 0,53/10/2009 5,75 1 0,75 0,75 0,75 0,754/10/2009 6,25 1 0,5 0,75 0,75 0,55/10/2009 5,75 0,75 0,5 0,75 0,5 0,56/10/2009 6 0,75 0,5 0,25 0,5 0,25

    média 5,75 1,07 0,75 0,71 0,60 0,5desvio-pad 0,28 0,34 0,25 0,22 0,13 0,14

    mínimo 5,5 0,75 0,5 0,25 0,5 0,25máximo 6,25 1,75 1 1 0,75 0,75moda 5,5 1 1 0,75 0,5 0,5

    p

  • 32

    Quadro 7: Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 7.Indivíduo 7

    800 hrs 1100 hrs 1400 hrs 1700 hrs 2000 hrs 2300 hrs30/9/2009 1,5 3 4,5 5,8 3 21/10/2009 0,5 5,5 3 7,25 0,75 1,52/10/2009 0,5 5,25 3 5 3,25 63/10/2009 1,25 2,25 4 7,5 6 3,54/10/2009 1,5 2,5 4,5 5,5 7 7,755/10/2009 0,5 1,25 2,75 2,5 3 4,756/10/2009 1,5 2,5 5 5,25 4 6,75

    média 1,035 3,17 3,82 5,54 3,85 4,60desvio-pad 0,50 1,59 0,89 1,65 2,08 2,38

    mínimo 0,5 1,25 2,75 2,5 0,75 1,5máximo 1,5 5,5 5 7,5 7 7,75moda 1,5 2,5 4,5 não há 3 não há

    p=0,001, portanto houve variação da dor ao longo dos dias e horáriosFonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    Quadro 8: Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 8.Indivíduo 8

    800 hrs 1100 hrs 1400 hrs 1700 hrs 2000 hrs 2300 hrs30/9/2009 0,75 1 1 1 1,25 1,251/10/2009 1 1,5 1 1,25 1,5 1,752/10/2009 1 1,25 1,25 1,5 1,5 1,253/10/2009 1 1,25 1 1,5 1,5 1,54/10/2009 1 1 1,25 1,5 1,5 1,55/10/2009 1 1,5 1,25 1,5 1,25 1,56/10/2009 1,25 1,5 1,5 2,75 1,5 1,5

    média 1 1,28 1,17 1,57 1,42 1,46desvio-pad 0,14 0,22 0,18 0,55 0,12 0,17

    mínimo 0,75 1 1 1 1,25 1,25máximo 1,25 1,5 1,5 2,75 1,5 1,75moda 1 1,5 1 1,5 1,5 1,5

    p=0,003, portanto houve variação da dor ao longo dos dias e horáriosFonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

  • 33

    Quadro 9: Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 9.Indivíduo 9

    800 hrs 1100 hrs 1400 hrs 1700 hrs 2000 hrs 2300 hrs6/10/2009 1,25 2,5 4,5 3,5 4,5 6,757/10/2009 3,75 1,75 4 2 6,25 7,758/10/2009 2,75 1,25 2,25 4,25 6,5 89/10/2009 2,5 1,5 4 4,5 7,75 9

    10/10/2009 2 4,25 3,75 3 8 9,511/10/2009 2,5 2,25 2,25 4,5 5,75 9,2512/10/2009 3,25 2 2 5 8,5 9,5

    média 2,57 2,21 3,25 3,82 6,75 8,53desvio-pad 0,81 0,99 1,04 1,04 1,41 1,05

    mínimo 1,25 1,25 2 2 4,5 6,75máximo 3,75 4,25 4,5 5 8,5 9,5moda 2,5 não há 4 4,5 não há 9,5p

  • 34

    Quadro 11: Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 11.Indivíduo 11

    800 hrs 1100 hrs 1400 hrs 1700 hrs 2000 hrs 2300 hrs6/10/2009 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,57/10/2009 7 5,5 4,8 3,1 2 1,258/10/2009 4,25 5,4 3,9 3,4 2,5 29/10/2009 3 2,25 2,9 5 4,1 4,25

