olhares nº40

dezembro de 2013 Publicação trimestral

N.º 40

Coordenação: Isabel Vaz Ana Ribeiro

Nesta edição

Liberdade de Expressão SIC Esperança

Hora do Conto

Sugestões de Leitura

Projeto Comenius

Demografia do Concelho da Lourinhã

Xadrez

Ténis

O Mundo, uma ambição

CQEP na Secundária

Hour of Code

Mostra de Artes

2

2

3

4

5

6

6

7

12

12

12

ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOÃO MANUEL DA C. DELGADO

Olhar(es) digital : www.aelourinha.pt

Luís Pedro Ferreira, aluno da ES Dr. João Manuel da Costa Delgado, conquistou uma medalha de bronze na modalidade de Xadrez nos Jogos Mundiais Escolares – Gymnasiade 2013, que decorreram em Brasília. PARABÉNS, Luís! (cont.6)

BRONZE NO XADREZ

A estranheza do título, em francês, irá provavel-

mente chamar a tua atenção. Na verdade, este pro-

jeto comunitário está a ser desenvolvido na nossa

escola em parceria com Chipre, Espanha e Itália. Po-

de à priori parecer muita ambição da nossa parte pro-

curar soluções para problemas que nem os grandes

estudiosos conseguem resolver. Na verdade, não o

será assim tanto, se considerarmos que são as gera-

ções mais jovens que têm um papel de relevo na re-

solução do problema. Enquanto cidadãos europeus,

devemos tomar consciência, por um lado, de um des-

tino comum a enfrentar, por outro, da importância da

Comunidade Europeia enquanto elemento de união

entre os povos. (cont. 4)

Projeto Comenius

Durante a semana da Feira do livro, a Biblioteca recebeu nas suas instalações os alunos mais jovens do Agrupamento, nomeadamente, alguns grupos/turmas do Pré-escolar e do 1º e 2º anos do 1º Ciclo de Moledo, S. Bartolomeu, Ribeira de Palheiros, Miragaia, Cabeça Gor-da e Marteleira. Tendo como principal objectivo a promoção do livro e da leitura junto dos mais pequenos, foi também uma ocasião para que os alunos dos Cursos profissionais de Animação Sociocultural e de Apoio à Infância pusessem em prática os seus conhecimentos, numa aproximação muito estreita ao contexto da vida ativa em que serão inte-grados. Os PARABÉNS e o agradecimento a ambos os cur-sos, que estiveram muito bem, sempre orientados pelas suas professoras Daniela Amorim e Ana Isabel Ramos.

HORA DO CONTO

Decorreu, no passa-

do dia 31 de outubro de

2013, no Auditório da

A.M.A.L., a cerimónia sole-

ne de entrega dos Diplo-

mas de Mérito, Prémios de

Mérito e Excelência e Diplo-

mas de Conclusão do Ensi-

no Secundário aos alunos

do Agrupamento de Esco-

las da Lourinhã.

A cerimónia, que

anualmente premeia os

alunos de cada ano de es-

colaridade que mais se des-

tacaram em termos acadé-

micos e de cidadania, teve

a presença de representan-

tes de todos os quadrantes

da comunidade.

Língua Portuguesa

para Estrangeiros

PPT - Português

Para Todos

Dada a importância da in-

tegração dos imigrantes

em Portugal e da formação

em Língua Portuguesa pa-

ra Estrangeiros, o Agrupa-

mento de Escolas da Louri-

nhã tem em funcionamen-

to, no presente ano letivo,

na Escola Secundária Dr.

João Manuel da Costa Del-

gado, a formação em Por-

tuguês para Falantes de

Outras Línguas (PPT), ní-

vel A1+A2.

Liberdade de Expressão e Redes Socais Por sugestão da professora de Português, no âmbito do estudo dos Media, os alunos das turmas D e E, do 10º ano, participaram num concurso promovido pela SIC Esperança e pela Rede de Bibliotecas Escolares. No âmbito da temática anual para a Sic - A Cidadania, o concurso foi lançado com o objetivo de suscitar a reflexão e o debate sobre a importância da liberdade de expressão e sobre o contributo das redes digitais do século XXI no alargamento do acesso à informação. Assim, após o visionamento e debate sobre o filme-documentário Lápis Azul, de Ra-

fael Antunes, sobre a Censura em Portugal, foram elaborados trabalhos em vários formatos

para relembrar que a Liberdade de Expressão é um direito adquirido que não convém esque-

cer e que tem vindo a ganhar novos contornos com as redes sociais. Interessantes trabalhos

resultaram desta reflexão, que contou com o contributo de pais, alunos e outros corajosos

cidadãos lourinhanenses. Estes intervenientes não recearam deixar o seu testemunho grava-

do, o que deu origem à criação de ensaios, reportagens (feitas com muito profissionalismo) e

microfilmes. Os melhores trabalhos foram enviados para apreciação do júri nacional, do qual

se aguarda ansiosamente a decisão final.

