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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM LOGÍSTICA EMPRESARIAL A IMPORTÂNCIA DA DISTRIBUIÇÃO NO PROCESSO LOGÍSTICO Por: Ana Carolina de Lima Bizerra Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

FACULDADE INTEGRADA AVM

LOGÍSTICA EMPRESARIAL

A IMPORTÂNCIA DA DISTRIBUIÇÃO NO PROCESSO LOGÍSTICO

Por: Ana Carolina de Lima Bizerra

Orientador

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

FACULDADE INTEGRADA AVM

LOGÍSTICA EMPRESARIAL

A IMPORTÂNCIA DA DISTRIBUIÇÃO NO PROCESSO LOGÍSTICO

Apresentação de monografia á Universidade Cândido Mendes

como requisito parcial para obtenção de grau de especialista

em Logística Empresarial.

Por: Ana Carolina de Lima Bizerra.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus em primeiro lugar, aos meus familiares,

namorado, amigos, às pessoas que direta ou indiretamente

contribuíram para a realização deste trabalho e ao corpo

docente do Instituto A vez do Mestre.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu namorado Ronaldo Nunes Vieira

Júnior, que é meu verdadeiro amigo, incentivador e amor, à

minha mãe Maria Cleide de Lima, meu irmão Fábio de Lima e

ao meu pai Sebastião Targino Bizerra (in memoriam), pessoas

que amo imensamente.

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RESUMO

Este trabalho objetivou a mostrar de maneira clara, que para atender ás

necessidades atuais de um mercado competitivo, a logística, com seus múltiplos

canais de distribuição, evoluiu na sua base conceitual, passando a considerar de

forma sistêmica todas as atividades que se relacionam direta e indiretamente aos

fluxos físicos, tecnológicos e de informações. Salientou-se a importância da

percepção dos clientes em relação aos produtos e o que a logística pode fazer para

agregar valor, reduzindo custos e melhorando a lucratividade.

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METODOLOGIA

O assunto abordado foi escolhido no decorrer do curso, sendo assim, o

método aplicado para a elaboração desta presente pesquisa foi a coleta de dados

por intermédio de pesquisa bibliográfica com teorias de principais autores que

dissertam sobre o tema.

Primeiramente foi feita uma pesquisa na qual foi levantado todo material

referente ao assunto em pauta e depois foi feito um levantamento com o objetivo de

mostrar a importância da distribuição no processo logístico.

Para isso, foi utilizado como referências bibliográficas livros, revistas e

internet.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 8 1 LOGÍSTICA EMPRESARIAL ............................................................................................. 9

1.1 CONCEITOS ...................................................................................................................... 9 1.2 ATIVIDADES ENVOLVIDAS .............................................................................................. 10 1.3 LOGÍSTICA E COMPETITIVIDADE ..................................................................................... 11

2 A IMPORTÂNCIA DO TRANSPORTE ........................................................................... 12 2.1 Tipos de Modais ........................................................................................................ 12 2.2 A importância de cada modal ................................................................................ 12 2.3 Principais atributos de transportes ..................................................................... 15 2.4 Custos de transporte ............................................................................................... 15 2.5 Fatores associados aos custos de transporte ................................................. 17

2.5.1 Fatores relacionados com o produto ................................................................ 17 2.5.2 Fatores relacionados com o mercado .............................................................. 17

2.6 Medidas para reduzir os custos de transporte ................................................. 18 3 LOGÍSTICA DE TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO .................................................... 20

3.1 Estoque ........................................................................................................................ 22 3.2 Objetivo do controle do estoque .......................................................................... 24 3.3 Estratégias de distribuição ou confiabilidade de entrega. ............................ 25 3.4 A importância da atividade de armazenagem dentro da logística .............. 27 3.5 Estratégias para melhorar a eficiência da armazenagem e distribuição de produtos. ............................................................................................................................ 30 3.6 Picking ......................................................................................................................... 32

4 SISTEMA DE INFORMAÇÃO NA LOGÍSTICA ............................................................ 35 4.1 O papel da informação na Logística .................................................................... 36 4.2 As novas ferramentas na internet ................................................................... 37 4.3 Ferramentas de TI aplicadas á logística ............................................................. 38 4.4 Pessoal ........................................................................................................................ 39

CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 40 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ........................................................................................ 41

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INTRODUÇÃO

Ao longo dos anos a logística vem crescendo cada vez mais, atendendo ás necessidades atuais de um mercado competitivo e com seus múltiplos canais de distribuição, evoluiu na sua base conceitual, passando a considerar de forma sistêmica todas as atividades que se relacionam direta e indiretamente aos fluxos físico, tecnológicos e de informações. A distribuição é o segmento da Logística que desloca os produtos acabados desde a manufatura até o consumidor final, assegurando que os pedidos sejam pontualmente entregues, precisos e completos. Como os clientes estão cada vez mais exigentes, na logística de distribuição, são formadas alianças com parceiros dos canais a fim de atender ás necessidades dos clientes e minimizar os custos de distribuição.

No primeiro capítulo, será falado do conceito de logística empresarial, onde

será mostrado que a mesma inclui todas as atividades de movimentação de

produtos e a transferência de informações.

No segundo capítulo, será falado da importância do transporte, destacando

os tipos de modais e falando de custos de transportes.

No terceiro capítulo, será falado da logística de transporte e distribuição,

apresentando a necessidade do estoque de matéria-prima, a confiabilidade da

entrega de um produto, a importância da armazenagem e o como funciona o picking.

E no quarto capítulo, será falado de sistema de informação, lembrando que

um sistema de informação bem feito é o fator crítico de sucesso para um sistema

logístico. Ele nos permite toda a visão do processo logístico da empresa, desde

estoques e entregas de mercadorias. As informações nos permitem fazer previsões

e dar respostas aos consumidores em tempo real.

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1. LOGÍSTICA EMPRESARIAL

1.1 CONCEITOS

Logística é definida como o processo de gerir estrategicamente a aquisição,

movimentação e estocagem de materiais, partes e produtos acabados (com os

correspondentes fluxos de informações) através da organização de seus canais de

marketing, para satisfazer as ordens de forma mais efetiva em custos (BOWERSOX

& CLOSS, 2001, p.20).

A Logística tem a responsabilidade de prover recursos, equipamentos e

informações para a execução de todas as atividades de uma empresa.

Fundamentalmente a logística possui uma visão organizacional holística,

onde esta administra os recursos materiais, financeiros e pessoais, onde exista

movimento na empresa, gerenciando desde a compra e entrada de materiais,

o planejamento de produção, o armazenamento, o transporte e a distribuição dos

produtos, monitorando as operações e gerenciando informações.