    10/10/2009 3 3,25 3,1 2,1 3,25 4,911/10/2009 3,25 3,5 4,25 5,35 6 6,712/10/2009 1 1 1,25 1,25 1 1

    média 3,14 3,05 2,95 2,95 2,76 2,94desvio-pad 2,14 1,96 1,57 1,81 1,88 2,35

    mínimo 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5máximo 7 5,5 4,8 5,35 6 6,7moda 3 não há não há não há não há não háp>0,05, portanto não houve variação da dor ao longo dos dias e horários

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    Quadro 12: Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 12.Indivíduo 12

    800 hrs 1100 hrs 1400 hrs 1700 hrs 2000 hrs 2300 hrs6/10/2009 1,1 2,25 0,75 2,5 3,75 37/10/2009 1,6 3 3,7 3,8 3,9 3,258/10/2009 2,8 3,9 1,25 3,25 3 29/10/2009 1,7 2,7 2,8 3,8 2,25 4,25

    10/10/2009 1,9 3,1 2,25 2,9 2,25 211/10/2009 1,25 3,9 4,25 4,8 4 412/10/2009 1,5 2,25 1,5 2 4,5 5,25

    média 1,69 3,01 2,35 3,29 3,37 3,39desvio-pad 0,55 0,68 1,29 0,93 0,88 1,19

    mínimo 1,1 2,25 0,75 2 2,25 2máximo 2,8 3,9 4,25 4,8 4,5 5,25moda não há 2,25 não há 3,8 2,25 2p=0,013, portanto houve variação da dor ao longo dos dias e horários.

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

  • 35

    Quadro 13: Dias e horas da variação da dor lombar do indivíduo 13.Indivíduo 13

    800 hrs 1100 hrs 1400 hrs 1700 hrs 2000 hrs 2300 hrs2/10/2009 1,25 2,5 3 4,5 4 4,53/10/2009 1 2,25 0,5 3,5 3,25 4,254/10/2009 1 3 3,35 3,5 4,25 4,255/10/2009 2,5 1 0,75 0,25 0,25 0,356/10/2009 1,5 2,25 2,5 1,75 2,75 3,257/10/2009 1 1,25 1,25 1,25 2 1,758/10/2009 0,5 0,5 0,75 1,75 2,75 4,6

    média 1,25 1,82 1,72 2,35 2,75 3,27desvio-pad 0,62 0,90 1,18 1,50 1,34 1,63

    mínimo 0,5 0,5 0,5 0,25 0,25 0,35máximo 2,5 3 3,35 4,5 4,25 4,6moda 1 2,25 0,75 3,5 2,75 4,25p=0,1, portanto não houve variação da dor ao longo dos dias e horários

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    Podemos constatar a diferença entre os resultados dos indivíduos 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10,

    e 12, os quais apresentaram significância estatística ao contrario dos indivíduos 1, 2, 3, 11, e

    13, que não apresentaram significância estatística.

    Nos gráficos a seguir, poderemos perceber a variação diária de cada horário durante

    os 7 dias de coleta, onde se pode constatar a diferença de variação no decorrer da coleta.

    Gráfico 2: Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 1.

    Variação da dor por horário durante os dias da coleta do indivíduo 1

    0123456789

    10

    1 2 3 4 5 6 7

    Dia

    Dor

    àEV

    A,e

    mcm

    0800 hrs1100 hrs1400 hrs1700 hrs2000 hrs2300 hrs

    8

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

  • 36

    Gráfico 3: Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 2.

    Variação da dor por horário durante os dias da coleta do indivíduo 2

    0123456789

    10

    1 2 3 4 5 6 7

    Dia

    Dor

    àEV

    A,e

    mcm 0800 hrs

    1100 hrs

    1400 hrs

    1700 hrs

    2000 hrs

    2300 hrs

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    Gráfico 4: Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 3.