Use e Abuse Com a primeira fase da formação de utilizadores da Biblioteca prestes a terminar, procurá-mos tornar conhecida a Biblioteca aos novos alunos e fornecer os conhecimentos necessários à utilização plena dos seus recursos. Para eles e para toda a comunidade escolar, os recursos estão disponíveis para uso e bom abuso.

Rede Concelhia As Bibliotecas Escolares, conjuntamente com a Biblioteca Municipal, estão a dar os primei-ros passos para a construção da Rede Concelhia de Bibliotecas da Lourinhã, à semelhança do que tem vindo a acontecer um pouco por todo o país. A disponibilização de dados em rede permitirá, não só uma rentabilização dos recursos materiais, como o acesso a uma informação mais completa por todos os utilizadores e ainda a partilha de dados entre bibliotecas.

A Biblioteca Escolar deseja as Boas Festas a toda a comunidade educativa. Recorda que estão ao dispor de todos boas leituras para a interrupção que se avizinha. Faça uma visita à Biblioteca e leve para casa um bom programa de lazer para os dias frios de Natal.

2

O Primo Basílio, de Eça de Queirós

O Primo Basílio retrata com extrema subtileza e realismo os ambientes da Lisboa de finais do séc. XIX, os hábi-tos e os valores da Burguesia, focando para isso um lar burguês aparentemente feliz e perfeito, mas com bases e princípios falsos. Eça apresenta, assim, um quadro doméstico, comum na baixa burguesia Lisboeta da época, representado por uma senhora sentimental e arrogante, fruto da ociosidade e da falta de valores morais, um amante sem escrúpulos, sedento de aventuras e amores frívolos, e uma criada ambiciosa e ávida de vingança. Nesta obra, o autor faz transparecer o tema da corrupção da família, nomeadamente, o adultério, atacando uma das instituições que era considerada muito sólida: o casamento. As personagens descritas nesta obra podem ser interpretadas como o estereótipo da futilidade e da ociosidade daquela sociedade.

Márcio Ferreira,11º F

Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago “(…) Também é certo, se isso lhe serve de consolação, que se antes de cada acto nosso nos pusé-ssemos a prever todas as consequências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, de-pois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar.” Ensaio sobre a Cegueira é uma obra escrita por José Saramago, onde nos deparamos com uma forte crítica à sociedade, na qual estamos integrados. Somos vítimas de uma cegueira psicológica, provocada pela visão superficial que possuímos da-quilo que nos rodeia, que condiciona a forma como interpretamos o verdadeiro significado dos di-versos acontecimentos. A nossa existência assenta numa sociedade onde ninguém olha a meios para atingir os fins e onde o instinto domina em situações de desespero. É uma obra intensa, que nos leva, violenta e dolorosamente, a tomar consciência da realidade. O próprio autor descreve esta obra como brutal, violenta, dolorosa e uma constante aflição. Ao lermos esta obra, conseguimos as-sociá-la à expressão “O pior cego é aquele que não quer ver”. Carina Soares, 11º F

Nação Crioula, de José Eduardo Agualusa Na minha opinião, o autor fala sobre a escravidão angolana, pelo facto de ser o seu país de origem. Com este livro, Agualusa mostra-nos o quotidiano da época, em Angola e no Brasil, referindo os movimentos antiescravagistas e as perseguições que lhes eram movidas. É um romance recheado de personagens ricas e intensas, sem medo de apresentar as suas convicções e de lutar pela manutenção de modos de vida, ou de lutar contra o atual estado de coisas. Escrito de uma forma muito simples e cativante, com um toque emocional, suave e intenso, cada carta funciona como um novo capítulo em que nos são apresentadas as aventuras de Fradique Mendes, a personagem principal deste livro, e de todas os que giram à sua volta, como Ana Olimpia. O livro é um retrato preciso e vivido da hipócrita e delicada sociedade colonial angolana, para a qual o país afri-cano não é mais do que um lugar para ser explorado, sem contemplações. Muitos portugueses, quando relembram a história do seu país, ficam felizes quando sabem que foram grandes conquistadores e que foram considerados entre os melhores navegadores. Mas, depois, revoltam-se quando sabem que, no final, perderam a maioria das coisas que conquistaram. Agora, lembrem-se destes povos. Qual será a reação deles quando recordam o passado do seu país? Será que é justo reclamar o que o nosso país perdeu, quando há ou-tros que não chegaram a conquistar nada? Como reagiriam ao saber que os vossos antepassados foram escravos? Ponham-se no lugar daqueles que foram escravizados, só para ajudar no crescimento de um país que não era o deles. Antes de ler o livro, não percebia como é que os escravos se conformavam com a sua situação, quando chega-vam ao Brasil. Mesmo sabendo o que lhes ia acontecer, não tentavam fugir, antes se deixavam levar. Agora sei. Para alguns países africanos, o mar tem o mesmo nome que a morte: Calunga. Portanto, para a maioria deles, a viagem era como que uma passagem através da morte. A vida que deixavam em África era a Vida, e a que encontravam na Améri-ca ou no Brasil um renascimento. Em Nação Crioula, existe o acesso a duas realidades, a do escravista e a do escravizado, e assim pode-se tirar conclusões dos dois lados. Eu gostei muito deste livro, faz-nos pensar sobre como se vivia nestes países, nestas épocas difíceis e tirou- -me algumas dúvidas em relação ao tema. Aconselho esta obra a todos, acreditem que não é nenhuma perda de tem-po. O título da obra estabelece relação com o último navio negreiro, que também era chamado de Nação Crioula.

