revista planetario

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Veja nesta edição: E mais: >> Arapiraca/AL inaugura o primeiro planetário digital de grande porte do Nordeste. Pg . 8 >> Marinha do Brasil ensina navegação marítima com planetário digital. Pg 12 >> Astrônomo da UFMG avalia o planetário digital. Pg 14 Prefeituras brasileiras começam a implantar planetários digitais em escolas da rede pública. Pg 3 EDIçãO 2012/2013 - UMA PUBLICAçãO ANUAL DA HIPERLAB EQUIPAMENTOS CIENTíFICOS LTDA Edição Especial: Acompanha DVD - Veja como funciona o planetário digital

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Produto editorial criado para o Planetário Digistal Hiperlab

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Page 1: Revista planetario

Veja nesta edição:

E mais:>> Arapiraca/AL inaugura o primeiro

planetário digital de grandeporte do Nordeste. Pg . 8

>> Marinha do Brasil ensinanavegação marítima com

planetário digital. Pg 12

>> Astrônomo da UFMG avaliao planetário digital. Pg 14

Prefeituras brasileiras começam a implantar planetários digitais em escolas da rede pública. Pg 3

Edição 2012/2013 - Uma pUblicação anUal da HiPErLAB EqUiPAMENtos CiENtíFiCos LtdA

Edição Especial: Acompanha dVd - Veja como funciona o planetário digital

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Espaço Educacional - Edição 2012/20132

EditoriAL

Prezado leitor, Acredito que você já escutou dizer que o Brasil carece de investimentos efetivos na Educação. Estou certo que isto é fato e vivemos ainda parte de uma herança que vem de muitos anos. Até hoje nos posicionamos entre os últimos lugares no ranking de Ciências no Pisa - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes e infelizmente, grande parte da população e governantes se acomodam em um cenário onde o Brasil exporta matéria prima e importa tecnologia, criando uma relação venda/compra que não garante o desenvolvimento econômico a longo a prazo, nem a independência tecnológica. Embora não confortável, esse cenário vai se modificando e podemos encontrar diversas ações inovadoras que vem transformando o dia a dia de professores, estudantes e suas famílias, alterando positivamente o futuro. Acredito que essas histórias de sucesso devem ser publicadas! É por isso que tenho a satisfação de apresentar a primeira edição da revista Espaço Educacional, uma publicação de boas notícias, para divulgar os casos de sucesso de nossos clientes e parceiros em favor da educação, apoiados pelos produtos e projetos desenvolvidos pela Hiperlab. Esse primeiro número se dedica ao ensino de Astronomia e Ciências pelo uso dos planetários digitais, uma ferramenta moderna e acessível que desperta, encanta e ensina crianças e adultos. Nos países desenvolvidos os planetários são muito difundidos e é comum a sua existência até mesmo dentro de escolas. Um bom exemplo pode ser a Bronx High School of Science, escola de Ensino Médio no Bairro do Bronx, em Nova Iorque, que tem disciplinas de Astronomia dadas dentro de um planetário, além de um amplo programa de Ciências. E a curiosidade é que por essa escola passaram nada menos que 8 ganhadores de prêmios Nobel, sendo 1 de Química e 7 de Física, um número de prêmios superior à grande maioria dos países, inclusive o Brasil, qua ainda não tem nenhum. Nesse caminho de construção de uma nação cientificamente letrada e desenvolvida, os planetários se apresentam como porta de entrada, despertando o interesse de nossos grandes futuros cientistas e também de cidadãos que entendem seu meio e interagem melhor com o mundo. Tenho certeza que você, leitor, professor ou gestor público, também se encantará por esta tecnologia a serviço da educação, uma inovação que agora é acessível até para cidades de pequeno porte. Boa viagem!

Prof. André Luís ParreiraFale comigo: [email protected] - (32) 3371-3191

EXPEdiENtE

Espaço Educacional é uma publicação anual da Hiperlab Equipamentos Científicos Ltda

diretor-PresidenteProf. André Luís Parreirai(32) 3371-3191

Jornalista-responsávelConceição AmaralMtb: 2690

Projeto Gráfico e EditoraçãoAliás Comunicação

Impressão - Gráfica ImprimasetTiragem: 10 mil exemplaresImpresso em Outubro /2012

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Espaço Educacional - Edição 2012/2013 3

A EVoLUção dA EdUCAção

Uma constante busca pela evolução no ensino levou o visionário Professor André Luís Parreira a buscar novas alternativas para atrair crianças, jovens e adultos ao mundo das ciências. Professor de Física e mestre em Tecnologia, desde criança André mostrou interesse pela ciência e foi essa vocação que o levou a procurar ma-neiras de incentivar os estudantes a conhecerem melhor o mundo em que vivem.