Para se manterem lucrativas e competitivas as empresas estão adquirindo

de forma propícia, ao mesmo tempo, a redução de custos e melhor nível de serviço

aos clientes. Portanto, com o aumento da eficiência operacional, a logística colabora

para aumentar a lucratividade presente e futura da empresa. Verifica-se, assim, que

a logística se propõe a reduzir custos, agregar valor, oferecer um maior nível de

serviço ao cliente e, ainda, aumentar a lucratividade. Portanto, pode contribuir em

muito para melhorar o desempenho da empresa como um todo e, em especial, os

resultados financeiros.

Logística é o processo de planejamento, implantação e controle do fluxo

eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o

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ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender as exigências

dos clientes (BALLOU, 2006).

É uma definição muito boa, uma vez que temos que nos preocupar desde o

ponto de origem até o ponto de consumo.

É muito difícil, em termos práticos, separar a gestão da logística empresarial

do gerenciamento da cadeia de suprimentos. Ocorre que, em um número muito

grande de aspectos, as duas têm missão idênticas: Colocar os produtos ou serviços

certos no lugar certo, no momento certo, e nas condições desejadas, dando ao

mesmo tempo a melhor contribuição possível para a empresa (BALLOU, 2006).

As empresas atuais têm que se adequarem conforme o mercado, não

adianta se preocuparem em ter lucro se antes não pensar em atender seus clientes

da melhor forma possível, tendo controle de seus estoques e sabendo que todos os

clientes e serviços serão atendidos da melhor forma possível.

1.2 ATIVIDADES ENVOLVIDAS

A logística é dividida em dois tipos de atividades – as principais e as

secundárias (CARVALHO, 2002, p37):

• Principais: Transportes, Gerenciar os estoques, Processamento de

pedidos.

• Secundárias: Armazenagem, Manuseio de materiais, Embalagem,

Obtenção/Compras, Programação de produtos e Sistema de informação.

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Com as atividades acima podemos ter alguns benefícios, como: entrega

pontual, respostas rápidas, flexibilidade, confiabilidade, menos estoque, menos falta,

etc.

O planejamento logístico leva em conta decisões de localização das

instalações, decisões de transportes, decisões de estoques. Esta trilogia está

intimamente ligada entre si e qualquer alteração em uma delas influi fortemente na

outra. Para isso devemos trabalhar com muita informação, pois uma falha pode ser

fatal.

1.3 LOGÍSTICA E COMPETITIVIDADE

Competir é preciso e, portanto, uma realidade que não se pode mais ignorar.

Assim, todas as organizações buscam diferenciar-se de seus concorrentes para

conquistar e manter clientes. Só que isto está se tornando cada vez mais difícil. O

aumento da arena competitiva, representado pelas possibilidades de consumo e

produção globalizadas, a necessidade de que se façam lançamentos mais

frequentes de novos produtos, os quais, em geral, terão ciclos de vida curtos, e a

mudança no perfil dos clientes, cada vez mais bem informados e exigentes, forçam

as empresas e serem criativas, ágeis e flexíveis, mas também a aumentar a sua

qualidade e confiabilidade. Sem dúvida, tarefas que estão desafiando os executivos

em todo o mundo e exigindo maiores esforços.

Muitas são as teorias sobre a obtenção de vantagem competitiva. Segundo

elas, a vantagem deveria ser o mais duradoura possível e tornar-se bem perceptível

aos olhos dos clientes, colocando assim a organização numa posição de supremacia

diante de seus concorrentes. O ponto de convergência de todas essas abordagens

consiste em produzir a um custo menor, em agregar mais valor, ou em poder

atender de maneira mais efetiva ás necessidades de um determinado nicho de

mercado. Numa situação ideal, o objetivo seria atingir esses alvos simultaneamente,

o que pode soar conflitante.

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2. A IMPORTÂNCIA DO TRANSPORTE

Com o passar dos anos tudo vai mudando, vão surgindo transportes cada

vez mais distintos, cada vez mais modernos, mas nunca devemos esquecer que

transporte é o deslocamento de pessoas e bens de um local para o outro. (RATTON

NETO, 2008).

Os transportes desempenham um papel fundamental no desenvolvimento

econômico de um país ou de uma região. O crescente volume da produção e do

consumo nas diferentes regiões provocou um aumento nas trocas de mercadoria a

nível mundial, fazendo com que cada modal tenha suas particularidades e não

esquecendo que todo o produto ou pessoa transportada terá que ser feito com muita

segurança, eficiência e pontualidade.

2.1 Tipos de Modais

• Rodoviário

• Ferroviário

• Aquaviário

• Dutoviário

• Aéreo

2.2 A importância de cada modal

Rodoviário: é um tipo de transporte realizado em estradas, rodovias e ruas,

que podem ser pavimentadas ou não. O transporte em questão movimenta

mercadorias, matérias-primas, animais, pessoas e muitos outros.

Nesse tipo de transporte são usados veículos automotores, como carros, ônibus e

caminhões.

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Apesar de sua importância, apresenta elevados custos, principalmente se

comparado com outros tipos de transportes, como o hidroviário e o ferroviário, por

exemplo. Isso se deve aos altos valores pagos pelo petróleo, incluindo ainda a

manutenção periódica do veículo (pneus, revisões, motor, entre outros).

Ferroviário: atualmente as ferrovias se encontram em todos os continentes,

e a tecnologia moderna permite alta eficiência e velocidade a esse meio de

transporte. Há hoje cerca de 1,3 milhão de quilômetros de ferrovias em todo o

planeta, e o Brasil apresenta a décima maior extensão de trilhos.

A extensão brasileira é pequena, se levarmos em conta a área do território

nacional. Isso fica claro tanto na comparação com países tão extensos como o

Brasil, caso dos Estados Unidos e do Canadá.

O transporte ferroviário é o ideal para o transporte de mercadorias pesadas

e que necessitam percorrer longas distâncias. Seus maiores problemas são a

dificuldade de percorrer áreas com declives e aclives acentuados e a necessidade

de reembarcar a mercadoria em caminhões para entregá-las na porta do

consumidor, pois os trens não têm a possibilidade de sair de seus trajetos.

Aquaviário: consiste no transporte de mercadorias e de passageiros

por barcos, navios ou balsas, via um corpo de água, tais como oceanos, mares,

lagos, rios ou canais. O transporte aquático engloba tanto o transporte marítimo,

utilizando como via de comunicação os mares abertos, como transporte fluvial,

usando os lagos e rios. Como o transporte marítimo representa a grande maioria do

transporte aquático, muitas vezes é usada esta denominação como sinônimo.