    Variação da dor por horário durante os dias da coleta do indivíduo 3

    0123456789

    10

    1 2 3 4 5 6 7

    Dia

    Dor

    àEV

    A,e

    mcm 0800 hrs

    1100 hrs

    1400 hrs

    1700 hrs

    2000 hrs

    2300 hrs

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    Gráfico 5: Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 4.

    Variação da dor por horário durante os dias da coleta do indivíduo 4

    0123456789

    10

    1 2 3 4 5 6 7

    Dia

    Dor

    àEV

    A,e

    mcm

    080011001400170020002300

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

  • 37

    Gráfico 6: Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 5.

    Variação da dor por horário durante os dias da coleta do indivíduo 5

    0123456789

    10

    1 2 3 4 5 6 7

    Dia

    Dor

    àEV

    A,e

    mcm

    080011001400170020002300

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    Gráfico 7: Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 6.

    Variação da dor por horário durante os dias da coleta do indivíduo 6

    0123456789

    10

    1 2 3 4 5 6 7

    Dia

    Dor

    àEV

    A,e

    mcm

    080011001400170020002300

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    Gráfico 8: Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 7.

    Variação da dor por horário durante os dias da coleta do indivíduo 7

    0123456789

    10

    1 2 3 4 5 6 7

    Dia

    Dor

    àEV

    A,e

    mcm

    080011001400170020002300

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

  • 38

    Gráfico 9: Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 8.

    Variação da dor por horário durante os dias da coleta do indivíduo 8

    0123456789

    10

    1 2 3 4 5 6 7

    Dia

    Dor

    àEV

    A,e

    mcm

    080011001400170020002300

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    Gráfico 10: Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 9.

    Variação da dor por horário durante os dias da coleta do indivíduo 9

    0123456789

    10

    1 2 3 4 5 6 7

    Dia

    Dor

    àEV

    A,e

    mcm

    080011001400170020002300

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    Gráfico 11: Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 10.

    Variação da dor por horário durante os dias da coleta do indivíduo 10

    0123456789

    10

    1 2 3 4 5 6 7

    Dia

    Dor

    àEV

    A,e

    mcm

    080011001400170020002300

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

  • 39

    Gráfico 12: Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 11.

    Variação da dor por horário durante os dias da coleta do indivíduo 11

    0123456789

    10

    1 2 3 4 5 6 7

    Dia

    Dor

    àEV

    A,e

    mcm

    080011001400170020002300

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    Gráfico 13: Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 12.

    Variação da dor por horário durante os dias da coleta do indivíduo 12

    0123456789

    10

    1 2 3 4 5 6 7

    Dia

    Dor

    àEV

    A,e

    mcm

    080011001400170020002300

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    Gráfico 14: Variação da dor por horário durante os dias de coleta do indivíduo 13.

    Variação da dor por horário durante os dias da coleta do indivíduo 13

    0123456789

    10

    1 2 3 4 5 6 7

    Dia

    Dor

    àEV

    A,e

    mcm

    080011001400170020002300

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

  • 40

    Grfico 15: Quartis.

    Primeiro quartil, valor mínimo, mediana, valor máximo, terceiro quartil dos valores de dor à EVA, dos indivíduos da coleta

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13Indivíduos

    Dorà

    EVA,

    emcm 1º quartil

    mínimomedianamáximo3º quartil

    Fonte: Dados obtidos pelos pesquisadores.

    Numerosos estudos relataram variaes circadianas da dor. Contudo, h muita

    discrepncia nos resultados; alguns estudos relataram que o pico de dor mais alto pela manh,

    outros tarde e alguns relataram que no foi encontrado ritmo nenhum na variao da dor. No

    presente estudo, encontramos variao da dor apenas nos indivduos matutinos e neutros, pois

    no encontramos indivduos vespertinos (38).