Com esse propósito, ele fundou no ano 2000 a pioneira Hi-perlab, que nasceu com o objetivo de incentivar a Educação Tecnológica. A empresa começou sua história com a monta-gem de laboratórios de ciências e treinamento de professores, área em que ela ainda atua, representando grandes marcas mundiais do setor, destacando-se os equipamentos para Fí-sica Avançada e sensores e softwares para Ensino de Ciências em nível fundamental, médio e superior.

Primeira empresa a fornecer equipamentos para planetários móveis totalmente digitais, a Hiperlab teve como seus primeiros clientes a Fundação CEU (Centro de Estudos do Universo) no município de Brotas/ SP (equipamento para planetário fixo), a prefeitura muni-cipal de Lajedo/PE (móvel inflável) e a Marinha do Brasil/RJ (fixo). A partir daí, muitos outros municípios, universidades e museus de ciência adquiriram esses sistemas. Hoje o planetário digital ganhou força no mercado e é uma nova tendência no campo educacional.

PlanetáriosO planetário digital, fixo ou móvel, é uma excelente ferramenta para estimular o gosto pelas ciências, encantando crianças e tam-bém adultos, já que toda a comunidade: alunos, pais e professores podem participar das atividades do planetário. Além de instru-mento didático, ele é também uma ótima opção de entretenimen-to cultural.

O modelo de planetário digital introduzido no Brasil pela Hi-perlab permite uma série de efeitos que não eram possíveis nos equipamentos analógicos, como simular o céu de algum ponto da Terra ou a partir de outros planetas e da lua, mover-se para frente ou para trás no tempo em velocidades variáveis, mostrar o movi-mento anual do céu, experimentar efeitos atmosféricos como pôr do Sol ou um céu azul e muitos outros. O sistema permite ainda a exibição de filmes em um formato próprio para o domo, que são verdadeiras imersões em temas específicos, como, por exemplo, a origem dos planetas.

HiPErLAB é A distriBUidorA EXCLUsiVA dos EqUiPAMENtos

diGitALis EdUCAtioN No BrAsiL.

Os novos planetários digitais possibilitam o aprendizado de forma interativa e inovadora, uma experiência que envolve toda a comunidade em prol do conhecimento.

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A HiPErLAB troUXE PArA o BrAsiL UMA GrANdE iNoVAção

tECNoLóGiCA: o PLANEtário diGitAL

Um projeto acessível a todosHistoricamente, construir um planetário era algo bastante caro, levando em conta a edificação e o equipamento de projeção do planetário. A construção ainda se tornava mais trabalhosa pela necessidade de se ter o domo perfeitamente esférico e liso inte-riormente para as projeções. Além disso, os planetários tradicio-nais de grande porte, que são ainda a grande maioria dos poucos existentes no país, demandam um técnico planetarista com gran-de conhecimento em astronomia e em operação do equipamento.Para mudar o cenário, além de fornecer o sistema móvel, a Hi-perlab também oferece apoio completo para a instalação de um planetário fixo de pequeno, médio ou grande porte. Esse pode ser instalado em uma tradicional construção em alvenaria executada pelo cliente, com projeto sugerido ou não pela Hiperlab, como por exemplo, o planetário recém inaugurado em Arapiraca, Ala-goas. O projeto também pode ser desenvolvido através de uma construção compartilhada: o cliente constrói a sala do planetário até a altura da cúpula, e o domo é instalado pela empresa.

Outra opção é construir o planetário com uma estrutura metá-lica que necessita apenas de uma base de concreto, sobre a qual é montada a sala-cúpula, resistente à chuva, ventos e terremotos, em que a construção leva menos de 90 dias. Esta alternativa já foi

Além de oferecer todos os equipamentos para a montagem do planetário móvel, a Hiperlab também oferece estrutura completa para montagem do planetário fixo de pequeno, médio ou grande porte, oferecendo também um novo modelo, pré-montado, em que a instalação no local definitivo leva menos de 90 dias e sua es-trutura é extremamente resistente. Assim como nas tradicionais salas de planetários fixos, a parte interna é forrada com carpetes e poltronas próprias para o local, além do sistema de imagem, som e ar condicionado.

O planetário digital pode ser:

FiXo: Uma sala do planetário em variados tamanhos, no espaço que pode conter ainda local para exposições, conferências, leitu-ra, cafeteria e área de administração, como o recém inaugurado Planetário de Arapiraca em Alagoas.

MóVEL: Ideal para projetos itinerantes. Todo o equipamento pode ser transportado em um automóvel. O domo inflável pode acomodar até 60 crianças ou 40 adultos por sessão.

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PriMEiro PLANEtáriosUrGiU No séCULo XX

HiPErLAB – UMA EMPrEsA VoLtAdA PArA A EdUCAção

VoCAção PArA A CiêNCiA

O primeiro planetário moderno foi inaugurado em 1923. Criado por Walther Bauersfeld, o equipamento consistia em um sistema de lentes que projetava imagens do céu com muito realismo. A redoma utilizada para realizar as apresentações possuía 9,8m de diâmetro. O sucesso do aparelho foi tão grande que vários outros foram desenvolvidos e instalados em todo o mundo. Até hoje pesquisadores procuram desenvolver versões cada vez mais tecnológicas e versáteis.