Este modo de transporte cobre o essencial das matérias primas (petróleo e

derivados, carvão, minério de ferro, cereais, bauxita, alumínio e fosfatos, entre

outros). Paralelamente a estes transportes a granel, o transporte aquático também

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cobre o transporte de produtos previamente acondicionados em sacas, caixotes ou

outro tipo de embalagens, conhecidos como carga geral.

Dutoviário: são tubulações especialmente desenvolvidas e construídas de

acordo com normas internacionais de segurança, para transportar petróleo e seus

derivados, álcool, gás e produtos químicos diversos por distâncias especialmente

longas, sendo então denominados como oleodutos, gasodutos ou polidutos.

O transporte dutoviário tem como principal vantagens, veja abaixo:

§ A redução dos custos de transporte de líquidos, a médias e a longas

distâncias;

§ A diminuição da poluição, pois os riscos de acidente e de derrame ou

fuga são reduzidos;

§ A redução do consumo de combustíveis fósseis, pois os motores

acionadores das bombas e compressores usados neste modal são acionados, na

maior parte das vezes, por energia elétrica, que no Brasil, é proveniente de usinas

hidroelétricas.

Aéreo: é o transporte que mais contribuiu para a redução da distância-

tempo, ao percorrer rapidamente distâncias longas. Rápido, cômodo e seguro o

avião suplantou outros meios de transporte de passageiros a médias a longas

distâncias.

Este meio de transporte tem suas vantagens e desvantagens, veja abaixo:

Vantagens:

§ É o mais rápido para transportar passageiros a médias e grandes

distâncias

§ Grande liberdade de movimentos

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§ É dos mais seguros e cômodos

§ É o mais adequado para o transporte de mercadorias de alto valor

(diamantes, instrumentos de óptica, produtos farmacêuticos, etc.) e de mercadorias

perecíveis (fruta, flores, etc.)

Desvantagens

§ Elevada poluição atmosférica, devido à emissão de dióxido de carbono

§ Poluição sonora nas áreas circundantes aos aeroportos

§ Forte consumidor de espaço, devido à construção das infra-estruturas

§ Elevado consumo de combustível

§ É muito dispendioso

§ Algumas áreas estão congestionadas, devido à densidade do tráfego,

gerando problemas de segurança

§ Muita dependência das condições atmosféricas (nevoeiro, ventos

fortesO)

§ Reduzida capacidade de carga (em relação a transportes marítimo e

ferroviário).

2.3 Principais atributos de transportes

• Capacidade: possibilidade de um modo de transporte lidar com

qualquer requisito de transporte, como é o caso do tamanho da carga;

• Confiabilidade: cumprimento dos prazos estabelecidos;

• Disponibilidade: capacidade de atender a qualquer origem/destino;

• Freqüência: quantidade de viagens oferecidas em um dado intervalo

de tempo;

• Velocidade: tempo de deslocamento entre uma origem e um destino.

2.4 Custos de transporte

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Os custos de transporte são todas as despesas realizadas na movimentação

de determinado produto desde a origem até ao destino final. Estes custos são

considerados uns dos maiores custos logísticos tendo grande relevância no preço

final do produto. No transporte de materiais muito densos e com baixo valor por

peso, por exemplo areias e carvão, os custos de transporte são elevados, ao

contrário dos produtos de alto valor por peso, por exemplo uma peça de joalharia em

que os custos de transporte podem ser mais reduzidos. Vários fatores influenciam os

custos de transporte, podendo estar relacionados com o produto, por exemplo a

densidade do produto e a facilidade do seu manuseamento; ou estar relacionados

com o mercado, como por exemplo a localização do mercado de destino do

produto (ARANTES, 2005).

Hoje em dia, o custo de transporte é o fator mais relevante na análise do

custo logístico das principais empresas brasileiras. As diversas rotas de entrega, a

deficiente malha rodoviária do país e a estrutura de transporte no Brasil, são fatores

que contribuem diretamente para os custos elevados do transporte, da evasão e

distribuição da produção. Quando analisamos estes fatores podemos relacioná-los

diretamente aos custos de nossos produtos dentro e fora do Brasil.

Em média o custo de transporte representa 34% do custo total dos produtos

brasileiros em todos os setores da economia, enquanto em paises desenvolvidos

como os EUA e alguns países da Europa este fator representa 18% do custo total

dos produtos. Essa é uma das razões que evidenciam a superioridade dos países

desenvolvidos nas exportações de produtos no comércio mundial. Investir em

infraestrutura é sem dúvida alguma investir em poder de competitividade de

mercado.

Os preços que se pagam pelo transporte estão ligados as particularidades

dos custos de cada tipo de serviço. Geralmente taxas justas costumam acompanhar

os custos da produção do serviço.

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Como cada serviço possui características diferenciadas de custos, sempre

existirão serviços com vantagens nas tarifas e outros que não conseguirão cobrir as

mesmas vantagens.

O tipo de serviço a que um transportador dá preferência é indicado pela

natureza da função geral de custos sob o qual opera, e pela relação entre essa

função e as de outros transportes (BALLOU,2006).

2.5 Fatores associados aos custos de transporte

Os fatores que podem influenciar os custos de transporte podem ser

classificados em dois grupos: fatores associados ao produto e fatores associados a

determinadas características do mercado (ARANTES, 2005).

2.5.1 Fatores relacionados com o produto

§ Densidade do produto, ou seja, a relação entre o peso e o volume do

produto. Normalmente, quanto menos denso, mais dispendioso é o seu transporte;

§ Embalagem e armazenagem para transporte;

§ Facilidade de manuseamento, isto é, se o produto for homogêneo ou

as suas formas permitam usar os equipamentos mais simples, é mais barato o seu

manuseamento;

§ Responsabilidade legal.

2.5.2 Fatores relacionados com o mercado

§ Grau de competição no mesmo meio ou meios alternativos de

transporte;

§ Localização dos mercados, o que determina a distância que as

mercadorias têm de percorrer;

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§ Natureza e extensão da regulamentação governamental das

transportadoras;

§ Equilíbrio do tráfego de mercadorias para dentro e para fora do

mercado;

§ Movimentações só em determinadas épocas do ano;

§ Movimentações do produto no mercado interno ou externo.

2.6 Medidas para reduzir os custos de transporte

Existem várias formas para reduzir os custos de transporte, dependendo, da

forma como esse transporte for feito, ou seja, por via aérea, terrestre ou marítima.

