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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA SÍNDROME DE BURNOUT E SUAS CONSEQUÊNCIAS Matheus Wesley Ribeiro de Souza ORIENTADOR: Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro. 2017 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

SÍNDROME DE BURNOUT E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Matheus Wesley Ribeiro de Souza

ORIENTADOR:

Prof. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro.

2017 DOCUMENTO P

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

SÍNDROME DE BURNOUT E SUAS CONSEQUÊNCIAS

1 FOLHA DE ROSTO

Apresentação de monografia à AVM como requisito

parcial para obtenção do grau de especialista em

Engenharia da Produção.

Por: Matheus Wesley Ribeiro de Souza

Rio de Janeiro.

2017

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2 AGRADECIMENTOS

A Deus.

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3 DEDICATÓRIA

Aos meus familiares, amigos e todas as

pessoas que contribuíram para o

desenvolvimento desse trabalho.

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4 RESUMO

Na década de 70 foi descoberto uma síndrome pelo psicanalista

Herbert J. Freudenberger que os sintomas eram como se as pessoas se

queimasse de dentro para fora, daí o nome Burnout. No início a síndrome era

pesquisada apenas nos profissionais da área da saúde, pela complexibilidade

que existe no trabalho em relação a demanda de horas extras, cuidados com

os pacientes e o fato de lidar com a morte dos que estão aos seus cuidados,

cargos esses que tinham um ligamento emocional em grande escala.

Os profissionais que haviam adquirido essa síndrome demonstravam

alguns comportamentos estranhos. Esses comportamentos foram definidos por

Maslach em 3 dimensões, sendo, exaustão emocional, falta de realização

pessoal e a despersonalização. Os profissionais que apresentavam essa

síndrome possuíam rendimentos bem menores e comportamentos atípicos, tais

como, cansaço, desprezo, insensibilidade e entre outros.

No Brasil foi aprovado um decreto que dá direito ao afastamento

amparado pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) no Decreto nº

3.048, 6 de maio de 1999, foi aprovado o regulamento da Previdência Social

que atribuiu a síndrome de Burnout ou Esgotamento profissional no grupo V da

CID-10, onde o código dessa síndrome é Z73.0.

Existem alguns tratamentos e prevenções para o Burnout e apenas

um médico devidamente credenciado pode dar o laudo afirmando que o

profissional possui a síndrome de Burnout, e para chegar a essa confirmação é

necessário realizar diversos testes, tais como o Maslach Burnout Inventory

(MBI – Inventário de Burnout da Maslach).

A engenharia de produção, por sua vez, tem como o seu objetivo

maximizar os lucros, com a redução de tempo, custos e com as melhorias nos

processos, tendo em vista, que para realizar certos processos teremos que

forçar mais das pessoas, fazer com que todas trabalhem com uma certa

demanda para que o objetivo seja alcançado, e para isso precisamos pensar

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também no bem estar das pessoas, na ergonomia, para que não haja indícios

ou agravamento de uma síndrome em nossos profissionais, já que 30% dos

mais de 100 milhões de trabalhadores possuem indícios do Burnout, levando a

termos um grande número de profissionais que estão afastado por causa de

transtornos mentais.

Existem algumas estratégias para combater a síndrome de Burnout,

seja para curar ou prevenir. Segundo Gil Monte, temos três categorias para a

prevenção ou tratamento do Burnout, sendo elas categorizadas em individual,

grupal e organizacional.

É notório que o Burnout influencia diretamente a vida das pessoas,

seja ela no âmbito profissional ou pessoal, porém, existem tratamentos para

combater a síndrome e as organizações devem ser responsáveis pela

prevenção, pois, elas podem ser acusadas pelo agravamento da síndrome em

seus colaboradores.

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5 METODOLOGIA

Para a realização do trabalho, foram realizadas pesquisas, consultas

em fontes bibliográficas e sites sobre síndrome de Burnout, Esgotamento

profissional, afastamentos causados por essa síndrome, evidenciando sobre os

malefícios causados por esse problema e soluções para tal, com o objetivo de

se obter informações necessárias para alertar os engenheiros de produções

sobre a situação que podemos chegar, caso isso não seja tratado durantes os

projetos e estudos de melhoria dentro da empresa.

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6 SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9

CAPÍTULO I

SÍNDROME DE BURNOUT ............................................................................. 11

CAPÍTULO II

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ...................................................................... 20

CAPÍTULO III

ESTRATÉGIAS CONTRA O BURNOUT ......................................................... 31

CONCLUSÃO .................................................................................................. 40

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 42

WEBGRAFIA ......................................................................................44

ÍNDICE................................................................................................48

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7 INTRODUÇÃO

O trabalho é uma das tarefas que consomem mais tempo dos

nossos dias e uma das mais essenciais. O indivíduo investe grande parte da

sua existência na preparação para o trabalho e no próprio trabalho. Se

levarmos em consideração as horas médias de trabalho (8hrs) mais o tempo de

locomoção até o mesmo, veremos que o trabalho consome mais de 1/3 do

nosso tempo. Imagina gastar todo esse tempo e não ter sua satisfação?

Segundo Dejour (1992), o trabalho nem sempre possibilita o reconhecimento e

autonomia, já que em uma grande parte pode causar problemas de

insatisfação, despersonalização e exaustão.

A síndrome de Burnout é uma doença que causa o esgotamento

profissional, seja ele físico ou emocional. Essa doença foi denominada por

Herbert J. Freudenberger em 1974 e essa síndrome só passou a ser estudada

por outros profissionais na década de 80. Harrison (1999) menciona que se os

estressores que possuem uma frequência constante vinculada ao trabalho de

forma persistente e repetitiva, gerando uma pressão emocional na pessoa por

um logo tempo podem causar a Síndrome de Burnout ou a Estafa Profissional.

Essa síndrome é considerada como uma doença ocupacional,

portanto, é aceita no Brasil como acidente trabalhista, ou seja, o profissional

que possui o afastamento por causa desse transtorno (CID Z73.0), tem os

benefícios de qualquer outro afastamento por acidente de trabalho, pois, os

profissionais chegaram a este nível, devido as condições enfrentadas no

âmbito de trabalho.