Jacira Lopes, 11ºF

SUGESTÕES DE LEITURA

Só Vivemos Duas Vezes, de Ana Martins Silva Aos 14 anos, Ana Martins foi internada na Pediatria do Instituto Português de Oncologia com um cancro.

Teve uma enorme força de vontade para vencer esta doença. Enquanto lidava com este cancro, estudava e, posteri-ormente, licenciou-se no Instituto Superior de Economia e Gestão. Hoje, Ana é diretora financeira.

Na minha opinião, este livro ensina-nos a encarar esta doença de outra forma. Ana é um exemplo de força de vontade e de que há sempre um pouco de esperança em tudo o que nos acontece, até nas piores situações.

Eu gostei de ler este livro, mostra-nos uma realidade cruel, mas que pode ser vencida. Carolina Pereira, 11ºA


coordenadora do projeto ao nível europeu, comprometeu-se a elaborar um questioná-rio que será aplicado em todos os países sobre as causas e efeitos da crise. Serão igualmente ajustados os produtos a apre-sentar em outubro, durante o segundo en-contro, em Espanha. Como podes ver, é uma oportunida-de única de conhecer novas realidades e novas vivências. Já deves ter percebido que o projeto assenta na mobilidade entre professores e estudantes dos vários paí-ses. Assim, para participar, tens de te mostrar disponível para receber estudantes estrangeiros. Deves igualmente ser mem-bro do Clube da Europa, cujos encontros de monitorização terão lugar à quarta-feira. Não fiques de fora deste grande comboio que se chama oportunidade e abraça este novo desafio!

(cont.) Feito a pensar em ti e para ti, o projeto, que assenta na troca e partilha de experiências, desenvol-ver-se-á em dois anos. Nos dias 11,12 e 13 de outubro, teve lugar, na nossa Escola, um encontro de trabalho com professores representantes dos países parceiros. Foram traçadas as principais linhas orientadoras do projeto. Num primeiro momento, serão trabalhadas as vertentes socais e solidá-rias, tão fortemente atingidas pela malfadada crise, assim como se procurará perceber as causas e efeitos da mes-

Os putos que morrem de fo-me são tão bem educados... Os putos que morrem de fome são tão bem educados.. Não falam com a boca cheia. Não desperdiçam o pão. Não brincam com o miolo fazendo bolinhas. Nem fazem montinhos na borda do prato. Eles não têm caprichos. Eles não dizem: "não gosto disto". Eles não fazem caretas quando se lhes põe o prato à frente. Os putos que morrem de fome são tão bem educados... Não bulham para terem bombons, Nem dão aos cães a gordura do fiam-bre. Não sobem para o nosso colo, Nem vão a lado nenhum, pois têm o coração tão pesado e o corpo tão fraco... que vivem de joe-lhos... Tranquilizai-vos! Os putos que morrem de fome não vão gritar. Estas criancinhas são tão bem educa-das... Choram sem barulho, não as ouvimos. São tão pequenas que as não vemos. Não vão gritar, não têm forças... Só os seus olhos podem falar... Os putos que morrem de fome são tão bem educados... Cruzam os braços sobre o peito e ven-tre inchado, E posam para o fotógrafo europeu, Que fará uma boa reportagem. Morrerão lentamente... sem barulho... sem incomodar... Estas criancinhas são verdadeiramen-te bem educadas.

Pe. Guies Gilbert

ma. Ainda que no início, o projeto prome-te. O próximo encontro está agendado para março, no Chipre. Teremos a oportunidade de apresentar aos nossos parceiros os resultados da primeira fase de implementa-

ção do projeto no terreno. Para esse encontro, a nossa escola,

Projeto COMENIUS na Escola : "La crise économique européenne se propage. QUE FAIRE???"