No Brasil, já foram implantados mais de 30 planetários fixos, principalmente nas regiões sul e sudeste.

Fundada em 2000, a Hiperlab é uma empresa brasileira especializada em consultoria e fornecimento de equipa-mentos para montagem e manutenção de laboratórios nos níveis fundamental, médio e superior. Ela foi respon-sável pela introdução dos planetários digitais móveis no Brasil e hoje, possui parcerias com diversas instituições de ensino, como UFMG e o Coluni da UFV. A Hiperlab é também representante exclusiva das companhias Vernier Software & Tecnology, IKS Photovoltaic, Plus Education e Digitalis Education no país.

Desde criança André Luís Parreira manifestou interesse pela ciência, e na escola sempre se destacou nas disciplinas ligadas a esta área, em especial, a Física. Na adolescência participou de clubes de ciência e passava horas na biblioteca folheando livros sobre Física e ciência em geral. Aos 15 anos ajudava os colegas como monitor de Matemática e Física, e ainda dava aulas particulares. Iniciou o curso de Engenharia Mecânica, ao fim do primeiro ano se decidiu pela Física, com 19 anos, quando já era professor em uma escola particular.Professor de Física, mestre em Tecnologia com ênfase em Educação Tecnológica, lecionou por 15 anos, grande parte desse período em aulas de laboratório. Hoje dedica-se à empresa Hiberlab, que atende a todo o país, além de também exportar para diversos países projetos educacionais em Ciências, entre eles o Projeto Eureka e sua coleção de livros experimentais, dos quais é um dos autores.

utilizada e testada em países com tais situações climáticas acentu-adas. Em todos os projetos o interior da estrutura é forrado com carpetes e poltronas próprias, além do sistema de imagem, som e ar condicionado.

Além das facilidades para a construção e do investimento acessí-vel, o planetário digital ainda tem uma vantagem a mais: ele pode ser manuseado até mesmo por uma pessoa leiga em tecnologia, já que todos os comandos acontecem a partir de um prático controle remoto, não necessitando de professores astrônomos ou técnicos especializados. A partir de filmes didáticos, basta acionar a tecla “play”. Segundo o professor André “o sistema possibilita a exibição de outros conteúdos, além da Astronomia, o que torna essa ferra-menta um grande teatro imersivo”.

Contudo, o equipamento possui também sofisticadas ferramentas para astrônomos experientes, professores e planetaristas iniciantes, desde completo e prático controle remoto, passando pela operação por conexão sem fio de um tablet e ainda um software para aqueles que desejarem criar suas apresentações. A Hiperlab ainda oferece a capacitação técnica para o uso dos recursos disponíveis, suporte para desenvolvimento de conteúdo e disponibiliza filmes de temas astronômicos prontos para exibição.

O sistema permite que professores preparem suas aulas de As-tronomia em seus computadores e trabalhe os conteúdos com os alunos dentro do planetário. “É uma tecnologia diferente, qua-se 3D, e a grande vantagem do planetário digital é que além de trabalhar com a Astronomia, ele pode ser usado para outros as-suntos, desde que haja um filme pronto. Então ele pode trabalhar com Biologia, Geografia, meio ambiente e outros temas”, explica professor André.

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Um artigo escrito por duas pesquisadoras da Univer-sidade Federal de Londrina aponta o papel importante que os planetários digitais assumem enquanto espaços não formais de ensino das ciências. Juliana Romanzinil e Irinéa de Lourdes Batista se baseiam em pesquisas sobre aprendizagem para mostrar como a vivência em ambientes fora do cotidiano contribuem para o aguçar o interesse em aprender mais.

Como vivemos em uma sociedade onde o avanço tec-nológico se faz presente no dia a dia, espaços como museus e centros de ciência, entre outros, utilizam essa ferramenta para atrair o visitante e interagir o conhe-cimento com as novas tecnologias. Diversas pesquisas mostram que esses locais, fora das escolas, promovem um aprendizado importante para toda a comunidade, independente da idade, porque oferecem a oportuni-dade de escolha do assunto e também algum tipo de experimentação.

Dentro dessa proposta de aprendizado não-for-mal, a Astronomia é uma das ciên-cias que mais fascina o homem, e isso acontece desde os primórdios da civilização. Para conhecer o céu nada melhor que poder olhar para cima e enxergar as estrelas. Melhor ainda é conhecê-las e ain-da mais, passar a entender como

ocorrem as estações do ano ou as fases da Lua e ainda seguir em frente para conhecer o nosso sis-tema planetário.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais destacam como importante a inserção da Astronomia nos currículos de Ciências. Neste contexto os planetários digitais se mostram uma ferramenta eficaz para apresentar aos estudantes e curiosos como é formado nosso univer-so, utilizando para isso representações visuais. Além disso, os planetários possibilitam que se faça apre-sentações direcionadas ao público infantil ou jovem e adulto, com linguagens próprias para cada grupo, derrubando o mito de que a Astronomia é complexa e pouco acessível às pessoas leigas.