A Engenharia de Produção que é a parte responsável por realizar a

competitividade da empresa e que tem a percepção para encontrar melhorias

em processos, mesmo que sejam melhorias em equipamentos, máquinas,

pessoas e etc. Essas melhorias às vezes sobrecarregam mais algumas coisas

para dar certo, portanto, o engenheiro de produção deve conhecer sua equipe

para realizar melhorias que estejam de acordo com a ergonomia dos

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colaboradores e que conheça sobre a saúde mental, para que não haja início

de uma síndrome de esgotamento profissional.

Muitos autores citam que o engenheiro de produção tem que ser um

ótimo líder, pois ele tem que saber lidar com as pessoas, realizar o

mapeamento dos processos e fazer com que todos sigam o mesmo caminho,

para que assim consiga obter bons resultados através do desempenho da sua

equipe.

Existem diversas maneiras de evitar que um profissional tenha

princípios da síndrome de Burnout, algumas dessas maneiras depende

unicamente do profissional e outras do próprio gestor.

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CAPÍTULO I

1 SÍNDROME DE BURNOUT

O trabalho nem sempre nos proporciona momentos felizes, há

momentos de muitas frustações, insatisfação e outras milhares de emoções

que podem ser positivas e negativas. Essas emoções negativas, juntas e com

uma excessiva frequência, podem desencadear uma síndrome de transtorno

mental chamada de Síndrome de Burnout.

O nome Síndrome de Burnout teve origem na língua inglesa, onde o

seu significado é originário de duas palavras Burn (queimar) – Out (fora). Essas

duas palavras possuem diversos significados como gíria em seu país de

origem, mas, nesse caso estaremos tratando o significado de Burnout dentro

do seu conceito aplicado sobre a síndrome, que seria “Queimar por completo”.

A Síndrome de Burnout ou Esgotamento Profissional foi

diagnosticado no inicio da década de 70 pelo psicanalista Herbert J.

Freudenberger. Após muitas pesquisas, o psicanalista observou que muitos

voluntários com os quais trabalhava, gradualmente iriam tendo mudanças de

humor e uma súbita desmotivação no trabalho. Esse processo de

desmotivação e mudança de humor, geralmente ocorria dentro de um ano e os

voluntários que apresentaram ter esses desgastes exibiam claramente um

estado se exaustão. Já na década de 80 a síndrome de Burnout começou a ser

reestudada pela psicóloga social Christina Maslach com foco na estimulação

emocional no trabalho dos profissionais da área da saúde, pessoas que em

decorrência a sua profissão, mantém um maior contato com outras pessoas,

onde foram identificadas similaridades com os sintomas de Freudenberger.

Após a década de 80 foram realizados estudos por diversos profissionais da

área, tentando entender, diagnosticar e evitar esse transtorno, que a princípio

só acontecia com as pessoas que tinham seu trabalho voltado a ajudar outras

pessoas, área da saúde. Hoje em dia essa síndrome atinge uma gama de

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profissionais, segundo a Clínica Dr. Hong Jin Pai & Associados (2016, p.1)

“Hoje em dia, o termo não é usado somente para estas profissões. A síndrome

de Burnout pode afetar qualquer um, de estudantes estressados e

celebridades, a pessoas que trabalham em escritórios e donas de casa”.

Em Codo e Vasques-Menezes(1993) diz que Sindrome de Burnout

está ligada diretamente a “Síndrome da desistência”, todos os profissionais

atingidos por esse transtorno se tornam incapaz de se envolver

emocionalmente e consequentemente se tornam incapaz de produzir

eficientemente em seu trabalho. O transtorno possui diversas características

que ao invés de colocar o profissional para cima, apenas temos uma retração

do profissional, ou seja, o profissional deixa de se valorizar e começa uma fase

de “depressão”.

1.1 Stress e Burnout

A palavra estresse é derivada do latim e foi popularizada no século

XVII significando fadiga e cansaço e entre o século XVIII e XIX o estresse foi

relacionado com o conceito de força, esforço e tensão.

Para entendermos de forma clara e objetiva a diferença entre stress

e Burnout, precisamos saber que o stress é uma forma com que o corpo reage

a um tipo de demanda e o Burnout é uma carga excessiva do stress por um

longo prazo, ou seja, o seu corpo se sente muito sobrecarregado e incapaz de

responder a aquela demanda. Isto é, todo o stress excessivo pode contribuir

para formação de uma síndrome de Burnout, e que a síndrome é o acumulo

excessivo de diversos estressores.

A Depressão também é uma doença que também é semelhante ao

Burnout. Alguns de seus sintomas são convergentes com a síndrome, como

por exemplo.

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• Exaustão extrema

• Sentir-se para baixo

• Redução de Desempenho

Esses sintomas são típicos na depressão e no Burnout, por isso, é

necessário um acompanhamento médico para realizar o diagnóstico.

Saúde melhor. https://www.saudemelhor.com/diferencas-entre-stress-e-

burnout. Acesso em Jan. 2017.

1.2 Principais Dimensões do Burnout

Existem diversas características e variáveis para o Burnout, mas,

segundo MASLACH (2001) o Burnout é composto por três dimensões que é o

cansaço emocional, despersonalização e a realização pessoal.

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1.2.1 Exaustão Emocional

Essa característica faz com que o profissional tenha sentimentos

muito fortes, de forma que o mesmo apresente sensação de esgotamento,

cansaço, falta de energia ou até mesmo força emocional para continuar as

rotinas de trabalho.

As habilidades interpessoais na prática profissional ficam

estagnadas, afetando diretamente o relacionamento e atendimento com os

colegas de trabalho e até mesmo cliente, seja interno ou externo, além do

desempenho reduzido no trabalho, podendo causar um desequilíbrio em toda a

cadeia.