Cloud Atlas foi um dos filmes mais comoventes a que tive o privilégio de

assistir. Baseado num romance de David Mitchell, esta obra apresenta enúme-

ras temáticas, desde a escravidão, à clonagem, até ao declínio da espécie hu-

mana, assim como o seu renascer.

Esta obra cinematográfica é narrada, ao longo de seis épocas históricas,

1849,1936, 1973, 2012, 2144 e 2321, correspondentes ao passado, presente e

futuro. As seis ações diferem a vários níveis, alguns já mencionados, como a

época histórica, no entanto, existem três características comuns em todas elas

e, no meu entender, são estas semelhanças que distinguem este filme de ou-

tros que abordam as mesmas temáticas.

Uma característica é a atenção dada a pormenores.

Outra dessas características são as personagens principais: em todo o en-

redo, existem imensas personagens, mas todas elas são interpretadas pelos

mesmos atores, de forma a dar ênfase à ideia de conexão. Esta conexão está

relacionada, provavelmente, com o conceito de reencarnação, e de como as

vivências passadas afetam as futuras.

A última particularidade da obra são as marcas comuns em todas as épo-

cas. É possível observar, ao longo das histórias, a prevalência de certos senti-

mentos (marcas psicológicas) e a sua riqueza é tal que é impossível não criar

uma ligação com todos os intérpretes.

Para além das marcas psicológicas, existem também marcas materiais,

que correspondem a simples objetos que prevalecem em todos os períodos

considerados. Um destes objetos é um botão, que, embora seja um simples

adereço, sobrevive 500 anos, passando de geração em geração. Este simples

botão está associado ao conceito de herança, uma noção também bastante

importante neste enredo.

Pode-se concluir assim que este não é um filme com o propósito de permi-

tir aos espetadores um período de abstração do mundo real, pelo contrário,

este filme assenta no reconhecimento da vida em redor e das influências que

cada um tem no mundo.

É, portanto, uma obra de análise, recomendável a todos, pois permite sus-

citar e refletir sobre sentimentos retidos no interior de cada um de nós.

Referências do filme: “ Cloud Atlas”, (2012) , ficção-científica/drama; diretores: Tom Tykwer, Andy Wachowski; Lana Wachowski; Atores principais: Tom Hanks e Halle Berry. Valentina Henriques , 11ºB

Passado, presente e futuro - consequência das nossas ações individuais - Cloud Atlas

Neste encontro, será igualmente feita a eleição do logótipo mais represen-tativo. Convidamos-te a puxar pela ima-ginação e a participar. Lança mãos à obra e, se tens jeito para o desenho ou criação artística, cria o símbolo mais re-presentativo para o projeto. O melhor trabalho será apresentado in loco (o re-gulamento do concurso encontra-se na página da Escola).

4

Nas aulas de Geografia A, estudámos e analisámos as características da demografia do concelho da Louri-

nhã, o que nos permitiu retirar as conclusões abaixo apresentadas.

A densidade populacional da Lourinhã sofreu uma pequena quebra entre 1960 e 1981. A partir daí, tem vindo

a aumentar, sendo de 174,9 hab./ km2 em 2011.

O índice de dependência de idosos tem vindo sempre a aumentar e, em 2011, foi de 30,2%, enquanto o índi-

ce de dependência de jovens diminuiu de 1960 até 2001. A partir daí, tem sido constante e, em 2011, foi de 23,7%.

O índice de dependência total, a partir de 2001, tem vindo a aumentar, sendo de 54,0% em 2011.

O índice de envelhecimento da Lourinhã tem vindo sempre a aumentar, embora de modo irregular. Em 2011,

foi de 127,3%, ou seja, para cada 100 jovens há 27,3 idosos. O índice de longevidade da Lourinhã, a partir de 1981,

sofreu um aumento, sendo de 46,4% em 2011, o que significa que, em cada 100 pessoas com 65 e mais anos de

idade, existem 46,4 pessoas com 75 e mais anos. O número de indivíduos em idade ativa por idoso na Lourinhã, de

2001 para 2011, sofreu um pequeno decréscimo. Em 2011, foi de 3,3%, ou seja, em cada 100 indivíduos em idade

ativa, há 3,3 idosos.

Na Lourinhã, a população estrangeira com estatuto legal de residente em 2012 é de 990 pessoas, no total.

Por nacionalidade, existe mais população oriunda da Ucrânia e do Brasil e existe menos de São Tomé e Príncipe,

de Moçambique, de Cabo Verde e de Angola.