    A intensidade da dor no constante durante as 24 horas do dia. Variaes

    circadianas da dor esto provavelmente relacionadas com variaes circadianas de outros

    mediadores da dor, tais como β-endorfina, melatonina e cortisol. Neste estudo nota-se uma

    grande variao da dor entre os indivduos. Os indivduos 1, 3, 4, 7, 9, 10, 11, 12, e 13 tm

    mais dor medida que a hora do dia passa enquanto que os indivduos 2, 5, 6 e 8 mantm a dor

    constante ao longo das medies (39)

    A dor de cada doena expressada de diferentes maneiras. Por exemplo, a dor da

    artrite reumatide mais intensa no incio da manh e menos no meio da tarde; o trabalho de

    parto parece ser menos severo de manh; a dor da clica biliar mais a noite; cefalias do tipo

    migrnea so mais frequentes entre 8 e 10 horas da manh e a dor neuroptica menor de

    manh e progressivamente aumenta at o seu pico noite. Neste estudo percebe-se que a

  • 41

    maioria dos indivíduos teve um aumento na variação da dor no decorrer do dia, ou seja, com o

    passar das horas, a dor teve um aumento visível (40)

    Raros foram os estudos encontrados sobre a ritmicidade da dor lombar. Contudo,

    um estudo polonês já dos idos de 1980 pesquisando sobre a dor da ciática chegou ao seguinte

    resultado: em 63,3% dos pacientes a dor aumentava ao longo do dia, 20% deles a intensidade

    da dor foi pior de manhã e em 16% deles a dor não variou ao longo do dia. Neste estudo, ao

    contrário do que nos diz a literatura, os indivíduos neutros/indiferentes apresentaram uma

    maior variação da dor ao longo do dia, ou seja, tiverem significância estatística (41).

  • 42

    5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

    A cronobiologia é de extrema importância para a área da saúde, pois sabendo

    identificar o cronotipo ou o ritmo biológico dos pacientes, poder-se-á obter resultados mais

    satisfatórios em determinados tratamentos terapêuticos.

    Após o término do presente estudo, podemos constatar que se faz necessário um

    estudo com um número maior de pacientes, pois com apenas algumas poucas mulheres, foi

    constatado uma variação considerável na dor lombar ao longo do dia, e devido ao fato de

    termos encontrado certas dificuldades com relação à obtenção de amostra, bem como com

    relação a material didático a respeito do referido tema.

    Apesar de atingirmos os objetivos do presente estudo, os resultados apresentaram

    divergências com relação aos resultados de estudos anteriores, sendo que não foi possível

    efetuarmos a comparação dos resultados aqui obtidos com resultados anteriores, devido ao

    fato de que a população/amostra pesquisada apresentou apenas indivíduos matutinos e

    neutros/indiferentes.

    Sendo assim, é mister que se refaça a referida pesquisa com uma

    população/amostra maior, para que desta maneira possa-se comprovar os resultados obtidos

    com este estudo, abrindo-se desta forma espaço para outras pesquisas mais extensas e

    complexas a respeito do referido tema, para que se possa desta maneira utilizar novos

    métodos no tratamento de doenças relacionadas à idade avançada dos pacientes.

  • 43

    REFERÊNCIAS

    1 Maciel, G S. A dor crônica no contexto dos cuidados paliativos. P H [periódico na internet]. Set-Out 2004 [acesso em 2007 Set 23];35: [8]. Disponível em: http://www.pratica hospitalar.com.br/pratica%2035/paginas/matéria%20005-35.html

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  • 44

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    15 Josyane UB, Christiane SGM. Anlise da mobilidade lombar e influncia da terapia manole cinesioterapia na lombalgia [peridico na internet]; 2006 [acesso em 2007 set 25]. Diponvel em:http://www.uel.br/proppg/semina/pdf/semina_26_2_20_16.pdf