Por via terrestre, uma das possíveis medidas para reduzir os custos de

transporte é a reabilitação das vias rodoviárias, sendo elas a construção de novas

vias como auto-estradas ou itinerários principais ou ainda realizando obras de

reabilitação nas já existentes. No Brasil, um estudo levado a cabo em 2003, indicava

que neste país 34% do custo total dos produtos eram custos de transporte, enquanto

que nos Estados Unidos da América representavam apenas 18% dos custos totais

esta diferença de «peso» nos custos totais, deve-se a uma menor eficiência na

distribuição o que leva a um aumento dos custos de transporte. Ficou também

provado nesse estudo que se o Brasil melhorasse a sua rede rodoviária, levaria a

uma diminuição dos custos transporte e por consequência o custo final do produto,

aumentado assim a competitividade do país a nível do comércio

internacional (Lourenço, 2003).

A opção entre adquirir uma frota própria ou fazer um contrato de aluguer

com outra empresa pode também contribuir para a redução dos custos de

transporte, pois de caso para caso a solução mais viável e eficiente pode não ser a

mesma (CRUZ, 2008).

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Ainda nos transportes rodoviários uma possível media a tomar pelos

transportadores para reduzir os seus custos de transporte é a utilização, sempre que

possível, de auto-estradas não sujeitas a portagem, as Scut (sem custo para o

utilizador) que são auto-estradas onde os custos de utilização das mesmas são

suportados pelo governo (MOPTC, 2004).

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3. LOGÍSTICA DE TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO

Na verdade, a distribuição de produtos é analisada sob diferente perspectiva

funcional pelos técnicos de logística, de um lado, e pelo pessoal de marketing e de

vendas, de outro. Os especialistas em Logística denominam de distribuição física de

produtos, os processos operacionais e de controle que permitem transferir os

produtos desde o ponto de fabricação até o ponto em que a mercadoria é finalmente

entregue ao consumidor. Em geral, esse ponto final de distribuição física é a loja

varejo, mas há diversos casos de entrega do produto na casa do consumidor,

situação essa observada principalmente com produtos pesados ou volumosos.

Já o pessoal de marketing e de vendas encara a cadeia de suprimento

focalizando mais os aspectos ligados a comercialização dos produtos e aos serviços

a ela associados.

Na logística de distribuição, são formadas alianças com parceiros a fim de

atender as necessidades dos clientes e minimizar os custos de distribuição. Trata-

se da movimentação, estocagem e processamento dos pedidos finais da empresa.

(RATTON NETO, 2008).

Veja abaixo como funciona o gerenciamento da distribuição física segundo

Ratton Neto, 2008.

Entrada de produtos e informações:

• Planejamento e controle dos produtos;

• Compra;

• Recebimento dos produtos;

• Armazenagem;

• Movimentação interna;

• Inventários

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Saída de produtos e informações:

• Processamento de pedidos;

• Separação dos produtos armazenados;

• Gerenciamento do produto final;

• Embalagem e unitização;

• Expedição;

• Transporte

Não podemos esquecer de considerar alguns aspectos na logística de

distribuição, sendo eles: o número, tamanho e localização das unidades fabris; a

localização geográfica dos mercados; o número e os tipos de produtos em linha de

comercialização; a freqüência de compra dos clientes; o número e o tamanho dos

pedidos; a necessidade de armazenagem; a escala de custo do pedido e da

distribuição; a natureza da demanda do mercado; o nível de serviço ofertado para

cada item; o modo ou método de transporte.

Segundo Novaes, 2007, segue abaixo os objetivos e funções dos canais de

distribuição:

• Garantir a rápida disponibilidade do produto nos segmentos de

mercado identificados como prioritários;

• Intensificar ao máximo o potencial de vendas de um produto em

questão, prevendo a necessidade de equipes para demonstração in loco,

promoções;

• Buscar cooperação entre os participantes da cadeia de suprimento no

que se refere nos fatores relevantes relacionados com a distribuição. Ex.: definição

de lotes mínimos, uso ou não de paletização, tempo de entregas etc.;

• Garantir um fluxo de serviço preestabelecido pelos parceiros da cadeia

de suprimento;

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• Garantir um fluxo de informações rápido e preciso entre os elementos

participantes;

• Buscar de forma integrada e permanente, a redução de custos,

atuando não isoladamente, mas em uníssono, analisando a cadeia de valor no seu

todo.

3.1 Estoque

Segundo Chiavenato (1991), estoque é a composição de materiais que não

é utilizada em determinado momento na empresa, contudo precisa existir em função

de futuras necessidades. Estes materiais podem ser classificados como: matérias-

primas; materiais em processamento, semi-acabados e acabados; e produtos

acabados.

Os estoques podem ser considerados uma forma de investimento de

recursos para as empresas e existem por estas não conseguirem prever com

exatidão qual será a demanda dos consumidores. Suas principais funções são:

garantir o abastecimento de materiais para a empresa, constituir um vínculo entre a

etapa de compra e venda no processo de produção, bem como proporcionar

economias de escala através da minimização do capital total investido em estoques,

uma vez que este é caro e aumenta continuamente devido ao custo financeiro de

sua manutenção.

Segundo Martins e Alt (2001, p. 134), os estoques têm a função de regular o

fluxo de negócios (compra, produção e venda) e por isso consideram que eles

funcionam como amortecedores. Ou seja, é necessário que se tenha um espaço à

disposição para materiais, uma vez que a velocidade com que as mercadorias são

recebidas normalmente é diferente daquela com que são utilizadas. Por outro lado,

Ronald H. Ballou (apud Martins e Alt, 2001, p. 137) é mais abrangente e considera

que, nos sistemas logísticos, os estoques são mantidos para: a) melhorar o

atendimento ao cliente, ao dar suporte à área de marketing, que, ao criar demanda,

precisa de material disponível; b) promover economia de escala; c) proteger a

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empresa contra mudanças de preços em tempos de inflação alta; d) evitar que a

empresa sofra devido a incertezas na demanda e no tempo de entrega; e,

finalmente, e) suprir suas carências devido a contingências provocadas, como

exemplo, por instabilidade política, incêndios e inundações.

Sabendo da importância que os estoques têm para a empresa, cabe ao

administrador cuidar para que sua utilização de fato proporcione o retorno sobre o

capital neles investido. Partindo desse princípio, pode-se dizer que “a gestão de

estoques constitui uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os

estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que

deles se utilizam, bem mensurados e bem controlados” (MARTINS e ALT, 2001, p.

155).

Para Ballou (2006) gerenciar os estoques significa equilibrar a

disponibilidade dos produtos e serviços aos clientes. Quanto à disponibilidade, ele

destaca que o gerenciamento do estoque é para garantir que o produto esteja

disponível em quantidades necessárias, no momento em que for preciso.