1.2.2 Realização Pessoal

O indivíduo não possui mais as mesmas características de antes,

porém, agora ele não está mais preocupado com terceiros ou até mesmo com

ele, possui apenas pensamentos negativos, insensibilidade, ceticismos.

1.2.3 Despersonalização

Surgem sentimentos que reformula valores e conceitos sobre sua

vida e seu trabalho. Geram atitudes cínicas é um fato da despersonalização, o

trabalhador desenvolve essas atitudes frente às pessoas com que trabalha ou

presta serviço.

Segundo GIL MONTE e PEIRÓ (1997) mencionam que esta

característica está ligada diretamente ao distanciamento frente às pessoas, ou

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seja, desprezo aos demais colaboradores e sempre colocando culpa nos

demais pelas suas frustações.

1.3 Diagnostico do Burnout

Além das principais características citadas acima, ainda temos

diversos outros sintomas que pode apontar essa doença, como, cansaço,

dificuldade para dormir, dores musculares e cabeça, noites mal dormidas, ou

seja, excesso de horas dormidas ou mínimo de horas dormidas, alteração

alimentar e entre outros fatores que podem caracterizar a síndrome de Burnout.

É comum associar o quadro de sintomas da síndrome de Burnout

com uma depressão, por isso é muito importante que a avaliação seja feita por

um médico devidamente credenciado e especialista na área para que

possamos ter a real certeza do que estamos enfrentando ou tratando.

É possível reconhecermos os sintomas, mas o diagnóstico e o laudo,

somente com uma consulta/visita ao médico para as avaliações, serão

submetidos a realizar diversos testes até que seja realmente constatada que os

sintomas apresentados concretizam a síndrome de Burnout. O médico

especialista da área é a única pessoa capaz de afirmar a constatação da

doença, porém, o médico perito é o responsável por avaliar o amparo do INSS.

Não há nenhuma uniformidade de opiniões para o diagnóstico do

Burnout. Nas avaliações são utilizados diversos métodos para diagnosticar a

síndrome, pois não há nenhuma definição padrão do que seja a síndrome de

Burnout, só sabemos que realmente afeta as pessoas de tal maneira que foi

considerada uma doença ocupacional.

Umas das avaliações mais comuns é o questionário Maslach o

“Maslach Burnout Inventory”(MBI) que está disponível para uma gama de

profissionais, porém, o questionário não foi feito para diagnóstico médico, foi

feito para a investigação científica do Burnout.

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É muito importante realizar esses procedimentos com o médico,

pois, se ficarmos com a certeza que temos o Burnout na cabeça antes dos

exames serem feitos e/ou finalização do laudo médico, temos uma grande

probabilidade de realizarmos tratamentos ineficientes ou inadequados.

Fonte: Chafic. http://www.chafic.com.br/index_arquivos/burnout.pdf. Acessado

em 04/01/2017.

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1.4 Doença ocupacional

A síndrome de Burnout está caracterizada por uma doença

ocupacional no Brasil. No Decreto nº 3.048, 6 de maio de 1999, foi aprovado o

regulamento da Previdência Social, que na tabela de Transtornos mentais e do

comportamento relacionado com o trabalho (Grupo V da classificação

internacional das doenças, CID-10) menciona a sensação de estar acabado

como sinônimo de Síndrome de Burnout e Síndrome do Esgotamento

Profissional. Essa síndrome possui o código “Z73.0” na CID.

Segundo Sérgio Gerim (2010), Advogado e Especialista em Direito

da Economia é que a Síndrome de Burnout é considerada como um problema

de saúde ocupacional pela lei brasileira, por causa dos agente etiológico ou

fato de risco justamente as condições de trabalho, podendo o trabalhador

acionar o empregador na justiça requerendo danos morais, mediante a

alegação de que ficou doente por culpa das situações no ambiente de trabalho.

1.5 Causas do Burnout

Temos diversas causas do Burnout, como mencionado

anteriormente. Apresentaremos algumas causas relacionadas ao trabalho e a

vida do profissional. Essas são as causas mais comuns entre os profissionais

que foram diagnosticados com essa síndrome, isto é, as causas não se

apresentam na mesma intensidade ou do mesmo jeito entre os profissionais.

Alguns profissionais reagem de um jeito diferente dos outros.

Segundo o psiquiatra Emmanuel Kanter as pessoas que estão

saturadas do seu trabalho, anseiam pelo término do expediente para poder

realizar suas atividades pessoais, tais como, sair com os amigos, ir ao cinema

e realizar atividades de lazer, porém, há pessoas que não conseguem

desgrudar do trabalho, mesmo não o suportando, algumas pessoas ficam

ligadas ao trabalho, a ponto de se esgotar fisicamente e mentalmente, de forma

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que prejudique o rendimento dentro e fora do ambiente de trabalho. Essas

pessoas chegam em suas residências exaustos e não fazem nada em seu

domicílio.

Toda uma sobrecarga de dificuldade, dúvidas e conflitos impõe-se normalmente a cada um de nós em nossas atividades cotidianas. Os problemas e situações desagradáveis exigem que cada um empregue recursos a fim de colimar soluções mais confortáveis. É claro que o esforço para conseguir tais soluções pode vir a precipitar desgaste psicológico e determinar uma espécie de esvaziamento de energia psíquica, dando lugar a uma sensação interna de pressão, consumidora do tônus vital, objetivamente constatável sob forma de apatia e perda de motivação. (BERGAMINI, 1992, p. 14)

1.5.1 Relacionadas ao trabalho

Algumas causas relativas ao trabalho que são encontradas nos

casos de Burnout, nem todos os apresentam as mesmas causas, porém, as

causas abaixo são as mais comuns, segundo LANDIM.

• Sentir-se que não tem controle sobre o seu trabalho

• Trabalhar em ambiente desagradável, caótico e que possui muita

pressão.

• Realizar tarefas que não lhe desafia, sentimento de inferioridade.

• Baixa expectativa de trabalho.

• Não receber méritos ou reconhecimento pelo seu bom trabalho.

• Trabalho em excesso.