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    21 Neves WS, Morioka RY, Koga AC, Aparecida F ,Joveli Jnior J, Caldeira JC. Cronobiologia e suas Aplicaes na Prtica Mdica. Rev. HB.Cien.[peridica na internet].[2007 Set 23]; 7: [12]. Disponvel em http://www.famerp.br/publicacoes/revistahb/Vol7-N1/5-cronobiologia.html

    22 Rosas R F. Relao entre o cronotipo e o horrio do tratamento fisioteraputico [dissertao]. Tubaro: Unisul; 2005.

    23 Alam MF, Tomasi E, Lima MS, Areas R, Mena-Barreto L. Caracterizao e distribuio de cronotipos no sul do Brasil: diferenas de gnero e estao de nascimento. J Bras Psiquiatr. 2008; 57(2):83-90.

    24 Laurence C, Tomoko K, Vincent L. The Days and Nights of Cancer Cells. CancerResearch [peridico na Internet] 2003 Nov [acesso em 2008 Out 12]; 63 (6):[aproximadamente 8 p.]. Disponvel em:http://cancerres.aacrjournals.org/cgi/reprint/63/22/7545.

    25 Waskewich C, Lew DMG, Burton J, Blumenthal RD, Goldenberg DM, Flefleh C,Chronotherapy and Chronotoxicity of the Cyclooxygenase-2 Inhibitor, Celecoxib, in AthymicMice Bearing Human Breast Cancer Xenografts. Clinical Journal Title. 2001 (10): 3178–3185.

    26 Mormont MC, Levi F.Cancer Chronotherapy: Principles, Applications, and Perspectives. American Cancer Society. 2003; 97: 155-169.

    27 Green CB. Time for chronotherapy? Clock genes dictate sensitivity to cyclophosphamide.The National Academy of Sciences of the USA. 2005, 102: 3529-3530.

    28 White WB, Elliott WJ, Johnson MF, Black HR.Chronotherapeutic delivery of verapamil in obese versus non-obese patients with essential hypertension.Journal of Human Hypertension. 2001; 15:135–141.

  • 45

    29 Pinotti JA, Halbe HW, Hegg R. Menopausa. So Paulo: Roca, 1995.

    30 Gutirrez E. Mulher na menopausa: declnio ou renovao? Rio de Janeiro: Rosa dos Ventos, 1992.

    31 Smith RP. Ginecologia e obstetrcia de Netter. Porto Alegre: Artmed, 2004.

    32 Trien SF. Menopausa: a grande transformao. 3 ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Ventos, 1994.

    33 Heerdt ML, Leonel V. Metodologia cientfica: livro didtico.2. Palhoa: UnisulVirtual, 2005.

    34 Leopardi MT. Metodologia da pesquisa na sade. 2. Florianpolis: UFSC; 2002.

    35 Gil AC. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. So Paulo: Atlas; 2002.

    36 Vieira S, Hosne WS. Metodologia cientifica para area de saude. Rio de Janeiro: Campus; 2002.

    37 Paine SJ, Gander PH, Travier N. The Epidemiology of Morningness/Eveningness: Influence of Age, Gender, Ethnicity, and Socioeconomic Factors in Adults (30-49 Years). J Of Biological. 2006 feb. 21(1):68-76.

    38 Lotsch, et. al. Trigeminal Chemosensitivity: Differences in Relation to the Time of the Day. Chem. Senses, 1998; 23:755-759.

    39 Chassard D. et. al. Chronobiology of postoperative pain: it’s time to wake up! Can J Anesth, Editorials. 2007; 54(9):685-688.

    40 Boscoriol R, Gilron I. ORR, E. Chronobiological characteristics of postoperative pain: diurnal variation of both static and dynamic pain and effects of analgesic therapy. Can J Anesth. 2007 set.; 54(9):696-704.