A taxa bruta de natalidade da Lourinhã teve uma pequena diminuição de 2001 para 2012. Em 2012, atingiu-

--se o valor de 8,7‰, ou seja, em cada 1000 habitantes nasceram 8,7 crianças. A taxa de fecundidade geral da Lou-

rinhã diminuiu ligeiramente de 2001 para 2011. Em 2011, foi de 38,6‰, ou seja, por cada mil mulheres entre os 15

e os 49 anos de idade, nasceram 38,6 crianças. A taxa de fecundidade por grupo etário da Lourinhã aumentou, de

2001 para 2012, apenas nos grupos etários de 10-14 anos e de 35-39 anos, tendo diminuído nos restantes. Os gru-

pos etários em que se regista maior taxa de fecundidade são de 25-29 anos e de 30-34 anos em 2001 e 2011. Com

menor taxa, é o grupo etário de 10-14 anos.

A taxa bruta de mortalidade da Lourinhã, a

partir de 2001, tem-se mantido constante, sendo de

11,5‰, ou seja, em cada 1000 habitantes morre-

ram 11,5 pessoas.

A taxa de mortalidade infantil da Lourinhã

tem vindo a diminuir de 2001 até 2012, sendo de

4,5‰, ou seja, em cada 1000 nados- vivos morre-

ram 4,5 crianças com menos de um ano de idade.

A população residente na Lourinhã aumen-

tou de 2001 para 2010, tendo sido, em 2010, de

25.677 habitantes.

Na Lourinhã, de 2001 para 2011, houve um

decréscimo do número de jovens e um aumento do

número de idosos (o topo da pirâmide tem cada

vez mais população e a base cada vez menos), por

isso, a população está a sofrer de um duplo enve-

lhecimento. O número de adultos manteve-se idên-

tico.

Os principais problemas da demografia local são: duplo envelhecimento da população; alta taxa de mortalida-

de; baixa taxa de natalidade e de fecundidade; diminuição do índice de renovação de gerações; baixo número de

indivíduos em idade ativa por idoso; aumento do índice de dependência de idosos e da dependência da população

e falta de atratividade das atividades agrícolas que conduzem ao progressivo abandono dos territórios rurais.

As principais soluções para resolver os problemas são: incentivar a natalidade; aumentar os abonos de famí-

lia em função do número de filhos, os cuidados de saúde e os níveis de escolaridade e de qualificação profissional;

reduzir os impostos e as tarifas de água e energia para as famílias mais numerosas; alargar o período de licença de

parentalidade; expandir as redes de creches e jardins de infância e de atividades de tempos livres; promover em-

pregos mais seguros e mais bem remunerados; flexibilizar os horários de trabalho com a vida familiar; incentivar a

imigração; reforçar a formação inicial e a aprendizagem ao longo da vida; alargar a oferta de ensino profissional/a

articulação entre as empresas/os sistemas de educação e formação profissional; formar no domínio das novas tec-

nologias/áreas de maior oferta de emprego; melhorar as condições de higiene e segurança e criar emprego estável.

Katarina Marteleira, Maria Inês Oliveira e Mariana Loureiro, 10ºE

Demografia do concelho da Lourinhã breve abordagem


Realizou-se no Bra-sil, na sua capital Brasilia, entre 28 de novembro e 3 de dezembro, a Gymnasia-de 2013 - Jogos Mundiais Escolares. Este é um even-to que se realiza de 4 em 4 anos, organizado pela Fe-deração Internacional de Desporto Escolar. Este evento juntou 8 modalida-des diferentes, com a inclu-são do Xadrez no progra-ma. O evento teve a parti-cipação de cerca de 40 paí-ses, num total de mais de 1200 jovens estudantes- -atletas, entre os quais 4 xadrezistas portugueses selecionados pelo Desporto Escolar: Inês Mendes (Colégio S. João de Brito / Sporting Clube de Portu-gal), João Vicente (Instituto Pedro Hispano - Soure), Luís Ferreira (ES Lourinhã / Sporting Clube Portugal) e Mariana Silva (EB de Ta-dim / AAD-NXVSC). Portugal participa nestas Olimpíadas escola-res nas modalidades de atletismo, natação e xa-drez. Luís Ferreira, que representou a nossa Escola Secundária, trouxe para Portugal uma honrosa me-dalha de bronze, de que todos nos congratulamos.

Parabéns, Luís!