1.5.2 Relacionadas à vida do profissional

As causas abaixo são relacionadas à vida do profissional, algumas

delas têm ligação com o trabalho.

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• Excesso de Trabalho causando falta de tempo para socializar

• Não dormir o suficiente para recompor a energia.

• Falta de relacionamentos íntimos, devido ao excesso de

carga/preocupação com o trabalho.

• Levar trabalho para casa.

Existem diversas causas que podem levar uma pessoa a ter o

Burnout ou agravar o problema, as causas apresentadas são apenas umas das

várias causas que podem ascender a “faísca” dessa síndrome.

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CAPÍTULO II

2 ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Engenharia de produção é a parte responsável por aumentar a

competitividade da empresa, ou seja, é o ramo que possui a percepção para

programar melhorias no sistema da empresa, sejam em pessoas, informações,

materiais e equipamentos, de forma que trabalhando em conjunto com

projetos, essa área pode nomear, avaliar e prever os resultados das

implementações.

2.1 Breve história da Engenharia de Produção

A Engenharia de Produção originou-se da Engenharia Industrial e

seus primeiros registros foram feitos no final do século XIX e meado do século

XX. Essa nova metodologia foi desenvolvida por um grupo de engenheiros que

buscavam através da administração cientifica estudar formas de aumentar a

produtividade, redução de tempo e movimentações na operação. As técnicas

aplicadas por esse grupo de engenheiros tiveram grande impacto nas práticas

de gestão de empresas.

Como introdutor de uma Engenharia de Produção temos o Herny

Ford que utilizando os métodos desenvolvidos pelo grupo de engenheiros

realizou a produção em massa através do conceito da linha de montagem que

teve como efeito um maior lucro, tendo em vista que houve uma elevação nas

taxas de produtividade e uma queda no custo de produção. Contudo, a

Engenharia de Produção vem se desenvolvendo até hoje para atender as

necessidades das empresas nos dias atuais, sendo ampliações de mercados,

concorrência, melhoria na produção e entre outros fatores.

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Na tabela abaixo temos os principais contribuintes na história da

engenharia de produção e suas principais contribuições para o

desenvolvimento dessa área.

Fonte: Associação Brasileira de Engenharia de Produção.

http://www.abepro.org.br/interna.asp?ss=1&c=924. Acessado 24/01/2017.

Segundo o texto adaptado da The Institute of Industrial and Systems

Engineers de Afonso Fleury (2008) a engenharia de produção é definida como.

A Engenharia de Produção trata do projeto, aperfeiçoamento e implantação de sistemas integrados de pessoas, materiais, informações, equipamentos e energia, para a produção de bens e serviços, de maneira econômica, respeitando os princípios éticos e culturais. Tem como base os conhecimentos específicos e as habilidades associadas às ciências físicas, matemáticas e sociais, assim como aos princípios e métodos de análise da engenharia de projeto para especificar, predizer e avaliar os resultados obtidos por tais temas. (IISE, adaptado por Afonso Fleury, 2008, p.1)

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E segundo a Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO, 2006).

Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados, envolvendo homens, materiais e equipamentos, especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas, recorrendo a conhecimentos especializados da matemática, física, ciências sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto da engenharia. (ABEPRO, 2006, p.1)

Conforme mencionado por ABEPRO e Fleury à engenharia de

produção é uma área muito enérgica, pois ela pode atuar em diversas áreas

das organizações e cada vez aumenta a demanda de sua necessidade nas

empresas.

No Brasil, a Engenharia de Produção começa ao chegar à década

de 50, quando o mercado foi aberto para as grandes multinacionais.

As grandes multinacionais possuíam nos quadros de funcionários o

cargo de Engenheiro de Produção, porém, no Brasil não havia pessoas

qualificadas para exercer o cargo, devido, o país não possuir o curso de

formação para esse tipo de engenharia, com isso, inicialmente os cargos foram

preenchidos por estrangeiros, mas, aos poucos, os cursos de formação de

engenheiros de produção foram surgindo e as vagas começaram a ser

preenchidas por brasileiros.

2.2 Contribuintes e Contribuições

Apresentação dos contribuintes e uma breve explicação de suas

contribuições.

• Frederick Taylor – Os princípios da administração científica – Estudo

sobre a relação de desenvolvimento de pessoas e seus resultados, ou

seja, realizar treinamentos para os funcionários para ter uma maior

possibilidade de produzir mais e com maior qualidade.

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• Henry Ford – Linha de Montagem – Produção em série e também

conhecida como Fordismo, cada colaborador é especializado em sua

função para atender determinada parte do processo de produção de um

produto, dessa forma os profissionais eram treinados para realizar o tipo

de tarefa e o consenso de trabalhar em equipe, pois, a atividade era

divida em pequenos processos e cada colaborador exercia apenas a sua

parte do processo, após a conclusão, o produto era direcionado para

outros colaboradores. A linha de montagem revolucionou a produção em

massa, devido ao grande aumento produtivo que ocorreu nesse sistema.

O modelo utilizado é de empresa verticalizada, absorvendo todos os

processos e etapas na empresa.

• Taiichi Ohno – Sistema Toyota – Qualidade total e também conhecida

como Toyotismo, o sistema Toyota foi inserido no mercado na década

de 50 onde foi corrigido o problema do fordismo, o desperdício, e vinha

com o conceito de qualidade total e fazer certo de primeira, para isso ele

o sistema tinha como apoio o JIT (Just-In-Time – No tempo certo),

Jidoka (Automação), Kaizen (Mudança para o melhor) e Kanban

(Sinalização). O modelo de empresa horizontalizada, eliminando

estoque e esperas.

• Harrington Emerson – Melhoria da Eficiência Empresarial – 12 princípios

da eficiência, Emerson adotou para termos uma maior eficiência em uma

empresa, precisaríamos ter os 12 princípios elaborados por Emerson,

sendo eles:

1. Ideais claramente definidas.

2. Senso comum.

3. Conselho competente.

4. Disciplina.

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5. O acordo justo.