Os espetáculos apresentados nas sessões dentro da cú-pula utilizam jogos de luz e refletem um céu estrelado que encanta as pessoas. A espetacular representação da esfera celeste desmistifica a complexidade das Ciências, estimula a curiosidade e a criatividade. Tudo isso soma-do ao conforto do local, um fundo musical empolgante

e a apresentação tridimensional, leva os parti-cipantes a se sentirem dentro de uma nave

espacial. Com certeza o que for assimila-do nesta experiência ficará para sem-

pre na memória de todos.

PLANEtários diGitAisEsPAço PArA APrENdEr sE diVErtiNdo

Fonte: FAE- UFMG.www.foco.fae.ufmg.br

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CABo dE sANto AGostiNHo iNVEstE EM oito PLANEtários diGitAis

A Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho, localizada na Região Me-tropolitana de Recife, apostou em novas tecnologias para desenvolver o trabalho realizado na área da educação. A instalação do planetário digital transformou o aprendizado num momento de prazer e aguçou o desejo do conhecimento nas crianças e também nos adultos.

Em dezembro de 2010 o município adquiriu oito planetários digi-tais com domos infláveis, que foram instalados em escolas muni-cipais, sendo que um deles é usado para atender as escolas rurais. Segundo a Secretária Municipal de Educação, Gildineide Fialho, essa nova ferramenta não só inovou a educação na cidade como aumentou o interesse pelo conhecimento em toda a comunidade escolar e no seu entorno. Além da maior participação dos alunos nas aulas, a secretária afirma que se as escolas programarem aulas todos os dias nos planetários ainda não será suficiente par atender a demanda: “Os pais estão tão interessados, que se deixarmos, eles ocupam o lugar das crianças”, explica.

o PLANEtário MELHoroU o ENsiNo E o APrENdizAdo,

PriNCiPALMENtE NAs disCiPLiNAsdE CiêNCiAs, GEoGrAFiA E FísiCA

Desde 2011, os alunos da rede municipal e também a comunidadede Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco, têm acesso

a novos conhecimentos através planetário digital.

Como em outros locais onde foram instalados os planetá-rios, a Hiperlab promoveu a capacitação dos professores para operar o equipamento. Hoje a cidade possui uma equipe pre-parada para trabalhar com todos os alunos e os planetários

tUrisMo E iNdústriA MoViMENtAM CABo dE sANto AGostiNHo

Localizada na Mesorregião Metropolitana do Recife, Mi-crorregião de Suape, Cabo de Santo Agostinho é o principal distrito industrial de Pernambuco e possui um dos mais importantes complexos industriais e portuários do país, o de Suape. O município possui uma boa infraestrutura turística, representada pelo rico patrimônio natural cultural, pelas dezenas de engenhos, pelo Parque Metropolitano Históri-co Cultural Arquiteto Armando de Holanda Cavalcanti e, sobretudo, pelo seu litoral, de cerca de 24 Km, abrigando belíssimas praias. Além disso, a área rural também tem uma função ambiental importante, pois abriga mananciais, para abastecimento de água da Região Metropolitana de Recife.

localizados nas escolas municipais, são abertos também aos alunos das redes estadual e particular, e beneficiam mais de 30 mil estudantes da cidade.

De acordo com o professor Jefferson Rodrigues, coordenador do Projeto Planetário Digital, a utilização dessa ferramenta, compro-vadamente melhorou o ensino e o aprendizado, principalmente de Ciências, Geografia e Física: “hoje os alunos já apresentam um melhor desenvolvimento científico porque os professores dão aula na sala e depois os alunos vão conhecer in loco, no planetá-rio, como funciona o sistema solar, por exemplo”, justifica.

Os planetários são formados por uma cúpula inflável, com capacidade para 60 alunos e podem ser transportadas para qualquer lugar. Dentro do equipamento é possível assistir ví-deos e aulas expositivas, além de qualquer outro material au-diovisual organizado pelos professores. Os estudantes ainda aprendem a usar o telescópio e visualizar estrelas a olho nu e com equipamentos. O resultado desse investimento pode ser reconhecido na fala dos estudantes, como Stephane Gabriel Fernandes Honório, de 14 anos, aluno da sexta série, que afirma “Eu vi coisas muito interessantes que podem servir para meu futuro e para outros cursos. Causa curiosidade”.

Gildineide Fialho - Secretária Municipal de Educação

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ALAGoAs tEM o PriMEiro PLANEtário diGitAL FiXo do NordEstE

A cidade de Arapiraca, em Alagoas, investe pesado na educação e instalaum modelo inovador no sistema de ensino da cidade.