Bowersox & Closs (2001) consideram o gerenciamento dos estoques

como sendo um processo integrado, obedecendo às políticas da empresa e a cadeia

de valor em relação aos estoques. Para programar uma política de gerenciamento

de estoques, é necessário desenvolver procedimentos que os controlem, ou seja,

quando e quanto pedir. Para Bowersox & Closs, um bom gerenciamento, influencia

na lucratividade da empresa resultando no aumento das receitas de vendas e o bom

desempenho do controle dos estoques resulta no fluxo de caixa. A política ideal

segundo eles, seria a fabricação sob encomenda, ou seja, produzir conforme as

particularizações dos clientes. Assim, não seria necessário adiantar a formação dos

estoques de materiais e ou de produtos acabados, resultando em um menor custo

total.

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3.2 Objetivo do controle do estoque

Arnold (1999) descreve os objetivos da administração de estoques de uma

forma simplificada, mas bem objetiva, pois ele afirma que para a empresa que quer

maximizar seus lucros, ela terá que ter os objetivos, tais como: excelência no

atendimento, operação de fábrica de baixo custo e investimento mínimo em estoque.

Quanto ao atendimento aos clientes, o autor deixa claro que os estoques

ajudam a maximizar esse atendimento, protegendo tal empresa da incerteza. Já

quanto à eficiência operacional, o autor descreve que os estoques ajudam a tornar

mais produtiva a operação de produção, para que ocorra um nivelamento entre

demanda e produção.

Para que não haja custos muitos altos de estoques e que não faltem a

matéria-prima de que a produção de uma empresa precise, Ballou (2006, p. 304)

relata que:

por isso mesmo, métodos capazes de controlar coletivamente grupos de

itens vêm ganhando espaço entre os procedimentos de controles de

estoques. Giro de estoques, classificação ABC de produtos e agregação de

riscos são alguns dos métodos usados para controle agregado de estoques.

Para Ballou (2006) gerenciar os estoques significa equilibrar a

disponibilidade dos produtos e serviços aos clientes. Quanto à disponibilidade, ele

destaca que o gerenciamento do estoque é para garantir que o produto esteja

disponível em quantidades necessárias, no momento em que for preciso.

Bowersox & Closs (2001), consideram que controle de estoque é um

procedimento do dia-a-dia, para que se cumpra uma política de estoques. Para os

autores a necessidade de estoques para as empresas depende do nível desejado de

serviço ao cliente, sendo que o objetivo básico é cumprir o compromisso com o

cliente dando ênfase a uma maior rotatividade de materiais em estoques.

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O autor Dias (1993), visualiza que o objetivo de controlar, para tornar-se

melhor, é tornar mais eficiente o uso dos meios internos da empresa, não tornando

imprescindível ter capital investido. Ele analisa que o gerente de produção é

responsável pelo controle dos estoques, sendo considerados pelo gerente uma

ajuda para atingir a meta principal, que é a produção.

Para ele, há uma situação de conflitos entre ter os estoques disponíveis e a

conexão do capital, ou seja, para o setor de vendas, existe a necessidade de ter

estoque alto e, para o setor financeiro, torna-se necessário reduzi-los, para que o

capital não fique investido nesses estoques, ou seja, diminuir o investimento.

3.3 Estratégias de distribuição ou confiabilidade de entrega.

O Centro de distribuição é uma configuração de armazenagem onde são

recebidas cargas consolidadas de diversos fornecedores, essas cargas são

fracionadas a fim de agrupar os produtos em quantidade e sortimento corretos e

então, encaminhadas aos pontos de venda que estão mais próximos.

Segundo Ackerman (1989), os CDs devem oferecer serviços de

armazenagem, e outros serviços que agreguem valor aos produtos, como algumas

finalizações, etiquetagem, embalagem e acabamentos no produto. Esse pode ser

customizado no armazém antes de ser enviado para os clientes, de acordo com os

princípios de postponement do tempo e da forma, caracterizados como uma

vantagem na adoção do CD no sistema logístico (BOWERSOX & CLOSS, 2001).

Diversas vantagens são identificadas na literatura quanto à adoção do CD

no sistema logístico. Essas vantagens obtidas pela centralização de estoque podem

beneficiar todos os elos da cadeia: fornecedor, empresa e consumidor.

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Calazans (2001) aponta as seguintes vantagens: redução do custo de

transporte, liberação de espaço nas lojas, redução de mão-de-obra nas lojas para o

recebimento e conferência de mercadorias e a diminuição da falta de produtos nas

lojas.

Bowersox & Closs (2001) identificam também duas vantagens na adoção do

CD no sistema logístico: a capacidade de agregar valor ao produto (postergação) e

os diferentes tipos de operações que podem ser realizadas no CD – consolidação,

break bulk, crossdocking e formação de estoque.

Pizzolato & Pinho (2003) apontam a vantagem obtida pelo fornecedor de

produtos e serviços, a partir do ganho relacionado com a qualidade do atendimento

ao cliente, agora servido mais rapidamente a partir de pontos mais próximos.

Conforme Moura (2002), a principal finalidade dos CDs consiste em oferecer

melhores níveis de serviço ao cliente, através da redução do lead time (tempo de

ressuprimento) pela disponibilidade dos produtos o mais próximo do ponto de venda,

na localização geográfica junto ao principal mercado consumidor, oferecendo

condições para aperfeiçoar o tempo de atendimento dos pedidos.

Dessa maneira aumenta-se a freqüência de pedidos, reduzindo os volumes

e minimizando os custos de inventário, o que acaba contribuindo para a redução dos

custos totais de logística e proporciona melhores níveis de serviço, colocando a

empresa tomadora de serviço em um novo patamar de competitividade. Através

desse nível de serviço a empresa pode aumentar sua participação no mercado

(aumento de market share) e também consolidar sua imagem no mercado.

De acordo com Hill (2003), os fatores principais que levam ao uso dos

Centros de Distribuição são basicamente:

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• Redução do lead time;

• Desempenho nas entregas;

• Localização geográfica;

• Melhoria no nível de serviço;

• Redução dos custos logísticos;

• Aumento do market share;

• Novo patamar de competitividade.

Uma questão básica do gerenciamento logístico é como estruturar sistemas

de distribuição capazes de atender de forma econômica os mercados

geograficamente distantes das fontes de produção, oferecendo níveis de serviço

cada vez mais altos em termos de disponibilidade de estoque e tempo de

atendimento.

3.4 A importância da atividade de armazenagem dentro da logística

O conceito de ocupação física que se concentrava mais na área do que na

altura, esta mudando. Em geral, o espaço destinado à armazenagem era sempre

relegado ao local menos adequado. Com o passar do tempo, o mau aproveitamento

do espaço tornou-se um comportamento anti-econômico.

Não era mais suficiente apenas guardar a mercadoria com o maior cuidado

possível. Racionalizar a altura ocupada foi a solução encontrada para reduzir o

espaço e guardar maior quantidade de material.

