terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas prof. luciene rabelo

35
Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

Upload: leticia-botelho-amarante

Post on 07-Apr-2016

223 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

Terapia nutricional em enfermidades

orais e esofagianas

Prof. Luciene Rabelo

Page 2: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

Doenças na cavidade oral

Page 3: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

Cárie Dentária

Fatores relacionados com a cariogenicidade:

• Alimentos cariogênicos- freqüência da ingestão de CHO ex:caramelos.

• Alimentos cariostáticos- não contribuem para a cárie. Ex:peixe,frango,ovo,carne,a gordura,pela formação de película oleosa.

• Líquidos- importantes na hidratação e limpeza

• Consistência da dieta- líquida é menos cariogênica

Page 4: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

Manifestações específicas

Halitose

• Usar balas e chicletes à base de xilitol.O ato de mastigar aumenta a produção de saliva e diminui o odor.

• Os produtos com antinflamatórios devem ser utilizados com cautela , pois alteram a flora bucal.

• A dieta é ajustada a patologia causal.

Page 5: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

Conduta dietoterápica• VET –de acordo com as necessidades do paciente.

• Glicídios- de normo a hipoglicídica sem concentração de dissacarídeo.

• Protídios-hiperprotéica para restauração das células epiteliais.

• Lipídios-normo tendendo a hiper.

• Fibra-hiper e Líquidos- hiper.

Page 6: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

• Vitaminas- vitamina A,D,complexo B,folacina e vit C.

• minerais- de acordo com as necessidades do paciente.

• A seqüência e combinação dos alimentos.

• Elementos anticariogênicos- impedem a placa de reconhecer um alimentos cariogênicos

• Higienização

Page 7: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

ESÔFAGO • O esôfago é a porção do tubo digestivo que

conecta a garganta (faringe) ao estômago.

• Funciona como um único tecido durante a deglutição.

• As paredes do esôfago impulsionam o alimento até o interior do estômago com ondas rítmicas de contrações musculares denominadas peristaltismo.

Page 8: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

ANATOMIA ESOFÁGICA

Page 9: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo
Page 10: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

Quando o bolo alimentar é movimentado voluntariamente da boca para a faringe, ocorre o relaxamento do esfíncter superior

O alimento desloca-se para dentro do esôfago e as ondas peristálticas movem o bolo para baixo no esôfago

O esfíncter esofágico inferior (EEI) relaxa para permitir que o bolo alimentar para o estômago

Page 11: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

Refluxo Gastroesofágico(RGE)

Page 12: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

RGE

• Fluxo retrógrado e repetido para o Fluxo retrógrado e repetido para o esôfago.esôfago.

• É comum em crianças e geralmente tem É comum em crianças e geralmente tem evolução benigna. evolução benigna.

• Caracterizado por regurgitações.Caracterizado por regurgitações.

Page 13: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo
Page 14: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

Classificação do RGEClassificação do RGE

• PrimárioPrimário: Resultado da disfunção da junção : Resultado da disfunção da junção esofagogástrica.esofagogástrica.

• SecundárioSecundário: Associado a condições específicas : Associado a condições específicas como estenose congênita do esôfago, distúrbios como estenose congênita do esôfago, distúrbios da deglutição, úlcera gástrica, alergia alimentar, da deglutição, úlcera gástrica, alergia alimentar, atresia de esôfago etcatresia de esôfago etc

Page 15: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

Quadro clínicoQuadro clínico• Sinais e sintomas específicos:Sinais e sintomas específicos:- VômitosVômitos- RegurgitaçãoRegurgitação- EructaçãoEructação- RuminaçãoRuminação

• Relacionados a esofagite: Relacionados a esofagite: - DorDor- AnemiaAnemia- SangramentosSangramentos

Page 16: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

Quadro clínicoQuadro clínico• Respiratórios:Respiratórios:- Pneumonias de repetiçãoPneumonias de repetição- BroncoespasmoBroncoespasmo

• Otorrinolaringológicas:Otorrinolaringológicas:- LaringitesLaringites- OtitesOtites- Sinusites etcSinusites etc

Page 17: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo
Page 18: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

DRGE - FISIOPATOLOGIA

• Mecanismos de barreira anti-RGE: 1) Esôfago abdominal 2) Pilar direito do diafragma 3) Ligamento frenoesofágico 4) Ângulo de His 5) Roseta gástrica (pregas mucosa - cárdia) 6) Esfíncter esofágico inferior

Page 19: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

DRGE - FISIOPATOLOGIA• Mecanismos de agressão: 1) Aumento da pressão intra-

gástrica(alimentos e piloro) 2) hérnia hiatal (DRGE e esofagite) 3) Relaxamentos transitórios do EEI 4) Material refluído (HCl, pepsina, sais biliares

e tripsina)

Page 20: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

DRGE - FISIOPATOLOGIA• Mecanismos de defesa: 1) Clareamento esofágico

- peristaltismo- secreção salivar- força da gravidade

Page 21: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

Esôfago de Barrett – alteração celular (malignidade)

• Substituição do epitélio escamoso estratificado do esôfago por epitélio colunar contendo células intestinalizadas (metaplasia intestinal), em qualquer extensão do órgão.