A Prefeitura de Arapiraca mostrou-se conectada às mudanças no sistema de ensino ao empregar alta tecnologia em favor da formação educacional e do entretenimento cultural de toda a população. Foi inaugurado na cidade o maior Planetário Digital do nordeste, um modelo KAPPA, primeiro de grande porte com alta definição. Localizado no Lago Perucaba, o espaço do conhe-cimento oferece aos estudantes e interessados uma experiência inédita em Astronomia, através de um moderno sistema digital de observação celeste. Com uma área de 1.800m², o Planetário Digital de Arapiraca conta com uma sala de observação com 70 lugares, incluindo poltronas especiais para obesos e acessibilidade para cadeirantes, uma cúpula com 95m², um telescópio, além de salas de aula, mirante e sala de exposições.

Construído seguindo o modelo norte-americano, introduzi-do no Brasil pela Hiperlab, que atua há 12 anos no merca-do, o planetário permite a visualização de mais de 100 mil estrelas, constelações, planetas, cometas, nebulosas, estrelas cadentes, além do Sol e da Lua, e de eclipses, estações do ano e outros fenômenos astronômicos. Ele possui também um auditório com capacidade para 250 pessoas, um Cine Teatro e a Praça da Ciência e do Conhecimento.

Inaugurado em outubro de 2012, a iniciativa do poder público municipal foi elogiada pelo Diretor da Hiperlab e professor An-

dré Parreira: “fiquei encantado com os investimentos realizados neste município. Primeiramente, fomos solicitados para implan-tar o planetário móvel, e agora temos a honra de entregar o maior planetário digital do Nordeste”, afirmou.

De acordo com o prefeito Luciano Barbosa, a administração mu-nicipal decidiu construir o planetário em Arapiraca para dar mais apoio à educação integral das crianças e jovens e também para estimular e desenvolver a discussão científica na cidade. Ele ainda ressalta que os Planetários mudaram a rotina do município: “Há uma participação intensa não só das crianças, mas também dos adultos, com a curiosidade de entender mais sobre Astronomia e trazer um pouco desse conhecimento para a realidade local. Nesse sentido, há uma interação muito forte entre a ciência e o cidadão”, afirma.

Para atender a demanda da cidade e o enorme interesse da popu-lação sobre o assunto, Arapiraca também conta com um plane-tário digital móvel, que possibilita levar as diversas atividades do planetário para várias regiões.

ArAPirACA tEM o MAiorPLANEtário diGitAL

do NordEstE

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planetário fixo. O interessante é que você leva o planetário para a escola, e assim dá para atender muito e muito mais pessoas”, justificou.

Arapiraca é a prova de que grandes melhorias para uma edu-cação de qualidade podem ser realizadas em pequenas, mé-dias ou grandes cidades, com investimentos que apresentam uma ótima relação de custo/benefício e ainda integram toda a comunidade na direção do conhecimento. Os projetos são estudados e customizados pela Hiperlab para atender a ne-cessidade de cada cidade e levar o melhor da ciência para toda a população.

O Prefeito Luciano Barbosa reconhece a importância desse inves-timento ao afirmar: “O planetário aumentou o interesse escolar dos alunos pelo estudo de um modo geral, porque eles passam a olhar para o céu de outra forma e a entender que, o que eles estão vendo no céu, tem uma ciência por trás e isso faz com que os estu-dantes se interessem por outras matérias também”.

o PLANEtário MóVEL dE ArAPirACA Já APrEsENtoU sUAs sEssõEsPArA MAis dE 20 MiL PEssoAs.

O professor de Geografia da rede municipal de ensino de Arapiraca, Raul Calixto Neto, aprovou a adoção dos plane-tários, que ele considera ferramenta eficaz no ensino dedi-cado às crianças e jovens, “A impressão que a gente tem ao trabalhar no planetário digital é de estar viajando pelo es-paço. Curtindo uma viagem maravilhosa. As imagens são praticamente idênticas à realidade”, afirmou o professor. Ele lembrou também que esse modelo é de fácil manuseio: “Nós fomos a Belo Horizonte e tivemos um treinamento na UFMG, de forma simples e didática.”

Além das vantagens do planetário fixo, o professor também ressalta a importância do modelo móvel, que segundo ele já apresentou sessões para mais de 20 mil pessoas, no interior e na capital do Estado, com uma qualidade singular. “Ele tam-bém é fácil de instalar e parece que estamos dentro de um

Prof. André Parreira ao lado do Prefeito Luciano Barbosa Planetário digital de Arapiraca

Prof. Raul Calixto

Prefeito Luciano Barbosa

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PLANEtário MóVELENCANtA EstUdANtEs EM BELo HorizoNtEPlanetários digitais fazem sucesso entre os estudantes da Escola Estadual

Benjamin Guimarães, um projeto inovador que pode ser estendido a toda rede de ensino de Belo Horizonte e região.

Novas tecnologias aproximam a ficção da realidade e per-mitem que crianças e adultos mergulhem em um mundo de novas e incríveis experiências, inacessíveis há alguns anos, mas que agora estão revolucionando o ensino da ciência.