    41 Domzal T. et. al. Diurnal rhythm of pain in sciatica. Preliminary report. Neurol Neurochir Pol. 1980 mai/jun.14(3):253-258,[abstract].

    42 Vinha VHP. Revista Latino-Americana de Enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem[Internet]. 1993 Jan [citado 2008 Nov 25] ; 1(1): 1-2. Disponvel em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11691993000100001&lng=pt.

    43 Horne, J.A. e Ostberg, O. 1976. A self-assessment questionnaire to determine morningness-eveningness in human circadian rhytms. In. J. Chronob., 4:97-110 (traduzido e adaptado pelo GMDRB – Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritmos Biolgicos da USP).

  • 46

    APÊNDICES

  • 47

    APNDICE A – Dirio de dor*

    Nome:*

    Horário: 800h

    sem dor dor insuportável

    * Fonte: Vinha VHP. Revista Latino-Americana de Enfermagem. [Internet]. 1993 Jan. [citado 2008 Nov. 25]; 1(1): 1-2. Disponível em: http://www.scielo.php?script=sci_arttex&pid=SO104-11691993000100001&lng=pt(42)

  • 48

    Nome:Horário: 1100h

    sem dor dor insuportável

  • 49

    Nome:Horário: 1400h

    sem dor dor insuportável

  • 50

    Nome:Horário: 1700h

    sem dor dor insuportável

  • 51

    Nome:Horário: 2000h

    sem dor dor insuportável

  • 52

    Nome:

    Horário: 2300h

    sem dor dor insuportável

  • 53

    APÊNDICE B - Ficha para registro

    Nome da paciente: Registro nº:Escore do HO: Cronotipo:Menopausa há quanto tempo: __________________________( ) Menos de 2 anos( ) 2 anos( ) Mais de 2 anos.Dor lombar há quanto tempo: __________________________( ) Menos de 6 meses( ) 6 meses( ) Mais de 6 meses.Uso de analgésicos e/ou antiinflamatórios: ( ) Sim ( ) Não.Realiza atividade física regular 1x/2x/3x/4x/5x/6x/7x por semana: ( ) Sim ( ) Não.Fisioterapia há pelo menos 6 (seis) meses: ( ) Sim ( ) Não.

  • 54

    ANEXOS

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    ANEXO A - QUESTIONÁRIO PARA INVESTIGAÇÃO DO CRONOTIPOHábitos e preferências de cada pessoa

    Nome:________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    1) A que horas você gostaria de se levantar, se estivesse inteiramente livre para planejar seu dia?

    a) 05:00 hb) 05:30 hc) 06:00 hd) 06:30 he) 07:00 hf) 07:30 hg) 08:00 hh) 09:00 hi) 09:30 h j) 10:00 hk) 10:00 hl) 11:00 hm) 11:30 hn) 12:00 h

    2) A que horas você gostaria de se levantar, se estivesse inteiramente livre para planejar sua noite?

    a) 20:00 hb) 20:30 hc) 21:00 hd) 21:30 he) 22:00 hf) 22:30 hg) 23:00 hh) 23:30 hi) 24:00 hj) 24:30 hk) 01:00 hl) 01:30 hm) 02:00 hn) 02:30 ho) 03:00 h

    3) Até que ponto você gostaria de ir se depende de um despertador (ou outro barulho que o acorde) para se levantar de manhã?

    a) Dependo de despertadorb) Dependo muito pouco (só às vezes) do despertadorc) Dependo do despertador muitas vezesd) Não acordo sem o despertador

    4) Se as condições do quarto onde você dorme lhe permitem um sono calmo, e a

  • 56

    temperatura está agradável, quão fácil você consegue levantar-se de manhã cedo?a) Muito difícilb) Às vezes difícilc) Com certa facilidaded) Muito fácil

    5) Quão você se sente na primeira meia hora depois que se levantou de manhã?a) Bastante sonolentob) Ligeiramente sonolentoc) Alertad) Muito alerta