A armazenagem dos materiais assumiu, então, uma grande importância na

obtenção de maiores lucros. Independente de como foi embalado o material, ou de

como foi movimentado, a etapa posterior é a armazenagem.

Os termos "armazenagem" e "estocagem" são freqüentemente usados para

identificar coisas semelhantes. Mas podemos distinguir os dois, referindo-se à

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guarda de produtos acabados como "armazenagem" e à guarda de matérias-primas

como "estocagem".

A armazenagem aparece como uma das funções que se agrega ao sistema

logístico, pois na área de suprimentos é necessário adotar um sistema de

armazenagem racional de matérias-primas e insumos. No processo de produção,

são gerados estoques de produtos em processo, e, na distribuição, a necessidade

de armazenagem de produto acabado é, talvez, a mais complexa em termos

logísticos, por exigir grande velocidade na operação e flexibilidade para atender às

exigências e flutuações do mercado.

A importância da Armazenagem na Logística é que ela leva soluções para

os problemas de estocagem de materiais que possibilitam uma melhor integração

entre as cadeias de suprimento, produção e distribuição.

O planejamento desta integração deve ser efetuado segundo as variáveis

estratégica, através de estudos de localização aspecto técnico, através de estudos

de gerenciamento e planejamento operacional através de estudos de equipamentos

de movimentação, armazenagem e layout.

Além de reduzir custos e aumentar a satisfação do cliente, a armazenagem

correta fornece muitos outros benefícios indiretos tais como centralização de

remessas, o que aumenta a visibilidade dos pedidos, fornecendo informações que

não eram capturadas. Podemos utilizar o Sistema de Relatório de Pedido em Aberto

e medir o impacto dos atrasos de produção em operações de remessas e

atendimento ao cliente, enquanto rastreamos questões de pedidos em aberto.

Essas informações são usadas para identificar e corrigir problemas durante o

processo de armazenagem assim como para manter os clientes informados do

status de seu pedido. Permitindo que a empresa gerencie as questões de pedidos

em aberto, a equipe de vendas perde menos tempo resolvendo problemas, tendo

assim mais tempo para vender.

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Veja abaixo as atividades no armazém:

• Recebimento do material;

• Descarregamento, inspeção e separação;

• Movimentação;

• Segurança;

• Picking;

• Consolidação, quebra, mistura de carga;

• Unitização ou paletização;

• Expedição;

• Resolução de problemas de documentação;

• Carregamento.

A integração da função armazenagem ao sistema logístico deve ser total,

pois é um elo importante no equilíbrio do fluxo de materiais.

Os fatores básicos que determinam a necessidade de armazenagem são:

a) Necessidade de compensação de diferentes capacidades das fases de

produção.

b) Equilíbrio sazonal.

c) Garantia da continuidade da produção.

d) Custos e especulação.

e) Redução dos custos de mão-de-obra.

f) Redução das perdas de materiais por avarias.

g) Melhoria na organização e controle da armazenagem.

h) Melhoria nas condições de segurança de operação do depósito.

i) Aumento da velocidade na movimentação.

j) Descongestionamento das áreas de movimentação.

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3.5 Estratégias para melhorar a eficiência da armazenagem e distribuição de

produtos.

O processo de utilização de um sistema de gerenciamento de armazém

como reposicionamento estratégico devido a grande expansão do volume de

produtos estocados a operação ficaria lenta para ser controlada sem um sistema de

gerenciamento que analise a influência entre a implantação de sistemas e as

dificuldades encontradas no decorrer do processo, assunto esse abordado na área

de sistemas de informações, administração de materiais especificamente, podendo

ainda ser aplicados em grande variedade de indústrias tais como: terceirização

logística, automotivas, alta tecnologia e etc.

Analisando a influência da posição geográfica do fornecedor em relação a

seu cliente, assunto esse abordado na área de administração de materiais (logística)

e administração de produção. Qual o impacto no que diz respeito a posição

geográfica do fornecedor em uma decisão do departamento de compras? Tendo em

vista que a função tomada de decisão não só no departamento de compras mais

também em toda organização é de fundamental importância, surge agora a

oportunidade de acompanharmos de perto os passos a serem seguidos para um

total cumprimento dessa função, pois nela envolve desenvolvimento de um

relacionamento entre as duas partes (cliente e fornecedor), de tal forma que a

parceria e a cooperação proporcionam melhores resultados do que o interesse

próprio e o conflito. Desta forma o termo posição geográfica do fornecedor será

entendido como sua localização em relação ao seu cliente e quais as implicações a

serem consideradas em uma definição do departamento de compras, sendo que

existe uma série de avaliações a serem estudadas e que contribuem diretamente

para o fechamento ou não de um pedido de compras.

Qualquer pessoa, como consumidor, tem claro o que espera dos produtos

que compra: querem produtos que cada dia atendam melhor às suas necessidades,

os querem quando necessitam, a um preço adequado e com altos níveis de

qualidade. Clientes cada vez melhor informados e mais exigentes estão provocando

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a mudança dos mercados e consumo e, com eles, como um efeito dominó, de todos

os demais mercados industriais e de serviços.

Além disso, outro fator chave explica esta evolução: a modernização dos

meios de transporte e o desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação

estão permitindo a real globalização da economia. Esta evolução na fabricação está

mudando os mercados para um ambiente caracterizado para:

• Extremo dinamismo

• Máxima disponibilidade

• Flutuação da demanda

• Competitividade

• Globalização

A cadeia logística é o canal de movimento do produto ao longo do processo

industrial até os clientes. Mas pode-se dizer simplesmente que é a sucessão de

manuseios, movimentações e armazenagens pelas quais o produto passa desde

que é matéria-prima, conjuntos semi-elaborados, até chegar ao cliente final. A

cadeia logística pode ser dividida em três partes:

a) Suprimentos, que gerencia a matéria-prima e os componentes.

Compreende o pedido ao fornecedor, o transporte, a armazenagem e a distribuição.

b) Produção, que administra o estoque do produto semi-acabado no

processo de fabricação. Compreende o fluxo de materiais dentro da fábrica, os

armazéns intermediários, o abastecimento do posto de trabalho e a expedição do

produto acabado.

c) Distribuição, que administra a demanda do cliente e os canais de

distribuição. Compreende o estoque do produto acabado, a armazenagem, o

transporte e a entrega ao cliente.

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A quantidade de produtos desta cadeia depende em grande parte da

quantidade de manuseios que sofrem os materiais, das distâncias que percorrem (e

o tempo que tardam em percorrê-las) e do nível de estoque que existe nos

armazéns.

3.6 Picking

Para entendermos a atividade de picking (separação e preparação de

pedidos) é importante apresentarmos sua inserção entre as principais atividades de

armazenagem.