Fonte: http://www.fpx.pt/

O primeiro encontro de Ténis decorreu nas Caldas da Rainha, no dia 21 de no-vembro, e nele participou o núcleo de Ténis da Lourinhã, com 43 alunos das Escolas Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado e Básicas Dr. Afonso Rodrigues Pereira e Dr. João das Regras. Também participaram na competição as escolas de Ribamar, do Cadaval, D. João II e Raul Proença, num total de 85 alunos participantes nos escalões de INFANTIS A (10,11 anos), INFANTIS B (12,13 anos), INICIADOS (13,14 anos) e JU-VENIS (15,16 anos). Os resultados foram os seguintes:

Professora Responsável pelo Grupo/ Equipa Ana Lucas

Prof. Carlos Fernandes (CF) MN: Em que consiste o Projeto do Clube do Desporto Escolar do nosso Agrupa-mento? CF: Este ano inicia-se um novo projeto com a duração de 4 anos. O nosso pro-jeto tem uma vertente interna com ativi-dades acessíveis a todos os alunos e que constam do Plano Anual de Ativida-des do Departamento de Educação Físi-ca, tais como o Corta-mato Escolar, os torneios inter-turmas, etc. Tem ainda uma vertente externa com grupos/equipa que treinam semanalmente e competem com outras escolas da região, sendo necessário efetuar uma inscrição. MN: Quais os objetivos deste projeto? CF: Os objetivos gerais são: criar hábitos de vida saudáveis, perpetuáveis na fase adulta; complementar o trabalho desen-volvido na disciplina curricular de Educa-ção Física, com o intuito de combater o insucesso escolar e de melhorar a quali-dade do processo ensino- -

aprendizagem; proporcionar novas expe-

riências desportivas, procurando integrar

Ano/Turma/Escola

Nome Ano / Turma / Escola

Nome

11ºG - SEC Margarida Santos -1º lugar

6ºD – ARP Bárbara Costa

11ºC - SEC Ana Fernandes 7ºB – JR Vanessa Ramos – 2º lugar

7ºD – JR Tatiana Ramos

11ºB - SEC Luís Alves – 3º lugar 7ºB – JR Valéria Caraus

9ºD - ARP Daniela Pinto 7ºB – JR Miguel Sousa

9ºD – ARP Nuno Antunes 6ºA – ARP Fábio Figueiredo

9ºD – ARP Rudi Martins – 4º lugar 5ºB – ARP Inês Pessoa

7ºD – JR Orlando Veiga 5ºB – ARP Margarida Tiago

8ºD – ARP Alexandre Alves – 1º lugar

5ºB – ARP Maria Jerónimo – 1º lugar

7ºB – JR Rita Mesquita – 1º lu-gar

5ºF – ARP Beatriz Leitão

6ºD – ARP Tatiana Martins 5ºF – ARP Sofia Oliveira

5ºB - ARP Pedro Patrício – 2º lu-gar

5ºF – ARP Beatriz Ferreira – 4º lugar

1º ENCONTRO DE TÉNIS BRONZE NO XADREZ

Vida Saudável com… Entrevista ao Coord. T. do Clube do Desporto Escolar do AEL pelo Malta Nova (MF)

alunos de ambos os sexos e de diferen-tes apetências e combater o excesso de peso e obesidade através do projeto "toca a mexer". MN: Quais as modalidades desportivas com atividade externa que existem? CF: Na Escola Secundária: Voleibol, Té-nis, Atividades Rítmicas e Expressivas, Desportos Gímnicos e Esgrima; Na ARP: Futsal, Ténis, Ténis de Mesa, Golfe, Bas-quetebol e Desporto para alunos com Necessidades Educativas Especiais. Os alunos de uma escola podem participar em equipas da outra escola e vice-versa. MN: Quantos alunos estão atualmente inscritos nestas modalidades? CF: Cerca de 380 alunos do nosso agru-pamento e 25 do Agrupamento D. Lou-renço Vicente, mediante protocolo assi-nado entre as duas instituições. MN: Que instalações utilizam? CF: Campo de Golfe do Vimeiro; Cam-pos de Ténis do Estádio Municipal da Lourinhã, Piscinas da Associação De-senvolvimento Cabeça Gorda; Polides-portivo descoberto da ARP, átrio junto ao

6

Sempre ao teu lado Este filme relata uma história verídica de um cão que foi encontrado por Parker e que diariamente o acompanhava à estação de metro, voltando para o receber. Um dia, Parker parte, mas não volta e desde esse mo-mento que Hachi, o seu cão, esperou pelo seu dono até ao dia da sua morte. Este filme faz-nos refletir acerca da forma como nos rela-cionamos, através do modelo de amizade e lealdade entre Hachi e Parker. A forma como se rela-cionam também se reflete nas pessoas que os cercam. O filme mostra a visão do mundo a partir de um cão, des-cobrindo que, quando se ama alguém, dificilmente desistimos de a recuperar, fisica ou psicolo-gicamente. Diana Santos, 11º A