Page 22: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS• Complicações esofágicas:

– Esofagite de refluxo: dor epigástrica, precordialgia, queimação retroesternal, choro excessivo, irritabilidade, sono agitado, hematêmese, melena, sangue oculto nas fezes, anemia, disfagia e odinofagia

Page 23: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• Complicações extra-esofágicas:

– Respiratórios: rouquidão, soluços, estridor intermitente, laringite, tosse, broncoespasmo, apnéia obstrutiva com hipoxemia, crises de cianose, pneumonia e bradicardia

Page 24: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

TRATAMENTO DRGE• A elevação da cabeceira da cama cerca de

quinze centímetros pode impedir o refluxo de ácido gástrico durante o sono.

Page 25: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

Tratamento medicamentosoTratamento medicamentoso

• Procinéticos Procinéticos (domperidona e (domperidona e metoclopramida);metoclopramida);

• Redutores da acidez gástrica Redutores da acidez gástrica (antiácidos);(antiácidos);• Antagonistas dos receptores H2 da Antagonistas dos receptores H2 da

histamina histamina (ranitidina, fomitidina e (ranitidina, fomitidina e cimetidina)cimetidina) e e

• Bloqueadores dos canais de H Bloqueadores dos canais de H (omeprazol)(omeprazol)

Page 26: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

HÉRNIA HIATAL

• É uma protrusão de uma porção do estômago de sua posição abdominal normal, através do diafragma.

Page 27: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo
Page 28: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

HÉRNIA HIATAL

• Tipos de hérnia hiatal– Por deslizamento: a junção entre o esôfago e o

estômago e uma porção do estômago, que estão normalmente localizadas abaixo do diafragma protruem acima do mesmo.

– Paraesofágica: a junção entre o esôfago e o estômago encontra-se no local normal, abaixo do diafragma, mas uma porção do estômago é empurrada para cima, atravessa o diafragma, e localiza-se ao lado do esôfago.

Page 29: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo
Page 30: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

HÉRNIA HIATAL

– A causa da hérnia hiatal normalmente é desconhecida. Ela pode ser congênita ou pode ser resultante de uma lesão.

– A obesidade também pode causar a hérnia

– Apesar de contribuir, a presença de hérnia hiatal não é sinônimo de refluxo

Page 31: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

CARACTERÍSTICA DA DIETA

• Hiperproteica – devido a liberação da gastrina, que auxilia no aumento da pressão do esfíncter esofagiano inferior e na cicatrização

• Glicídios – normo a hipo, para evitar a fermentação e o desconforto abdominal.

• Lipídios – normo a hipo, diminuir a liberação de cck que diminui a pressão do esfíncter inferior.

Page 32: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

CARACTERÍSTICA DA DIETA

• Fibras – ajustadas as necessidades

• Fracionamento – aumentado, evitar a distenção abdominal e o aumento da pressão abdominal.

• Consistência de acordo com a aceitação

• Volume – diminuído, evitando a pressão intra-abdominal e secreção do ácido gástrico.

Page 33: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

CARACTERÍSTICA DA DIETA

• A última refeição deve ser feita de 3 a 4 horas antes de deitar – evitar o refluxo

• Evitar o cigarro – a nicotina diminui a pressão do esfíncter esofagiano e pilórico.

• Evitar excesso de líquidos durante às refeições

• Evitar roupas apertadas

Page 34: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

CARACTERÍSTICA DA DIETA

• Evitar alimentos de difícil digestibilidade, flatulentos, fermentáveis – evitar distenção abdominal e aumento da pressão abdominal.

• Não utilizar infusos concentrados (café, mate) – diminui a pressão do esfincter esofagiano e são excitantes gástricos.

• Sucos e frutas ácidas, chocolate – diminui a pressão do esfíncter.

Page 35: Terapia nutricional em enfermidades orais e esofagianas Prof. Luciene Rabelo

Dietoterapia Hérnia Hiato

• Redução dos sintomas naqueles pacientes com refluxo ou esofagite

• Terapia similar à DRGE• Consumo de refeições menores• Baixo teor de gordura• Evitar excesso de alimentos que podem

aumentar as secreções gástricas• Cirurgia nem sempre é indicada• Dieta e medicamento – tratamento preferido