Alunos da Escola Estadual Benjamin Guimarães, localizada no bairro Concórdia, em Belo Horizonte, receberam um projeto inovador em suas dependências: o planetário digital, que propor-cionou aos alunos realizarem duas viagens fantásticas: uma pelo universo e outra pelos mistérios do corpo humano.

O projeto de levar os planetários para dentro das escolas é desenvolvido pelo Departamento de Física da UFMG há mais de 20 anos. A novidade é a parceria com a Hiperlab,

empresa mineira responsável por representar no Brasil a marca internacional Digital Education de planetários digi-tais. A partir dessa parceria o projeto agora leva até as escolas plane-tários digitais, que permitem explorar a Astronomia e vários outros temas educacionais de forma mais atraente e moderna. O diretor da Hiperlab, professor André Luís Parreira, explica que para os estudantes é como se estivessem mesmo no espaço, “O alu-no olha para cima e acha que a cúpula do planetário se abriu e ele está, de fato, observando os planetas”. Ele ainda completa: “Através desses recursos, tudo o que antes era impalpável se transforma em algo concreto. A célula, microscópica, ou um planeta, que está a milhões de quilômetros de distância, podem ser visualizados mais facilmente, ajudando no aprendizado das crianças”.

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Os planetários representam uma grande oportunidade de desenvol-ver o interesse de crianças e jovens para temas científicos e segundo prof. André Parreira “os equipamentos digitais permitem não só a exibição de filmes produzidos para a cúpula, mas de apresentações preparadas para as aulas de Física, Biologia, Geografia, entre outras. Contar com mais recursos para lecionar é sempre muito estimulan-te para os dois lados”, comenta.

Hoje qualquer município pode investir em um projeto educacio-nal de alto nível para escolas da rede pública, e o reconhecimento das melhorias no sistema de ensino, que começa com os próprios alunos, chega a toda comunidade. O professor e coordenador desse projeto pela UFMG, Renato Las Casas, vai mais longe e afirma: “Os estudantes passam ver a ciência como algo do dia a dia deles, mais que isso, eles passam a ver a ciência como algo interessante”.

“o ALUNo oLHA PArA CiMA E ACHA qUE A CúPULA do PLANEtário sE ABriU E ELE Está, dE FAto, oBsErVANdo os PLANEtAs.”

o PLANEtário é UMA GrANdE iNoVAção, qUE PotENCiALizA

o APrENdizAdo.

Essa experiência, no mínimo, curiosa, promove benefícios que ex-trapolam o campo do entretenimento e transformam o planetário em uma sala de aula extremamente eficiente. Nesta apresentação foram instalados dois planetários na quadra de esportes da escola, em um deles os alunos embarcaram numa viagem pelo Sistema Solar e em outro viajaram pelo interior de uma célula animal. “Da mesma forma que o corpo humano é formado por células as galá-xias são formadas por sistemas planetários, se uma célula for um sistema planetário, então cada criança é uma galáxia no Universo. A Astronomia é a melhor porta de entrada para o estudo das ciências”, explica o professor, idealizador desse projeto e coordenador do Ob-servatório Astronômico Frei Rosário da UFMG, Renato Las Casas.A relevância da experiência didática do planetário é confirmada pela Diretora da Escola Estadual Benjamin Guimarães, Zulmira Cordeiro: “O conhecimento é passado para as crianças e jovens de uma forma concreta. Os meninos ficam eufóricos, trocam idéias entre si, o aprendizado e as tarefas desenvolvidas em sala se tornam melhores através do que se aprende com esse labora-tório interativo.”

Zulmira ainda completa que por se tratar de uma escola de periferia que atende crianças carentes, os próprios alunos pedem inovações e o planetário é uma grande novidade, que ainda tem em sua essência a fundamental a característica de potencializar o aprendizado.

Planetário digital móvel encanta os alunos

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PLANEtários diGitAis No rio dE JANEiroMAriNHA do BrAsiL E MUsEU CiêNCiA E VidA

O ensino de Navegação marítima tornou-se ainda mais eficaz com o planetário digital

Para aqueles que ainda têm dúvidas sobre a importância do planetário digital, um ótimo exemplo da contribuição dessa ferramenta no sistema educacional está na Escola Naval da Marinha do Brasil. A instituição adotou o planetário digital em 2008, através da Hiperlab, como parte integrante do seu curso de formação de marinheiros. Com a alta tecnologia empregada é possível customizar os conteúdos que serão apresentados nas sessões de acordo com o tema que será abordado. Com isso, as aulas no planetário não são apenas dinâmicas e estimulantes, como também extremamente ri-cas em conteúdos preparadas pelos próprios professores.

Desde os primórdios da humanidade havia dificuldade para a navegação à noite. Os antigos começaram a identificar al-gumas estrelas, constelações, e praticamente mapearam todo

o PLANEtário diGitAL éUM CoMPLEMENto EXtrEMAMENtE

EFiCiENtE NA ForMAção dosJoVENs dA EsCoLA NAVAL.