A Lua de Joana, de Maria Teresa Maia Gonzalez, é um livro escrito com plena consciência dos problemas da atualidade. Esta obra fala-nos do como e do porquê de os jovens enveredarem pelo caminho da droga. Na verdade, é uma obra fascinante que surpreende quem a lê, com a aproximação da história da personagem Joa-na ao dia-a-dia dos adolescentes da atualidade. Ficamos presos ao livro e só conseguimos parar quando chegamos ao fim de todo o enredo. O fim, porém, é completa-mente inesperado, chega a ser perturbador, pois todos espera-mos um final feliz mas, neste caso, o final chama a atenção para o lado negro das histórias de pessoas que são capturadas pelo mundo da droga, emitindo a mensagem, já muito conhecida pela humanidade: ”Diz Não à Droga”. Maria Teresa Gonzalez, nes-te livro, consegue alertar os jo-vens para os problemas da vida. Esta obra, fascinante e viciante, afigura-se-nos acessível e atual, sendo mesmo um dos melhores livros desta autora, na minha opinião. Altamente recomendá-vel, para todos os adolescentes e não só... Gostei bastante de ter lido este livro, pois é apropriado para adolescentes e é um livro que aborda principalmente as coisas importantes da vida, faz-nos perceber o que nos realmente nos faz feliz, o que é realmente importante. Faz-nos refletir na-quilo a que deveríamos dar mais atenção e apoio.

Adriana Picão, 11º A

refeitório (T.Mesa), algumas salas de aula (Xadrez e ARE) e Pavilhão Gimno-desportivo da ESL. O nosso agradeci-mento às entidades externas ao agrupa-mento que nos possibilitam o uso das suas instalações. MN: Como são feitos os transportes para as competições? CF: Utilizamos essencialmente as carri-nhas de 9 lugares do agrupamento. Por vezes, há necessidade de alugar auto-carros ou táxis quando existem saídas de vários grupos no mesmo dia ou gru-pos muito grandes. MN: De onde vem o dinheiro necessário para o funcionamento do Clube? CF: O Clube recebe verbas do Ministério da Educação que são destinadas a aju-dar nos gastos com apetrechamento e deslocações. Estas verbas são atribuí-das de acordo com critérios definidos tendo em conta o número de grupos/equipa existentes e as deslocações a efetuar. Como poupamos muito dinheiro

DESPORTO em deslocações devido ao facto de ter-mos as duas carrinhas, canalizamos também algumas dessas verbas para aquisição de material para o Departa-mento de Educação Física, evitando as-sim gastos do orçamento do Agrupamen-to. MN: Quais são as maiores dificuldades que existem para o bom funcionamento do Desporto Escolar no Agrupamento? CF: O fato da ESL e da ARP não esta-rem próximas coloca algumas dificulda-des no transporte de alunos da ARP que integram grupos/equipa a funcionar na ESL, mas que vamos resolvendo com as carrinhas. No entanto, o maior problema é, sem dúvida, a falta de um Pavilhão Gimnodesportivo na ARP. Olhamos diari-amente para o Pavilhão das Piscinas a degradar-se e vamos sonhando com o dia em que os alunos desta escola pos-sam ter as condições que precisam e merecem para o funcionamento das au-las curriculares de Educação Física e atividades do Desporto Escolar.

Para dominar o mundo, é necessário dinheiro, então pedimos um empréstimo a um banco. O dinheiro que nos darão não será muito, por isso, é melhor ir poupando ou arranjar mais de outra forma qualquer. Enfim, quando tivermos dinheiro, compramos o banco que nos fez o empréstimo.

Somos donos de um banco e já nos podemos vestir como tal. Esperamos um tempo (para não dar nas vistas) e tiramos férias. Dizemos a todos que vamos para um país distante, mas, na realidade, estamos em casa a preparar um assalto ao nosso próprio banco. É fácil, pois sabemos como funciona o sistema de segurança de todo o edifício. Assaltamos o banco e fugimos com todo o dinheiro que lá estiver. Passadas algumas horas, irão ligar-nos a comunicar o assalto. Com expressões de espanto e ingenuidade, dizemos que estamos completamente destroçados e que nunca mais queremos voltar. Na realidade, esperamos que o dinheiro da indemnização do assalto chegue e já podemos mudar de país.

Dirigimo-nos a um restaurante Mcdonalds e falaremos com o gerente, que irá falar com o seu superior, que falará como o seu superior, até chegar ao multimilionário dono da empresa Mcdonalds, e irá dizer que estamos interessados em comprar a empresa Mcdonalds. Compra-mos a empresa e fazemos mais dinheiro.

Dirigimo-nos a um supermercado e pedimos para falar com o senhor que transporta a Coca-Cola. Este irá falar com o seu superior, que falará com um superior, até chegar ao multimili-onário dono da empresa Coca-Cola, e irá dizer que estamos interessados em comprar a sua empresa. Compramos a empresa e fazemos ainda mais dinheiro (neste momento já somos multi-milionários).