Embora a atividade do picking reduza substancialmente o tempo de ciclo de

pedido (tempo que vai desde o pedido do cliente até a entrega dos produtos colhidos

em armazém ao mesmo), este tem um acréscimo substancial, cerca de 30% a 40%

(dependendo do tipo de armazenagem) do custo de mão-de-obra do armazém.

Através do uso de sistemas de controle e monitoramento que suportem os níveis

de serviço, esta atividade deve ser bastante flexível de forma a assegurar uma

operação de qualidade face ao progressivo aumento das necessidades e exigências

dos clientes (BRENO PATRICK, 2010).

De uma maneira simples, todos os tipos de armazéns possuem as seguintes

funções:

• Recebimento de produtos

• Armazenagem dos produtos até que seja necessário

• Coleta de produtos de acordo com pedidos dos clientes

• Preparação dos produtos para entrega no cliente.

Seja qual for o tamanho do armazém, tipo e volume de estoque armazenado

ou sistema de controle em vigor, o maior fator a que se deve atender no

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melhoramento do picking de um armazém é o posicionamento dos produtos e o fluxo

de informação e documentos (Rodrigues, 2007).

Tal atividade dentro de um armazém é considerada como uma das mais

críticas.

Dependendo do tipo de armazém, 30% a 40% do custo de mão-de-obra está

associado à atividade de picking. Aliado ao custo, o tempo dessa atividade influi de

maneira substancial no tempo de ciclo de pedido, ou seja, o tempo entre a recepção

de um pedido do cliente e a entrega correta dos produtos.

O aumento progressivo das necessidades (e exigências) dos consumidores

e da competição trouxe diversas consequências para a atividade de armazenagem.

Tais consequências podem ser traduzidas em tendências gerais que podem ser

observadas em diversos setores:

• Profileração do número de SKUs: as maiores exigências dos clientes

aumentaram os números de produtos que as empresas trabalham atualmente

• Aumento do Número de Pedidos: os clientes passaram a trabalhar cada

vez mais em filosofias de ressuprimento contínuo, com o objetivo de diminuir seus

níveis de estoque. As menores quantidades de lote implicam em um aumento no

número de pedidos ao longo do tempo

• Concentração em Grandes Armazéns: o paradigma da presença local

começa a deixar de existir. As empresas começam a adotar uma operação com

menor número de depósitos e pontos de venda, concentrando estoques e obtendo

reduções de custo com consolidação de carga.

• Entrega para o dia seguinte: com uma exigência cada vez maior pela

diminuição do tempo de ressuprimento para os clientes.

Além dessas tendências, as empresas perceberam a importância da

utilização do serviço como diferencial de valor agregado em seus produtos. A

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qualidade do produto passa a ser um pré-requisito e serviços como entrega em

domicílio e vendas pela internet aumentaram o nível de exigência e produtividade

das atividades de armazenagem e transporte.

Dessa forma, a atividade de picking deve ser flexível para assegurar uma

operação dentro das necessidades determinadas pelo cliente, utilizando sistemas de

controle e monitoramento que suportem os níveis de serviço e qualidade

diagnosticados.

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4 SISTEMA DE INFORMAÇÃO NA LOGÍSTICA

A tecnologia da informação (TI) vem contribuindo para que a logística torne-

se mais eficiente e efetiva na geração de valor para a empresa, destacando-se como

um diferencial no mercado atual. Mas afinal, o que é tecnologia da informação?

Podemos dizer, de uma forma resumida, que TI é a aplicação de diferentes

ramos da tecnologia no processamento de informações, ou ainda que TI é o

conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação.

A evolução da tecnologia de informação nesses últimos 20 anos possibilitou

ampla modificação do modus operandi de diversas organizações, trazendo impactos

positivos sobre o planejamento, a execução e o controle logístico. Com isso, criou-se

um ambiente favorável para inovações na área de logística, motivadas

principalmente pelo grande aumento na complexidade das operações. Por isso, a TI

torna-se um recurso inevitável para uma empresa moderna. Este avanço da TI nos

últimos anos permite às empresas executar operações que antes eram

inimagináveis, visando, sobretudo, obter reduções de custo e/ou gerar vantagem

competitiva.

Conforme Laudon & Laudon (1999, p.4) os sistemas de informação são

formados por três componentes principais – entrada, processamento e saída.

Os dados ou informações são introduzidos, processados, e saem como

informações. Entretanto, uma parte da saída é levada de volta para as pessoas ou

atividades apropriadas como uma realimentação e pode ser usada para avaliar e

melhorar o estágio de entrada.

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Convém salientar que nenhum sistema sozinho gerencia de forma integral

todas as atividades de uma empresa. Eles podem ser classificados pela

especialidade funcional a que servem e pelo tipo de problemas que enfocam.

4.1 O papel da informação na Logística

O fluxo de informações é de extrema importância nas operações logísticas,

como: pedidos de clientes, necessidades de estoque, movimentações nos

armazéns, etc.

Há alguns autores que apelidaram este fluxo de informações logísticas de

“Modal Infoviário”. Antigamente, este fluxo se dava através de papéis, o que tornava

a comunicação lenta, pouco confiável e propensa a erros. A transferência e o

gerenciamento eletrônico de informações proporcionam uma oportunidade de

reduzir custos logísticos mediante sua melhor coordenação, junto a um

aperfeiçoamento de serviço (menos propenso a erros) e uma melhoria da oferta de

informações ao cliente.

No gerenciamento da cadeia de suprimentos, os varejistas podem

disponibilizar informações de seu ponto de venda para seus fornecedores, fazendo

com que estes sejam responsáveis pelo ressuprimento automático dos produtos.

Nas atividades primárias os sistemas de informação logística englobam a

monitoração de fluxo ao longo de toda a cadeia de atividades logísticas, incluindo a

logística de entrada ou de capturação de dados; as operações, onde os dados são

processados, armazenados e transformados em informações úteis; e a logística de

saída, as vendas e o marketing e a assistência técnica, onde as informações são

transferidas aos usuários. Já as atividades secundárias ou de apoio tornam possível

à realização das atividades primárias e consistem na administração e gerência,

recursos humanos, tecnologia e compras e na manutenção de informações.

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De acordo com Laudon & Laudon (1999, p.45) um sistema de informação

pode impactar estrategicamente uma empresa se ele contribuir para a realização de

suas atividades de valor a um custo mais baixo que o de seus concorrentes ou se

proporcionar aos seus clientes valor agregado ou serviços adicionais. Por exemplo,

um sistema de estocagem automatizado que identifique e designe as localizações

no depósito para as mercadorias recebidas poderia dar suporte à logística de

entrada. As operações poderiam ter suporte de máquinas controladas por

computador que cortassem materiais em várias formas, e a logística de saída

poderia ter o suporte de um sistema que gerasse automaticamente listas de

preparação de pedidos e programas de entregas.