6. Registros confiáveis, imediatos e adequados.

7. Despacho

8. Padrões e Programações.

9. Condições padronizações.

10. Operações padronizadas.

11. Escrita padrão – Instruções Prática.

12. Recompensa por eficiência.

• Ford Whitman Harris – Primeiro modelo de lote econômico (LEC) – O

modelo aborda a quantidade ótima a ser solicitada em relação aos

custos de manutenção do estoque. Esse custo é incluso as taxas e

encargos sobre o estoque, demanda anual, custo fixo do pedido e o

custo unitário do produto.

• Henry Gantt - Uso de sistemas de programação – Gantt foi o inventor do

Diagrama de Gantt, que é um gráfico para ilustrar o avanço de diferentes

etapas de um projeto. O Diagrama de Gantt foi utilizado para como uma

ferramenta de controle de produção, onde é possível visualizar as

tarefas e o tempo utilizado para concluir determinada etapa.

• Walter A. Shewhart - Controle estatístico de qualidade – Shewhart criou

técnicas para avaliar e aperfeiçoar a qualidade de materiais e serviços.

A carta desenvolvida contribuiu para a gestão da qualidade, evitando

que itens defeituosos fossem produzidos.

• Elton Mayo - Atenção a fatores comportamentais – Mayo realizou o

experimento Hawthorne entre 1927 e 1932. Esse experimento

desenvolveu-se em 4 fases e no final dessas fases foi concluído que o

nível de produção é determinado pela integração social.

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• Leonard Henry Caleb Tippett – Amostragem do trabalho – É uma técnica

que realiza um gama de observações em uma determinada atividade ou

processo, com o intuito de gerar uma probabilidade para uma produção

padrão.

• Roberto Kaplan e David Norton – BSC (Balanced Scorecard -

Indicadores de desempenho balanceados - “Sistema de Suporte à

decisão”) – A ferramenta consiste em dar apoio as decisões a serem

tomadas, balanceado a causa/efeito entre os quatros indicadores de

avaliação da empresa.

1. Financeiro

2. Clientes

3. Processos Internos

4. Aprendizado e Conhecimento

Existem outros processos e ferramentas que aprimoram a

Engenharia de Produção, há ferramentas para cada área e ferramentas que

trabalham em comum, foram apresentadas apenas algumas das diversas

ferramentas que contempla a Engenharia de Produção.

2.3 Competências e habilidades de Engenheiro de Produção

Os engenheiros de produção precisam ter competências e

habilidades para exercer o cargo, assim como, também é selecionado um perfil

de egresso para a formação de um engenheiro de produção.

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2.3.1 Competências de Engenheiro de Produção

Segundo a ABEPRO (Associação Brasileira de Engenharia de

Produção), o engenheiro de produção precisa ter dez competências, sendo

elas:

1. Ser capaz de dimensionar e integrar recursos físicos, humanos e

financeiros a fim de produzir, com eficiência e ao menor custo, considerando a

possibilidade de melhorias contínuas;

2. Ser capaz de utilizar ferramental matemático e estatístico para

modelar sistemas de produção e auxiliar na tomada de decisões;

3. Ser capaz de projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas,

produtos e processos, levando em consideração os limites e as características

das comunidades envolvidas;

4. Ser capaz de prever e analisar demandas, selecionar tecnologias

e know-how, projetando produtos ou melhorando suas características e

funcionalidade;

5. Ser capaz de incorporar conceitos e técnicas da qualidade em

todo o sistema produtivo, tanto nos seus aspectos tecnológicos quanto

organizacionais, aprimorando produtos e processos, e produzindo normas e

procedimentos de controle e auditoria;

6. Ser capaz de prever a evolução dos cenários produtivos,

percebendo a interação entre as organizações e os seus impactos sobre a

competitividade;

7. Ser capaz de acompanhar os avanços tecnológicos, organizando-

os e colocando-os a serviço da demanda das empresas e da sociedade;

8. Ser capaz de compreender a inter-relação dos sistemas de

produção com o meio ambiente, tanto no que se refere à utilização de recursos

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escassos quanto à disposição final de resíduos e rejeitos, atentando para a

exigência de sustentabilidade;

9. Ser capaz de utilizar indicadores de desempenho, sistemas de

custeio, bem como avaliar a viabilidade econômica e financeira de projetos;

10. Ser capaz de gerenciar e otimizar o fluxo de informação nas

empresas utilizando tecnologias adequadas.

2.3.2 Habilidades de Engenheiro de Produção

As habilidades para os engenheiros de produção totalizam quatorze

habilidades, segundo a ABEPRO.

Fonte: ABEPRO. http://www.abepro.org.br/interna.asp?ss=1&c=924. Acesso

em 10/01/2017.

2.4 Áreas que contemplam a Engenharia de Produção

A engenharia de produção é um setor muito dinâmico, portanto, há

diversas interfaces com os diversos setores de uma organização, com isso, a

EP (Engenharia de Produção) abre um leque de opções de atuação em uma

empresa, porém, é necessário que o curso de EP proporcione uma formação

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de qualidade aos futuros engenheiros, tornando-os mais produtivo em uma

organização.

Fonte: ABEPRO. http://www.abepro.org.br/interna.asp?c=362. Acessado em 10/01/2017.

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29

2.5 Produtividade x Motivação

O aumento produtivo com eficiência sempre foi o carro chefe da

engenharia de produção, de acordo com CUNHA (2002).

Produzir é mais que simplesmente utilizar conhecimento científico e tecnológico. É necessário integrar fatores de natureza diversas, atentando para critérios de qualidade, eficiência, custos, etc. A Engenharia de Produção, ao voltar a sua ênfase para as dimensões do produto e do sistema produtivo, veicula-se fortemente com as ideias de projetar produtos, viabilizar produtos, projetar sistemas produtivos, viabilizar sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir produtos que a sociedade valoriza. Essas atividades, tratadas em profundidade e de forma integrada pela Engenharia de Produção, são fundamentais para a elevação da competitividade do país. (CUNHA, 2002, p.20)

A engenharia de produção sempre teve como o seu objetivo

maximizar os lucros com as reduções de tempo e custo, portanto, o aumento

produtivo é um dos fatores a ser estudado, pois, como visto em um breve

resumo dos contribuintes a engenharia de produção está ligada diretamente na

eficiência da empresa, ou seja, esta ligada diretamente a redução de tempo,

custo e aumento na qualidade, evitando perdas e retrabalho.