    6) Como é o seu apetite na primeira meia hora após se levantar de manhã?a) Não tenho vontade de comerb) Mais ou menosc) É bomd) Tenho muito fome

    7) Na primeira meio hora, após você ter se levantado de manhã, quão cansado ainda se sente?

    a) Muito cansadob) Ligeiramente cansadoc) Dispostod) Muito bem disposto

    8) Quando você não tem compromissos no dia seguinte, a que horas você geralmente vai para a cama comparando com a sua hora normal de ir dormir?

    a) Nunca ou raramente mais tardeb) Menos que 1 hora mais tardec) De 1 a 2 horas mais tarded) Mais que 2 horas mais tarde que a usual

    9) Você decidiu fazer exercícios físicos. Um amigo lhe disse que a melhor hora de fazê-los 7: 00 e 8:00 horas da manhã. Se você fosse seguir os conselhos do seu amigo, e nada o impedisse de fazer os exercícios, como você se sairia?

    a) Estaria em ótima disposiçãob) Estaria com certa disposiçãoc) Encontraria certas dificuldadesd) Seria muito difícil fazer os exercícios a esta hora

    10) A que hora dá noite você se sente cansado e com vontade de ir dormir, se não tiver que ir trabalhar?

    a) 20:00 hb) 20:30 hc) 21:00 hd) 21:30 he) 22:00 hf) 22:30 hg) 23:00 hh) 23:30 h

  • 57

    i) 24:00 hj) 24:30 hk) 01:00 hl) 01:30 hm) 02:00 hn) 02:30 ho) 03:00h

    11) Se você tivesse que passar por um teste de capacidade intelectual, que durasse 2 horas, que horas você escolheria para fazer esse teste.

    a) Das 8 às 10 horas da manhãb) Entre 11 e 1 hora da tardec) Entre 3 e 5 horas da tarded) Entre 7 e 9 horas da noite

    12) Se você for se deitar às 23 horas (11 horas da noite) quão cansado você deve se encontrar?

    a) Não me sinto cansadob) Ligeiramente cansadoc) Cansadod) Muito cansado (exausto)

    13) Se por alguma razão você for para a cama mais tarde do que normalmente vai, e não tem nada programado para manhã seguinte (nem trabalho ou compromisso) o que você fará?

    a) Vai se levantar à mesma hora de sempre e não tornará a dormirb) Vai se levantar à mesma hora de sempre, mas tirará um cochilo mais tardec) Vai se levantar à mesma hora de sempre, mas vai tornar a dormi em seguidad) Não vai se levantar à mesma hora de sempre, mas, somente acordará mais tarde

    14) Uma noite você tevê que permanecer acordado entre 4 e 6 horas da madrugada, a fim de prestar um serviço, no dia seguinte seria o da sua folga. Quais as seguintes coisas você faria?

    a) Não dormiria nem pouquinho, até que o serviço estivesse terminadob) Iria tirar um cochilo antes do serviço e dormir depois de terminadoc) Iria dormir um bom sono antes do serviço e tirar um cochilo depoisd) Iria dormir todo o sono daquela noite antes de fazer o serviço às 4 horas da manhã

    15) Você tem que fazer 2 horas de trabalho físico pesado. A que horas você estaria mais disposto a este trabalho. Se você tivesse o dia inteiro para fazê-lo?

    a) Entre 8 e 10 horasb) Entre 11 e 1 hora da tardec) Entre 3 e 5 da tarded) Entre 7 e 9 horas da noite

    16) Você decidiu fazer ginástica. Um amigo seu lhe contou que a melhor hora para ele fazer exercícios é à noite, entre 22 e 23 horas. Se você pudesse acompanhar seu amigo e fazer exercício a esta hora da noite, como você se sentiria?