Nos dias de hoje muitas empresas estão a rever a forma como processam

os seus negócios de modo a conseguirem manter-se competitivas. A reengenharia

dos processos de negócio é um termo entre muitos outros utilizados atualmente, que

serve para descrever o processo de modificação do método em que uma empresa

opera. À medida que uma empresa realiza certas mudanças, os sistemas de

negócio têm que mudar e desenvolver-se de modo a suportar as novas formas de

negócio. Os sistemas de informação logística têm vindo a ser utilizados para ajudar

ao suporte de novos processos e estratégias de um ambiente cada vez mais

concorrencial (Robeson et al., 1994, p. 727-728).

4.2 As novas ferramentas na internet

Sendo a logística grande responsável por uma possível diminuição dos

custos globais de produção, já que abrange etapas como o fornecimento a tempo e

a hora de matérias-primas, a produção, o armazenamento, o transporte, a

distribuição física, o atendimento a clientes, dentre outras, quaisquer

aperfeiçoamentos em sistemas de apoio, como é o caso dos sistemas que possam

apoiar a tomada de decisão e o controle de fluxo de informações e documentos,

podem ajudar naquela redução de custos.

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A logística necessita de sistemas que apóiem a tomada de decisão, como a

escolha da melhor alternativa de rota para transportes, incluindo as questões

referentes aos menores prazos de entrega, além de outros fatores como segurança

e confiabilidade.

Devem ser consideradas entretanto, as diferenças existentes entre os

programas executados numa rede local e na internet, pois na internet os dados são

enviados em pacotes e só se rodam nos terminais por meio de browser que

dependem de códigos próprios.

4.3 Ferramentas de TI aplicadas á logística

Atualmente observa-se, uma significativa inclinação do desenvolvimento de

sistemas integrados de gestão para aplicação na cadeia de suprimentos, visto que

todos os processos de negócios internos já foram integrados, restando apenas obter

vantagem competitiva da integração da cadeia de suprimentos - fornecedores,

compradores, etc.

Com isso, passa a ser possível a integração com as demais unidades de um

grupo empresarial por meio de EDI, com compartilhamento (parcial) da base de

dados. Para tal os maiores desafios encontrados são: sistemas geograficamente

distantes e distintos, com hardwares diversos, necessidade intensiva de sistemas de

telecomunicações, bases de dados diversas, operando em estruturas

organizacionais e culturas empresariais diversas.

A seguir comentaremos sobre algumas ferramentas integradas de gestão

aplicadas a cadeia de suprimentos.

• WMS (Warehouse Management System)

• RFID – Radio Frequency Identification

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• Rastreamento de Frotas com Tecnologia GPS – Global Positioning

System

• Código de Barras

• EDI (Electronic Data Interchange)

• VMI – Vendor Managed Inventory

• ECR (Efficient Consumer Response

4.4 Pessoal

Não será possível trabalhar com um banco de dados se não existir um

profissional qualificado para a execução do trabalho a ser feito isto requer

experiência e conhecimento da informática para definir qual será a melhor forma de

atingir o resultado interagindo com as demais áreas, com qualidade e precisão, ter

planejamento objetivo e saber em qual resultado chegar.

Atualmente, aumentou-se a procura por pessoas eficazes e dinâmicas,

capazes de aumentar a perspectiva de vida das empresas e, consequentemente,

alcançar o sucesso. O processo para fazer com que essas pessoas estejam bem e

com qualidade de vida no trabalho é de extrema importância para a empresa que

quer chegar ao sucesso.

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CONCLUSÃO

A área de transporte brasileiro acarreta grandes limitações para o

crescimento e expansão da economia brasileira. Essa deterioração está

fundamentada nos investimentos insuficientes em infra-estrutura. Hoje, são

necessárias providências imediatas, pois com o bom desempenho do mercado de

cargas pesadas que o país vêm tendo, é notória a necessidade urgente de se

investir no transporte aéreo, nas rodovias, ferrovias e hidrovias.

O sistema de transporte é essencial para a movimentação da economia de

um país. Sem este sistema os produtos não chegariam até seus consumidores, as

indústrias não teriam acesso as matérias-primas e nem teriam condições de escoar

sua produção. É um setor de total importância para os outros setores da economia.

Para se atingir a excelência logística, torna-se necessário conseguir ao

mesmo tempo redução de custos e melhoria do nível de serviço ao cliente. A busca

simultânea desses dois objetivos quebra um antigo paradigma, segundo o qual

existe um trade-off quase intransponível entre custos e qualidade de serviços. As

empresas que conseguem alcançar a excelência logística quebram esse paradigma.

Para o sucesso na implementação de estratégias de operações de logística

deve-se sempre adotar a administração de um sistema de medida e avaliação de

desempenho, além do desenvolvimento de uma estrutura organizacional apropriada

para se atingir a excelência nas operações.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: Transportes, Administração de Materiais, Distribuição Física. São Paulo: Atlas, 1993. BALLOU, Ronald H. - Gerenciamento da cadeia de suprimentos / logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2006. CRUZ, Tadeu. Sistemas, organização e métodos: Estudo integrado das novas tecnologias de informação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: Uma abordagem logística. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1993. LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Prince. Sistemas de informação. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação á administração de materiais. São Paulo: Makron, Mc Graw-Hill, 1991. MARTINS, Petrônio Garcia; e ALT, Paulo Renato Campos. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2001. ARNALD, J.R. Tony. Administração de materiais. uma introdução. São Paulo: Atlas, 1999. BOWERSOX, Donald J; CLOSS, David J. logística empresarial: processo de integração da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001. NOVAES, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro: Campus, 2007. ARANTES, Amílcar – O papel da logística na organização empresarial e na economia: Introdução: transporte/logística/interfaces do marketing [Em linha]. Portugal, 2005. Disponível em WWW: <URL:https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/49180/1/LEGI_cap_7_Transporte_05-06.pdf> ARANTES, Amílcar – O papel da logística na organização empresarial e na economia: Introdução: Fatores que influenciam custo e o «pricing» do transporte. Portugal, 2005. Disponível em WWW: <URL:https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/49180/1/LEGI_cap_7_Transporte_05-06.pdf> RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrosio. Introdução aos sistemas de transportes no Brasil e a logística internacional. 4. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2007. MOURA, R.A. (1997) - Manual de Logística: Armazenagem e Distribuição Física. IMAN. 2. ed. Edição. São Paulo. Moura, R. A. (2002) Administração de Armazéns. Instituto IMAM