Com relação ao breve resumo dos contribuintes e contribuições é

possível identificar que na grade maioria dos processos envolve pessoas, e

para termos um aumento produtivo no século XXI não é necessário apenas

realizar um belo projeto e jogar ao ar. MINICUCCI (1995) diz que:

Um empregado poderá estar dotado generosamente de todas as qualidades necessárias ao desempenho do cargo, ter ferramentas necessárias, ter um bom ambiente de trabalho, mas isso não garantirá, de antemão, que ele executará a contento sua tarefa (MINICUCCI, 1995, p. 227).

A palavra motivação é derivada da palavra em latim movere, que

significa mover para realizar determinada ação. Hoje em dia o seu sentido

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30

significa incentivar, estimular ou energizar alguém por alguma razão. Então é

fácil, é só motivar os funcionários? Ninguém motiva ninguém, apenas oferece

estímulos para outra pessoa se motivar. Vergara (2003) diz que:

Ninguém motiva ninguém. Nós é que nos motivamos, ou não. Tudo o que os de fora podem fazer é estimular, incentivar, provocar nossa motivação. Dito de outra maneira, a diferença entre a motivação e estímulo é que a primeira está dentro de nós e o segundo, fora. (VERGARA, 2003, p.42)

Para liderar as pessoas a ter uma bom desempenho, é necessário

considerar a complexa natureza do homem, que sofre influência dos fatores

internos e externos.

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CAPÍTULO III

3 ESTRATÉGIAS CONTRA O BURNOUT

Como vimos nos capítulos anteriores, existe uma síndrome que é

capaz de esgotar fisicamente e mentalmente os profissionais e também vimos

que a engenharia de produção foi desenvolvida para poder alcançar como

objetivo principal um maior lucro, tendo em vista a redução de tempo, custos

operacionais e melhorias em processos.

O objetivo principal de uma empresa é gerar lucro, mas, não

podemos nos esquecer dos investimentos que realizamos para alcança-lo.

Além das máquinas que hoje em dia atuam em grandes processos, as pessoas

também são investimentos das empresas, elas precisam ser tratados

dignamente, pois, se não cuidarmos dos funcionários podemos leva-los a

afastamentos e isso pode prejudicar toda uma cadeia, pelo fato de que aquele

profissional já foi treinado para exercer tal função e na ocorrência de um

afastamento, será necessário um processo de contratação ou migração, e

ainda os treinamentos obrigatórios e/ou de qualidade. Por esse motivo

devemos levar em consideração algumas estratégias contra a síndrome de

Burnout, umas das síndromes que leva o afastamento do profissional. Contudo,

os estudos sobre o Burnout ainda não é muito valorizado no Brasil, e muitos

profissionais desconhecem essa doença.

Como visto no capítulo II o histórico de desenvolvimento da

engenharia de produção sempre teve em seus processos as pessoas, portanto,

temos que levar em consideração a saúde mental dos nossos colaboradores, a

fim de evitar que os projetos/processos haja falha por motivos de falta de

rendimento dos colaboradores, não podemos deixar que as necessidades

apresentadas pelo funcionário e os interesses da organização, protagonize aos

agentes estressores um desencadeamento do processo do Burnout.

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Segundo as estatísticas da International Stress Managment

Association (ISMA) cerca de 30 por cento dos mais de 100 milhões de

trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome de Burnout, ou seja,

aproximadamente a cada 3 trabalhadores, um possui a síndrome de Burnout.

No ano de 2010 tivemos um prejuízo no Produto Interno Bruto (PIB)

de 3,5%, devido a esgotamento dos profissionais, acarretando na falta de

produtividade, conforme a ISMA.

Algumas estratégias serão apresentadas abaixo são para mitigar a

presença de estressores no âmbito empresarial e pessoal do profissional, não

podendo esquecer que os próprios engenheiros e gestores estão propícios

como qualquer outro profissional.

3.1 Ergonomia do trabalho

Segundo a IEA (International Ergonomics Association – Associação

Ergonômica Internacional) a ergonomia é definida como:

Ergonomia (ou fatores humanos) é a disciplina cientifica interessada no entendimento da interação entre os homens e outros elementos do sistema, e a profissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos para projetar a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral do sistema.

Os profissionais de ergonomia contribuem para o projeto e avaliações de tarefas, trabalhos, produtos, ambientes e sistema para fazê-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas.

A Ergonomia faz parte do conjunto de conhecimento necessário para

que qualquer tipo de sistema produtivo tenha um ótimo funcionamento e um

ótimo resultado, segundo CUNHA (2002).

É de extrema importância o estudo do ambiente ergonômico, pois

podemos dizer que este estudo ajuda os profissionais a terem mais segurança

e conforto, consequentemente o aumento da estabilidade dos funcionários nas

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33

empresas, isto é, oferecer conforto adequado e metodologias para prevenção

de acidentes, diminuindo o número de afastamento de profissionais.

A tabela abaixo mostra o total de benefícios concedidos pelo INSS

para afastamento por doenças, muitas delas, podem ter sido causadas do

estudo de ergonomia na empresa.

Fonte: Folha de São Paulo.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/09/1520341-veja-as-doencas-que-

mais-dao-afastamento-no-inss.shtml. Acesso em 15/01/2017.

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3.2 Estratégias contra o Bunrout

Existem alguns exercícios que ajudam a combater a síndrome de

Burnout, seja de maneira individual, grupal ou organizacional. Esses exercícios

servem para prevenir que a doença avance.

Gil Monte (2003) menciona que temos três tipos de estratégias para

a prevenção e tratamento da síndrome de Burnout, essas estratégias podem

ser dividias em três categorias, sendo elas, individuais, grupais e

organizacionais.