Com todo o nosso dinheiro, compramos os melhores cientistas do mundo e dizemos- -lhes que queremos que eles inventem uma substância que, ao ser ingerida pelos humanos, faça com que estes fiquem portadores de uma doença que só se começa a manifestar no corpo 5 anos depois. Essa doença vai fazer com que as pessoas morram de uma forma tão má que nem consigo descrever por palavras minhas. Como é óbvio, pedimos aos cientistas para inventarem a respetiva cura. Depois, colocamos a substância nos produtos do Mcdonalds e na Coca-Cola.

Esperamos que passem quatro anos. Nessa altura, quase todas as pessoas do mundo vão ser portadoras da doença.

Vamos à televisão no programa da Oprah (ou outro qualquer que toda a gente veja) e, em direto, divulgamos que todos os que comeram comida do Mcdonalds e beberam Coca-cola nos últimos 4 anos são portadores de uma doença que dali a um ano irá começar manifestar-se de uma forma tão má que nem é possível descrever. Claro que iremos dizer isto de forma preocupa-da e muito consternada. As pessoas irão entrar em desespero e o pânico irá ficar instalado. É nessa altura que revelaremos que temos a cura para a doença. Ao ouvir estas palavras, o brilho nos olhos das pessoas voltará, há esperança! Mas, como o nosso objetivo é dominar o mundo, dizemos que só daremos a cura às pessoas que jurarem lealdade eterna e prometerem fazer-nos reis do mundo, deuses de tudo, presidente dos presidentes, etc. Tudo o que queremos! E pronto, conseguimos dominar o mundo. Simone Cláudio, 11º

O MUNDO, UMA AMBIÇÃO - SÁTIRA


12

Ação de sensibilização

“A TERRA TREME”

Com o propósito de aumentar a prontidão, cole-tiva e individual, face a dife-rentes situações de emer-gência, nomeadamente, em situações de SISMO, de-correu, no dia 11 de outu-bro de 2013, na Escola Se-cundária Dr. João Manuel da Costa Delgado e na Es-cola Básica Dr. Afonso Ro-drigues Pereira, uma ação de sensibilização integrada numa atividade de âmbito nacional.

Aderiram a esta ação diversas entidades públicas do concelho da Lourinhã, tendo a coordenação ficado ao cuidado da Proteção Civil Municipal.

Em sintonia com o planeta - The Hour of Code

Promovendo a literacia digital e desmistificando a programação informática, realizou-se na nossa escola, assim como um pou-co por todo o mundo, a “Hour of Code”. Na Biblio-teca e/ou numa sala de Informática, em sintonia com o planeta, a prof.ª Nélia Leitão acompanhou os alunos que tinham curiosidade relativamente à programação, dando estes os primeiros passos nesta atividade aparentemente tão complicada. Simultaneamente, os alunos do 11ºI mostraram e disponibilizaram a toda a comunidade escolar os jogos que construíram em linguagem JAVA, numa exposição interativa que decorreu no Átrio da Biblioteca.

MOSTRA DE ARTES VISUAIS Ainda pode ser apreciada, no Átrio do PBX e nas escadas da Biblioteca, uma exposição de inte-ressantes trabalhos dos alunos do 12º C, de Artes Visuais. Inspirados no tema “Metamorfoses”, os alu-nos desenvolveram projetos bidimensionais de Pin-tura, no âmbito da disciplina de Oficina de Artes. O Fusing e a Esmaltagem foram outras técni-cas que presidiram à construção de peças originais, em matérias-primas como o vidro e o esmalte, tra-balhados na disciplina de Materiais e Tecnologias. Este projeto resultou de uma enriquecedora parceria com a artista plástica Conceição Cabral, de Alcoba-ça - Vale dos Frades, a cuja oficina os alunos se deslocaram para desenvolver estas obras, com o apoio da artista.

Após análise da can-

didatura apresentada pelo

Agrupamento de Escolas

da Lourinhã, foi aprovada a

constituição de um Centro

para a Qualificação e Ensi-

no Profissional (CQEP),

que funcionará na Escola

Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado. Após período de análise das candi-

daturas, foi confirmada a referida aprovação por parte da Agência Nacional para a

Qualificação e Ensino Profissional, I.P. (ANQEP).

Os CQEP são estruturas centrais do Sistema Nacional de Qualificações e as-

sumirão um papel determinante na construção de pontes entre os mundos da edu-

cação, da formação e do emprego, numa perspetiva de verdadeira aprendizagem ao

longo da vida.


A Associação Laço dinamizou na Escola Se-cundária, no dia 13 de de-zembro, uma sessão sobre “Prevenção e tratamento do cancro da mama.” Porque afeta a todos, direta ou indiretamente, os alunos participaram com interesse na sessão, que foi constituída por uma apre-sentação de informações relevantes sobre a doença e pelo esclarecimento de dúvidas que sempre exis-tem relativamente a estes assuntos tão delicados.

olhares nº40

Documents