  • 58

    a) Em muita boa formab) Daria para fazerc) Seria um pouco difcild) Encontraria grande dificuldade a esta hora da noite

    17) Suponha que voc possa escolher suas prpria horas de trabalho. Assuma que voc vai trabalhar apenas 5 horas por dia, seu trabalho interessante e pago de acordo com sua produo. Quais as cincos horas? (faa um crculo em volta dos nmeros que representam as horas)

    12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

    18) A que horas do dia ou da noite voc alcana o seu melhor “pico” ou seja, sente-se muito bem disposto para fazer qualquer coisa? (faa um crculo em volta desta hora [somente uma alternativa]).

    12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

    19) Voc se considera uma pessoa que gosta de ter atividades de manh ou, que prefere tardinha ou comeo de noite para trabalhar?

    a) Prefiro, sem duvida, a parte da manhb) Gosto da manh um pouco mais tardec) Gosto da tarde um pouco mais que da manhd) Prefiro, muito mais, tarde e a noite.

    2

    * Horne JA. Ostberg O. A self-assessment questionnaire to determine morningness-eveningness in human circadian rhytms. In. J Chronob., 4:97-110 (traduzido e adaptado pelo GMDRB – Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritmos Biolgicos da USP). (43)

  • 59

    ANEXO B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

    Ttulo da Pesquisa: “Anlise da dor lombar ao longo do dia em mulheres menopausicas”.

    Nome da Pesquisadora: Juliana de Oliveira Fidlix, Stwison Felcio Pereira

    Nome do Orientador: Prof. Ralph Fernando Rosas.

    1 Natureza da pesquisa: o Sra. est sendo convidada a participar desta pesquisa

    2 Envolvimento na pesquisa: ao aceitar participar desta pesquisa, a Sra. permitir que os

    pesquisadores realizem uma avaliaes para identificar o seu cronotipo, ou seja, identificar a

    preferncia que seu organismo apresenta para realizar determinadas tarefas. A Sra. tem

    liberdade de se recusar a participar e ainda se recusar a continuar participando em qualquer

    fase da pesquisa, sem qualquer prejuzo para a si . Sempre que quiser poder pedir mais

    informaes sobre a pesquisa atravs dos telefones dos pesquisadores.

    3 Riscos e desconforto: a participao nesta pesquisa no traz complicaes legais. Os

    procedimentos adotados nesta pesquisa obedecem aos Critrios da tica em Pesquisa com

    Seres Humanos conforme Resoluo no. 196/96 do Conselho Nacional de Sade. Nenhum

    dos procedimentos usados oferece riscos sua dignidade.

    4 Confidencialidade: todas as informaes coletadas neste estudo so estritamente

    confidenciais. Somente os pesquisadores e o orientador tero conhecimento dos dados.

    5 Benefcios: Esperamos que esta pesquisa traga informaes importantes sobre a variao da

    dor ao longo do dia, de forma que o conhecimento que ser construdo a partir desta pesquisa,

    ter seus resultados obtidos divulgados.

    6 Pagamento: a Sra. no ter nenhum tipo de despesa para participar desta pesquisa, bem

    como nada ser pago por sua participao.

    Aps estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre para participar

    desta pesquisa. Portanto preencha, por favor, os itens que se seguem:

    Consentimento Livre e Esclarecido

  • 60

    Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, manifesto meu

    consentimento em participar da pesquisa.

    __________________________________

    Nome do Participante da Pesquisa

    __________________________________

    Assinatura do Participante da Pesquisa

    __________________________________

    Assinatura do Pesquisador

    __________________________________

    Assinatura do Pesquisador

    __________________________________

    Assinatura do Orientador

    *TELEFONES

    Pesquisadoras: (48) 99764186 / 84386038

    Orientador: (48) 9622 9817

    * Modelo adaptado a partir do TCLE elaborado por KOLLER, S. H., Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2004.

  • 61

    ANEXO C – FOLHA DE APROVAO DO CEP