3.2.1 Estratégias Individuais

Essa estratégia tem como objetivo atingir o profissional na sua

individualidade, ou seja, as ações deveram ser tomadas de maneira proativa, o

próprio indivíduo busca a prevenção através de atividades que norteia a sua

personalidade e sua rotina.

• Resolução de problemas

Identificar e resolver conflitos no âmbito de trabalho, já que os

conflitos são um dos estressores que podem causar mudanças

comportamentais, portanto, deve ser tratado.

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• Gestão de Tempo e Assertividade

Realizar uma gestão do seu tempo dentro do âmbito empresarial,

pois, ficar em dúvida para aceitar ou não um tarefa/pedido, pode ocasionar um

fila em seus processos e não conseguir terminar dentro do prazo estipulado,

podendo causar uma própria insatisfação, não só pessoal como profissional.

Ser assertivo não quer dizer que deve acertar todas às vezes, mas,

saber afirmar suas coisas, reconhecer seus erros e não colocar os erros em

outras pessoas, ter postura e comunicação clara.

• Tenha um propósito

Uma das causas mais comum para a estafa profissional é não

trabalhar com o que realmente gosta, isto é, o profissional trabalha sem

nenhum propósito, portanto, o que era para ser prazeroso é angustiante, e isso

alimenta os estressores causadores da síndrome de Burnout.

Trabalhar com o que realmente gosta, torna as suas tarefas mais

prazerosas e sua vida mais feliz, pois, o trabalhador enxerga que o que ele faz

é realmente útil.

• Não leve o trabalho para casa

Evite levar trabalho para casa, isso faz mal para sua saúde e para os

demais de sua residência. Segundo Pena (2010) “Quem leva trabalho para

casa, além do realizado na empresa, agride a própria saúde e pode ainda

ameaçar a da família”.

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3.2.2 Estratégias Grupais

As estratégias grupais têm como objetivo o profissional buscar apoio

de amigos, colegas, gestor direto e grupo de ajuda, com a finalidade de

reconhecer o problema e aprender com a experiência de outros.

• Comunicação

A comunicação com os amigos, colegas de trabalho e família são

muito importante para o desenvolvimento do tratamento, pois todo e qualquer

apoio sempre é bem vindo.

• Grupo de Ajuda

Buscar ajuda em grupos especializados em ajuda sobre o tema em

questão é importante, pois, nesses grupos há um líder que gerencia todas as

situações e a troca de experiência entre os participantes para apoio emocional

e para o melhor desenvolvimento de todos.

3.2.3 Estratégias Organizacionais

As empresas devem dedicar-se aos seus profissionais a ponto de

zelar e cuidar da saúde mental e física de seus colaboradores, proporcionando

um ambiente agradável para melhor satisfazê-lo e possuir um melhor retorno.

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Essas estratégias devem prover o bem-estar dos funcionários e

prevenir a proliferação do Burnout, utilizando medidas na cultura organizacional

e no próprio trabalho.

As ações devem estar alinhadas para que haja um resultado

positivo, algumas dessas ações são mudanças de ambiente de trabalho,

reconhecimento de mérito, participação nas tomadas de decisões, eventos na

empresa e entre outras.

As estratégias organizacionais são muito importantes, devido essa

síndrome ser relativa ao ambiente de trabalho, e conforme a justiça brasileira, o

empregador é responsável pelo agravamento dessa síndrome, já que para o

Decreto 3.048 de 1999 é considerada uma doença trabalhista.

• Pesquisa de Clima

Clima organizacional tem como objetivo principal saber as

necessidades e percepções dos colaboradores de uma determinada empresa,

a fim de atender a necessidade dos funcionários e consequentemente ter um

aumento produtivo, redução de rotatividade de profissionais, redução de custo

de contratação e ter uma qualidade maior em suas operações.

Os seres humanos estão continuamente engajados no ajustamento a uma variedade de situações, no sentido de satisfazer suas necessidades e manter um equilíbrio emocional. Isto pode ser definido como um estado de ajustamento. Tal ajustamento não se refere somente à satisfação das necessidades fisiológicas e de segurança, mas também à satisfação das necessidades de pertencer a um grupo social de estima, e de autorealização. É a frustração dessas necessidades que causa muitos dos problemas de ajustamento. Como a satisfação dessas necessidades superiores depende particularmente daquelas pessoas que estão em posições de autoridade, torna-se importante para a administração compreender a natureza do ajustamento e do desajustamento das pessoas (CHIAVENATO, 2002, p. 94).

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Porque aplicar uma pesquisa de clima? Com o resultado da

pesquisa de clima é possível verificar o grau de satisfação e motivação das

equipes e avaliar o que elas acham de certos padrões da empresa, de modo a

realizar análises e tentar quebrar estressores que podem desencadear

frustações em clientes interno.

• Relação Interpessoal

Os gestores precisam ter relação interpessoal com os funcionários,

já que o objetivo de um líder é provocar, estimular, desenvolver e aperfeiçoar o

seu liderado.

Um dos projetos que ajudam os colaboradores a ter uma relação

interpessoal com os líderes é o One-To-One (Um Para Um) para funcionários,

onde é submetida uma conversa entre funcionário e gestor em uma conversa

interpessoal, onde é possível conversar sobre sua vida pessoal e profissional,

pedindo ajuda, conselhos ou até mesmo uma orientação.

• Palestras

Palestras ou Comitês é uma boa ação para os colaboradores, onde

é passado informações que a empresa julga necessária e também serve para

uma palestra motivacional, além de contar com a concentração de vários

setores e pessoas em um espaço onde acontecerá uma socialização dos

colaboradores e trocas de informações.

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• Reconhecimentos

Reconhecimento é uma das maneiras de prevenção do Burnout, já

que um dos estressores do profissional é achar que é apenas mais um número

na empresa e que seu trabalho não é reconhecido, a falta de reconhecimento.