Instrutor Comandante da Escola Naval, Rocha Lima, afirma que o planetário digital é um complemento extremamente eficiente na formação dos aspirantes, sendo utilizado para o ensino da navegação astronômica. “Dentro do planetário o aspirante pode observar o céu real projetado, as linhas da esfera terrestre, o movimento da esfera celeste, as constela-ções, e ali, conhecendo as estrelas, ele estará apto afazer a navegação usando os astros celestes”.

O Aspirante Diego Vandré Barros Araújo concorda e aponta que essa nova ferramenta permite aliar a teoria dada em sala de aula, com a prática, proporcionando um conhecimento ampliado: “No planetário, conseguimos visualizar os astros a qualquer hora, em qualquer lugar do mundo o que faci-lita muito a nossa aprendizagem. A gente consegue ver no planetário tudo aquilo que foi passado em sala de aula e de forma muito clara, percebemos o posicionamento dos astros, o que importa de fato pra nós, futuros oficiais da marinha, pra achar a posição do navio na navegação”, explica.

Instrutor Comandante Rocha Lima

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o céu. Na sala de aula essa matéria soma uma carga muito grande de informação e de acordo com o instrutor Rocha Lima, “quando chegamos ao planetário é como se uma cor-tina se abrisse, e o aspirante conseguisse desvendar os mis-térios da Astronomia e do céu”. Ele ainda completa: “meu aspirante hoje quando sai da Escola naval e vai fazer uma viagem ao redor do mundo, consegue, à noite, identificando a constelação e identificando as estrelas, posicionar o navio e isso é tudo que a Marinha precisa, viajar com segurança”.

O Planetário digital da Hiperlab, tem se mostra-do indispensável na for-mação dos futuros oficiais da Marinha. Mas além da instrução da técnica da na-vegação, o espaço é aberto também à comunidade e segundo o Instrutor Rocha Lima, “é fantástico ver os olhos das crianças quando a gente projeta as conste-lações, o movimento da esfera celeste, quando a

gente consegue fazer um zoom no planeta saturno, mostrando seus anéis, a criançada fica encantada”.

EsCoLA NAVAL dAMAriNHA do BrAsiL

A Escola Naval é a mais antiga instituição de ensino de nível superior do Brasil. Foi criada em 1782, em Lisboa, Portugal, por Carta Régia da Rainha D. Maria I sob a denominação de Academia Real de Guardas-Marinha. Com a vinda da Família Real para o Brasil, a Academia desembarcou no Rio de Janeiro em 1808, trazida a bordo da nau “Conde D. Henrique”. Instalada primeiramente no Mosteiro de São Bento, lá permaneceu até 1832, e a partir daí sofreu inúmeras mudanças de instalações, tendo funcionado inclusive a bordo de navios. Finalmente, em 1938, a Escola Naval fixou-se na Ilha de Villegagnon. Ela é a mais antiga instituição de ensino superior do Brasil. Atravessou os séculos, formou gerações de oficiais que serviram à Pátria, vivenciou vários fatos históricos, entre eles duas Grandes Guerras, porém mantém seu brilho até os dias atuais, destacando-se pela sua excelência no ensino e nas suas instalações.

Aspirante Diego Vandré

Planetário digital é a grande atração do Museu Ciência e VidaA comunidade do Rio de Janeiro também pode desfrutar da viagem oferecida pelo planetário digital, no Museu Ciência e Vida, localizado em Duque de Caxias, onde as sessões são abertas ao público. De acordo como o coordenador, Denilson Espósito, no museu ele é a atração principal para os visitantes: “O interesse é tão grande que muitos estudantes que visitam o planetário com a escola, voltam no fim de semana trazendo seus pais”.

Hoje o planetário digital, usado como ferramenta educacional ou como entretenimento para a população, tornou-se peça fun-damental para despertar o interesse pela ciência, uma área que, no Brasil, ainda precisa de muito investimento.

Museu Ciência e Vida / Duque de Caxias

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ProFEssor dA UFMG dEFENdE o PLANEtário diGitAL CoMo A MELHor

FErrAMENtA PArA dissEMiNAr o ENsiNo

dA CiêNCiA.Renato Las Casas é professor de Física e há 26 anos coordena o Grupo de Astronomia da UFMG. Durante todo esse tempo ele vem acompanhando a evolução dos planetários e, inclusive, coordenou a equipe responsável pelo planetário da UFMG. Las Casas considera o planetário digital uma ferramenta inovadora e muito importante para disseminar o conhecimento da Astro-nomia e da ciência de uma forma mais ampla.

Ele participa de um projeto itinerante da UFMG que leva até as escolas palestras e atividades sobre a Astronomia. Esse trabalho acontece há mais de 20 anos e já atendeu cerca de 240 escolas em Minas Gerais. No início, o grupo trabalhava apenas com telescópios e laboratório interativo. A chegada do planetário digital, segundo o professor “bombou” o tra-balho do grupo, já que além de atrair os estudantes pelo tema Astronomia, promove uma interação entre alunos e profes-sores e ainda facilita o aprendizado do conteúdo exposto.

Acompanhe nessa entrevista a avaliação do Professor Renato Las Casas sobre o planetário digital.

Qual foi o seu primeiro contato com o plane-tário digital?

Renato Las Casas: O primeiro contato que tive com o planetário digital foi em um workshop na Fundação CEU (Centro de Estudos do Univer-so) em Brotas, São Paulo. Fiquei impressionado com as qualidades do novo projetor. Eu costu-mo falar que os planetários digitais hoje estão para os projetores multimídia, assim como os planetários de antigamente estão para os projetores de slides. Se for-mos olhar a qualidade da imagem, o projetor de slide é melhor que o projetor de multimídia, mas a utilização do projetor de multimídia tem ampla vantagem. Mesma coisa com relação aos planetários di-gitais em relação aos antigos planetários analógicos. Apesar de ofe-recer uma imagem de menor qualidade, os recursos são iguais ou superiores. Quando conheci o professor André Parreira ele estava começando a trabalhar com os planetários digitais e aí começamos uma parceria que continua até hoje.

Qual a importância dos planetários digitais como ferramenta para o ensino de ciências?

Renato Las Casas: É super importante. Vamos começar falan-do de Astronomia, que é a forma mais eficiente para qualquer pessoa, seja criança ou adulto, entrar no mundo da ciência. E o planetário é o melhor instrumento para ensinar Ciências, pois é uma das poucas ferramentas capaz de atrair os jovens

com muito mais interesse que a televisão e o computador. O nosso objetivo é passar conte-údo de uma forma agradável, de uma forma lúdica, e não conheço nada melhor que o planetário digital, onde você pode passar o conteúdo com facilidade através de gráficos,

acelerar o tempo, fazer viagens no passado e no futuro, de uma forma super agradável. Além disso, o planetário digital dá uma ideia de tridimensionalidade como nenhuma outra máquina. Você vai ao cinema assistir um filme 3D, e tem a sensação da imagem na sua frente. No planetário digital é diferente, você está dentro de um 3D. Se olhar para frente tem um objeto, se olhar para o lado tem outro objeto, se olhar para trás você vê ou-tro objeto. Por exemplo, uma nave vem em sua direção, passa por você, se olhar prá trás você vê a nave se afastando, é sensacional!

Renato Las Casas - Professor de Física da UFMG

o Nosso oBJEtiVo é PAssAr CoNtEúdo dE

UMA ForMA AGrAdáVEL, dE UMA ForMA LúdiCA

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O senhor então considera que o planetário digital veio para ficar?

Renato Las Casas: Depois que conheci o planetário da Hiper-lab, acho que só tem sentido alguém comprar um dos caros planetários tradicionais se for para cúpulas muito grandes, superiores a 15 metros. Para cúpulas menores não tem mais sentido os planetários tradicionais. Os planetários da Digi-talis só perdem para os tradicionais, que são caríssimos, na qualidade da imagem. Mas esse é apenas um detalhe, pois perda da qualidade não é tão grande, se você procurar por essa perda vai achar, mas se não tiver com essa preocupação nem nota isso.

Qual a avaliação que o senhor faz desse trabalho desenvol-vido com os estudantes e professores. O que mudou?

Renato Las Casas: O planetário digital facilita tremendamen-te o trabalho da gente. Fica muito mais fácil preparar uma aula usando o projetor de multimídia, do que preparar uma aula com slides e escrevendo no quadro, ou seja, o trabalho fica muito mais fácil e você tem condições de aprofundar mais. No planetário tradicional o professor precisaria de três meses para preparar uma aula, no planetário da Digitalis é

possível preparar uma aula em três horas. Repito, a melhor forma de entrada para a ciência é a Astronomia, e a melhor ferramenta para isto é o planetário. E os planetários da Digi-talis são acessíveis tanto financeiramente, como na questão tecnológica, ao facilitar a formulação de conteúdos e aulas pelos professores.

Como o senhor avalia daqui prá frente o estudo da ciência e em especial da Astronomia?

Renato Las Casas: Eu acho que o caminho é esse. Acredito que no futuro, daqui a uns 5 ou 10 anos, o planetário digital será uma ferramenta obrigatória em praticamente toda escola. O uso dessa ferramenta tem aumentado o interesse dos alunos e quanto mais se divulga, mais aumenta o interesse. Nesses anos de trabalho, muitos alunos que conheceram a Astro-nomia a partir das nossas palestras nas escolas estão hoje na universidade, inclusive temos monitores que chegaram aqui a partir do interesse despertado em nossas apresentações. Hoje o governo brasileiro adotou uma política social para a universidade atingir pessoas menos favorecidas. O nosso trabalho tem esse objetivo também e eu acredito que, formar bons professores e levar o conhecimento extra universidade é muito mais eficiente do que reservar vagas.

Planetário Digital em exibição

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