O reconhecimento pela empresa é fundamental para o desenvolvimento e

evolução dos profissionais. Remuneração por competência pode ser uma “faca

de dois gumes”, pois, pode levar a satisfação de alguns e a insatisfação de

outros, como por exemplo: Em uma remuneração por competência em um

curto prazo, o funcionário se sentirá mais motivado, quando o incentivo virar

rotineiro, a motivação desaparecerá. Por isso os reconhecimentos através de

remuneração financeira devem ser bem estudados e planejados.

Segundo HIPÓLITO (2002), a gestão de remuneração sempre foi um

ponto crítico nas empresas. Há uma grande dificuldade em estabelecer uma

regra para capturar esse valor agregado.

Essas pontuações são umas das diversas maneiras de realizar uma

prevenção da síndrome de Burnout e infelizmente nem todas as empresas

realiza essa prevenção, pois, essa síndrome ainda é desconhecida para muitas

pessoas.

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40

CONCLUSÃO

Em virtude dos fatos mencionados a Síndrome de Burnout é

caracterizada pelas três dimensões apontadas por Maslach, sendo elas a

exaustão, falta de realização pessoal e a despersonalização. Essa Síndrome

pode diagnosticada através de diversas ferramentas que possibilitam a

identificação das características da síndrome no profissional. O instrumento

mais conhecido para o diagnóstico é o MBI (Maslach Burnout Inventory –

Inventário de Burnout da Maslach) que é um questionário criado para

realização de diagnóstico do Burnout. Atualmente o MBI foi modificado e hoje

consta com 22 perguntas.

Percebe-se que as consequências da síndrome vão além do nível

profissional do colaborador, atinge também a sua vida pessoal e é uma doença

relativa ao trabalho que antigamente atingia com muita prevalência os

profissionais da saúde, porém, atualmente atinge uma gama de profissionais.

A engenharia de produção é uma área que trabalha com o objetivo

de maximizar os lucros e consequentemente a redução de tempo, custos,

melhorias de processos e entre outros fatores, devido a essa circunstância, se

dá a necessidade de alertasse para a síndrome de Burnout, já que todos os

projetos e processos envolvem pessoas que deverão estar totalmente

saudáveis, seja fisicamente ou mentalmente, para desempenhar o seu papel

dentro do escopo.

Existem diversas estratégias que são utilizadas para curar ou mitigar

a síndrome de Burnout e uma das primeiras estratégias é conhecer os

estressores e tentar removê-los ou diminuir a frequência de contato. Por esse

motivo, é necessário que todos tenham conhecimento sobre o Burnout e suas

consequências. As organizações também tem que tomar ciência sobre esse

fato, já que praticamente 1/3 dos profissionais sofrem afastamento derivado ao

Burnout que esta ligado ao grupo V da CID-10, Z73.0.

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Em um longo período temos um prejuízo na produção das

empresas, devido à falta de produtividade apresentadas pelas pessoas que

possuem a síndrome de Burnout e pelos afastamentos dos colaboradores,

consequentemente onerando a organização, devido uma posição de

colaborador sendo ocupada por alguém que não está produzindo

adequadamente, seja por motivos da empresa ou não, ou por um funcionário

que estará amparado pelo INSS, de certa forma, a organização precisará

gastar forças e esforços para realizar admissão/migração de um novo

colaborador e treiná-lo para uma nova função.

É Imprescindível que a organização tenha seus esforços voltados

para o bem estar dos funcionários, além dos esforços para o aumento

produtivo. Se tivermos um esforço para trazer um ambiente agradável para os

colaboradores e fazendo que todos façam parte do processo e que não

pensem que é só mais um, teremos um aumento produtivo.

Diante desse contexto, a síndrome de Burnout ou Esgotamento

Profissional em colaboradores da empresa tem como consequência uma má

produtividade, podendo ser identificada nos KPI’s (Key Performace Indicator –

Indicador-Chave de Performance) da organização e podendo gerar diminuição

no quadro de pessoas, devido os afastamento amparados pelo INSS.

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48

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO ........................................................................................... 2

AGRADECIMENTOS ......................................................................................... 3

DEDICATÓRIA .................................................................................................. 4

RESUMO ...... .................................................................................................. 5

METODOLOGIA ................................................................................................ 7

SUMÁRIO........ .................................................................................................. 8

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9

CAPÍTULO I

1 SÍNDROME DE BURNOUT ................................................................ 11

1.1 Stress e Burnout .................................................................................. 12

1.2 Principais Dimensões do Burnout........................................................ 13

1.2.1 Exaustão Emocional ............................................................................ 14

1.2.2 Realização Pessoal ............................................................................. 14

1.2.3 Despersonalização .............................................................................. 14

1.3 Diagnostico do Burnout ....................................................................... 15

1.4 Doença ocupacional ............................................................................ 17

1.5 Causas do Burnout .............................................................................. 17

1.5.1 Relacionadas ao trabalho .................................................................... 18

1.5.2 Relacionadas à vida do profissional .................................................... 18

CAPÍTULO II

2 ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ......................................................... 20

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2.1 Breve história da Engenharia de Produção ......................................... 20

2.2 Contribuintes e Contribuições ............................................................. 22

2.3 Competências e habilidades de Engenheiro de Produção .................. 25

2.3.1 Competências de Engenheiro de Produção ........................................ 26

2.3.2 Habilidades de Engenheiro de Produção ............................................ 27

2.4 Áreas que contemplam a Engenharia de Produção ............................ 27

2.5 Produtividade x Motivação .................................................................. 29

CAPÍTULO III

3 ESTRATÉGIAS CONTRA O BURNOUT ............................................. 31

3.1 Ergonomia do trabalho ........................................................................ 32

3.2 Estratégias contra o Bunrout ............................................................... 34

3.2.1 Estratégias Individuais ......................................................................... 34

3.2.2 Estratégias Grupais ............................................................................. 36

3.2.3 Estratégias Organizacionais ................................................................ 36

CONCLUSÃO ....................................................................................................40

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 42

WEBGRAFIA ...........................................................................................44